Jornal O Lábaro
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1O LÁBAROComunicação a serviço da fé
• C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É •
“O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-opor sobre os telhados” (Mt 10,26).
Distribuição GratuitaAno CIII - Edição nº 2.112 - Março 2012w w w. d i o c e s e d e t a u b a t e . o rg . b r
O LÁBARO
Pág. 8 e 9
Museu de Arte sAcrA doM ePAMinondAs está de PortAs AbertAs PArA A PoPulAçãoVisitantes podem conhecer o belíssimo acervo com peças desde o século 17, que inclui imagens, vestimentas, mobiliário e diversos acessórios religiosos
debAtes sobre o Aborto recebeM Atenção do clero e dA coMunidAde
turismo religioso impulsiona a economia do Vale do Paraíba Pág. 3 nos 102 anos da
formação, seminário diocesano de teologia comemora 10 anos
Pág. 5Pág. 14
decretos definem orientações para leigos e sacerdotes sobre as eleições 2012Pág. 5 e 11
2 O LÁBAROComunicação a serviço da fé
Dentre os muitos assuntos que
preenchem o cotidiano dos bra-
sileiros, dois têm se destacado ul-
timamente: a saúde e a política.
Para os católicos, a atenção ao
primeiro tema tem sido uma pre-
ocupação estimulada pelas diretri-
zes da Campanha da Fraternidade
2012, com ênfase na saúde pública
e no cuidado pessoal da própria
qualidade de vida que cada indiví-
duo deve ter. Já quanto ao segun-
do tema – a política – não se pode
esquecer que o ano corrente traz
eleições municipais, que definirão
novos prefeitos e vereadores.
Seja no âmbito dos temas que
estão mais próximos do cotidia-
no ou daqueles que os cidadãos
compartilham coletivamente, tan-
to a saúde quanto a política são
ênfases dos colaboradores desta
edição do jornal O Lábaro. No
que tange à dignidade e ao direito
à vida, o Bispo Emérito de Tau-
baté – Dom Antônio Affonso de
Miranda, sdn – e o coordenador
da Comissão Diocesana em De-
fesa da Vida e Movimento Legis-
lação e Vida da Diocese de Tau-
baté, Hermes Rodrigues Nery,
manifestam-se incisivamente so-
bre a questão do aborto, discutido
nas esferas políticas mais amplas
e com resultados que assombram,
por conta da defesa pela legaliza-
ção de uma prática criminosa, que
atenta contra o mais indefeso dos
seres humanos.
É papel do jornalismo promo-
ver a conscientização sobre temas
que possam transformar a realida-
de, e um jornal centenário como
O Lábaro não pode se abster de
chamar a atenção sobre estas te-
máticas, mais uma vez, para que
a comunidade se manifeste em
favor da vida e do amor cristão
para com aqueles que mais pre-
cisam. Sem esquecer que, a partir
de 2012, viveremos o Ano da Fé,
que implica em compromisso de
vida em várias dimensões.
Boa Leitura!
Os Santos nunca são demais. Fal-
tam. Aumenta o número dos mes-
trandos e doutorandos, dos técnicos
e cientistas etc. Precisamos de psi-
cólogos, sociólogos e antropólogos.
Necessitamos de mais saúde e, por
isso, de médicos. Há muitas carên-
cias. As maiores, porém, estão no
campo espiritual e moral. A crise
atual o mostra. Os homens igno-
ram sua dignidade de filhos de
Deus e, por isso, não sabem con-
viver. Falta fraternidade, solida-
riedade e fome de Deus. Sobram
agressividade, orgulho e injusti-
ças. Necessitamos de homens e
de mulheres que sobressaíam, de
heróis, mas sobretudo de santos.
Preciso recordá-lo? Em si, não. É
coisa de casa. É vocação de todos
nós: homens, mulheres, adultos, jo-
vens e crianças. A Sagrada Escritu-
ra no-lo pede, quando não o exige:
“Sede santos, porque eu sou santo”
(cf. Lv 11.44; 19.2); “Sois povo san-
to ao Senhor vosso Deus” (cf. Dt
14.2-21). “Sede santos e irrepreensí-
veis perante o Senhor...” (cf. Ef 1.4).
Apresentai-vos diante Dele como
santos, irrepreensíveis, inatacáveis
(cf. Cl 1.22). Tornai-vos santos... (cf.
1 Pedro 1.15.16). Quem é santo, con-
tinue a santificar-se (cf. Ap 22.11).
A constituição dogmática “Lú-
men Gentium” fala da vocação uni-
versal à santidade (nº 40), de todas as
vocações (41-42). Todos os fiéis cris-
tãos são, pois, convidados e obriga-
dos a procurar a santidade e a perfei-
ção do próprio estado (42, no final).
A mentalidade atual é hedonista e
materialista. É secularista. Negam-se
até os direitos de Deus, pois, o antro-
pocentrismo é exagerado. A muitos
incomoda a presença do crucifixo:
deve ser retirado das repartições pú-
blicas (cf. caso do Rio Grande do
Sul). Será porque o juiz, no caso,
tinha medo que o crucificado incri-
minasse suas ações e decisões, ou
lhe lembrasse ter sido condenado
injustamente? Se o governo quer
ser laico, que o seja, mas o Brasil é
Nação cristã. Isto nada representa?
Ademais, laico não é laicista..
Ele foi, certamente, um homem
virtuoso. Acima do comum. Pouco o
conheci, enquanto eu era estudante.
Tive-o, brevemente, como professor
e colega depois. Admirei-o sempre.
Por ser humilde e por causa da saú-
de um tanto precária, não quis acei-
tar o episcopado. Mas, quando, a
Núnciatura mesmo, reconhecendo a
limitação que a doença lhe causava,
não vendo, porém, nela um impedi-
mento, por obediência, ele aceitou.
Procurou organizar pastoralmente
a Diocese. Tomou conhecimento da
administração e de outras lacunas e
buscou soluções. O povo o admirava.
Fragilizado pelo volume de trabalho
e preocupações, adoeceu. Teve um
segundo AVC. Enfrentou-o também,
lutando até o fim. Mesmo dependen-
do de outros, continuou a dar aulas.
Acolheu as pessoas que procuravam
conselhos e atendeu aos que deseja-
vam confessar. Assumiu estas fun-
ções com amor e sacrifícios. Amou a
Igreja e sofreu pela Diocese. Partici-
pava com dificuldade de tudo o que
era possível, até de minha ordenação
episcopal. Serviu-me de exemplo.
Agora a Diocese quer fazer sua
parte: reconhecendo sua santidade, e
submetendo, ao juízo da Igreja, sua
possível beatificação. Faremos o que
for necessário, ou seja, implementan-
do tudo o que o documento da San-
ta Sé “Sanctorum Mater” pede. Já,
temos o postulador da causa, bem
como constituímos a equipe históri-
ca para fazer o necessário trabalho
de pesquisas. Mons. Marco Eduardo
Jacob Silva, é o animador e defensor
natural da causa. Logo, que possí-
vel, traremos os restos mortais, para
um local especialmente preparado
na Catedral. Sabemos que os custos
com a causa não serão pequenos, es-
tamos, todavia, convictos de que o
povo que o amava e ama, nos há de
ajudar. Já, temos, outrossim, a ora-
ção pela qual pedimos a Deus que
nos mostre com sinais a grandeza de
alma deste nosso querido predeces-
sor. Contamos desde já, com as fer-
vorosas orações de todos, e as visi-
tas do povo de Deus ao local, onde
repousarem seus restos mortais, na
Catedral. Começamos. Não desis-
tiremos de nossa função. Que seja
tudo para a maior glória de Deus,
para o bem do Reino e da Igreja, e
também para a alegria de todos dio-
cesanos, e de exemplo também.
Muita oração, suplicando a graça
da beatificação e, também, o sucesso
de tudo que deveremos realizar. De-
votos, não esqueçamos de orar, reve-
rentemente, agradecendo a Deus sua
vida e exemplo, mas também que
confirme agora com sinais o que,
antes, mostrou com tantas graças
na vida deste membro da Diocese.
Quem recebeu graças através deste
nosso predecessor, queira comunicá-
las ao Revmo. Mons. Marco Eduar-
do Jacob Silva, Pároco da Catedral.
O desafio foi lançado. Seja ele
assumido por todos, mormente os
ministros ordenados e religiosos.
Esqueci o laicato? Posso esquecer
a muitos, mas não estes. “Omnia
ad maiorem Dei gloriam”.
A VOZ DO PASTOR
novos e mais santos? sim, pois estes fazem de fato faltaDom Carmo João Rhoden, scj
EDITORIAL
- EXPEDIENTE
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DA DIOCESE DE TAUBATÉAvenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070Diretor: Pe. Kleber Rodrigues da SilvaEditor e Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes, msj – MTE 62.839 / SPConselho Editorial: Pe. Kleber Rodrigues, Pe. Jaime Lemes, Pe. Silvio Dias, Pe. Rodrigo Natal, Mons. Marco Silva, Henrique Faria, Eliane Freire, Valquíria Vieira e Diego Simari.Revisão: Eliane FreireProjeto Gráfi co: Diego SimariImpressão: Katú Editora Gráfi caTiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuitaContatos: Tel.: (12) 3632-2855 / ramal: 216 (Redação) E-mail: [email protected]
As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opnião deste veículo.
O LÁBAROComunicação a serviço da fé
Quaresma é tempo de refl exão
3O LÁBAROComunicação a serviço da fé
DA REDAÇÃO
circuito religioso é fonte de renda na região
São mais de 2.800 km que sapa-ram Sobral, no Ceará, do Vale do Paraíba. Este trajeto é composto por lindas paisagens, mas também por estradas em péssimo estado. A aposentada Roberta Alves, de 67 anos, não se intimida pelas 12 horas de viagem, divididas em ônibus e avião. Junto com a aposentada, ou-tras 32 excursionistas cearenses cru-zaram o país e vieram até a região para fazer um tour pelos principais atrativos religiosos. O grupo passou seis dias hospedado no Vale do Pa-raíba, para conhecer as cidades de Cachoeira Paulista, Guaratinguetá e Aparecida. Nesse período, estas turistas contribuíram para a movi-mentação da economia local.
Roberta vem para a região pela nona vez e, para ela, a sensação é a mesma sempre. “Eu estou pisando num pedaço do céu”, afirma con-victa a aposentada, que decidiu vir pela primeira vez ao Vale do Paraí-ba após inúmeras complicações de saúde. “Depois de um pós-cirúrgi-co, passei 20 dias no hospital com trombose e lá eu assistia a Canção Nova e quando tudo passou, eu decidi vir para cá”, relata. Ela é a chefe da caravana de Sobral, e toda
vez que vem, traz consigo um gru-po de peregrinos para partilhar a experiência de conhecer os pontos turísticos.
As turistas sobralenses vieram direto do aeroporto da Capital pau-lista para Aparecida, onde parti-ciparam da celebração da missa e puderam conhecer um pouco mais do Santuário Nacional. Além de Aparecida, as peregrinas foram a Guaratinguetá, conhecer as origens do primeiro santo brasileiro, Frei Galvão. Ao fim do dia, as turis-tas desembarcaram em Cachoeira Paulista, onde ficaram hospedadas todos os demais dias para conhecer a Comunidade Católica Canção Nova e o Santuário Nacional de Santa Cabeça.
O grupo ficou hospedado em uma pousada, no centro de Cacho-eira Paulista. As pousadas são in-vestimentos muito comuns no mu-nicípio. Segundo o Grupo de Apoio às Pousadas (GAP), ao todo são 2580 leitos de 88 pousadas cadas-tradas. A pousada onde Roberta e as outras turistas estão hospedadas pertence à Anyelle Lins, que viu a oportunidade de transformar a casa onde vive em um lugar para aco-
lher os peregrinos. O local possui 38 leitos e a diária sai a R$40. A pro-prietária afirma que grande parte da renda familiar vem da estadia oferecida aos ro-meiros. “Cerca de 80% da nossa ren-da é da pousada”, diz Anyelle, que aposta na internet e nas redes sociais para atrair os tu-ristas. “Divulga-mos a pousada pela internet, pelo
nosso site, pelo Facebook e pelo Orkut”.
