Jornal Interno Ed12
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FarmacêuticoemFocoNúmero 12 | Maio 2011
E m mais uma edição do jornal Farmacêutico em Foco, publicamos um artigo extrema
mente interessante a respeito do uso off-label dos medicamentos, escrito pela Mestre em Ciências Farmacêuticas, Especialista em Violência Doméstica contra o Adolescente e a Criança, e Farmacêutica Clínica da Unidade de Terapia Intensiva e Cuidados Intermediários do Hospital Universitário da USP, Sandra Cristina Brassica.
No texto, a especialista tratou a respeito da administração de formulações extemporâneas, os aspectos legais e éticos, quais são as populações de risco, além das
ações que estão sendo adotadas até o momento.
Em seguida, publicamos uma entrevista com o Professor Titular e Chefe da Disciplina de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo, Prof. Dr. Antonio Carlos Carvalho, que entre outros assuntos comentou sobre a definição da Síndrome Coronariana Aguda (SCA) e sua taxa de mortalidade, os principais fatores para a alta prevalência de casos de SCA, e como é realizado atualmente o tratamento da doença.
Nesta edição apresentamos também um resumo das palestras ministradas pela Profa. Dra. Sylvia Lemos Hinrichsen e pela farma
cêutica/bioquímica Juliana Fonseca Sad, na qual elas abordaram respectivamente os temas Qua-lidade e Segurança do Paciente em Tempos de Acreditação e Farmácia Hospitalar: a difícil tarefa de aliar cus-tos com qualidade e responsabilidade.
Por fim, publicamos uma matéria sobre a campanha Autoestima: a me-lhor escolha contra o câncer de mama, iniciativa promovida pela AstraZeneca que foi premiada em duas categorias do último Prêmio Caio.
Cristiane Piva Peres Codinhoto
Constante Atualização na Prática Diária
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AtuAlizAção FArmAcêuticA
Uso off-label de medicamentos
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ENtrEViStA
Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual
Em Foco
Canal de relacionamento tem novo layout
GEStão DA QuAliDADE E SEGurANçA Do PAciENtE
Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente
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câNcEr DE mAmA
Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011
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O que é Uso “Off-Label” de MedicamentosSandra Cristina Brassica*
O uso of f-label engloba várias situações, incluindo a administração de
formulações extemporâneas ou de doses elaboradas a partir de especialidades farmacêuticas registradas, ou uso de medicamentos importados e substâncias químicas sem grau farmacêutico; indicações e posologias não usuais; administração do
medicamento por via diferente da preconizada; administração em faixas etárias para as quais o medicamento não foi testado; administração para tratamento de doenças que não foram estudadas e indicação terapêutica diferente da aprovada para o medicamento.(1)
As populações de risco
O processo de aprovação de novos fármacos visa garantir que os medicamentos disponíveis sejam seguros e eficazes. Assim, sua utilização de modo “off-label”, por não ter sido alvo de estudo por meio de ensaios controlados, pode expor os pacientes a riscos.
* Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Especialista em Violência Doméstica contra o Adolescente e a Criança pelo Instituto de Psicologia da USP. Farmacêutica Clínica da Unidade de Terapia Intensiva e Cuidados Intermediários do Hospital Universitário da USP. CRF-SP 24.922.
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Algumas populações, tais como infantil, geriátrica, gestantes e lactantes, geralmente são excluídas dos ensaios clínicos devido a questões éticas, logísticas e financeiras; entretanto, na prática clínica, com frequência, estas populações são submetidas a tratamentos que empregam medicamentos que não foram testados quanto à sua segurança e eficácia.(2)
Há classes de medicamentos que são mais utilizados como “off-label”. Nestas, podem ser citados, principalmente, os fármacos que agem no sistema nervoso e os antineoplásicos, ou seja, medicamentos destinados a tratar, geralmente, condições críticas e de alto custo, que podem desencadear eventos adversos graves.(35)
É importante salientar que a utilização “off-label” de medicamentos não é capaz de gerar evidências e ainda expõe pacientes a riscos que poderiam ser monitorados em ensaios clínicos controlados.(5) Para a população pediátrica foi demonstrado aumento do risco de toxicidade quando se utilizam tais medicamentos.(68)
Além do risco de reações adversas, o uso “offlabel” de medicamentos pode resultar em problemas de dosagem, ocasionando, também, falta de eficácia terapêutica, indisponibilidade de formulações adequadas, gerando a necessidade do uso de formulações extemporâneas que podem exi
prática ilegal, e, para algumas situações, tal utilização pode significar opção terapêutica adequada, apesar de oferecer risco aos pacientes.(1214)
O uso de medicamentos of f-label, também, não constitui um indicador de erro médico, apenas reflete a carência de informações sobre a utilização segura e eficaz, por vezes, de medicamentos consagrados e não apenas das novas entidades farmacológicas.(13,14)
Ações adotadas até o momento
Principalmente com relação à população pediátrica foram adotadas algumas medidas para ampliar seu acesso a medicamentos seguros e eficazes.(15,16)
