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A.VVO Vil RIO DE J*\EIRO. II14UTI FEIKA. »0 UE MARCO DE 1913 v 7 §EMAK/\K{0 A REFEIÇÃO DO PASSARINHO 11 O maior prazer On-//dino"ganhou "um^íssadnho «^"^* dina era enganar seus ami- -4\s*\!fc>vmecânico, em gaiola dourada, ¦ guinhos, < presenteando-osz^Wkií"fc /'^íÍNvI cantan<I° maravilhosamente, i I com bonbons com pimenta HL. vhJJ /;>y== Esse b.cho come—pergun-—_ fazendo-lhesoutraspartidas.fT^^W /fflyJJOv "3 \ TH tou-Ihe seu irmioAIariof §\-, Certamente que come tH!? M4 Porque será queIs»-». / Js.'j^i respondeu a menina. Nàoífl- Mario abre a gaiola ./jW^^^íl^»' ^*'m^I Íí^* Decerto para alguma boa acçào, por-fl >«i 1 "^-— <¦'« ^Í___J í¦¦;• ¦ ¦ * puequando se afasta elle vai radiante de ,_^^í\ v < v\V>T bico do passarinho'. E <JP^ pássaro nio canta. Foi WL^.———i^<§ \k >^-^^I este não cantou,-1 uma boa liccào.t^^^~^-"^^ík. M ^^-^^^-~:--^^ Ç*T 4 e ] o 5 CC \ W .2 Z L. < 5 0 M * a | 2 1 CC o * 1 co m r* w & o ¦o > O o TJ 5 5 O' < CC co s o ¦< u o •< y ¦< Q Cd CC

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A.VVO Vil RIO DE J*\EIRO. II14UTI FEIKA. »0 UE MARCO DE 1913 v a» 7

§EMAK/\K{0

A REFEIÇÃO DO PASSARINHO

11

O maior prazer dé On- // dino"ganhou "um^íssadnho

«^"^*dina era enganar seus ami- -4 \s*\ !fc>v mecânico, em gaiola dourada,

¦ guinhos, < presenteando-os z^Wk ií"fc /'^ íÍNv I cantan<I° maravilhosamente, iI com bonbons com pimenta L. vh JJ /; >y == — Esse b.cho come—pergun- —_

fazendo-lhesoutraspartidas. fT^^W /fflyJ JOv "3 \

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§\ -, Certamente que come tH!? 4 Porque será que Is»-»./ Js.' j^i respondeu a menina. Nào ífl- Mario abre a gaiola ./j W^^^íl^»'

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O ARTISTA E OS PROVOCADORES DENAUFRÁGIOS O TICO-TICO

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i — Havia ha tempos em uma costa rochosa, ho-inens que, por meio de togutiras, attrahiamaos rochedos os navios. Kstes, naufragavam e o»miseráveis apoderavam-se do que ia ler _¦ praia.Mas isso tornou-se conhecido e sendo mais rarosos navios..

>— ...o trabalho dos bandidos começava a pro-duzir pouco.Um dia apoderaram-se de um naufrago,que destinaram a seu creado. por ser forte e sadio.Perguntaram-lha o que sabia fazer.—Eu sei,—res-pondeu o naufrago—fazer esculpturas em pedra.

—3 —Muito bem—disse o chefe—para mostra-res teu talento vais fazer com que aquelle roche-do se pareça com o casco de um navio

4—Julgando que se tratava somente le expe-rimentar seu talento, o artista poz màos á obrae no tim de alguns dh» o rochedo estava transfor-mailo em um navio, que os bandidos completa-ram tom troncos de arvores e cordas.

õ—0 resultado não se fez esperar. Um navioacossado pela tempestade, julgando ver umnavio de alto bordo, navegou para o rochedoafim de se refugiar alli.

*>—.. mas foi despedaçar-se sobre o tingido navio,e os piratas colheram fartas presas. Quando o escul-ptor viu o fim de sua obra. resolveu obstar para o futuro os crimes dos miseráveis.

7—Foi ter com o chefe e disse-lhe que paraque o navio de pedra parecesse um navio deverdade, lhe faltava um nome. O chefeachou-lhe razãc e mandou pôr na proa onome de Borboleta

X—E como—perguntou o esculptor—escreve-rás esse nome?—Não sei—disse o bandido —porque nem eu nem os meus homens sabemosescrever-Se ignoras esse nome, escolhe umoutro. ¦

9—0 esculptor, estando certo de que 06bandidos não sabiam ler, escreveu na poupado navio de pedra — .Não se approximernque aqui ha piratas»—Um navio que passa-va em tempo de calmaria leu a inscripção-

10 -Era o Rosa Nova, que conduzia tro-pns. —E' preciso dar uma licção a essesbandidos,—disse o commandante E cau-telosamente desembarcava com suas trc-pas. fazendo cerco aos bandidos.

que tomados de surpresa, fôram todosmortos em combate, ou aprisionados e en-forcados.

12—E o esculptor, como prêmio de sua boa :acção, partiu com os do navio, que salvara eifoi depois encarregado/da esculptura dos san-tos para todas as egrejas d'aquelle paiz.

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EXPEDIENTECondições da assignatura:

interior: 1 anno, 11 $000, 6 mezes 6$000exterior : I » 20S000, 6 ¦ 12S00O

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis.

A importância das assignaturas devenos ser remettidasem carta registrada, ou em vale postal, para a rua doOuvidor, 1G4.

A empreza á'0 Malho publica todcs as quartas-feirasO Tico-Tico, jornal illustrado para creanças, no qual colla-

oram escriptores e desenhistas de nomeada.

Sempre _ que tenham de fazer qualquer recla-niaçAo relativa á entrega da folha ou de communicara mudança de residência, rogamos aos nossos as-vigilantes que não se esqueçam de enviar os númerosdos seus reeibos. E' o meio de podermos providen-iíii" proniptamente, como nesse caso nos cumpre edesejamos.-=©=—=£« >SS*-^€h—^*í~-^&>—*&=—<&>—=s»-

O TICO-TICO

Meus netinhos.Se vocês tiverem oceasião de encontrar

uma cobra — morta é claro — viva nãodesejo que vocês encontrem : mas se en-

contrarem uma morta examinem-a com cuidado e verãocomo sãò curiosos esses animaes.

Não se trata de observar os caracteres geraes dos reptis,que são conhecidos (animaes de sangue frio que se repro-iuzem por meio de ovos) o que eu desejaria é que vocôsobservassem outras particularidades.

Por exemplo, abram as cabeças da serpente represen-tadas em nossa gravura. A primeira figura é de umaibora, as outras de uma cobra coral, Não notam que lhes

falta qualquer cousa ? Que é ? Faltam lhes as orelhas.Nas serpentes as orelhas não são visíveis porque não têm

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pavilhão nem cavidade—isso é--essa espécie de funil peloqual o som penetta na cabeça. Comtudo as cobras ouvemperfeitamente, têm mesmo o sentido auditivo muito desen-volvido, de forma admirável. Mas têm o apparelho deouvir extremamente simplificado, com o tympano colloca-dono meio da testa e apenas encoberto pela pelle

Em compensação ha três sentidos que a serpente nãopossue : tacto, pois que não possuem braços nem dedos;olfacto, poisque suas fossas nasaes são reduzidíssimas <*paladar, porque sua língua é secca

Quanto aos olhos, é muito citada a flezidez dos olhos•das serpentes. O olhar da serpente ê fixo porque ellas não

alpebras.nãotêmnem mesmo aberturas nos olhos. Suapelle é inteira, sem interrupção, por toda a cabeça; apenasno logar dos olhos a pelle ê transparente, de modo que asserpentes vêem atravez da pelle.

Vovô

agás, H; *•.

Marina e Totó, filhos do Sr. João Braga, negocianteem Varginha

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A galante menina Joannita Machado de Araújo, residentenesta capital

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O TICO-TICO

!'|Bm|| llpnH A corrida de sapos

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Aqui está umturo.

Recortem ou decalquem as figurasdos sapos e as bandeiras; depoiscollem-as em papel cartão fino, re-cortem-as e dobrem-as pelas linhaspontilhadas,o que lhes dará a formadesejada.

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JL.w,.:, ¦ ' ¦ ¦¦—~

O menino Wilmar, de § annos de edade,filho do Sr. Antônio Coqueiro

Depois fixem cada uma das bandeiras á pontade um arame fino de mais ou menos um palmo decomprimento. Feito isso dobrem as pontas d'essearame e cOlloquem-o sobre a mesa, como se vê nomodelo.

Ahi está o arame formando a linha de che-gada com os dous postes.

Trata-se de fazer com que os sapos, saltando, ul-trapassem essa linha.

Faz-secada sapo pular batendo-lhede leve coma ponta do dedo por traz.

De cada vez o sapo dá um pulo e depende dahabilidade do jogador que esse pulo seja mais oumenos longe.

Os sapos partemda mesma distancia. Cadaqualjoga por sua vez e ganha o que fizer o sapo vence-dor.

