jornal portugues - MARANGATU SEMENTES · mos aeróbios, tais como leveduras e fungos. Na fenação,...

2
a boa notícia no campo Fevereiro / Março 2014 Conservação de forragens: Ensilagem e Fenação 2 2 2 3 2 4 Editorial Prezado leitor, Novamente chegamos até você trazendo informações e novidades! Na primeira página do nosso informativo, saiba qual a me- lhor maneira de armazenar as sobras de forragem produzidas no verão através da ensilagem e da fenação, já que estamos nos aproximando do final do período das águas. Na página 2, colocamos um resumo dos fatos importantes ocorridos recentemente. Na terceira página, trata- remos de uma técnica simples e eficiente: como programar o diferimento estratégico de pastagens, para uso no período de estiagem. Na página 4, conheça a nova cultivar de Azevém: Beefbuil- der III, comercializada no Bra- sil, exclusivamente, pela Ma- rangatú. Boa leitura! A conservação de forragens é uma prática fundamental quando se adota o manejo intensivo das pastagens. A manutenção da A oferta de forragem de alta qualidade durante todo o ano, garante o atendimento do requeri- mento animal e permite aumentar a eficiência da utilização das pastagens diminuindo o risco de degradação das mesmas em decorrência do superpastejo, muitas vezes registrado durante o período de crescimento restrito das forrageiras de clima tropical. A ensilagem e a fenação são as principais formas de conservação de forragem empregadas pelos pecuaristas, não podendo ser consideradas sistemas antagônicos, e sim complementares, pois o alimento produzido apresenta caracterís- ticas distintas. De maneira geral a ensilagem é mais utilizada no Brasil, pois envolve o uso de máquinas mais simples, com custo mais baixo, quando comparado à fenação. No processo de ensilagem a forragem é fermentada de maneira anaeróbica por bac- térias produtoras de ácido lático presentes na forragem. A preservação depende de pH baixo o suficiente para inibir o crescimento de bactérias do gênero Clostridium e de outros microrganis- mos aeróbios, tais como leveduras e fungos. Na fenação, a forragem é desidratada de tal forma que permanece biologicamente inativa com respeito à atividade enzimática da planta e dos microrganismos. O baixo conteúdo de umidade dos fenos permite que este seja transportado e comercializado em função do reduzido peso em relação à unidade de matéria seca (MS). A fenação é a principal prática de conservação nas regiões onde ocorrem con- dições apropriadas para a secagem. Contudo, ela pode também ser usada em locais de maior precipitação onde a ensilagem é considerada de difícil adoção devido às características da forragem, alta temperatura ou tradição. Considerações importantes na produção de Silagem: A conservação de forragens como silagem envolve processos bioquímicos e microbiológicos complexos, da colheita até a sua utilização na alimentação animal. Quando a forrageira não apresenta características adequadas para ser ensilada pode-se fazer uso de aditivos para melhorar o processo fermentativo e reduzir as perdas. No entanto, a espécie forrageira ensi- lada pode interferir na eficiência do aditivo. Os principais aspectos são os teores de matéria seca e de açúcares solúveis e a capacidade tampão, principais determinantes do padrão de fermentação na ensilagem. O benefício do uso de aditivos em silagens deve ser avaliado considerando-se o desem- penho animal e não somente o padrão de fermentação ocorrido no silo. Sabe-se que a qualidade da conservação tem efeito positivo sobre a ingestão, o que parece estar ligado a uma melhor palatabilidade da silagem. Vale lembrar que a eficiência de conservação varia geralmente em sentido inverso à quantidade de produtos da fermentação como N-NH3 e os ácidos acético, propiônico e butírico. Concluindo: destaca-se que para maxi- mizar a ingestão de forragem conservada deve-se otimizar a época de colheita e as práticas de conservação, incluindo o uso de aditivos, quando necessário. Considerações importantes na produção de Feno: O processo de fenação permite a obtenção de forragem de alta qualidade, contudo para se atingir este objetivo é necessário o corte e desidratação da forragem na fase vegetativa de crescimento. Nesta situação, muitas vezes em função da ocorrência de chuvas é difícil conci- liar o estágio de desenvolvimento da planta, no qual se observa alto valor nutritivo e condições apropriadas para a desidratação a campo. Muitas vezes para contornar os problemas climáticos, o produtor opta por cortar as plantas no período de menor ocorrência de chuvas, mas com a forra- gem na fase reprodutiva com elevada