Essas ações se iniciaram nos EUA, na década de 90. Foram caracterizadas inicialmente pela introdução de medidas voluntárias para estimular a indústria farmacêutica a desenvolver medicamentos para pacientes pediátricos. No final da década de 90, com a experiência americana, na Europa foi constituída uma comissão, composta por membros do Royal College of Paediatrics and Child Health e Neonatal and Paediatric Pharma-cists, que discutiram o assunto e concluíram sobre a necessidade de normas legislativas como forma de garantir medicamentos seguros e eficazes para a população pediátrica.(16)
Embora essas iniciativas tenham
bir biodisponibilidade variável, baixas qualidade e segurança.(9)
De modo geral faltam evidências científicas que suportem o uso “off-label”, motivo pelo qual somente pode ser recomendado quando: a) existe justificativa embasada por evidência de alta qualidade; b) o uso se faz dentro do contexto de uma pesquisa formal; c) em casos excepcionais, justificados por circunstâncias clínicas individuais (doença muito grave, falha de resposta com a terapia convencional, potenciais benefícios superam riscos e existência de alguma evidência de benefício terapêutico). Para estes casos seria necessário o consentimento livre e esclarecido do paciente ou de seu responsável e aprovação do seu uso pelo comitê de medicamentos da instituição.(10,11)
Aspectos legais e éticos
A utilização de medicamentos “off-label” não constitui uma
É importante
salientar que a
utilização “off-label”
de medicamentos
não é capaz de gerar
evidências e ainda expõe
pacientes a riscos que
poderiam ser monitorados
em ensaios clínicos
controlados.(5)
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aumentado a realização de ensaios clínicos nessa população, não foram suficientes. Áreas de grande interesse terapêutico continuaram negligenciadas, principalmente as que possuíam como alternativas medicamentosas fármacos sem patente, com baixa venda ou para a população neonatal.(15,16)
Nos EUA, em 2002, foram propostas diretrizes para a viabilização de estudos que englobavam os medicamentos sem patente e a população neonatal. Em 2005 iniciaramse as discussões sobre as estratégias e requisitos para a condução de ensaios clínicos em neonatos.(15,17)
Atualmente, a normalização europeia para utilização de medicamentos em população pediátrica está em fase de implantação e objetiva aumentar a disponibilidade de produtos: a) efetivamente estudados nessa população; b) apropriadamente licenciados para uso pediátrico;
como por exemplo o acesso à base de dados de ensaios clínicos pediátricos, o financiamento público para o estudo de medicamentos sem patente, escolha e inserção de um símbolo de “uso pediátrico aprovado” na embalagem do produto, e o encorajamento da produção de especialidades licenciadas para essa população.(16)
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária informa seu posicionamento em relação ao uso de medicamentos sem indicação por meio de um comunicado disponível no seu site: (13)
[...] o uso destes medicamentos é feito por conta e risco do médico que o prescreveu, e pode eventualmente vir a caracterizar um erro médico, mas em grande parte das vezes tratase de uso essencialmente correto, apenas ainda não aprovado [...].
Acrescenta, ainda, que:
[...] podem ocorrer situações em que um médico queira tratar pacientes que tenham certas condições que, por analogia com outra semelhante, ou por base fisiopatológica, ele acredite possam vir a se beneficiar de um determinado medicamento não aprovado para ela [...].
No entanto, ainda não foram estabelecidas estratégias de enfrentamento da questão.
O uso “off-label” é uma prática, principalmente, para pacientes pediátricos, idosos e gestantes
Nos EUA, em
2002, foram
propostas diretrizes
para a viabilização de
estudos que englobavam
os medicamentos sem
patente e a população
neonatal. Em 2005
iniciaram-se as discussões
sobre as estratégias e
requisitos para a condução
de ensaios clínicos em
neonatos.(15,17)
c) que possuam informação disponível para sua utilização; d) que não exponham crianças a ensaios clínicos desnecessários; e) que não atrasem a sua aprovação para a população adulta.(16)
Essa regulação também engloba vários aspectos inovadores,
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e, em algumas áreas, como, por exemplo a oncológica. Esse uso não constitui um preceito ilegal, contudo pode expor os pacientes a riscos.
Até o momento as distintas ações efetuadas em vários países não foram suficientes para diminuir esse tipo de utilização.
Regulamentações que incentivem empresas farmacêuticas a conduzir os estudos clínicos necessários para a obtenção de informações adequadas, sua disponibilização para profissionais de saúde e farmacovigilância efetiva são ações necessárias ao enfrentamento da questão.
Referências
1. Conroy S. Unlicensed and off label drug use: Issues and Recommendations. Paediatr Drugs 2002;4:353359.
2. Wilson JT. An Update on the therapeutic Orphan. Pediatrics 1999;104:58590.
3. Cuzzolin L, Atzei A, Fanos V. Offlabel and unlicensed prescribing for newborns and children in different settings: a review of the literature and a consideration about drug safety. Expert Opin. Drug Saf 2006;5:70318.
4. Bernardi A, Pegoraro R. The ethics of offlabel use of drugs: oncology pharmacy in Italy. J Clin Pharm Ther 2008;33:9599.
5. Levêque D. Offlabel use of anticancer drugs. Lancet Oncol 2008;9:110207.
6. Rakhmanina YN, Van Den Anker JN. Pharmacological research in pediatrics: from neonates to adolescents. Adv Drug Del Rev 2006;58:414.