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O TICO-TICO

O "SR. X" E A SUA PAGINATYPOS COMPARADOS DOS HOMENS E DOS ANIMAES

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O GATOO gato doméstico parece-se bastante com o gato mon-

tez, mas é menor. Os naturalistas não estão accordes quantoa origem d'esse animal: uns dizem que procede do gatomontez, outros que não; outros ainda pretendem ser elleoriginário do Egypto. A cor de seu pello é muito variada; ogato Chypre tem o pello escuro com listas transversaespretas; o gato hespanhol tem malhas pretas e brancas, e agata malhas ruivas e amarellas; o gato azul apresenta umacor cinzenta desde o tom mais claro até ao azulado escuro,-o gato de Angora tem o pello muito comprido e é geral-mente branco. Encontra-se o gato em toda a parte onde ohomem habita, com excepção das terras muito frias comoa Laponia e a Groenlândia.

E' dedicado ao homem; sua voz ordinária é o miar edá também um grito particular, que á noite se parecemuito com o vagido das creanças. Vive doze até dezoitoannos. De dia tem alguma difficuldade em ver. porque selhes contrahe demasiadamente apupilla deante da luz; masentre lusco e fusco goza de vista excellente.

O gato estrangeiro mais conhecido é o gato d'Angora,da Ásia menor; tem o pello sedoso e muito longo.

O instineto d'esses animaes é muito desenvolvido; oDr. Chladini, um dos sábios mais celebres do seu tempo,conhecido principalmente pela theoria scientifica, que in-ventou.para explicar os phenomenos acústicos, conta a se-guinte aneedota:

«Nos annos de 1783-1790 tinha eu um gato muito bo-nito e fcrte, chamado Presto, cujos instinetos procurei des-envolver para ver até onde chegava a perfectibilidade dasfaculdades intellectuaesd'esses animaes. Entre outras muitascousas ensinei-lhe a saltar por cima de uma bengala; dava-lhe, de cada vez que trabalhava a meu gosto, uma chave-na cheia de leite.

Como eu punha o tacho que o continha sobre o fogão,o gato, para ver se elle lá estava, trepava a uma commodaque se achava ao pé, de onde podia ver a gulodice de quetanto gostava. Logo que via que a recompensa dos seustrabalhos já estava prompta, saltava da commoda abaixo eprocurava excitar a minha attenção ; eu fingia não ver econtinuava a escrever ou a ler; elle porém, não deixava demanJfestar seus desejos, e quando finalmente eu me mos-trava disposto a oecupar-me com elle, o animal dirigia-seao fogão, olhando para cima e depois para o canto ondeestava a bengala e assim em seguida como para estabelc-cer relação de idéias entre a bengala e o leite; se eu davaalguma attenção á sua pantomina, ella tornava-se maisviva e mais expressiva, o animal pedia evidentemente aexperiência e a remuneração devida. Eu ia então buscar abengala ; a primeira vez o animal dava um salto muitoalto, afastando-se primeiro do fogão, onde estava o objectoappetecido e voltando num segundo pulo para alli.

A segunda vez já não saltava de tão boa vontade, _ enão gostava que eu levantasse muito a bengala. A terceiravez era sempre preciso animal-o com algumas palavras ou

caricias; e eu via-me obrigado a abaixar muito a bengala,porque o gato se mostrava mais disposto a passar porbaixo do obstáculo do que a saltar por cima d'elle;mas eunão tolerava estes abusos.

A quarta vez recusava absolutamente saltar e reclama-va sua recompensa como um direito justamente merecido;também nunca deixava de lhe dar o leite, porque parece-me que seria muito injusto e digno de censura, se quizesseenganar um animal fiel, que cumpria seu dever.

Meus amiguinhos,agora já conhecem tem o gato, estetão meigo e sympathico animal,tão amigo do homem comoo cão e que se deve tratar bem,pois sua intelligencia bemcultivada é a mesma do cão.

Ha pessoas que também se parecem no physico comos gatos; senão reparem n'este circumspecto juiz e nogato vizinho e verão a sua semelhança.

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Francisco e Maria Antonietta Sepitiba, dous graciososleitores das Aventuras de Chiquinho.

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O TICO-TICO

SECÇÃO PARA MENINASUM «NECESSÁRIO» PARA COSTURAS

Dá-se o nome de «Neces-sano» a um estojo que contémtudo quanto é necessário paraum trabalho qualquer. Por ex-emplo um necessário detoiletleé um estojo que tem todasas escovas, tesouras, pentes,etc, etc, de que uma pessoapode necessitar para se pen-tear, limpar as unhas, polir asmãos, etc.

Os necessários de costura,para guardar agulhas, linhas,tesoura, dedal, furador e ou-tros instrumentos são muitocommuns e indispensáveis ásmeninas cuidadosas. Todas asmeninas que estimam suas bo-necas e mesmo gostam de ze-lar por sua roupa possuemtodos os instrumentos de cos-tura. Fois vamos ensinar-lhesa fazer um necessário paraguardal-os.

Arranjem um pedaço decasemira ou rfrap;qualquer re-talho serve, por que não é pre-ciso ser grande; basta o tama-nho da figura 2.

Sobre um pedaço de ca-semira ou <frapd'esse tamanhoappliquem um decalque dodesenho do bordado. Aquellasde vocês qne souberem dese-nhar poderão copiar o modelodo bordado sobre o panno ris-cando levemente com giz; asque não o souberem façam umdecalque em papel fino, ali-nhavem esse papel sobre opanno e depois de bordado po-derão arrancal-o facilmente.

O trabalho de bordado èmuito fácil, a ponto russo eponto lançado em seda grossae ligeiramente torcida. Façamuma combinação de cores aseu gosto ; mas o melhor ébordar com seda verde, ver-rnelha e amarella sobre drapcinzento ou cor de chumbo.Se quizerem fazer um traba-lho mais chie façam as estrel-Ias com «applicacâo», isto é,pregando sobre o drap, com

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Fig. I —

flllllíFig. 3—0 tNecessario* fechado

Interior do t Necessário* de seda ou casemira vermelha,circulado por um galão branco

pontos de casear, recortes de drap de outra cor.Feito. o bordado forrem o drap com um pedaçode intertela, tendo por cima um pedaço de seda ousetim, que formará a face interna da costura.

Os trez tecidos sobrepostos — drap, intertela esetim—devem ser cuidadosamente ligados pela beirapor uma bainha virada para dentro e para encobriressa bainha devem debrual-a com um cordão de seda.

No interior do necessário, isto é, sobre o setim,façam as alças de cadarço para alojar as tesouras emais objectos.

A espetadeira para alfinetes, que se vê na partesuperior, faz-se com dous pedaços de setim branco,recortado em partes e sobre partes.

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O TICO-TICOSEGÇÃO PARA MENINAS — Um "Necessário" para costuras

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O TIOO-T1CO 8

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O valente soldado Vicente deCarvalho, com 4 annos deedade. Reside em Floria-nopolis, de onde nos enviouseu retrato.

Guilhermina, 9 annos de edade, filha do Dr. JoséBaptista Pereira Marques, residente em

Bahia, no Estado da Bahia

O intelligente menino Anto-nio Monteiro da Cruz, de12 annos de edade e re-sidente em Recife, Per-nambuco.

ÉÉln.^f fitea% ^^'C!^^* :"'"¦:¦« jPRÍ^ JM

'a^Mã -¦<¦ ^H ^B-t aflE Mffii- J*-„..

Ernesto Lentz, amigc e leitordo nosso jornal e residentecm Minas.

Corina Bicalho, sobrinha docoronel José GonçalvesFerreira — S. Felippe, Es-pirito Santo.

Marianna, de 7 annos, filhado coronel Manoel Libani.Reside em Villa Guarane-sia, Sul de Minas

Lincoln, galante filhinho doSr. Lincoln de Freitas; SãoJoão Nepomuceno, Minas.

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98 Bibliot.hera d'0 TICO-TICO SCBR5 O GELO ERRANTE! 9S

e viu que os quadriláteros brancos esta-vam collocajos de outra fôrma. A dire-cção do ba.el tinha mudado e agora iacom vent r pela popa.

A brisf do nordeste parecia inchar osantepar>s de gelo; estavam na verdadeleverpji.tf; arqueadosdo lado opposto aoventi. Além d'isso o «iceberg» deixavaatra? de si um sulco um tanto oblíquo,que era a prova de uma derivação. Dire-nus que esta era originada pelas corren-

.es do Golfo-Stream. em suas águas azu-ladas em que o balei navegava.

A mudança de orientação das velasdespertou a .curiosidade de Severino ede sua mulher. Desejando saber o mo-tivo que levaia Gil a manobiar da talmodo foram ter com elle.

No interior o capitão, superior ás doresque3offriade seu ferimento, experimen-tava o singular velame que inventara, fa-zendo evoluir seu «iceberg». Quando viuseus amigos disse-lhes:

Ajudem-me a installarde novo nos-sós apparelhos no posto superior.

Como no principio da viagem,os appa-relhosde direcção e de velocidade foramcollocados no posto'de observação, ondeGil se installou.