proporção de caule, resultando em baixo valor nutritivo. A utilização de equipamentos apropriados, ou seja, projetados para o corte e processamento de espécies forrageiras de clima tropical propicia condições adequadas de secagem, minimizando as perdas no campo e no armazenamento. A utilização de dessecantes que aceleram a taxa de secagem, bem como o uso de aditivos que evitam o desenvolvimento de microrganismos são técnicas disponíveis que garantem a obtenção de fenos de alto valor nutritivo. Finalmente, o dimensionamento de equi- pamentos mais econômicos, compatíveis com a realidade da pecuária nacional é sem dúvida um fator que certamente implementará a utilização da fenação como técnica para aumentar a efici- ência do manejo e utilização das pastagens de gramíneas forrageiras de clima tropical. Fonte: Prof. Dr. Ricardo Andrade Reis (Unesp) Eventos IV Congresso de Sementes das Américas – Punta Del Este – Uruguai Eventos XVIII Congresso Brasileiro de Sementes Eventos Pecuaristas colombianos na Marangatú pág. 3 pág. 4 pág. 2 pág. 2 pág. 2 Eventos Dia de Campo em Pindamonhanga- ba-SP Diferimento de Pastagens Nova cultivar de Azevém anual: Beef- builder III pág. 2 4 Nova cultivar de Azevém anual: Beefbuilder III A postando em alta tecnologia para maior produtividade de pastagens de inverno, a Marangatú Semen- tes, a partir deste ano, disponibiliza aos produtores brasileiros uma nova cultivar de Azevém: Beefbuilder III. Trata-se de um material tetraploide, biotipo Wes- terwoldicum, de ciclo médio. Foi de- senvolvida nos EUA (estado de Oregon) e multiplicado pela empresa argentina GAPP, especializada em sementes de forrageiras de inverno. Dentre as diver- sas vantagens frente a outras cultivares de Azevém, Beefbuilder III apresenta: Rápida implantação, o que permite aproveitamento mais cedo Alto potencial de rendimento Perfilhamento abundante Folhas largas e espessas Excelente resposta em plantios de elevado nível tecnológico Destacada rusticidade Alta sanidade foliar com ótima resistência à ferrugem para uso no inverno, seja por meio 4 de sobressemeadura ou por meio de 4 plantio solteiro. A produção desta 4 forrageira permite até 4 cortes com ótimo valor nutricional, alto teor de proteína bruta e elevados níveis de NDT e digestibilidade. A Marangatú Sementes é distribuidora exclusiva da cultivar Beefbuilder III no Brasil. Os ensaios de VCU (Valor de Cultivo e Uso) da Beefbuilder III fo- ram conduzidos pela Fundação ABC (Castro-PR). Os resultados obtidos por esta instituição apontam a nova cultivar de Azevém como excelente alternativa de alta produtividade associada à elevada qualidade de forragem produzida, especialmente Para colecionar: Raça Limousin Origem A raça Limousin é uma raça de corte origina- da há mais de 7.000 anos na região de Limoges na França. Nativa da província de Lemosin, ou Limousin, no sudoeste da França. É derivada de um progressivo melhoramento da antiga raça Garoneza, que ocupava também as regiões de Garona, Tar, Lot e Gironda, no século XVII. Eram utilizados para tração animal, até que passaram a ser melhorados no final do século XIX. Os cria- dores souberam selecionar a raça, que se tornou uma das mais eficientes do mundo. Características Os cruzamentos de Limousin com Zebu são abatidos precocemente em relação às outras raças. Seu rendimento de carcaça atinge facil- mente 65 %. Portanto dependendo do manejo nutricional e sanitário fornecido aos animais, consegue-se tranqüilamente abater animais cruzados com Limousin com idade média de 13 meses, chegando-se a um peso entre 15 e 16 arrobas. A idade média ao primeiro serviço gira em torno de 15 meses quando a novilha atinge peso e maturidade fisiológica ideais ao início da vida reprodutiva, desde que tenha um manejo adequado. O peso médio de nascimento dos bezerros Limousin é 36 kg. A pelagem é de coloração amarelo-claro, com áreas mais claras em torno dos olhos e do focinho, ventre, períneo e extremidades dos membros. O corpo é ligeiramente maior que o dos demais bovinos franceses, pois foi selecio- nado para dupla aptidão (carne e trabalho). Principais características: são animais efi- cientes, de crescimento rápido, grande massa muscular, com alto poder fecundante e de rendimento de carcaça. As fêmeas pesam entre 550-750 kg; os touros entre 950 e 1.200 kg. No Brasil, o recorde é de “Ecu” com 1.517 kg, aos 48 meses. A raça Limousin é muito utilizada para o melhoramento de demais raças francesas. A facilidade de parto é outra característica marcante da raça. Fonte texto: http://www.abccriadores.com.br/ Por Marangatú Sementes Foto: http://www.beefpoint.com.br/