7. Horen B, Montastruc L, LapeyreMestre M. Adverse drug reactions and offlabel drug use in paediatric outpatients. Br J Clin Pharmacol 2002;54:66570.
8. Santos DB, Coelho HLL. Adverse drug reactions in hospitalized children in Fortaleza, Brazil. Pharmacoepidemiology and Drug Safety 2006;15:63540.
9. Santos DB, Clavenna A, Bonati M, Coelho HLL. Offlabel and unlicensed
drug utilization in hospitalized children in Fortaleza Brasil. Eur J Clin Pharmacology [in press] [cited 2008 Set 28].. Disponível em: http://www.springerlink.com.w10077.dotlib.com.br/content/100413/?Online+Date=In+the+last+six+months&Article+Category=Pharmacoepidemiology+and+Prescription&sortorder=asc&v=condensed&Content+Status=Accepted.
10. Tuleu, C. Paediatric formulations in practice. In: Costello I et al. Paediatric
Drug Handling. London. Pharmaceutical Press,2007. p. 4374.
11. Wannmacher L, Fuchs FD. Conduta terapêutica embasada em evidências. Rev Ass Med Brasil 2000;46:23741.
12. Wannmacher L. In: Organização PanAmericana de Saúde/Organização Mundial de Saúde Brasil. A ética do medicamento: Múltiplos cenários. Uso Racional de Medicamentos: temas selecionados. Brasília, 2007, 4(8):515.
13. American Society of Hospital Pharmacists. ASHP Statement on the Use of Medications for Unlabeled Uses. Am J Hosp Pharm. 1992;49:20068.
14. Agência Nacional de Vigilância Sanitária [homepage on the Internet]. Brasília, DF: Ministério da Saúde. ANVISA; [cited 2005 may 23]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/registro/registro_offlabel.htm.
15. Conroy S, Mcintyre J. The use of unlicensed and offlabel medicines in the neonate. Sem in Fetal & Neonatal Med 2005;10:11522.
16. Conselho Federal de Farmácia (Brasil): Centro Brasileiro de Informação Sobre Medicamento. Crianças e medicamentos: os riscos que podem sobrepor os benefícios. Farmacoterapêutica 2007;6:13.
17. Giacoia PG, Birenbaum D, Sachs HC, Mattison DR. The newborn drug development initiative. Pediatrics 2006;117:518.
O uso “off-label”
é uma prática,
principalmente, para
pacientes pediátricos,
idosos e gestantes e, em
algumas áreas, como, por
exemplo a oncológica.
Esse uso não constitui um
preceito ilegal, contudo
pode expor os pacientes
a riscos.
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A s doenças coronarianas são a principal causa de óbito em diversas regiões
brasileiras. Atualmente, cerca de 3234% dos óbitos em adultos se devem a um problema cardiovascular em geral, enquanto os quadros agudos estão em torno de dois terços desse número total. Apesar dos grandes avanços terapêuticos das últimas décadas em relação à Síndrome Coronariana Aguda, grande parte dos pacientes não recebe atendimento adequado e o atraso no diagnóstico e,
por consequência, no tratamento da SCA, contribui para o aumento da taxa de morbimortalidade.
Nesta primeira parte da entrevista que o Professor Titular de Cardiologia da Unifesp, Prof. Dr. Antonio Carlos Carvalho, concedeu ao Jornal Farmacêutico em Foco, ele aborda o grande impacto que a Síndrome Coronariana Aguda tem na taxa de mortalidade, os fatores de risco da doença, além do tratamento atual. Na próxima edição do jornal, publicaremos a segunda e última parte da entrevista com o cardiologista.
Jornal Farmacêutico em Foco Qual a definição de Síndrome Co-ronariana Aguda?
ENTREVISTA
Síndrome Coronariana Aguda: impacto
na mortalidade e terapêutica atual
Prof. Dr. Antonio Carlos Carvalho*
* Professor Titular de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Chefe da Disciplina de Cardiologia.
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Prof. Dr. Antonio Carlos Car-valho A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) envolve uma instabilização de um quadro clínico de insuficiência coronária. É aquele indivíduo que está estável e de repente começa a ter dor no peito em mínimo esforço ou em repouso. Muitas vezes não é bem uma dor, mas um aperto no peito, associado com falta de ar, sudorese, sensação de desmaio, e isso normalmente tem uma evolução rápida, com uma acentuação do quadro. Dependendo da interrupção de fluxo na coronária, isso pode ser denominado de angina instável ou pode se tratar de um quadro de infarto. Utilizamos o tempo de dor, o eletrocardiograma e alguns marcadores no sangue para caracterizar se houve prejuízo para o músculo do coração. Se o eletro e o marcador estão alterados, tratase de um infarto, que é uma das principais causas de admissão em prontosocorro e de óbito em doença coronariana. O quadro em geral de Síndrome Coronariana Aguda é perigoso se não for bem tratado.
J. F. Qual a taxa de mortalidade da Síndrome Coronariana Aguda?
Dr. Carvalho O Brasil tem certa carência de dados estatísticos sólidos como os que existem na Europa e EUA, mas hoje podemos dizer com segurança que a principal causa de óbito em diversas cidades brasileiras é a doença coronariana. Atualmente, cerca de 3234% dos óbitos em adultos se devem a um problema cardiovascular em geral, enquanto os quadros agudos estão em torno de dois terços desse número total. O Brasil tem uma população em vários lugares, especialmente no Norte e Nordeste do país, onde a principal causa de
óbito ainda é o AVC, quase sempre como consequência do não tratamento da hipertensão arterial. O Sul e o Sudeste seguem mais o padrão de países desenvolvidos, em que a doença coronária é a principal causa de morte.