Todas as vezes que Roberta vai para a cidade ela se hospeda na pousada de Anyelle. Para ela, o atendimento é maravilhoso e ela se sente muito à vontade. “Eu já me sinto em casa, a pousada é a minha casa”, relata a excursionista.
Além da Canção Nova, as sobra-lenses foram ao Santuário Nacio-nal de Santa Cabeça, onde o grupo rezou diante da imagem do rosto da Virgem Maria, encontrada pelos tropeiros, em 1795, no Rio Tietê. Após um momento de reflexão e oração dentro da igreja, as turistas foram até a loja do Santuário. Elas queriam levar uma recordação do local e presentear aqueles que fi-caram no Ceará. “Quando a gen-te vem pra cá, todo mundo quer alguma coisa, uma lembrança da-qui e uma de Aparecida”, enfatiza Roberta. O funcionário do estabe-lecimento Eduardo de Paiva diz que há uma expectativa de venda muito grande para o segundo fim de semana de cada mês, quando o número de turistas é maior. Segun-do, o vendedor cada turista gasta em media de R$10 a R$15.
A aposentada Fernanda Tavares, que faz parte da caravana de So-bral, completou 63 anos enquanto estava viajando. E para celebrar, as turistas optaram em almoçar em um restaurante de Cachoeira Pau-lista. Fernanda estava muito feliz por estar comemorando o aniver-sário na cidade. “Há muito tempo não tinha um aniversário assim”, garante a aniversariante. O almoço não deixou apenas alegre as pere-grinas que comemoravam, mas também Cláudio Pontes, o dono do restaurante. Ele já está acostumado a receber turistas e estima que 70% do lucro do estabelecimento venha do turismo religioso. Para atender mais excursionistas, o proprietário abriu um restaurante próximo à Canção Nova, direcionado apenas ao público que vem conhecer o lo-cal.
As turistas voltaram para o Cea-rá realizadas e, para elas, o passeio foi excelente. Roberta diz que não há quem não venha para região e não queira voltar. “Todo grupo que eu trago para a região se sente bem e sempre quer voltar”, relata.
Para a turismóloga Marcelle de Barros, as pessoas que viajam para lugares onde roteiros religiosos são o foco estão motivadas pela fé e pela religiosidade. “O que impul-siona a economia das cidades de Cachoeira Paulista, Guaratinguetá e Aparecida é o turismo religioso”, afirma.
Atualmente, o turismo religioso é uma importante fonte de renda para a região e representa uma grande parcela na economia das cidades do circuito turístico reli-gioso, que abrange as cidades de Aparecida, Cachoeira Paulista, Guaratinguetá e Lorena. Estima-se que essas cidades recebam mais de 12 milhões de turistas por ano.
Por Allan Torquato*
Motivados pela fé, milhares de peregrinos visitam as cidades religiosas do Vale do Paraíba e movimentam a economia local.
*Allan Torquato é aluno de Jornalismo da Universidade de Taubaté
Cré
dito
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n To
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Peregrinos de Sobral-CE compram “lembrancinhas” em loja do Santuário Nacional de Santa Cabeça
O LÁBAROComunicação a serviço da fé4
Leio na Folha de S.Paulo de 10 de março (Caderno Cotidiano) que a Comissão de Juristas criada pelo Se-nado para elaborar novo Código Pe-nal aprovou, no dia 9 de março, um anteprojeto que prevê, entre outros pontos, a ampliação dos casos em que o aborto será legal. E a eutanásia também.
Afinal, não é crime matar? E não é agravante do crime matar uma pes-soa indefesa? E haverá alguém mais indefeso, e inocente, do que um feto dentro do seio materno?
Em a nova proposta, alega-se que a “interrupção da gravidez” (gentil eufemismo para não escrever aborto) até a 12ª semana se daria a partir de um pedido da gestante, com assis-tência de médico ou psicólogo que constate que “a mulher não apresen-ta condições de arcar com a mater-nidade.”
Potocas! De qualquer modo, “in-terrupção de gravidez” é aborto, é matar o nenenzinho dentro do seio da mãe. E o processo que se usa é cruel: quebram-lhe o crânio, espica-çando-o com bisturi, tirando o ne-ném aos pedaços, ou arracando-o com um fórceps. É uma crueldade! Uma covardia!
E inventam agora que isto se fará se “a mulher (esta mulher é a mãe) não apresenta condições de arcar com a maternidade”. Incongruência! Então esta mulher, que é a mãe, não apresenta condi-ções de arcar com a maternidade, mas vai arcar com suportar a cruelda-de de permitir que seu filhinho seja espicaçado, e ar-rancado com um fórceps, de dentro de seu seio!?
Quando é que nossos Deputados e Senadores, ho-mens que devem ser cultos e de sensibilidade humana, vão entender que é uma covardia im-perdoável atentar contra um feto hu-mano e praticar um aborto?
Aborto é aborto, isto é, assassínio de um ser humano em estado de ges-tação. De neném que pode nascer, sorrir, amar, e alegrar a todos com seu sorriso inocente de criança. E assassinar, covardemente, um ser
assim, inocente, incapaz de rea-gir, de defender-se, de agora por diante, não vai mais ser crime por voto de De-putados e Sena-dores!
“Ubinan su-mus?” “Em que país estamos?” – perguntaria Cícero diante de nossas Câma-ras Legislativas a votar uma tal lei. Não perdôo, não perdoare-mos nunca, es-tes homens que votarem lei de aborto em nosso país!
Insinua a Folha de 10 de março que há um conluio de assentimento do Planalto com as Câmaras – envol-vendo a Presidente, o Ministro Cri-vella – representante do Pastor Edir Macedo e sua pseudo-igreja – para que tramite tal lei de liberação do aborto.
Se a Presidente se mete nisto, en-tão quê valeu sua declaração de que era “contra o aborto”, anteriormente à sua eleição?
E, coisa pior, vejam o que noticia a Folha de 10 de março: “Outra me-dida aprovada pela Comissão de Ju-
ristas prevê a euta-násia nos casos em que o desligamen-to de aparelhos de um paciente com doença gra-ve e irreversível for atestado por dois médicos, com consentimento do paciente e da fa-mília.”
Estão vendo? “Quem faz um cestinho, faz um
balaio também!”, como dizem nos-sos velhos mineiros. Assim, quem consente em aborto, com facilidade consente também em eutanásia.
“Criminosos!? Ou simplesmente “patetas” estes Juristas da Comissão do Senado? É de causar indignação a perda de inteligência dos valores por parte de alguns dos nossos represen-tantes nas Câmaras. Não entender
SOB O OLHAR DA FÉ
de novo, aborto? e também eutanásia?D. Antônio Affonso de Miranda, sdn*
*Dom Antônio Aff onso de Miranda é bispo emérito de Taubaté e membro da Acadêmia Taubateana de Letras
que a vida humana tem valor moral único, seja no embrião, seja no an-cião, ou em qualquer agonizante!!
A vida é dom de Deus. Não se compra, não se vende a vida. É o primeiro dos direitos humanos. Mas Deputados e Senadores se fazem do-nos da vida dos que devem nascer e dos que têm direito de morrer em paz. Pois decretam o aborto e a eu-tanásia.
É imperdoável este abuso do po-der de legislar.
Felizmente, noticia a Folha de 10 de março: “No Congresso, há uma forte resistência das bancadas reli-giosas a mudanças na legislação do aborto.”
Cumpre observar que a questão de resistência à liberação de aborto e eutanásia não é religiosa. É ques-tão, primordialmente, de espírito hu-manitário, de sensibilidade humana. Não só os que crêem em Deus, mas todos os que têm sensibilidade hu-mana devem opor-se a qualquer con-cessão ao aborto e à eutanásia.
A vida e a morte pertencem a Deus. Não podemos cometer suicí-dio, não podemos matar ninguém. Aborto é homicídio. Eutanásia tam-bém é homicídio. E homicídio é cri-me de assassínio.
Quem mata deve ir para a cadeia.Na lógica da Justiça, tanto provo-
car aborto como praticar eutanásia são atos criminosos. Devem levar seus autores para a cadeia.
E os Deputados e Senadores que liberam o aborto e a eutanásia, que vamos fazer deles?
PONTO DE VISTA
o que é ser mulher hoje em dia?
“Aborto é aborto, isto é, assassínio de um ser humano em estado de gestação. De neném que pode nascer, sorrir, amar,
e alegrar a todos com seu sorriso
inocente de criança”
“Ser mulher é ter muito amor, muita paciência, muita determinação e muita fé”.
Rita de Cássia Barretto Barbosa Paróquia Sagrada Família Taubaté-SP- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
“Ser mulher é ser feita de luta. Com o passar dos séculos, podemos ver como nós mulheres
lutamos pela nossa independência financeira, pelos nossos direitos, mas ainda hoje, há um enorme número de mulheres que sofrem violência doméstica, que sofrem preconceitos, que são diminuídas na sua dignidade. Ser mulher no século 21 é não esquecer que ainda temos muito que lutar. Que os exemplos de Madre Teresa, Dorothy Stang e Gianna Beretta Molla, nos inspirem a sermos mulheres cada vez mais fortes na fé e no amor”.
Elisangela CavalheiroParóquia Sagrado Coração de Jesus Taubaté-SP- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
“Ser mulher é ser mãe, amiga e companheira em todas as horas”.
Edna Vieira FernandesCúria Diocesana de Taubaté- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
“Ser mulher é ser forte, lutadora, batalhadora. Ser mulher é olhar as coisas de frente e ter
coragem para enfrenta- las. Ser mulher é ser dócil, meiga, companheira, amiga... Ser mulher é ter espírito de guerreira, ser MARIA, ter coração de mãe e mão de amiga. Ser mulher é ser feminina sempre e desejar sempre ser mulher. É a alegria da plenitude da vida e a delicadeza dos atos e decisões.”.
Ellen CursinoComunidade São Paulo ApóstoloTaubaté-SP
O LÁBAROComunicação a serviço da fé 5
SEMINÁRIO
É sabido que a história do nosso Seminário Diocesano remonta à gloriosa data de 20 de fevereiro de 1910, quando Dom Epaminondas Nunes Dávila e Silva, instalava ofi-cialmente o Seminário e o Colégio Diocesano Santo Antônio, para ir dotando sua diocese de vocações e, gradativamente, formando o clero desta Igreja Particular que, naquela época, compreendia quase todo o sub-regional de Aparecida, uma vez que a Diocese de Taubaté é a mais antiga Sede Episcopal do Vale do Paraíba Paulista.
No entanto, tendo decorrido 92 anos de história, e seguindo novas orientações e diretrizes formativas, nosso atual Bispo, Dom Carmo João Rhoden, scj, quis, criar a “Re-sidência Teológica Cura D’Ars”, separando a etapa formativa da Te-ologia do prédio do Seminário Dio-cesano Santo Antônio, que passou a ser oficialmente residência da etapa de Filosofia.
Foi assim que, em 1º de março de 2002, portanto há 10 anos, a “Casa do Menor”, um antigo orfanato, foi inaugurado após as necessárias reformas e adaptações, sendo dedi-cado a São João Maria Vianney, o patrono dos padres, visto que, da-qui, saem, possivelmente, os futuros padres do nosso clero diocesano. Recebeu então a incumbência de reitor o Pe. Silvio José Dias e, pos-teriormente, o Cônego Amâncio Calderaro Junior, até que, em de-zembro de 2008, o Pe. Ethewaldo L. Naufal Junior, conhecido como Pa-dre Junior, foi empossado nas fun-ções de reitor-formador desta casa e também pároco da Paróquia Santa Luzia, em fevereiro de 2011.
Desta feita, na passagem do pri-meiro decênio desta casa, não po-dendo deixar de ser, aconteceram as comemorações. Nosso Bispo Dio-cesano, Dom Carmo João Rhoden, scj, presidiu a Celebração Eucarísti-ca de ação de graças junto à Dom Antônio Affonso de Miranda, sdn, Pe. Junior, o atual reitor, e alguns padres ex-reitores, do Conselho de Formação e amigos desta casa se fizeram presentes. Também par-ticiparam os seminaristas das três
etapas formativas: propedêutico, fi-losofia, e é claro, da teologia.