Transcript of jornal portugues - MARANGATU SEMENTES · mos aeróbios, tais como leveduras e fungos. Na fenação,...

a boanotíciano campoBoletim Informativo da Marangatú Sementes

Fevereiro

/Março20

14

Conservação de forragens: Ensilagem e Fenação

22232 4

EditorialPrezado leitor,

Novamente chegamos atévocê trazendo informações enovidades!

Na primeira página do nossoinformativo, saiba qual a me-lhor maneira de armazenar assobras de forragem produzidasno verão através da ensilageme da fenação, já que estamosnos aproximando do final doperíodo das águas.

Na página 2, colocamos umresumo dos fatos importantesocorridos recentemente.

Na terceira página, trata-remos de uma técnica simplese eficiente: como programaro diferimento estratégico depastagens, para uso no períodode estiagem.

Na página 4, conheça a novacultivar de Azevém: Beefbuil-der III, comercializada no Bra-sil, exclusivamente, pela Ma-rangatú.

Boa leitura!

Aconservação de forragens é uma práticafundamental quando se adota o manejointensivo das pastagens. A manutenção daintensivo das pastagens. A manutenção da A

oferta de forragem de alta qualidade durantetodo o ano, garante o atendimento do requeri-mento animal e permite aumentar a eficiênciada utilização das pastagens diminuindo o riscode degradação das mesmas em decorrência dosuperpastejo, muitas vezes registrado durante operíodo de crescimento restrito das forrageirasde clima tropical.

A ensilagem e a fenação são as principaisformas de conservação de forragem empregadaspelos pecuaristas, não podendo ser consideradassistemas antagônicos, e sim complementares,pois o alimento produzido apresenta caracterís-ticas distintas. De maneira geral a ensilagem émais utilizada no Brasil, pois envolve o uso demáquinas mais simples, com custo mais baixo,quando comparado à fenação.

No processo de ensilagem a forragem éfermentada de maneira anaeróbica por bac-térias produtoras de ácido lático presentes naforragem. A preservação depende de pH baixo osuficiente para inibir o crescimento de bactériasdo gênero Clostridium e de outros microrganis-mos aeróbios, tais como leveduras e fungos.

Na fenação, a forragem é desidratadade tal forma que permanece biologicamenteinativa com respeito à atividade enzimática daplanta e dos microrganismos. O baixo conteúdode umidade dos fenos permite que este sejatransportado e comercializado em função doreduzido peso em relação à unidade de matériaseca (MS). A fenação é a principal prática deconservação nas regiões onde ocorrem con-dições apropriadas para a secagem. Contudo,ela pode também ser usada em locais de maiorprecipitação onde a ensilagem é consideradade difícil adoção devido às características daforragem, alta temperatura ou tradição.