Quando falamos de mortalidade em SCA, a angina instável, que não tem elevação dos marcadores cardíacos e possui menos alteração no eletro, possui uma taxa de 2% a 3%. O infarto, dependendo do tipo, tem uma mortalidade menor ou maior, mas em média essa porcentagem é em torno de 8% a 10%, sendo que nos locais mais estruturados o índice gira em torno de 5% a 6%. Na realidade, essa taxa de mortalidade é a consequência de uma cadeia de eventos, porque o resultado será melhor quanto mais cedo o paciente for tratado, o que nem sempre é possível, dependendo do local. Todo atraso no atendimento, diagnóstico e tratamento vai se somando e faz com que haja um aumento na taxa de óbito para 12% a 15%. Quando se atende rápido e adequadamente o paciente, essa mortalidade cai para aproximadamente um terço.
J. F. As taxas nacionais de óbito são muito diferentes das de outros países?
Dr. Carvalho Nos outros países existe uma homogeneidade maior, não há grandes diferenças regionais no atendimento, independente de onde o paciente esteja. No Brasil, calculase em torno de 100 mil mortes por ano devido a problemas de coronária, um número bastante elevado. A grande diferença nossa é que existem muitos lugares que nem possuem um cardiologista e quem está no atendimento de emergência não é uma pessoa capacitada para fazer o diagnóstico e, por consequência, o indivíduo não faz o tratamento adequado. Neste sentido, é que temos uma grande heterogeneidade de resultados no país. O atendimento rápido é fundamental, por que quando tratamos o paciente nas primeiras duas horas, a mortalidade é de 12%, ela aumenta exponencialmente com o atraso no inicio do tratamento; contudo, sabemos que há um número muito pequeno no nosso meio que procura atendimento precoce.
J. F. Quais são os fatores para a alta prevalência de casos de SCA?
Dr. Carvalho A SCA é uma soma de vários fatores. Apesar do número ainda muito grande de casos, têm havido progressos, como melhora no tratamento da pressão arterial, controle da taxa de colesterol e diminuição do tabagismo. Estes são dados objetivos nacionais de que estamos tendo gradativamente um número de indivíduos sendo melhor tratados, embora ainda seja um número insuficiente. Estamos perdendo em duas situações: o peso da população está aumentando,
A SCA é uma soma
de vários fatores.
Apesar do número ainda
muito grande de casos,
têm havido progressos,
como melhora no
tratamento da pressão
arterial, controle da taxa
de colesterol e diminuição
do tabagismo
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O problema é que
em alguns casos os
sintomas completos nem
sempre estão presentes,
o paciente pode ter
somente dor no peito ou
pode estar com falta de ar
e não ter dor
bem como o número de diabéticos, e estas duas situações estão associadas com mais problemas cardíacos. Dessa maneira, temos de um lado um melhor controle da pressão arterial e do colesterol e, em contrapartida, aumento de peso e de casos de diabetes. O estresse também é um fator de risco a ser considerado e existe, ainda, uma parte que tem relação genética, que também deve ser bem explorada. Finalmente, fazer exercícios regularmente e manter peso adequado é muito importante. O último fator, que é extremamente relevante, é não haver demora e perda no início do tratamento ou perda de acompanhamento. Muitas vezes, a pressão alta não é diagnosticada, o indivíduo não sabe que é hipertenso e não se trata; ou às vezes ele é diagnosticado, começa a tomar o medicamento, se sente melhor, para o tratamento e não volta mais para fazer o controle, ou seja, não mantém essa aderência ao tratamento da hipertensão, um controle que deve ser feito para o resto da vida. Com relação ao colesterol ocorre a mesma situação, uma vez que o indivíduo vê pelo exame que melhorou, ele para com o medicamento.
Sendo assim, o número de casos poderia diminuir muito se a população cuidasse melhor do que chamamos de fatores de risco. Com todos os problemas que existem nos EUA em relação à obesidade e alimentação inadequada, o número de eventos cardíacos em torno de 15 anos diminuiu 20% no país, quer dizer, a mortalidade vem diminuindo nos EUA de uma forma contínua por que o acesso ao atendimento e tratamento é maior, a regularida
malestar, sensação de falta de ar ou de desmaio. Esse é o conjunto típico e em um indivíduo com esse quadro é mais simples de fazer o diagnóstico. O problema é que em alguns casos os sintomas completos nem sempre estão presentes, o paciente pode ter somente dor no peito ou pode estar com falta de ar e não ter dor. A maior confusão diagnóstica ocorre em idosos, mulheres e diabéticos. O diabético pode ter uma dor mais camuflada, menos intensa e, às vezes, não ter dor, mas ter os outros sintomas. A mulher e o idoso podem ter um sintoma só, como por exemplo falta de ar, e não ter dor no peito, ou podem ter tido um desmaio sem que houvesse um atendimento para investigar a causa.