Na Celebração, Dom Carmo en-fatizou a liturgia da Palavra, quan-do a rainha Ester intercedia junto ao rei e quando Jesus dizia no Evange-lho: “Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta!”. Dizia nosso pastor que, as-sim como a ação de graças, o nosso “muito obrigado ao Senhor”, é tam-bém necessidade do cristão, orar pedindo. Pedimos, então, pelas vo-cações em nossa Diocese, por bons futuros padres, que de fato Deus suscite pastores segundo o seu co-ração.
Ao término da celebração, acon-teceu um inspirado discurso de autoria do Seminarista Celso Luiz Longo, do quarto ano de teologia, que a todos emocionou. Também o Pe. Junior disse algumas palavras para externar seus agradecimentos junto à formação. Procedeu-se en-tão com o descerramento da placa comemorativa dos 10 anos do Se-minário (vide foto anexa), na qual se contempla toda nossa gratidão ao Senhor e sinaliza o dia 1º de março como uma data especial na vida de nossa casa, que também passa por amplas reformas nos últimos quatro anos para melhor formação dos se-minaristas, bem como um especial agradecimento à nossa Diocese. Ato contínuo, foi servido saboroso jantar de confraternização com o tradicional bolo comemorativo.
E, assim como Dom Francisco Borja do Amaral, nosso terceiro Bispo diocesano, fazemos coro à afirmação do hino dirigido a São João Maria Vianney, Cura D’Ars, nosso patrono: “Eia, ergamos ao Santo uma prece, que suscite operá-rios à messe, precursores de um belo porvir!” Rezemos mais pelas voca-ções sacerdotais e pela perseverança dos nossos seminaristas.
Convidamos aos diocesanos para que acessem o site do seminário: www.teologiadiocesedetaubate.org e conheçam mais o dia a dia de nos-sa formação humana, afetiva, inte-lectual e acima de tudo espiritual.
seminário diocesano de teologia comemora 10 anosKleber Santos
* Kleber Santos Jr. é seminarista da Diocese de Taubaté
Cúria Diocesana – Doc. 110/2012.
DOM CARMO JOÃO RHODEN - SCJ por mercê de Deus e da Sé Apostólica
Bispo de Taubaté
ORIENTAÇÕES PARA AS ELEIÇÕES DE 2012
Aos que estas virem, saudação, paz e bênção no Senhor!
“Se muitas das estruturas sociais geram pobreza, em parte é devida à falta de fidelidade a compromissos evangélicos de muitos cristãos com especiais responsabilidades políticas, econômicas e culturais”. (DAp. nº 501)
Atendendo determinação do Sr. Bispo Diocesano: Dom Carmo João Rhoden - SCJ, o Secretariado Diocesano de Pastoral elaborou algumas orientações para os fiéis em geral tendo em vista as próximas eleições. Definidas, Sua Excia. sancionou-as, bem como nos ordenou que as publicássemos. É o que fazemos a seguir. A Diocese de Taubaté, na sua missão de evangelizar e orientar o povo de Deus, propõe estas orientações para as Eleições de 2012, nas quais, no exercício do direito e dever de votar conscientemente, estaremos elegendo os senhores prefeitos de nossas cidades e vereadores. 1 – A Igreja Católica Apostólica Romana, presente na Diocese de Taubaté, mais especificamente nos municípios de Taubaté, Pindamonhangaba, Caçapava, Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, Redenção da Serra, Natividade da Serra, Jambeiro e Tremembé, à luz do Magistério da Igreja e da Doutrina Social, não apoia diretamente nenhum candidato a qualquer cargo majoritário. Orienta os fiéis para que escolham o melhor, conforme a própria consciência, que sem dúvida, deve apontar para aquele que tem o maior interesse pelo bem público e comum já demonstrado por suas atividades no passado. 2 – Ficam os presbíteros e diáconos transitórios expressamente proibidos de vincularem sua imagem a qualquer tipo de campanha eleitoral, a saber, panfletos, outdoor, programas de rádio e TV. A desobediência a esta norma implicará nas penas canônicas previstas. 3 – Os diáconos permanentes, conforme o Cân. 288, não estão proibidos de assumir cargos públicos que implicam participação no poder civil. 4 – Membro do Clero, ao lançar oficialmente a sua candidatura, fica vetado de presidir os sacramentos, naquele Município em que ele se propõe como candidato, salvas as exceções previstas no Código de Direito Canônico (Cân. 976). 5 – Os leigos católicos que se sentirem chamados a exercerem a nobre arte da política devem se preparar, cuidadosamente, para tal missão, escolhendo um partido político que lhes
Cúria Diocesana – Doc. 110/2012.
possibilite a promoção dos verdadeiros valores e a defesa da moral cristã. Então devem ser apoiados pelos demais leigos da comunidade e paróquia, em sua busca pelo bem comum. 6 – Os candidatos leigos católicos, porém, não podem se utilizar dos espaços das celebrações para propaganda partidária ou pessoal e nem se autodenominar candidatos oficiais da Igreja ou deste ou daquele movimento, associação, irmandade etc. Enfatizamos o que preconiza o Código de Direito Canônico: “§ 4. Nas associações públicas de fiéis, destinadas diretamente ao exercício do apostolado, não sejam moderadores (diretor, presidente, coordenador etc) os que exercem cargo de direção nos partidos políticos”. (Cân. 317 § 4) 7 – Repudiamos veementemente o comportamento dos candidatos que oferecem favores e outros benefícios às comunidades e grupos como forma de promoção pessoal e política, pois configura prática de corrupção eleitoral, já contemplada em Lei específica. Portanto, chamamos a atenção dos membros do Clero para que rejeitem favores e benesses de candidatos, quer para uso pessoal quer de comunidades, tais como prendas para festas, produção de cartazes e programas, empréstimo de carros ou equipamentos de som etc, que servem de moeda de troca pelo apoio da comunidade, configurando crime eleitoral de compra de votos. 8- Os candidatos leigos católicos devem se empenhar em montar “Grupos de Acompanhamento das Campanhas”, ou “Conselhos de Campanha” como forma de apoio aos candidatos e educação política dos participantes. Estes grupos, compostos por leigos, ajudariam nas decisões sobre gastos de campanha, compromissos etc, ações essas deliberadas coletivamente e em conformidade com a Lei. 9 – Eleitos, os candidatos deveriam transformar os “Conselhos de Campanha” em “Conselhos de Mandato”, ou seja, espaços democráticos, participativos e de apoio ao candidato eleito, auxiliando-o nos posicionamentos políticos, na apresentação de projetos e nas votações em plenário. Seja este período de eleições um tempo privilegiado para exercer a cidadania verdadeiramente cristã, voltada para os valores éticos e de promoção do bem comum.
Dada e passada na Cúria Diocesana de Taubaté, aos 14 de março de 2012, sob o Nosso
Sinal e Selo de Nossas Armas.
E eu, _____________________________________________, (Mons. Irineu Batista da Silva), Chanceler do Bispado, a subscrevi. Visto: ___________________________________ __________________________________ † DOM CARMO JOÃO RHODEN SCJ PE. KLEBER RODRIGUES DA SILVA BISPO DIOCESANO DE TAUBATÉ COORD. DIOCESANO DE PASTORAL
DECRETO I
6 O LÁBAROComunicação a serviço da fé
DIOCESE EM FOCO
Assessores da infância e Adolescência Missionária (iAM) da diocese se encontram em caçapava
A Casa Kolbe em Caçapava recebeu, nos dias 25 e 26 de fevereiro, mais de 140 pessoas durante o encontro de Asses-sores e Crianças e Adolescen-tes da Infância e Adolescência Missionária – IAM da Dioce-se de Taubaté, para dar início às atividades de 2012. No sá-bado, dia 25, o encontro foi direcionado aos Assessores, com as palestras de “História e Carisma da IAM”, “Doze passos para a Implantação”, “Perfil do Assessor” e “Es-piritualidade Missionária”. Na ocasião, esteve presente o Padre Luís Paulo, coordena-dor da Comissão Missionária Diocesana – COMIDI, que disse estar muito feliz com o trabalho da IAM e que estaria
orando pelo encontro.Às 16h, houve uma celebra-
ção Eucarística, presidida pelo Frei Deonir, que vem dando muita força para a IAM na Pa-róquia São Pio X, em Caçapa-va. No domingo, dia 26, foi re-alizada a acolhida das crianças e adolescentes da Paróquia São Pio X, de Caçapava, e da Pa-róquia N. Sra. da Conceição, de Quiririm, em Taubaté, que participaram do encontro e de um almoço. Houve exibição de um vídeo e dinâmicas com as crianças e jovens, além de uma gincana. Às 15h30, foi celebra-da a Missa de encerramento e Envio Missionário dos participan-tes, ocasião em que muitos pais estiveram juntos com seus filhos que participaram do encontro.
Foto
: Ace
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IAM
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o
Crianças e jovens parti cipam do encontro da IAM na Casa Kolbe, em Caçapava
A Renovação Carismática
Católica realizou no dia 3 de
março, na Comunidade Nossa
Senhora das Graças, no bairro
Flor do Vale, a Vigília de
Oração para Sacerdotes com
a presença do Padre Tequinho
– atual pároco da Paróquia
São Luís de Tolosa, em São
Luiz do Paraitinga – além da
participação de seminaristas e
do Diácono Claudio Barbosa. A
emoção de mais de 300 pessoas
que participaram da vigília foi
contagiante diante da pregação
feita pelo sacerdote, além de
louvores e muita oração nesse
momento de fé em favor dos
sacerdotes. A RCC convida
toda a comunidade a participar
das próximas vigí l ias, cujas
datas estão disponíveis no
site: rccdiocesedetaubate.com.br.
rcc realiza vigília para sacerdotes com a presença de Padre tequinho
Pe. Tequinho conduziu a vigília para sacerdotes em Taubaté
Foto
: Ace
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RC
C –
Rep
rodu
ção
caminhadas são feitas em busca da mudança na Quaresma
A Igreja vive o tempo da Qua-
resma e é preciso preparação para
esse tempo especial de reflexão e
de mudança de vida. Assim, o ofe-
recimento de eventos por parte das
comunidades faz com que o povo
esteja cada vez mais incentivado a
responder ao apelo quaresmal de
conversão. A comunidade Nossa
Senhora Aparecida, pertencente à
Paróquia da Santíssima Trindade,
em Taubaté, vem realizando todas
as sextas-feiras, às 5h da manhã,
uma caminhada penitencial que
se encerra com a celebração, e tem
alcançado forte envolvimento e
comprometimento da assembleia.
Fazendo a união deste tempo de
conversão com gestos concretos, a
cada dia de caminhada é realizada
uma ação concreta, com doações
de materiais escolares, alimentos,
materiais de limpeza e de higiene
pessoal, leite em pó e moedas, to-
das destinadas às obras sociais da
Paróquia.
O Cônego Paulo Cesar Nunes
de Oliveira, pároco da comuni-
dade, ressalta a participação do
povo em Via Sacra, nos estudos
nos círculos bíblicos da Campa-
nha da Fraternidade – que é outro
gesto ligado à época quaresmal –
no envolvimento nos preparativos
da Semana Santa e nos mutirões
de confissões. O último dia desta
manifestação pública de fé será
na Sexta-feira Santa, com a costu-
meira benção aos pães no final da
caminhada.
Foto
: May
ara
Tole
do
A comunidade parti cipa ati vamente da caminhada às sextas-feiras
Por Mayara Toledo
7O LÁBAROComunicação a serviço da fé
DIOCESE EM FOCO
taubaté agora conta com Grupo de oração universitárioO Ministério Universidades Re-
novadas, da Renovação Carismá-
tica Católica, traz para Taubaté,
o Grupo de Oração Universitário
– GOU, com a missão de evange-
lizar fiéis das instituições de ensino
superior, como as instituições de
ensino Unitau e Anhanguera, que
adotaram a formação de grupos de
orações com seus alunos. O grupo
matriz se reúne todos os sábados às
19h30, na Capela do Colégio Idesa,
O objetivo do Projeto Universida-
des Renovadas é levar a experiência
de pentecostes a cada estudante,
professor e funcionário, para que,
a partir destas experiências, se tor-
nem um ‘Profissional em Deus’ e
transformem a sociedade a partir
da sua prática profissional cristã. O
Ministério também trabalha com
as pessoas que já são formadas e
que estão no mercado de trabalho,
além de seus familiares, e convida a
todos que queiram fazer parte des-
se sonho de Deus para a própria
vida. Mais informações podem ser
obtidas com Tarcísio e Luana: (12)
8861-6560 / 8101-3554 e no e-mail:
Foto
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GO
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ção
Jovens parti cipantes do GOU entre os coordenadores Tarcísio e Luana
Por Ellen Cursino
campanha da Fraternidade é apresentada na câmara de Vereadores
Uma comissão da Diocese de
Taubaté apresentou a Campanha
da Fraternidade 2012 numa con-
ferência na Câmara de Vereadores
do município em 28 de fevereiro.