Considerações importantes na produção deSilagem:

A conservação de forragens como silagemenvolve processos bioquímicos e microbiológicoscomplexos, da colheita até a sua utilização naalimentação animal. Quando a forrageira nãoapresenta características adequadas para serensilada pode-se fazer uso de aditivos paramelhorar o processo fermentativo e reduzir asperdas. No entanto, a espécie forrageira ensi-lada pode interferir na eficiência do aditivo.Os principais aspectos são os teores de matériaseca e de açúcares solúveis e a capacidadetampão, principais determinantes do padrãode fermentação na ensilagem.

O benefício do uso de aditivos em silagensdeve ser avaliado considerando-se o desem-penho animal e não somente o padrão defermentação ocorrido no silo. Sabe-se que aqualidade da conservação tem efeito positivo

sobre a ingestão, o que parece estar ligado a umamelhor palatabilidade da silagem. Vale lembrarque a eficiência de conservação varia geralmenteem sentido inverso à quantidade de produtos dafermentação como N-NH3 e os ácidos acético,propiônico e butírico.

Concluindo: destaca-se que para maxi-mizar a ingestão de forragem conservada deve-seotimizar a época de colheita e as práticas deconservação, incluindo o uso de aditivos, quandonecessário.

Considerações importantes na produção deFeno:

O processo de fenação permite a obtençãode forragem de alta qualidade, contudo parase atingir este objetivo é necessário o corte edesidratação da forragem na fase vegetativa decrescimento. Nesta situação, muitas vezes emfunção da ocorrência de chuvas é difícil conci-liar o estágio de desenvolvimento da planta, noqual se observa alto valor nutritivo e condiçõesapropriadas para a desidratação a campo. Muitasvezes para contornar os problemas climáticos, oprodutor opta por cortar as plantas no períodode menor ocorrência de chuvas, mas com a forra-gem na fase reprodutiva com elevada proporçãode caule, resultando em baixo valor nutritivo.A utilização de equipamentos apropriados, ouseja, projetados para o corte e processamentode espécies forrageiras de clima tropical propiciacondições adequadas de secagem, minimizandoas perdas no campo e no armazenamento. Autilização de dessecantes que aceleram a taxade secagem, bem como o uso de aditivos queevitam o desenvolvimento de microrganismos sãotécnicas disponíveis que garantem a obtenção defenos de alto valor nutritivo.

Finalmente, o dimensionamento de equi-pamentos mais econômicos, compatíveis com arealidade da pecuária nacional é sem dúvida umfator que certamente implementará a utilizaçãoda fenação como técnica para aumentar a efici-ência do manejo e utilização das pastagens degramíneas forrageiras de clima tropical.

Fonte: Prof. Dr. Ricardo Andrade Reis (Unesp)

EventosIV Congressode Sementes dasAméricas – PuntaDel Este – Uruguai

EventosXVIII CongressoBrasileiro deSementes

EventosPecuaristascolombianos

naMarangatú

pág. 3 pág. 4pág. 2pág. 2pág. 2

EventosDia de Campo emPindamonhanga-

ba-SP

Diferimentode Pastagens

Nova cultivarde Azevémanual: Beef-builder III

pág. 2

4Nova cultivar de Azevém anual: Beefbuilder III

Apostando em alta tecnologia parapostando em alta tecnologia para maior produtividade de pastagensde inverno, a Marangatú Semen-

tes, a partir deste ano, disponibiliza aosprodutores brasileiros uma nova cultivarde Azevém: Beefbuilder III. Trata-se deum material tetraploide, biotipo Wes-terwoldicum, de ciclo médio. Foi de-senvolvida nos EUA (estado de Oregon)e multiplicado pela empresa argentinaGAPP, especializada em sementes deforrageiras de inverno. Dentre as diver-sas vantagens frente a outras cultivaresde Azevém, Beefbuilder III apresenta:• Rápida implantação, o que permite

aproveitamento mais cedo• Alto potencial de rendimento• Perfilhamento abundante• Folhas largas e espessas• Excelente resposta em plantios de

elevado nível tecnológico• Destacada rusticidade• Alta sanidade foliar com ótima

resistência à ferrugem

para uso no inverno, seja por meiopara uso no inverno, seja por meio 4de sobressemeadura ou por meio dede sobressemeadura ou por meio de 4plantio solteiro. A produção destaplantio solteiro. A produção desta 4

forrageira permite até 4 cortes comótimo valor nutricional, alto teor deproteína bruta e elevados níveis deNDT e digestibilidade. A MarangatúSementes é distribuidora exclusiva dacultivar Beefbuilder III no Brasil.

