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Código: 00330140000001 JORNAL: Empório de Notícias 31/03/2009 EDIÇÃO comemorativa – Inatel – 44 anos. Empório de Notícias, Santa Rita do Sapucaí, v.2 n.18, 31 de março 2009.

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Código: 00330140000001

JORNAL: Empório de Notícias31/03/2009

EDIÇÃO comemorativa – Inatel – 44 anos. Empório de Notícias, Santa Rita doSapucaí, v.2 n.18, 31 de março 2009.

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O senhor poderia noscontar sobre a lenda que

envolveu a vinda doPresidente ao Inatel?

Tem um fato que contam,mas que não sei até que pontoé verdade. Dizem que, certavez, um presidente da repúbli-ca veio ser paraninfo aqui doInatel, na época do regimemilitar. Por esse motivo, haviaum esquema de segurançaainda mais intenso do que onormal. Uma semana antes,chegaram à cidade muitosseguranças que vasculharam afaculdade inteira. Eles olharamaté no forro. No auditório daEscola Técnica de Eletrônica,onde seria realizada a colação,a partir do momento em queeles vasculhavam tudo, ficavaum guarda de plantão, paraque só entrassem e saíssempessoas autorizadas. Ointeressante foi que, quando acomitiva estava chegando aoInatel com o presidente, faltou

água na faculdade e pedirampara que o responsável fosseaveriguar porque as caixasd'água estavam vazias.Naquela época, nós tínhamosuma certa dificuldade com aquestão da água, devido àlocalização, e utilizávamos umpoço. O fato foi que coincidiuda comitiva estar entrando nafaculdade e um funcionáriogritar para o encanador: "Ligaa bomba!" Dizem que foi umacorreria! Os militares querendosaber que bomba era aquela eisso teria causado um grandetumulto.

O senhor assistiu a umvídeo que fizeram em sua

homenagem e que está hojeno site Youtube?

Eu sou muito irriquieto. Eutenho muita dificuldade, porexemplo, de participar de umareunião porque eu não consigoficar parado ali. Eu precisoandar, me movimentar e tal.

Durante as minhas aulas eu memovimento muito. O queaconteceu foi que, há mais oumenos um ano e meio atrás,apareceu no Youtube um vídeochamado "Psy Navantino".Um aluno me filmou dandoaula, com um celular, fazendogestos e movimentos, e depoisachou uma música maisacelerada e também acelerou ovídeo com os meusmovimentos, rigorosamente noritmo da música. Ficou, doponto de vista do trabalhodele, uma coisa extremamentebem feita. Quando eu fiqueisabendo, eu fui até lá e vi quejá tinha tido mais de dois milacessos. Eu não considereiaquilo como uma afronta,embora eu tenha conseguidoidentificar em que turma foifeita a gravação. Eu atécomentei com a turma:

"Eu vi o vídeo, achei muitobem feito, não estoupreocupado em saber quemfoi, não achei uma falta derespeito, mas tomem cuidadoem pedir autorização àspessoas antes de colocarem naintemet, porque pode trazercomplicações com a questãodos direitos de imagem."

As suas notas foram asmaiores do Inatel, em todos

os tempos?

Não, não ... Eu fui umaluno que sempre teve um bomrendimento escolar, mas nóssempre tivemos grandes alunosno Inatel. Eu não saberia dizer,caso fossem calculadas todas

Navantino, fala sobre sua trajetória esobre as lendas que marcaram o Inatel

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as médias, em qual posição euestaria, mas eu conheço sufi-cientemente bem outros alunosque passaram por aqui - antese depois de mim - quepossivelmente tenham tidonotas muito maiores do que asminhas.

Como o senhor foi escolhidopara dar aula na instituição?

Eu fui contratado paratrabalhar na área com maiormercado de trabalho na época,que era a "telefonia". Eusempre gostei dessa área e tivea felicidade de, logo nocomeço do curso, teridentificado uma área dastelecomunicações em que eugostaria de trabalhar. Esseperfil meu, fez com que oprofessor Carlos Prata meindicasse ao diretor do Inatelpara atuar nessa área. O fato deeu ter sido monitor dele etambém pelo meu interessenessa área, foram até maisimportantes do que o meurendimento escolar para quefosse convidado. As notas doaluno tem uma certaimportância, mas não são tudo.Eu conheço ex-alunos queforam brilhantes sob o pontode vista acadêmico e quetiveram um teto de progressãorelativamente baixo em relaçãoao que a gente poderiaprojetar, olhando as notas dele.Acontece também o contrário.Eu conheço alunos que nãotiveram um rendimentoacadêmico brilhante e quechegaram a ser presidentes degrandes empresas. Narealidade, o exercícioprofissional é uma somatóriade valores. O rendimentoescolar é importante, mas

apenas a primeira chave queirá abrir a primeira porta.