Assim, essa apresentação que denominamos de atípica ocorre numa determinada porcentagem e fica bastante focada nos indivíduos mais velhos, nas mulheres e nos diabéticos. Temos que saber que essa é uma apresentação para esses grupos e precisamos valorizar o conjunto de risco que o paciente tem para diagnosticarmos com maior intensidade ou não o infarto. Um indivíduo, por exemplo, que tem um histórico de hipertensão, diabetes, problemas de colesterol e é tabagista, mesmo que ele não tenha dor ou não tenha todos os sintomas típicos, deve ser investigado para SCA. Ele deve fazer o eletrocardiograma e tem que colher os exames de sangue para ter certeza de que não se trata de um caso disfarçado. Estes casos são os que mais normalmente criam maior confusão muitas vezes, principalmente se não há especialistas no serviço de atendimento, o indivíduo pode ser dispensado sem ter o diagnóstico
de do acompanhamento médico é maior, promovendo um resultado bastante benéfico. Existem alguns estudos muito interessantes, mostrando que o grande responsável pela diminuição da mortalidade é o controle do fator de risco e não tratar o indivíduo depois que ele já teve o evento, ou seja, o enfoque na prevenção tem um impacto maior na redução da taxa de óbito. Claro que tratar o evento também contribui para a queda da mortalidade; entretanto, quando se analisa a fração que isso representa no conjunto de melhora geral, essa porcentagem é menor do que a de controle do fator de risco.
J. F. O senhor falou um pouco no início da entrevista sobre o diagnóstico da SCA; existem algumas situações controversas que podem dificultar a realização do diagnóstico adequado nos pacientes?
Dr. Carvalho O quadro clínico clássico, e que não deve passar despercebido para o médico, é uma dor típica, como se fosse um aperto no peito na região central, quase sempre atrás do osso do esterno, ou seja, é uma dor bastante específica, quase sempre associada a sudorese, tontura,
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Já no grupo
de infarto com
supradesnível do
segmento ST, o supra
no eletrocardiograma
está indicando que a
artéria está completa
e totalmente ocluída
e, portanto, ela precisa
ser desobstruída
rapidamente
fechado e assim ele não faz o tratamento adequado.
J. F. Como é o tratamento atual da SCA?
Dr. Carvalho Existe uma grande diferença no tratamento da SCA: o tratamento da angina instável ou infarto sem supradesnível do segmento ST é praticamente uniforme e consiste, de um modo geral, em aliviar a dor do paciente, com morfina ou algum equivalente, e o uso de um vasodilatador coronário, que é um nitrato, e que ajuda também a tirar a dor. E como essa instabilização se deve a um coágulo incompleto, que está obstruindo parcialmente a artéria, é necessário restabelecer o fluxo de sangue normal naquela região com o uso de um antiadesivo plaquetário e o uso de medicamentos tipo heparina. No grupo do antiadesivo, o medicamento mais conhecido é a aspirina, uma droga que deve ser utilizada logo de início; e para evitar a obstrução completa da artéria, utilizase de um modo geral a heparina, ou a de baixo peso, que é feita subcutânea, ou a endovenosa (não fracionada). Esse é o grupo de medicamentos que normalmente faz parte do início da terapêutica da angina instável ou infarto sem supra, além de medicamentos tipo betabloqueadores ou inibidores da ECA se a função do ventrículo estiver ruim.
Já no grupo de infarto com supradesnível do segmento ST, o supra no eletrocardiograma está indicando que a artéria está completa e totalmente ocluída e, portanto, ela precisa ser desobstruída rapidamente, o que pode ser feito com hemodinâmica
Os dois procedimentos irão depender de onde o paciente está localizado: se ele está em um hospital que tem hemodinâmica disponível de imediato, a conduta sempre será preferencialmente pela angioplastia primária; mas se o indivíduo está em um local que não tem hemodinâmica nem todos os hospitais disponibilizam hemodinâmica 24 horas por dia , então ele é obrigado ou a ser transferido rapidamente ou a fazer uso de fibrinolítico, e quase sempre depois do fibrinolítico, ele receberá o cateterismo para saber se precisa ou não da angioplastia. Portanto, o diferencial é que o infarto com supra necessita de reperfusão imediata, seja via angioplastia,
(angioplastia primária) ou com um fibrinolítico que dissolve o coágulo daquela artéria, restabelecendo o fluxo sanguíneo.
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seja via trombolíticos. O infarto sem supra ou a angina instável não necessitam de reperfusão imediata, há outros esquemas de tratamento, geralmente antes de se definir a necessidade do cateterismo (casos de alto risco vão para cateterismo imediato).