Os ensaios de VCU (Valor deCultivo e Uso) da Beefbuilder III fo-ram conduzidos pela Fundação ABC(Castro-PR). Os resultados obtidospor esta instituição apontam a novacultivar de Azevém como excelentealternativa de alta produtividadeassociada à elevada qualidade deforragem produzida, especialmente

Para colecionar: Raça Limousin

OrigemAraça Limousinéuma raçade corte origina-

da há mais de 7.000 anos na região de Limogesna França. Nativa da província de Lemosin, ouLimousin, no sudoeste da França.Éderivadadeum progressivo melhoramento da antiga raça

Garoneza, que ocupava também as regiões deGarona, Tar, Lot e Gironda, no século XVII. Eramutilizados para tração animal, até que passarama ser melhorados no final do século XIX. Os cria-dores souberam selecionar a raça, que se tornouuma das mais eficientes do mundo.

CaracterísticasOs cruzamentos de Limousin com Zebu são

abatidos precocemente em relação às outrasraças. Seu rendimento de carcaça atinge facil-mente 65 %. Portanto dependendo do manejonutricional e sanitário fornecido aos animais,consegue-se tranqüilamente abater animaiscruzados com Limousin com idade média de 13meses, chegando-se a um peso entre 15 e 16arrobas.A idademédia ao primeiro serviço giraem torno de 15 meses quando a novilha atingepeso ematuridadefisiológica ideais ao início davida reprodutiva, desde que tenha um manejoadequado. O peso médio de nascimento dosbezerros Limousin é 36 kg.

A pelagem é de coloração amarelo-claro,com áreas mais claras em torno dos olhos e dofocinho, ventre, períneo e extremidades dosmembros. O corpo é ligeiramente maior que odos demais bovinos franceses, pois foi selecio-nado para dupla aptidão (carne e trabalho).Principais características: são animais efi-cientes, de crescimento rápido, grande massamuscular, com alto poder fecundante e derendimento de carcaça. As fêmeas pesamentre 550-750 kg; os touros entre 950 e 1.200kg. No Brasil, o recorde é de “Ecu” com 1.517kg, aos 48 meses.A raça Limousin é muito utilizada para omelhoramento de demais raças francesas.A facilidade de parto é outra característicamarcante da raça.Fonte texto: http://www.abccriadores.com.br/

Por Marangatú Sementes

Foto: http://www.beefpoint.com.br/

jornal portugues.indd 1jornal portugues.indd 1 25/03/2014 08:04:1525/03/2014 08:04:15

3

2

Eventos Diferimento de Pastagens

Em grande parte do Brasil, existem duas es-Em grande parte do Brasil, existem duas es-3tações climáticas bem definidas. No períodotações climáticas bem defi nidas. No período 3das chuvas (outubro/novembro a abril), asdas chuvas (outubro/novembro a abril), as 3condições climáticas são favoráveis ao rápidocondições climáticas são favoráveis ao rápido 3

crescimento das pastagens. Nessa época doano, é comum observar a concentração de 75a 90% da produção anual de forragem. Já naépoca seca (maio a outubro), pelo menos umdos fatores climáticos mostra-se limitanteao crescimento das plantas forrageiras e,consequentemente, a produção de forragemé reduzida. Nessas condições, é inevitávela redução na taxa de lotação animal daspastagens durante a seca.

