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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM GESTÃO TECNOLÓGICA DA INFORMAÇÃO UM MODELO DE QUALIMETRIA PARA A GESTÃO DA QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES Marcos Vinício Alvarez Guedes Co-autor Prof. Dr. Waldomiro Loyolla - PUC Campinas BRASÍLIA 2002

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM

GESTÃO TECNOLÓGICA DA INFORMAÇÃO

UM MODELO DE QUALIMETRIA PARA A GESTÃO DA

QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Marcos Vinício Alvarez Guedes

Co-autor Prof. Dr. Waldomiro Loyolla - PUC Campinas

BRASÍLIA

2002

II

Marcos Vinício Alvarez Guedes

UM MODELO DE QUALIMETRIA

PARA A GESTÃO DA QUALIDADE

NOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação “Stricto-Sensu” em

Gestão Tecnológica da Informação, da

Universidade Católica de Brasília, com o

requisito para a obtenção do Título de

Mestre em Informática.

Orientador: Prof. Dr. Waldomiro Loyolla

BRASÍLIA

2002

III

Guedes, Marcos Vinício Alvarez

Um modelo de qualimetria para a gestão da qualidade nos serviços deTelecomunicações. Marcos Vinício Alvarez Guedes, Brasília, 2001

Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação “Stricto-Sensu” emGestão Tecnológica da informação – Universidade Católica de Brasília.

IV

Dissertação defendida e aprovada em de de , pela banca

examinadora constituída pelos professores:

______________________________________________________________Prof. Dr. WALDOMIRO LOYOLLA

______________________________________________________________Prof. Dr. ROGÉRIO ALVARENGA

______________________________________________________________Prof. Dr.

V

Aos meus pais,

pelo incentivo e apoio que têm me dado

durante toda a minha vida acadêmica,

mostrando a importância na busca da

verdade.

VI

AGRADECIMENTOS

A minha mulher, Sátia, em reconhecimento a sua ajuda na correção ortográfica

e em reconhecimento aos muitos momentos roubados do nosso convívio durante a

realização desta dissertação e à minha família pelo carinho que sempre me deu.

Ao meu orientador pelas diretrizes para a realização desta dissertação,

estabelecendo métodos e formas na realização das pesquisas.

Aos meus colegas de trabalho e gerentes pelo apoio, ajuda, compreensão e

paciência.

Aos coordenadores das Engenharias Comerciais da TELEMAR pelas

contribuições dadas durante a apresentação do trabalho no fórum das engenharias, ocorrido

em setembro de 2001.

Ao meu cunhado, Prof. Dr. Miguel Ângelo Marini, da Universidade de Brasília,

pelas contribuições dadas para a melhoria do trabalho.

Ao Prof. Dr. Rogério Alvarenga – Pós Graduação em Informática da UCB,

pelas orientações dadas que permitiram uma maior coerência nas idéias apresentadas.

VII

A qualidade de uma decisão depende da

qualidade das informações em que se

baseia.

(ADC – Software Systems)

VIII

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................. X

LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. XI

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ...................................................................... XII

RESUMO ............................................................................................................................... XIV

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 01

1.1. Objetivos Gerais e Específicos .......................................................................................... 02

1.2. A Proposta .......................................................................................................................... 03

1.3. Resultados a Serem Apresentados .................................................................................... 03

2. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................. 05

2.1. Conceitos Básicos ............................................................................................................... 05

2.2. Fatores que Afetam a Qualidade ....................................................................................... 25

2.3. Análise Situacional das Provedoras de Serviços de Telecomunicações ......................... 45

3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 50

3.1. Definição da Política de Qualidade .................................................................................. 51

3.2. Definição dos Processos de Gestão ................................................................................... 53

3.3. Criação do Manual da Qualidade .................................................................................... 58

3.4. Definição do Modelo de Qualimetria ................................................................................ 61

3.5. Especificação do Sistema de Qualimetria ......................................................................... 69

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ......................................................................................... 82

5. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 91

IX

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 94

ANEXOS ........................................................................................................................................ 1

ANEXO A – SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES ........................................................ 1

ANEXO B – MEIOS DE TRANSMISSÃO ............................................................................ 22

ANEXO C – APLICATIVOS DE REDE ................................................................................ 25

ANEXO D – HIERARQUIAS DE TRANSMISSÃO DIGITAL ........................................... 36

ANEXO E – CONCEITOS DE GERÊNCIA .......................................................................... 40

ANEXO F – ESPECIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇO NA CAMADA DE TRANSPORTE.............................................................................................. 48

ANEXO G – PARAMETRIZAÇÃO DAS MÉTRICAS ........................................................ 49

ANEXO H – DIAGRAMAS DE FLUXO DE DADOS, TELAS E FORMULÁRIOSDESCRITIVOS ................................................................................................. 59

ABSTRACT .............................................................................................................................. 101

GLOSSÁRIO ............................................................................................................................ 103

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Gráfico de QoS (Quality of Service) ...................................................................... 07

Figura 2 – Distribuição por Região ......................................................................................... 46

Figura 3 – Processos Básicos de Prestação de Serviços ......................................................... 53

Figura 4 – Relacionamento Cliente –Provedor de Serviços .................................................. 56

Figura 5 – Modelo de Qualimetria .......................................................................................... 63

Figura 6 – Avaliação Periódica – Métrica X .......................................................................... 70

Figura 7 – Avaliação Periódica do SLA .................................................................................. 76

Figura 8 – Custo da Qualidade ................................................................................................ 77

Figura 9 – Interação com o Sistema de Gestão de SLA ......................................................... 78

Figura 10 – Modelo do Sistema de Qualimetria ..................................................................... 80

Figura 11 – Coletor de Dados .................................................................................................. 85

Figura 12 – Interação do Gerente com o Agente ................................................................... 86

Figura 13 – Processo de Gerência ............................................................................................ 87

Figura 14 – Arquitetura Básica da Rede Inteligente ............................................................... 5

Figura 15 – Rede Multi-Serviço ............................................................................................... 16

Figura 16 – Interfaces com a Rede Multi-Serviço .................................................................. 17

Figura 17 – Estado de um Canal SDH .................................................................................... 36

Figura 18 – Estado de um Canal SDH .................................................................................... 39

XI

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Quadro Resumo – Serviços de Voz ....................................................................... 32

Tabela 2 – Quadro Resumo – Serviços de Dados ................................................................... 33

Tabela 3 – Quadro Resumo – Rede Multi-Serviço ................................................................ 34

Tabela 4 – Comparação dos Meios de Transmissão .............................................................. 36

Tabela 5 – Tendência de Mercado ........................................................................................... 43

Tabela 6 – Níveis de Serviços – Processos Licitatórios .......................................................... 44

Tabela 7 – Exemplo da utilização do Fator de Ponderação .................................................. 60

Tabela 8 – Grau de Importância da Localidade .................................................................... 67

Tabela 9 – Exemplo da utilização do Critério Confidencialidade ........................................ 67

Tabela 10 – Exemplo da utilização do Critério Integridade ................................................. 83

Tabela 11 – Exemplo da utilização do Critério Eficácia ....................................................... 83

Tabela 12 – Exemplo da utilização do Critério Disponibilidade .......................................... 84

Tabela 13 – Exemplos de Parâmetros de Desempenho ......................................................... 84

Tabela 14 – Exemplo da utilização do Critério Disponibilidade .......................................... 88

Tabela 15 – Exemplo da utilização do Critério Eficácia ....................................................... 89

Tabela 16 – Exemplos de Parâmetros de Desempenho ......................................................... 89

Tabela 17 - Definição de Hierarquia ....................................................................................... 37

Tabela 18 – Valores de Referência .......................................................................................... 38

XII

LISTA DE ABREVIATURAS

ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line (Linha Subscrita Digital Assimétrica)

AMPS – Advanced Mobile Phone System (Sistema de Telefone Móvel Avançado)

ATM – Assinchronous Transfer Mode (Modo de Transferência Assíncrona)

CPE - Customer Premises Equipment (Equipamento de Premissas de Cliente)

CPA – Central de Controle de Programa Armazenado

CPU – Central Processing Unity (Unidade de Processamento Central)

CTI – Computer Telephone Integrated (Telefone Integrado Computadorizado)

DDR – Discagem Direta a Ramal

DNS – Domain Name System (Sistema de Nome de Domínio)

ERB – Estação Rádio Base

FRAD – Frame Relay Access Device (Equipamento de Acesso ao Frame Relay)

Gbps – Giga Bits por Segundo

GSM – Global System for Mobile (Sistema Global Móvel)

HMM – Hora de Maior Movimento

ISP – Internet Service Provider (Provedor de Serviço Internet)

Kbps – Kilo Bits por Segundo

LAN – Local Area Network (Rede de Área Local)

Mbps – Mega bits por segundo

MTBF – Mean Time Between Failures (Tempo Médio entre Falhas)

MTTR – Mean Time to Repair (Tempo Médio de Reparo)

XIII

MPLS – Multiprotocol Label Switches

PVC – Permanent Virtual Circuit (Circuito Virtual Permanente)

QoS – Quality of Service (Qualidade de Serviço)

RI – Rede Inteligente

RAS – Remote Access Server (Servidor de Acesso Remoto)

RTPC – Rede Telefônica Pública Comutada

SMTP – System Message Transmited Protocol (Protocolo de Transmissão de Sistema deMensagens)

SNMP – System Network Management Protocol (Protocolo de Sistema de Gerenciamentode Rede)

SLA – Service Level Agreement (Acordo de Nível de Serviço)

SLM – Service Level Management (Gerenciamento de Nível de Serviço)

SNA – System Networking Architecture (Arquitetura de Sistema de Rede)

TCP/IP – Transmited Control Protocol/Internet Protocol (Protocolo de Controle deTransmissão/ Protocolo Internet)

URA - Unidade de Resposta Audível

VPN – Virtual Private Networking (Rede Virtual Privada)

WAN – Wide Area Network (Rede de Área Larga)

XIV

RESUMO

A qualidade dos serviços de telecomunicações, assim como a de vários outros

produtos da área de telecomunicações, está fortemente ligada às impressões subjetivas dos

usuários. No entanto, tais impressões podem ser medidas e avaliadas através de fatores e

critérios objetivos, a partir de um Nível de Serviço acordado entre o provedor do serviço e

o cliente.

Com a privatização e a necessidade crescente de melhoria da qualidade dos

serviços prestados, bem como a crescente demanda por serviços de melhor qualidade, face

a globalização, as organizações passaram a investir em processos de gestão de qualidade de

serviços.

Dessa forma, face ao cenário atual, faz-se necessária a aplicação de uma

metodologia eficaz que permita mensurar e gerenciar a qualidade dos serviços de

telecomunicações e em conformidade com as normas ISO 9000 e padrões internacionais.

Esta dissertação discute aspectos relacionados à Gestão de Qualidade de Serviços

e apresenta uma metodologia cujo objetivo é permitir que as empresas implementem

processos eficazes para a mensuração e monitoramento da qualidade nos serviços de

telecomunicações.

Esta metodologia está inserida na política e nos processos de qualidade de serviço

descritos nas normas e padrões internacionais. Consta ainda uma proposta de modelo de

catalogação de métricas, bem como a especificação básica para o sistema de qualidade de

serviço.

XV

Palavras-chave

Acordo de Nível de Serviço, Gestão de Qualidade, Métricas, Nível de Serviço,

Qualidade, Qualimetria e Telecomunicações.