Experimento os diversos movimen-tos de nosso velame—disse o capitão—cruzemos um pouco por estas paiagense procuremos o nosso pobre William.Creio bem que elle fosse engulido pelomar, mas o dever de humanidade obriga-nos a fazermos um reconhecimento nestaságuas, porque, emfim... quem sabe?...Antes de pensarmos em nossos alimen-tos, em seccarmos perfeitamente as ves-tes que nos restam, devemos fazer o quehumanitariamente fôr possível para oencontrar.

EmquantoGil se oecupavada direcçãodo batei, Severino e Edwiges observa-vam attentamente o mar, afim de verifi-carem se o infeliz William se sustentariasobre as águas por um singular esforçoe prodígio de natação. Até ao cahir danoite vaguearam assim no oceano deser-to. O «iceberg» singrou em todos os sen-tidos; em frente, ao largo,a estibordoe abombordo. Dizemos d'este modo para in-dicarmos a posição que o «iceberg» to-mava com referencia ao vento,sabendo-seque não existiam amuradas no batei e tãopouco qualquer outro cordame.

Somente finda a noite foi o pobre moçoconsiderado por elles como desappareci-do, definitivamente; depois de breve etriste conselho, que entre os trez forma-ram sobre o assumpto, foi decidido con-tinuar-se a rota para o nascente.

Até então o desapparecimento do nor-mando tinha de tal fôrma absorvido nos-sos amigos, que não tinham pensadoem si. Desde o dia anterior, de manhã,apenas se tinham alimentado com restosdas refeições precedentes, encontrados amuito custo e que estavam ainda impre-gnados de água!

Emquanto o «iceberg» se dirigia parao nascente, Gil accendeu uma lâmpada;depois oecupou se da installação de umapparelho de aquecimento, a álcool. Oapparelho e o álcool achavam-se junta-mente com uma reserva de petróleo, nocompartimento fechado, situado na proado barco. Installado tudo perfeitamente,houve um excellente calor, o bastantepara seccar a água do mar, operação quedifficilmente se faz, como se sabe.

Durante esse tempo Severino e Edwi-ges quizeram cuidar do ferimento de Gile applicar novo penso.

O capitão submetteu-se á operação debôa vontade e deu mesmo suas instruoções para o bom cuidado de que seu fe-rimento necessitava.

Felizmente a perfuração de um mem-bro pelas modernas balas blindadas nemsempre representa grave perigo e a curado respectivo ferimento faz-se ás vezesem um período relativamente curto.

Era esse, digamos, o caso do nosso va-lente capitão. Seu anterior penso o tinhaalliviado muito.

Achando-se enfraquecido e desejando,apezar de tudo, dirigir seu «iceberg» ouestar perto do Severino quando este osubstituísse, Gil pediu em seguida a seusamigos, installassem sua rede no com-partimento commum.

Immediatamente marido e mulher fi-zeram a mudança da rede, para que Gilpodesse repousar o mais depressa pos-sivel. •

No entretanto sentiam fome e Gil já nãoaceusava febre.

Severino e Edwiges olhavam o logarem que estiveram os viveres, que já nãohavia, mas tinham confiança no prodígio-so engenho do capitão

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rapidamente repellidas, oppunha á im- sa solidão do Atlântico, ou, cousa talvezmediata formação do gelo. ainda mais grave, seu possível arrasta-

— Grande Deus, — acerescentou Gil mento para o norte, pela corrente doguardemos preciosamente nossas reser- Golpho Stream, para o Estreito de Davisvas de ar liquifeito. porque poderemos, ou Islanda, a não ser que, surprehendi-na primeira oceasião, ter d'elle neces- do por uma das grandes ramificações

de água quente, voltando em circuto aosiuaoe i

Severmo e Edwiges, levantando suas cabeças, deram um só grito de espanto i...Severino observava anciosamente as sul, o grande batei de gelo não se encon-manipulações mecânicas do capitão trasse levado ás costas dos Açores, dasestava espantado,pensando no que podia Canárias, do Archipelago de Cabo Verde,resultar. até o Novo Mundo !Era, não podia duvidar-se, o repouso Vendo Gil pensaüvo, Se-erino julgouabsoluto do «iceberg» no meio da immen- dever dizer:¦

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94 Bibliotheca d'0 Tlco-Tico

Teremos pois • nosso batei paradomesmo no meio do Atlântico, se as cor-rentes não o arrastarem.

Acredita isso Sevetino?—perguntouGil. — Espere um pouco, porqje aindanão está tudo perdido.Oh, capitão!—respondeu o ex-creado—Como me satisfaz ouvil-o fallar d'essemodo 1 O caso não é pois tão grave comoeu acreditava?

A gravidade de nossa actual situa-ção—disse Plomonach—consiste na im-possibilidade de avançarmos com velo-cidade para a Europa, mas não na immo-bilidade , esuitante de ter parado forçada-mente o motor. Temos ainda um outroagente de propulsão,E esse agente, qual é ?

O vento, amigo Severino, • vento,muito simplesmente.

—Não posso admittir—respondeu Se-verino—que nosso cúceberg» offereça emsilhueta, uma superfície sufficientementegrande a poder ser impellido pela brisa.Seria preciso que O sopro viesse do borr.rumo, da rosa dos ventos.

Ou se não me engano, elle chega-nosneste momento do máu lado, cousa,aliás, muito natural, porque estamos,pelo menos, assim o creio, pouco maisou menos na região dos «alisados» (ven-tos de nordeste).

Não seriamos nós os primeiros a sen-tir sua influencia. O grande ChristovãoColombo teve occasião de queixar-sebastante d'elles. Em 1492, neste mesmomez de setembro, a continua repulsãodos ventos fez-lhe receiar que nunca maisvoltasse á Europa. E como nós tenciona-nos attingir essa Europa..,

. Gil interrompeu Severino, dizendo:— Parece, meu caro, que possue gran-des conhecimentos de meteorologia, masacredita que nosso navio possa estarmais á mercê dos elementos do que aoprimeiro obstáculo que sobrevier? Quedeve fazer um navio mercante quando,em razão de qualquer imprevisto acci-dente, suas machinas deixam de traba-Ihar?

E' muito simples, — disse Severino—• navega á vela.

—Nós vamos, pois, fazer como os na-vios mercantes.

Severino e Edwiges, arregalando osolhos, olharam espantados para Gil.

Mas este, sem prestar attenção ao es-panto que provocara, tinha-se approxi-mado da machina de producção do frio.

Adaptou ás partes da frente e de de-traz da reducção em cobre das fórm.as degelo, dous pequenos anteparos retangu-lares e moveis, que foi lançar a um doscompartimentos do barco enquadrado.Esses anteparos podiam gyrar em voltade um eixo vertical, collõcado em seucentro e de cima para baixo; bastava paraisso uma simples pressão digital.

Em seguida Gil ajuntou, mais uma vezsob a reducção, uma base de cobre, pa-recendo, em razío de sua fôrma, a parteinferior e a quilha de um veleiro.

Não me disse, Severino, ainda hapouco, que o vento sopra de nordeste ?

Sim, certifiquei-me d'isso servindo-me da minha bussula—berloque—disse oex-creado mostrando sua corrente de re-logio;—porque, acerescentou indicandono solo gelado, vários objectos dispersos,nosso compasso de rotação foi quebrado'pela tempestade; a maioria de nossos in-strumentos collocados fora da barca cen-trai foi mais ou menos attingida; sômen-te ficaram intactos os instrumentos dadirecção, porque os objectos projectadospela água não podiam attingil-os.

Emquanto Severino fallava d'esse modo,Gil tinha observado na pequena bússolao angulo feito pelo grande eixo do bateide gelo com a agulha imantada. Tendoreconhecido que a proa estava dirigidapara o oriente e a direcção duvidosatendo correspondido á da reducção,collo-cou os pequenos anteparos como teriamsido collocadas as velas de uma embar-cação nas amuradas de bombordo. De-pois,comprimindo uma manivella do me-chanismo, lançou o fluido projector defrio nas reducções complementares, an-teparos e quilhas que acabava de adicio-nar. Em seguida installou-se perto doapparelho de direcção.

Ohl Ohl — exclamou de repenteSeverino—o nosso batei inclina-se I

Certamente—respondeu Plomonach—pois que navegamos á vela.

Navegamos á vela i> — perguntaramao mesmo tempo Severino e Edwiges.

E 05 dous precipitaram-se, correndopara o exterior, onde, levantando ascabeças, tiveram uma só exclamação deespanto.

SOBRE O GELO ERRANTE 93

Na frente e por detraz do «iceberg» — Oh ! cousa maravilhosa'—exclamoudous immensos anteparos de gelo, de Edwiges.vinte metros de altura pelo menos e pa- E não poude conter as lagr,;mas, por-recendo velas, güarneciam agora o enor- que lhe veiu immediatamene á lem-me batei. branca o normando.