Como foi sua chegada aoInatel?

No início, chegamos apensar que o Inatel fossefechar. A despesa era maior doque o rendimento. Algunsprofessores chegavam a dar 6meses de aula sem salário.

Quando eu cheguei, aindajovem, aqui era uma fazenda.Era um dia chuvoso e haviaverdadeiras crateras de erosãonos morros que contornavam ainstituição. Eu vim para cáacreditando que aquifuncionava uma escola deengenharia, porque eu estavana chamada "Idade heróica". Éuma época da sua vida em quevocê se alista como voluntáriopara ir pra guerra, você casa,ou vem estudar no Inatel queeu vi naquela época. Eu vimpor conta de um idealismo, oude uma falta de percepção deque aquilo que eu estava vendoali não poderia ser uma escolade engenharia. E podia ... Mashouve uma dificuldade muitogrande. Hoje, quando vemos oreconhecimento que o Inatelatingiu e a estrutura quepoucas escolas têm, devemosnos lembrar de que tudo issofoi conseguido graças aoempenho desses pioneiros.

Os alunos de hoje ainde têmesse idealismo?

Os alunos e ex-alunos aindacontribuem muito para isso. Apostura deles é a melhorcontribuição que eles podemdar. Aqui você não vêpichação nas paredes, você nãovê cartaz colado ... tudo isso é

importante. É uma somatóriade pequenos detalhes.

No Inatel, existe umapreocupação especial com o

bem-estar?

A gente cuida disso. Nósacreditamos que o ambiente deprodução intelectual tem queter alguns requisitosnecessários para um bomfuncionamento. Tem que serum ambiente limpo, tem queoferecer prazer. Por isso, nóstemos um campus muitoarborizado, tem muita grama,você vê que tem muitosquadros pelos corredores, paratornar o ambiente agradável. Agente fala que, na idade dessesjovens, tem muita coisa maisgostosa para fazer do queestudar. Nem por isso eu ouvi,até hoje, um aluno dizer que éum sacrifício para ele vir parao ambiente do Inatel. Aqui elepode ficar debaixo de umaárvore, ou pode sentar sobre agrama. Apesar de nós não oproibirmos de caminhar sobrea grama, isso não acontece,porque eles nos ajudam napreservação do patrimônio.

Por que eles têm umapostura tão saudável em

relação ao ambiente deles?

Por iniciativa dos própriosalunos. Nós nunca dissemosque eles não podiam pisar nogramado mas, ainda assim,você não vê trilhas nele.Quando eu fui diretor doInatel, existia um depósito quenós resolvemos demolir ecolocar um gramado porquenão estava agradável. Quandoterminamos de gramar, o pes-soal da conservação sugeriuque fizéssemos uma calçada

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para as pessoas caminharem aoalmoxarifado. Eu falei: "Plantaa grama e deixa o pessoalpisar." Seis meses depois,estava definido exatamente poronde o pessoal passava. Entãoeu falei: "Agora podemosconstruir a calçada sobre atrilha".

Eu sempre gostei de cuidarpara que o ambiente fosse omais agradável possível. Emminha casa, por exemplo, eusempre gostei de plantar rosasno jardim. Em um belo dia,depois do dia dos namorados -eu estava dando aula - quandoum aluno me falou: "Nesseano o senhor decepcionou agente, professor! Nem no seujardim tinha rosas pra genteroubar para dar às nossasnamoradas!".

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Qual é o segredo do Inatel?

