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Juventude, violência e o atendimento nos serviços de saúde

Objetivo:Qualificar a atenção à saúde realizada por meio do recorte dafaixa etária nos diversos níveis de complexidade do SUS, emespecial na atenção básica, para que se atendam às necessidadese especificidades deste grupo populacional.

Definição de políticas e programas específicos para jovens na área da

saúde• 1993 - PROSAD, Ministério da Saúde. Primeira norma de

atenção à saúde integral do adolescente, cujo foco era qualificar a atenção a esse grupo.

• 1999 - Agenda nacional de atenção à saúde de adolescentes e jovens, Ministério da Saúde.

• 2005 - Criação da Secretaria Nacional de Juventude.• 2007 - Aprovação da política nacional no Conselho Nacional de

Saúde.

Estabelece a política nacional de atenção à saúde de adolescentes e

jovens:

• “promover a atenção integral à saúde deadolescentes e de jovens, de 10 a 24 anos*, no âmbitoda Política Nacional de Saúde, visando à promoção desaúde, à prevenção de agravos e à redução damorbimortalidade”

Bahia: população total de jovens entre 15 e 29 anos

• 4,209 milhões (2006)• 3,719 milhões (2014)

Território: • 76% população urbana• 24% população rural

Sexo feminino • 50,4% em 2006• 51,3% em 2014

População negra • 81,2% em 2006 • 80,6% em 2014

Saúde da juventudePráticas comportamentais de exposição a diversassituações de risco presentes e futuros para a saúde:

• consumo de cigarro, álcool e outras drogas;• falta de atividade física;• comportamento alimentar inadequado;• comportamentos sexuais irresponsáveis – que resultam

em gravidez na adolescência e infecção por DSTs,• exposição a violências e lesões acidentais.

Saúde da juventude

• O principal problema para a proteção destegrupo etário são as altas taxas de mortalidadepor causas violentas.

• Não só para a área de saúde, mas também paraas políticas públicas de uma forma geral.

Juventude (s) e Violência (s)

Violência: diversas facetas

• Diversos significados, manifestações e reações

• Diversas formas de discriminação experimentadas porjovens, em especial jovens em situação de pobreza,vulnerabilidades e violências.

Situações que condicionam comportamentos violentos e que “vitimam” os jovens, em

particular os que vivem na pobreza:

• Jovens que vivem em famílias com renda de até trêssalários mínimos per capita;

• Muitos provêm de famílias de pais e mãesdesempregados;

• Alguns já passaram por experiência de viver na rua ouestar envolvidos em atos ilícitos.

Vulnerabilidade à violência que se traduz na morte precoce de tantos:

óbitos por “violência conjunta”• homicídios• agressões• acidentes de trânsito

óbitos por “causas internas” • relacionadas a doenças

Violência doméstica

• Elemento desencadeador da cadeia de reprodução deviolências.

• Muitos dos jovens tiveram contato com a violência deforma direta ainda no ambiente familiar.

O uso de drogas• Drogas lícitas e ilícitas

• Ambas as modalidades acarretam alterações dos estados de consciência.

• É preciso distinguir o consumo e o tráfico.

• Embora possam estarentrelaçadas, cada umadessas atividades leva aconsequências diferentes.

• Não necessariamente oconsumo de drogas estádiretamente associado àviolência.

• O tráfico está!

Juventudes e violências

• O medo, a exposição à violência e a participação ativaem atos violentos e no tráfico de drogas seriam marcasde uma geração.

• Não basta referir-se a direitos individuais, mas tambémde grupos e gerações e a características de um tempo ede sociedades.

Público alvo:• Profissionais da atenção básica.

• Profissionais de saúde deste nível de atenção devemestar preparados para atuar sobre os mais diversosproblemas de saúde é necessário investir emqualificação para o atendimento dos mais distintosgrupos populacionais.

Atenção básica

• Porta de entrada preferencial para o restante dosistema.

• Estratégia prioritária para adolescentes e jovens.

• Nesse nível de atenção é possível acompanhar ocrescimento e o desenvolvimento e atuar na educaçãopreventiva em saúde.

Atendimento• Acolher• Cuidar• Responsabilizar

Resgate da dignidade e da auto-estima.

Juventudes: positividade das vulnerabilidades

• Identificar potencialidades para resistir e enfrentar situações socialmente negativas.

• Formas de lidar com os riscos e obstáculos de modocriativo.

• Olhar para múltiplos planos e para distintos grupossociais.

• Diferentes sistemas de linguagens.

Juventudes: positividade das vulnerabilidades

• Reconhecer processos contemporâneos, remodelações de relações sociais;

• Cultura e subjetividade;

• Vivência quanto aos direitos humanos.

Caminhos...

• Aprimorar a articulação de ações no combate àviolência.

• Entender as particularidades do grupo populacionaljovem e capacitar as equipes de saúde no atendimentode suas demandas e necessidades, aproveitando asoportunidades e os espaços adequados para apromoção da saúde.

• Promover valores por cultura de paz, ética desolidariedade, de convivência, e, mais que tolerância,reconhecimento da diversidade.

REFERÊNCIAS:

• CASTRO, Mary Garcia; ABRAMOVAY, Miriam. Jovens em situação de pobreza, vulnerabilidades sociais e violências. Cad. Pesqui., São Paulo , n. 116, p. 143-176, July 2002 . Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742002000200007&lng=en&nrm=iso>. accesson Nov. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-15742002000200007.

•• JOVENS: MORBIMORTALIDADE, FATORES DE RISCO E POLÍTICAS DE

SAÚDEAndrea Barreto Paiva, José Aparecido Carlos Ribeiro, Joelmir Rodrigues da Silva, Luciana M. S. Servo, Roberto Passos Nogueira e Sérgio F. Piola

• http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=5641