Jornal Rumos n.º 3

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JORNAL S ANO 3 NÚMERO 3 SÉRIE 1 RUM SOMOS ESCOLA PÚBLICA! Colégio La Salle Comunidade Educativa de Barcelos Rua Irmãos de La Salle 4755-054 Barcelinhos BCL www.lasalle.pt

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JORNAL

S

ANO 3NÚMERO 3SÉRIE 1

RUMS O M O S E S C O L A P Ú B L I C A !

Colégio La Salle

Comunidade

Educativa de Barcelos

Rua Irmãos de La Salle 4755-054

Barcelinhos BCL www.lasalle.pt

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Sumário

Editorial 3-4 Quadros de Valor e Excelência 5-7Convivências Cristãs 8-9Acampamentos 10-11Encontros de Verão 12-13Encontro de Grupos Cristãos 14Encontro de Oração 15Educação p/ a Saúde 16Clube de Ciências 17Uma aventura 18-19Diogo Cão 20-21Solidão 21S. Martinho 22-24Entrevista 25-26Espírito de Natal 27-28Poesia 29Cinema 30Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno 31Festa de Natal 32-34Oficina de Escrita 35Última Página 36

Jornal Rumos

Coordenação, Pagi-nação e Layout:

Prof. Carlos Novais

Colaboração:Clube de Jornalismo/

Rádio (Prof. David Macedo)

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La Salle no MundoEm 5 continentes e 83 países!

Comecemos com uma evidência: o serviço que prestamos é tão público como o de qualquer escola estatal!

E já possui uma história longa…

O Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs nasceu em França, no final do século XVII, pela mão de São João Baptista de La Salle. À época grassavam as desigualdades sociais, motivadas pela ordem tripartida e imutável da sociedade do Antigo Regime, que a muito poucos ia permitindo a ascensão social, ficando, a esmagadora maioria da população, num estado de miséria, inimaginável nos dias de hoje. São João Baptista de La Salle escolheu como tarefa a educação desses pobres, sendo as suas escolas, desde a sua fundação, a corda de escalada que milhões de crianças e jovens desfavorecidos têm trepado, pois, nos locais onde estão implantadas, as

escolas La Salle são foco de emancipação dos povos, uma eman-cipação que passa pela saída da mais absoluta miséria, num processo que tem acompanhado o progresso social das populações, nos últimos três séculos. Com que armas? Com as da cultura e com as da fé!Urge, por isso,

outra forma, estariam, irremediavelmente, condenados.Um olhar mais atento ao que se tem passado nos últimos três séculos, concluirá que a escola La Salle é motor de libertação dos povos e de aprofundamento dos valores.

Os nossos dados

Social Escolar, vulgo “subsídio”, auferindo, muitos destes, de um lanche diário gratuito; promovemos a solidariedade, apoiando várias famílias dos nossos alunos, ao nível alimentar, ao nível do vestuário e ao nível do apoio suplementar ao estudo... num trabalho contínuo, e sempre anónimo, para salvaguardar a identidade dos mais carencia-dos; para se ocupar destas tarefas, criamos uma comissão de professores, intitulada “Comissão de Solidariedade”; integramos, desde há dezasseis anos, centenas de alunos do Lar de Jovens de São Caetano, cujo sucesso académico estava comprometido nas escolas estatais e que aqui têm encontrado a resposta adequada aos diversos problemas humanos que consigo carregam.

Por isso, não permiti-mos que nos apelidem de “escola de ricos”, de “elitismo”, de

...não permitimos que nos apelidem de “escola de ricos”, de “elitismo”, de “escola que selecciona os alunos, de forma a admitir apenas os que lhe convém”!analisar a actual crise do Ensino Particular e Cooperativo à luz desta tradição pedagógica histórica, que o Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs têm desen-volvido por todo o mundo.

Desde o seu início que a opção foi, claramente, pelos pobres! A educação escolar que lhes era ministrada permitia-lhes aprender um ofício, factor essencial para que pudessem sair de uma vida miserável a que, de

comprovam que somos uma escola aberta a todos, não excluindo ninguém: temos uma área pedagógica que abrange quatro freg-uesias e recebemos alunos de inúmeras outras, assim a nossa capacidade o permita; recebemos alunos de todos os estratos sociais, não os seleccionando pela natureza dos rendimentos e posição social dos seus encar-regados de educação; do universo dos nossos alunos, 56% beneficiam de Acção

Editorial

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4Semana da República

A nossa escola, através do Departamento de Ciências Sociais, organizou uma Semana para dar a conhecer uma efeméride que decorreu um pouco por todo o país, no ano em que Portugal celebra o centenário da Implantação da República, que ocorreu no dia 5 de Outubro de 1910. A Semana decorreu entre os dias 25 a 29 de Outubro. Segundo o delegado do Departamento, Pedro Faria, “correu muito bem e foi muito positiva”, porque “cumpriu os objectivos propostos inicialmente e teve uma boa adesão dos alunos e resultou um trabalho interessante”.

Esta celebração, segundo a professora de História “serviu para dar a conhecer aos alunos uma data que pôs fim a uma Monarquia centenária e iniciou a Implantação da República. A celebração dos100 anos da República foi notória na nossa escola. Mesmo sendo organizada pelo Departamento de Ciências Sociais, a reflexão da manhã foi organizada pelo Clube da Rádio e Jornalismo, houve um debate na Formação Cívica e o ponto alto das comemorações esteve a cargo dos alunos de 9º ano e do 6º ano, que orientados pelos professores de História e Geografia e com o apoio das discip-linas de EVT e EV levantaram uma magnífica exposição que esteve patente ao público no edifício do Secundário. Os pais visitaram a exposição no dia do Magusto.

“escola que selecciona os alunos, de forma a admitir apenas os que lhe convém”!Não bastasse o nosso constante labor na procura de uma escola cada vez mais inclusiva, que ainda temos, em conjunto com inúmeras escolas do Ensino Particular e Cooperativo, intro-duzindo novidades em muitos campos

da vida escolar, a saber: durante anos, antes da criação da Área Não-disciplinar de Formação Cívica, a nossa escola incorporava no seu horário um tempo de “Direcção de Turma” que muito espantava os sucessivos Inspec-tores da Educação que por cá passavam, que reconheciam a imperiosa necessidade

da mesma; fomos pioneiros na resposta aos alunos com mais dificuldades, criando a sala de estudo, os “grupos flexíveis” (mais tarde as “asses-sorias”) e os diversos “apoios pedagógicos acrescidos”. A maioria destas soluções foram, entretanto, introduzi-das na escola estatal.Face a estas evidências, haverá

alguém que se atreva a afirmar, indepen-dentemente de cegos preconceitos ideológi-cos na defesa da coisa pública, que o nosso Projecto Educativo não vale a pena?!

Carlos Novais – Professor e

Antigo Aluno

La Salle comemora o Centenário da República

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A Direcção do Colégio La Salle pro-moveu no passado dia dezassete de Setembro uma cerimónia de entrega dos diplomas de Quadros de Excelência e Valor aos alunos que se encon-travam em situação de os receber no ano lectivo 2009/2010.

Com esta cerimónia, a Comunidade Educativa reconhece os alunos, ou grupos de alunos, que se distinguem pelo seu valor “demonstrado na superação de dificuldades ou no serviço aos outros e pela excelência do seu trabalho”.

Valor e Excelência

Os QUADROS DE EX-CELÊNCIA reconhecem os alunos que revelam excelentes resultados escolares e produzem trabalhos académicos ou realizam actividades de excelente qualidade, quer no domínio cur-ricular, quer no domínio dos complementos cur-riculares.

QUADRO DE EXCELÊNCIA 2009-2010

5.º ARicardo Miguel Silva RibeiroRúben Martins GomesSara Maria Martins Faria

5.º BBárbara Vasconcelos PintoJosé Miguel da Costa SimõesPaulo Carvalho Ferreira

5.º CJoão Pedro Santos AlvesMaria Inês Gouveia PeixotoTiago Manuel Dias Miranda

6.º AAdriana Isabel Maio OliveiraFilipe Miguel Santa Maria Senra

6.º BAna Carolina Silva DuarteRui Miguel Martins FernandesTiago José da Pena Araújo

6.º C

Ana Manuela de Sá GuimarãesDiana Rafaela da Silva RodriguesHugo José Barreiro GonçalvesPedro Gil Lima Freitas

7.º A

Ana da Conceição Ramos da CostaAna Raquel Rodrigues DantasDaniel José Lopes CostaMaria Francisca M. O. M. RodriguesMariana Raquel Machado Lopes

7.º B Juliana Rafaela Martins V. Senra

7.º CAndreia Costa MatosMargarida Inês Fernandes PereiraVítor Renato Pires Ferreira

8.º A Ana Helena Miranda MonteiroTânia Cristina Fernandes Lopes

8.º B Catarina Daniela Fernandes Gomes

8.º C

Cláudia Daniela Ribeiro GomesInês Mariana Lima FreitasJosé Luís Abreu MendesMiguel Carlos Correia A. Lopes VieiraRaquel Susana Vilas Boas OliveiraSara Isabel Miranda Carvalho

9.º A Diana Catarina Costa SimõesRenata Longras Fernandes Ribeiro

9.º B Diana Filipa Silva Matos FerreiraSandra Clara Barbosa Pereira

9.º C Vítor Diogo Machado Ferreira de Sousa

10.º A

Ana Luísa Martins Vasconcelos SenraElsa Mariana Pereira LameiraFernando Torres LoureiroJosé Roberto Martins GomesRoberto Martins BarbosaSara Daniela Pinheiro MartinsSara Isabel Peixoto GomesSofia Beatriz Ferreira da Silva

11.º A

Adriana Simões FigueiredoAna Cristina Figueiras ForteIsadora de Jesus Ribeiro LoureiroJosé Pedro Abreu MendesMartinha Isabel Fernandes ValeSandra Filipa Ferreira Gomes

12.º A

Adriano Manuel Esteves GomesAna Filipa Carvalho GonçalvesAntónio José Linhares da SilvaBruno José Loureiro FigueiredoBruno Miguel Martins AlvesCarlos Alberto Gomes GrenhaCarlos Filipe Brito SilvaCelina Simões Senra Vilas-BoasCristina Isabel Pereira da CostaElsa Margarida Rodrigues Vilas Boas SilvaLara Assunção Ferreira BarbosaMaria João Pereira VieiraMaria Laura de Sousa Cortez Gonçalves de OliveiraSandra Patrícia Gomes DiasSara Daniela Fernandes GouveiaSílvia Mariana Vilaça FernandesVítor Emanuel Pereira Sá

Esta cerimónia contou com a presença de muitos alunos, pais e encarregados de educação, e ainda dos vários Directores de Turma. Este momento serviu para tornar evidente que o esforço e trabalho sempre são compensados e devem ser reconhecidos

pela Comunidade Educativa.

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Os QUADROS DE VALOR reconhecem os alunos ou grupos que no decorrer do ano lectivo manifestam capacidades ou atitudes exemplares de superação das dificuldades ou que de-senvolveram iniciativas ou acções, igualmente exemplares, de benefício claramente social ou comunitário ou de expressão de solidariedade, no Colégio ou fora dele.