No entanto, para melhorarmos o efeito destes medicamentos, no sentido de facilitar o fluxo de sangue, observouse que só com a aspirina e a heparina ainda havia muitos casos em que a artéria não mantinha um fluxo adequado. Passando aquelas primeiras horas, o indivíduo voltava a piorar e aí foi visto que ao se fazer a associação com outro esquema antiplaquetário, cujo medicamento mais conhecido é o clopidogrel, o resultado melhorou em relação ao que era somente com a aspirina e a heparina. Porém, quando começamos a somar vários medicamentos que afinam o sangue aspirina, clopidogrel, heparina e inibidor IIbIIIa, um outro antiplaquetário importante – notamos que os indivíduos começaram a ter um problema maior de sangramento. Com isso, houve a constatação de que se por um lado a taxa de mortalidade das doenças coronarianas caiu, por outro essa taxa aumentou por problemas de sangramento, diminuindo assim os resultados benéficos da terapêutica. E novamente constatouse que os grupos dos idosos, mulheres e diabéticos eram mais propensos a essa complicação; eles começaram a ter mais problemas de sangramento. Sem dúvida que o clopi
J. F. E além do clopidogrel, quais foram os avanços mais importantes nos últimos anos em relação ao trata-mento da SCA?
Dr. Carvalho O grande avanço dos últimos anos, na minha opinião, foi a compreensão de que precisamos ser bastante agressivos com a terapêutica e devemos iniciar o tratamento o mais precocemente possível. Nos casos de infarto com supra, estimase que no Brasil apenas 30% dos pacientes conseguem efetivamente realizar o tratamento adequado, ou seja, a desobstrução da artéria, com rapidez; 70% deles ficam na evolução da história natural da doença como era há 1530 anos. Na Europa e EUA, essa proporção é inversa, há 70% a 80% dos indivíduos fazendo o tratamento adequado mais precocemente. Sabemos que a rápida reperfusão é absolutamente essencial para o bom prognóstico
do paciente; isso nem é um dado novo, assim como a associação de vários agentes para se obter um efeito complementar que impeça a artéria de obstruir novamente. O ticagrelor, um novo antiagregante plaquetário que será lançado em breve no mercado, também representa um importante avanço farmacológico. E o uso do stent em angioplastia também foi um grande progresso, porque é muito mais fácil para o paciente colocar o stent do que fazer a cirurgia. A taxa de cirurgia pósinfarto já foi de 2530% e hoje está em torno de 5% a 10%, uma diminuição significativa devido ao espaço que a angioplastia ocupou.
dogrel representou um avanço importante nessa área e é ainda uma droga importante, porém os seus resultados não são ainda o ideal e é por isso que existe essa busca sempre contínua por novos produtos, que sejam mais eficazes sem serem prejudiciais de alguma maneira.
O grande avanço
dos últimos
anos, na minha opinião,
foi a compreensão de
que precisamos ser
bastante agressivos com
a terapêutica e devemos
iniciar o tratamento o
mais precocemente
possível
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N o mês de abril, a Gerência de Relações Farmacêuticas da AstraZeneca ini
ciou mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente, envolvendo várias capitais brasileiras.
Os eventos reuniram um número expressivo de farmacêuticos interessados em se atualizar sobre os temas.
Na programação dos eventos duas convidadas especiais abordaram o tema com muita objetividade e ética.
“Qualidade e Segurança do Pa
ciente em Tempos de Acreditação” foi o tema apresentado pela Profa. Dra. Sylvia Lemos Hinrichsen, coor denadora do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência em Infectologia do Hospital das Clínicas/UFPE/Gerência de Risco Projeto Hospitais SentinelaAnvisa e coordenadora da Disciplina Biossegurança e Controle de Infecções – Risco Sanitário Hospitalar/UFPE.
Outro tema abordado pela farmacêutica/bioquímica, gerente de medicamentos do Hospital Municipal Odilon Behrens, em Belo Horizonte, especialista em Gestão Hospitalar pela Fundação Oswaldo Cruz e em Farmácia
Participantes do evento
em Fortaleza
Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente
Hospitalar e Clínica pelo Instituto Racine, Juliana Fonseca Sad, foi “Farmácia Hospitalar: a difícil tarefa de aliar custos com qualidade e responsabilidade”.
A seguir, as duas palestrantes comentam os dois temas:
Qualidade e segurança do paciente: um diferencial a ser
perseguido
“Qualidade pode ser definida como um conjunto de “círculos concêntricos”, onde no “alvo”, ou seja, no seu meio, estariam os profissionais de saúde, que utilizam duas ferramentas: a técnica e a relação interpessoal.
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A técnica diz respeito ao máximo que ele pode fazer pelo paciente dentro dos conhecimentos científicos mais atuais. E para implementar esses conhecimentos, ele precisa lançar mão de boas relações interpessoais para convencer e orientar o paciente.
No próximo círculo, podese colocar os elementos adicionais também importantíssimos para o cuidado de um paciente, como o conforto, a privacidade, a tranquilidade e a conveniência. E, no círculo seguinte, a contribuição do próprio paciente ou de seus familiares no tipo ou nas formas de seu tratamento, elemento extremamente importante por permitir a divisão de responsabilidades com o profissional de saúde.
É importante salientar que se deve buscar incansavelmente o melhor para o paciente. E oferecer todas as possibilidades terapêuticas para que ele também faça parte do processo de escolha do tratamento, de acordo com as suas necessidades e com os objetivos que ele quer alcançar.
Também devese considerar que nem sempre “altos custos” são sinônimo de “qualidade” e que “qualidade não é cara”, pois seus valores e resultados são intangíveis.
Os serviços de saúde qualificados devem tratar os pacientes assim como também oferecer qualidade assistencial em todos os processos do cuidado. A qualidade de um sistema de saúde engloba sete atributos: 1. eficácia, 2. efetivida
de, 3. eficiência, 4. otimicidade, 5. aceitabilidade, 6. legitimidade e 7. equidade.