O Inatel sempre teve umcorpo docente totalmentecomprometido com aqualidade e que tinha ainstituição como parte de suasvidas. Isso fez com que di-versos desafios que foramocorrendo fossem vencidoscom coragem. Teve uma épocaem que a inflação estava em80% ao mês e tínhamos amensalidade fixada para o anointeiro. Em meio a tantasturbulências, a escola veio comuma sequência deadministrações extremamentepositivas. Desta forma, essahistória de 44 anos passa porpioneirismo, por ousadia, porsonhos e realizações. Nóstivemos muitas dificuldades,mas todas elas foramsuperadas pelo compromissoda comunidade com a obra,

pelo conhecimento para setrabalhar em um projetotecnológico e pela competên-cia dos colaboradores. Essacomunidade tevecompromisso, teveconhecimento e tevecompetência para colocar oInatel na condição em que seencontra agora.

Qual é a situação dainstituição hoje?

Temos uma escola quetrabalha no conceito deuniversidade, que ensina, quefaz pesquisa, que faz extensão,que está se internacionalizandona África e na América Latinae que tem um bom nome naEuropa.

A instituição, no momentorecente, diversificou muito osseus serviços ao mercado etornou-se ainda mais reco-

nhecida por isso. Nóstrabalhamos hoje com asprincipais operadoras detelecomunicações e decapacitação de recursoshumanos; atuamos junto aogoverno com projetos depesquisas e de fomento eabrangemos o que existe demais significativo emformação técnica, associada aatividades complementares.

A escola tem crescidotambém em seu número deespecialidades. Nós temos hojeo curso de"Telecomunicações", o de"Engenharia da Computação",vamos abrir um curso inovadorde "Engenharia Biomédica",além de cursos de"Tecnólogos".

Como ocorre o intercâmbiodo Inatel com acomunidade?

Na história recente, o Inatelintensificou sua relação deapoio com a comunidade deSanta Rita. Nós apoiamos,dentro do possível, todas asentidades educacionais dacidade e algumas entidadesque realizam trabalho social.Nossa ajuda vem através dadisposição de algumas estru-turas e serviços, além do apoioa projetos culturais eesportivos.

Nós colaboramos tambématravés da nossa incubadora deempresas. Temos hoje, quase40 empresas graduadas, quegeram 600 empregos diretos equase 1800 empregos

Professor Wander fala sobre os sonhos econquistas do Inatel

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indiretos, através de empresasque saíram de nossaincubadora. Esse projeto éresponsável pela geração derenda e pela geração deempregos para o nosso pólotecnológico de Santa Rita.80% das empresas da cidadetêm um ex-aluno nosso comosócio. Desta forma, esse ladoempreendedor é umcompromisso assumido peloInatel com o desenvolvimentolocal.

O Inatel tem um projetosocial para alunos carentes,chamado "Casa Viva". Oobjetivo é alfabetizartecnologicamente essascrianças. Um movimento quese associa a todas as escolaspúblicas do nosso municípiopara fazer com que o alunodedique parte do seu tempo aelas e parte do seu tempo aaprender aqui no Inatel. No"Casa Viva", além das noçõesde tecnologia, as criançastambém trabalham noções deempreendedorismo, de com-portamento e têm contato comatividades artísticas eesportivas.

Nosso sonho é fazer comque algumas dessas crianças,com vocação tecnológica,passem pelo módulo 1 (EnsinoFundamental), depois pelomódulo 2 (Ensino médio),entrem nos nossos programasde empreendedorismo, tenhamuma empresa incubada egraduada, e retomem ao nossopolo empreendedor de SantaRita para gerarem emprego erenda. Nós gostaríamos depegar um meninoextremamente carente e fazê-lopassar por um processo que irátorná-lo um empresário. Umatransformação completa,

através de um projetopreparado para que isso ocorra.

Qual é a busca do Inatelquanto à formação de seus

engenheiros?

Nós buscamos a formaçãogeral do engenheiro, através dodesenvolvimento de suascompetências nas áreas:técnica, administrativa ecomportamental. Isso tudoalicerçado a um trabalho muitoforte no campo ético e nocampo da sustentabilidade.Nós procuramos formar ocidadão, trabalhando o serhumano de uma forma geral.Procuramos formar o homem,na sua totalidade, a serviço daengenharia.

O senhor acredita que abiomedicina trará para

Santa Rita umatransformação tão

significativa quanto foi noinício de nossa trajetória

tecnológica?