QUADRO DE VALOR 2009-20105.º B Paulo Carvalho Ferreira6.º A Adriana Isabel Maio Oliveira

7.º A Ana da Conceição Ramos da CostaAna Sofia Brito Araújo

7.º B Juliana Rafaela Martins V. Senra7.º C Liliana Vanessa Araújo Alves8.º C José Luís Abreu Mendes

9.º A

Ana Rita Senra LopesDiana Catarina Costa SimõesJuliana Daniela Araújo SimõesPaula Cristina Gomes da SilvaTelma Filipa Martins Araújo

9.º C Bruna Raquel Martins LemosIsabel Gomes Dias

10.º A

Ana Catarina Lopes LagarteiraAna Luísa Martins Vasconcelos SenraCatarina Martins da PenaDaniela Andreia Rodrigues GomesFilipe Manuel Carvalho RodriguesManuela Alexandra Vilela FernandesMaria Eduarda PereiraRoberto Martins BarbosaSara Daniela Pinheiro MartinsSara Isabel Peixoto GomesSofia Beatriz Ferreira da SilvaVictor Rafael Lemos Torres

11.º A

Adriana Simões FigueiredoAline Araújo CruzAna Cristina Figueiras ForteAna Margarida Lopes CunhaDulce Maria Matos Martins da SilvaEliana Faria CarvalhoHélder André Simões RodriguesIsadora de Jesus Ribeiro LoureiroMaria Angelina Senra da CostaSandra Filipa Ferreira GomesSandra Isabel Silva LopesVictor Manuel Lopes Duarte

12.º A

Adriana Filipa Gomes OliveiraBruno José Loureiro FigueiredoBruno José Martins AlvesCarlos Filipe Brito SilvaCelina Simões Senra Vilas-BoasMaria João Pereira VieiraMaria Laura de Sousa Cortez Gonçalves de OliveiraSandra Patrícia Gomes DiasSérgio Filipe de Sousa CampinhoSílvia Mariana Vilaça FernandesTiago André Sousa BarbosaVictor Sérgio Fernandes GonçalvesVítor Emanuel Pereira Sá

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Convivências Cristãs

“Promovem o convívio, o debate de ideias e a reflexão”

Segundo a professora Paula Lopes, responsável pela Pastoral da escola e pela organização das convivências Cristãs que se realizaram no passado dia 21 de Outubro, “criar

e aprofundar e reflectir acerca do Espírito Cristão que deve ser vivido por toda a Comu-nidade Educativa

do Colégio La Salle, são os objectivos que pretendemos”.Fora da escola, em diversos lugares, os

alunos do terceiro ciclo e do secundário viveram uma experiência que se repete há vários anos a esta parte, onde se pretende “promover o convívio, o debate de ideias, a reflexão pessoal e em grupo acerca de um deter-minado tema à luz das vivências cristãs”, acrescentou.

Sétimo ano viveu-as nos Combonianos Nós alunos do sétimo ano, participámos

pela primeira vez nas convivências cristãs.Tudo começou quando se iniciou a viagem de autocarro até Fama-licão. Todos estavam empolgados e cheios de curiosidade sobre o que nos esperava.Chegados ao Seminário dos Combonianos, desco-brimos que o sítio era muito grande, bonito. Pousámos as mochilas numa sala e fomos para outro salão, onde fizemos uma reflexão. Depois mostraram-nos o filme: “Charlie e a Fábrica de Chocolate”.

Depois disso, fomos brincar um bocado e depois entrámos na sala para fazermos a reflexão e continuar a ver o filme. Formamo-nos em grupos, preenchemos uma pequena ficha e falámos sobre o filme.A seguir, fomos buscar as mochilas com o nosso merecido almoço para preparar a comida e comer.Os alunos comeram conforme quiseram e festejámos o aniversário da Prof. Luísa Vieira com um bolo de chocolate. Houve um momento de brincadeira. Da parte da tarde vimos o resto do filme e acabámos o encontro com uma oração onde para além de belos textos, cantámos umas musiquinhas. Estas convivências foram fixes e ajudaram-nos a criar mais grupo, mais amizade e a reflectir sobre nós.

João Barbosa - 7.º C

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Oitavos con-viveram em Barroselas

A convivência entre os alunos dos oitavos anos, realizou-se em Barroselas e ocorreu segundo o horário escolar habitual e apenas participaram os alunos interessados.A manhã foi preenchi-da com a visualização do filme “As Crónicas de Nárnia”, o qual foi dividido em partes e, em cada intervalo foi preenchido um pequeno questionário com actividades colec-tivas e de incentivo ao espírito de grupo, tal como um grito de guerra e uma mímica.Na hora do almoço, os alunos esfomeados colocaram o farnel numa grande mesa e partilharam a comida com os colegas e professores. O inter-valo serviu para pôr a conversa em dia.

A parte da tarde foi mais relaxante. Re-alizámos uma oração comunitária em que todos os alunos foram convidados a escutar o silêncio.

Francisca Henriques – 8.º A

Secundário em Castelo de Neiva

No dia 21 de Outubro as turmas do secundário acompanhadas pelos respectivos directores de turma e professores das disciplinas envol-ventes, realizaram um dia de convivência em Castelo de Neiva.Um dos objectivos principais era desen-volver um espírito de partilha, oração e solidariedade entre os alunos.Durante a viagem solarenga que se realizou de

autocarro, os alunos conversaram, ouviram música, enquanto outros aproveitaram para descansar e até mesmo dormir. Da parte da manhã, tivemos um momento de reflexão orientada pelo Irmão Xavier e seguidamente foram-nos dados uns textos para leitura e reflexão. No final fizemos um momento de partilha. Conhecemos a casa que nos acolhia, depois fomos dar uma volta pela paisagem envolvente, concreta-mente até à praia que ficava muito próxima. A exemplo de anos anteriores partilhámos o almoço que serviu para reforçar ainda mais o espírito de partilha tão necessário na nossa sociedade das desigualdades.No final do almoço partilhado houve ainda tempo para descontrair um pouco junto ao mar. Aproveitámos os

esse momento para conversar com os colegas. Finalmente tivemos uma celebração da Pa-lavra, orientada pelo professor João. Realço o ambiente de paz, de calma que se viveu nessa celebração. Reflectimos, cantámos e partilhámos algumas ideias sobre a nossa vida. Foi sem dúvida o ponto mais alto do dia.Finalmente, chegou a hora de partir. Os autocarros esperavam-nos. Durante a viagem os alunos aproveitaram para continuar a convivência, uns conversavam, outros ouviam música e outros simplesmente admiravam a paisa-gem.Na minha opinião, este dia de con-vivências cristãs foi um momento muito positivo para a nossa vida de estudantes, porque nos propor-cionou momentos de reflexão, de convívio e de partilha entre todos os alunos do secundário. Foram as convivências que mais gostei pela calma que senti e pelo sítio onde foram realizadas.

Anabela Cardoso – 10.º A

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Acampamento(s)“Pesqueiras é o lar de uma

grande família”7.º e 8.º

Neste Verão, os grupos cristãos do 7º e 8º ano foram convi-dados a acampar 10 dias num sítio a que chamavam “Pesquei-ras”… Os nossos

animadores explicaram-nos que era um sítio escondido no meio do monte, fantástico, que ninguém es-

queceria. Os grupos do 8º ano já lá tinham estado, mas para nós de 7º ano, Pesqueiras era um grande misté-rio. Porém, um grupo de corajosos decidiu arriscar e partiu com as malas às costas rumo ao colégio. Mas, mesmo quando nos íámos despedir dos papás, anunciaram-nos que o primeiro dia do acampamento teria de ser cancelado por causa da chuva. Começámos aí a pensar que se calhar não valia a pena termos vindo… mas

os nossos animadores “animaram-nos” e nós concordámos em espe-rar mais um dia. Então lá estávámos nós todos no dia seguinte, e dessa foi de vez! A viagem não foi muito longa, e foi sempre animada por toda a gente. Quando lá chegámos, toca a trabalhar! Pegámos nas malas e começá-mos a descer… a descer… a descer… entrando cada vez mais na natureza. Avistámos o rio, e vimos realmente Pesqueiras: era ver-dade, Pesqueiras era um sítio muito bonito. Passámos as pedrinhas pela primeira vez e

começou o trabalho: fizemos os grupos, dividimos tarefas, e todos pareciam saber o que tinham que fazer. Foi aqui que começámos a perceber que o trabalho em Pesqueiras era divi-dido por todos. Depois de muito trabalho, tomámos o nosso banho super refrescante e começá-mos a entrar na rotina de Pesqueiras.A partir daqui, passou-se tanta coisa que seria impossível explicar tudo. Houve momentos de re-flexão nas orações e dinâmicas, houve jogos sem Peneiras, houve Olimpíadas,

houve desporto, houve brincadeira, houve banhos, houve jogos nocturnos, houve momentos hilariantes, houve até momentos musicais e teatrais! Como podem ver, Pesqueiras oferece uma grande variedade de actividades de lazer.Mas tudo isto não seria nada sem o resto, porque Pesqueiras não é uma colónia de férias, Pesqueiras é o lar de uma grande família. Em Pesquei-ras as amizades nascem das pessoas mais impensáveis, ajudamo-nos uns aos outros, partilhámos com toda a gente e

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todos estão em união.É por tudo isto que Pesqueiras 2010 foi inesquecível para todos nós. En-quanto esperámos pelo próximo verão, podemos sempre lembrar “Pesqueiras I love you deep down in my heart”Juliana Senra - 8.º B

9.º e 10.º

Podia resumir tudo isto numa só palavra: PESQUEIRAS 2010! Mas isso não era justo para aqueles que nun-ca estiveram lá, que nunca viveram aquilo. Por isso vou-vos dar um cheirinho daquilo que se passa lá.Malas aviadas, camião carregado e aí vámos nós para Pesqueiras, embora um pouco diferente. Este ano dividiram o rebanho. Sétimos e oitavos para um lado, nonos e décimos para outro.Pelo que ouvi falar do acampamento dos sétimos e oitavos, pa-rece que foi bastante divertido e enriquece-dor. E a julgar pela maneira como fomos recebidos, parece que sim.Descarregar as tral-has, dar duas de treta com alguns colegas e, começámos logo bem: uma celebração da palavra para entrar no espírito e a despedida

dos que já lá andavam há uma semana, ness-es pequenos instantes o caudal do rio subiu uns centímetros.Ali estava Pesqueiras a mesma de sem-pre! Olhando para o horizonte, e que ALEGRIA! Campo montado, tudo cinco estrelas, que mais poderíámos querer? Nada. Almoço, gru-pos, toca a organizar tudo e a timidez já lá vai.Mais importante que a beleza de Pesqueiras e de tudo o que nos rodeava, era a nossa grande família que ali estava para passar oito dias agradáveis.Um momento pelo qual ninguém espe-rava era o regresso do filho pródigo a casa, JOHNY DEL CAMPO IS BACK! Apareceu do nada, no meio das selvas de Pesqueiras o nosso companheiro de tempos passados,

o famoso Johny del Campo!Bem, adiante.As orações, os mo-mentos de partilha, as dinâmicas com as quais estámos sempre a aprender, as brinca-deiras por mais parvas que fossem, os diver-tidos jogos que por lá fizemos pintando-nos uns aos outros, desde o pequeno gesto de oferecer ajuda, um sorriso, a partilha do champô, os deliciosos banhos, as trocas de roupa, os almoços, lanches e jantares, os serões bastante agradáveis, os adora-dos footings matinais e nocturnos, os javalis, as caminhadas e tantas outras coisas, podia escrever muita coisa mesmo, pois estão sempre a vir recorda-ções daqueles fantásti-cos e sossegados oito dias longe do stresse do mundo.Como sempre ouvi dizer, tudo o que é

bom acaba rápido. E foi mesmo assim que se passou, rapidís-simo, sem darmos pelo tempo passar. Eis que chega o último dia, desmontar O acampamento, deixar tudo limpinho, mas ainda houve tempo para um último banho no rio de Pesqueiras, o rio que nos banha todos os anos e nunca secou. Chegou o mo-mento de voltarmos para casa. Carregar tudo e dizer o último adeus aquela que foi a nossa casa durante oito dias.Temos que agradecer, eu e todos os que estivemos lá este ano, principalmente aos animadores que nunca se cansam de nos aturar, e que preparam tudo aquilo todos os anos para nós.