1

1. INTRODUÇÃO

Os sistemas de informações com base em computadores e redes vêm se tornando

cada vez mais estratégicos dentro das organizações, fato que torna a qualidade um aspecto

fundamental nas telecomunicações. A busca de um alto padrão de qualidade em todos os

serviços prestados tem sido uma constante nas diversas áreas de atuação das empresas, de

modo a conferir uma boa imagem junto ao público usuário e clientes. A qualidade dos

Serviços de Telecomunicações, assim como a de vários outros Produtos de Informática,

está fortemente ligada a impressões subjetivas dos usuários. Tais impressões podem ser

medidas e avaliadas através de fatores e critérios objetivos. Assim, torna-se necessário

assegurar, através de um sistema de gestão específico, a qualidade dos serviços de

telecomunicações.

Atualmente existe uma diversidade de serviços de telecomunicações, porém, com

qualidade variável. A competição se instalou e a oferta se tornou uma rotina. O cliente tem

poder de escolha, mas na maior parte das vezes, quando chega a hora de contratar surgem

dúvidas como, quais garantias são oferecidas pela operadora. Não basta haver competição.

O cliente dos serviços de telecomunicações quer qualidade e garantia de que o nível de sua

prestação será mantido. Para tanto, é necessário que as empresas estejam preparadas para

oferecer tal nível de serviço e possua artifícios para mantê-lo.

A definição de uma sistemática de avaliação de Nível de Serviço de tal forma a

monitorar, diagnosticar e atuar sobre possíveis perturbações nos indicadores, passa a ser um

instrumento de grande valia para o acompanhamento do Nível de Serviço ou da Qualidade

dos Serviços prestados em Ambientes de Telecomunicações. Os indicadores de Nível de

Serviço buscam identificar os aspectos de qualidade que podem ser percebidos e

compreendidos diretamente pelos usuários de um serviço.

Uma vez que existem uma gama variada de serviços de telecomunicações,

demandando diferentes acordos de Nível de Serviço, conclui-se que a identificação destes

2

serviços e seus parâmetros constitui um primeiro e fundamental passo em direção à

implementação de uma sistemática para a gestão da qualidade. Por outro lado, a simples

identificação e caracterização destes serviços não permite, a priori, a total compreensão dos

fatores capazes de determinar o nível de qualidade destes.

Este trabalho foi elaborado com base na análise dos serviços de telecomunicações

e seus parâmetros de qualidade, do cenário atual de telecomunicações, no conceito atual de

qualidade (norma ISO 9000), na política e nos processos de gestão de qualidade, baseado

nas normas e recomendações internacionais.

Esta metodologia deverá ser ainda uma ferramenta de grande valia na avaliação

dos processos de licitação e na avaliação dos projetos que envolvam serviços de

telecomunicações.

O trabalho está dividido em cinco capítulos, conforme descrição sucinta abaixo:

O capítulo 1 apresenta uma breve introdução, os objetivos gerais e específicos, a

proposta e os resultados esperados.

O capítulo 2 apresenta a revisão da literatura, composta dos conceitos básicos, dos

fatores que afetam a qualidade nos serviços de telecomunicações e a análise situacional das

provedoras de serviços de telecomunicações. Estes itens serão fundamentais para subsidiar

o trabalho em questão.

O capitulo 3 apresenta a metodologia, objeto da dissertação, composta de política,

processos de gestão, definição do manual e do modelo da qualidade e especificação do

sistema de qualimetria.

O capítulo 4 apresenta a análise dos resultados, que representa a aplicabilidade à

metodologia descrita no capítulo anterior. Esta análise está baseada em dois exemplos

distintos.

3

O capítulo 5 apresenta a conclusão do trabalho, com as considerações relevantes

sobre a metodologia.

1.1. Objetivos

O objetivo geral desta dissertação é oferecer uma Abordagem Metodológica que

permitirá a definição de uma sistemática de avaliação de nível de serviço para o Ambiente

de Telecomunicações, de tal forma a monitorar, diagnosticar e atuar sobre possíveis

perturbações nos indicadores de Nível de Serviço. A metodologia deverá estar em

conformidade com as normas e recomendações internacionais.

Como objetivos específicos o trabalho pretende apresentar uma análise dos

serviços de telecomunicações, dos aplicativos de rede, dos meios de comunicação e de

outros fatores que interferem de forma direta ou indireta na qualidade dos serviços.

São apresentados também os indicadores de serviços, sua descrição e forma de

cálculo, as normas e padrões nacionais e internacionais que estão relacionados de alguma

forma com qualidade de serviço.

É apresentado ainda, o cenário atual das Provedoras de Telecomunicações, quanto

a processos metodológicos utilizados para a Gestão de Qualidade de Serviço.

A metodologia deverá proporcionar ainda, parâmetros bem avaliados que

espelham as expectativas dos clientes face ao cenário da globalização. Tais parâmetros

serão fundamentais para a Qualimetria do SLA (Service Level Agreement) e,

consequentemente, para a Gestão da Qualidade dos Serviços de Telecomunicações.

Como último objetivo deverá ser apresentada a especificação básica para o

Sistema de Qualimetria, de modo a permitir a elaboração futura do sistema que compõe o

processo da Gestão de Qualidade de Serviço, conhecido como SLM (Service Level

Management).

4

1.2. A Proposta

A proposta da dissertação é baseada no cenário atual das provedoras de serviços de

telecomunicações no Brasil, nos fatores que afetam a qualidade e as normas e padrões que

estão referenciados com o assunto em questão. A proposta deste trabalho é oferecer uma

abordagem metodológica que substitua os processos existentes de gestão de qualidade dos

serviços por processos bem definidos e em conformidade com as normas e recomendações

internacionais e nacionais, fato que vem sendo exposto nos resultados apresentados pelas

organizações de telecomunicações.

1.3. Resultados a Serem Apresentados

Como resultados a serem apresentados, a dissertação, face ao contexto atual das

Provedores de Serviços de Telecomunicações, deverá propor uma nova metodologia para a

gestão da qualidade de serviços no intuito de permitir uma abordagem sistêmica e

organizacional, bem como artifícios que possibilitem mensurar e monitorar os diversos

indicadores de qualidade de serviços.

Espera-se que a metodologia permita uma maior gestão da qualidade dos serviços,

através da implantação de uma política de gestão de qualidade de processos bem definidos

e da parametrização e mensuração das métricas dentro de um contexto mais amplo que é a

Qualidade de Serviço.

Ainda sobre o processo de mensuração das métricas, espera-se que sejam

apresentadas as premissas básicas para a elaboração do Sistema de Gestão da Qualidade.

5

2. REVISÃO DA LITERATURA

Este capítulo apresenta os conceitos básicos, as normas e padrões, os fatores de

interferência na qualidade do serviço e o cenário atual das telecomunicações no Brasil. Tais

itens serão importantes para o perfeito entendimento do trabalho e da metodologia a ser

apresentada.

2.1. Conceitos Básicos

Serão apresentados conceitos relativos a Nível de Serviço, definição dos principais

indicadores de qualidade, em conformidade com o órgão regulador de Telecomunicações –

ANATEL e as principais normas e recomendações que estão direta ou indiretamente

envolvidas com qualidade de serviços.

2.1.1. Nível de Serviço

O termo Nível de Serviço busca exprimir, através de um conjunto de indicadores

mensuráveis, o grau de satisfação dos usuários com relação à qualidade de um serviço que

lhes é oferecido, qualidade esta que, por sua natureza, é intrinsecamente não mensurável.

[ITU-T,97]

Uma vez que o nível de serviço pode ser "medido", torna-se possível estabelecer

um Acordo de Nível de Serviço entre o Provedor de Serviço e o cliente, e mais, torna-se

possível acompanhar e verificar de modo corrente a conformidade do nível de serviço

oferecido àqueles valores acordados, facilitando sobremaneira o relacionamento entre o

prestador do serviço e seu(s) cliente(s). [KAORU,99]

É de fundamental importância que as organizações percebam que a preocupação e

o envolvimento com a qualidade ou nível de serviço em um Ambiente de

Telecomunicações deve estar, direta ou indiretamente, relacionado a todas as áreas

funcionais compreendidas pelo ambiente, já que a razão primordial deste deve ser a de

6

oferecer serviços de telecomunicações com qualidade tal a satisfazer seus usuários. Em

especial, as áreas de gerência de desempenho e gerência de falhas, voltadas à monitoração

da utilização e performance dos recursos e a minimização de tempo na recuperação de

falhas respectivamente, lidam mais diretamente com os aspectos inerentes à avaliação e

acompanhamento do nível de serviço dos serviços prestados pelos provedores. [Tforum,00]

Outro fator que deve ser considerado quando se fala em qualidade é a fidelização

do cliente, através de processos e soluções customizadas e de acordos de Nível de Serviço

adequados à condição do cliente. [Tforum,00]

Inicialmente serão apresentadas algumas definições e padronizações que se

referem à gestão da qualidade de serviço, bem como processos padronizados, para que

sirvam como subsídio à métrica de qualidade dos serviços de telecomunicações.

2.1.2. Acordo de Nível de Serviço

Grandes corporações, instituições educacionais, pequenas e médias empresas e

consumidores em geral estão utilizando a Internet como o principal meio para conduzir

seus negócios. Serviços como e-mail tornaram-se cruciais para a comunicação dentro e fora

das organizações. Com isso, percebe-se um aumento na expectativa dos usuários em

relação à disponibilidade, confiabilidade e tempo de resposta destes serviços. A ênfase

passa a ser no “serviço”. Tipicamente, o usuário não está interessado na composição do

serviço – para ele a qualidade final do serviço é o mais importante. Esta expectativa na

qualidade do serviço (QoS – Quality of Service) está levando o cliente a negociar com seus

provedores de serviço garantias de Níveis de Serviço. [GTA/UFRJ,01]

Um Acordo de Nível de Serviço (Service Level Agreement-SLA) é um contrato

entre um Provedor de Serviço e um cliente para garantir níveis específicos de performance

e confiabilidade a um certo custo. [TForum,00]

7

Um SLA completo é um documento legal contendo as partes envolvidas, os

termos do acordos específicos para cada cliente/contrato e as suas responsabilidades tais

como:

• Serviço de suporte;

• Penalidades em caso de não cumprimento do acordo;

• Tarifas;

• Política de arbitrariedade;

• Relatórios;

• Periodicidade da geração;

• Nível de detalhamento dos relatórios;

• Forma de acesso ao relatório.

O SLA também especifica o que o provedor de serviço pode esperar dos seus

clientes em termos de tráfego submetido à rede e uso correto dos recursos de rede.

O gráfico abaixo mostra a visão de qualidade, baseada no valor de Qualidade de

Serviços mensurável, ao longo do tempo: [Tforum,00]

Figura 1 – Patamares de Qualidade de Serviços [Tforum,00]

Patamar inaceitável de qualidade

Patamar ideal de qualidade

Patamar aceitável de qualidade

Indicador deQualidade

Tempo(meses)

Valor de Qualidadede Serviços

8

2.1.3. Normas e Recomendações de Qualidade de Serviço

Muitas organizações no mundo estão trabalhando com SLA, QoS e Gestão de

Qualidade de Serviços, umas de forma mais extensivas e outras menos. Estão incluídas a

ANSI (American National Standards Institute), ETSI (European Telecommunications

Standards), EURESCOM, IETF (Internet Engineering Task Force), ITU-T (International

Telecommunications Union), ISO (Internacional Standardization for Organization), QSDG

(Quality of Service Development Group), 3GPP (Third Generation Partnership Project) e

ASPIC (Application Service Provider Industry Consortium). Existem também diversos

forums que possuem trabalhos focados na área de qualidade de serviços, tais como o ATM

forum, QoS forum, DSL forum, Frame Relay forum, etc. [Tforum,00]

Os itens a seguir descrevem os principais comitês que estão desenvolvendo

trabalhos na área de Qualidade de Serviço (QoS), Gestão de Qualidade, métricas e

processos. Foram descritas apenas as principais organizações internacionais, no que

concerne ao estudo em questão.