E cabe às lideranças, os verdadeiros responsáveis pelo cuidado seguro dos pacientes: 1. criar um sistema na empresa/instituição que possa atribuir a todos os funcionários metas que sejam críveis e desafiadoras; 2. promover o domínio do processo e do conhecimento técnico pela equipe; 3. garantir a melhoria contínua e a padronização de todos os processos realizados segundo uma cultura sustentável de qualidade; 4. promover um sistema de treinamento especial para os talentos da empresa/instituição; 5. promover uma avaliação de desempenho transparente e construtiva segundo oportunidades de melhorias; 6. alinhar os interesses dos funcionários com os da organização, através de um sistema de incentivos e 7. promover uma cultura de tomadas de decisões com base em fatos, legislações e dados concretos dentro de princípios éticos para todos os processos do cuidado do paciente segundo os valores e missão institucionais.” (quadro 1).
A difícil tarefa de aliar custos com qualidade e
responsabilidade
“Esse tema representa uma tarefa difícil para nós farmacêuticos, já que é preciso fazer as aquisições em hospitais públicos garantindo a qualidade respeitando a tão temida lei de licitações e os princípios éticos da profissão farmacêutica.
Acredito que essa apresentação é antes de mais nada uma troca de
Profa. Dra. Sylvia Lemos Hinrichsen
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experiências entre colegas farmacêuticos e uma forma de auxiliar nessa tarefa do dia a dia da farmácia hospitalar. Nossa experiência é mostrada e passada aos colegas como informação para ser usada e para ajudálos na constante busca pela qualidade de medicamentos. Qual a qualidade do tratamento que estamos proporcionando a nossos pacientes? O que podemos exigir de um Edital, o que fazer com as amostras solicitadas, como e o que deve ser avaliado nesses medicamentos? O que diz a lei e o que é a responsabilidade farmacêutica? Esses principais tópicos discutidos durante as apresentações levam as pessoas a refletir sobre a qualidade dos medicamentos que estão no mercado sobre suas tarefas e responsabilidades. E mesmo no setor privado, que não precisa cumprir a lei de licitações, estes tópicos podem ser discutidos com os administradores hospitalares, mostrando a responsabilidade do farmacêutico nas aquisições e como ele é o profissional indicado para garantir a qualidade dos medicamentos.
Essa apresentação promove a discussão e a reflexão dos profissionais envolvidos. Além disso, a troca de experiências que acontece durante o evento é muito enriquecedora, pois os farmacêuticos colocam situações reais vividas no seu ambiente de trabalho, buscando opiniões e sugestões de como agir para garantir o melhor tratamento farmacológico para os pacientes.
Para enriquecer ainda mais a discussão são apresentados trabalhos publicados na literatura que avaliam as comparações entre medicamentos genéricos e de re
ferência e que mostram presença de impurezas, diferenças nas concentrações de princípio ativo que podem levar a diferença nas doses. Discuto muito a falta de estudos clínicos para comprovação de eficácia desses medicamentos, e como não posso deixar de frisar as deficiências da fiscalização no país. Quem está fiscalizando a produção de medicamentos durante toda a validade do registro no Ministério da Saúde, que é de
cinco anos? A corresponsabilidade ou responsabilidade solidária é de todos os farmacêuticos e empresas envolvidos na cadeia de produção desses produtos, que envolve desde a fabricação até a dispensação.
Enfim, esse ciclo de palestras tem sido um laboratório de aprendizado não só para os convidados, mas com toda certeza para os palestrantes, pois as experiências trocadas e os questionamentos instigam a busca por muito mais informações. A cada nova edição do evento há a necessidade de buscar mais novidades, pesquisar mais e trocar mais experiências.”
Bibliografia recomendada:
• Donabedian A. The quality of care. How can it be assessed? 1988, Arch Pathol Lab Med 1997;121(11): 114550.
• Falconi V. O Verdadeiro Poder. Ed: INDG Tecnologia e Serviços Ltda. 2009; 159 pp.
• Pradhan M. Quality in healthcare: process. Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology. 2001;15(4):555571.
Juliana Fonseca Sad
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A Campanha Esperança e Vida, promovida pela AstraZeneca, é uma
iniciativa social realizada em parceria com clínicas e hospitais especializados em oncologia, na qual visa promover a valorização das mulheres que estão passando por qualquer tratamento de combate ao câncer de mama, estimulando o resgate da autoestima dessas pacientes.
O projeto teve início no ano de 2009, juntamente com o “Encontro com a Autoestima”, realizado em clínicas e hospitais oncológicos de inúmeras cidades do país.
Dentre as instituições participantes estavam o CRIO – Centro Regional Integrado de Oncologia (Fortaleza, CE), Instituto de Oncologia do Vale (São José dos Campos, SP), Instituto do Radium (Campinas, SP), INCA – Instituto Nacional do Câncer
campanha foi direcionada para a fase mais difícil da doença, ou seja, o tratamento e seus reflexos na qualidade de vida.Foram realizadas inúmeras ações vivenciais, como sessão de maquiagem, fotos e informações sobre o câncer de mama para toda a família. Além disso, as melhores imagens e depoimentos das ações originaram dois calendários, um de mesa e outro de parede, e foram distribuídos em clínicas, hospitais participantes, e demais profissionais da área em todo o país. As ações foram bastante premiadas na mídia, e os “Encontros com a Autoestima” foram destaque em diversos veículos nacionais, concorrendo inclusive no 34º Lupa de Ouro, maior premiação da indústria farmacêutica em 2010, e sendo vencedor nas categorias “Evento de Responsabilidade Social” e “Comunicação Visual” do 11º Prêmio Caio, considerado o “Oscar” na área de eventos, marketing promocional e turismo de negócio, realizado no último mês de fevereiro.