Paulo Lima - 11.º A

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Encontros de Verão

Foi um encontro muito alegre, cheio de conversas, música, risos, sentimentos…

Bujedo

Em finais de Julho, o grupo SUPRAAA par-tiu rumo a Espanha, mais concretamente Bujedo, sem grande noção daquilo que nos esperava. É com

grande satisfação que digo que o encontro de Bujedo superou todas as grandes expectativas que tínhámos em

relação ao encontro. Bujedo marcou cada um de nós de forma especial e quase inexplicável.O encontro consistia na convivência cristã entre os grupos es-panhóis de Valladolid, Burgos, Andaluzia, entre outros e, claro, o grupo cristão de Barcelos, do 12º ano, o grupo SUPRAAA. Foi neste encontro que o nosso grupo conseguiu superar as dificuldades que nos atormentava, tanto em grupo como pessoalmente, assim como acrescentámos

às nossas vidas novas experiências, vivências, aventuras e amizades.Sem dúvida uma experiência a repetir, o encontro de Bujedo ficará intacto nos nos-sos corações, per-manecerá como uma memória inesquecível nas nossas mentes e é uma experiencia que recomendo vivamente a ser vivida em grupo.

Aline Cruz - 12.º A

Caminha

Depois de um ano difícil, com pouca partilha e relações mais distantes entre os membros do nosso grupo, decidimos que estava na altura de mudar as coisas. Como estudámos to-dos em universidades diferentes, passámos pouco tempo juntos e ao longo do ano torna-se difícil acom-panhar toda a gente. As relações ficaram mais frias, e a partilha nas orações tornou-se

mais superficial. Resolvemos então superar as dificuldades pelas quais estávámos a passar e decidimos ter um encontro de oração no Verão, em Caminha… Foram cinco dias em que procurámos estar atentos uns aos outros, e a aproximarmo-nos cada vez mais de uma forma fraterna. Procurámos estar atentos a pormenores que no dia-a-dia passam despercebidos, simples gestos que fazem a diferença, como um simples sorriso ou abraço. Foi também uma oportuni-dade para aprofundar vários temas, trocar ideias e fortalecer a nossa formação cristã.

Abordámos de forma especial o tema da comunidade, que é a grande meta que pretendemos alcançar! Descobrimos que o caminho ainda é longo, ainda temos muito para aprender, mas há muita moti-vação para seguir em frente.Também tivemos os nossos momentos de diversão, passados na piscina, na praia, na montanha… Sem esquecer as aventuras cheias de adrenalina no jipe do Pedro! Foi um encontro muito alegre, cheio de conversas, música, risos, sentimentos… Descobrimos que é muito mais fácil partilhar e orar num

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ambiente fraterno, onde sentimos o outro como nosso irmão, onde estámos à vontade para falar de tudo, mesmo do que nos custa mais. Este encontro marcou-nos de forma especial pois havia muito para dizer e resolver. Acima de tudo, sentimos que Jesus esteve sempre presente, quer nos bons e maus momentos, e que viver em comunidade é muito gratificante. Todos saímos de lá com o sentimento de ter “recarregado as baterias”e agora o grupo OUPA está pronto para dar o seu melhor este ano!

Melanie Cruz

Souto (Terras de Bouro)

Sim, o nome é mesmo campo de trabalho e não campo de férias. Desenganem-se desde já os que pensavam que a actividade no 12º nas férias de Verão iria ter alguma coisa de “férias” (por acaso havia um rio que dava para uns mergulhos). Ainda para mais o nosso campo de trabalho foi realizado numa aldeiazinha chama Souto que pensávámos nós, nem sinal de rede nos

telemóveis haveria. E embora os telemóveis mostrassem sinal de vida, o espírito daquele lugar dizia que não era necessária tanta tecnologia para que a vida existisse de um modo feliz. Bem mais feliz do que aquilo que estávámos à espera.Acabados de chegar e de retirar as nossas tralhas dos carros vimos logo o trabalho a piscar-nos o olho. Embora a escola onde nós ficámos apenas tivesse deixado de funcionar há um ano, o pó em conjunto com as teias de aranha dentro da escola e as ervas fora e em redor da escola formavam a nossa comissão de boas vindas, é que em toda a santa divisão da escola havia pó ou teias! Após dar uma limpadela geral no local e de termos arrumado as nossas coisas, demos entrada nos temas do campo de trabalho. Os pri-meiros três dias foram mais concentrados nos temas em si e naquilo que era um campo de trabalho, porém, findo o primeiro fim-de-semana os dias passaram a ser bem diferentes.Além de existirem as tarefas normais de uma casa, quer seja tratar das limpezas ou das refeições, nós

acarretámos ainda com as actividades do campo de trabalho em si. As nossas acções, o trabalho que fomos fazer pela aldeia não teve muito de esforço físico, contudo, as tarefas que íámos desempenhando enchiam-nos bem o corpo e a alma… e o coração. Desde ir ajudar no apoio do-miciliário, auxiliar no centro social a tomar conta das crianças, distribuir comida pelas casas dos idosos ou até simplesmente ajudar na cozinha, todas estas funções tinham a particu-laridade de tocar em diferentes pontos do nosso ser. Os idosos que conhecemos, quer no apoio domiciliário, quer na distribuição da comida ficaram gravados na nossa memória, as crianças que estivemos a tomar conta (verdade seja dita, a brincar com elas) relembravam-nos a inocência da infância e faziam-nos sentir soltos das responsabilidades que vêm com a idade. O mais brutal, aquilo que mais nos deve ter retirado da “indife-

rença social” foi sem dúvida as pessoas que trabalhavam no centro social. As pessoas que lá trabalhavam pun-ham em acção tudo o que nós ouvimos sobre solidariedade e sobre dar a nossa vida aos outros. Faziam um trabalho fabuloso com os idosos e com as cri-anças da aldeia. Uma das grandes lições que trouxemos foi a de normalizar as coisas, a vida não é assim tão complicada e o que não tem remédio, remediado está. O campo de trabalho foi também mais um passo para o grupo, para ver tudo o que já crescemos e o que ainda temos de crescer.Por fim tenho de agradecer a toda a gente que pro-porcionou o nosso campo de trabalho, às pessoas do centro social e da aldeia e claro está, às nossas animadoras, um muito obrigadão. Em suma, não deixem escapar a oportunidade de participar num campo de trabalho!

Carlos Cardoso

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No passado dia 8 de Janeiro realizou-se o encontro de Reis dos Grupos Cristãos. Mo-mentos de encontro entre todos os grupos, num dia de partilha, convívio e reflexão.Começou com o Acolhimento a todos

os animandos, fi-cando todos com um crachá onde colocaram o nome e o grupo ao qual perten-

ciam, seguiu-se o momento da oração da manhã tendo a capela ficado muito pequena para todos os que vieram ao encontro. Depois da oração tivemos a chegada dos Reis Magos ao Colégio, e os grupos tiveram que se apre-sentar e presentear os Reis com músicas, danças, jogos, estrelas e por último com o presépio. Os Reis Ma-gos pareceram ficar satisfeitos com o que viram e retribuíram com o Malhão inter-nacional, a pedido de muitas famílias.

As dinâmicas foram o momento de reflexão em que cada nível tratou de diferentes assuntos de acordo com o seu percurso no grupo Cristão.Como seria de esperar o almoço partilhado foi aguardado com muita expectativa, mas depois de acon-chegar o estômago

Encontro de Grupos Cristãos

Os Rei Magos chegaram ao Colégio e viram que...

voltámos cheios de energia para os jogos da tarde nos quais foi testada a nossa cultura sobre a Pastoral.Terminámos o en-contro em ambiente de grande festa com a Eucaristia cheia de partilha de tudo o que foi vivido ao longo do dia.

Daniel Costa - 8.º A

Café com...O ano Pastoral começou com muitas novidades, entre as quais os cafés, mo-mentos de encontro, com bom café ou chá e com convidados de luxo, que nos vão falando de diferentes temas.Começámos com o Café com a Bíblia,

contando com a presença do Irmão José Andrés, que está a estudar Bíblia em Roma, que nos pos-sibilitou um dialogo aberto e esclarecedor sobre a grandio-sidade da Bíblia, da sua estrutura, da sua história e importância. Seguiu-se uma via-gem até Moçambique, com a presença de

muitos voluntários que ao longo dos anos tem colaborado com a SOPRO nos projectos de Verão realizados em África. Em Novembro chegou a vez de um Café com o Riso, contando com a presença do Fernando Batista, que num ambiente muito descontraídos nos levou a exercitar os músculos faciais, rindo e descontraindo o corpo e a mente até ao encontro do mais bonito e verdadeiro de cada um.Os Cafés com... foram momentos de forma-ção, partilha, reflexão, encontro e abertura à riqueza que cada con-vidado trouxe até nós.Os Cafés continuam, se ainda não estiveste em nenhum, não percas a próxima oportunidade, valerá certamente a pena.

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O encontro de oração este ano realizou-se em Valladolid na casa de Arcas Realaes, nos dias 27, 28 e 29 de Dezembro de 2010. Este ano os níveis 2 e 3 foram como que compilados, por insuficiência de pes-soas inscritas, assim, o segundo nível, onde tive oportunidade de participar, incluiu não só orar com a Bíblia e a comunidade, mas também orar em silên-cio.Durante todo o dia, que começava bem cedo participávamos em catequeses, ora-ções em grupo, ora-ções pessoais e euca-

Encontro de OraçãoTeve lugar em Valladolid...

ristias.As orações pessoais eram as que ocupa-vam mais espaço no horário em intervalos de 1h a 2h, o local era escolhido aleato-

riamente por cada um onde se sentisse mais confortável e liberto para orar, depois des-tas podíamos partilhar as experiencias senti-das em grupo de nível.