Na ocasião, o assessor diocesano
da Campanha da Fraternidade,
Pe. Leandro Alves de Souza, fez
um apelo para a criação de hábitos
de vida saudáveis. “A Igreja nos
convida a pensar na saúde pública
da forma mais ampla possível. A
OMS (Organização Mundial da
Saúde), em 1946, definiu a saúde
pública como um completo bem-
estar do ser humano nas suas di-
mensões física, psíquica e social.
Apenas em 2003, depois de muito
tempo, a OMS acrescentou a di-
mensão espiritual do ser humano
como componente indispensável
para a saúde pública.” A ex-vere-
adora Celinha Marques, autora do
decreto legislativo que instituiu a
conferência, afirmou que “o maior
dom dado por Deus é a vida, mas
o grande presente é a saúde”. O
Bispo Dom Carmo João Rhoden,
scj, lembrou que a Campanha da
Fraternidade está dentro de uma
“cosmovisão da Igreja” e acontece
na quaresma, que é um “tempo de
reflexão, oração, reconciliação e
transformação”.Pe. Leandro Alves de Souza apresentou a Campanha da Fraternidade 2012 na Câmara de Taubaté
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8 O LÁBAROComunicação a serviço da fé
Por Pe. Jaime Lemes
Detentor de significativa cole-ção de peças de caráter sacro dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, o Museu de Arte Sacra Dom Epaminondas – MASDE, foi inaugurado em 5 de dezembro de 2009, depois de um acordo firmado entre a Mitra Diocesana de Taubaté – representada por Dom Carmo João Rodhen, scj, Bispo Diocesano – e a prefeitura de Taubaté, no qual a Mitra con-fiaria à Fundação Dom José An-tônio do Couto a administração de seu Departamento Histórico e Museológico e que esta assu-miria a responsabilidade de cui-dar dos bens culturais da Igreja.
Entretanto, a criação de um museu de arte sacra era uma rei-vindicação da sociedade taubate-ana desde a década de 1960, épo-ca em que alguns taubateanos já moviam esforços nesse sentido. Em 23 de julho de 1969, o então prefeito Guido José Gomes Miné baixou portaria constituindo um grupo de trabalho para cuidar da documentação histórica da cida-de e tomar outras providências relativas ao zelo da memória de Taubaté. Essa comissão, que teve como membros os profes-
sores Gentil de Camargo, Maria Morgado de Abreu, Lia Caroli-na Vaz Prado Alves e Ana Lú-cia Di Lorenzo, além de José Cláudio Alves da Silva, tratou das gestões que vinham sendo realizadas junto ao Bispo Dioce-sano da época, Dom Francisco Borja do Ama-ral, em favor da criação de um museu de arte sacra e de sua instalação na Capela do Pilar em Taubaté.
Embora Dom Francisco aquies-cesse da ideia da criação do museu, era sua intenção que a instalação fos-se na Capela de Santana. Essa divergência criou um impasse e o projeto de instalação imediata foi deixado para outro momento. Em 1983, a ideia foi retomada e, em 27 de janeiro, foi firmado um Proto-colo de Intenções entre a Mitra
Diocesana de Taubaté – repre-sentada por Dom Antônio Afon-so de Miranda, Bispo Diocesano – a Fundação Nacional Pró-Me-mória e 9ª Diretoria Regional da Subsecretaria do Patrimônio
Histórico e Ar-tístico Nacio-nal – SPHAN-Pró-Memória (hoje IPHAN) e a Prefeitu-ra Municipal de Taubaté para a criação do Museu de Arte Sacra de Taubaté, a ser sediado na Ca-pela do Pilar, m o n u m e n t o tombado e sob a proteção do SPHAN.
Este Proto-colo de Inten-
ções estabelecia as competências de cada uma das partes: à Fun-dação Nacional Pró-Memória caberia a restauração do mo-numento tombado, deixando-o em condições apropriadas para o abrigo do acervo e funciona-
mento do museu; a Prefeitura Municipal de Taubaté implanta-ria o projeto, com a montagem do espaço museográfico, bem como todos os encargos admi-nistrativos do museu; a Mitra Diocesana cederia por como-dato as obras de arte sacra que comporiam o acervo do futuro museu, com a ressalva que fosse assegurada sua correta conser-vação e bom uso. Também ficou firmado que a prefeitura arcaria com todas as despesas de im-plantação da nova instituição e seria responsável pelo seu zelo e administração. Sobre esse úl-timo item, a cláusula quinta do acordo estipulava a criação de um conselho constituído por membros indicados pelos ór-gãos e entidades signatárias do protocolo, que teriam o encar-go de orientar e supervisionar as atividades do museu.
Em 1984, o padre Frederico Meirelles Ribeiro, vigário paro-quial da Catedral de São Fran-cisco, recebeu autorização do Monsenhor Evaristo Campista César, cura da Catedral, para fa-zer uma vistoria nos depósitos da mesma. Na ocasião, foram
Museu de Arte sAcrA doM ePAMinondAs reÚne iMPortAnte AcerVo culturAlInstalado desde 2009 na Praça Santa Terezinha, a instituição coloca em exposição um rico conjunto de objetos e documentos, que pode ser apreciado por toda a população
“Com o acervo formado, e contornados problemas conceituais
quanto ao projeto museográfico e à
restauração da Capela do Pilar, o Museu de
Arte Sacra de Taubaté foi solenemente
inaugurado no dia 23 de dezembro de
1985, com a exposição “Irmandades e
Capelas””
9O LÁBAROComunicação a serviço da fé
encontradas muitas imagens sacras, lustres, candelabros de bronze, talhas douradas dos oito altares laterais, livros, turíbulos, colunas e outros objetos que ha-viam sido retirados da Catedral na grande reforma iniciada em 1940. Nomeado pároco da Cate-dral em 1985, Monsenhor Irineu Batista da Silva deu continuida-de à transferência das peças, que foram retiradas do galpão onde estavam em condições precárias, e passaram por uma limpeza emergencial para que algumas fossem utilizadas na exposição “Cruzes e peitorais dos bispos Diocesanos”, evento que fazia parte das comemorações dos 75 anos da Diocese de Taubaté.
Em 12 de setembro de 1985, dando continuidade à instala-ção do Museu de Arte Sacra e, após a restauração da Capela do Pilar pela SPHAN, a prefeitura de Taubaté solicitou à Mitra Diocesana o envio das peças que constituiriam o acervo do novo museu. Em dezembro do mesmo ano, foi lavrado um Termo de Responsabilidade pelo prefeito, declarando o re-cebimento de 179 peças, entre imagens, alfaias, mobiliário e outros acessórios religiosos, cedidos pela Mitra Diocesana para o Museu de Arte Sacra.
Com o acervo formado, e con-tornados problemas conceituais quanto ao projeto museográfi-co e à restauração da Capela do Pilar, o Museu de Arte Sacra de Taubaté foi solenemente inau-gurado no dia 23 de dezembro de 1985, com a exposição “Ir-mandades e Capelas”. A par-tir de então, o Museu passou a receber outras peças, de gran-de valor e de importantíssi-ma presença, como a imagem original de Nossa Senhora do Pilar, que, em 1993, voltou a ocupar seu lugar de origem na capela à qual dá o nome.
Em 13 de agosto de 2004, o Decreto Municipal n° 10.364 determinou o tombamento de todos os bens que compõem o
acervo de obras de arte do Mu-seu de Arte Sacra de Taubaté, por se constituírem “importantes documentos do passado e como monumentos que assinalam a vida religiosa do Município de Taubaté”. Neste Decreto de Tombamento são relacionados os bens componentes do acervo do Museu – 400 peças distribuí-das em 143 itens.
Em 2005, a Mitra Diocesana, por meio da arquiteta Dra. Lívia Vierno e da restauradora Cris-tiana Cavaterra, realizou um in-ventário do acervo do Museu e foram identificadas 546 peças, distribuídas nas categorias: es-culturas, pinturas, mobiliário, têxteis, instrumentos musicais, alfaias litúrgicas, acessórios vá-rios e documentos. Na ocasião, já era objetivo da Diocese ins-talar em dependências da Mitra Diocesana um novo Museu de Arte Sacra, enriquecendo-o com outras peças ainda não perten-centes ao acervo do museu.
Em outubro de 2009, teve iní-cio a transferência do acervo depositado na Capela do Pilar para as novas instalações do Museu de Arte Sacra da Dio-cese de Taubaté. Ali, as peças, em sua maioria bastante dete-rioradas, foram higienizadas em caráter emergencial por funcionários da Mitra Dioce-sana, devidamente orientados pela restauradora e conserva-dora Cristiana Cavaterra.
Em 5 de dezembro de 2009, as novas instalações do museu, localizadas na praça de Santa Terezinha, n.º 100, foram inau-guradas. Na ocasião, Dom Car-mo João Rodhen, scj, anunciou que a instituição passaria a ser denominada “Museu de Arte Sa-cra Dom Epaminondas”, numa homenagem ao primeiro Bispo da Diocese de Taubaté. “As ima-gens que fazem parte do acervo representam um período da his-tória do ser humano na região. Não se trata de um amontoado de peças, mas de um patrimônio humano, que temos a respon-
sabilidade de conservar e re-velar”, destaca a historiadora Olga Rodrigues Nunes de Sou-za, diretora do museu.
C o n v i d a d a por Dom Car-mo, a profes-sora Olga, que atuava como historiadora da Mitra Dioce-sana, veio dar c o n t i nu i d a d e ao trabalho d e s e nvo l v i d o pela arquiteta Lívia Vierno como diretora do MASDE a partir de 2011. A professora ressalta que os desa-fios do museu se apresentam, principalmente, em duas frentes: a primeira no que tange à expo-sição das peças em rotatividade, mantendo-se uma reserva técni-ca e renovando-se em diferentes temáticas para apreciação do público. Isso requer um levanta-mento diário de informações so-bre o acervo, desde seus registros iniciais a até mesmo novas des-cobertas e significados de peças, documentos e objetos que o com-põem. Num segundo aspecto, os desafios estão na infraestrutura necessária para a conservação deste acervo, no que diz respeito à manutenção dos níveis de umi-dade, luminosidade e climatiza-ção adequadas, bem como o res-tauro e a limpeza das peças. “A média de idade das imagens, por exemplo, são 300 anos. Elas são muito frágeis”, salienta a profes-sora Olga, destacando a imagem de Nossa Senhora do Bom Su-cesso, esculpida em madeira no século 17 e com 92 cm de altura, que apresenta o interior escava-do. Tal artifício era usado para manter a estabilidade da estátua, mas também representa um legí-timo exemplar de imagem utili-zada como “santo do pau oco”,
usado à época dos Bandeirantes para o transporte oculto do ouro obtido nos desbravamentos.
Para favorecer os trabalhos de manutenção e de restauro do acervo do museu, a Fundação Dom José Antônio do Couto formalizou uma parceria com o Senai – Serviço Nacional da Indústria e está oferecendo, desde 2010, um curso gratuito de “Conservação e consolidação em escultura de madeira policromada”, oferecido em módulos que contemplam a prática do restauro em diferentes momentos. “Percebeu-se a necessidade de revitalização do museu e pensou-se um curso que promovesse a dignidade humana, o resgate cultural da arte e a inclusão social”, frisa Lilian Maria Costa Mansur Andrade, diretora executiva da Fundação. Trata-se do único museu no Estado de São Paulo que mantém uma escola de restauração, e o jornal O Lábaro vai contar um pouco mais sobre isso na próxima edição.
