JP409

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Ribeirão Preto - SP - Ano IV - Nº 41 - Setembro/2003 - R$ 1,00 Ribeirão Preto - SP - Ano IX - Nº 108 - abril/2009 Ribeirão Preto - SP - Ano IV - Nº 41 - Setembro/2003 - R$ 1,00 DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA Alumiar Alumiar Alumiar Alumiar Alumiar www.alumiar.com Informação, Informação, Informação, Informação, Informação, Cultura Cultura Cultura Cultura Cultura e e e e e Livre Expressão Livre Expressão Livre Expressão Livre Expressão Livre Expressão das Letras Peregrino Peregrino A magnífica obra A Escola de Atenas, de Rafael, representa o encontro dos grandes filósofos da Antiguidade (Platão, apontando para cima, e Aristóteles estão ao centro), simbolizando a procura racional pela verdade. Página 8 De Peregrino para Alumiar Antônio Carlos Tórtoro No Houaiss, um peregrino é um indivíduo andante, que viaja, que empreende longas jornadas. No mesmo Houaiss, alumiar quer dizer dar à luz, iluminar ou ficar iluminado, dar ou adquirir conhecimento, cultura, esclareci- mento. Logo, o peregrino não encontra obrigatoriamente o que busca. Alumiar, por outro lado, não deixa dúvidas de que significa dar a alguém todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvi- mento de sua personalidade, inclusive cultura: conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes que distinguem um grupo social... Página 3 Falsas impressões dos pais Claubete Nóbrega Página 5 A beleza interna Triangles - Bulletin no. 162 - December 2007 Página 6 Construindo bonecas: Construindo a mim mesma! Lílian de Almeida Pereira Bustamante Sá Página 4 Livros Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS versus Normas Brasileiras Essencial da Golden Dawn Fireworks CS3, Flash CS3, Dreamweaver CS3 Ferramen- tas para criar sites Página 7 Animais Brasileiros - Cachorro-do-mato A ficha do bicho Nome popular: Cachorro-do-mato, graxaim, lobinho. Nome científico: Cerdocyon thous. Onde vive: Da Venezuela ao sul do Brasil. O que come: Aves, frutas, insetos, ataca galinheiros. Quanto pesa: 8 quilos. Quanto vive: 10 anos. Filhotes: Três a seis, gestação de 55 dias. Página 8 Natura Cléo Reis Página 6

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  • Ribeiro Preto - SP - Ano IV - N 41 - Setembro/2003 - R$ 1,00Ribeiro Preto - SP - Ano IX - N 108 - abril/2009

    Ribeiro Preto - SP - Ano IV - N 41 - Setembro/2003 - R$ 1,00

    DISTRIBUIO DIRIGIDA

    AlumiarAlumiarAlumiarAlumiarAlumiarwww.alumiar.com

    Informao,Informao,Informao,Informao,Informao, CulturaCulturaCulturaCulturaCultura e e e e e Livre ExpressoLivre ExpressoLivre ExpressoLivre ExpressoLivre Expresso

    das LetrasPeregrinoPeregrino

    A magnfica obra A Escola de Atenas, de Rafael, representa o encontro dos grandes filsofos daAntiguidade (Plato, apontando para cima, e Aristteles esto ao centro), simbolizando a procuraracional pela verdade.Pgina 8

    De Peregrino para AlumiarAntnio Carlos Trtoro

    No Houaiss, um peregrino um indivduo andante, que viaja, que empreende longas jornadas.No mesmo Houaiss, alumiar quer dizer dar luz, iluminar ou ficar iluminado, dar ou adquirir conhecimento, cultura, esclareci-

    mento.Logo, o peregrino no encontra obrigatoriamente o que busca.Alumiar, por outro lado, no deixa dvidas de que significa dar a algum todos os cuidados necessrios ao pleno desenvolvi-

    mento de sua personalidade, inclusive cultura: conjunto de padres de comportamento, crenas, conhecimentos, costumes quedistinguem um grupo social...Pgina 3

    Falsas impresses dos paisClaubete NbregaPgina 5

    A beleza internaTriangles - Bulletin no. 162 - December 2007Pgina 6

    Construindo bonecas: Construindo a mim mesma!Llian de Almeida Pereira Bustamante SPgina 4

    Livros

    Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRSversus Normas BrasileirasEssencial da Golden DawnFireworks CS3, Flash CS3, Dreamweaver CS3 Ferramen-tas para criar sitesPgina 7