As catequeses também eram parte importante, pois era aí que nos ajudavam dando “dicas” para orar, e também onde con-hecíamos melhor a Bíblia. Foi sem dúvida um encontro fantástico, muito diferente de todos os outros, com muito silêncio, mas muito compensador.E no final ainda tivemos oportunidade (nós Portugueses), de visitar a cidade, e apreciar a sua beleza nocturna.

Cristiana Silva

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Jornal Rumos - n.º 3

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Dia Mundial do Não-fumador

Para assinalar o Dia do Não Fumador, no passado dia 17 de Novembro, um grupo de alunos do 9.º ano, participou numa ses-são de esclarecimento sobre tabagismo,

promovida pela Casa da Juventude de Barcelos. Con-comitantemente, realizaram-se

reflexões da manhã alusivas ao tema em todas as turmas. Os alunos do Clube de Ciências

Educação para a Saúde

elaboraram cartazes e pequenas mensagens de sensibilização para esta problemática, que serão distribuídas pelos colegas.

Semana da alimentação

Na semana de 8 a 12 de Novembro, real-izou-se, no colégio, a Semana da Alimenta-ção. Nas reflexões da manhã dessa semana, tentou-se incentivar o consumo de fruta, tendo-se para o efeito, seleccionado um fruto por dia que serviu de base à criação de uma reflexão, gravada

em áudio pelo clube de jornalismo, para difusão pela rádio escolar. A ementa da cantina foi elaborada pelo Sub-Departamento de Ciências Experimen-tais tentando respeitar os pressupostos de uma alimentação saudável e equili-brada. Colocaram-se computadores com spots de sensibilização para a importância do pequeno almoço, consumo de fruta e alimentação equili-brada na cantina e no bar do colégio. Foram, também, elaborados cartazes, pelos alunos do Clube de Ciências, com slogans alusivos a hábitos alimentares saudáveis, que foram colocados na cantina do colégio.Durante a Formação Cívica, aproveitando o Convívio de S. Martinho de cada turma, promoveu-se o consumo de alimentos saudáveis através de um concurso que consistiu na avaliação dos alimentos que as diversas turmas trouxeram para o

convívio. Foram entregues diplomas e um prémio simbólico a cada aluno das turmas do 5.º B, 8.º A e 10.º A, por terem sido as turmas de cada ciclo que mais respeitaram as regras de uma alimentação saudável.Com estas pequenas actividades pretendeu-se alertar a comuni-dade educativa para a importância de uma ali-

mentação saudável e equilibrada, nomeada-mente, com um dos factores de prevenção primária de possíveis problemas de saúde futuros.Foi elaborado um inquérito para aferir a opinião dos alunos relativamente às actividades da semana da alimentação, tendo, em termos globais, sido avaliadas positi-vamente.

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No dia 2 de Dezembro, a turma do 6.º A e alguns alunos do Clube de Ciências participaram numa actividade promovida pelo Gabinete do Ambiente da Câmara Municipal de Barcelos, tendo como objectivo plantar árvores, junto ao acesso na nova ponte sob o Rio Cavado, em Santa Eugénia.Nesse dia estava nublado. Quando lá chegámos estavam presentes os alunos da EB1 de Rio Côvo Santa Eugénia.O doutor Abel Martins, começou por agradecer a presença de todos e explicar em que consistia a actividade. De seguida, disse que podíamos plantar as ár-vores, no entanto começou a chover e tivemos que abandonar apressadamente o local sem concluir a actividade.Achamos, no entanto, que estas iniciativas são importantes porque nos sensibilizam para a pro-tecção das florestas e espaços verdes!

Adriana Marques e Gabriela Campelo - 8.ºB, Catarina Campos e Bárbara Silva - 8.ºA

Já toda a gente sabe que as drogas são preju-diciais para a nossa saúde. O que nem toda a gente sabe são as graves consequências que elas acarretam. Por isso, alguns alunos do 9.º ano foram assistir a uma palestra promovida pela Casa da Juventude de Barcelos. Com esta palestra reforçámos a ideia de que as drogas são nocivas para a saúde. Identi-ficámos os diferen-tes tipos de drogas: legais (café, alcóol e tabaco) e ilegais (heroína, cocaina, ecstasy,morfina...). Durante grande parte da palestra abordámos o tema: TABACO, pois é este que mais afecta a nossa facha etária. Descobrimos também que antigamente o tabaco era visto como uma fonte medicinal e as pessoas que fumavam tinham uma grande condição social. Actualmente verifi-camos o contrário.Sabias que o cigarro é constituído por acetona, formol (conservante de cadáver), fósforo P4/

P6 (usado em veneno para ratos), nafta-lina (eficiente mata – baratas) e amoníaco (usado para desinfectar pisos, azulejos, …)?Sabias que 87% das mortes por cancro de pulmão ocorrem entre os fumadores? E que os

fumadores correm um risco de 70% de apresentarem doen-ças cardíacas?Estudos revelam que doses altas de nicotina reduzem a destreza mental em tarefas complexas.Depois da pequena

abordagem ao tema das drogas, realizámos um pequeno cartaz em que cada um pôde deixar uma mensagem e a sua opinião sobre este tema. Este ficou exposto na Casa da Juventude repre-sentando a passagem do Colégio La Salle por lá!Sê inteligente, não fumes!

Cláudia Gomes, Raquel Oliveira e Inês Freitas - 9.º C

Sê Inteligente, Não Fumes!

Clube de Ciências

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Quando o meu pai nasceu, chorava sem parar. Chorou e chorou, até que o padre da aldeia disse aos seus pais que aquele menino estava amaldiçoado pelo Diabo, que só traria coisas más ao mundo. Desde esse dia, nunca mais foi uma cri-ança feliz: as pessoas fugiam dele, não tinha

amigos com quem brincar, mas havia uma pessoa que acreditava nele: o seu pai. Todos os dias levava-o

ao mar e contava-lhe histórias de marin-heiros, de aventuras e de naufrágios. Assim ele cresceu com a vontade de explorar o mar.E assim aconteceu. Aos treze anos, farto da vida que levava, esgueirou-se numa caravela que estava no porto de Lisboa. Mal ele sabia que essa era a caravela que iria atacar Ceuta nessa mesma noite! Quando soube disto, ficou cheio de medo, mas era corajoso e desem-barcou juntamente

Uma aventura...João Gonçalves Zarco

com os outros. E que força que ele tinha! Matou muitos mouros, que o sobrestimavam por causa da sua estatura, mas o que mais o honrou foi um confronto com um dos mouros mais valentes, Zargo, que ele matou rapidamente. Depois disto tornou-se num herói, e regressou à sua terra. Mas as pessoas não estavam convencidas da sua bravura. Os burgueses diziam que o Diabo o levara a fazer a guerra, e a sua situação ainda piorou!Foi então que ele se apaixonou pela mais bela donzela da corte

do rei, Constança. Tinham ambos quinze anos. Ela não o julga-va como os outros e os dois gostavam muito um do outro. Mas o seu amor era impos-sível. Encontravam-se às escondidas e trocavam bilhetinhos, mas isso não lhes chegava. O meu pai, sedento de aventura e com saudades do mar, candidatou-se a marinheiro do rei para provar aos pais da sua amada que era digno dela. Como o rei era uma pessoa de grande importância, apresentou-se a um dos seus homens de confiança e disse:

- Eu quero ser um marinheiro do rei!-Haha! Tu, um rapazinho? Sabes os perigos que um marinheiro tem? Tu no máximo lavas o convés! Ai, que disparate! Rapaz, tu não estás preparado para ser marinheiro. Agora desaparece-me da frente, antes que te castigue por tal estupidez!O meu pai ficou muito triste por não poder seguir com o seu plano. Mas, como era um homem determi-nado, decidiu estudar astronomia e geografia e saber tudo o que houvesse para saber sobre os sete mares. No ano seguinte, com uma cultura muito maior, candidatou-se de novo a marin-heiro do rei. Esta foi a conversa entre ele e o representante do rei:- Bem, estou a ver que estudaste tudo o que é necessário! Estou impressionada, tu és um homem da ciência, mas será que te aguentas no mar?- Sim, claro que sim! Tudo para ser marinheiro!- Gosto da tua força de

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vontade. És um pouco novo, mas pronto, podes vir connosco.- A sério?! Isso é fantástico! Quando será a minha primeira viagem?- Bem, para começar e te habituares, vais até Sagres na próxima semana só para bus-car umas mercadorias.- Muito obrigado pela oportunidade! Não vou desiludir Sua Alteza. Juro-lhe que as pessoas ainda vão saber o meu nome.- Continua a sonhar, rapaz… E o meu pai foi na sua primeira viagem. E na segunda. E na terceira. E em dezenas de via-gens. Aprendia rápido e o seu conhecimento levou-o a subir na carreira. Era já uma pessoa de importância quando, numa viagem à Itália, a sua caravela se meteu numa tem-pestade enorme. A

tripulação começou a rezar a Deus, pois iam mor-rer. Mas o meu pai gritava:- Não podemos desistir! Ai-nda temos muito que viver!E com um grande esforço, conduziu a

caravela para um porto próximo, tornando-se no salvador de toda a tripulação.- Este salvamento é digno de um capitão! Nós achámos que tu és o mais indicado para ser o nosso guia e capitão!O meu pai não cabia em si de contente! De-pois de apenas 3 anos, chegara a capitão. Isto também significava que poderia casar com a minha mãe! Logo que chegou a Portugal, correu a abraçá-la, e ela perguntou:- Mas porquê tanto entusiasmo? - Querida Constança, eu fui eleito capitão! Minha amada, isto quer dizer que já podemos contar ao teu pai! Constança, queres casar comigo?- Oh, meu Deus! Sim, quero!E beijaram-se com

muita paixão. Aconteceu como meu pai previra. O meu avô aceitou a relação quando soube que ele era capitão, e o casa-mento aconteceu. Foi uma cerimónia linda, e os dois estavam muito felizes. Depois de estarem um ano casados, eu nasci, e os meus pais ficaram muito felizes. Mas o meu pai ainda era marinheiro, e quando eu tinha apenas meses, propuseram ao meu pai ir numa viagem de descoberta, muito perigosa mas não muito demorada. Iam à procura de duas ilhas que não se sabia se eram imaginárias ou se existiam mesmo. Claramente, isto era um grande perigo. O meu pai podia nunca voltar, perder-se no mar, ir demasiado longe, desviar-se da rota,… Mas ele era um homem corajoso e aceitou a proposta, ansioso pela viagem. Então lá partiu, com o seu amigo Tristão Vaz Teixeira. Depois de muitos dias sem sinal de terra, avistaram uma densa floresta. Era linda, com todos os tipos de árvores e de frutos. E também animais! Havia de tudo! -Chegámos! Descobri-mos a ilha!- Sim, mas que lhe iremos chamar? - o

meu pai respondeu:- Madeira. Madeira! Descobrimos a ilha da Madeira! Mas essa madeira trouxe-lhes prob-lemas. A ilha era tão densa que não se podia construir nada lá. Então decidiram incendiar a ilha e voltar quando o fogo se apagasse. O meu pai voltou para casa e, de tempos a tempos, vinham dizer-lhe que o fogo ainda ardia! Entretanto, mais irmãos nasceram, e a família cresceu. Sete anos depois do início do fogo, ele finalmente parou. Então, arrumá-mos os nossos pertences e rumámos à ilha da Madeira! E que vida tivemos lá! A ilha era linda e muito fértil, e eu e os meus irmãos brincávamos a todo o tipo de brincadeiras. Numa noite, disse ao meu pai:- Pai, estou muito orgulhoso de ti. Bastou dizer isto para comover o meu pai. Abraçou-me, e aquele bebé chorão conde-nado à injustiça já não existia. Em lugar dele estava agora um capitão corajoso que amava a sua família. As pessoas sabiam o seu nome.