• American National Standards Institute - ANSI

A ANSI possui, dentre outros, o comitê ATIS (Alliance for Telecommunications

Industry Solutions), responsável pelos trabalhos ligados à área de Telecomunicações. Este

comitê possui três sub-comitês responsáveis pelos trabalhos que se referem a QoS e NP

(Network Performance), responsáveis pelos estudos de performances e Processamento de

Sinais, que são: T1A1.1, T1A1.2 e T1A1.3. Estes sub-comitês tem trabalhado no

desenvolvimento de padrões e técnicas no que concerne a medidas de performances em

redes de Telecomunicações.

9

• EURESCOM [EURESCOM,01]

A EURESCOM é um grupo Europeu que vem trabalhando em desenvolvimento de

projetos em telecomunicações, com relevância em QoS e SLAs, tais como os Project

P.806, P.906, P.1006, P.1008, Deliverable D1, D2, D3 e D4, dentre outros.

• Internet Engineering Task Force – IETF [IETF,01]

A IETF é uma comunidade internacional aberta de rede, que possui trabalhos na

área de Internet, englobando QoS e métricas para SLA, tais como o IP Performance

Metrics Working Group, Integrated Services Working Group e Differentiated Services

Working Group, dentre outros.

• International Telecommunications Union - ITU-T [ITU-T,01]

A recomendação I.350 da ITU-T fornece a descrição das noções de qualidade de

serviços QoS (Quality of Service), desempenho da rede (NP - Network Performance) e

descritores de tráfego. A descrição de QoS é tomada da recomendação E.800, onde define-

se qualidade de serviço como sendo o efeito coletivo provocado pelas características de

desempenho de um serviço, determinando o grau de satisfação do usuário.

• Quality of Service Development Group – QSDG [ITU-T,01]

O QSDG é um corpo separado, mas que faz parte do ITU-T, que coordena estudos

na área de redes baseadas em IP, com outras organizações internacionais, como a

EURESCOM.

• A Norma ISO [ISO,01]

A norma ISO define qualidade como a aptidão de um produto ou serviço, na

totalidade das suas características, na capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e

10

implícitas dos usuários. Os processos de gestão da qualidade estão definidos na norma ISO

9004-2. Essa norma prevê que os processos de sistemas da qualidade devem ser

estabelecidos e acoplados aos processos básicos de prestação do serviço. A norma descreve

um conjunto básico de elementos através do qual sistemas de gestão da qualidade podem

ser desenvolvidos e implementados. Na verdade, é o caminho para a qualidade total

sugerido pela ISO. [OAKLAND,00]

A seleção dos elementos apropriados da norma e a extensão na qual esses

elementos são adequados e aplicados por uma empresa depende de fatores tais como o

mercado atendido, a natureza do produto/serviço, os processos de produção e as

necessidades do consumidor. [ISO,01]

Segundo a norma, a necessidade da empresa organizar-se e manter sob controle

seus fatores técnicos, administrativos e humanos para que ela possa atingir seus objetivos, a

importância no atendimento às expectativas e necessidades da empresa e dos clientes, as

considerações sobre os riscos, custos e benefícios não só para a empresa mas também para

os clientes, são fatores que devem ser levados em consideração para que um efetivo sistema

da qualidade seja concebido. [ISO,01]

A norma também faz considerações sobre a necessidade da empresa se preocupar

com os fatores que contribuem para o seu sucesso.

Um sistema da qualidade aplica-se tipicamente a todas as atividades de uma

organização e, na norma, é apresentado um ciclo da qualidade que se inicia com atribuições

de marketing e continua com atividades como engenharia de projeto, especificação e

desenvolvimento do produto/serviço, aquisição, planejamento e desenvolvimento do

processo, produção, inspeção, ensaios e exames, embalagem, armazenamento, vendas e

distribuição, instalação e operação, assistência técnica e manutenção, considerando desde a

responsabilidade do fornecedor até um fator muitas vezes esquecido como a necessidade de

instrumentação sobre a eliminação após o uso. [ISO,01]

11

Esta norma tem um papel fundamental para a Gestão de Qualidade, uma vez que

apresenta definições e processos básicos que estão relacionados com a qualidade de

serviços. Ela deverá ser o alicerce para a elaboração da metodologia de Gestão de

Qualidade de Serviço, conforme proposto nesta dissertação. [ISO,01]

2.1.4. Os Principais Indicadores de Nível de Serviço

Os indicadores de nível de serviço buscam identificar os aspectos de qualidade que

podem ser percebidos e compreendidos diretamente pelos usuários de um serviço,

refletindo sobre o grau de satisfação dos mesmos em relação ao serviço utilizado, e devem,

obrigatoriamente, ser expressos através de valores percentuais ou valores absolutos em

unidades de tempo ou outras. Na realidade, é através destes indicadores que os Acordos de

Nível de Serviço são estabelecidos e avaliados, sendo, entretanto, utilizadas condicionantes

capazes de permitir que estes indicadores mantenham-se em limites aceitáveis.

[ANATEL,01]

É importante salientar ainda que o Nível de Transporte presente em grande parte

dos aplicativos de rede, conforme definido pela OSI (Organization Systems International),

tem como principal funcionalidade permitir que diversos indicadores sejam acordados com

o cliente. Consta no Anexo D a especificação de Qualidade de Serviço que comporta o

Nível de Transporte. [SOARES,95]

Os indicadores podem ser classificados como operacionais, aqueles de cunho

genérico, aplicáveis a todos os tipos de redes, serviços ou aplicativos, e os indicadores

específicos, aqueles inerentes aos produtos/serviços. Os indicadores específicos serão

descritos no capítulo posterior, nos respectivos itens que descrevem os produtos/serviços de

rede. [VISIONNAIRE,01]

Muitos dos indicadores operacionais estão descritos no documento “Indicadores de

Performance Operacional” que foi elaborado pela ANATEL. Este documento descreve cada

indicador, sua representação matemática e método de coleta. Este documento faz referência

12

a esses indicadores e outros que não foram citados pela ANATEL mas que são utilizados

pelas operadores de serviços de telecomunicações. Os seguintes indicadores operacionais

são determinantes na caracterização e avaliação do Nível de Serviço, aplicativo ou meio de

comunicação prestado, o que determina o padrão de qualidade: [ANATEL,01]

• Disponibilidade;

• Taxa máxima de erro;

• Taxa máxima de retardo;

• Taxa máxima de utilização;

• Tempo médio entre falhas;

• Prazo para ativação de serviços;

• Prazo para alteração de características;

• Prazo para mudanças de endereço físico;

• Prazo para mudanças lógicas;

• Prazo para recuperação de falhas;

• Prazo para Configuração Dinâmica;

• Índice de chamadas improcedentes;

• Taxa de Reclamações;

• Taxa de Reclamações de Cobertura e de Congestionamento por 1000 acessos;

• Taxa de Atendimento do Centro de Atendimento;

• Taxa de Resposta ao Usuário;

• Taxa de Atendimento Público;

• Número de Contas com Reclamação de Erro por 100 contas emitidas;

• Taxa de Chamadas Originadas Completadas;

• Taxa de Estabelecimento de Chamadas;

• Taxa de Queda de Ligações;

• Taxa de Disponibilidade de Centrais;

• Taxa de Chamadas Completadas;

• Taxa de Bloqueio de Chamadas;

• Desempenho;

13

• Recuperabilidade;

• Estabilidade.

A seguir serão descritos os indicadores de qualidade de serviço para melhor

compreensão dos parâmetros principais que atuam sobre cada um deles:

Disponibilidade (DISP)

A Disponibilidade representa o percentual do tempo que um serviço está acessível

aos usuários, durante um determinado período de observação. A Disponibilidade pode ser

expressa pela expressão:

D = 100 * (1 - PiPo

∑∑

)

Onde,

Pi = Somatório dos períodos de interrupção;

Po = Somatório dos períodos de observação.

A Disponibilidade é, portanto, função dos períodos de interrupção do serviço

dentro dos períodos de observação do mesmo. Os períodos de interrupção a serem

considerados, referem-se àqueles que foram reportados, ou seja, deve-se considerar

somente as interrupções associadas a degradações percebidas ou informadas através de

procedimentos usuais de operação/supervisão do Ambiente de Telecomunicações.

Eventos tais como interrupções programadas, interrupções extensas ocasionadas

por catástrofes, sinistros, etc. não devem ser considerados no cálculo da Disponibilidade

uma vez que refletem necessidades inerentes à natureza do serviço e/ou do ambiente que o

suporta ou condições de exceção extrema. Porém, os eventos relacionados a interrupções

14

programadas devem ser informados aos usuários com antecedência e devem ocorrer

preferencialmente em horários em que a freqüência de utilização do serviço é mínima.

De maneira geral, este indicador está relacionado ao MTBF e ao MTTR, sendo

expresso, neste sentido, pela seguinte expressão:

D = 100* (1 - MTTRMTBF

)

Onde,

MTTR = Tempo Médio entre falhas;

MTBF = Tempo Médio para Reparo.

Para o cálculo do MTTR e do MTBF tem-se as seguintes fórmulas:

MTTR = Pi

Nf e MTBF =

PfNf

∑ ∑

Onde,

Nf = Número de falhas ou número de ocorrências informadas.

Pi = Período de interrupções que afetaram o serviço.

Pf = Período de funcionamento do serviço.

Através da fórmula apresentada acima podemos calcular a disponibilidade mensal

da rede, conforme a fórmula abaixo:

10060ias_do_mêstotal_de_d24uitosal_de_circnúmero_tot

no_mês_circuito_ão_de_cada_interrupçminutos_de1idade(%)Disponibil ×

×××∑

−=

15

A soma dos tempos será feita para cada circuito virtual e/ou cada circuito físico,

dependendo da tecnologia utilizada.

Recomenda-se, no caso de serviços de comunicação empresarial, uma base mensal

de avaliação, definida pelo segmento interno suportado por uma ou mais rede(s) local(is)

(LAN) e um ambiente externo, traduzido pela rede de longa distância (WAN),

considerando que o indicador Disponibilidade, a rigor, deve ser tratado de forma distinta

entre os dois segmentos. Isto é, haveria um valor para a disponibilidade do ambiente

interno, e um outro valor independente para o ambiente externo.

A indisponibilidade do ambiente interno da solução de comunicação empresarial,

tende a tornar a unidade praticamente não operacional em todas as suas atribuições,

devendo, pois, apresentar valores significativamente elevados independente do porte ou

localização da unidade operacional.

Já, a não disponibilidade do ambiente externo, tem como impacto operacional no

negócio da organização o isolamento da unidade, sem, entretanto, ou necessariamente,

torná-la inteiramente não operacional.

Taxa de Erro (Bit Error Rate – BER)

É a quantidade máxima tolerada de bits errados, para uma quantidade de bits

transmitidos num meio de transporte de dados, conforme apresentado abaixo:

Número de Bits Errados x 100

Número de Bits Transmitidos

Taxa Erro (%) =

16

Tempo de Resposta (TR)

O Tempo de Resposta diz respeito à expectativa dos usuários quanto ao tempo de

transmissão e tratamento de determinada mensagem e a conseqüente liberação do

dispositivo entrada/saída para submissão de novas mensagens. Formalmente pode ser

definido como o tempo decorrido entre o momento em que o usuário de um serviço

submete uma mensagem ou transação à rede e o momento em que o último caracter é

recebido.

Desta maneira, o Tempo de Resposta varia de acordo com o tipo de transação

utilizada, e os recursos disponibilizados devem garantir o tempo de resposta requerido pelo

usuário.