Na realidade, eu não separouma coisa da outra. Hoje emdia, todas as áreas envolvemEletrônica, Informática eTelecomunicações. Noentanto, a área de saúde éextremamente fértil. O que tempara se fazer nesse segmento éalgo inimaginável. Além disso,nós não temos caracterizada noBrasil uma cidade que reúneisso. Santa Rita é uma cidadeque tem todas as condiçõespara isso. Nós contamos comum investimento importante doInstituto Rennó & Kallás ecom a competência dasinstituições de ensino dacidade. Eu entendo que SantaRita, que já é uma cidadediferente, vai se tornar cada

vez mais estratégica para aregião, para o estado e para oBrasil. Vai se desenvolver,cada vez mais, na área depesquisa e na área educacional,através do meio empresarial.

Existe uma diferença muitogrande entre o ambiente dasinstituições de ensino eempresas, em relação aorestante da cidade.

Por que isso ocorre de formatão gritante?

O que a gente precisa emSanta Rita é ter umasequência de administraçõescom "visão estratégica". Sepegarmos como referência ahistória do Inatel, veremosque nós tivemos pelo menoscinco gestões com sequênciaadministrativa. Isso é ex-tremamente importante. Épreciso dizer também que opoder público municipal nãoconseguirá fazer o queprecisa ser feito sem aconstrução de projetos e abusca de recursos externos.A prefeitura deve ter umareceita de, aproximadamente,35 milhões e, se a genteolhar a quantidade de coisasque precisam ser feitasdentro da cidade, eu imaginonão ter muito recurso paraisso. Então, há a necessidadede um planejamentoestratégico da prefeitura queaponte a busca de recursosexternos para melhorarmos anossa situação. A prefeituraprecisa ter um planejamentoadministrativo extremamenteprofissional para dar contade resolver tudo isso.

Quando eu fui seu aluno, osenhor gostava de

declamar poesias no final

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das aulas. Por favor,finalize a entrevista com

uma de suas poesias.

SONHO DE LIBERDADE

Tive um sonho.Sonhei com a beleza humildede um Beija-flor e com a flor.

Sonhei com a sinfonia dascascatas

E o aplauso frenético dospássaros.

Sonhei com as estrelas e comalmas,

Sonhei com relações fraternase solidárias,

Com luta sem violência,Com caridade necessária.

Sonhei com igualdade semlimites,

Com liberdade.Sonhei com um mundo sem

dor,Com o jardim da felicidade,

Como amor.Sonhei com a comunidadesanta-ritense e seus líderes,

Com Sócrates, Ghandi,Francisco de Assis, Jesus!

Sonhei,Sonho,

Sonharei.

Prof. Wander Wilson Chaves

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Quem, em sã consciência,pode descartar a importânciada paz interior comoinstrumento indispensável aoseu convívio, com asexigências do nosso cadadia?

É da índole do ser humanoo relacionamento entre ascriaturas.

Segundo o projeto doCriador, esse relacionamentodeve ser solidário, isto é,deve haver respeito mútuo,compromisso entre aspessoas que se relacionam. Enesse compromissoharmonioso que gera a PAZINTERIOR, em cada pessoa,e em seu desdobramento nasociedade.

Parece-me tambémnotável a esperança que nu-trimos por essa PAZ, dentrode uma comunidade, de umpaís, de um continente,dentre todas as criaturas.

Eu não sei precisar bem,mas há informações sobre aexistência fidedigna dessaconvivência. Se houvetentativas, qual foi o motivodo rompimento de tãosalutar convívio? Na minhaconcepção, basta que existaum só integrante dessacomunidade que se disponhaa tirar proveitos pessoais daconfiança, da sinceridade deque se alimenta.

De uma coisa eu nãotenho dúvida: a PAZ numacomunidade, seja ela qualfor, depende da consci-entização, do interesse e dadisponibilidade de cadaintegrante com o mesmoobjetivo.

Meus amigos, nessepróximo mês de abril estareichegando ao limiar dasoitenta primaveras. Eusempre aspirei a essaconvivência, pois cresci em

uma família de 16 filhos,cujos pais eram humildes,praticamente sem cultura.Papai - apenas com osegundo ano primário -desempenhava de formaíntegra a profissão defuncionário dos Correios eTelégrafos. Mamãe,analfabeta, mal seria capazde assinar seu nome, e sedoutorava em lidar com os16 filhos. No entanto,aprendi deles o compromissocom a família. Meus paisestavam sempre disponíveisem estender a mão aosvizinhos ou conhecidos, queeram ainda mais humildes doque eles.