Juliana Senra - 8.º B

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Diogo Cão foi um navegador português enviado por D. João em duas expedições pela costa ocidental africana, entre 1482 e 1486, chegou à foz do Zaire onde estabeleceu as primeiras rela-ções com o Reino do Congo. Noutra expe-dição em 1485 chegou ao Cabo da Cruz a actual Namíbia onde, pela primeira vez, uti-

lizou os padrões de pedra, como substituto das frágeis cruzes de madeira para assinalar a pre-

sença portuguesa nas terras descobertas. O oceano Atlântico era um mar cheio de perigos e aventuras, esta é a de Diogo Cão.Era o primeiro dia da expedição pela costa africana, o ano era 1482 e os belos pás-saros de primavera rasgavam o céu, o mar estava calmo. A tripulação andava de um lado para o outro içando as imen-sas velas e prepa-rando-se para uma grande festa que iria determinar o inicio de imensas descobertas, o sol já se tinha posto e imensas velas tinham

Diogo CãoUm Marinheiro do Futuro

sido acesas para dar um ambiente amo-roso, mas, de repente do nada aparece um DJ cheio de “pinta” e começou a alegrar aquela gente toda num ritmo alucinante, era a pura festa cheio de vida e alegria. Com a manhã veio a responsabilidade de manter o barco limpo e arrumado. Um dia foi passando atrás do outro até que algo estranho aconteceu. No dia 64 um marin-heiro avistou terra que não devia de lá estar pois só passariam pelo Cabo Bojador ao cen-tésimo dia. Uma certa desconfiança despertou de Diogo Cão e voltou a fazer e refazer os seus cálculos, e após algum tempo aperce-beu-se que segundo os registos das estrelas das noites anteriores estava a ir para su-doeste. Diogo Cão teve uma epifania que estava no Brasil mas estranhou pois sabia que se encontrava a centenas de léguas de distância. O que Diogo Cão não sabia era que havia passado um portal interdimensional que o levara a ultra-passar todas aquelas

léguas para o Brasil. Quando Diogo Cão viu aqueles índios todos com flechas a voar na sua di-recção, virou logo para trás rumo à sua aventura pela costa africana.O medo entre os marinheiros começou a revelar-se mas estes engoliram-no e con-tinuaram o seu rumo. À noite contavam-se histórias sobre mon-stros e remoinhos que povoavam o oceano atlântico e muitos eram aqueles que se riam e iam para a sua cama dormir relaxa-dos.Numa manhã de ne-voeiro, o lixo acumu-lado, que chegava às toneladas foi deixado no mar e de repente uma energia verde reu-niu o lixo todo numa forma de humano gigantone que lançou com as suas mãos nojentas de cuspo uma onda tsunami com o

objectivo de os der-rubar, os marinheiros gritavam:”É o ataque do homem do lixo, salvem-se”. Mas a onda apenas os con-duziu para a Serra Leoa onde repousaram um pouco em terra. Após 2 dias de descan-so num hotel de luxo tiveram de partir por causa de um ataque de malária. A aventura prosseguiu mas desta vez em direcção ao cabo da Santa Catarina para depois explorar junto à costa a zona desconhecida até à actual Namíbia.Quando chegaram ao 1º ano houve uma comemoração e um pacto foi feito, de que todos os marinheiros quando voltassem a suas casas não podiam revelar nenhuma das estranhas coisas que

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haviam passado, que o que acontecia no barco ficava no barco.Após o pacto, algo sobrenatural acon-teceu, apareceu o grande monstro de “Loch Ness” que já alguns marinheiros tinham identificado na Irlanda. Por mais estranho que pareça, aquele começou a falar português e a dizer que tinha vindo em paz e que concedia um desejo ao navegador capitão do barco. Di-ogo Cão não hesitou, após aquela longa via-gem que duraria mais sete anos logo pediu que os levasse à costa africana desconhecida, e aquele simpático matulão gerou uma parede de energia à volta da frota e sub-mersos seguiram à velocidade sónica que demorou apenas uma hora, mas na realidade foi 1 dia apreciando a natureza do mar e a festejar o fim daquela aventura. Ainda sub-mersos Diogo Cão proferiu num tom de gozo:”Isto também conta no nosso pacto”e todos aqueles marin-heiros esfalfaram-se a rir cansados da viagem e relaxados por saber que tinha acabado.“Foi esta a viagem de Diogo Cão, acreditem ou não foi assim que aconteceu (?)”.

Daniel Costa - 8.º A

Claro que não é bom estar sozinho, sentimo-nos sempre bem quando temos companhia, por outro lado a solidão pode ser um bom refúgio. No entanto, estar acompanhado, implica ouvir as outras pessoa, respeitaá-las, saber estar em grupo. Mas, apesar disto, também podemos descobrir novas amizades, novos sítios, novas aventuras e temos sempre alguém com quem desabafar. Por um lado, a solidão também é boa para poder pensar naquilo que fizemos, dissemos ou sentimos.Porque dá para relem-brar momentos bons e maus que tivemos ao longo da nossa vida, momentos únicos

que sempre podemos relembrar.Feito o balanço estar em sozinho tem van-tagens e desvantagens. Por um lado, sozinhos podemos reflectir sobre a nossa vida,

os nossos sonhos e as atitudes a tomar para com as pessoas que nos rodeiam, acima de tudo (e muito impor-tante) descansarmos o

Solidãocorpo e a mente.Não estar só também é muito importante, é acima de tudo uma necessidade básica, porque é muito impor-tante a nossa a relação com as pessoas que nos rodeiam. É assim que crescemos intelectualmente ao concretizarmos as nossas reflexões e sonhos juntamente com as outras pessoas. Conclusão, é não só importante estar só para descansar e reflectir, mas também é importante estar com os outros para crescer e agir.Mas nunca exagerar na solidão nem no barulho.

Diana Dias - 7.º C

...estar acompanha-do, implica ouvir as out-ras pessoas, respeitá-las, saber estar em grupo…

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Magusto muito par-ticipativo realizou-se sem brasa.

Organizado pela Associação de Pais, à semelhança de anos anteriores, cerca de trezentos pais e encar-regados de educação marcaram presença no

magusto deste ano.Foram muitos os pais que compareceram no dia cinco

de Novembro no colégio para primeiro falar com o Director de Turma e conhecer os resultados das reuniões Intercalares. Seguidamente, a Associação de pais organizou na cantina da escola um momento de convívio, onde não faltaram as tradicionais castanhas. No final, ainda houve caldo verde. Segundo uma aluna do oitavo ano, que acompanhou os pais, o magusto deste ano valeu a pena porque “correu bem, porque juntou muitos pais e

serviu de incentivo para que eles viessem à escola. Desta forma notou-se uma maior afluência dos pais comparativamente com outras reuniões”.Segundo o director do colégio, Olímpio Durães, depois de questionado pelo clube de jornalismo sobre a importância do magusto, disse que momentos como o que se viveu “permitem que a comunidade educativa estabeleça laços de amizade

através deste momento de convívio entre pais, alunos, professores e irmãos”. Segundo ele, o balanço foi “ muito positivo, porque além do convívio entre os participantes, permitiu também informar os pais sobre a vida escolar dos seus filhos no que respeita ao aproveitamento e comportamento e dar a conhecer algumas das actividades orga-nizadas pelo colégio e associação de pais”.Pode perguntar -se

S. Martinho no La Salle

se comer castanhas sem haver fogueira, sem haver saltos, sem haver caras sujas com carvão, se pode considerar ma-gusto. Segundo alguns alunos inqueridos pelo clube de jornalismo acham “que não”, porque segundo eles “magusto exige fogueira, brasa e muita alegria”.

Magusto dos alunos castanhas saborosas em “Semana da Alimenta-ção”

Com o magusto do S. Martinho, realizado no passado dia doze de Novembro, encerrou-se a Semana da Alimentação. Os alunos trouxeram as castanhas, entregaram-nas ao senhor Dias que se encarregou de as assar para a hora marcada. Quentinhas chegaram às diferentes mesas espalhadas pelo colégio. Para além das castanhas, os organizadores da Se-mana da Alimentação

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convidaram os alunos a trazer outros alimen-tos saudáveis. Fez-se uma forte campanha pelas turmas para ver qual era a que melhor respondia. Segundo o júri, constituído pelos professores de Ciências, a turma que se evidenciou foi o 9.º A.

Professores realizam almoço de S. Martinho

Os professores real-izaram no dia 11 de Novembro, na cantina da escola, um almoço de S. Martinho. As castanhas marcaram presença, servindo de pretexto para au-mentar os laços de amizade tão preciosos nos tempos que correm. Mesmo assim de notar a ausência de muitos professores.

O meu Pri-meiro São Martinho no La Salle

Na minha nova escola tive o magusto, claro foi a minha primeira vez, gostei muito.Juntámo-nos em conjunto, comemos castanhas e bebemos sumo.No fim brincámos, jogámos às cartas e

falámos uns com os outros.Achei que foi um dia espectacular pois tive uma nova escola e tive logo uma festa que foi o magusto.

Paulo Silva - 5.º A

O Magusto no colégio La Salle realizou-se no dia 12 de Novem-bro durante Formação Cívica.Os alunos do 3º ciclo colocaram as suas castanhas e bebidas nas mesas de pingue-pongue e começaram a celebrar o magusto. As restantes turmas espalharam-se pelo colégio em locais abrigados pois a chuva ameaçava surgir.O Magusto foi bas-tante apreciado pelos alunos pois puderam conviver com os alunos das suas turmas e de outras.Quando as castanhas já escasseavam e as bebidas eram poucas, os alunos do 2º ciclo divertiam-se com jogos de grupo bastante engraçados.Eu gostei bastante do

Magusto pois pude conviver com os meus colegas e claro, comer castanhas!

Adriana Oliveira - 7.º C

São Martinho Moderno

Num dia de grande tempestade estava um mendigo sem perninhas a rastejar à procura de comida, quando passa um grupo de jovens a fazer troça dele.Logo depois passa um senhor com um grande carro, chamado Martinho, vinha do seu emprego e quando viu aquilo começou a dizer-lhes:- Não acham que estão a reagir mal?Deixem esse pobre senhor em paz, tam-bém não gostavam de ser assim, maltratados e pobres, pois não? E em vez de estarem a fazer troça dele, podiam era apanhar essas rolhinhas que estão no chão, para este senhor ter o

direito como outras pessoas de ter ao menos uma cadeira de rodas.Nisto os jovens muito tristes pensaram bem e começaram a recolher as tampinhas. O entusiasmo destes jovens foi tão grande que depressa as recolheram e pediram ao Sr. Martinho que os levasse para trazerem a cadeira de rodas rapidamente. Quando chegaram com esta e a entregaram ao men-digo viu-se um grande sorriso na sua cara e o céu abriu com um grande sol brilhante.O Sr. Martinho ficou tão fe-liz que decidiu empregá-los, assim como ao mendigo.No entanto, o mendigo fez a sua vida muito melhor e o Sr. Martinho foi de-clarado santo, ficando assim conhecido por “ S. Martinho”.