    Animais Brasileiros - Cachorro-do-mato

    A ficha do bichoNome popular: Cachorro-do-mato, graxaim, lobinho.Nome cientfico: Cerdocyon thous.Onde vive: Da Venezuela ao sul do Brasil.O que come: Aves, frutas, insetos, ataca galinheiros.Quanto pesa: 8 quilos.Quanto vive: 10 anos.Filhotes: Trs a seis, gestao de 55 dias.Pgina 8

    NaturaClo ReisPgina 6

  • Ribeiro Preto - SP - abril/20092Peregrino

    Informao, Cultura e Livre Expressodas Letras

    Editorial Capa

    PeregrinoPeregrinodas Letras

    Contatos

    Fotolito e ImpressoFullgraphics Grfica e Editora(16) 3211 5500

    Mariza Helena Ribeiro Facci [email protected]

    DireoJos Roberto Ruiz - MTb [email protected]@alumiar.com

    RedatoraMariza Helena R. Facci [email protected]@alumiar.com

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    Endereo para correspondncia:Av. Guilhermina Cunha Coelho,350 A6 - Ribeiro Preto - SP /Brasil / 14021-520

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    (16) 3621 9225 / 9992 3408Jos Roberto Ruiz

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    Hoje quero falar das estaes. Daquelas partes em que dividido o ano, com durao de quatro meses,cclicas, cada qual com sua especificidade. Os mitos falam das estaes. Na Mitologia grega conta-se que Zeus,o Deus supremo do Olimpo, teve com Tmis, a Deusa da Justia, trs filhas a quem foi dado o nome de Horas.Uma se chama Talo e a que faz brotar, outra se chama Auxo e a que faz crescer, a ltima se chama Carpo e aque faz frutificar. Cada uma tem uma funo, cada uma a seu tempo contribui para mudanas necessrias aoequilbrio da vida em sociedade.

    Na mitologia tupi-guarani temos o Deus mandu, que o Deus Grande Escuta. Ele vem em cada estao, comdiferentes rostos, com diferentes roupagens, com diferentes melodias. Na Primavera representado pela belezadas flores, no vero pelo sol majestoso, no outono pelas cores amarelo-avermelhadas das rvores, no invernopelos dias curtos e frios de esplendorosos por-de-sis vermelhos.

    Em quatro tempos as estaes chamam nossa ateno para a mutabilidade de nossas existncias. Momentosde plenitude, de reflexo, de decadncia, de finitude. E so belas em todas as suas faces, mesmo quando sujeitasaos destemperos pelos quais passa o Planeta.

    Quanto a mim, fascino-me por todas, mas tenho uma quedinha pelo Outono. Cheira maturidade. No beleza explcita da primavera, no emoo acalorada do vero, no algidez do inverno. Outono para estarcomigo mesma. para perceber que h coisas que devem ser trocadas, substitudas. As folhas que caem emmomento de se irem, a temperatura amena que permite e convida reflexo. A colheita de frutos maduros, emtempo certo e permitido pelos Deuses. No Outono, o Deus Todo Escuta dos Tupis-Guaranis, mandu surge e asfolhas caem sob Seu comando que se apresenta em forma de cano. Carpo, a Terceira Hora, apresenta seuproduto: as sementes em seu apogeu. Ns seres humanos nos perguntamos: A infncia e a mocidade foram boasestaes? Na maturidade estamos colhendo doces frutos? Se as respostas forem afirmativas, o inverno denossas vidas ser aceito com galhardia e coragem. Um presente pela reverncia aos ciclos, inerentes nossaevoluo e crescimento.

    Nesta edio o Peregrino, que at aqui nos acompanhou, d espao para o Alumiar e, continua seu caminho.Caminho este iniciado em maio de 2000 pelo Eduardo Lus Cardoso e Jos Luiz Rosa de Arajo e no o qualeu, Jos Roberto Ruiz, tive a honra de ser convidado a trilhar. A vida como sempre nos prega surpresas e, nofoi diferente nesta parceria. Meses mais tarde, por fora do destino, vi-me na incumbncia de continuarsozinho e de levar adiante o projeto iniciado. Hoje, entendo que um novo momento chegou e, a mudana eranecessria. Eduardo e Lus, hoje, tenho a certeza de que nossos caminhos no se separaram, mas, multipli-caram-se. Obrigado. Jos Roberto Ruiz

    Cursos Oficinas -Palestras Workshops

    Abril4 Seminrio de Reiki Ribeiro Preto / SP Infor-maes: (16) 3630 2236 /9782 4150.16 Palestra Gratuita Oautodesenvolvimento e abiografia pessoal RibeiroPreto / SP Informaes:(16) 8151 9894.18 e 19 Oficina de Bonecas Ribeiro Preto / SP Informaes: (16) 3021 5490/ 9118 7261.