Foi com essa concepçãode vida que um cidadão deum abrigo - um tímido Inatel- em outro espaço, me atiroue me deixou sozinho aqui,desde fevereiro de 1970, comuma esposa (uma mulherguerreira, sensível -extremamente- aos meusprincípios) e 5 filhosmenores. O mais velhoestava com 7 anos. Hoje, em2009, esse abrigo é ograndioso Inatel.

Só tenho uma explicaçãocabal para justificar como eupude aceitar tal desafio: apresença Divina, na nossabusca pela PAZ interior.

As obviedades de PraxedesProcurando a Paz

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A ETE, em cujo seio foigerada a ideia eimplementado o projeto doInatel, se congratula pelosseus 44 anos de existência. E,como a História é a Mestra daVida, vai aqui o registrohistórico deste processo.

Consta nas ATAS daAssembléia Geral Ex-traordinária da ETE, do dia 3de março de 1965, às 9h damanhã, a realização de umareunião presidida pelo Sr.Antonio Moreira Carneiroque argumentou em prol deque se fundasse em SantaRita um Instituto Nacionalde Telecomunicações(INATEL) para ministrarensino teórico e prático dasdisciplinas exigidas pelalegislação em vigor, parahabilitação profissional dosdiplomados em engenhariaespecializada no ramo dastelecomunicações e realizarpesquisas com referência aesta especialidade. Ar-gumentava a urgênciadaquela empreitada visto ogrande interesse de órgãospúblicos e privados neste,ramo. Afirmava que oelemento vital deste projeto

"é a existência em Santa Ritada Escola Técnica deEletrônica, a qual numprimeiro estágio, por suasinstalações e equipamentos,oferece condições parafuncionamento imediato doInstituto".

Depois de algumasponderações a favor desteprojeto, foi aprovada aseguinte proposta subscritapelo Deputado Bilac Pinto: "Ecriado, por deliberação daAssembléia Geral da FundaçãoDona Mindoca, RennóMoreira, o Instituto Nacionalde Telecomunicações de SantaRita do Sapucaí, Minas Gerais,como Estabelecimento deEnsino Superior e Pesquisa,autônomo, orientado peloConselho Nacional deTelecomunicações(CONTEL), pela Con-federação Nacional deIndústrias (CNI) e subordinadoà Diretoria do Ensino Superiordo Ministério de Educação eCultura (MEC) e sob opatrocínio da sobreditaFundação". A proposta foiaprovada por unanimidade...

Assinaram o documento:

Antônio Moreira CarneiroBilac PintoMaria do Carmo Moreira PintoJosé de Almeida PaivaDelfim Rennó MoreiraP. José Carlos Lima VazBenedicto RennóAntonieta Moreira de Barros DiasElpídio CostaMaria do Carmo Rennó BarbosaMaria Nazareth Costa MoreiraAlzira Portugal Rennó

Em ata subsequente, domesmo dia 3 de março,tomam-se as providências edefinem-se comissões eresponsabilidades, ficandonomeado o Presidente dacomissão o Sr. Joaquim Ináciode Andrade Moreira paraquestões econômicas, o Dr.Fredmarck Gonçalves Léãopara questões jurídicas, o Dr.José Nogueira Leite comoDiretor-Provisório daCongregação, ensino eorganização didática e o Dr.Fernando José Constanti paraos trabalhos das instalaçõesdefinitivas.

Assinaram o documento:

Antônio Moreira CarneiroBilac PintoMaria do Carmo Moreira PintoJosé de Almeida PaivaDelfim Rennó MoreiraPe. José Carlos de Lima VazBenedicto RennóAntonieta Moreira de Barros DiasElpídio CostaMaria do Carmo Rennó BarbosaMaria Nazareth Costa MoreiraAlzira Portugal Rennó

Pe. Guy Ruffier adentra os arquivos daETE para desvendar os primeiros passos

do Inatel

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Com estes e tantos outrosdocumentos, se fundamentavauma internacional atividadepara o progresso da ciência einstrumentação paracomunicação entre os povos.Parabéns!

ETE FMC. 50 anos. Tudocomeçou aqui!