De maneira geral o Tempo de Resposta é expresso pela seguinte expressão:

Tresposta = Tcpu + Tespera + Tserviço + Tdelay

Onde,

Tcpu = Tempo de Processamento, compreendendo o tempo necessário para que

determinada operação submetida à rede, seja tratada (processada) em algum ponto de

processamento;

Tespera = Tempo de Espera para atendimento, dado pela seguinte fórmula:

Tespera = A (V + Tt 2) / 2 (1 – U)

Onde,

A = Número de mensagens que chegam;

U = Taxa de utilização da linha. Não podem exceder a 100%, pois não devem chegar

mensagens mais rápida do que a capacidade de serviço;

V = Variância que pode ser constante ou exponencial, conforme o serviço;

17

Tt = Tempo de transmissão.

Pode-se calcular a utilização da linha através da seguinte fórmula:

U = A + Tserviço

Para o cálculo do Tempo de Serviço (Tserviço), tem-se a seguinte fórmula:

Tserviço = Tt + CD + PD

Onde,

Tt = Tempo de transmissão;

CD = Retardo ocorrido durante a fase de conexão;

PD = Retardo ocorrido pelo serviço de Polling.

Ttransm. = ((OH + TX ) x BC ) / VL

Onde,

OH = Overhead da linha;

TX = tamanho do texto em caracteres;

BC = Número de bits por caractere;

VL = Velocidade da linha.

O Tempo de delay é causado pelo tempo gasto pelos equipamentos de rede para

processar as mensagens recebidas e transmitidas.

O Delay ou retardo que um ou mais frames de dados leva para percorrer todo o

caminho, dentro e fora da rede, ponto a ponto, medido em milesegundos, pode ser

apresentado pela mesma fórmula do tempo de resposta.

18

O tempo de rede inclui os retardos inseridos por cada equipamento que compõe a

rede, tais como modems, roteadores, comutadores, integradores, etc.

Para avaliação do nível de serviço costuma-se utilizar o indicador latência e não

tempo de resposta. Isto em função do indicador tempo de resposta apresentar uma maior

complexidade para sua avaliação, já que partes importantes dos elementos que o definem

não são de responsabilidade do fornecedor dos serviços de comunicação, tais como o

tamanho da mensagem, que define o tempo de serviço de transmissão e o tráfego gerado

pela unidade operacional, que tem um impacto no tempo de fila para transmissão, de tal

forma que este indicador se presta mais à avaliação do dimensionamento realizado e não

propriamente ao serviço em si.

Por outro lado, o indicador latência busca isolar os efeitos não diretamente

associados à rede do fornecedor de tal forma a refletir de maneira mais adequada o nível de

serviço. Assim é que se utiliza de um "ping test" com mensagens de tamanho padrão (de 64

bytes), adotando-se, em geral, a hora de maior movimento (HMM) da rede do fornecedor e

tráfego nulo na origem do teste. Mede-se o tempo necessário para que a mensagem padrão

seja encaminhada a um dos pontos destino definido e retornada ao ponto de origem. O

tempo de latência será dado pela média dos diversos pacotes enviados durante o período de

teste.

Outra consideração que deve ser feita é quanto ao tempo de latência para o circuito

de acesso e para o circuito de rede, onde o tempo de latência total será a soma dos dois

tempos.

Tempo Médio entre Falhas (MTBF)

É o intervalo de tempo médio entre um problema ou falha e outro(a) subsequente,

medido em horas.

19

Prazo para Ativação de Serviços (PAS)

É o tempo gasto para ativação técnica e comercial de um ou mais serviços, medido

em dias corridos. A ativação comercial poderá ocorrer desde que o usuário não disponha de

facilidade técnica no momento da instalação. Neste caso, considera-se ativado

comercialmente o serviço e o mesmo poderá ser cobrado a partir desta data.

Prazo para Alteração de Característica (PAC)

É o tempo gasto para alteração das características originais a nível lógico e

físico de um ou mais serviços, para adequação ao perfil de uma aplicação, tais como

aumento ou redução de banda passante de um circuito e mudança de protocolo.

Prazo para Mudanças de Endereço Físico (PMEF)

É o tempo gasto para transferência de endereço de um serviço dentro do mesmo

local ou para outro local diferente do original, medido em dias corridos.

Este prazo pode variar quando a mudança for efetuada para ambas as pontas do

circuito, caracterizando como uma nova instalação.

Prazo para Mudanças Lógicas (PML)

É o tempo gasto para o processamento de mudanças de um ou mais serviços, a

nível lógico, visando algum tipo de adequação que implique ou não em paralisação do

serviço, medido em horas.

Tempo Médio para Recuperação de Falhas (MTTR)

É o tempo médio mensal gasto para recuperação de um ou mais

defeitos/problemas de cada serviço, medido em horas, com periodicidade mensal.

20

O MTTR pode prever ou não o tempo de deslocamento, que deve ser definido em

função da distância em relação a uma determinada localidade a ser atendida e o ponto de

presença da empresa Provedora de Serviços.

Prazo para Configuração Dinâmica (PCD)

É o tempo gasto para atender demandas de configuração, parametrização, etc. de

um ou mais serviços, cuja realização não implica na paralisação do serviço, medido em

horas.

Taxa de Chamadas Improcedentes (TCI)

É a relação percentual entre o número total de chamadas improcedentes e o

número total de chamadas para o Centro de Atendimento ao Cliente (CAC), no mês.

Número total de chamadas improcedentes x 100

Número total de chamadas p/ CAC

Taxa de Reclamações (TRC)

É a relação percentual entre o número total de reclamações e o número total de

acessos em operação, no mês.

Número total de reclamações x 100

Número total de acessos em operação no mês

TCI =

TRC =

21

Reclamações de Cobertura e de Congestionamento por 1000 Acessos (RCC)

É a relação entre o somatório do número de reclamações de cobertura com o

número de reclamações de congestionamento e o número total de acessos em operação,

medidas no mês.

Taxa de Atendimento do Centro de Atendimento (TACA)

É a relação percentual entre o número total de chamadas atendidas pelas

atendentes ou por sistema de auto atendimento, originadas na rede da prestadora em tempo

não superior a dez segundos e o número total de tentativas de originar chamadas, na hora de

maior movimento, medidas no mês.

Número total de chamadas improcedentes x 100

Número total de chamadas p/ CAC

Taxa de Resposta ao Usuário (TRU)

É a relação percentual entre o número total de correspondências, pedidos de

informação, reclamações e solicitações de serviços, recebidos pela prestadora e

efetivamente respondidos em até cinco dias úteis, no mês, e o número total de

correspondências, pedidos de informações, reclamações e solicitações de serviços recebidos

pela prestadora, no respectivo mês, acrescido do número total de correspondências, pedidos

de informações, reclamações e solicitações de serviços, relativos aos meses anteriores e

ainda não respondidos aos usuários.

Número total de correspondências recebidas e respondidas x 100

Número total de correspondências recebidas

TCI =

TRU =

22

Taxa de Atendimento Público (TAP)

É a relação percentual entre o número total de usuários que compareceram aos

setores de atendimento da prestadora e que foram atendidos em até 10 minutos, no mês, e o

número total de usuários que compareceram aos setores de atendimento da prestadora.

Número total de usuários atendidos em até 10 min x 100

Número total de usuários que comparecem ao CAC

Número de Contas com Reclamação de Erro (NCRE)

É a relação percentual entre o número total das reclamações de contas, efetivadas

pelos usuários e o número total de contas emitidas no mês. Utiliza-se como referência o

número de contas com reclamações de erro para cada 100 contas emitidas.

Número total das reclamações de contas x 100

Número total das contas emitidas

Taxa de Chamadas Originadas Completadas (TCOC)

É a relação percentual entre o número total de chamadas originadas completadas e

o número total de tentativas de originar chamadas, que ocorrem na HMM (Horário de

Maior Movimento), no mês.

Número total de chamadas originadas completadas x 100

Número total de tentativas de originar chamadas

TAP =

NCRE =

TCOC =

23

Taxa de Estabelecimento de Chamadas (TEC)

É a relação percentual entre o número total de chamadas estabelecidas em tempo

não superior a quinze segundos e o número total de chamadas estabelecidas, na HMM

(Horário de Maior Movimento), no mês.

Número total de chamadas estabelecidas em 15 seg. x 100

Número total de chamadas estabelecidas na HMM

Taxa de Queda de Ligações (TQL)

É a relação percentual entre o número total de chamadas completadas na rede da

prestadora, interrompidas por queda de ligação e o número total de chamadas completadas

na mesma rede, na HMM, no mês.

Número total de chamadas completadas e interrompidas x 100

Número total de chamadas completadas na HMM

Taxa de Disponibilidade de Centrais (TDC)

É a relação percentual entre o tempo em que uma central telefônica deixou de

operar e o tempo total de funcionamento, medido mensalmente.

Tempo total de indisponibilidade da central x 100

Tempo total de funcionamento da central

TEC =

TQL =

TDC =

24

Taxa de Bloqueio de Chamadas (TBC)

É a relação percentual entre as chamadas originadas que não encontraram recurso

para completarem a conexão e o total de chamadas originadas, medido diariamente.

Número de chamadas bloqueadas x 100

Número total de chamadas originadas

Desempenho

É a capacidade de transferência de informações entre dois pontos distintos com

relação aos retardos introduzidos pelos diferentes elementos da rede, ou seja, expressa a

capacidade de transferência da rede sem acrescer ao tempo de transferência inerente à

mensagem, um retardo maior do que o limite estipulado (retardo máximo na rede).

%1001(%) ×

−=

TtotalTRSDesempenho

Onde:

TRS= total de testes com retardo superior ao máximo permitido.

Ttotal = total de testes realizados

Recuperabilidade

Objetiva medir a capacidade de restauração das condições de normalidade,

observando cada site atendido pelo Serviços de Suporte Técnico e Manutenção de Campo.

%100(%)Re ×

=

DRdadecuperabili

TBC =

25

Onde:

R = número de ocorrências (trouble tickets) com degradação recuperada em tempo inferior

ao Tempo de Máximo de Reparo (MTTR) para o Ambiente considerado;

D = número total de ocorrências com degradação registradas no mês com o nível de

prioridade considerado.

Estabilidade

A Estabilidade visa refletir a frequência de degradações (ocorrências) que alteram as

condições de normalidade operacional dos serviços da rede de dados, observando

individualmente cada recurso de rede que suporta tais serviços para cada unidade

operacional.

%1001(%) ×

−=

LOROsE

Onde:

E(%)= Estabilidade Percentual;

Os= total do número de ocorrências (trouble tickets) superior ao Limite de Ocorrências

Máxima por Recurso (LOR) para o segmento analisado;

LOR = Limite de Ocorrências Máxima por Recurso para todo o ambiente de rede.

2.2. Fatores que Afetam a Qualidade

A opção estratégica por modernos sistemas de comunicação tornou-se fator

fundamental de produtividade nas empresas, definindo o grande diferencial de

competitividade. O transporte integrado de informações de voz, dados e imagem sintetiza

drasticamente a mudança no papel das telecomunicações, exigindo novos produtos e

serviços que atendam esta nova realidade. [M.GUEDES,00]

26

É neste cenário de grandes mudanças que as empresas de telecomunicações têm

apresentado seu leque de serviços de telecomunicações.

Para que seja possível fazer uma análise mais precisa dos fatores e métricas de

qualidade de serviços, inicialmente será avaliado cada serviço, suas características,

aplicações e seus padrões de qualidade, os meios de comunicação e os principais

aplicativos disponibilizados no mercado nacional.

Os dados coletados neste capítulo foram extraídos dos “Portifólios de Serviços”

das principais empresas operadoras de telecomunicações que vêm atuando no Brasil, após o

processo de privatização e nos conformes da ANATEL. Buscou-se utilizar nomes mais

genéricos dos serviços, sem contudo especificar e identificar serviços de uma determinada

Provedora de Serviços. Portanto, as características, aplicações e padrões de qualidade

podem ser considerados comuns para as maiores empresas de telecomunicações do Brasil.