    As idias emitidas em artigos,matrias ou anncios publicitrios,so responsabilidades de seus auto-res e, no so expresso oficial des-te veculo de comunicao, salvo in-dicao explcita neste sentido.

    expressamente proibida a re-produo parcial ou total desta pu-blicao sem a prvia autorizao.

  • Ribeiro Preto - SP - abril/2009 3Peregrino

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    De Peregrino paraAlumiar

    H escolas que so gaiolas. H escolas que so asasRubem Alves

    No Houaiss, um peregrino um indivduo andante, que viaja, queempreende longas jornadas.

    No mesmo Houaiss, alumiar quer dizer dar luz, iluminar ou ficar ilumi-nado, dar ou adquirir conhecimento, cultura, esclarecimento.

    Logo, o peregrino no encontra obrigatoriamente o que busca.Alumiar, por outro lado, no deixa dvidas de que significa dar a al-

    gum todos os cuidados necessrios ao pleno desenvolvimento de sua personalidade, inclusive cultura: con-junto de padres de comportamento, crenas, conhecimentos, costumes que distinguem um grupo social.

    Portanto, penso que significativa a mudana de nome do jornal Peregrino das Letras para Alumiar.A partir de maio, o jornal, que sempre focou a qualidade de vida e valores humanos, ao ampliar seu espectro,

    acrescentando ao seu contedo artigos sobre Educao, ficar sensivelmente enriquecido, devido novaamplitude alcanada no espectro possvel sobre todos os futuros assuntos abordados pelo jornal, alm depermitir a novos profissionais a possibilidade de se exprimirem sobre os diversos e mais variados temas quepossam acrescentar algo ao cabedal de conhecimento inerente a cada um dos leitores.

    Em uma de suas entrevistas, o admirvel escritor, filsofo e educador Rubem Alves diz o seguinte: Por que osseres humanos se educam? A primeira razo por que os seres humanos aprendem para sobreviver. Nsaprendemos ferramentas de sobrevivncia. Todos os saberes so ferramentas de sobrevivncia. para isso quea gente aprende. Os nossos saberes tm que ter um objetivo prtico. Para que servem? Para dar competncia parasobreviver. Outra coisa que a gente aprende no s para sobreviver, mas para sobreviver bem. Ns temospadres estticos de beleza, de prazer, de busca. Isso faz parte da vida humana. Vida humana no s viver, mas vida com toda a sua exuberncia cultural.

    Tendo sido sempre um leitor assduo do Peregrino das Letras, pretendo continuar lendo Alumiar por saberque seu contedo sempre me proporcionou o que Rubem Alves chama de ferramentas e brinquedos (um resumodo que Educao): ferramentas so conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia e brinquedos so todas aquelas coisas que, no tendo nenhuma utilidade como ferramentas, do prazer ealegria alma.

    Portanto, para mim, o jornal Alumiar ser sempre asas, e no gaiola, que me permitiro voar (tal peregrinoalado) pelos caminhos (e conhecimentos) do mundo.

    Antnio Carlos Trtorowww.tortoro.com.br

    [email protected]

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  • Ribeiro Preto - SP - abril/20094Peregrino

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    Guia prtico da nova Ortografia(continuao da edio anterior)

    Douglas TufanoProfessor e autor de livros didticos de lngua portuguesa

    Continua na pgina 7.

    Uso do hfenAlgumas regras do uso do hfen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas,

    como se trata ainda de matria controvertida em muitos aspectos, para facili-tar a compreenso dos leitores, apresentamos um resumo das regras queorientam o uso do hfen com os prefixos mais comuns, assim como as novasorientaes estabelecidas pelo Acordo.

    As observaes a seguir referem-se ao uso do hfen em palavras formadaspor prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como:aero, agro, alm, ante, anti, aqum, arqui, auto, circum, co, contra, eletro,entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi,neo, pan, pluri, proto, ps, pr, pr, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super,supra, tele, ultra, vice etc.

    1. Com prefixos, usa-se sempre o hfen diante de palavra iniciada por h.Exemplos:

    anti-higinico, anti-histrico, co-herdeiro, macro-histria, mini-hotel,proto-histria, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.