O Museu de Arte Sacra Dom Epaminondas funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h, com visitas monito-radas. Grupos de até 15 pessoas podem agendar a visitação pelo tel.: (12) 3632-2855.
Professora Olga Rodrigues, historiadora da Mitra Diocesana de Taubaté e responsável pelo Museu de Arte Sacra Dom Epaminondas
Foto
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reire
10 O LÁBAROComunicação a serviço da fé
No primeiro dia de março desse
ano, o Seminário Teológico Cura
D’Ars completou 10 anos de existên-
cia, a serviço da formação sacerdotal.
A comemoração foi modesta, como
pede o tempo quaresmal. Uma cele-
bração na Capela do Seminário, reu-
nindo os seminaristas da teologia, da
filosofia e do propedêutico, foi presi-
dida por Dom Carmo e concelebra-
da por Dom Antonio, pelos reitores e
alguns outros sacerdotes. Depois, um
jantar foi servido no refeitório da casa.
Na homilia, o nosso Bispo Dio-
cesano destacou a importância do
seminário como casa de formação
dos futuros sacerdotes em sua integri-
dade. A formação sacerdotal não se
pode resumir tão somente à dimen-
são intelectual. Ele salientou a impor-
tância da oração
como fundamen-
to daquele neces-
sário conhecimen-
to pessoal de Jesus
Cristo, base da es-
piritualidade cris-
tã e ponto central
na espiritualidade
sacerdotal. Esse
princípio, aliás,
está salientado
no Documento
de Aparecida (cf. n. 289) e recorda-
do nas novas Diretrizes Gerais da
CNBB (cf. n. 40). Dom Carmo insis-
tia que conhecer o Cristo não pode
ser apenas de oitiva, nem representar
um mero esforço intelectual a partir
da leitura de livros acadêmicos. O
verdadeiro conhecimento de Jesus
Cristo acontecerá na oração, enten-
dida como encontro pessoal e ínti-
mo com o Senhor. Nesse sentido, o
bispo definiu o seminário como casa
de oração, local de encontro com o
Cristo na busca de se aprofundar o
seu conhecimento e amizade.
Fui o primeiro reitor desse seminá-
rio teológico. Essa casa de formação
nasceu para atender aos apelos das
diretrizes para a formação sacerdo-
tal, conforme ditada pela CNBB,
o seminário diocesano é casa de oração
REFLEXÃO
Pe. Silvio Dias*
traduzindo as normas da Igreja para
essa importante tarefa, conforme são
prescritas na Ratio Fundamentalis.
Segundo esses documentos, a for-
mação seminarística deve contem-
plar a integridade da pessoa huma-
na, dispensando-se um tratamento
pessoal ao formando. Além disso, o
seminário deve ser uma continuação
do que o seminarista já vivia antes de
seu ingresso na formação sacerdotal,
ou seja, deve significar um aprofun-
damento no discipulado de Cristo.
Com efeito, os documentos sobre a
formação fazem uma analogia en-
tre o grupo formado por Jesus com
os apóstolos e a formação sacerdotal
no seminário. Nesse contexto, é justa
a exortação de nosso bispo, pedin-
do aos seminaristas buscarem, na
sua formação, por
meio da oração
assídua e perseve-
rante, um encon-
tro pessoal e ín-
timo com Jesus.
Está claro que a
espiritualidade
do seminarista
representará, nas
várias fases de
formação para o
sacerdócio, uma
continuação e não ruptura na vida
espiritual; um aprofundamento e
não um início no discipulado.
Cumprimento os atuais forma-
dores por seus esforços e dedicação.
Faço votos que o Seminário Cura
D’Ars seja de fato, uma casa que
promova o encontro pessoal com o
Senhor, cultivando uma íntima ami-
zade com Jesus. Rezo ainda, que essa
casa promova aquela tão esperada
fraternidade cristã e amizade funda-
mentais no bom relacionamento dos
futuros presbíteros a serviço da Dio-
cese de Taubaté. Aos seminaristas,
peço a Deus dedicação e perseve-
rança em sua vocação. Que Deus
abençoe o Seminário Diocesano
Cura D’Ars.
Messi ou Neymar? Dias depois
de o argentino ter metido cinco gols
no Bayer Leverkusen e o artilheiro
santista ter desenhado mais duas de
suas antológicas obras de arte na tela
de Vila Belmiro, a imprensa se assa-
nha toda para discutir qual dos dois
deverá vir a ser o sucessor de Pelé.
O que parece uma simples ques-
tão desportiva ganha contornos
de embate filosófico nos progra-
mas de TV, com o apresentador do
programa tentando explicar em
slow-motion cada passo do drible
quilométrico que acabou em gol,
ou do toque sutil que encobriu o
goleiro depois do meia driblar três
ou quatro alemães.
Enquanto isso, uma senhora guer-
reira, de nome Eliana Calmon, en-
frenta cobras criadas do Judiciário
federal, numa luta insana para colo-
car em transparência as maracutaias
de juízes e desembargadores que ela
própria classifica como “vagabun-
dos” e “assaltantes” dos cofres dos
tribunais. Quem, por acaso, sabe
dos perrengues por que passa Eliana
Calmon, ameaçada pelos lobos de
toga que querem fazer dela um pica-
dinho ao molho preto?
Enquanto Messi balançava por cin-
co vezes a rede alemã, o Congresso
Nacional discutia – e acabou por em-
purrar a discussão ainda mais para a
frente – projetos como a Lei da Copa,
o novo Código Florestal e a reforma
do Código Penal, estes dois para as
calendas provavelmente pós-Copa.
Será que alguém discutiu se a
derrota imposta ao governo pela
base aliada, na mesma tarde-noite
em que Neymar marcava mais de
um dos seus gols antológicos, tem
algum efeito no nosso dia a dia,
no nosso bolso, no preço do fei-
jão ou nas mensalidades escolares
que elitizaram o estudo universi-
tário no Brasil?
Ou que a Taxa Selic baixou dos
dois dígitos poucos dias depois que o
IBGE divulgou que o crescimento da
economia brasileira não foi o espera-
do em 2011 e destoou do comporta-
Messi ou neymar? ou... você?
DE OLHO NA REALIDADE
Henrique Faria*
mento dos outros países emergentes?
Países emergentes? Quais são? Taxa
Selic? O que é isso? É de comer?
No entanto, oito em cada dez bra-
sileiros conhece a linguagem do fu-
tebol, sabe onde o seu time acertou e
errou, é capaz de crucificar o técnico
pelos erros na escalação ou na subs-
tituição dos jogadores.
Os outros vinte por cento são os
que já ouviram falar na Eliana Cal-
mon ou sabem que ela é corregedora
nacional de Justiça; que a Taxa Selic
baixou os juros para 9,75% e o que
representa isso no mercado consumi-
dor, mas que nem por isso entendem
as complicadas teorias economicis-
tas que colocam o Sistema Bancário
sempre na posição de opressor e car-
rasco da sociedade brasileira.
Desculpe-nos, querido leitor, se
tomo o seu tempo e não falo nada.
Mas se for por falta de assunto, devo
lembrar que este ano é ano de elei-
ção, e que os políticos terão assunto
de sobra para enrolar novamente o
eleitor. Pode ter certeza, eles só não
vão falar de futebol. Para eles, pou-
ca importância terá se o melhor do
mundo é mesmo Messi ou se po-
derá ser o Neymar. A pessoa mais
importante para eles é você que,
com certeza, se não souber o que
vem acontecendo no Judiciário,
no Congresso ou no Planalto, será
presa fácil para eles marcarem mais
um gol de placa e emplacarem mais
quatro anos de corrupção, pouca-
vergonha, educação precária, saú-
de indigna, segurança pífia. Eles
buscam os oito entre dez brasileiros
que constituem a grande massa de
analfabetos políticos, responsáveis
pelos nossos “príncipes provincia-
nos”, que debocham da nossa igno-
rância política depois de eleitos.
Enquanto não decidimos se entre
Messi ou Neymar qual é o melhor,
que tal transformarmos os nossos
assuntos corriqueiros em assuntos
mais edificantes, que possam educar
os nossos interlocutores para a cida-
dania e a responsabilidade cívica?*Pe. Silvio Dias é pároco da Paróquia Nossa Senhora d’Ajuda em Caçapava-SP
*Henrique Faria é colaborador leigo e responsável por esta coluna
“A formação seminarística
deve contemplar a integridade da pessoa humana,
dispensando-se um tratamento pessoal
ao formando.”
11O LÁBAROComunicação a serviço da fé
Posição das mãos nas celebrações litúrgicas
CATEDRAL
Mons. Marco Eduardo Jacob Silva*
O ponto V do capítulo IV do
Cerimonial dos Bispos trata es-
pecificamente do assunto com
que nomeamos a nossa cola-
boração deste mês. A partir
do número 104, o cerimonial
dedica-se a abordar as diversas
posições das mãos nas celebra-
ções litúrgicas do rito romano
e dar, ainda que brevemente, o
seu sentido litúrgico e teológico.
Basicamente, as posições das
mãos são: mãos erguidas e es-
tendidas, mãos estendidas sobre
os objetos e pessoas e junção das
mãos. Como o cerimonial se de-
dica à liturgia episcopal, abor-
da estes gestos em relação ao
Bispo, especificamente, mas, no
contexto de cerimonial da Igreja,
nos serve como subsídio para a li-
turgia da Igreja, em geral.
O gesto de erguer e estender
as mãos indica na remotíssima
tradição litúrgica do Ociden-
te, que encontra origens já no
costume judaico, a elevação da
oração a Deus (n.104). O esten-
der as mãos, sobretudo sobre
o povo, evoca a benção, sendo
prescrito, igualmente, na epicle-
se sobre as oferendas do pão e
do vinho, e nos outros momen-
tos requeridos em cada um dos
sacramentos e nos gestos sacra-
mentais.
O número 107 do cerimonial
orienta que, nas celebrações li-
túrgicas, tanto para aqueles pa-
ramentados quanto aqueles que
assistem à celebração no presbi-
tério devem, sempre que estão
com as mãos livres, trazê-las
juntas, tanto caminhando quan-
to parado de pé. Quando sen-
tados, durante as celebrações
litúrgicas, recomenda-se que
aqueles que se encontrem no
presbitério repousem as palmas
das mãos sobre o joelho.
Uma outra orientação, reco-
brada a partir do nº 108, infor-
ma que, ao abençoar ou fazer
sobre si o sinal da Cruz, bem
como em outros gestos litúrgi-
cos em que se utilize a mão di-
reita, a esquerda repousa sobre
o peito. Ao abençoar as ofertas,
bem como ao depor o incenso
no turíbulo, a mão esquerda re-
pousa sobre o altar, salvo indi-
cação contrária.
Os gestos utilizados na litur-
gia evocam, assim, o sentido
profundo da oração que a Igre-
ja eleva ao Pai, através de Jesus
Cristo, na presença do Espírito
Santo em nós. Ao conhecermos
esse sentido, certamente usu-
fruiremos com maior proprie-
dade da grande riqueza que é a
oração da Igreja.
*Mons. Marco Eduardo Jacob Silva é Pároco e Mestre de Cerimônias da Igreja Catedral
Cúria Diocesana – Doc. 109/2012.
DOM CARMO JOÃO RHODEN - SCJ por mercê de Deus e da Sé Apostólica
Bispo de Taubaté
NORMAS PARA O CLERO PERANTE AS ELEIÇÕES DE 2012
Aos que estas virem, saudação, paz e bênção no Senhor!
“Não podemos esquecer que a maior pobreza é a de não reconhecer a presença do mistério de Deus e do seu amor na vida do homem, amor que é o único que verdadeiramente salva e liberta”. (DAp. nº 405)
Atendendo determinação do Sr. Bispo Diocesano: Dom Carmo João Rhoden - SCJ, o Secretariado Diocesano de Pastoral elaborou algumas determinações, tendo em vista as próximas eleições. Definidas, Sua Excia. as leu e as sancionou, bem como nos ordenou que as publicássemos. É o que fazemos a seguir. A Diocese de Taubaté, na sua missão de evangelizar e orientar o povo de Deus, promulga determinações para o Clero, tendo em vista as Eleições de 2012, nas quais, no exercício do direito e dever de votar conscientemente, estaremos elegendo os senhores prefeitos de nossas cidades e vereadores.