Durante o período de maior acúmulode forragem seria possível a manutenção deuma taxa de lotação animal ao redor de 2,0UA/ha (1 UA=unidade animal, equivalentea 450 kg de peso). Entretanto, a taxa delotação animal deve ser reduzida para níveispróximos de 0,5 UA/ha na seca, no sentido depossibilitar o ajuste da curva de consumo deforragem pelos animais com a curva de acú-mulo de forragem. Como resultado, a taxade lotação animal na fazenda é normalmentedefinida pelo período de menor produção deforragem, não sendo rara a necessidade de

venda de animais ou de arrendamento depastagens no final das águas, com o intuitode “desafogar a fazenda”.A utilização de capineiras ou a conservaçãode forragens na forma de feno ou silagemsão alternativas tecnicamente viáveis paraa alimentação do rebanho na época da seca.Essas opções, no entanto, implicam em maiorutilização de mão-de-obra (a forragem pre-cisa ser cortada, armazenada, no caso desilagens e fenos, e fornecida no cocho paraos animais), em maiores investimentos, emmaior demanda administrativa e em maiorgrau de tecnificação do sistema de produção.Em resumo, há necessidade de uma maiorintensificação, porém, essa maior intensifi-cação nem sempre é compatível com a dispo-nibilidade de recursos financeiros e humanosda fazenda e, em algumas situações, não fazparte sequer dos objetivos delineados parao sistema.Assim, quando a manutenção de taxas de

Foto: Marangatú Sementes

Foto: Marangatú Sementes

Foto: Cassiano Heitor

Foto: Marangatú Sementes

Foto: Marangatú Sementes

lotação e produtividades mais modestassão admissíveis no sistema de produção, odiferimento de pastagens passa a ser umaopção interessante para minimizar os efeitosdo déficit de forragem na época seca sobre aprodução animal. Essa estratégia de manejoda pastagem, por dispensar os investimentosde elevado custo, normalmente associadoscom a conservação de forragens/capineiras(máquinas, implementos, estruturas de ar-mazenagem), tem, nos custos de produçãoreduzidos, sua principal vantagem.O diferimento de pastagens consiste emsuspender a utilização de parte da área depasto durante algum momento da estaçãodas águas, possibilitando, dessa maneira, quea forragem acumulada durante o final daságuas/início da seca seja utilizada para a ali-mentação do rebanho durante a época seca.O sucesso do pastejo diferido é dependentedo acúmulo de forragem durante o período devedação da pastagem, do valor alimentar daforragem por ocasião da sua utilização e dapossibilidade dos animais entrarem na áreadiferida sem que a perda por acamamentoseja muito elevada. Um mínimo de 2,5 t/hade matéria seca de forragem, no momento

da entrada dos animais no pasto diferido, énecessário para viabilizar essa prática.A maior taxa de lotação animal propicia,potencialmente, maiores ganhos de peso porhectare em relação ao “manejo tradicionalda fazenda”. Entretanto, se a liberaçãode áreas para o diferimento determinar osuperpastejo no restante das áreas de pastoda propriedade, o benefício do maior ganhode peso por unidade de área, observado pelouso de pastagens diferidas, pode ser diluídopela redução no desempenho individual dosanimais (kg/cab/dia). Portanto, é importanteque os ganhos de peso por animal e por uni-dade de área sejam analisados com critério edentro de uma visão sistêmica, por períodosmais longos do que aquele correspondenteao uso do pasto diferido.

Em relação às espécies forrageiras,plantas que associam boa produção de forra-gem com uma melhor manutenção do valornutricional durante o período de vedação e

utilização do pasto vedado (maior relaçãofolha/haste), como as braquiárias e os “Cyno-dons”, são mais adequadas ao diferimento doque plantas cespitosas.As plantas cespitosas,como os Panicuns e Andropogon, não sãorecomendadas para o diferimento, uma vezque frequentemente elas apresentam eleva-da proporção de hastes quando submetidasa períodos longos de crescimento. Emboraas plantas cespitosas possibilitem elevadoacúmulo de forragem durante a vedação dopasto, a redução na qualidade da forragem,observada durante a vedação/utilização dopasto diferido, não justifica o uso dessas plan-tas em muitas ocasiões. Entretanto, quandoessas plantas são a única opção para o diferi-mento na fazenda, elas podem ser diferidas,mas alguns cuidados especiais com o seumanejo precisam ser observados. Chama-se aatenção para a necessidade de rebaixamentodo pasto por ocasião da vedação e para o fatode que o período de diferimento não deve serlongo, preferivelmente, inferior a 70 dias.As épocas de vedação e utilização da pas-tagem são dependentes da localização dafazenda e da espécie forrageira escolhida.Antecipar muito a época de vedação da

pastagem reduz sensivelmente a utilizaçãoda área vedada no verão, enquanto que oadiamento da vedação da pastagem deter-mina o acúmulo insuficiente de forragem,diminuindo os benefícios dessa estratégia demanejo da pastagem.