Célia Maio - 7.º B Uma pessoa nunca antes vista

Era um dia como tantos outros em Itália. Estavam num mês de Inverno e muitas pessoas pobres morriam, não só ao frio, mas também à fome. Eram muito

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poucas as pessoas que ainda davam uma percentagem, por mais pequena que fosse, a alguém pobre. Uma dessas poucas pessoas, era um rapaz ainda jovem, que se Deus quisesse ainda ia ter muitos anos de vida. Esse rapaz chamava-se Martinho. Esse jovem rapaz, vivia longe de qual-quer cidade existente

naquele país, não porque quisesse, mas porque não conseguia acordar, olhar pela janela do seu quarto, e ver

pessoas a dormirem ao relento. No entanto, sempre que o seu destino o obrigava a ir à cidade, ele suspirava, mas lá ia no seu carro, a passar por ruas e mais ruas. No entanto, não se podia dizer que Itália era um país muito seguro. Havia bastan-tes marginais, e por isso a percentagem de mortes nesse país era ainda maior. Muitos emigrantes que por lá passavam, até diziam que por cada morte que houvesse naquele país, o dia ia

ficando mais escuro e chuvoso, o que em parte até era verdade. Em Itália chovia muito, e já chegara mesmo a trovoar. E foi então que um dia, Martinho teve que ir pela centésima vez à cidade. Comprou alguns cobertores devido ao aumento do frio, e uma grande percentagem de alimentos. E foi então que viu, mesmo no centro da cidade, um pobre velho, cego, quase a morrer de frio e a pedir esmola. Ao ver essa pobre pessoa, Martinho chegou ao pé dela e, sem frase alguma, cobriu-o com um dos seus cober-tores e pôs-lhe alguns alimentos em cima de um pano, (esse pano era para pôr as esmolas das pessoas que, quando por lá passavam, deixavam) que, infelizmente, não continha nada. E foi então que, reza a lenda, pura e miraculosamente, depois deste grande gesto de caridade, parou de chover. O dia cobriu-se de um sol nunca antes visto, e um arco-íris com sete cores encheu a cidade. E foi então que, dezenas, e talvez até centenas de pessoas,

saíram à rua, para ver a causa daquele feliz dia. Quando se aperceberam dessa causa, condecoraram Martinho Santo. Por isso se chama, nos dias de hoje, «o S. Martinho».

Miguel Oliveira - 7.º B

São Martinho Moderno II

Martinho era um jovem que trabalhava como motorista de uma empresa de tecidos.Naquele dia, chovia torrencialmente e Martinho dirigia-se a um dos clientes.Pelo caminho, o jo-vem motorista olhava através do vidro da carrinha, as paisagens a ser fertilizadas pela chuva, que por sinal, era fortíssima. Já havia passado quase um mês e nem um raio de sol se havia avistado. Havia até acontecido catástrofes naturais em vários países.Ia olhando para fora quando ouviu um enorme estrondo. Pensou que dois carros, ou até mais, tinham embatido.Mas não! Havia sido o granizo que começara a cair que rebentou o capôt de um

carro e de seguida, fez explodir o motor deste provocando assim, um estrondo deveras impressionante.Começara o granizo a cair, juntamente com a chuva e Martinho, indo mais devagar avistou um mendigo. Aproximou-se e viu que este estava ferido, consequência do granizo e que apresentava sinais de hipotermia. Rapida-mente o levou para a carrinha, cobriu-o com os tecidos mais quentes e fofos que tinha e envolveu as feridas também com estes.Depois conduziu-o ao hospital.Quando saiu do hospital, quase cegava com a força dos raios de Sol.Esses raios tinham sido a recompensa, a recompensa de Deus ao milagre do, agora, S. Martinho.

Rui Fernandes - 7.º B

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Jesús Miguel Zamora Martín, Irmão de la Salle que tantas vezes esteve em Portu-gal, é o primeiro Visitador do Distrito AR-LEP. A presente entrevista servirá para descobrir-mos algumas das linhas mestras

que iluminam o seu olhar e orientam o seu trab-alho. RUMOS - Jesus Miguel, pode-nos dizer os momentos mais marcantes do seu itinerário lassalista.Jesus Miguel (JM) - Ao celebrar o 11º an-

iversário, animado pelos meus país, sobretudo pela minha mãe, ingressei no Aspirantado de Tejares (Salamanca) e pouco a pouco fui desco-brindo a minha vocação. Em Salamanca tive a sorte de ter bons formadores. Desde muito cedo, nos transmitiram outra forma de ser Igreja, com um espírito mais amplo e aberto à novidade que se vivia. Mais tarde veio o Noviciado que foi compartilhado por três distritos (Madrid, Valência- Palma e Valladolid). No Escolasticado descobri o sentido e o valor da comunidade.Logo a seguir ofereceram-me uma nova visão da vida religiosa e experimentei com os meus colegas dinâmicas comunitárias novas para nós. Foi sem dúvida a etapa de formação que mais me marcou na vida. Na minha vida com os Irmãos, destaco o meu interesse por viver a vida comunitária.

RUMOS – Como valoriza a sua própria história?JM – ao olhar para trás, posso afirma que vivi uma vida sem sobressaltos nem grandes cri-ses e que o meu itinerário foi um processo muito natural. Valorizo toda a formação que me deram. Desfrutei de todas as experiências e considero que tudo o que sucedeu na minha vida foi uma bênção.

RUMOS – Depois de um intenso processo deliberativo e participativo em Dezembro de 2009, celebrou-se a Assembleia Constituinte do novo Distrito. Em Janeiro de 2010, o Ir. Superior Geral procede à sua nomeação como primeiro visitador do Distrito ARLEP. O que lidera neste momento histórico? JM – Tento liderar a enorme ilusão presente nos Irmãos e professores. Procuro traçar iniciativas ajudado pela Equipa de Animação do Distrito. Pretendo estabelecer uma coesão perante esta nova realidade e pretendo incutir uma certa segurança e serenidade.. No fundo, desejo liderar a ilusão de descobrir que podemos ser e viver como irmãos apesar das incertezas. O melhor de

Entrevista

JESÚS MIGUEL ZAMORASerenidade, Segurança e Alegria

AUTO-RETRATOAs melhores experiências da tua vida:A etapa do Escolasticado e a mina experi-encia de vida com a equipa de animação distrital.Uma convicção irrenunciável: Ser Irmão é a melhor coisa que me podia ter aconte-cido.Uma esperança: que ao compartilhar jun-tos este processo consigamos descobrir melhor Deus que caminha a nosso lado.O maior “desgaste”: Estar com a mente em muitos lugares ao mesmo tempo.Uma frase para o caminho: “Isto é de lou-cos; mas bendita loucura”.É lei de ouro: viver enraizados em Deus, desfrutar da experiência de Deus.Uma disjuntiva: ou construímos um futuro com garra ou “apaga e vamo-nos”Dois ícones para o novo Distrito: os dis-cípulos de Emaús (descobrir juntos o caminho e deixarmo-nos surpreender por quem se torna companheiro de viagem; celebrar com gozo a nossa fé) e Nicodemos (mesmo tendo uma idade avançada, quan-do nos deixamos contagiar pelo Espírito, somos capazes de renascer de novo).

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tudo é que não me sinto sozinho. Precisamos da ajuda de todos. A equipa da ARLEP realizou um trabalho duro e a quem muito deveríamos agra-decer. A data de 2010 pareceu-nos oportuna e só foi possível avançar com este projecto porque por trás esteve um longo trabalho de todos. Estamos criando algo novo. Um novo Distrito que requer uma nova metodologia, uma nova forma de fazer as coisas. A primeira coisa que se deve modificar é a nossa forma de pensar. Não é a mesma coisa pensar que “somos um” do que “somos sete”

RUMOS - Quais são os principais desafios no funcionamento do novo Distrito. JM – Temos que fazer fluir a relação e partilhar muitas mais realidades. Os visitadores formam

uma comunidade e juntos partilharemos o Distrito, animaremos os Irmãos, reflec-tiremos… devemos ter consciência de que somos um.Os Centros devem sentir-se a funcionar numa única Rede Distrital. Cada um deve sentir-se próximo aos que estão mais distan-

tes da nossa rede local. Temos que nos sentir mais universais e apoiar as estruturas comuns.

RUMOS – Na qualidade de Presidente da CONFER para a CC.AA. de Astúrias, Can-tábrica e Castilha e Lião, como pensa que se deve viver a vida consagrada com um rosto de Irmão de la Salle? Como vê o futuro da Vida Religiosa? JM – Um dos horizontes do Capítulo Geral é o desafio da recuperação da dimensão interior. Descobrir o que significa viver com profundidade a nossa Vida Religiosa ajudar-nos-á a encontrar novas formas de concebê-la, irá surgindo uma Vida Religiosa mais aberta e dialogante, mais próxima das pessoas e situações, com enfoque nos pobres. Temos de actualizar a nossa dimen-são transcendente, ser mais simples e transpar-entes, compartilhar com os professores a vida, a oração, a missão, a relação pessoal. O facto que algum Irmão viva numa comunidade de seculares, que existam comunidades de irmãos que acolham seculares… são passos que vão

modificando as nossas formas tradicionais de ser Irmão. Isso sim, há algo que será comum a todas as pessoas e comunidades: a experiência de Deus vivida na fraternidade.

RUMOS – A Família Lassalista é cada vez mais plural. Como se vai, futuramente, fomen-tar e implementar o sentido de pertença? JM – Existem pessoas que desejam viver a Missão Lassalista de uma forma mais profunda. Existe um sentido vocacional muito profundo nos Associados. Os seculares são os que mais impul-sionam para isso, depois da formação recebida. Descobriram uma nova dimensão vocacional no seu trabalho, uma forma de vida que transforma e satisfaz. Vamos acompanhar esses processos des-de os diferentes Sectores. Num futuro próximo nascerá uma Coordenadora de Associados que pretende dar corpo ao numeroso grupo de Asso-ciados existentes no Distrito. Isto contribuirá para que os professores manifestem as suas inquieta-ções e necessidades. Tem já a capacidade para se organizarem e caminhar, em diálogo permanente com os Irmãos. Vamos seguir potenciando tudo isto, sem multiplicar em demasia as estruturas existentes.Há também outras questões que abrem novos horizontes, por exemplo: como estender a voca-ção lassalista à família? Como viver a vocação lassalista em família? Ou como viver o ideal de La Salle no feminino? RUMOS - Finalmente, Jesús Miguel, deseja dirigir uma mensagem a todos os lassalistas?JM – Viver a vocação lassalista como Irmãos ou professores seculares, sentir-se lassalista, desco-brir João Baptista de La Salle, é muito estimulan-te e enche-nos de ilusão e podê-lo partilhar com os outros, ainda torna tudo mais fascinante. Viver cada um desde o seu sentido de pertença profundo a esta família faz-nos descobrir uma realidade que nos transcende. A nossa experiência de Deus e da fraternidade vivida e partilhada com os professores enriquece-nos. Nunca devemos esquecer que isto que estamos a fazer é obra do Espírito. Ele terá que nos indicar por onde de-vemos caminhar. Não lhe coloquemos obstáculos.