Diante disso, definimos e explicitamos o que segue: 1 – A Igreja, Católica Apostólica Romana, presente na Diocese de Taubaté, à luz do Magistério da Igreja e da Doutrina Social, não sendo partidária não apoia e nem rejeita nenhum candidato. Todos os bons candidatos têm a sua aprovação... Os maus, a sua reprovação. 2 – Ficam os presbíteros e diáconos transitórios expressamente proibidos de vincularem sua imagem a qualquer tipo de campanha eleitoral dos vários candidatos, a saber, panfletos, outdoor, programas de rádio e TV. A desobediência implicará nas penas canônicas previstas. 3 – Os diáconos permanentes, conforme o Cân. 288, não estão proibidos de assumir cargos públicos que implicam participação no poder civil. 4 – Membro do Clero, ao lançar oficialmente a sua candidatura, fica vetado de presidir os sacramentos naquele Município em que ele se propõe como candidato, salvas as exceções previstas no Código de Direito Canônico (Cân. 976), pois no ensinamento da Igreja a atividade político - partidária é missão do laicato. 5 – Os leigos católicos que se sentirem chamados a exercerem a nobre arte da política devem se preparar, cuidadosamente, para tal missão, escolhendo um partido político cujos objetivos e propostas mais se coadunem com as proposições da Igreja. Então devem ser apoiados pelos demais leigos da comunidade e paróquia, em sua busca pelo bem comum.
Cúria Diocesana – Doc. 109/2012.
6 – Os membros do Clero e Ministros que, por ventura, estejam à frente de Comunidades não devem permitir que mesmo candidatos leigos católicos se utilizem dos espaços das celebrações para propaganda partidária ou pessoal. 7 – Repudiamos veementemente o comportamento dos candidatos que oferecem favores e outros benefícios às comunidades e grupos como forma de promoção pessoal e política, pois configura prática de corrupção eleitoral, já contemplada em Lei específica. Portanto, chamamos a atenção dos membros do Clero para que rejeitem favores e benesses de candidatos, quer para uso pessoal quer de comunidades, tais como prendas para festas, produção de cartazes e programas, empréstimo de carros ou equipamentos de som etc, que servem de moeda de troca pelo apoio da comunidade, configurando crime eleitoral de compra de votos. 8 – Não são proibidos debates em Salões Paroquiais, desde que todos os candidatos usufruam das mesmas condições.
Seja este período de eleições um tempo privilegiado para exercer a cidadania verdadeiramente cristã, voltada para os valores éticos e de promoção do bem comum.
Dada e passada na Cúria Diocesana de Taubaté, aos 14 de março de 2012, sob o Nosso
Sinal e Selo de Nossas Armas.
E eu, _____________________________________________, (Mons. Irineu Batista da Silva), Chanceler do Bispado, a subscrevi. Visto: ___________________________________ __________________________________ † DOM CARMO JOÃO RHODEN SCJ PE. KLEBER RODRIGUES DA SILVA BISPO DIOCESANO DE TAUBATÉ COORD. DIOCESANO DE PASTORAL
DECRETO II
12 O LÁBAROComunicação a serviço da fé
compensa. Este é o sentido bí-blico empregado especialmente no Pentateuco, nos Salmos e em Isaías. No mundo profano significava o anúncio de nasci-mento ou da ascensão ao trono do novo imperador. O sentido bíblico foi logo assumido pelo NT, sobretudo por Paulo, que o emprega como substantivo (60 vezes sobre os 76 do NT) e verbo (21 vezes sobre os 28 do NT). Em linhas gerais, para o NT trata-se, sempre, do anún-cio da salvação em Cristo, ofe-recido por Deus.
Rigorosamente, Mc é o único dos quatro evangelistas a de-nominar seu escrito de “Evan-gelho” que significa “Boa No-tícia”, do grego: εὐ (eu), boa + ἀγγέλιον (anghélion), notí-cia = εủαγγέλιον. O sentido mais notório é o da proclama-ção da Boa Notícia de Jesus e sobre Jesus. Embora haja boas notícias ao longo de todo livro sagrado, a máxima e mais feliz expressão desse gênero literário são o testemunho de fé e amor a Jesus. Mc foi escrito em gre-go popular (κοινή , koiné = co-mum), com influências semitas, em consequência das fontes pa-lestinenses que usa. Na verda-de, como gosta de dizer Carlos Mesters, tudo leva a crer que o livro foi feito em mutirão, a que
o evangelho de Marcos
E A PALAVRA SE FEZ CARNE...
Pe. Mariano, scj*
um discípulo que pode ter sido o próprio Marcos deu redação final.
REFLEXÃO SOBRE AT 12,12-17Se no mês passado nos va-
lemos de Mc 14,51-52 para conhecer o autor do segundo Evangelho, ago-ra vamos recor-rer a At 12,12-17 para, daí, de-duzir algumas informações so-bre Marcos. Por favor, leia este texto... Lembre-mos que, por esta época, os cristãos ainda participavam das celebrações e da vida dos judeus. Eram con-siderados como um grupo den-tro do judaísmo. Ao mesmo tempo, porém, faziam seus en-contros e celebrações próprias, normalmente numa casa de fa-mília, suficientemente grande para acolher os irmãos. Assim, a comunidade de Jerusalém reunia-se em casa de Dona Ma-ria, mãe de João Marcos. Pode-se imaginar que durante as per-seguições e primeiras missões, o jovem Marcos ficava impres-sionado com o heroísmo dos apóstolos e alimentava o desejo de unir-se a eles para anunciar Jesus.
A ocasião propícia se deu quando o primo Barnabé co-municou que partiria em mis-são, juntamente com o extraor-dinário Saulo/Paulo. Marcos não perdeu tempo e pediu au-torização para acompanhar os dois missionários. No começo, enquanto tudo era novidade, as coisas iam bem. Mas quan-do as dificuldades surgiram e as perseguições aumentaram, o Marquinhos não aguentou. Fi-cou com saudades da mamãe e voltou a Jerusalém (At 13,13).
Depois do retorno de Paulo e Barnabé, quando estavam para começar a segunda viagem mis-sionária, Marcos apresentou-se para voltar a integrar o grupo de missionários. Barnabé gostou da idéia, mas Paulo não con-cordou. Por isso os dois gran-
des missionários se desentende-ram e tomaram caminhos dife-rentes (veja At 15,36-40). Mar-cos acompanhou o primo Barna-bé na missão de Chipre. Como
já nos é sabido, quando Paulo e Pedro evangelizaram Roma, Marcos voltou a estar com eles e, da capital do Império, escre-veu o que veio a ser o mais an-tigo dos Evangelhos canônicos.
*Pe. Mariano, scj é doutor em Teologia, Mestre em Bília e Provincial da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Provincia Brasil Central)
A comunidade de Roma (onde Marcos vivia) e o cris-tianismo palestinense (que ele bem conhecia), passavam por sérias turbulências na época da redação final de Mc. Tiago, lí-der da comunidade de Jerusa-lém, fora martirizado em 62, e os romanos cercavam Jeru-salém, prestes a arrasá-la, no ano de 70. No recrudescimento da perseguição de Nero, con-tra os cristãos em Roma (65-67), foram martirizados muitos cristãos, entre os quais os dois grandes líderes, Pedro e Paulo.
As incertezas eram grandes e os problemas muitos. Espera-va-se o imediato retorno de Je-sus (Mc 9,1), o que justificava acentuado desprendimento (cf. Mc 1,17; 2,14-15; 3,13; 6,8-9; 10,21). Em tal contexto, o au-tor estaria instruindo a comuni-dade para saber Quem é Jesus e Como ser discípulo de Jesus, a partir dos gestos e palavras do Mestre, espalhados em vários documentos. Estes documentos de que Mc se valeu para escre-ver sua obra são, hoje, desco-nhecidos. Dessa forma, surgiu um jeito inédito de evangelizar, inaugurado por João Marcos, sob o título de “Evangelho”.
Evangelho significa “Boa Notícia”, que traz esperança, ação de graças, sacrifício ou re-
leiturAs dos doMinGos de MArço
Dia 04 - Gn 22,11 1-2.9a. / Sl 115 (116) Rm 2, 31b-34 / Mc 9,2-10
Dia 11 - Êx 20,1-3.7-8.12-17 / Sl 18 (19) 1Cor / Jo 2,13-25
Dia 18 - (2Cr 36,14-16.19-23 / Sl 136 (137) Ef 2,4-10 / Jo 3,14-21
Dia 25 - Jr 31,31-34 / Sl 50 (51) Hb 5,7-9 / Jo 12,20-33
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“ Evangelho significa “Boa
Notícia”, que traz esperança, ação de
graças, sacrifício ou recompensa”
13O LÁBAROComunicação a serviço da fé
Olga Óculos,20 anos, escrevemos juntos esta história!!!
www.olgaoculos.com.brTAUBATÉ - LOJA 1R: Jacques Félix, 601 - CentroTels.: (012) 3632-2979 / 3632-2993
TAUBATÉ - LOJA 2R: Visconde do Rio Branco, 345Centro - Tel.: (012) 3633-1242
PINDAMONHANGABARua dos Andradas, 330 - CentroTel.: (012) 3642-2873
CAMPOS DO JORDÃOR: Frei Orestes Girardi, 785Vila Abernéssia - Tel.: (012) 3662-5708
LITURGIA
Um dia, na Sinagoga de Naza-ré, alguém se levantou no meio da assembleia para fazer a leitura. Era Jesus. Deram-lhe o livro do profe-ta Isaías. Ele abriu-o e encontrou a passagem da Escritura onde estava escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim...” Depois, fechou o li-vro, devolveu-o ao encarregado e sentou-se” (Lc 4,16-20). Continuam ser esses os gestos dos leitores hoje: estar na assembleia, levantar-se, abrir o livro, fazer a leitura e sentar-se. Não falta sequer o cumprimento da palavra de Isaías, dado que, por detrás do leitor que proclama o tex-to, é o Espírito Santo que fala.
Tal é o mistério e a grandeza do ministério litúrgico do Leitor: per-mitir que o Espírito do Senhor fale por meio dele e fale antes de tudo a ele, lendo em sua vida a Palavra que irá anunciar aos seus irmãos.
O bom Leitor é aquele que se tor-na o primeiro a deixar-se converter por aquilo que lê. Durante a leitura, ele recorda em seu coração a reali-dade vivida pela Palavra que seus lá-
leitor, porta-voz do senhorPe. Roger Matheus dos Santos*
bios pronunciam. Santo Agostinho nos dá um exemplo, ao comentar o versículo de um salmo: “‘Meus Deus, salvai-me do pecador, do homem iníquo e violento’. Seja quem for que procla-me este versículo não pode deixar de pensar nas suas próprias expe-riências. Quer ouça es-tas palavras da boca do Leitor, quer as pronun-cie ele mesmo, pensa nos pequenos aconteci-mentos de sua vida pes-soal, de tal inimigo, em tal outro que o queria maltratar, ou ainda ou-tro que redigiu contra si um documento difama-tório.
Por isso, podemos vê-lo proclamar com emo-ção. A fisionomia de
quem lê adapta-se ao texto lido, e, por vezes, até vemos lágrimas a cor-rer-lhe pela face abaixo. Suspira a cada palavra, e, para quem se deixa levar por aparências, este homem parece entregar-se verdadeiramente e por inteiro à Palavra do Senhor: vede como suspira, como suspira profundamente! Põe-se a procla-mar com toda força, com toda a alma, a proclamar com a voz, com o rosto, do fundo do seu coração: ‘Meu Deus, salvai-me do pecador, do homem iníquo e violento’. E, ao dizer isto, vai pensando em seu pró-prio inimigo, e vai experimentando a proteção do Altíssimo”.