    Exceo: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

    2. No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogalcom que se inicia o segundo elemento. Exemplos:

    Aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiareo, antieducativo,autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstruo, coautor, coedio,extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,semiesfrico, semiopaco.

    Exceo: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento,mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigao, coordenar, coope-rar, cooperao, cooptar, coocupante etc.

    3. No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal e o segundoelemento comea por consoante diferente de r ou s. Exemplos:

    Anteprojeto, antipedaggico, autopea, autoproteo, coproduo,geopoltica, microcomputador, pseudoprofessor, semicrculo, semideus,seminovo, ultramoderno.

    Ateno: com o prefixo vice, usa-se sempre o hfen. Exemplos: vice-rei,vice-almirante etc.

    4. No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal e o segundoelemento comea por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:

    Antirrbico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo,contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema, minissaia,multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente,ultrassom.

    5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hfen se o segundoelemento comear pela mesma vogal. Exemplos:

    anti-ibrico, anti-imperialista, anti-inflacionrio, anti-inflamatrio, auto-observao, contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque, micro-ondas,micro-nibus, semi-internato, semi-interno.

    6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hfen se o segundoelemento comear pela mesma consoante. Exemplos:

    hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecrio, super-ra-cista, super-reacionrio, super-resistente, super-romntico.

    Ateno: Nos demais casos no se usa o hfen.Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante,

    superproteo. Com o prefixo sub, usa-se o hfen tambm diante de palavra iniciada por

    r: sub-regio, sub-raa etc. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada

    por m, n e vogal: circum-navegao, pan-americano etc.

    7. Quando o prefixo termina por consoante, no se usa o hfen se osegundo elemento comear por vogal. Exemplos:

    Hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconmico,superexigente, superinteressante, superotimismo.

    preciso ativar as mos comoinstrumentos teraputicos em suasinmeras possibilidades de execu-o, pois a cada transformao ex-terna com os materiais expressivosanalogamente so geradas transfor-maes internas.

    E neste universo de mos ematerialidade, construmos nossaautonomia expressiva e ativamosnosso processo criativo e dessemodo estas mos so instrumentospotenciais de germinao e cons-truo.

    ngela Philippini

    Reverencio amorosamente estaspalavras ao iniciar esta partilha comos leitores, sobre construir com asmos, criar, confeccionar bonecasde pano de forma simples e ldica.

    Minha experincia em construirbonecas artesanais nos ltimosanos, sobretudo tem vitalizado aminha alma de uma forma nica eenriquecedora. Ela me oferece infi-nitos presentes: alguns invisveis,mgicos, outros, porm, encanta-dores...

    Eu me sinto mais conectada eintegrada ao fluxo da vida, quandopermito que minhas mos transfor-mem tecidos e ls, em algo vivo eespecialmente prazeroso.

    Assim tambm, relembro de ou-tras pessoas que tambm fizeramalgumas bonecas comigo, relatos eexperincias muito bonitas e signi-

    Construindo bonecas:Construindo a mim mesma!ficativas. Penso que vale a penacompartilhar sobre tal assunto, edesfrutar da beleza e da agradvelbrincadeira contida nesta vivncia.As atividades manuais ajudam-nosa resgatar o caminho de nossa bus-ca rumo a individualidade, a recriaro processo rtmico da respirao,expandindo nossa conscincia deforma estruturante e harmoniosa.Considero que estas atividades emsua complexidade, nos proporcio-nam uma ao meditativa, pois osexerccios rtmicos elaborados nacostura e na confeco de bonecas,por exemplo, trabalham diversosaspectos nesse sentido. Penso que preciso me isolar (enquanto cons-truo a boneca), para criar o novo econtinuarmos o processo, ou seja,vivermos de maneira integradaconosco e com o mundo. Meditarsignifica aquietar-se, estar fora docaos, para ento vivermos sabia-mente nele. Portanto, em minhavivncia com os trabalhos manuais,inclusive a feitura de bonecas, per-cebo que elas nos ensinam a medi-tar, utilizando as mos que apiamsobre o corao, estabelecendouma ponte entre o pensar e o fazer,que consequentemente, tem comoelo o sentir; compondo assim umindivduo hbil e criativo.

    Podemos destacar ainda algunsobjetivos fundamentais que alcan-amos nesta experincia: o desen-volvimento da autonomia, aautoconfiana, a capacidade de re-alizao, gratido, flexibilidade depensamentos frente vida, aumen-to da concentrao e da ateno,dentre outros aspectos importan-tes.