O «icebergt, semelhante a um grande — Pobre William! — disse ellv—comoli '

Durante esse terapo Severino e Edwiges quizeram cuidar do ferimento de Gil e applicarnovo penso

veleiro, ligeiramente inclinado, era como elle daria alegres exclamações se tivessese realmente o fosse, isto é, approxima- visto semelhante cousa 1va-se tanto quanto possível da direcção — Aquillo gyral —disse de repentedo vento, fazendo com este um raio de Severino, indicando ovelame gelado.seis rombos , Edwiges olhou na direcção indicada* H

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O TICO-TICO U

K^ZZara[I3(S)^yKÍ ^® cpodc]*® k2®gst?<i

1) 0 susto de Kaximbown foi tal que cahiu doente e diversos dias esteve em estado comatoso, so conseguindo melhorar ri»»nniQde ter tomado duas pipas de óleo de ricino e um banho quente de 800 o-ráos «»»ctfuinao memorar depois

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|-vZ^ /-^"T^—-rr-^j;!/. n^5««-4, -y^ml

Entretanto o navio encalhou num mar de cogumellos e não havia meio de chegarPolo Fí.tivfiram ahi nararlrve 94 annns alA2) Durante a febre sonhou que se achava já no ao Polo Estiveram ahi parados 24 annos, atéPolo Norte de cabeça para baixo.

3) . que um formidável espirro do Dr. Cabuhy Pitanga, chegando até lá, mandou-o ao Polo como uma bala(Continua)

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12 O SEGREDO DO FEITICEIRO OU A LEGENDA DO MACARRÃO o tico-tico

1] Quando em 1220, reinava, em Paler-mo e Nápoles, o rei Frederico II, aconte-ceu em Nápoles um caso que, ainda hoje,as creanças napolitanas gostam de ouvir

2] Em humilde casa do becco dos Cortella-ri, habitava gente de varias classes e tambémum homem chamado Chico, tido como feiti-ceiro.

•>] Apezar de pouco sahir de casa e deabrir raras vezes vezes sua janella, o povo deNápoles julgava-o feiticeiro e cassava deanteda casa com terror.

4] ClucOtpelo mysterio de que se rodeava,justificava esse terror e os que ousavam es-pional-o, contavam que elle fazia terríveisieitiçarias e..

t>| .. .affirmariam que elle passava horas es-quecidas deante de uma panella infernal, ondeferviam hervas que produziam a loucura e atéá morte.

0] CAico.quando moço,fora muito rico, masdesbaratando sua fortuna ao jogo, vendo-sena miséria, quiz do novo enriquecer, sendao mesmo tempo útil aos homens

7] Procurando por muito tempo os meios paraconseguir seus fins e trabalhando para o bemestar de seus semelhantes, tinha doces e encanta-doras visões, até que. .

8] . .passados muitos annos, descobriu omodo de fazer um suceulento manjar, quelhe daria riqueza e felicidade e também aseus patrícios

9] Mas, Jovanella, mulher de Jacomo ;que vivia perto do feiticeiro, sendo muitocuriosa e atrahida pelo aroma do manjar,espreitou pela fechadura da porta e apren-deu a fazer o suceulento prato.

lü| Contou isso a seu marido, creado da co-zinha do rei e disse-lhe que communicasse aocozinheiro chefe que ella sabia fazer um de-licado prato, de que o rei, se serveria comprazer

11] Embora duvidasse da habilidade de suamulher, Jacomo fallou com o chefe das cozi-nhas reaes, que (aliou com o mordomo-mór,que fez a communicação ao rei.

12] O rei Frederico consentia que Jova-nel-Ia fosse preparar nas cozinhas reaes, o famo-so prato. Tez horas depois de ella chegar oprato estava prompto. (Concluc na pagina /•'

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D TICO-TICO 0 SEGREDO DO FEITICEIRO OU A DESCOBERTA DO MACARRÃO (conclusão 13

13—Juntando « uma porção de flor da farinha,água e ovos fez certa massa fina, que estendeucom um rolo e depois cortando fez seccar ao sol,Em seguida passou-lhe molho de tomate coadona peneira.

14—Quando ia ser servido polvilhou-o com queijode Lodi, ralado, ü rei gostou muito áa iguaria emandando que Jovanella fosse á sua presença, per-guntou-lhe como aprendera a fazer tao deliciosoprato.

15—Jovanella respondei'., que a receita lhe fora ie9velada em sonho, por um anjo. O rei sorriu e mau-dou que em troca da receita, que ella devia ensinar aseu cozinheiro, a gratificassem com cem pecai deouro.

16—Jovanella em breve ficou rica, porque de todaa parte, titulares, fidalgos, burguezes, negociantes,litistas e operários, mandaram buscar a tamosa re-

iita. q e pagavam segundo suas posses.

17—-No fim dez de mezes já toda a cidade se deliciava como appetitoso prato,a que deram o nome de rnacarroni—de-rivado de marcur, manjar divino.

itj—ü feiticeiro, isolado em seu quarto tra-tava de melhorar e modificar sua receita, qus-rendo fazer fortuna. Ignorando o que se tinhapassado, resolveu dar um passeio pela cidade.,

1

19—. .e.ao. passar Dela casa de Capeto, um aroma seuconhecido, chegou-lhe ao nariz. Entrando na casa viuuma mulher cozinhando o macarrão,pela sua receita e per-guntou-lhe quem a ensinara.—Foi Jovanella—respondeua mulher.—E á Jovanella .J—perguntou— Um anjo, segun-do se diz

20—Recusando provar do cozinhado foi visitar ou-trás casas onde elle se preparava. Chie», desoladoe abatido,compreheudeu a infame traição de Jova-nella.

;i—No palácio do rei repetir3m-lhe a mesmahistoria do sonho e do anjo. Desesperado.foi paracasa e quebrou os utensílios todos, fornos alam-biques e partiu pata nunca mais voltar

2 2—nunca

.para o

Conta-se ainda que o diabo levou comsigo oieiticeiro,send' conhecida a famosa receita que elle descobriuma rirão.

23—Dizem as lendas que,durante a noite de sabbadod'Alleluia,se reúnem na casinha do becco dos Cortei-lari, o feiticeiro, que corta a massa para o macarrão,Jovanella. que deita o molho com a colher e o diabo,que raspa o queijo e atiça o fogo

54—O que é ama verdade i que a dberta de Vhico, o feiticeiro, diabólica ogelical, faz a riqueza dos napolitanos econtinuar a fazel-a por muitos séculos.

u an-ha de

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14 ZÉ MACACO O TICO-TICO

t-ÍO

¦ ¦ ~~'^WBBISmmmmmmmmWBÊItÊKSSmmmmmmmmmmm.fUf L^H^H^^^M. PI4

i) E' escusado dizer que a Faustina, depois do lamentável aeciden-te com o lançi-perfume, nào pou.de fechar os olhos toda a noite, e namanhã seguinte foi grande sua surpresa ao verificar que os objectos quea rodearam pareciam-lhe desproporcionadamente grandes. Uma pulga,que pulara sobre a colcha parecia-lhe do tamanho de um elephante,

2) Preza de paaico horrível, deitou a correrpela casa toda, chorando e gritando desespe-radamente.

Nunca lhe havia acontecido cousa egualem sua vida e ella maldizia o Carnaval, o

imbown e os lança-perfumes.

È_^

3) Na sala encontrou Zé Macaco e o Baratinha. Também elles lhe pareciam agora de prop'orçôes enormes—dous gigantesFaustina cahiu de joelhos e mal podia acreditar no que estava vendo. Seu querido maridinho e seu filho haviam de engulil-a por forçapois esses corpos e essas boccas não se sujeitariam de certo á comida do trivial. O ca^o era desesperador.

VALEPAIRA O CO.IfJlIRSO V G51

VALEPAItA O CONCURSO V «5»

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15 O TICO-TICO

MISERICÓRDIAysS

dous homens, Galdino, o piloto, e Pedro tinhamí rolado pelo convez, atracados, lutando furiosamente.

— Cão maldito I Miserável 1 — urrava Galdino. Vaismorrer.

E sob suas mãos possantes, que pareciam de ferro, ooutro arquejava, esmagado, mas tentando ainda resistir,com indomaeel coragem.

— Maldito ! — repetiu Galdino.E , com um ultimo esforço, ergueu o adversário nos

braços e, balouçando o corpo num movimento hercúleo,atirou-o ao mar.

Galdino balançou o no ar e atirou-o nas ond^s

Pedro, projectado a mais de cinco metros de distancia,agitou os braços na escuridão do nevoeiro, sem um grito,ainda suffoccado pelos dedos de Galdino, que lhe tinhamaper".do rudemente o pescoço. E cahiu então nas ondas,mergulhando profundamente; depois voltou á tona d'agua.

Sua cabeça appareceu com os olhos allucinados, contem-plando o grande barco de pesca, que continuava na der-rota e ia desapparecendo na bruma, deixando-o abando-nado, no mar sem fim!

Galdino, com os olhos luzentes, contemplava-o tambémda amurada e via, sem tremer,a agonia de seu adversário.Todo elle tremia ainda de ódio, o terrível ódio,nascido deuma questão de interesse, que os levara a discutir e lutard'aquelle modo.

Ninguém o saberá—disse afinal Galdino.—Ninguémviu. Eu contarei aos companheiros que elle cahiu ao marpor accaso.