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Espírito Na-talício

Caracterizo o Natal como tempo de solidariedade e esperança.Nesta festa Natalícia comemora-se o nasci-mento de Jesus.A família reune-se, faz o presépio, preparam os presentes para distribuir entre famili-ares e amigos.É uma época do ano fria, ventosa e até mesmo assustadora, mas aconchegante quando temos uma família para nos aquecer e nos dar carinho.Existem aquelas pessoas que não têm casa, família nem mesmo amigos, mas pessoas mais afortunadas oferecem dinheiro, comida, camas, cobertores… e tudo aquilo que os pobres precisam.Assim podemos dizer que o Natal é vivido por todos.

Vera Lima - 7.º B

Natal é a festa reli-giosa mais importante do ano.Celebramos o nascimento do menino Jesus.Na maioria das casas portuguesas,

este momento festivo é vivido com muito entusiasmo e alegria, pois geralmente as familias reunem-se. Nas ruas há uma azáfama à procura da prenda “especial” para o avô, para a mãe, para o irmão…As ruas estão enfeita-das de luzes, cores e sons envolvidos com música Natalícia. É uma época quase mágica, dado que as pessoas estão bem dispostas, alegres e inspiram paz e harmonia.Quando chega o dia 24 de Dezembro, tudo parece diferente. A mesa encontra-se en-feitada com a melhor toalha e repleta de iguarias: rabanadas, aletria, frutos secos e no centro da mesa um arranjo de azevinho a

simbolizar o Natal. Os mais pequenos encontram-se ansiosos para o momento da abertura das prendas que estão escondidas atrás da árvore. O Natal é assim um encontro da família, e o convívio entre diversas gerações, tão importante para preservar a tradição e o valor da familia para a sociedade actual.

Beatriz Vaz . 7.º A

O NatalA época natalícia é uma época de alegria, paz, solidariedade, amor e carinho. É tam-bém uma época em que a família se reúne e recebem presentes, no Natal fazem-se vários preparativos:- Preparam-se os doces;

Espírito de Natal

- Faz-se o pinheiro de natal;- Decora-se a casa;-Preparam-se jogos;- Fazem-se compras para serem os presentes natalícios;- Prepara-se a ceia…O Natal serve para unir as famílias e celebrar o nascimento de Jesus. O Natal para os cristãos vive-sea pensar em Deus e em Jesus, também se vive quando nós nos reunimos em família e quando ajudamos alguém. O significado do Natal é amor e alegria, porque alegria é quando Jesus nasce e o amor é quando toda a gente se reúne celebrar o seu nasci-mento.

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Solidarie-dade com a Pobreza

Durante vários sécu-los houve pessoas que se dedicaram a servir os outros.Uma dessas pessoas foi Madre Teresa de Calcutá.Teresa foi o nome adoptado por si para se envolver mais na Religião, já que o seu

verdadeiro nome é Agnes Gonxhe Bogaxhiu.Certo dia após ouvir um mis-sionário, Agnes despertou uma

enorme curiosidade por essa vocação.Quando cresceu, Agnes entrou para a congregação Mariana das filhas de Maria mas continuou a ajudar pobres em sua casa. Com 18 anos, envolveu-se ainda mais nesta missão e permaneceu numa congregação: a Congregação do Loreto, na Irlanda, onde serviu, durante a maior parte da sua vida, os pobres e necessitados.Fez a sua profissão perpétua a 24 de Maio de 1931. Já na

categoria de Madre, fundou a Congregação das Missionárias da Caridade em que se instalou uma enorme polémica.Apesar de tudo isto, Madre Teresa continu-ou a ser solidária para com os pobres, sempre com o objectivo de os ensinar e acolher, como João Baptista de La Salle.Mais tarde, foi para

Itália onde manteve a sua vontade de ajudar os pobres, e onde o fez, evidente.Já perto da morte, recebeu o Prémio Novel da Paz e após esta, foi proclamada Santa pelo Papa João Paulo II. Tudo graças à sua solidariedade para com os pobres.

Rui Fernandes - 7.º B

Campanha de Natal

Todos os anos

organizam-se imensas campanhas de solidar-iedade, principalmente na altura do Natal. É bom saber que ainda há grupos de pessoas que se preocupam com os mais neces-sitados e se unem para conseguir ajudá-los. Isto é a prova que o ser humano quando quer consegue ser amigo um do outro. As campanhas de

Natal surgem mais no Natal talvez porque nesta época as pessoas estão mais sensíveis a boas causas e se deixam contaminar pelo espírito natalício. As campanhas de natal ajudam milhares de pessoas, mas infelizmente as pes-soas que contribuem para essas campanhas não são aquelas que possuem muitas posses e estão bem na vida, são as pessoas pobres que sabem o que é ter dificuldades e por isso se dispõem

a ajudar porque as ricas, essas não se preocupam com quem mais precisa, preferem esbanjar o seu din-heiro em coisas fúteis que servem apenas para se beneficiarem a si próprias. Nas campanhas de Natal pede-se, quase sempre, para colabo-rarem com alimentos básicos como: massa, arroz, enlatados, óleo, azeite, vinagre, leite, etc., com prazos de validade bastante alargados.Uma das mais conhe-cidas associações que todos os anos ajuda milhares de famílias é o Banco Alimentar. Todos os anos são recolhidas toneladas de alimentos que são distribuídos por famílias carenciadas.Também nós, aqui no La Salle temos a nossa própria campanha de solidariedade, onde recolhemos alimentos para depois distribuir pelas famílias mais carenciadas da nossa zona que todos os anos vêm pedir-nos ajuda.Todas as pessoas deveriam colaborar em campanhas de solidariedade, porque hoje são os outros mas, amanhã, poderemos ser nós a precisar de ajuda.

Adriana Oliveira- 7.º C

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CinemaVisualizámos um filme na aula de Língua Portuguesa muito interessante e com uma temática riquíssima. Contava a história de uma mãe e filhinha que viajando ao sabor do vento Norte, foram parar a uma certa aldeia, al-deia essa onde abriram uma chocolataria que viria a transformar a vida de muita gente.

“Naquela aldeia havia

costumes ancestrais e muitos problemas escondidos, violência doméstica e frágeis relações familiares. No final tudo acabou em bem graças à doçura do chocolate. Derreti-me ao ver todo aquele chocolate e adorei ver que as pessoas podem ser felizes, basta simpli-ficarem um pouco a vida e adoçá-la.”

Ana Costa – 8.º A

A NOSSA CAPA DE E.V. T.“A nossa capa de EVT” foi um trabalho realizado ao longo do primeiro período pelas turmas dos 5ºs e 6ºs anos, onde abordaram muitos conteúdos para poderem ver como uma “Obra” completa. Para a identificar fizeram o estudo da letra e da cor. Para a sua decoração, estudaram o projecto e apro-fundaram o estudo da cor anteriormente feito. No final não ficou uma sim-ples capa, mas sim uma capa de EVT feita pelos próprios alunos, com o objectivo de aí guardarem os trabalhos realizados ao longo do ano lectivo.

“Adorei este filme porque , além de gostar de chocolate, ele transmitia grandes mensagens, grandes lições para a nossa vida. Devemos ser criativos, solidários, tolerantes… fiquei a perceber neste filme que é muito difícil resistir ao nosso sonho porque se nos puser-mos a caminho e lutar-mos por ele, seremos pessoas realizadas e ajudaremos os

demais… Resumindo gostei de ver a festa e as caras felizes dos habitantes de uma aldeia graças à loja do chocolate.”

Ana Dantas – 8.º A

“(…) uma das partes que mais me marcou foi o da violência doméstica. Aquela mulher que andava sempre de um lado para outro, cheia de medo, rotulada de tola por todos. Mas o que eles não sabiam era que o seu marido lhe batia e como ela achava que apenas existia o mundo dele , não resistia e voltava para ele. A dona da chocolataria ajudou-a, acolhendo-a em sua casa, ajudou-a a resistir e ela acaba por se transformar numa pessoa normal.”

Daniel Costa – 8.º A

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É triste saberÉ triste saber que humanos vivem em constante humilhação,ou qualquer outro tipo de privação.Nós não temos noção,pois temos tudo na mão.

É Natal, é tempo de abrir os olhos,É tempo de ouvir os gritos do mundo, Que o sofrimento não cala.É altura de dar amor aos molhos,E ver pessoas a sair do fundo, Para fazer uma gala.

Eu sonhei que o Natal, Passou a ser todos os dias, Vi uma Pessoa deixar o bem materialPara ver desaparecer expressões frias.

Tenho pena que tenha sido apenas fantasia, Pois é bem diferente a verdade.Mas se cada um der a sua retribuição, A solidão desaparecia e mostraria a alegria.E mostrava-se que o sonho poderia ser realidade, E não apenas uma ilusão.

Basta deixarmo-nos levar harmoniaDesta época, ajudando os que sofrem.Estendendo a mão aos que são despreza-dos,Passaremos um Natal, com mais paz no coração!

O novo começa em cada um de nós, E o Natal está presente em cada um de nós!

Ana Helena Monteiro - 9.º A

POESIAÉ Natal em todo o ladoÉ Natal em todo o ladoMesmo com os presentesO melhor de tudo é estar aquiE poder celebrar

Os sorrisos são inevitáveisÉ espírito de NatalOs amigos inseparáveisAlegria total

É Natal em todo ladoÉ tempo de animarNinguém consegue estar paradoÉ tempo de conviver e partilhar.

Francisca Lopes - 9.º A

Sou…

Sou intruso, excluído e atormentadoSou frio, sombra e ventoSou elemento regulação e equilíbrioSou a noite, escuridão e trevasSou o pulsar, a vida e a morteSou inocente, criança no pensamentoSou pecado, tentação e proibidoSou o som rasgado e cruelSou a mentira, a verdade e o testemunhoSou contraste, inimigo e aliançaSou feitiço, reincarnação e espíritoSou luz, claridade e solSou pureza, condenação e silêncioSou melodia, esperança e sangueSou ar, desenho e preguiçaSou palavra, verso líricoSou sabedoria, pureza e humildade.