A descrição sucinta de cada serviço, características, aplicações e padrões de

qualidade consta no Anexo A deste documento e oferece uma abordagem genérica sobre os

principais serviços que estão sendo disponibilizados pelas operadoras.

2.2.1. Os Serviços de Telecomunicações

Considerando a diversidade de necessidades existentes no mercado, as empresas de

telecomunicações tem oferecido a seus clientes um conjunto variado de serviços, de modo a

propor sempre uma melhor solução, face a um nível de serviço pré definido.

Este trabalho se ateve a explorar os serviços mais evidenciados no mercado atual

nacional, sua descrição, características principais, aplicações e o padrão de qualidade que

estão sendo divulgados pelos principais provedores de serviços, através do “Portifólio de

Serviços”, conforme consta no anexo A

27

2.2.1.1. Os Serviços de Voz

Os serviços de voz utilizam as facilidades do Serviço Telefônico Fixo Comutado

(STFC) e das redes inteligentes, para a telefonia fixa e as Redes de Telefonia Pública

Comutada, através das Estações Rádio-base para a telefonia móvel. Os serviços STFC, bem

como os de telefonia móvel e das redes inteligentes, devem oferecer sinais audíveis e

identificáveis, além de contratos com punições em caso de não cumprimento dos

parâmetros de qualidade.

Consta no Anexo A a descrição, características, aplicações e padrões de qualidade

dos principais serviços de voz que vêm sendo comercializados pelas provedoras.

A transmissão de voz pode ser feita de forma analógica ou digital e não necessita de

altas velocidades, bem como de sistemas de correção de erro. No entanto, a forma de estar

medindo a qualidade da transmissão é através de diversos fatores tais como a perda de

chamada e o nível de ruído nas transmissões. As empresas operadoras tem definido o seu

nível de qualidade através de parâmetros tais como o número de chamadas completadas,

obtenção do sinal de discar e atendimento às solicitações dos usuários.

Um dos fatores fundamentais na qualidade dos serviços de voz é a digitalização dos

sistemas e aparelhos de terminação. Isto reduz significativamente o efeito “ruído”,

permitindo maiores taxas de transferências, maior número de serviços, tais como, secretária

eletrônica e identificador de chamadas.

Na telefonia móvel, estão sendo utilizados dois sistemas que são o AMPS

(Advanced Mobile Phone System) e o digital GSM (Global Systems for Mobile). O sistema

digital é baseado no padrão Europeu e além de permitir uma melhor qualidade nas

transmissões, permite inserir uma gama de serviços, tais como identificador de chamas,

mensagens, etc.

28

As bandas A e B trabalham com os serviços conhecidos como SMC (Serviço Móvel

Celular) enquanto que as bandas C, D e E, com o serviço SMP (Serviço Móvel Pessoal).

Em termos de qualidade pode-se afirmar que é a mesma, no entanto, devido ao tamanho de

banda do SMP, este permite uma gama maior de serviços.

Outros fatores que afetam a qualidade dos serviços é o correto dimensionamento das

redes e as medidas corretivas e preventivas na resolução de problemas, bem como o pronto

atendimento às necessidades das solicitações dos usuários.

A digitalização dos meios de acesso vem sendo outro fator de grande influência na

qualidade das transmissões. Existem diversas hierarquias de transmissão digital sendo

utilizadas no mundo, conforme estão descritas no Anexo D e que apresenta diversos

padrões internacionais de transmissão a 2 Mbps (E1) e seus parâmetros de qualidade. Tais

enlaces digitais permitem a transmissão simultânea de 30 canais de voz com alta qualidade.

Para os serviços considerados especiais tais como o 0800, 0500 e 0900, são

utilizadas plataformas específicas conhecidas como Plataformas de Rede Inteligente

Integrada que possibilitam uma série de funcionalidades. Estas plataformas são um

conjunto de hardware e software que possuem características de qualidade associadas aos

equipamentos utilizados.

Outra forma de melhorar a qualidade no atendimento aos serviços de voz é através

da tecnologia ISDN (Integrated Service Digital Network) que possibilita as transmissões,

não só de voz como de dados, imagem e som, de forma simultânea e digital.

2.2.1.2. Os Serviços de Dados

Durante muitos anos os gastos com telefonia, em telecomunicações, foram os mais

significativos nas organizações. No entanto, este custo vem diminuindo, baseado nas novas

tecnologias que estão emergindo no mercado.

29

Existe uma tendência por serviços de voz sobre IP, tecnologia que está sendo

implementada aos poucos no Brasil e já representa em torno de 40% nos EUA.

Dessa forma, os serviços de dados têm surgido como uma tendência de mercado,

através de diversos serviços, que priorizam as aplicações e parametrizam valores para QoS,

permitindo uma melhor qualidade e eficácia nas transmissões.

Os serviços utilizam protocolos de comunicações que possuem artifícios que

permitem um maior ou menor controle da qualidade nas transmissões. Como exemplo, o

protocolo ATM possui parâmetros tais como CIR, CTD, CDV que estão descritos no anexo

A e que determinam a qualidade a ser prestada nas transmissões. A empresa Visionnaire

apresentou um modelo para sistemas ATM e SDH, descrevendo todos os parâmetros de

qualidade de serviço que podem ser mensurados ou não. O serviço Frame Relay é uma

evolução do serviço de pacote, considerando que as linhas são de melhor qualidade.

Tem surgido novos serviços de acesso rápido, principalmente para aplicações

Internet, que permitem altas taxas de transmissão e melhor qualidade face aos eixos custo x

benefício.

Baseado nos dados apresentados no Anexo A, sobre os serviços de dados, pode-se

assinalar diversos indicadores de qualidade, destacando o tempo de ativação, alterações de

configurações, tempos de reparo, disponibilidade, taxas de erro e muitos outros indicadores.

Estes indicadores são trabalhados de forma a manter limiares definidos pelos

produtos/serviços e em conformidade com o que o mercado tem exigido, bem como o que

vem sendo definido pelo órgão regulador, a ANATEL.

No entanto, tais indicadores estão relacionados diretamente aos aplicativos e às

condições limites impostas pela tecnologia/protocolo. Por exemplo, o protocolo X25,

utilizado nas redes de pacote possue taxas de erro na ordem de 10-6 e disponibilidades em

30

torno de 99,7%. Já as redes Frame Relay possuem taxas da ordem de 10-7 e

disponibilidades em torno de 99,8%.

Outros parâmetros não independem da tecnologia utilizada, mas da forma de

atendimento das provedoras de serviços, tais como o MTTR (tempo médio de reparo),

tempo médio para efetuar mudanças e para ativação do serviços.

O mercado tem sinalizado para um padrão de qualidade baseado na aplicação

determinando dessa forma o serviço e o meio de transmissão mais adequado.

É importante ressaltar ainda que os serviços baseados no protocolo IP, apesar de não

oferecerem parâmetros específicos de qualidade de serviço, podem ser encapsulados em

outros protocolos de forma a permitir uma melhor qualidade nas transmissões, como é o

caso do encapsulamento no protocolo ATM. Este protocolo vem sendo o mais difundido no

mundo, principalmente pelo fato de ser o protocolo padrão da rede Internet, direcionando a

indústria em soluções mais eficazes.

Existem diversos trabalhos produzidos sobre a qualidade de serviços na Internet.

Destaca-se o trabalho elaborado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,

sobre qualidade de serviço na Internet que apresenta um modelo dos serviços diferenciados

na Internet, baseado na engenharia de tráfego, e no fornecimento de serviços com

qualidade. [INF/PUC,01]

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Grupo de Teleinformática e Automação

foi elaborado um trabalho que analisa as aplicações em multimídia na Internet que exigem

melhor qualidade de serviços (QoS).

Foram observados aspectos tais como o protocolo IP, como um serviço de

datagrama não confiável e a aplicação de artifícios que poderão melhorar a qualidade dos

aplicativos a serem implementados através da rede Internet, tais como: serviços RSVP,

intserv, diffserv, ATM e MPLS. [GTA/UFRJ,01]

31

Estes trabalhos concluem, em linhas gerais, que os serviços IP vêm sendo adaptados

para diversas aplicações tais como conferência multimídia, vídeo remoto, realidade virtual,

etc. Permitem ainda a criação de redes privativas virtuais capazes de oferecer maior

segurança e qualidade para as aplicações mais críticas.

Alguns serviços, baseados num determinado protocolo, estão definidos até a camada

de transporte, camada esta que tem como principal função permitir o transporte de

informações de um ponto A para um ponto B. É justamente nesta camada, definida pela

ISO, conhecida como arquitetura OSI que pode ser ampliada a qualidade de serviço,

alterando parâmetros tais como retardo, falhas, taxas de erro, etc. Consta no Anexo E a

definição da camada e os seus principais parâmetros de qualidade.

Os quadros apresentados abaixo apresentam um resumo dos principais serviços de

voz, de dados e de serviços múltiplos, conforme estão descritos no Anexo A, enfatizando

os principais parâmetros de qualidade de serviço, seus valores médios, conforme são

apresentados nos portifólios de serviços das principais provedoras. O quadro mostra ainda

que nem todos os parâmetros são divulgados, apenas aqueles que despertam o maior

interesse do cliente.

32

Tabela 1 – Quadro Resumo – Serviços de Voz (valores médios)

ServiçosItens

Telef.

Fixo

Digitronco 0800 0900 ISDN Telef.

Celular

Ativação de acesso 10 dias 2 dias 2 dias 5 dias -

Mudança de End. 3 dias 10 dias 3 dias -

Mudança de configuração - 2 dias 24 horas 24 horas 2 dias -

MTTR - 6 horas 30 min 30 min 8 horas -

Disponib. acesso - 99,93% - - 99,90% -

Disponib. Plataf. 99,98% 99,98% - -

Obtenção Sinal de Discar Até 3 s - - - - -

Atendimento por telefone Até 10s - - - - -

Taxa de Reclamações - - - - - 4 a 12

Reclam. Cobert. e Cong. - - - - - 15 a 30

Taxa Atendimento C.Atend - - - - - 40 a 70

Taxa de Resp. ao Usuário - - - - - 80 a 100

Taxa de Atendimento Púb. - - - - - 25 a 80

Nº contas com reclamação - - - - - 10 a 60

Taxa Cham. Orig. Compl. - - - - - 30 a 50

Taxa Estab. de Chamadas - - - - - 60 a 80

Taxa de Queda de Ligação - - - - - 1 a 5

Esta tabela foi baseada nos dados extraídos dos portifólios de serviços dos

principais provedoras de serviços de telecomunicações. [EMBRATEL,01], [GVT,01],

[INTELIG,01], [VESPER,01], [TELEMAR,01], [BRASIL TELECOM,01] e [TELEFÒNICA,01].

33

Tabela 2 – Quadro Resumo – Serviços de Dados (valores médios)

ServiçosItens

SLDD Pacote FR ATM ADSL

Ativação Local 5 dias 5 dias 5 dias 5 dias ND

Ativação Interurbano 10 dias 10 dias 10 dias 10 dias ND

Mudança de Endereço 2 dias 2 dias 2 dias 2 dias ND

Alteração de Velocidade 3 dias - - - ND

Alteração características técnicas - 2 dias 2 dias 2 dias ND

MTTR local 3 horas 3 horas 3 horas 3 horas ND

MTTR interurbano 5 horas 5 horas 5 horas 5 horas ND

Disponibilidade de Acesso 99,9% 99,9% 99,9% 99,9% ND

Acessibilidade de Portas RAS - - - - ND

Estabelecimento de Conexão - - - - ND

Disponibilidade da Plataforma - 99,9% 99,9% 99,9% ND

Taxa de Erro 10-6 10-6 10-6 10-8 ND

Perda de Sincronismo < 4 por

dia

- - - ND

Legenda: ND – Não Disponível

Esta tabela foi baseada nos dados extraídos dos portifólios de serviços dos

principais provedores de serviços de telecomunicações. [EMBRATEL,01], [GVT,01],

[INTELIG,01], [VESPER,01], [TELEMAR,01], [BRASIL TELECOM,01] e [TELEFÒNICA,01].