Vale lembrar que o diferimento depastagens é uma alternativa viável para sis-temas de produção que operam com taxas delotação inferiores a 1,5 UA/ha/ano. O diferi-mento da pastagem, quando bem conduzido,reduz a perda de peso dos animais durantea seca. Quando há utilização de sais protei-nados/mistura múltiplas pode-se observar amanutenção do peso dos animais durante aseca ou ganhos de pequena magnitude (100– 150 g/cab/dia).

Fonte: Embrapa Cerrados (publicado emwww.zoonews.com.br), adaptado por Ma-

rangatú Sementes.

Coordenador:José Roberto da [email protected] Responsável: Marcos [email protected]

Rodovia Anhangüera Km 313Caixa Postal 636 - CEP 14001-970 Jardim Jóquei ClubRibeirão Preto/SP – BrasilTel.: 55 16 3969 1159

Apoio Técnico: Beatriz CostaAfonso Aguiar NettoImpressão: São Francisco Gráfi ca e Editora Ltdagrafi [email protected]

Foto: Por Marangatú Sementes.

IV Congresso de Sementes dasAméricas – Punta Del Este – Uruguai

XVIII Congresso Brasileiro deSementes

Pecuaristas colombianos naMarangatú

Dia de Campo emPindamonhangaba-SP

Marangatú esteve presente em Punta del Este – Uruguai- no Congresso Americano de Sementes, organizadoPela SAA (Seeds American Association), realizado no

final de setembro.Este evento trouxe as melhores empresas de sementes

em todo o continente americano, com discussões sobre otratamento de sementes, propriedade intelectual e outrostemas importantes.

Eng. Juliane Salum, responsável pelo programa de con-trole de qualidade das sementes Marangatú, participoudo XVIII Congresso Brasileiro de Sementes, realizado

em Florianópolis – Santa Catarina – em setembro. Nestaocasião, ela apresentou trabalhos científicos sobre análisee qualidade das sementes.

Este congresso é um dos mais importantes eventos sobreo negócio e a tecnologia de sementes realizados no Brasil.

Marangatú recebeu em novembro, na sua sede em Ri-beirão Preto, um grupo de pecuaristas colombianos.Esta viagem foi organizada pela Agrotrip, uma em-

presa especializada no turismo técnico para o agronegócio.Este grupo também visitou diversas fazendas leiteiras eoutras empresas do segmento agropecuarista.

ASecretaria de Agricultura e Abastecimento do Estadode São Paulo, por intermédio da Agência Paulista deTecnologia dos Agronegócios (APTA), Polo Regional

Vale do Paraíba, em parceria com as empresas MarangatúSementes, Fertilizantes Heringer e Calcário Dolomia reali-zou, em Pindamonhangaba-SP, no dia 13 de dezembro de2013 o III DIA DE CAMPO: “REFORMA DE PASTAGENS POR MEIO2013 o III DIA DE CAMPO: “REFORMA DE PASTAGENS POR MEIO

2DE SOBRESSEMEADURA VISANDO A CONSERVAÇÃO DO SOLODE SOBRESSEMEADURA VISANDO A CONSERVAÇÃO DO SOLO 2NAS CONDIÇÕES DO VALE DO PARAÍBA”. O evento contouNAS CONDIÇÕES DO VALE DO PARAÍBA”. O evento contou 2com a presença de aproximadamente 80 pessoas, entrecom a presença de aproximadamente 80 pessoas, entre 2produtores e técnicos. Na ocasião, foram demonstradas asprodutores e técnicos. Na ocasião, foram demonstradas as 2técnicas utilizadas para implantação da sobressemeadura etécnicas utilizadas para implantação da sobressemeadura e 2os benefícios da mesma.os benefícios da mesma. 2jornal portugues.indd 2jornal portugues.indd 2 25/03/2014 08:04:1825/03/2014 08:04:18