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Vim para Santa Rita em1952 estudar no InstitutoModerno de Educação eEnsino - IME , que era omelhor colégio da região eestava localizado onde hoje é oINATEL. Eu vinha de DelfimMoreira, uma cidade pequena,e esta cidade me assombroupela sua beleza e cultura. Foifácil me apaixonar pela cidadee pela Rita. Estudei no IMEdurante três anos fazendo ocolegial. O Cel. FranciscoMoreira da Costa foi oparaninfo de nossa turma.

Todo ano, no dia 11 deagosto, era comemorado o Diado Estudante e o Instituto seenchia de sons, cores e alegriacom a festa da Rainha dosEstudantes. Esta festa só eramenor que a festa de SantaRita.

O acesso à escola eraprecário. Depois da Igreja deS.Benedito nada mais havia anão ser a chácara do Sanico euma estrada de terra batida queia dar na porteira do Colégio.Existia, de um lado, a casa doprof. Castilho e, do outro, acasa da doutora Maria José

Mendes. A casa do prof.Castilho é hoje a Casa Viva doINATEL.

Nós usávamos umuniforme caqui, abotoado até opescoço no estilo militar daépoca mas, aos domingos,tínhamos autorização parausarmos roupas civis parairmos à Missa e passear napraça.

Certa vez, um dos alunos,vindo da cidade, pulou aporteira. O prof. Castilho queestava descansando na entradado edifício o repreeendeu doseguinte modo: jovem, não fazmais isso, não. O cavalo vê eaprende.

A História do IME éapaixonante.

Em 1912, o Sr. Antonio deAssis Longuinho, José Mendese a Srta. Cilencina Tellesfundaram o " Collegio SantaRita" para o ensino do cursoprimário e secundário.

Em 1918, oestabelecimento passou a serdirigido pelo Dr. Leopoldo deLuna e o Prof. José Raposo deLima. Nesse mesmo ano, o Sr.

João de Camargo foi admitidocomo sócio.

Como a afluência de alunosera muito grande, os senhores,Leopoldo de Luna e João deCamargo resolveramtransformar o Collegio SantaRita em dois Institutos deEducação: um para rapazes, oInstituto Moderno deEducação e Ensino, e outropara moças, a Eschola NormalOfficial. Quando estudei ali, ocolégio já era misto.

Para que seu estudo fosseválido, até 1921, o Prof. Joãode Camargo levava, no finaldo ano, os alunos paraprestarem exames no ColégioPedro II, no Rio de Janeiro.Em 1921, o DepartamentoNacional de Ensino concedeuao IME o direito de ter suabanca examinadora oficial.

O prédio em que funcionouo IME e onde hoje estáinstalado o INATEL, foiconstruído pelamunicipalidade. Tinha, naparte de baixo, um vastosalão que servia comorefeitório e, nos dias de festa,era o salão de baile. Na partede cima, localizava-se odormitório, pois oestabelecimento possuíainternato e externato.

A partir de 1935, o IMEfoi dirigido pelo Prof.Henrique Del Castillo.

Em 1960, oestabelecimento foiadquirido pela Companhia deJesus, os padres jesuítas, queestavam instalando, a pedido

Revelando a história Ivon Luiz PintoO Instituto Moderno de Educação e

Ensino

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de Dona Sinhá, a EscolaTécnica de Eletrônica.

Foi aí, em 1962, queiniciei minha carreira demagistério como professorde Física, Química eBiologia e, depois, deHistória, pela qual meapaixonei. Muitas vezes, asala em que eu estavaministrando aula era amesma em que fui aluno eisso me transportava notempo como uma máquinamágica e eu revia colegas eprofessores e me esquecia nacontemplação. Foi ali que oEveraldo, ou o Celso Adami,inspetores de alunos,também conhecidos porbedel, chamavam nossaatenção por causa dasbrincadeiras. Foi ali quepassamos a vergonha desermos surpreendidos embaixo da sala, olhando aspernas das meninas, atravésdas frestas das tábuas doassoalho.

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O Inatel passou por muitasdificuldades no início. Quais

fatos sedimentaram acontinuidade da Instituição?