34

Tabela 3 – Quadro Resumo – Rede Multi-Serviços (valores médios)

ServiçosItens

IP dedicado IP discado VPN IP Voz sobre IP

Ativação Local 5 dias 15 dias 60 dias ND

Ativação Interurb. 10 dias - - ND

Mudança de End. 5 dias 5 dias 5 dias ND

Alteração de Vel. 3 dias 3 dias 3 dias ND

Alteração caract.téc. - - - ND

MTTR local 3 horas 3 horas 3 horas ND

MTTR interurbano 5 horas 5 horas 5 horas ND

Disponib. Acesso 99,9% 99,9% 99,9% ND

Acessib. Portas RAS - 97% 97% ND

Estabelec. Conexão - 95% 95% ND

Disponib. Plataf. 99,9% 99,9% ND

Taxa de Erro 10-6 10-6 10-6 ND

Legenda: ND – Não Disponível

Esta tabela foi baseada nos dados extraídos dos portifólios de serviços dos

principais provedores de serviços de telecomunicações. [EMBRATEL,01], [GVT,01],

[INTELIG,01], [VESPER,01], [TELEMAR,01], [BRASIL TELECOM,01] e [TELEFÒNICA,01].

35

2.2.2. Os Meios de Transmissão

Os meios de transmissão diferem com relação à banda passante, potencial para

conexão, limitações geográficas, atenuações características do meio, imunidade a ruído,

custo, disponibilidade e confiabilidade. Os meios de transmissão oferecem características

físicas que limitam as taxas de transmissão e, consequentemente, reduzem a qualidade nas

transmissões, determinando o aplicativo conveniente. A escolha do meio de transmissão

adequado às aplicações é de extrema importância, não só pelos motivos citados, mas

também pelo fato de que ele influencia diretamente no custo das interfaces com a rede.

Atualmente, o meio que vem oferecendo uma melhor qualidade nas transmissões,

principalmente de dados, é a Fibra Óptica, devido à possibilidade de transmissão a taxas

que podem chegar próximas à velocidade da luz, face às suas características. No entanto, o

custo ainda é considerado alto, apesar da crescente utilização.

As transmissões poderão ser feitas de forma analógica ou digital. Existem diversas

técnicas para a transmissão digital, que estão descritas no Anexo D e comentadas no item

anterior.

O meio de transmissão é de fundamental importância também na determinação dos

índices de qualidade dos serviços, tais com disponibilidade, taxa de erro, retardos, etc.

Consta, no Anexo B, a descrição, caracterização, aplicação e parâmetros de qualidade que

são extraídos dos meios de transmissão existentes. Constam, no Anexo B, os principais

meios de transmissão utilizados pelas operadoras de Telecomunicações.

Conforme descrito, muitas são as tecnologias empregadas nos serviços e as formas

alternativas para se trafegar dados, voz ou imagem. Cabe ao projetista analisar cada opção e

adequá-la às necessidades do cliente, face ao nível de qualidade de serviço desejado.

36

A Tabela abaixo mostra uma comparação dos meios de transmissão, quanto às suas

características básicas:

Tabela 4 – Comparação dos Meios de Transmissão

(fonte - [JOSÉ ANTÃO,98])TiposCaracterísticas

Par

Metálico

Fibra

Óptica

Rádio Satélite

Imunidade a Ruído Ruim Ótima Média Média

Perda de Sinal Ruim Ótima Média Média

Preço do Enlace Melhor Médio Regular Alto

2.2.3. Os Principais Aplicativos

Considerando a diversidade de necessidades existentes no mercado, as empresas de

telecomunicações têm oferecido a seus clientes um conjunto variado de serviços, de modo a

propor sempre uma melhor solução. Quando a única coisa que o telefone fazia era permitir

a duas pessoas distantes se falarem, ele já ajudava a fechar muitos negócios. Hoje, não se

faz mais negócios sem telefone - e ele também não é mais o mesmo: tornou-se uma

ferramenta decisiva para o sucesso de qualquer empresa. Os sistemas telefônicos têm

migrado para tecnologias digitais PCM, facultando a compressão do sinal em taxas atuais

de até 8Kbps.

Assim como na telefonia, os serviços de dados têm evoluído para soluções de alta

velocidade, adotando protocolos mais simples, com pouca preocupação com controle de

erros, redução do overhead, menor retardo e aumento das taxas de transmissão, tornando-

os mais eficientes. Tais aplicativos tem buscado uma evolução nas redes de

telecomunicações de forma a permitir a integração de sinais de dados e voz com o advento

de equipamentos integradores (multiplexadores multiprotocolo), permitindo assim a

formação de redes integradas de voz e dados de alto desempenho.

37

Uma distinção que se faz é quanto à geração das redes de telefonia e de redes de

computadores, com base nos diferentes tipos de tráfego, para voz analógica e dados digital.

Por outro lado, tem-se atualmente a digitalização dos serviços de voz através da ISDN e o

uso das aplicações multimídia. No entanto tal distinção vem desaparecendo rapidamente,

criando o que pode ser chamado de Integrated Services Packet Network (ISPN).

[D.Clark,01]

Além dos serviços tradicionais relativos a telefonia e a dados, novos serviços de

rede oferecem poderosas ferramentas para atender às necessidades dos usuários, que

permitem criar aplicações multimídia de alta qualidade e em tempo real, e podem ser

classificados em função do tipo de aplicação, em três categorias: [D.Clark,01]

• Serviços para aplicações que necessitam de comunicações interativas de dados.

Estes incluem transferência de dados, transferência e recuperação de

documentos, interconexão de redes locais, fac-simile colorido, etc.

• Serviços para aplicações que necessitam de comunicações de vídeo interativos.

Estes incluem a vídeoconferência, a vídeo-telefonia, a recuperação de imagens

arquivadas, correio de imagens, televigilância, telecompras, etc.

• Serviços para aplicações que necessitam de comunicações distributivas. Estes

incluem a difusão de televisão em baixa ou alta definição e registro de

informações de utilização que são necessários para a TV corporativa, a

cobrança pelo uso de serviços de TV, etc.

Uma vez absorvido o significado, a importância e os aspectos básicos relacionados

à avaliação de nível de serviço, e entendendo que em um Ambiente de Telecomunicações

uma grande gama de serviços pode estar disponível, cada qual com suas próprias

características e natureza, demandando diferentes Acordos de Nível de Serviço,

possivelmente com diferentes valores para os indicadores de nível de serviço ou até mesmo

diferentes indicadores, conclui-se que a identificação destes serviços constitui um primeiro

e fundamental passo em direção à implementação de uma sistemática para avaliação de

nível de serviço neste ambiente.

38

É importante ressalvar que a qualidade de serviço está intimamente relacionada ao

tipo de aplicativo a ser utilizado. Como exemplo pode-se citar a videoconferência onde o

retardo da voz em relação ao audio interfere significativamente na qualidade, o que não

ocorre na transmissão de dados. Assim sendo, cada aplicativo terá que ser tratado de forma

diferencial e os parâmetros de qualidade estarão influenciando de formas diferenciadas.

Outro exemplo é quanto ao aplicativo Call Center, onde são definidos alguns

indicadores, tais como o tempo médio de espera, a taxa de abandono e o tempo de

atendimento. Tais parâmetros apesar de terem sido definidos pela ANATEL, possuem uma

grande variação entre uma provedora e outra e está intimamente relacionado com o fator

custo.

Consta no Anexo C a descrição das principais aplicações, suas características e

implicações no Nível de Serviço a ser prestado para os usuários.

2.2.4. Outros Fatores

Muitos são os fatores que interferem nestes indicadores, conforme foram expostos

nos itens anteriores. No entanto, existem ainda outros fatores que poderão estar incluídos

nos serviços, nos meios ou aplicativos que podem interferir de maneira significativa no

Nível de Qualidade. Tais fatores estão presentes, principalmente, nos processos de licitação

e apresentam grandes diferenciais durante o processo de análise. Abaixo são relacionados

alguns destes fatores:

2.2.4.1. Distância do ponto de presença da Provedora de Serviço

Quando da solicitação do serviço, os pontos de atendimento poderão estar distante

da Provedora de Serviço. Isto poderá acarretar em demora no atendimento, fazendo com

que determinados indicadores apresentem limiares superiores aos estabelecidos

normalmente.

39

2.2.4.2. Atendimentos em horários comerciais ou noturnos

O atendimento da Provedora de Serviço em horários não comerciais, acarreta em

equipes de técnicos e de atendimento 24 horas, 7 dias da semana, o que representa um custo

maior a ser agregado ao serviço.

2.2.4.3. Taxas referentes ao backbone do serviço ou do acesso ao backbone

Os limiares dos indicadores de qualidade não são os mesmos para o segmento

backbone, segmento acesso ou para todo o segmento de serviço (serviço fim-a-fim).

Portanto, tais limiares deverão ser tratados de forma diferenciada. Geralmente o segmento

backbone apresenta valores de limiares menores que os do segmento acesso. O segmento de

serviço (backbone mais acesso) costuma ter limiares ainda maiores.

2.2.4.4. Grau de importância da localidade

Os clientes costumam definir grau de importância por localidade/aplicativo/serviço

e que deverão possuir limiares diferentes, acarretando em melhora na qualidade do serviço

através de estrutura diferenciada para atendimento. Isto vem de encontro com a definição

do grau de criticidade para o negócio do cliente. Dessa forma, pode-se considerar que a

segmentação da área de abrangência em diferentes ambientes de qualificação tende a

representar, de forma mais fidedigna, as reais necessidades dos clientes. Tal segmentação

pode ser apresentada como: [TELEMAR,01]

40

• Ambiente de Prioridade Alta: O Ambiente de Prioridade Alta deve ser entendido como

aquele tido como crítico para o negócio do cliente, seja pela sua localização ou pela sua

importância para o cliente, em função do alto tráfego, nível de concentração e do valor

das informações que por ele trafegam. Este segmento é percebido como o de maior

criticidade, de tal forma que os níveis de serviço a serem estabelecidos se apresentem

mais rigorosos.

• Ambiente de Prioridade Intermediária: Em função de seu valor e dos critérios já

mencionados, este segmento deve ser percebido como de elevada criticidade, de tal

forma que os níveis de serviço a serem estabelecidos se apresentem rigorosos.

• Ambiente de Prioridade Baixa: Em função de seu menor impacto no negócio, este

segmento deve ser percebido como o de menor criticidade, de tal forma que os níveis de

serviço a serem estabelecidos se apresentem menos rigorosos.

2.2.4.5. Tipo de Tecnologia utilizada (Frame Relay, ATM, IP, Pacote, etc.)

Conforme foi apresentado, quando da discriminação dos serviços de

telecomunicações, cada serviço possui uma ou mais tecnologias de protocolo. Dependendo

da tecnologia utilizada, tem-se uma maior ou menor qualidade, face aos parâmetros

inerentes de cada protocolo.

2.2.4.6. Uso de softwares/hardwares redundantes

Outro fator que poderá interferir na qualidade dos serviços é quanto à utilização de

softwares/hardwares redundantes, tais como fontes elétricas, placas redundantes ou

sistemas que permitam caminhos alternativos.

Os fatores apresentados acima serão fundamentais na determinação dos limiares

dos serviços de telecomunicações, influenciando no SLA a ser acordado entre o cliente e o

Provedor de Serviços.