    Confeccionamos as bonecasfundamentadas na PedagogiaWaldorf, e ainda utilizamos materi-ais naturais como malha de algodo,

    l de carneiro, tecidos variados, fel-tro, alm de muito respeito, cuida-do e carinho para com o nascimen-to da boneca Este trabalho resgataa importncia de construir bonecas(os), ampliando nossas percepessobre a imagem do ser humano, dasua grande contribuio teraputi-ca. recomendado para profissio-nais da rea da educao, psicolo-gia, terapeutas em geral, estudan-tes, pais, avs, e outros interessa-dos.

    Enquanto estou fazendo a bo-neca, percebo que toda minha vidaest se reconstruindo. At poucotempo atrs fui bancria, onde tudoera pr-determinado, e no tinhaoportunidade de desenvolver mi-nha criatividade. Quando comeceia confeco da boneca encontreimuitas dificuldades para fazer acabecinha dela, e acredito que acapacidade para criar estava blo-queada naquele momento. Com odesenrolar da Oficina de Bonecas,o contato com as outras pessoas, orelaxamento das minhas mos, amente fortaleceu-se e assim acon-teceu o processo do trabalho. Nofinal, percebo uma grandeintegrao entre todos, as pesso-as, a vidaque saiu das minhasmos e a construo do meu ser atra-vs do trabalho manual.

    Mariana (ex-bancria)

    Llian de Almeida PereiraBustamante S

    Pedagoga e PsicopedagogaFormao em PedagogiaWaldorf, Arte-Educao e

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  • Ribeiro Preto - SP - abril/2009 5Peregrino

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    Mais uma vez inicio o artigo falando sobre o amor ea capacidade de amar. Sem o amor o homem definha. Oamor o sangue espiritual da vida que precisamos, afora que guia de uma maneira saudvel, boa, d senti-do vida. Sem a capacidade de amar, a vida seria vazia,sem sentido, banal. Dentro de cada alma existe a nsiade ser amada, quando esta nsia alcana a conscincia,muitas vezes confundida com a capacidade de amar.No entanto, so duas coisas bem diferentes. possvelque um ser humano sinta a necessidade de ser amado eno tenha desenvolvido ainda a capacidade de amar,esteja desprovido do amor. Pois, quanto maior o desejode ser amado, maior o egosmo, mais envolvido consi-go mesmo se encontra, mais retrado, temeroso, ansio-so limitado e cego aos outros. Isto gera uma ansiedadee uma dependncia por se sentir amado. E quanto maisansioso, dependente e preso a isto o homem fica, me-nor a sua capacidade de amar. Menos ele capaz deabrir o canal interno para a fora lubrificante do amor,de maneira que ela possa fluir e lubrificar a alma. Semesta fora lubrificante a estiagem da alma no pode serevitada. Essa seca interior faz a pessoa sentir como se avida no tivesse sentido.

    Uma das formas com que mantemos estes fluxosdesviados, os canais obstrudos, a maneira como ns,quando crianas, registramos as impresses do primei-ro ambiente, no qual os pais ou seus substitutos, e asdemais pessoas importantes no mundo da criana, fo-ram vistas e sentidas pela prpria criana. Vejamos, aavaliao da criana limitada, a experincia emocionalque recolhe dos seus pais muito distorcida, ou seja,ela pode ver seus pais como bons ou maus, fortes oufracos, dignos de admirao ou desprezo etc. Ela vcertos aspectos deles, algumas tendncias e no podeperceber a personalidade como um todo. Estas percep-es limitadas falseiam a imagem destes pais. umaimagem carregada na maioria das vezes de forma in-consciente e quase sempre contrria sua opinio epercepo intelectual, porm, ela influencia as suasaes, rege suas reaes vida, aos outros e a voc

    mesmo. Se voc decide fazer uma investigao maisdetalhada, procure a rea de maior problema em suavida e v desvendando passo a passo at encontrar asua concluso errnea sobre seus pais ali, ou melhor,a ligao entre estes problemas e a sua percepo deseu pai, sua me, ou dos dois ou de alguma outrapessoa que estava por perto na sua infncia, planta-da, enraizada. Uma vez percebida, pode-se alterar asatitudes e consequncias.

    O remdio tomar conscincia de como realmentese sente em relao a todas as pessoas de sua famlia,ou daqueles que so importantes para voc. Investi-gar essas falsas impresses e comparar com sua per-cepo intelectual. Depois comear a pensar se real-mente voc os v como seres humanos vivos e din-micos, ou se sua impresso somente o aspecto limi-tado, fragmentado de uma pessoa inteira.