Um outro exemplo de como a Palavra de Deus é viva e eficaz por si mesma, mas dependente do envolvimento existencial do leitor com a Palavra que irá proclamar, encontramos em Neemias 8, 1-10:
“Todo o povo se reuniu então, como um só homem, na praça que ficava diante da porta da Água, e pediu a Esdras, o escriba (Leitor),
que trouxesse o livro da Lei de Moi-sés, que o Senhor havia prescrito a Israel. Esdras trouxe o livro diante da assembléia de homens, mulhe-res e de todos que fossem capazes de compreender. Esdras fez então a leitura da lei desde a manhã até o meio-dia; todos escutavam aten-tamente a leitura. Esdras subiu ao es-trado que haviam construído para a ocasião, abriu o li-vro à vista de todo o povo; ele estava, com efeito, elevado acima da multidão. Quando o Leitor abriu o livro, todo o povo levantou-se. Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus; ao que todo o povo respondeu, levantando as mãos: Amém! Amém! Depois in-clinaram-se e prostraram-se diante do Senhor com a face por terra. De-pois o governador Neemias, Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo, disseram a toda a multidão: Este é um dia de festa consagrado ao Senhor, nosso Deus; não haja nem aflição, nem lágrimas.
Porque todos choravam ao ouvir as palavras da lei. Neemias disse-lhes: Ide para as vossas casas, fazei um bom jantar, tomai bebidas doces, e reparti com aqueles que nada têm pronto; porque este dia é um dia de festa consagrado ao nosso Senhor;
não haja tristeza, porque a alegria do Senhor será a vossa força”.
Por tudo que foi apresentado, cada comunidade há de procurar as pesso-as com mais capa-cidade para ler e diligentemente pre-pará-las para este ministério. Técnica vocal, dicção cor-reta, adequada en-tonação para cada momento da leitu-
ra são imprescindíveis. Todavia, os fiéis desenvolverão no seu co-ração um afeto vivo pelas Sagra-das Escrituras – e mais, pelo pró-prio Senhor que a eles fala – se não faltar aos Leitores a experi-ência do mistério que anunciarão nas santas assembleias.
*Pe. Roger Matheus dos Santos é assessor de liturgia da Diocese de Taubaté
“ O bom Leitor é aquele que se
torna o primeiro a deixar-se converter por aquilo que lê. Durante a leitura,
ele recorda em seu coração a
realidade vivida pela Palavra
que seus lábios pronunciam”
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14 O LÁBAROComunicação a serviço da fé
O nome não podia ser mais su-gestivo: Salão dos Passos Perdi-dos. “Tenebroso”, comentei com José Roberto, que me acompa-nhou no início da tarde de 24 de fevereiro, até o local aonde come-çaram a aglomerar pessoas para a audiência pública que iria debater o anteprojeto da reforma do Có-digo Penal, que o relator ministro Gilson Dipp entregará ao Senado Federal, em 31 de maio próximo. Sentamos na 6ª fileira e ficamos aguardando. Aos poucos, o impo-nente salão foi se enchendo de ad-vogados, estudantes, profissionais liberais, funcionários públicos, professores, magistrados, autori-dades públicas, etc. E as feminis-tas, muitas delas, por toda a parte. De 100 inscritos, apenas 5 se posi-cionaram em defesa da vida.
Todos os que se pronunciaram – a esmagadora maioria dos pre-sentes – estavam afinados com o discurso abortista. Foi um mas-sacre, uma avalanche implacável. Todos os argumentos abortistas foram discorridos. Cada inscrito tinha teoricamente 3 minutos para expor seu pensamento. Como a imensa maioria era de represen-tantes de OnGs abortistas, cada uma delas (porque eram sempre as feministas que faziam uso da palavra) falavam três, quatro, cin-co, e até dez minutos cada, benefi-ciadas pela generosidade da mesa condutora da audiência pública.
A audiência pública foi uma overdose de apologia ao aborto como direito da mulher. A cada fala de uma delas, ouvia-se ressoar por todo o salão: “Bravo! Bravo! Viva!”, como num espetáculo de ópera. Foi quando então, depois de muitas intervenções, o relator proferiu o meu nome, dando-me o uso da palavra. Afinal, eu esta-va inscrito e ele mesmo dissera no começo da audiência pública, que todos os que se inscreveram teria o direito de se pronunciar, no tem-po de 3 minutos.
Assim que peguei o microfone,
disse aos presentes de que depois de tantas exposições, enfim, teria de apresentar um posicionamen-to divergente. Ao que veio a pri-meira vaia. “Mas, graças a Deus, estamos numa democracia! Não é assim Sr. ministro?”, pois ouvi-mos todos eles, fiz o apelo para que respeitassem a nossa posição, em nome daquilo que eles tanto dizem apreciar: a liberdade de ex-pressão. Feito o pequeno preâm-bulo e novamente em silêncio o plenário, tirei do meu paletó um bebê de 10 semanas, de gesso, e o ergui para a visão de todos ali presentes, indagando: “Quem de-fenderá o indefeso?”
Emergiu então por todo o sa-lão uma imensa vaia, algumas feministas, em estado de histeria, pediam: “Abaixo o feto!”, e hou-ve um início de tumulto porque elas queriam nos impedir de en-tregar o bebê de 10 semanas ao relator do anteprojeto do Código Penal. Quando entreguei o feto nas mãos dele, prossegui: “Gos-taria que Vossa Excelência visse o rosto dele, como já com 10 sema-nas o bebê já tem um rosto, uma identidade. Já é um ser humano.” E reforcei dizendo: “A vida deve ser protegida, amada e valorizada desde o seu início, na concepção, para que a proteção da vida seja de modo integral, para o bem de toda pessoa humana!” E desta-quei com ênfase: “O direito à vida é o primeiro e o principal de todos os direitos humanos”, pois “colo-car o direito ao aborto no catálogo dos direitos humanos seria contra-dizer o direito natural à vida, que ocupa um dos postos mais impor-tantes em tal catálogo e é um dos direitos fundamentais”.
Ressaltei a constatação cien-tífica do início da vida humana. Meu pronunciamento, portanto, foi a de ser voz aos que não tem voz nem vez, aos que hoje estão sendo inteiramente desprezados e vítimas da pior de todas as violên-cias, por aqueles que deveriam ser
Quem defenderá o indefeso?
ESPECIAL
Cleber Santos Jr.*
os primeiros a tutelá-los. Não foi possível então conti-
nuar a minha fala, porque esgo-taram-se os três minutos exatos concedidos, enquanto que outras feministas tiveram tempo muito maior para repetir à exaustão de que é preciso descriminalizar o aborto, não aceitando de modo al-gum o dado científico do início da vida humana com a fecundação, muito menos ainda qualquer re-corrência de justificativa religiosa. “Chega de Deus!”, vociferou uma delas, com os punhos erguidos e olhos esbugalhados. O ambien-te ficou cada vez mais carregado de olhares raivosos e sentimentos hostis à defesa da vida, quando finalmente uma mulher pró-vida pode se manifestar. De modo se-reno e seguro, Lorena Leandro expôs as consequências danosas do aborto para a mulher, enquan-to iradas, as feministas vaiavam com mais força. Também foram poucos três minutos.
Para ela, o que houve naquele Salão dos Passos Perdidos, foi “o triste espetáculo da velha la-dainha sobre liberdade feminina. Não que as feministas não pos-sam se superar. Houve indigna-ção porque a mulher grávida é chamada de gestante. Teve até defesa do infanticídio, e tudo isso temperado pela tão famige-rada comparação: se não pode-mos abortar, então não comamos ovo, que estamos a matar o filho da galinha!” De fato, “ovo não é galinha”, foi o que gritou uma das feministas para justificar que o embrião humano nada mais é que um amontoado de células.
Mais duas vozes pró-vida se manifestaram: o Cel. Jairo Paes de Lira, ex-deputado federal, tam-bém vaiado pelas feministas, mas que se manteve firme em sua po-sição. E também se pronunciou com ardor pró-vida, o advogado, Dr. Hugo Barroso Uelze, afirman-do que “o anteprojeto do Código Penal é inconstitucional no que
diz respeito ao aborto, porque a inviolabilidade do direito à vida é um conceito magno [art. 5º, ca-put e § 2º c./c. art. 60, § 4º, inciso IV da Constituição Federal (CF)] e que, por isso, não pode ser re-duzido pelas definições legais – e, dentre elas, aquelas constantes do Código Penal ou de seu respectivo anteprojeto”. Enfim, tivemos ou-tra voz feminina pró-vida: Adelice Godoy, de Campinas, que ainda em tempo destacou que a maioria do povo brasileiro é pela vida e contra o aborto.
A questão do aborto é ponta do iceberg. A estratégia de despenali-zar o aborto em casos de anence-falia, é apenas o primeiro passo, para depois, num movimento crescente, chegar a sua com-pleta legalização, até o 9º mês. Numa hora como esta, como cristãos, não podemos nos omi-tir, nem nos calar. É sinal de bem-aventurança defender a causa do Reino até mesmo nos tribunais, diante dos poderosos. Ao sair da audiência pública, lembrei-me de que “Herodes foi ardiloso” em sua decisão de massacrar “todas as crian-ças”. E que os primeiríssimos perseguidos foram os inocentes, como hoje são martirizados os fecundados e não nascidos, na tortura e crueldade mais atroz, no holocausto silencioso, a vi-timar milhares de seres huma-nos, em todo o mundo. Por isso, por saber a quem defendemos e o que defendemos, continuare-mos a militar em favor da vida, sendo voz dos que não tem voz nem vez, dos que estão impedi-dos do direito à vida, o primeiro e principal de todos os direitos humanos, motivado portanto por quem nos une e nos dá for-ça: “para que todos tenham vida e a tenham em abundância!” (Jo 10, 10).*Hermes Rodrigues Nery é coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté
15O LÁBAROComunicação a serviço da fé
DIOCESE DE TAUBATÉ
expediente
decanatos / decanos / Paróquias / PárocosDECANATO TAUBATÉ I - Decano: Mons. Marco Eduardo -------------- 3632-3316Catedral de São Francisco das Chagas – Mons. Marco Eduardo 3632-3316Nossa Senhora do Rosário (Santuário Sta. Teresinha) – Mons. José Eugênio 3632-2479São José Operário – Pe. Luís Lobato 3633-2388Santo Antônio de Lisboa – Côn. Elair Ferreira 3608-4908São Pedro Apóstolo – Pe. Fábio Modesto 3633-5906Nossa Senhora do Belém – Pe. Valter Galvão 3621-5170São Vicente de Paulo – Pe. Éderson Rodrigues 3621-8145
DECANATO TAUBATÉ II - Decano: Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864Sagrada Família – Pe. Arcemírio, msj 3681-1456Santa Luzia – Pe. Ethewaldo Júnior 3632-5614do Menino Jesus – Pe. Vicente, msj 3681-4334Nossa Senhora Mãe da Igreja – Pe. Emerson Ruiz, scj 3411-7424Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) – Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864São Sebastião – Pe. Rodrigo Natal 3629-4535
DECANATO TAUBATÉ III – Decano: Pe. José Vicente 3672-1102Santíssima Trindade – Côn. Paulo César 3621-3267Sagrado Coração de Jesus – Pe. Carlos, scj 3621-4440Senhor Bom Jesus (Basílica de Tremembé) – Pe. José Vicente 3672-1102São José (Jd. Santana-Tremembé) – Pe. Alan Rudz 3672-3836Espírito Santo – Pe. Antônio Barbosa, scj 3602-1250
DECANATO CAÇAPAVA – Decano: Pe. Sílvio Dias 3652-2052Nossa Senhora D’Ajuda (Igreja São João Batista) – Sílvio Dias 3652-2052Santo Antônio de Pádua – Pe. Décio Luiz 3652-6825Nossa Senhora da Boa Esperança – Côn. José Luciano 3652-1832São Pio X (Igreja de São Benedito) – Frei Deonir Antônio, OFMConv 3653-1404Menino Jesus – Pe. Luiz Carlos 3653-5903Nossa Senhora das Dores (Jambeiro) – Pe. Gracimar Cardoso 3978-1165
DECANATO PINDAMONHANGABA – Decano: Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Bom Sucesso – Côn. Luiz Carlos 3642-2605Nossa Senhora da Assunção (Igreja de São Benedito) – Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Rosário de Fátima – Côn. Francisco 3642-7035São Miguel Arcanjo (Araretama) – Pe. João Miguel 3642-6977São Benedito (Moreira César) - Pe. José Júlio 3641-1928São Vicente de Paulo (Moreira César) - Côn. Geraldo 3637-1981São Cristóvão (Cidade Nova-Km 90 da Dutra) – Pe. Sebastião Moreira, ocs 3648-1336