Ja o nevoeiro tornava impossível ver Pedro bracejandosobre as ondas. Galdino, silencioso, voltou a sentar-sejunto da banca do leme, vagamente inquieto, sentindo oódio desapparecer de seu coração e receioso do momentoem que os companheiros haviam de voltar do porão e elleteria de lhe contar a mentira.

Como teria elle coragem de olhar para os compa-nneiros?

Já outro pescador vinha se approximando e, vendo Gal-dino só, pergnntou:E Pedro ? onde está.

Galdino ergueu a cabeça mas, sem erguer o olhar,levou a mão esquerda ao peito, comprimindo, comosequizessefazer parar, o coração, murmurou:

Pedro?. -. Não sei... Estava aqui ainda ha pouco...Eu estava cuidando do leme com tanta attenção, quenão vi...

Meu Deus—exclamou o outro—Teria elle cahido nomar... Você não viu ?

Não vi... estava distrahido...Que desgraça! Cahiu no mar... Que horror. Pobre

rapazl — dizia o outro muito afilicto.

Entretanto, na immensidade das ondas, Pedro vivia elutava ainda, lesistindo ás torturas moraes e physicas. Masa fadiga ameaçava dominai o; seus músculos extenuados eauasi paralysados pelo frio, já não tinham forças.

De súbito soltou um grito de alegria, por ver a pequenadistancia um rochedo que surgia á llor d'água. Com maisalgumas braçadas enérgicas conseguiu alcançal-o e deixou-secahir em cimad'esse rochedo para respirar um pouco.

Pedro perdeu os sentidos e ficou alli.cahidu sobre o rochedo

Mas, passados alguns instantes, sentou-se assustado.Sentia-se novamente alcançado pela água. E logo compiehendeu o novo perigo que o ameaçava. O rochedo sçelevava apenas a alguns centímetros acima do nível domar.Ea maré estava subindo.Dentro de alguns instantes cobri-ria todo o rochedo e, como as ondas estavam muito violen-tas, elle não se poderia manter naquelle refugio.

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O TICO-TICO 16Que fazer? E' claro que elle não tinha mais forças para

se manter sobre o mar, nadando. Estava pois irremediável-mente perdido. Foi tal a emoção do pescador, ao compre-hender tão grave situação que elle perdeu os sentidos e íi-cou alli, cahido sobre o rochedo. E a maré foi subindo e aágua começou a cobrit o corpo de Pedro, insensível.

Foi subindo e chegou a levantar-lhe o corpo, que co-meçou a fiuctuar, inerte.

Mas, de repente, um choque violento veiu arrancal-od'esse torpor.

Movido pelo instincto de conservação.Pedro estendeu osbraços e tentou agarrar-se. Suas mãos encontraram umasuperfície lisa e solida. Era uma espécie de jangada, ai-gumas taboas presas umas ás outras formando um estrado,restos de algum navio naufragado.

Com o animo que nos dá a esperança, Pedro readquiriuem um instante forças sufficientes para galgar essa jan-gada e collocou se sodre ella. Alli ao menos estava certo denão se afogar e não se fatigar. Só corria o risco de morrerde fome, se ficasse muitos dias alli,sem encontrar uma em-barcação que o soccorresse. Mas isso era um único futuro;o perigo immediato estava conjurado e isso restituia-lhe acoragem.

Mas passados alguns momentos Pedro teve nova surpresa. A cerca de trinta metros de sua jangada, apparecerasobre a água uma cabeça, o rosto de um homem que malse via, porque o sol ainda estava muito baixo.no horizonte.

Collocando a mão direita sobre a fronte Pedro observoucom attenção e soltou um grito de espanto e de raiva:— Galdino I

Pronunciando esse nome,elle teve um impetode cólera;

¦¦ ¦¦__ i.

Collocando uma das mãos sobre a Jronte, Pedro observouatlenlamente

mas logo modificou esse sentimento, notando no rosto dopiloto uma expressão horrível de angustia e fadiga :— Galdino, você aqui?

O outro não podia pronunciar uma só palavra, porqueestava tão cansado de lutar com as ondas, que nem forçastinha para fallar. Mas deu ainda algumas braçadas, appro-ximando-se da jangada.

Pedro tomou immediatamente uma resolução. Ia sal-var seu inimigo, o homem que tentara matai o; eis o queelle ia fazer em um movimento generoso de perdão,Galdino vira seu gesto, comprehendera sua intençãoe sua face contrahida pelo soffrimento illuminouse comuni sorriso de esperança.

O barco de pesca tinha sido cortado por um grandenavio na escuridão do nevoeiro; toda a equipagem fora -recolhida por esse navio, mas Galdino não fora visto; per-dera-se nadando ao accaso e ficara abandonado no mar.Depois, as correntes marítimas o tinham arrastado até col-local-o diante de sua victima, Pedro estendeu-lhe as mãose, agarrando-se a ellas, Galdino conseguiu subir para ajangada salvadora.

Durante vinte e quatro horas alli ficaram os dous.tran-sidos de frio, até que, semi-mortos de fome, foram reco-lhidos por outro barco.

Desde esse dia, esquecendo as mesquinhas questõesde interesse, Pedro e Galdino são os melhores amigos.

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17 O TICO-TICO

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NISIA galante menina

RENATE.

nossa muito prezada lei-

tora d'0 Tico-

Tico e admiradora do

Chiquinho

*->„°—_>= -^_o-

SCIENCIA FÁCIL

SrI ifivj I

lífflpn

&5J,4-rifH^BRDPoriDrncia

Dr5ABE-TüD°Alcina de Souza—Conscio pro-nuncia-se como se escreve, com

o accento tônico na 1- syllaba;caracteres tem o assento tônicona penúltima; coleóplero tem o

_ accento tônico no ó. A 4- pala-;__¦¦ „i vra escreve-se subtil, mas pro-

nuncia-se sutil. A seguinte pro-nuncia sa súditor, com o accentotônico na 1- syllaba. Finalmentequanto ao verbo caçoar deve-sedizer caçoa.

Armando Diniz—Pichegrou foium general francez que muitose distinguiu durante a revoluçãofranceza. Foi elle que, encon-trando a esquadra hollandezaparalysada pelo frio que gelara,atacou-a e tomou-a com um re-gimento decavallaria. Mas.muito

ambicioso,allíou-se com os monarchistas, para conspirarcontia Bonaparte.

Foi preso e enforcou-se na prisão. 2- Tarquinio, oSoberbo, foi o 7- e ultimo rei de Roma. Quanto á sua no-vella vamos providenciar.

Luiz Bonnet Lopes Costa—A de Waterloo foi mais im-portante por suas conseqüências; ade Austerlitz porém temenorme importância pela habilidade estratégica,que nellafoidesenvolvida por Napoleâo,vencendo inimigos que tinhamduas vezes mais soldados do que elle.

Aluisio Barroso.—Mythologia é formada pelas palavrasgregas mylto, que quer dizer ficção, cousa imaginaria ei.ogia, que quer dizer discurso. Mythologia significa portantodiscurso sobre cousas imaginárias.

Christino Ernesto dos Santos (Cruzeiro) —Nick Car-ter é personagem de romance.

Qualquer leitor pode mandar concursos e soluções comdireito a prêmios.

Jandyra Granado (Icarahy) — Já publicámos biogra-phia e retrato de Maria Stuart.

Anna Maria C. Haddock Lobo — Pode enviar collabo-ração ; 2-— Arsenio Lupin é um personagem de romance.3 —Adonis é um personagem mythologico. Conta a legendaque elle era um joven pastorjgrego da grande belleza.a pontode encantar a deusa Venus. Ferido mortalmente por umjavali, foi por Yenus transformado em anemona.

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I ¦'' '*'•-,'-« "'.,'•'' "'!¦_H__HHHQHBHII__1_______IH___HH___¦__ERNESTO, FRITZ e GUSTAVO, nossos distinetos leitores,

filhos do Sr. Simon

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O TICO-TICO ÍS

CREANÇASPallidas, Lymphatioas, Esci*oplnxlosas

liachiticas ovl anêmicasO Juglandlno de

GIHoní é um ex-cellentc «reconstituinte geral»dos organismosenfraq uecid osdas creanças, po-deroso tônico, de-puralivo anti~es-crophulcjo, quenunca falha notratamento dasmoléstias con-sumplivas acimaapontadas.

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Enviantrse encomuiendas para o interior

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ligado de bacalhau) deRUA DOS OURIVES 38

e QUITANDA 104COELHO BARBOSA & 0.assim os tomareis fortes e livres demuitas moléstias na juventude

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19 O TlCO-TICO

OS NOSSOS CONCURSOSRESULTADO DO CONCURSO N. 633

Cahiu no gollo.Não affirmamos que esta phrase seja despida de lógica

ou se tem alguma.Onde nasceu? Porque razão?Isso também não importa; apenas affirmaremos e com

segurança absoluta o seu significado.Cahiu no gotto. Agradou, mesmo.a propósito...Foi o que se deu com relação ao nosso concurso a. 633 :

cahiu no gotto.