41

2.2.5. Análise Conclusiva dos Fatores

Fazendo uma análise dos dados apresentados atualmente de indicadores de

qualidade pelos Provedores de Serviços, em relação aos anteriores, antes da privatização,

pode-se concluir que houve uma melhora significativa da qualidade. Haja visto que dois

anos atrás, no Brasil, levava-se três anos, em algumas capitais, para instalar uma linha nova

face a demanda reprimida e ocorriam, em média, 42 falhas para grupos de 100 linhas

telefônicas. Atualmente, é possível ativar uma linha telefônica, em média, 15 dias e o

número de falhas por grupo de 100 linhas telefônicas caiu para 17. Isto é válido também

para os demais serviços de dados. [M.GUEDES,00]

As regras da privatização, que criaram a agência normatizadora e fiscalizadora – a

ANATEL, responsável por fazer as novas empresas cumprir o Plano Geral de Metas de

Qualidade (PGMQ) e o Plano Geral de metas de Universalização (PGMU), prevêem

modificação nos indicadores de qualidade, com o intuito de cumprir as metas estabelecidas.

[ANATEL,01]

Estabelecidas as metas, espera-se que a situação do setor no Brasil modifique os

indicadores da seguinte forma: [ANATEL,01]

• Até o ano de 2001, os consórcios vencedores do leilão de privatização terão que

aumentar o número de linhas dos atuais 17 milhões de terminais fixos para 33 milhões;

• Em 2001, estima-se que haverá 22 telefones fixos para cada 100 habitantes. Em 2007, a

proporção será de trinta por 100 (próximo do padrão europeu);

• A previsão é de que, em 2007, uma linha telefônica será entregue por uma taxa mínima,

e haverá oferta suficiente;

• Em 2002, as empresas privadas serão obrigadas a instalar a linha telefônica no prazo

máximo de quatro semanas. Em 2005, este prazo deverá cair para uma semana;

• Até o ano de 2001, estima-se que o serviço de habilitação de telefone celular não será

mais cobrado.

42

As Provedoras de Serviços estão investindo maciçamente nas infra-estruturas de

rede, implantando backbones de Fibra Óptica e redundâncias nos seus sites, com o intuito

de obter uma melhor qualidade dos serviços a serem prestados. [B.TELECOM,01]

As taxas de digitalização das redes têm atingido a ordem de 90%, o que significa

uma maior qualidade na comunicação. [B.TELECOM,01]

Os valores apresentados na tabela abaixo mostram uma tendência de mercado,

baseado em médias utilizadas pelas empresas Provedoras de Serviços. Nem todos os

índices estão presentes nos Portifólios de Serviços das empresas provedoras. No entanto,

foi possível obter uma média de valores que serão fundamentais como balizadores para

projetos que envolvam tais métricas de serviços, conforme mostrado na tabela 5.

Nota-se na tabela 5 que existe uma variação significativa nos valores, face a

tecnologia a ser utilizada e a diversos fatores abordados neste capítulo. No entanto, existe

uma tendência de mercado que vem ao encontro das aplicações demandadas.

Outra conclusão que pode ser inferida da tabela é quanto aos valores do mercado

nacional em relação ao mercado mundial. Com a privatização das provedoras de serviços e

a entrada de grupos multinacionais na composição societária das empresas, os valores

tendem a ser os mesmos.

43

Tabela 5– Tendência de Mercado

LimiaresItens

Valores

Mercado

Mundial

Lim. Mínimo Lim. Máx. Valores

Mercado

Nacional

Ativação Local 12 dias 2 dias 30 dias 5 dias

Ativação Interurbana 21 dias 3 dias 60 dias 10 dias

Mudança de Endereço 12 dias 2 dias 15 dias 10 dias

Mudança Lógica ND 2 horas 8 horas 4 horas

Alteração de Velocidade ND 2 dias 15 dias 10 dias

Alteração Características Técnicas 12 dias 2 dias 15 dias 10 dias

MTTR Local 5 horas 1 hora 5 horas 2 horas

MTTR Interurbano 7 horas 1 hora 10 horas 5 horas

MTBF ND 1000 horas 9000 horas 4000 horas

Disponibilidade de Acesso 99,9% 99,5% 99,99% 99,8%

Disponibilidade Backbone 99,9% 99,6% 99,99% 99,95%

Acessibilidade das Portas RAS ND 97% 99% 98%

Disponibilidade da Plataforma 99,9% 99,9% 99,99% 99,98%

Tempo de Retardo ND 200 ms 10 ms 30 ms

Taxa de Erro 10-8 10-6 10-12 10-8

Taxa de Reclamações 7 4 12 3

Reclamação de Cobertura e Cong. 15 15 30 15

Taxa Atendimento Centro de Atend. 70 40 70 70

Taxa de Resposta ao Usuário 90 80 100 90

Taxa de Atendimento Público 80 25 80 70

Nº Contas com Reclamação 10 10 60 7

Taxa Chamadas Originadas Compl. 50 30 60 50

Taxa Estabelecimento de Chamadas 80 60 90 80

Taxa de Queda de Ligação 5 1 5 5

Sinal de Discar 3 seg. (99%) - - 3 seg. (99%)

Legenda: ND – Informação não Disponível

44

Esta tabela é um resumo dos dados coletados junto aos principais provedores de

serviços de telecomunicações no Brasil e baseado nos dados extraídos de trabalhos

internacionais tais como o do Grupo de Estudo da Telecomunications Benchmarking

International Group. [TBIG,01]

A tabela abaixo mostra um resumo contendo valores de indicadores de SLA

aplicáveis em processos licitatórios ocorridos após a privatização, que foram solicitados por

empresas do governo. (Fonte: Banco do Brasil – Edital CECOP 99/0836, PRODASEN –

Edital BRA/98/010/PNUD/PRODASEN, Caixa Econômica Federal – 001/2000 –

CEL/MZ, CODEVASF – 28/00, ECT – 028/2000, SERPRO – LICSUPGL199910418855),

ANATEL – Pregão 58/2001 e ELETRONORTE – Concorrência Pública CC-GST 1-2027).

Tabela 6 - Níveis de Serviços – Processos Licitatórios

EmpresasItensBANCOOB B.BRASIL ECT CEF CODEVASF PGR SERPRO ANATEL Eletronorte Prodasen

Ativação Local (dias) 30 à 45 45 à 90 - - 60 a 90 30 20 - - -Ativação Inter. (dias) 30 à 45 45 à 90 - - 60 a 90 30 20 - - -Mudança de End.(dias) 30 à 45 40 - - - - 20 - - -Alteração de Vel.(dias) 7 à 30 40 - - - - 20 - - -Alteração caract.téc. 7 à 30 10 a 25 - - - - 20 - - -Desativação (dias) - - - - - - 7 - - -MTTR local (horas) 2 à 7 2 - - 4 - 2 6 - -MTTR interurbano 2 à 7 4 - - 4 - 2 6 - -Disponib. Acesso (%) 99,5-99,9 99,7 99,7 99,95 99,0 99,6 99,7 99,8 99,7 99,7Disponib. Plataf. (%) - - - - - - 99,7 - - -Taxa de Erro 10-7 - 10-7 - - 10-5 - 10-9 -

45

Nota-se nesta tabela a tendência por valores de disponibilidade de acesso, em torno

de 99,7%, MTTR em torno de 2 horas e taxas de erro de 10-7. Os demais indicadores

variam em função de quantitativos e grau de prioridade atribuídos aos sites do cliente.

Tem-se percebido também que diversos indicadores não estão sendo discriminados,

o que mostra o pouco conhecimento do cliente sobre estes e os valores limiares dos

mesmos.

2.3. Análise Situacional das Provedoras de Serviços de Telecomunicações

Para uma melhor compreensão do contexto no qual as empresas de

Telecomunicações estão inseridas, convém seja apresentado o cenário atual das operadoras.

Observando o quadro existente no setor, antes da privatização, ficou claro a

necessidade da implementação de novas mudanças. Essas mudanças vieram com um

programa de governo iniciado em 1994 que previa as seguintes diretrizes [ANATEL,01]

[Min.Com.,01]:

• Assegurar os direitos dos usuários dos serviços de telecomunicações;

• Incentivar o aumento de capitais privados, nacionais e estrangeiros nas

atividades relacionadas ao setor;

• Promover a transição para um novo modelo no setor de telecomunicações

preservando o interesse público.

As medidas culminaram com a criação de regiões de atuação para as empresas

prestadores dos serviços de telecomunicações, com a privatização das operadores já

existentes e com o surgimento de novas empresas que introduziram a concorrência no

mercado de prestação de serviços de telefonia e de transmissão de dados. [ANATEL,01]

Dessa forma, os mercados de telefonia fixa, móvel e transmissão de dados passaram

de um monopólio estatal para duopólios privados, atuando em regiões específicas, onde em

46

cada região passaram a existir duas empresas concorrentes prestando o mesmo serviço. A

figura 4 mostra a divisão por regiões onde estão inseridas as provedoras de serviços:

[ANATEL,01]

Companhias com cobertura nacional de Longa Distância:

- EMBRATEL - concessionária

- INTELIG - espelho

Figura 2 – Distribuição por Região – 2002 [ANATEL,01]

O cenário atual mostra um setor em constante mudança e adaptação, e em pleno

desenvolvimento. Com empresas ainda se firmando ou como fabricantes, como

fornecedores ou ainda, como operadoras. [REVISTA RNT,01]

No setor de telecomunicações, muitos aspectos ainda estão por ser definidos e

ajustados às condições de mercado e de tecnologia. Esta condição de ajuste faz do setor de

telecomunicações um setor formado por empresas que ainda estão se instalando e firmando

sua presença. [M.GUEDES,00]

TELEFÒNICAVESPER (espelho)

TELEMAR

VESPER (espelho)

BRASIL TELECOMGVT (espelho)

47

Devido ao processo de evolução, a indústria de prestação de serviço ainda não

possui indicadores operacionais bem definidos. As definições e as fórmulas de cálculo dos

indicadores ainda estão em discussão e cada operadora, em cada tecnologia possui uma

forma de interpretação diferente. No entanto, como primeira abordagem, o Conselho de

Administração das Empresas propôs uma relação de indicadores que estão sendo

analisados e discutidos pela ANATEL, empresa de Regulamentação do Setor de

Telecomunicações.

Baseado neste documento elaborado pelo conselho, a ANATEL elaborou um

manual que detalha os indicadores estabelecidos para avaliação dos serviços de

telecomunicações, utilizados para o acompanhamento da qualidade da prestação dos

serviços, padronizando e definindo o método de coleta e de consolidação de dados destes

indicadores.

O fato é que, por mais que as provedoras de serviços tentem, será difícil se

esquivarem da culpa pelo não cumprimento das metas de qualidade e de universalização

previstas pela ANATEL. Foram abertos mais de mil processos administrativos de

descumprimento de obrigações, o que mostra a ineficiência das provedoras no cumprimento

com esses indicadores e até mesmo possuir metodologias e mecanismos para

acompanhamento dos mesmos. [NW Telecom,01]. As provedoras se desculpam

informando que até então não se tem uma metodologia para os indicadores de qualidade.

[TELETIME,00]

Outro fator determinante é quanto aos limites que devem ser estabelecidos para o

mercado nacional. Primeiramente, deve-se levar em conta que tais limites dependem de

diversos fatores conforme foram descritos neste trabalho e segundo, dos segmentos a qual

as empresas atuam.

No trabalho da Accenture pode-se observar que não são apresentados limiares para

os indicadores de serviço, especialmente em instalação de circuitos que em alguns casos

48

chega a 30 dias, bem acima da proposição de algumas provedoras de serviços que é de 10

dias úteis. [TELEMAR,01].

