Fontes Alternativas de Energia Elétrica : Potencial Brasileiro, Economia e Futuro
Jornal Energia do Futuro
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30 anos sem acidentes em usinas nucleares
Era manhã de 11 de março de 2011 quando um terremoto de magnitude 8,9 na Escala Richter seguido de um tsunami atingiu a costa japonesa. A usina nuclear Fukushima I, incapaz de aguentar a força dos fenômenos naturais, superaqueceu e derreteu seu núcleo, liberando quantidades significativas de material radioativo na água.
30 anos depois, a indústria aprendeu como fazer usinas mais seguras: o modelo de Fukushima, chamado de reator de água leve, foi aposentado e trocado pelo modelo de reator de sal fundido: em caso de emergência, o sal(aquecido até o estado líquido) é liberado no reator, impedindo vazamento pelo congelamento do processo. Os reatores de fusão do hidrogênio também são extremamente seguros, porque qualquer mudança de temperatura dada por falha sistemática encerraria a fusão automaticamente, sem perigo de explosão ou superaquecimento.
O elemento utilizado agora nas usinas de fissão também é mais seguro: o tório tem meia vida curta, ou seja, sua radioatividade não dura tanto quanto do urânio e plutônio. Enquanto Chernobyl, cidade também vítima de acidente nuclear, só ficará livre da radiação em 48 mil anos, uma cidade contaminada com tório ficaria em questão de poucas décadas.
As notícias do amanhã
Energia limpa: emissão de CO2 é chega a
10%A atmosfera deixou de receber 1,8 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa, que seriam lançados se a matriz energética principal
continuasse sendo o carvão.
Na China, as usinas nucleares tomaram boa parte do espaço da energia fóssil, dona de 84% da produção em 2009. A fusão de hidrogênio e a fissão de tório-232, líderes na China e do mundo, geram muito pouco CO2.
Tal evolução acabou aposentando fábricas de máscaras antipoluição, comuns décadas atrás.
Colônias na Lua usarão mesma tecnologia das moradias marcianas
A primeira tentativa de colonização lunar usará como fonte energética o tório, já utilizado na colônia em Marte. O material radioativo será extraído do próprio solo lunar, que desde o final dos anos 90(com a sonda Lunar Prospector) é conhecido por ser rico em tório: em regiões mais concentradas, cada grama do solo
contém até 12 microgramas de tório. Isso pode parecer pouco, mas nas devidas proporções significa uma imensa abundância: a quantidade de tório necessária para a vida toda de um indivíduo cabe numa palma da mão - apenas 11,300 toneladas de tório minerado poderiam suprir a demanda energética Terra com seus 9 bilhões de habitantes por um ano. “Nossa intenção também é exportar o minério lunar para as outras colônias” diz Neil Armweak, porta-voz da NASA.
Carro voador também rodará a base de hidrogênio, diz engenheira da GM
Há muito tempo o hidrogênio líquido já é usado na propulsão de foguetes, devido a sua grande eficiência energética, sua leveza e volume pequeno quando no estado líquido. As vantagens do hidrogênio também chamaram atenção da
indústria automobilística, e o primeiro carro movido a hidrogênio vendido comercialmente foi o Toyota Mirai, de 2015.
A urgência por um combustível que não prejudicasse a natureza impulsionou as pesquisas em relação aos veículos movidos ao hidrogênio até chegar numa solução viável economicamente. Agora, a ideia verde chegou aos sonhados aerocarros. “Até 2043 já teremos o primeiro modelo movido a hidrogênio” diz Akira Jiang, da General Motors. “Esse é o século do hidrogênio quando falamos de energia e combustíveis, e nosso aerocarro não ficará de fora.”
Editorial:
Deixando a Terra mais livre, mais pacífica e mais limpa para o século XXII
Entre 1946 e 1993, treze países despejavam inconsequentemente seu lixo nuclear no oceano. Depois dos danos a natureza serem melhores estudados, até hoje a lei é enterrar o produto tóxico(além do próprio plutônio e urânio inutilizável, roupas, luvas, etc).
Radioativamente perigoso
por mais de 24 mil anos
Radioativamente perigoso
por cerca de 100 anos
As usinas de urânio e plutônio estão ficando cada vez mais raras, dando lugar aos LFTR(reatores de fluoreto líquido de tório), ou seja, o
lixo para ser tratado é muito menor. O LFTR produz 20 vezes menos elementos pesados difíceis de serem processados e seu lixo tóxico é constituído predominantemente por césio-137, elemento que torna-se rapidamente inofensivo para a vida humana.
Uma bomba nuclear de fissão necessita de plutônio-239, isótopo esse que só é gerado pelo tório após um processo inviável e muito trabalhoso. Sendo assim, há menor proliferação de armas nucleares, levando à provável extinção das bombas atômicas antes do fim do século.
651,200 era o número de casos diagnosticados de câncer de pulmão em 2015. Com a diminuição da poluição do ar, esse número abaixou 10%, provando o efeito direto da energia limpa na vida das pessoas.
E então, o futuro pertence a fusão nuclear e a fissão de tório, sim ou com certeza?