Resultado obtido no sorteio que se realisou no dia mar-cado :

1; prêmio—10$.Maria da 'Conceição

ffuas da "Cruzde 8 annos de idade, residente á rua Buqueza de Ura-gança n. 744—Porto—Portugal

2- prêmio—10$.ffaehel Vieira

com 12 annos, moradora á rua do Hospício 278—Rio de Ja-neiro.

Eis a lista dos leitores que concurerram aos prêmios:I.amartine Silva, Feliciano Ramos, Jayme G. Dutra daFonseca, Archimedes de Azevedo, Isa Guimarães, Ray-mundo Alvim, Valentim Masssonnate, Antonietta Vascon-cellos, Francisco de Gomes Marinho, Anna Muller Sallás,Jayme O. Marques, Ilaydée Nobre Ventura, José DuartePinto, Maria Alexandrina Ribeiro, Haydée Barreto, Ben-jamin Nole Coutinho, Agenor Belmonte"dos Santos, LauraPereira Rosa, Eladio Muller, Milton Maia, José Mendes,Ordalia de Oliveira, Dulce Caldeira, Vicente di Sabbato,Alfredo Teixeira Graça, Zelinda Corrêa de Sá, João BaptistaDamy Machado, João Baptista Rodrigues, Maria do Car-mo Maia, Justino Cordeiro, Benedicto Duarte Passos Júnior,Sylvia Pucú de Andrade, Elder Figueiredo Villas Boas,l.ülú Ferreira, Gerdal Gonzaga de Uoscoli, Justino MariaPinheiro, Cy Maria Bittencourt, Zilda Lemos Rabello, JoãoP. Barcello Mariot, Ary Francisco do Valle, Gastão Rolim,Olympio Pereira, Yvonet/e Marcondes Américo Guerra,Nelson Braga Ferreira, Raul Vaz, Luiz de Barros, Joséda Rocha Martins, Maria Dolores Cordeiro, João JacquesBoiteux, Castellar José Freire, Reynaldo Amorim Goulartde Andrade, Maria Abigail Penteãd», Waldomiro CoelhoDias, Florina Borges, Margarida das Dores, Flora de PaulaRamos, Oswaldo Silva, Pedro Eernandes da Costa Mattos,Benjamin Pinto Martins, Maria Dolores Pinto Coelho, Jan-dyra de Carvalho, Olyntho Assumpção, Cauby Pulcherio,Eduardo Souza Filho, Armando Soares Corrêa, AdhcmarPinto Ferraz, Ziiah Moraes, Nair Duarte Nunes, José Ba-ptista de Carvalho Sobrinho; Antônio Coelho, Mario Fer-reira Dias, João Baptista Furtado, Luiz de Mello Alvarenga,Waldemar Corrêa de Sá, Alaim Gomes Ribeiro, Luiz Ro-gatti, Alberto dos Santos Terrinha, René Vozel, CíceroNetto Caldeira, Maria Ottilia Boa Vista, Arrrando kamosde Freitas, Evan Amorim, Lúcia Barbofa, Lino Aleixo,Palmyra Rodrigt.es de Mello, Cláudio Stockler, YrmenaSerzedello, Francisco Pinto, Vicente Rovcro, Armênio deLima Góes, Mario dos Santos, Edgard Diniz Alves Pequeno,Eduardo Andrés, João José da Silva, Osvaldo Alves Valle,Ivette Jansson, Hernani Ebehem de Araújo, Amelio Bar-roso de Sá, Aryles Fiança, Célia Lopes Borba, OrlandoEduardo Silva, João Fernandes Braga, lldef.mso Peixoto,Angélica Feio, Alfredo Renault Filho, Arthur R.Castilhos,Lauro Moitinho. Ary Ruth, Octavio Pereira da Costa, Do-mingos MarapoJi, Lemina Rosa da Silva, Marcello Worms,Sylvio Moreira,José Pedro Martins,Lody Machado, AugustoS. Eranco, Maria Peixoto de Oliveira, Roberto da MottaMacedo, Carlos S. Ribeiro, Antonia Vieira Ferreira, Ma-noel do Rego Barros, Haroldo Barbosa, Julia Martins, Car-

, los Andrade, Raymundo Parga, Aracy Nogueira, Armando" Coelho Matheus, João Guilherme Vieira, Dulce MunizFreire, Edgard Eranco Ferreira, Jandyra Rocha Pinto,.Aiice Miller, Dulce Ribeiro Meira, Maria Carolina Oberla-ender, Ernani Reis, Euclydes Reis, Tete Xavier, Ormindada Rocha Santos, Cândido Silva, Frederico OberlaenderUhl, Lúcia II. Verneck, Carlos Guerra da Cunha, OdillaPinheiro da Motta. Anna Luiza de Souza Aranha, EdwigesLoura Faria, Pedro Gouvêa, Othon Leonardos, Hugo Me-

deiros de Setxas, Alcides Assumpção, Odilon de SaltesPups, Guanahyra de Almeida, Paulo de C. Leite, CarlindaTinquitella, Luiz da Costa Maia Filho, Francisco G. Andréa,Antenor Casemiro Loures, Alice Maria Laranjeira, Manoelde Souza Burity, Alberto de Silva Vidal, Luiz QuintilianoLeonor Gomes, Laura Bracete, Hylda Maria de CastroGontran Mury, Hernani Coelho Lgey, Irene Nardy, Odette*Pecklt, Amalia Teixeira, Max Koenon, Carlos Stiebler So-brinho, Edgard Xavier da Costa, Maria de Lourdes da Ca-mara Saldanha, llortencia de Souza Lima, Odette N. daSilveira Lobo, ArlinJo Mariz Garcia, Alipio Moraes Sar-mento, Virgilia Marcelina de Jesus, Francisca Costa, Jorg';J. Riston, Attilio Rocha, Beatriz Alves Botelho, Antônio y'Martins, Amalia de Oliveira, Idaty Gonçalves, Francisc.>Pereira Lopes, Luiz Villa, Henrique de Gomes, JoaquimPereira de Rezende, Guaracy Wilto dos Santos, Mario deOliveira Brandão, Alice L. Antunes Filho, João CarlosFerreira Aguiar, José Jorge Gonçalves, Cecília C. SenraAchiies A. Fontana, Belmiro M. de Castro, Alfredo BuchnerLopes da Cruz, Manuel Theodoro Macedo Soares, ErnaniGuimarães, Rosa Rodrigues Fernandes, Sancho de Mello.Dalma Fontes Petit, Juliana Barros, Yolanda Borges, Ar-lindo Militão, Victor de Moura Dumond, Alice Tameirão-Jayme Gonçalves Melgaço, Antônio Gonçalves, Maria Fer,nandes Ferreira, Daisy Oberne, Celsina Faria Rocha, Fer-nando Alves Rezende, Armando Lopes de Araújo, Chri<-tiano Teixeira Lobão, Alfredo de Almeida Soares, ArmandoDiniz, José da Silveira Almeida, Roberto Pinto da Silva,Gabriel Monteiro de Barros Souza, E. Barros Souza, Deo-clides da Cruz, Renato Silveira Mendes, Octavio de SiEarp, Rosa Alves Penna, Henriqueta N. Guimarães, Helenade C. Lisboa, Jandyr Guerra, Lourival de Souza Brasa,Ary Rosa, Augusto Branco, José Marques de Oliveira, Vir-gilio Câmara Mattos, Odilio de Menezes, Martha Furtado,Eduardo Arnaud de Saldanha da Cama, Orminda Moraes!Rachel Vieira, Lucinda J. Boiteux, Jandyra Corrêa, Marina*R. A., Maria Eugenia Lyra da Silva, Amélia de CerqueiraCouto, Helena Gonçalves Melgaço, Oscalia M. de Barros,Jayme Ornellas de Souza, Branca e Maria Isabel Duarte.Carlita de Mello, Antônio Cândido Mendes, Cyro Carneiro,Maria Clément, Maria Luiza de Oliveira, Magdalena daOliveira, José Ramos Pereira Júnior, Lúcio de Carvalho.Jacy Garnier de Bacellar, Pery Garnier de Bacellar, Fio-riano Chaves, Holophernes Ferreira, Edgard Abreu dlOliveira, Mario José Perez de Araújo, Fortunato AlvesOliveira, Antônio Luiz Gonçalves, Maria Draga Costa Lima.

RESULTADO DO CONCURSO N. 616RESPOSTAS

t—Há—a2- —CaravellaV> —Tolima—Colima4 —Pá rede

Foram premiadas no sorteio os seguintes leitores :!• prêmio—10$.

dose •Pagano &. Filhocom 10 annos de edade—residindo em Porto Novo—E. daMinas.

2- prêmio—105.Guanahyra de Almeida

11 annos de edade—moradora á rua doCattete n. 317.