DECANATO SERRA DO MAR – Decano: Côn. Amâncio 3676-1228Santa Cruz (Redenção da Serra) – Côn. Amâncio 3676-1228Nossa Senhora da Natividade (Natividade da Serra) – Côn. Joaquim 3677-1110Nossa Sra da Conceição (Bairro Alto-Natividade da Serra) – Pe. Antônio Cláudio 3677-1110São Luís de Tolosa (São Luiz do Paraitinga) – Pe. Edson Rodrigues 3671-1848
DECANATO SERRA DA MANTIQUEIRA – Decano: Pe. Celso, sjc 3662-1740Santa Terezinha do Menino Jesus (Campos do Jordão) - Pe. Celso, sjc 3662-1740São Benedito (Campos do Jordão) – Pe. Vicente Batista, sjc 3663-1340São Bento (São Bento do Sapucaí) – Pe. Ronaldo, msj 3971-2227Santo Antônio (Santo Antônio do Pinhal) – Côn. Pedro Alves 3666-1127
Horário de MissastAubAtÉPARÓQUIA DA CATEDRAL DESÃO FRANCISCO DAS CHAGASCatedral de São Francisco das ChagasMissa preceitual aos sábados: 12h / 16h. Aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 18h30 / 20hConvento Santa ClaraMissa preceitual aos sábados: 19h30.Aos domingos: 7h / 9h / 11h / 17h30 / 19h30Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas)Missas aos domingos: 8h30Igreja de SantanaMissa no Rito Bizantino, às 9h30 aos domingosPARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOMatriz: Santuário de Santa TeresinhaAos domingos: 6h30 / 8h / 9h30 / 17h / 19hMissa preceitual aos sábados: 19hPARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOMatriz: São José OperárioMissa preceitual aos sábados: 12h / 18h. Aos domingos: 7h / 10h30 / 18h / 20hPARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOAIgreja de Santo Antônio de Lisboa(Vila São José)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLOMatriz: São Pedro ApóstoloMissas aos domingos: 8h / 9h30 / 17h18h30 / 20hPARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIAMatriz: Sagrada FamíliaMissas aos domingos: 8h / 10h30 / 17h / 19hPARÓQUIA SANTA LUZIAMatriz: Santa LuziaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA MENINO JESUSMatriz Imaculado Coração de MariaMissas aos domingos: 8h / 11h / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJAMatriz: Santuário São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm)Missa preceitual aos sábados: 19hAos domingos: 8h / 18hPARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADEMatriz: Nossa Senhora das GraçasMissas aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 19hPARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSMatriz: Sagrado Coração de JesusMissa preceitual aos sábados: 17hMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOMatriz: São Vicente de PauloMissas aos domingos: 7h / 10h / 17h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMMatrizMissa aos domingos: 9h / 19h
cAçAPAVAPARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDAMatriz: São João BatistaMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h 18h30PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUAMatriz: Santuário Santo Antônio de PáduaMissas aos domingos: 7h / 9h / 19hComunidade de São Pedro: Vila BandeiranteMissas aos domingos: 17hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAMatriz: Nossa Senhora da EsperançaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA SÃO PIO XMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h18h / 20hIgreja São José OperárioMissas aos sábados e domingos: 19hPARÓQUIA MENINO JESUSMatriz: Menino JesusMissas aos domingos: 6h30 / 10h / 19h
PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOMatriz: São José OperárioMissas aos domingos: 09h / 19h
cAMPos do JordãoPARÓQUIA SANTA TEREZINHADO MENINO JESUSIgreja Matriz: Santa Terezinha do MeninoJesus (Abernéssia)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITOMatriz: São Benedito (Capivari)Missas aos domingos: 10h30 / 18hJAMbeiroPARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORESMatriz: Nossa Senhora das DoresMissas aos domingos: 8h0 / 19hnAtiVidAde dA serrAPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADEMatriz: Nossa Senhora da Natividade Natividade da SerraMissas aos domingos: 9h30 / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição - Natividade da Serra (Bairro Alto)Missas aos domingos: 2º e 4º Domingos do mês: 10hPindAMonHAnGAbAPARÓQUIA NOSSA SENHORADO BOM SUCESSOMatriz: Santuário Nossa Senhora do Bom SucessoMissas aos domingos: 7h / 9h / 11h / 18hPARÓQUIA NOSSA SENHORADA ASSUNÇÃOMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 18h / 19h30Igreja Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos(Cidade Jardim)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORADO ROSÁRIO DE FÁTIMAMatriz: Nossa Senhora do Rosário de FátimaMissas aos domingos: 7h30 / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César)Matriz: São Benedito (Vila São Benedito)Missas aos domingos: 8hPARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOIgreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19h30PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO - Cidade NovaIgreja Matriz: São CristóvãoMissas aos domingos: 7h / 19hPARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)Igreja Matriz: Missas aos domingos: 8h / 19hredenção dA serrAPARÓQUIA SANTA CRUZMatriz: Santa Cruz (Redenção da Serra)Missas aos domingos: 9h30são luiZ do PArAitinGAPARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSAMatriz: São Luiz de Tolosa(São Luiz do Paraitinga)Missas aos domingos: 8h / 10h30 / 19hsAnto Antonio do PinHAlPARÓQUIA SANTO ANTONIO DO PINHALMatriz: Santo AntônioMissas aos domingos: 8h / 10h / 19hsão bento do sAPucAÍPARÓQUIA SÃO BENTO DO SAPUCAÍMatriz: São BentoMissas aos domingos: 8h / 10h / 18htreMeMbÉPARÓQUIA SENHOR BOM JESUSMatriz: Basílica do Senhor Bom JesusMissas aos domingos: 7h / 8h30 / 10h /17h 18h30 / 20hIgreja São SebastiãoMissa no Rito Bizantino, às 18hPARÓQUIA SÃO JOSÉMatriz: São José (Jardim Santana)Missa preceitual aos sábados: 18h30. Aos domingos: 7h30 / 10h30 / 19h30
diocese de tAubAtÉMITRA DIOCESANA DE TAUBATÉ - CNPJ 72.293.509/0001-80Avenida Professor Moreira, nº 327. Centro - Taubaté-SPCEP 12030-070Expediente: De Segunda a Sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.Telefone (12) 3632-2855
Bispo Diocesano: Dom Carmo João Rhoden, scjVigário Geral: Mons. José Eugênio de Faria SantosEcônomo e Procurardor: Côn. José Luciano Matos SantanaChanceler do Bispado: Mons. Irineu Batista da SilvaCoordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Kleber Rodrigues da Silva
16 O LÁBAROComunicação a serviço da fé
Vanda Higino, 65 anos, está apo-
sentada. Trabalhou durante muito
tempo como enfermeira em postos
de saúde e, hoje, continua ajudando
na Pastoral da Saúde e na Pastoral
da Criança. Ela tem como dever ir a
hospitais para ver como os pacien-
tes estão sendo tratados, ir a escolas
e postos de saúde para dar palestras,
mostrar para as pessoas como fazer
uma alimentação alternativa, ensi-
nar a fazer remédios com ervas e
realizar exercícios terapêuticos. “Já
usei esses artifícios até no meu tra-
balho”, ressalta a enfermeira. Cui-
dar do que se pode chamar de saúde
espiritual, em que a espiritualidade
leva um conforto diante da dor, por
intermédio de uma pessoa que tem
palavras boas para transmitir, é um
dos princípios básicos de agentes da
Pastoral da Saúde, e da Campanha
da Fraternidade desse ano, como
mostra na oração: “E de todos os
sofredores, sobre eles derramou a
esperança de vida em plenitude”.
A Campanha da Fraternidade
2012 tem como tema “Fraternida-
de e a Saúde Pública”, e Vanda está
confiante, pois o papel das pastorais
é conscientizar, alertar a população
e juntar forças com a comunida-
de para reclamar ao poder público
seus direitos, sensibilizando a todos
sobre a dura realidade de pessoas
que não têm acesso à assistência de
Saúde Pública condizente com suas
necessidades e dignidade, e dessa
forma, com essa campanha, procu-
rar contribuir na consolidação do
sistema de saúde. O Sistema Único
de Saúde, o SUS, é inspirado em
bons princípios, como o da univer-
salidade, que visa atender a todos
sem discriminação nenhuma, mas,
infelizmente, ele não é implantado
em sua totalidade, não atendendo
– ou atendendo com muita dificul-
dade e poucas condições – os que
mais necessitam dos serviços.
Até o Ministro da Saúde, Alexan-
dre Padilha, em entrevista recente
à imprensa, agradeceu o gesto da
CNBB por ter escolhido um tema
que pode ajudar a consolidar o SUS
por meio da força da comunidade
que, com a leitura do texto-base,
pode aprender “a ver, julgar e agir”.
O falecido Papa João Paulo II,
em sua vinda para o Brasil em 1981,
escreveu que a saúde não é só a au-
sência de doenças, mas é a vida ple-
namente vivida, “em todas suas di-
mensões, pessoais e sociais”. Com
essa inspiração, muitos fiéis estão
se envolvendo na CF 2012, como
a secretária da Paróquia Sagrado
Coração de Jesus, em Taubaté, Eli-
sângela Cavalheiro, que acredita
que a participação da comunidade
é de extrema importância e que a
sociedade tem que se conscientizar
Voluntários se dedicam à campanha da Fraternidade 2012
CIDADANIA EM PAUTA
e se envolver mais no trabalho do
Conselho Municipal de Saúde, sem
contar a solidariedade. Para ela, é
fundamental “levar a mensagem
evangélica da boa nova, tendo fé e
realizando ações sociais”. As pas-
torais já realizam essas ações, mas
é preciso fortalecê-las, de modo
que elas possam “trabalhar melhor
o resgate da saúde para as pessoas
enfermas”. Mas não se pode es-
quecer e se limitar ao tempo qua-
resmal, e sim, levar essa ideia para
o ano todo, trazendo o espírito fra-
terno e comunitário das pessoas na
atenção aos enfermos e mobilizar
por melhoria no sistema público de
saúde.
A enfermeira Vanda critica mui-
to o sistema público de saúde. Ela
diz que o sistema recebe pouco in-
vestimento do governo, não possui
boa infraestrutura, os salários pa-
gos são baixíssimos. “No postinho
que eu trabalhava, a geladeira que
guardava as vacinas estava quebra-
da e, mesmo com o pedido, não
mandaram uma nova geladeira pra
gente, e as vacinas precisam estar
em uma temperatura de 8 graus no
máximo”. O fato da falta de recur-
sos pode estar associada à privati-
zação da saúde que alguns grupos
econômicos desejam, terceirizando
os serviços.
O aposentado Hypólito Clemen-
te Filho faz uso do atendimento do
SUS desde sempre e reclama muito
do serviço. Mas ele aponta o que
acontece para o sistema ser de má
qualidade. O aposentado participa
da Igreja e vem acompanhando a
Campanha da Fraternidade. Para
ele, não só a Igreja Católica como
todas as outras deviam se unir para
mudar a situação da saúde pública
com a CF 2012. “Temos que ter a
colaboração da comunidade, de
todo mundo, a gente precisa se unir
pra ajudar a gente”.
A catequista Sandra Regina de
Moraes Galvani quer viver a Cam-
panha e ensiná-la para os jovens e
crianças de uma forma crítica para
a necessidade do cristão seja aju-
dando ou denunciando, “tudo em
benefício do irmão”, realizando
toda semana encontros na comuni-
dade. Sandra acredita que os jovens
são o futuro do país e o seu papel é
dar a eles uma boa formação para
fazer um mundo melhor, e com a
campanha desse ano, seu objetivo
é “colocar em prática os manda-
mentos de Jesus Cristo, amar Deus
sobre todas as coisas e amar o pró-
ximo como a si mesmo”. E, como
diz no hino da CF 2012: “Quere-
mos ser aquele toque. Que traz saú-
de pro doente, nosso irmão”.
*Sarah Carvalho é aluna de Jornalismo da Universidade de Taubaté
Católicos atuam na Pastoral da Saúde e na Pastoral da Criança e ajudam a fortalecer o lema de “Que a saúde se difunda sobre a terra!”Por Sarah Carvalho*