    Reveja alguns pequenos episdios e veja se vocse sente magoado ou com raiva de um deles, ou dosdois, veja voc na sua raiva se pode v-los como se-res humanos vulnerveis, cegos e com problemas.

    Como eu vejo meus pais? Pesquise voc mesmominuciosamente, se no conseguir sozinho, procureajuda de um profissional que possa ancorar voc du-rante esta etapa, que possa ver junto com voc, comquem voc possa contar.

    Lembre-se que quanto mais podemos ver e associ-ar causa e feito em nossas vidas, mais podemos ama-durecer depressa e a vida nos responde de maneiramais bela e harmoniosa. Esta uma das maneiras maisrpidas de crescer. Participe da vida pela conscinciaem faz-lo, esteja presente pelo prazer de viver e amar.

    Com amor e luz.

    Fonte: Jornal CorpoMente Feira de Santana outubro/2003.

    Claubete NbregaTerapeuta Corporal/Transpessoalclaubetenobrega @terra.com.br

    Falsas impresses dos pais

  • Ribeiro Preto - SP - abril/20096Peregrino

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    NATURABosque...Orquestra de cascatas,

    coral de tuins, sabis, bem-te-visGlauca natureza,

    encanto para a minha alma brumalTelrica manh

    de passividade transcendentalMomentos que ficam

    da fugacidade dos prazeresEmoes reais s vm da Criao!Meditao,

    conformismo pelas coisas crucificantesVerde, brisa, guas

    translucidamente oxigenandominha esperana cheia de porqus morrentes

    Bosque, alamedas sem rosas rseasda juventude lacre de sonhos

    Natura, filtra minhas mgoas!...no amanh de mesmices convencionais

    Cus e terra (!) no me deixem s... implexa nasminhas cs de desiluso.

    Clo [email protected]

    A arte de lapidar gemas est emrevelar a beleza escondida dentrodo cristal. Comeando com um gol-pe penetrante na pedra, seguido decorte aps corte, o lapidador gra-dualmente liberta em total expres-so a beleza interna encarceradadentro da grande pedra.

    A alma, o aspecto de qualidade,do ser humano emerge na expres-so ativa de uma maneira similar.Assim como o escultor explica suaarte como a eliminao de tudo napedra que no pertence ao que pretendido na escultura, tambm oaspirante espiritual estabelece a eli-minao de tudo que no-self tudo que contrrio alma. Conhe-cendo o que pertence ao no-selfele se assemelha ao escultor nosentido de que ambos possuem cla-ra viso do que para ser reveladoe que deve ser mantido em lugarmuito alto na conscincia enquan-to acontece o processo de revela-o.

    Aprender a ver a beleza internade uma pessoa, de uma situao,de um ambiente, ou de uma circuns-tncia no sempre fcil. A vida,

    A beleza internaTriangles - Bulletin no. 162 - December 2007

    como vivida na terra, tende a acu-mular camadas sobre camadas desubstncia material at que a essn-cia espiritual interna fique escondi-da assim como os gros de milhoesto escondidos pela casca. Estemundo exterior de aparncias fre-quentemente confundido com averdadeira realidade, e a procura porbeleza repousa sobre aparnciasexternas.

    Como em todas as metas quepretendemos alcanar necessriotreinamento adequado, tal tambmacontece quando o objetivo a re-velao da beleza. Aprendemos areconhecer a beleza e auxiliar no seutotal florescimento procurando pordetrs dos planos externos ondevivemos nossas vidas. Podemosencontrar esta beleza interna per-manecendo silenciosos em um bre-ve momento ou um encontro casu-al. Caso contrrio em um ambientesombrio podemos repentinamenteser atingidos por uma substnciasutil que espera por reconhecimen-to. A beleza interna est sempre pre-sente, mas latente e aguardandonossa descoberta quando procura-mos por ela em locais inesperadose indo de encontro vontade desermos surpreendidos.

    Muito se fala que a beleza amaneira que a divindade encontrapara expressar-se atravs da forma.A forma planejada para servir, no

    como um recipiente, mas como len-tes atravs da qual a beleza internapode atravessar dos reinos supe-riores aos inferiores, em um com-pleto preenchimento de um crculode fluxo de energia e para uma fina-lidade que ns no podemos com-preender completamente.