Enviaram soluções:Cy Maria Bittencourt, Adelia Abrantes, Zelia de Brito

Pereira, Lyvia Cardoso da Veiga, Orlando D. Mcngel, Ge-raldo Tesedino Filho, Roberto José F"ontes Peixoto, Olgada Rocha Santos, Moacyr Homem Martins, Gustavo de Mo-deiros, Helcio Eugênio de L. e Silva, Raul Meirelles, Nel-son de Almeida, Ernani Reis, Wilson de Araújo, Francisc »Xavier Soares Pereira, Irene Nogueira da Gama, EmrruNogueira, Francisco Antônio Curzio, Irineu Rodrigues Cha-ves, Noemia J.Vianna,Regina Trindade, Justino Cordeiro,Pedro Nava, Antônio de Lima Dias, José Júlio Calasans.Joaquim Antônio Naegele, José M. M. Naegele, MoacyrCarneiro, Francisco Braulio de Vasconcellos, Jandyra Ri>-cha Pinto, José Guimarães Macedo, Alba Fonseca, Mariado Carmo Dias Leal, Donguinha Dias Leal, Homero Dia-;Leal, Filhote Dias Leal, Thereza de Gouvêa, Escolastica daConceiçãc, Isaltina Pereira Villar, Gilvandro Pessoa Fran-cisco Luiz Leitão, Iracema Rosa, Amalia Teixeira, He-lena Teixeira, José Marques de Oliveira, Honorina Ober-laender Uhl, Mario de Oliveira Brandão, Guiomar Nogueira

Page 20: K{0 - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1912_00337.pdfdo se pareça com o casco de um navio 4—Julgando que se tratava somente le expe-rimentar seu talento, o artista poz màos

O TICO-TICO aoda Gama, Yolanda C. Ferraz Milton O' Reilly de Souza,Cecília da Rocha Lima, Paulo Estrella Vieira, Carlinda Tin-quitella, Heitor P. Leite, Yára Miranda, José Baptista Pe-reira, Canuto de Sá Peixoto, Guanahyra de Almeida, Ar-mando Souza Diniz, Beatriz Moniz, Danra de Souza Mello,Dagoberto Ramos de Oliveira, José Pagano R, Filho, Her.-tique Alvares da Cunha, José da Rocha Martins, Aida dsSouza Lima, Yara Oliveira da Silva, Jacy Moreira da Silva.

CONCURSO N. 652 .Perguntas:

1 — Qual é o planeta que é um metal?(Pela menina Amélia Thomaz)

2- — Qual o barro cujo nome é composto de doussubstantivos e um advérbio delogar?

(Sophia Salomé Waldeck]3- — Encontrar-me-hão em casa e na estrada, mas no

mar nunca ! Que é ?[Remettida por Clarimundo do Nascimento Mesquita.)4- — Qual é a pedra preciosa que, sem a primeira let-

tra, é um animal?[Amélia Thomaz)

(N. B. —Não levem em conta a orthographia da palavra).Haverá dous prêmios de 10$ cada um.Recebemos soluções até o dia 3 de Abril.

CONCURSO N. G51 para os leitores dos estados e d'esta capital

Armar a silhueta negra de um homem, com o auxilio As soluções, devidamente assignadas, acompanhadasdas figuras acima-eis em que consiste a solução do pre- da residência e edade do concurrente, deverão estarsente concurso. Haverá dous prêmios de 10$ cada um, dis- ^uauc uu LU"V-UI 6> "cvc"*«uibuidos por sorteio. em nossa redacção até o dia 12 de Maio.

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21 O TICO-TICO

LIVROS PARA CREANÇASACABA DE CHEGAR DE PARIS

CONTOS DA CAROCHINHAContendo sessenta, e um contos popula*

i-es, moraes e proveitosos,de vários paizes

Um grosso volume de 408 paginas encadernado, commuitas gravuras coloridas, obra ricamente impressa emParis 5$000

Os Contos da Carochinha, que acabamos de publicar, sãoessas historias que todos nós ouvimos em pequeninos, con-tados por nossas mais, por nossos avós e velhos parentes,teque sabem todas as creanças de todos ospaizes; escri-p os em linguagem fácil, como convém ás creanças, osContos da Carochinha são, pois, um livro valioso, um livroeterno, porque no Brazil ate hoje nada se tem publicadoque os eguale: elles são eternos, datam de séculos e secu-los durarão ainda. A's mais de família, aos educadores eao povo em geral recommendamos este precioso livro,uni-co que pode guiar as creanças no caminho do bem e dav,rt?SS1\,?LegTando e divertindo ao mesmo tempo.ÍNDICE DOS CONTOS :-Os três cães, A bella e a fira, Ágataoorraiheira, João e Maria, Jaques e os seus companheiros, Os dousavarentos,0 patetinha, O chapéosinho vermelho, O perigo da for-tuna, Os m eninos vadios, O pequeno Polegar, A egreja de Falster,Os trez presentes da fada,O ratinho reconhecido, A perseverança, Aguarniçào da fortaleza, A gratidão da serpente, A briga diflicil, JoãoDobo, O tocador de violino, Os seis companheiros, O anachoreta, Orei dos metaes, O rabino piedoso, O vaso de lagrimas, Os dous ca-ininhos, A lenda da montanha, O pintasilgo, Branca como a neve, Atina Alice, O frade e o passarinho,A cathedral do rei, Jacques e o péde feijão, Os pecegos, O urso e a carriça, O caiporismo do alfaiateJoão, O castello de Kinast, Os onze irmãos da princeza, As trez gal-linhas, O veadinho encantado, O menino da matta e o seu cão Pilo-to, João Felpudo, Pedro Malazarte, A moura torta, A baratinha quese casou com o sr. ratinho, Os trez cabellos do diabo, A baba do pas-

'

sarinho, O galo de botas, O barba azul, O castigo da bruxa, A vidado gigante, As trez maravilhas, Pelle de urso ou o pacto com o dia-bo, A quem Deus ajuda... A bella adormecida no bosque, Aladimou a lâmpada maravilhosa, Os piincipes com estrellas de ouro natesta, O tapete, O óculo e o remédio, O diabo e o ferreiro, A formi-guinha, O homem de mármore,.etc, etc.

Historias do arco da velha—com 47 contos 4$000Historias da avósinha—com 50 contos., 5$000Historia da baratinha—com 70 contos 4$000

Estes quatro bons livros contém esses cantos que todos nós ouvimosem pequeninos, contados por nossas mais, velhas avósinhas, tias, madrinhas,i mas, ele., etc., contos populanssimos, moraes e^piedosos, que sabem as cre-; ncas todas de todos os paizes. Sao narrações fantásticas onde ha fadas, lo-r.isnomcns, gênios myslerinsos, animaes fallantes, bruxas, feiticeiras e encan-lamentos, mas em linguagem simples, incutindo sempre a it éa do bem e davirtude. Cada .livro íorma um ftrosso volume de'320 a iOO paginas, com mi-Ihares de vinhetas e gravuras, impresso em papel de bóa qualidade, typonovo e letlras defantasia, encadernado, e sempre com a mesma capa litho-graphadaa cores.

OS MEUS BRINQUEDOS—O melhore mais encantador livrot>ara creanças, que existe em língua portugueza, único no seu gene-ro. Contém innumeras cantigas para adormecer ao berço; bnncadei-ras e divertimentos para todas as edades; jogos de prendas e sentenças, e peças próprias para serem representadas por meninos e meni-nas em casa, nos collegios e em theatrinhos particulares ; tudoacompanhado de centenas de gravuras explicativas. 4S000

THEATRINHO INFANTIL—Esplendida collecção de monolo-gos, diálogos, scenas cômicas, dramas, comédias, operetas, etc. (emprosa e verso, próprias para serem representadas por creanças, dis-pensando-se despezas com scenarlos, vestimentas e caracterisação.1 volume com 24 peças. 5S00,i

ÁLBUM DAS CREANÇAS—Excellente obra encerrando mui-tissimas poesias dos mais celebres e modernos autores, destinadas áinfância, próprias para serem recitadas em salas, nos collegios. emtheatros, etc, ensinando as creanças a declamar e a se desemba-raçarem. 4J000

O CASTIGO DE UM ANJO—Delicioso c moralissimo contooriginal do grande escriptor Leão Tolstoi, commovente e sentimental, baseado na máxima christã: Amae-vos uns aos outros, obrpivina, piedosae cheia de virtude. »§oo

AVISOPrevenimos ao publico que quando haja de comprar os

Contos da Carochinha—exija sempre a Décima oitava edi-ção da Livraria Quaresma— é um grosso volume de 4o8paginas, bem encadernado, com 3o finíssimos chromos a8 còrese grande numero de estampas cm preto—trabalho lu-xuosamente executado em Paris, propositalmente feito paraprêmios collegiaes, e lambem para os pais presentearemos filhos; os padrinhos, os afilhados; os tios, os sobri-nhos; os amigos, os filhos de seus amigos, etc, etc.