Justino - No início, foiuma luta muita grande.Quando o professor José Leitemorreu (ele foi um dosfundadores e primeiro diretordo lnatel), ele tinha umconjunto de planos e projetosmuito amplos para a ins-tituição. Nós precisávamos deuma pessoa que tivesseparticipado dos primeiros mo-vimentos da formação dolnatel. Alguém que seidentificasse com aquelasidéias para dar continuidade,dentro das possibilidades deque nós dispúnhamos. Aí foiescolhido o professorFredmark, outro dosfundadores, que já trabalhavaem Itajubá há vários anos,antes de vir para cá. Aprimeira providência que eletomou foi mudar para SantaRita. Ele viajava muito a

Brasília para conseguirrecursos para a nossainstituição. Ele assumiu amissão de tentar incluir oInatel em programas doMinistério da Educação. Aíaconteceu um fato muitointeressante. Havia, por causado comércio exterior do Brasilcom os países do LesteEuropeu - Hungria,Tchecoslováquia, AlemanhaOriental, Polônia e outros - umcerto crédito do Brasil comesses países. Então uma partedesses créditos foi paga comequipamentos de várias áreas.O Inatel conseguiu entrarnesse programa e recebeu umaquantidade inacreditável deequipamentos de primeirageração, advindos dessespaíses. Apesar de ser umainstituição muito pequena,com cento e poucos alunos, oInatel recebeu equipamentosde laboratório para váriosníveis do curso e com issoganhamos uma nova

dimensão. Isso foi no final de1969.

No início de 1970, assumiua direção o Prof Luiz Gomes,que administrou o lnatel pormais de 15 anos. Na época, ainstituição contratou oprimeiro professor de tempointegral para fazer aimplantação de todo esseequipamento que chegou. Foio professor José Maria. Ele eraprofessor da UniversidadeFederal de Minas Gerais jáhavia muitos anos e transferiu-se para Santa Rita. Veiotrabalhar em tempo integral eajudar a tocar a obra na qualacreditou e assumiu as funçõescom muito entusiasmo. Eleadmirou-se, no dia em queaqui chegou, com aquelaquantidade de equipamentos.Não era comum você encon-trar instrumentos daquele portenas instituições da época.Desde então, a escola passou acontratar os professores detempo contínuo, inicialmentecom aproveitamento dos anti-gos monitores.

José Maria - Nós tínhamosaqui urna turma da pesada.Tínhamos alunos realmenteresponsáveis e professores queabdicavam do salário. Isso foiuma barbada para a realizaçãodo meu trabalho. O Márcio, oAdonias e o Justino foram osprimeiros que começaram atrabalhar comigo. Se hoje,todos os três são doutores,vocês podem imaginar acompetência deles naquelaépoca!

Os professores Justino e José Mariafalam sobre conquistas, lutas e desafios

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Justino - Tínhamostambém o professor MárcioLourival, o ProfessorNavantino, o Professor MárioAugusto, o Professor Françoise muitos outros.

No início, o curso não era deEngenharia Elétrica, não é?

José Maria - Isso... Ocurso era de Engenharia deOperação. Até então, os en-genheiros não podiam assinardeterminados projetos. Erauma época em que um cara eraformado em telecomunicaçõesaqui, em um tempo em queninguém sabia o que era issono Brasil, e tinha que pagarcaro para um engenheiromecânico assinar o projeto eganhar três vezes o saláriodeles. Não dava para a escolacontinuar como estava.

Justino - O Inatel entãocomeçou a planejar ummovimento para criar o cursode Engenharia Elétrica. Entãonós organizamos os processospara a autorização da espe-cialidade. Quando foiautorizado, os professoresministraram um cursoseparado para obtermos, doisanos depois, a habilitação emEngenharia Elétrica. Foi aí quenós criamos um curso decomplementação. Todos osalunos que passaram peloInatel podiam retomar àinstituição e fazer um curso dedois anos para receberem acertificação a certificação deengenheiros plenos.

O curioso foi que muitosdos meus colegas de turmavoltaram ao Inatel para teremaulas comigo! Mais de 40 anosdepois, um deles, muito meu

amigo, ainda me encontra narua e me xinga. (risos) Elereclama porque nunca aceitouo fato de eu ter sido colegadele e depois tê-lo reprovadono curso de complementação!(risos)

O Inatel passou por muitascrises desde a sua

fundação?