Durante toda a campanha é constantemente ressaltado que o comportamento positivo do paciente pode influenciar diretamente nos resultados do tratamento. Dessa forma, a autoestima é considerada fundamental para que a mulher enfrente a doença, tenha uma melhor qualidade de vida e con
Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama
Os “Encontros com a Autoestima” reuniram mais de 400 pacientes, amigos e familiares.
(Rio de Janeiro, RJ), Clinionco (Porto Alegre, RS), Oncomed (Belo Horizonte, MG), ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (São Paulo, SP), NOB – Núcleo de Oncologia da Bahia, entre outras.
Os “Encontros com a Autoestima” reuniram mais de 400 pacientes em tratamento, juntamente com amigos e familiares. Toda a
Durante toda
a campanha é
constantemente
ressaltado que o
comportamento positivo
do paciente pode
influenciar diretamente
nos resultados do
tratamento
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sequentemente obtenha sucesso no tratamento.
Outro fator preponderante é que através dos encontros tornouse possível a troca de experiência entre pacientes que vivenciaram situações semelhantes, além de desfrutarem de momentos agradáveis, ouvindo os mais diversos relatos sobre a importância da autoestima ao longo do processo de cura da doença.
A iniciativa está focada em trabalhar a humanização, o resgate e manutenção da autoestima dessas mulheres que sofrem ou sofreram pelo câncer de mama. Uma das melhores formas para atingir esse objetivo é o apoio constante e incondicional da AstraZeneca às instituições e profissionais da área da saúde que têm experiência no tratamento desse tipo de tumor.
Estudos apontam que quanto maior a autoestima, maior será sua segurança e tranquilidade, tornando o tratamento mais eficaz, e esse é um dos pontos que os médicos, enfermeiros e psicólogos buscam aprimorar.
Também foram entregues para as pacientes o Oncoguia com instruções sobre os direitos do portador de câncer, e um formulário com a pergunta “O que deixa sua autoestima elevada?”, que tem o intuito de fazer com que as pacientes reflitam sobre quais os valores mais importantes para a mulher que passa por esse momento delicado.
Outra ação abordada na campanha foi a distribuição de guias explicativos, com dicas de como manter a qualidade de vida, a autoestima e a sexualidade.
Guia para a paciente
No Guia para a Paciente são apresentadas importantes dicas para que a paciente enfrente o câncer sem perder sua feminilidade. Também é apresentada a importância da autoestima durante todo o processo de cura, valorizar o apoio dos familiares e amigos, e o quanto é fundamental manter os cuidados antes, durante e depois do tratamento.
O guia foi elaborado para que a paciente saiba que é necessário estar bem fisicamente e mentalmente durante o tratamento, e que se informar sobre a doença e as terapêuticas existentes é o melhor caminho a ser escolhido no processo de cura da doença.
Estúdio fotográfico criado no Encontro da Autoestima.
as principais características da participante, no qual é avaliado o trabalho desenvolvido, auxiliando na montagem de atividades no hospital ou na clínica, enquanto os parceiros e familiares recebem guias com conselhos de como lidar com a paciente, além de um guia para crianças e adolescentes para ajudálos a enfrentar essa situação.
Durante este ano, o projeto pretende ainda realizar 18 ações, e a primeira já foi realizada no final do mês de fevereiro no Oncocentro do Hospital São Carlos, na cidade de Fortaleza CE.
Ao final do “Encontro com a Autoestima”, as participantes recebem um questionário, que tem como objetivo conhecer quais
Estudos
apontam
que quanto maior a
autoestima, maior
será sua segurança
e tranquilidade,
tornando o tratamento
mais eficaz
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Um dos destaques da nova página será a inclusão de webmeetings, uma série de aulas de extrema
relevância na prática diária dos farmacêuticos.
Durante o ano serão ao todo quatro vídeosaula, sendo que a primeira será apresentada no próximo dia 21 de junho, e as demais acontecerão nos dias 12 de julho, e no mês de agosto nos dias 2 e 23. Todas as aulas vão estar relacionadas à cardiologia.
Além disso, o visitante também
poderá solicitar no Acess Net resumos e íntegras de estudos científicos de forma gratuita e com rapidez, através de uma equipe especializada e de um banco de dados com materiais nacionais e internacionais.
No portal também é possível encontrar apresentações de cursos e palestras realizadas no Brasil, ministradas por renomados profissionais da área, juntamente com uma agenda científica com data, local e sites dos principais eventos e congressos do campo farmacêutico no Brasil e no exterior.
Em Eventos AstraZeneca é disponibilizada uma programação com cursos de Atualização Farmacêutica e encontros farmacêuticos promovidos pela AstraZeneca.
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