Diogo Silva – 12º ano

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No presente ano lecti-vo, entrou em funcio-namento, no colégio, o Gabinete de Informa-ção e Apoio ao Aluno (GIAA).O GIAA, incluído no Projecto de Educação para a Saúde, pretende ser um local aberto a toda a comunidade educativa visando ser espaço de reflexão, partilha e informação sobre temas relaciona-dos com a promoção da saúde. O atendimento é gratuito e de carácter sigiloso, contando com a colaboração dos professores Carlos Lopes e Paula Lopes, da Enfermeira Josefina Morais, do ACES - Cávado III – Barcelin-hos e do psicólogo

Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno

escolar, Paulo Nóvoa. Sempre que se julgue conveniente, com a devida autorização do Encarregado de Edu-cação, o aluno poderá ser encaminhado para

Gabinete de Educação para a Saúde da Casa da Juventude de Bar-celos.O Gabinete funciona no seguinte horário: Segunda-feira –

plina de Área de Projecto e por alguns cartazes, estrategica-mente, colocados no colégio. Foi, ainda, criado um e-mail para o GIIA ([email protected]) através do qual os alunos poderão colocar as suas dúvidas. Apesar do referido, nesta fase inicial, a afluência ao GIIA tem sido pouco significativa.Foi proposto à professora Diana Ferreira que dinamiza-se a elaboração de um logótipo para o GIIA, o que foi concretizado pela aluna Maria Francisca Henriques do 8º ano, a quem se agradece todo o empenho e colaboração.Saliente-se que este espaço é mais uma valência que o colégio faculta aos seus alu-nos, indo de encontro às suas necessidades e à sua formação in-tegral, enfatizando a educação em valores própria dos centros lassalistas.

Carlos Lopes - Professor

O GIAA, incluído no Pro-jecto de Educação para a Saúde, pretende ser um lo-cal aberto a toda a comuni-dade educativa visando ser espaço de reflexão, partilha e informação sobre temas relacionados com a pro-moção da saúde. acompanhamento exterior ao colégio, nomeadamente pelo ACES Cávado III – Barcelinhos e/ou pelo

14:00h às 14:45h e 16:30h às 17:30h; Ter-ça-feira, Quarta-feira e Quinta-feira – 9:50h

às 10:15h; Sexta-feira – 9:50h às 10:15h e 14:00h às 15:00h.O GIIA tem sido promovida pela rádio escolar, pelo site do colégio, por um grupo de 12º ano no âmbito da disci-

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A festa de Natal da escola aconteceu no dia 17 de Dezembro e foi um êxito, porque o pavilhão mais uma vez se encheu de ma-gia, de espírito natalí-cio e de pais e encar-regados de educação. Pelo palco passou um conjunto de números natalícios cheios de arte e encanto.Segundo o Professor Olímpio, director da

escola, a Festa de Natal “correu muito bem por haver muita par-ticipação entre os alunos. Todos os números

tinham a ver com o Natal, havia muitos pais no público, o que contribuiu para um muito bom ambiente”. Em relação à orga-nização acrescentou: “foi organizada pelos professores, mas é importante referir que os alunos também ajudaram. Para finali-zar, dou os parabéns a todos os participantes da festa”. A Festa iniciou-se com uma original brincadeira dos apre-sentadores do 11º. De seguida, iniciou-se o espectáculo pro-priamente dito com

uma dança do 7º ano, seguindo-se o teatro do 8º ano, em que se alertou para a im-portância do menino Jesus, sobrepondo-se ao Pai Natal. Depois, o público assistiu a uma coreografia muito enérgica do Clube de Dança, seguida da primeira declamação de poemas pelos alu-nos do 9º ano, que se repetiram nos vários intervalos.Seguidamente, as diversas turmas do 2º ciclo brindaram-nos com belíssimas cantatas de natal com melodias diferentes.Já cheios do espírito natalício, o público apreciou a apresenta-ção da Associação de Pais, sempre prontos a ensinar-nos o verda-deiro espírito de Natal, com uma brincadeira ou outra pelo meio. Chegado o fim da noite, o público delirou com uma apresentação do clube de Teatro, já muito anunciada pelos apre-sentadores. O clube de teatro esteve à medida das expectativas e mostrou-nos também uma bonita história.Ainda houve tempo para as actuações

dos restantes anos do secundário: primeiro, o 12º ano despediu-se da festa de natal com uma sátira fabulosa sobre a situação dos nossos contribuintes, com uma actuação brilhante do “palhaço contribuinte”, rep-resentado por Paulo Sérgio, que também escreveu esta peça maravilhosa. Depois desta grande despedida, o 10º ano encerrou a festa com uma peça humorística, brincando com o famoso programa tele-visivo “Secret Story”.Durante esta grande festa, o pavilhão encheu por completo, e as pessoas per-maneceram até ao fim, o que demonstra a importância e a quali-dade dos números apresentados.Num dos intervalos,

os alunos de 9º ano sortearam 3 cabazes, prémios da venda de rifas, cujas receitas revertiam para a sua viagem de finalistas.O clube de jornalismo foi recolher a opinião de alguns alunos sobre a festa. “A Festa de Natal foi divertida, as turmas desenvolveram bem o tema e foram cria-tivas”, disse Andreia. Para o Gil “a festa de Natal foi bastante criativa, até porque as pessoas gostaram mui-to e permaneceram até muito tarde, ficando até ao final”. Francisca declarou que “ foi uma experiência diferente, que serviu para nos enriquecer na área do palco”.

Juliana Senra - 8.º B

Festa de Natal Encheu pavilhão do Colégio

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A minha liberdade termina onde começa a do outro, trata-se de uma compreensão individualista, a qual impõem limites à liberdade do eu e à do outro, deste modo deixa-se de denominar como tal.Efectivamente a minha liberdade não pode termi-nar quando começa a do outro, pois admitindo que tal sucederia eu como é evidente não teria liber-dade uma vez que há algo que se impõem a mim. É de notar que a liberdade é uma qualidade hu-mana que consiste na capacidade de nos guiarmos por motivos e valores conscientemente assumidos, o livre arbítrio, com manifestação absoluta de vontade.Quando nos focamos no que é ter liberdade, este pensamento, obriga-nos inevitavelmente a reflectir

Oficina de Escrita“A minha liberdade termina onde começa a dos outros”

sobre o “outro”. Será que podemos ter liberdade quando a do outro se impõem à nossa? Na verdade se alguma liberdade se impõem a outra, essa deixa de ser denominada como tal, pelo facto de impor limites. E é certo que algo que imponha limites também se limite a si próprio, na medida em que se restringe a si mesmo. A liberdade é algo que não restringe mas que engloba. Deste modo não falaríamos em liberdade mas sim em individual-ismo.De tal forma que a minha liberdade é responsável pela liberdade do outro, como tal a minha liber-dade não termina mas continua com a do outro.

José Pedro Mendes - 12.º A

O enunciado “ a minha liberdade termina onde começa a do outro” restringe-se a uma suposição falsa. O que vem, por sentido, ser defendido é que “a minha liberdade começa conjuntamente com a do outro”.Em razão de a verda-deira liberdade ser a do pensar, do desejar, do sentir, não serão seguidamente apresen-tadas justificações às normas e regras míni-mas e necessárias de organização social, de âmbito mais concreto e visível, entre elas, o direito e o dever rela-tivo à propriedade, a estruturação do espaço público e o hierarquizar da sociedade.No espaço do nosso pensamento, é em unidade que deverão ser planeados novos projectos já que o racio-cinar de um indivíduo

não limita a do outro. Supondo a existência de um único homem à face da Terra, este viveria num ambiente com posições, formas e situações imutáveis pelo que, não renovaria o seu pensamento, não lhe surgiriam novas ideologias ou, sequer, opiniões. Por outro lado, na companhia de outros seres, a disposição de todas as coisas iria alterar-se, e assim se passa na verdade, em que pelas acções dos outros, o Homem recebe novas realidades e assim cogita novas percep-ções e intenções.Se, ainda na mesma situação, este ser isolado detivesse um forte desejo, seria simplesmente um singular desejo mesmo que ambicionado com toda a liberdade. Não seriam abertas novas

portas, o indivíduo não iria evoluir e perspec-tivar nada além da sua realidade presente, o que não acontece numa sociedade cujo quotidiano é baseado em descobertas que são partilhadas entre todos, potenciadora de novas mentalidades e, consequentemente, novas ânsias.E se, ainda assim, restar alguma dúvida sobre a veracidade desta matéria, admita -se que o individuo se encontra introduzido numa sociedade to-talmente anárquica, inserido portanto em plena “liberdade”, sob a condição de nutrir um forte sentimento por outra pessoa. Qual o nexo da convivência se cada vez que um ex-pressa a sua liberdade, o outro perde a dele sua? Qual o sentido de ambos verem retida a

sua liberdade por se relacionarem? É lógico, então, e irrefu-tável que a união apenas poderia solidificar se o casal construísse um laço em plena abertura, o que apenas acontece se ambos fossem livres de se expressar e partilhar.Os exemplos de redução ao absurdo foram investidos na perspectiva de mostrar que apenas há evolução se houver sociedade e que a liberdade do Homem enquanto ser na sua essência, com capacidade de pensamento, ânsias e sentimento, só é vivida em conjunto com o outro, porque é esta unidade que gera mais opções e oportunidades ao indivíduo.

Martinha Vale - 12.º A

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PRESIDENTE DA COSTA RICA EX-LASSALISTA

Laura Chinchilla Miranda actual presidente da Costa Rica, e a primeira mulher a ocupar tão elevada posição política, foi aluna do colégio La Salle e pertencia à geração de 1976.

RESPONSÁVEL DA COMUNICA-ÇÃO EM ROMA

O Irmão Jesús Martín Gómez, do Sector AR-LEP de Valladolid, que tantas vezes esteve no nosso colégio, foi nomeado Secretário Coor-

denador do Serviço de Comunicação do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs.Desde o ano 2002 formou parte da Eq-uipa de Animação Distrital e trabalhou em temas de formação do professorado, pro-gramas de inovação, implantação de novas

tecnologias, aprendizagem cooperativa, … Durante os últimos anos, foi coordenador da Subcomissão “TIC ao serviço da educação” da ARLEP. Substitui em Roma ao Ir. António Var-letta que, durante os últimos anos, desenvolveu um extraordinário trabalho de Comunicação do instituto.

SANTIDADE NAS AULAS DE LA SALLE

Edições La Salle publicou o livro «Santidad en las Aulas de LaSalle», um estudo onde os autores, o Ir. José Luís Hermosilha e José Ramón Batiste (antigo aluno e associado), recolheram os testemunhos biográficos de uns 60 antigos alunos de La Salle (professores, religiosos e irmãos) reconheci-dos como santos, beatos ou servos de Deus. O Ir. Álvaro Rodrigues apresentou o livro cujos autores destinaram 0,7% das receitas para a ONGD PROYDE.

Lassalistas Famosos

Mario Vargas Llosa Escritor e Prémio Nobel da Literatura 2010Colégio La Salle - San-tiago do Chile

Rudolph GiulianiMayor de Nova Iorque durante o 11 de Setem-bro e Ex-Candidato Republicano nas eleições primárias de 2008Manhattan College - Nova Iorque

Brian EnoNome completo: Brian Peter George St. Jean le Baptiste de La Salle Eno.Produtor musical de bandas e artistas como U2, Talking Heads, Coldplay, Davi Byrne, Devo, James e David Bowie, entre outros e ...., ex-membro do grupo Roxy Music Colégio La Salle de Ipswich - Inglaterra

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