As remessas para o interior serão feitas livreá de des-pezas do correio, bastando tão somente enviar sua impor-tanciã em carta registrada com valor declarado, dirigida aPEDRO DA SILVA QUARESMA.ZR/ULa, S. «JOSé I1S. 71e 73- Rio de Janeiro

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Para evitar taes prejuízos e facilitar a todos obter dentaduras,dentes a pívdt, coroas de ouro, bridge-work, etc, o que tiade mais perfeito nesse gênero, resolveu o abaixo assignado reduzirornais possível a sua antiga tabe!>a de preços, que ficam d'essemodo ao alcance dos menos favorecidos da fortuna. No seunovo consultório, á rua do Carmo n. 71, (canto da do Ouvidor)dá informações completas a todos que as desejarem. Acerta e fazfunecionar perfeitamente qualquer dentadura que não estejabem na bocea e concerta as que se quebrarem, por preçosInsignificantes.Os clientesque não puderem vir ao consultório serão

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O TICO-TICO 22

OXYPATHIAO METHODO IDEAL DE CURA PARA

AS CREANÇASO puro OXYGrEiVIO entrando nos jovensorganismos que estão

debaixo da acção do OXYPATHOR?purifica-os.

Todas as moléstias das creanças podemser curadas pelo OXT^PATHOR

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Paes eonscienciosos eleveisrecorrer si Oxypatliia,.

-&-ü-o-Alguns attestados que estão no nosso

escriptorio á disposição do publico:Rio de Janeiro 14 de Agosto de 1911

Illm. Sr. Paulo ZsigmondyComo prometti, venho communicar-lhe pela presente os re-

sultados até agora obtidos com o seu apparelho «Oxypathorr,que comprei ha 3 mezes.

Tenho um filho, com 2 1[2 annos de edade que desde a idadede 6 mezes acha-se doente dos intestinos, e mais de uma vez.du-rante quasi 2 annos de enfermidade esteve prestes a morrer; es-tando sempre cm tratamento com diversos facultativos, e semprea moléstia o perseguiu sem tregoas; porém ha um mez, isto é,em Julho pp. foi acommcttido de uma grande febre, o que sem-pre teve; então, empreguei o Oxypathor e tive o seguinte resul-tado: o menino amanheceu muito aborrecido, chorando, etc,etc; ás tantas do dia apresentou-se a febre ; colloquei então oOxypathor dentro de uma vasilha de barro, puz-lhe as fi-vellas nos logares competentes e aguardei o resultado de-sejado; uma hora depois, começou a transpirar, a febre foigradaiivamcnte diminuindo e no espaço de 4 horas conse-

.cutivas, ficou completamente livre da febre, o que deu lo-'gar a que elle sahisse do quarto e ficasse brincando com

os irmãos, alegre e'satisfeito, sem mais nada que o abone-cesse, e até hoje, gsaças a Deus, não foi incommodado eacha-se em muito boas condições de saúde.

Sou com tola a estima e consideração Cro.Obro. e agra-decido Manuel Tavora da Costa Porte, despachante daAlfândega — Kua dos Collegios—Paquetá.

Rio, 7 de Janeiro de 1912Jllm. Sr.Tenho passado consideravelmente melhor dos meus

incommodos de arthritismo e attribuo esta melhora á apli-cação do apparelho OXYPATHOR,

De V. S. att. cr.Monsenhor Vicente Lustosa

^^H£L r?Jry ^'i^V, ...¦ ¦. v :•' :¦„ v;ji |

Amtr

Kio de Janeiro, 12 de Junho de 1911Illmo. Sr. Paulo Zsigmondy—Nesta.E' com grande satisfação que venho communicar a V.

S. os magníficos resultados que obtive com o apparelhodenominado «Oxypathor»,com o uso do mesmo intercala-damente durante vinte dias. Sinto-me completamente alli-viado do antigo rheumatismo que tanto me fazia soffrer.

De V. S. att. obr. A . F. Brillo Sanches, corretor defundos públicos. — Rua Getulio 33—Estação de Todos osSantos.

Rio de Janeiro, 1 de Setembro de 1911illm. Sr. Paulo Zsigmondy—Nesta.Amigo e senhorCom a presente tenho o prazer de communicar a V.

S. que estou muito satisfeito com os resultados até agoraobtidos comoscu apparelho oO.xypathon.

Empreguei o mesmo em mim para a cura de uma affe-cção do estômago, que me csusava peso no estômago aodeitar e tornava o meu somno agitado, fazendo com que*me acordasse cansado. Sempre que empreguei o appa-lho consegui um somno calmo e fortifkante e continuo aempregai o até final í estabelecimento.

Além disso tive oceasião de curar em meia hora umaviolenta dói de dentes em um filhinho meu, caso esse quetambém reputo interessante e por isto não quero deixar decital-o.

Terei muito prazer se V. S. fizer d'esta o uso que lheconvier para o beneficio dos meus semelhantes e agradeçoa V. S. o ter-me proporcionado a compra d'este apparelho.

De V. S. atto ven. e cro. obto. Luiz Antônio dt Si-queim, gerente da Fabrica de Cordoalha—Ruade S. Chris-tovão, 274.

Rio de Janeiro, em 9 de Janeiro de 1912Exmo Sr.A presente tem por fim, respondendo a carta de V.

S. de 5 de Janeiro, communicar-vos que os resultadoscolhidos pelo emprego do apparelho OXYPATHOR temsido até á presente data os melhores possíveis.

, De V. S. att. am. obr.Monsenhor Gonzaga

gtuondConsultas grátis, tanlo verbalmente como por escripto. Dirigir-se á Secção de Oxypathia da Casa Paulo Zsi-d—rua (àcncral Câmara 97—1 andar,das 9 ás 11 da manha e de 1 ás 5 da tarde."

Caixa do Correio 1256—Tclegr. Zsigmondy—Rio de Janeiro. — Enviam-se prospeetos grátis pelo correio.

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Ò TICO-TICO O J^^fVIsrEQITIIwd: E2<TOA-JNTTA.IDO 23

t.

¦ i . Ni, niil,iy» '^'.^'''MTâM^^MMBrT*??^?»

SEC *¦ ^feívtS1 «Th I

Lá. ^ ^ u^j1) Pela terceira vez no mesmo dia I.uiza

foi surprehendida por sua mãi espiandopelas techâdur p das postas; isso é máu cos-tume que ella tomou e, por isso. . .

'

2j .. .sua mãi ameaçou-a com um castigomuito severo. Indignada embora não tivesserazão, Luiza. que com 13 annos jã se julgauma moça resolveu fugir de casa.

-,) SjIihi <.- seguiu pelas ruas julgando que seriamuito fácil arranjar um emprego. Chegando a umjardim publico$entou-se junto a duas moças e ouviu-as conversar. Uma das moças dizia a outra que haviaum Logar de aprendiz...

4| ...em uma casa de costuras da rua doOuvidor. I.uiza bem ouviu a moça aconse-lhar a.sua amiga, que fosse occupar esse lo-gar porém, mais que de pressa foi ella seapresentar na tal casa e

MT iii i i—Tr-riín - : w ii fTT^-- ¦Tto"™*- "5] .. .foi contractada como aprendiz. Quan-

do a outra chegou a costureira disse-lhe que ologar já estava occupado. Luiza vendo a tristezada outra até abaixou a cabeça envergonhada.

8( As empregadas jantavam alli mesmoem casa da costureira mas não dormiamalli. Luiza ficou muito preoccupada por-gue não tinha onde dormir

7[ As 6 horas da tarde todas as costureirase aprendizes se retiraram; então Luiza, ficandosó começou a arranjar uma cama debaixo deuma mesa.

8] Mas de repente ouviu rumor e não ten-do onde se esconder, metteu-se debaixo deum manequim que estava com um vestidoalinhavado apenas.

9] Abriu-se a porta e entrou a costureiracom uma fregueza, que vinha ver um vestidoencommendado. Era exactamente o vestidoque estava no manequim.

10] A costureira approximou-se delle e paramostrar como ia ficar começou a espetar-lhe ai-finetes. Luiza assim espetada deu um grito. Acostureira fugiu.. .

11] .. .gritando também e houve tal ba-rulho que veiu um soldado de policia e en-concontrar.do a menina alli escondida pen-sou que ella fosse uma ladra e levou-a. .

12| ...para a delegacia. Felizmente alliappareceu também o pai de Luiza, queandava a sua procura. E a menina voltoupara casa jurando que nunca mais voltariaa ser independente.

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24- AVENTURAS DO CHIQUINHOUMA CAÇADA DE BORBOLETAS

(Continuação)

O TICO-TICC <

«

¦¦ — ¦ i -,—..— , -¦¦-. .,.,..,,,, J L.— ¦ —— —i . ¦¦¦-¦¦. ,.,., , -

Ouvindo fallar em aeroplano, Chiquinho ficou enthusias-madissimo, de nariz para o ar, afim de ver se descobria o appa-relho voador.

Não conseguiu vel-o mas, ao que parece, o aeroplano ia já auma certa distancia, porque todos, a pé, de carro ou automóveis,corriam na mesma direcção.

—— 1 p' ' ..... ¦¦ ¦¦ , ¦¦ ¦ —' -1i

ÉÉÉÉÉi 0ff /~°^>jKKj|H||Ki«g^^£% f^y ¦pi

Chiquinho sahiu a correr também, olhando para cima comtanta attenção.que não via as poças dágua e de lama pelo chão.

e,para encurtar o caminho, mettia-se entre cercas e gra-des de arame, sem se lembrar, absolutamente.do estado em queia ficar a roupa

IContiuúa]

Offioinas llthot{i-«iph.icas d'0 MALHO