    A rede de tringulos que envol-ve o planeta, conduzindo energiade luz e benevolncia atravs domundo, um poderoso agente narevelao da beleza interna. Por es-tar trazendo qualidades espirituaiscomo luz e benevolncia da latnciapara a potncia na expresso hu-mana, a beleza do reino interno estsendo trazida numa revelao sur-preendente, e o comando: deixeemergir o avivamento interno estcumprindo sua meta.

    (Traduo livre de Jos RobertoRuiz e Mariza Helena Ribeiro FacciRuiz)

    Nota: Tringulos uma ativida-de de servio mundial atravs daqual pessoas se unem por meio dopensamento em grupos de trs paracriar uma rede planetria de trin-gulos de luz e boa vontade. Usan-do uma orao mundial, a GrandeInvocao, eles invocam a luz e oamor como um servio humanida-de. Informaes adicionais podemser obtidas em: www.triangles.org.

  • Ribeiro Preto - SP - abril/2009 7Peregrino

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    Manual de Normas Interna-cionais de Contabilidade:IFRS versus Normas Brasilei-ras - Ernst & Young eFIPECAFI

    O Primeiro livro publicado noBrasil que aborda com profun-didade em 26 tpicos, as nor-mas internacionais de contabili-dade e sua comparao com asprticas contbeis brasileiras.Leitura indispensvel para em-presas, investidores, rgos re-guladores, auditores, analistas,contadores, professores e alunosno processo de adoo do pa-dro IFRS. O livro dividido em26 captulos que abordam tpi-cos diferentes do padro inter-nacional de contabilidade. Cadacaptulo subdividido em duaspartes. Uma delas traz o resumocomentado da norma em ques-to e a outra, comparaes comas normas do Brasil e sugestesde aes regulatrias.Livraria Atlas RibeiroTel.: (16) 3977 [email protected]

    Fireworks CS3, Flash CS3,Dreamweaver CS3 Ferra-mentas para criar sites William Pereira Alves

    Indispensvel aos que desejamaprender a desenvolver sites como uso das principais ferramen-tas da Internet, como oFireworks CS3, Flash CS3 eDreamweaver CS3, sob a plata-forma Windows, este livro apre-senta passo a passo o contedo,com linguagem simples e exerc-cios para a fixao do aprendi-zado. Aborda a criao de grfi-cos, edio de imagens, elabora-o de animaes vetoriais, divi-so de pginas com tabelas emolduras, francionamento deimagens, hotspots, botesrollover e desenvolvimento delayout de pginas HTML.Editora rica Ltda.Tel.: (11) 2295 3066 Fax: (11)6197 4060www.editoraerica.com.br

    Essencial da Golden Dawn Chic Cicero, Sandra TabathaCicero

    A Golden Dawn um dos maisinfluentes e respeitosos sistemasde Magia no mundo. Existentesh mais de um sculo, osensinamentos dessa sociedade,que j foi um dia secreta, so con-siderados o cume da TradioEsotrica Ocidental. No entan-to, muitos dos livros disponveissobre o assunto so opressoresou complexos demais para leito-res que esto apenas se inician-do na explorao de caminhosespirituais alternativos. Se voctem curiosidade ou interesse pelaGolden Dawn, este guia concisoo ajudar a esclarecer esse pode-roso sistema de magia prtica ede crescimento espiritual.Grupo Editorial MadrasTel.: (11) 6959 1127 Fax: (11)6959 3090www.madras.com.br

    8. Com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, usa-se sempre o hfen. Exem-plos:

    alm-mar, alm-tmulo, aqum-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presi-dente, ps-graduao, pr-histria, pr-vestibular, pr-europeu, recm-casado, recm-nascido,sem-terra.

    9. Deve-se usar o hfen com os sufixos de origem tupi-guarani: au, guau e mirim. Exemplos:amor-guau,

    anaj-mirim, capim-au.

    10. Deve-se usar o hfen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam,formando no

    propriamente vocbulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niteri, eixoRio-So Paulo.

    11. No se deve usar o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio. Exem-plos:

    Girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontap.

    12. Para clareza grfica, se no final da linha a partio de uma palavra ou combinao depalavras coincidir com o hfen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

    Na cidade, conta--se que ele foi viajar.O diretor recebeu os ex--alunos.

    Resumo: Emprego do hfen com prefixos

    Regra bsicaSempre se usa o hfen diante de h: anti-higinico, super-homem.

    Outros casos1. Prefixo terminado em vogal: Sem hfen diante de vogal diferente: autoescola, antiareo. Sem hfen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicrculo. Sem hfen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom. Com hfen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.