Justino - Sim. Quem vê aInstituição hoje não imaginacomo foi no começo. Logo noinício da gestão do LuizGomes, ele teve que ir aBrasilia para que um reajusteda mensalidade fosseautorizado. Até então, a receitagerada, exclusivamente damensalidade dos alunos, nãoera suficiente para cobrir asdespesas. Era muito comum osprofessores chegarem ao finaldo mês e não receberemsalário. Por causa de sua via-gem, houve uma mobilizaçãointensa dos alunos para nãoaceitarem aquele aumento demensalidade. Eles achavamque estava fora da realidade daépoca. O Luiz Gomes aindareuniu os alunos e tentouexplicar o motivo do reajuste.Ele dizia: "Eu vou a Brasíliatentar reajustar asmensalidades. Ou vai serassim, ou não teremoscondições de continuar".Quando chegou à capital fe-deral, o reajuste foi autorizado.Com isso, ele conseguiuequilibrar a receita e e honraros compromissos assumidospela instituição.

Nesse momento começaramas obras?

Justino - Ao reajustar asmensalidades, o Inatel passou

a cumprir seus compromissos,ampliar suas construções,construir novas salas de aula emodernizar os laboratórios einstalações.

Urna noite, o Luiz Gomesreuniu os professores,funcionários e osrepresentantes da comunidadede Santa Rita, lá no Clube. Elefoi entusiasticamenteaplaudido no momento em quefalou: "Eu garanto que o Inatelnão vai fechar!"

Onde o Inatel começou afuncionar?

Justino - O Inatel começoua funcionar, no começo de1965, em urna casa localizadaem frente ao cemitério, ondehavia sido o Tiro de Guerra(onde hoje é o velóriomunicipal). Nós usávamos oslaboratórios emprestados pelaEscola de Eletrônica. Algumtempo depois, a instituiçãopassou a funcionar nasdependências do antigo In-stituto Moderno de Educação eEnsino. Era uma instalaçãomuito antiga, contruída noinício do século XX. Nóstínhamos o prédio principal,que se encontrava há muitosanos sem manutenção e osprolongamentos dele que eramas nossas salas de aula. Naponta de um deles, o Prof.Fredmark construiu o primeiroauditório do Inatel Com opassar dos anos, tanto osprolongamentos quanto oprimeiro auditório foramdemolidos.

As instalações eram muitoprecárias?

José Maria: Eu gostariaque você mostrasse uma

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fotografia que tem na entradaprincipal da escola, para que aspessoas tenham noção decomo era o Inatel no começo.

Ainda me perguntam comoeu acreditei naquela escola,vendo aquela construção doinício. Em Belo Horizonte, eutrabalhava em um prédio com8 andares, todo em mármore, eme chamaram para trabalharem um pardieiro. Eu tinha 5filhos! Naquela época ninguémqueria aceitar a direção dafaculdade!

Quando chegaram lá emBelo Horizonte para me buscareu falei: "Mas não tem nin-guém bonito em Santa Rita?"(Risos) Eu só topei quando eleme procurou pela terceira vez!Daí eu falei: "Eu vou lá emSanta Rita pra dizer porque éque eu não fico! Chega devocê vir aqui! Você estáquerendo me crucificar no ar!Sem cruz! O sujeito fica noar!" (Risos) Quando eucheguei em Santa Rita osujeito começou a me mostrara escola. Ele me mostrou umasala de aula e eu pensei: "Istonão é uma sala. É um depósitode pato!" Mas quando eu vi olaboratório, repleto deequipamentos novos, eu falei:"Cadê o contrato?" Bendito foio dia em que eu vim pra cá"De lá para cá são 39 anos deInatel.

Justino - O que nóstínhamos naquela época? Umtítulo pomposo. Instituto Na-cional de Telecomunicações!Eles vieram e acreditaramnisso! Pra você ter uma idéia,quando formou a primeiraturma, o paraninfo foi oPresidente da República (Costae Silva). Isso significa que, dealguma maneira, asautoridades de Brasíliaperceberam que algoimportante estava ocorrendopor aqui.

Existiam muitas peçasantigas quando o Inatel

começou a funcionar aqui?

Justino - Quando a genteestudava ainda existiamaqueles antigos quadros dosalunos que estudaram no IME,nas décadas de 20.Infelizmente, isso não foipreservado. Eu não sei dizerpara onde foi esse material. Nadireção da atual cantina, tinhaum antigo auditório. Lembroque aqueles antigos quadrosficavam na parte de trás de umpalco que tinha lá, mas não seique fim levaram.

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