    2. Prefixo terminado em consoante: Com hfen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecrio. Sem hfen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersnico. Sem hfen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

    Observaes1. Com o prefixo sub, usa-se o hfen tambm diante de palavra iniciada por r sub-regio, sub-

    raa etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hfen: subumano, subumanidade.2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:

    circum-navegao, pan-americano etc.3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por

    o: coobrigao, coordenar, cooperar, cooperao, cooptar, coocupante etc.4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hfen: vice-rei, vice-almirante etc.5. No se deve usar o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio, como

    girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista etc.6. Com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, usa-se sempre o hfen: ex-aluno,

    sem-terra, alm-mar, aqum-mar, recm-casado, ps-graduao, pr-vestibular, pr-europeu.

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    Guia prtico da nova Ortografia

    Nesta edio finalizamos a nossa seo do Guia prtico da nova Ortografia. Como a implantaono Brasil iniciou-se em janeiro deste ano e, por ainda tratar-se de um tema polmico, nossa inteno foia de somente fornecer um rpido entendimento das mudanas em nossa lngua. S para relembrar ospases que atualmente tm o portugus como lngua oficial so: Portugal, Brasil, Angola, So Tom ePrncipe, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique e Timor Leste.

  • Ribeiro Preto - SP - abril/2009Informao, Cultura e Livre Expressodas Letraswww.jperegrino.com.br / www.alumiar.com

    PeregrinoPeregrino

    RaffaeloSanzio

    (1483 1520) Rafael

    Pintor e arquiteto italiano cujasobras representam a mais completaexpresso dos ideais do altoRenascimento. Entre 1504 e 1506,Rafael viveu principalmente em Flo-rena, onde sua pintura tornou-semais sofisticada sob a influncia de

    Leonardo e Michelangelo. Muitos dos famosos quadros da Virgem com oMenino so deste perodo. Em 1508, o papa Jlio II convidou-o para ir aRoma, onde permaneceu o resto da vida. Entregou-se realizao de uma encomenda papal de grande prestgio:a decorao com afrescos de vrios recintos (Stanze) do Vaticano. No primeiro deles, a Stanza della Segnatura,Rafael pintou uma das suas maiores obras, A Escola de Atenas (1509 11). Durante o restante de sua carreira erato requisitado que boa parte de sua obra foi realizada com o auxlio de um grupo de assistentes. Nos ltimosanos, a qualidade de sua obra pode ser melhor observada nos retratos, em que rivaliza com Leonardo na sutilezada caracterizao. Destacou-se tambm consideravelmente como arquiteto, sucedendo a Bramante como res-ponsvel pela catedral de So Pedro, em 1514.

    A madona e o menino, 1505

    So Jorge e o drago, 1504

    Cachorro-do-matoA ficha do bichoNome popular: Cachorro-do-mato, graxaim, lobinho.Nome cientfico: Cerdocyon thous.Onde vive: Da Venezuela ao sul do Brasil.O que come: Aves, frutas, insetos, ataca galinheiros.Quanto pesa: 8 quilos.Quanto vive: 10 anos.Filhotes: Trs a seis, gestao de 55 dias.

    Esse cachorro medroso, que se esconde das pessoas, come gafanho-tos, besouros e frutinhas do mato e no auge da ousadia invade galinhei-ros, foi falsamente acusado de ser o chupa-cabra, um animal lendrio,inventado no Mxico, e depois acusado de matar cabras, carneiros e atbois e cavalos na Amrica Central e no interior do Brasil. O chupa-cabrano existe, pois so mortes por fatores variados que lhe so atribudas,mas, se existisse, jamais poderia ser esse cachorro-do-mato, que no temporte sequer para atacar uma cabra.

    Comum em qualquer mata, inclusive na periferia das cidades, em cati-veiro esse animal gosta mesmo de banana e mais ainda de ma, masdificilmente fica manso e nunca vem buscar a comida na mo da gente, pormais que conhea o tratador.

    Vivendo isolado ou no mximo com a companheira, o cachorro-do-mato bastante perseguido pela crena de que ataca as criaes, mas nochega a correr risco, porque muito prolfico, chegando a ter seis filhotespor parto. Como os pais so dedicados, o que regra entre os candeos, comum todos os filhotes sobreviverem, o que garante uma populaoestvel, compensando os cachorros-do-mato mortos pelos sitiantes e fa-

    zendeiros.

    Fonte: 100 Animais Brasileiros Luiz Roberto de Souza Queiroz

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