Portanto, não se pode dizer que os indicadores relacionados nos programas das

provedoras de serviços de telecomunicações são parâmetros de benchmark internacional,

simplesmente porque não existe oficialmente um trabalho confiável que defina tais

parâmetros. [TELEMAR,01]

Para que as empresas prosperem em uma economia global, é preciso que elas

satisfaçam padrões mundiais e se juntem a grupos “Classe Mundial”, onde Classe Mundial

significa satisfazer os padrões mais altos existentes para poder participar da competição e,

ao mesmo tempo, o crescimento de uma classe social definida por sua habilidade de

comandar recursos e operar além das fronteiras e em territórios muito amplos. As empresas

precisam parar de pensar como produtores e começar a pensar como cliente, tornando-se

mais cosmopolita, abrindo as mentes e as fronteiras, juntando-se às redes, em vez de manter

hierarquias fechadas. Para ter sucesso na economia global voltada para o cliente, empresas

de todos os portes precisam estar prontas para o mundo, mesmo que optem por não

expandir internacionalmente suas fronteiras. Elas precisam:

• Obedecer aos padrões BIW (best-in-world);

• Ser pioneiras nas melhores idéias e tecnologias;

• Investir nas habilidades da força de trabalho e oferecer segurança de

empregabilidade;

• Agir como parceiras para fornecedores e clientes;

• Conectar-se a redes que proporcioenm amplo alcance e recursos adicionais.

[CMUNDIAL,01]

Destes trabalhos de pesquisas elaborados pode-se concluir que não existem métricas

definidas não só no Brasil mas no mundo e sim, as grandes empresas, dentro dos seus

segmentos, tem definido os seus próprios limiares. Em outras palavras, o cenário atual é

49

outro, onde quem define os parâmetros dos serviços são as grandes corporações, dentro dos

seus segmentos de atuação e não mais os provedores dos serviços.

Outro fato preocupante no cenário nacional é quanto as formas de gerenciar os

acordos de nível de serviço e a própria qualidade dos mesmos. Segundo o gerente sênior e

líder de telecomunicações da consultoria Ernst & Young, José Antônio Dias, as empresas

concentraram investimentos em expansão, sem se preocuparem com o gerenciamento das

redes, fato este que deverá ser fruto de investimentos para os próximos anos.

[TELETIME,00]

50

3. METODOLOGIA

Com a expansão dos sistemas on-line, os indicadores ganharam uma importância

fundamental, tornando-se cruciais para a definição do Nível de Serviço, acarretando na

determinação do SLA junto ao usuário. Associado ao nível de serviço está o custo a ser

pago pelos usuários. Quanto melhor o serviço, maior será o seu custo. Portanto, de comum

acordo com os usuários, a instalação deve definir quais são os Níveis de Serviço desejáveis

e quais são intoleráveis.

Os exemplos abaixo mostram como podem ser definidos os Níveis de Serviço

para o usuário:

• Atendimento ao Público: Para uma taxa média de 15 transações/segundo, o

tempo de resposta, para 90% dos casos, deve ser inferior a 3 segundos. Tempo

de resposta superior a 10 segundos para 10% dos casos é inadmissível;

• Sistema de Contabilidade: Para uma taxa média de 5 transações/segundo, o

tempo de resposta, 70% do tempo, deve ser inferior a 8 segundos. Tempo de

resposta superior a 15 segundos para 50% dos casos é inadmissível.

Alguns exemplos de questões típicas que surgem em estudos desta natureza

servem para ilustrar o ponto em questão:

• O que acontecerá com o tempo de resposta das transações se o número de

terminais passar de 100 para 150? Qual será o impacto desta mudança?

• O que acontecerá com o tempo de resposta nos caixas de um banco se for

inaugurada uma nova agência eletrônica com 30 caixas gerando um total de

600 transações por hora em média?

Perguntas como estas não deverão ficar sem resposta, e portanto, tais

preocupações deverão fazer parte deste estudo.

51

As organizações têm demonstrado interesse em desenvolver planejamentos que

determinem os Níveis de Serviço para o Ambiente de Telecomunicações, de tal forma a

manter este nível dentro dos padrões preestabelecidos pela gerência diante de novas

situações. No entanto, apesar desta preocupação premente, o cenário atual das provedoras

de serviços de telecomunicações mostrou que não existe nenhuma metodologia aplicada à

Gestão da Qualidade de Serviços em aplicação, o que demonstra preocupação, não só do

governo, como das próprias instituições.

Neste capítulo será apresentada uma metodologia de abordagem que permitirá

Gerenciar o SLA, metodologia esta que compreende desde a Política de Qualidade,

conforme foi definido pelo T. Force, definição dos Processos Básicos de Gestão de

Qualidade, conforme é apresentado na norma ISO e recomendações da ITU-T, Definição

do Modelo de Qualimetria até a Especificação e Elaboração do Sistema de Qualimetria.

[ABNT,99],[ITU-T,97], [T.FORCE,93].

3.1. Definição da Política de Qualidade

Para que se tenha um sistema eficaz é necessário que seja elaborada toda uma

política de implementação, que aborde os seguintes aspectos:

• Engajamento da alta direção – Que a direção da empresa esteja engajada com a

qualidade dos serviços que pretende prestar;

• A determinação dos Processos de Qualidade, baseados nas normas ISO;

• A elaboração do Modelo de Qualimetria;

• A criação de um manual da qualidade contendo todos os parâmetros

mensuráveis, seus limiares e ações corretivas e preventivas a serem tomadas;

• A especificação de um sistema de qualimetria;

• A elaboração do sistema de qualimetria.

52

O primeiro passo refere-se ao engajamento da alta direção. É função do pessoal de

Gestão da Qualidade mostrar à direção da organização a importância de um Sistema de

Qualidade, de tal forma que exista um compromisso formal da direção e por conseguinte,

de toda a organização com a qualidade dos serviços prestados. Conforme foi dito no

capítulo 2, item 2.3., pelo conceito de Classe Mundial, as organizações precisam se tornar

“best-in-world”(BIW) e para tanto, deve se ter uma política condizente, através da

implementação de estratégias, conforme citadas abaixo: [CMUNDIAL,01]

• Desenvolvendo e participando de fóruns de debates em qualidade;

• Identificando as habilidades essenciais da área e os investimentos necessários;

• Definindo padrões de desempenho BIW;

• Comemorando a excelência, criando prêmios pelas conquistas;

• Promovendo um foco no cliente;

• Levando a educação nas habilidades de resolução de problemas;

• Reforçando campanhas de qualidade do melhor parceiro;

• Ampliando a formação de redes e parcerias entre empresas;

• Implementando ações para se tornar receptivo aos estrangeiros;

• Implementando ações para criar segurança de empregabilidade;

• Implementando ações para o desenvolvimento da liderança.

Estas são algumas das ações que deverão ser implementadas. No entanto, outras

ações ainda são requeridas dentro do programa de classe mundial e que devem fazer parte

da política da organização.

O segundo passo é a determinação dos Processos de Qualidade, composto da

descrição de cada processo, das ações e responsabilidades. Isto deverá estar explícito no

Manual da Qualidade. Este manual deverá conter ainda a parametrização das métricas de

qualidade.

O terceiro passo é a definição do Modelo de Qualidade, que descreve uma forma de

estar mensurando a qualidade de um determinado serviço.

53

Os últimos passos são a especificação e elaboração de um sistema que permita

operacionalizar todo o processo de Gestão de Qualidade.

Os próximos itens descrevem cada passo da política de implementação da gestão de

qualidade de serviço:

3.2. Definição dos Processos de Gestão de Qualidade

Existem diversos estudos sendo elaborados nos fóruns internacionais que estão

focados no tema “Gestão de Qualidade”. Destaca-se o Telemanagement Fórum, consórcio

internacional que compreende provedores de serviço, usuários, operadores de rede,

fornecedores de equipamentos e softwares e indústria de Telecomunicações. O

Telemanagement Fórum tem realizado diversos trabalhos nesta área de Telecomunicações

que objetivam ajudar e orientar os seus consorciados. Um dos trabalhos desenvolvidos é

sobre o gerenciamento de SLA. O “SLA Management Handbook” definiu duas ferramentas

fundamentais para a gestão de SLA, que são: a definição de cinco estágios do ciclo de vida

dos serviços de telecomunicações e a definição de parâmetros de SLA em diversas

categorias. Para o ciclo de vida dos serviços de telecomunicações são definidos cinco

estágios: desenvolvimento de produtos e serviços, negociação e venda, implementação,

execução e avaliação.

A figura abaixo ilustra os processos básicos de prestação de serviços, conforme são

previstos na norma ISO [ITU-T,97] e no TeleManagement Fórum [TFORUM,00] que

define o ciclo de vida de um determinado serviço:

54

Figura 3 – Processos Básicos de Prestação de Serviços [ITU-T,97] e [TFORUM,00]

Necessidades

Serviços

Avaliação dosServiços

CLIENTE

Determinação denecessidades

Fornecimento dosServiços

Planejamento dosServiços

Projeto dosServiços

Gerência deServiços

Controle daQualidade dos

Serviços

Determinação dosRequisitos de

Qualidade dos Clientes

PROVEDOR

Implantação dosServiços

Planejamento daQualidade dos

Serviços

Garantia daQualidade

dos Serviços

Análise e melhoriada Qualidade

55

Tais processos são articulados a partir das necessidades dos clientes, de tal forma a

definir os serviços a serem prestados, a garantia da qualidade, a análise de melhoria e

finalizando com o controle da qualidade a partir da avaliação dos serviços pelo cliente. A

seguir são descritos, em linhas gerais, estes processos:

• Determinação das Necessidades: Avalia o potencial de mercado, define

prioridades e determina as características dos serviços necessários;

• Planejamento dos Serviços: Analisa riscos e atratividade dos serviços e define

investimentos, alocação de recursos físicos e humanos;

• Projeto dos Serviços: Define características, dimensiona os serviços e meios

necessários para sua implantação;

• Implantação dos Serviços: Planeja a implantação dos serviços;

• Gerência dos Serviços: Monitora, supervisiona e elabora relatórios.

Os demais processos compõem o sistema de gestão da qualidade de serviço

propriamente dito. Tais processos são acoplados aos processos básicos, descritos acima.

Esses processos tem cada um seus objetivos próprios:

a) Determinação de Requisitos de Qualidade dos Serviços

Permite a identificação de fatores ou indicadores de qualidade que são expressos

pelo cliente ou podem estar implícitos. Estes indicadores formarão o que é conhecido como

Acordo de Nível de Serviço considerada a etapa mais importante do processo de Gestão da

Qualidade, pois é este acordo que determinará os limites a serem monitorados durante todo

o processo. Estes requisitos farão parte do contrato a ser firmado entre o provedor do

serviço e o cliente, conforme mostra a figura abaixo: [Tforum,00]

56

Figura 4 – Relacionamento Cliente – Provedor do Serviço [Tforum,00]

Durante esta fase de negociação do SLA entre o Provedor de Serviço e o Cliente,

ocorrem diversas atividades, como são discriminadas abaixo:

• Seleção dos valores das métricas de SLA, aplicáveis para o serviço em questão

e os seus limiares;

• Definição de prioridades;

• Definição de responsabilidade;

• Regras relativas ao cumprimento do acordo;

• Custo atribuído ao cliente, face ao SLA acordado;

• Custo atribuído ao Provedor de Serviço quando for violado o SLA;

• Definição de relatórios de acompanhamento do SLA;

• Elaboração e assinatura do contrato de SLA.

b) Planejamento da Qualidade

Baseado no Nível de Serviço, serão descritos os procedimentos de controle e as

regras de trabalho com o objetivo de garantir preventivamente a qualidade dos serviços.

O planejamento da qualidade associa os fatores de qualidade dos clientes

com características do serviço que possam ser controladas e manipuladas pelo fornecedor.

CLIENTEPROVEDOR

DOSERVIÇO

Contrato deSLA

Relacionamento

57

A identificação de características de serviços controláveis e manipuláveis, chamadas

critérios da qualidade, permitem definir regras de trabalho e procedimentos com o objetivo

de garantir preventivamente a qualidade dos serviços. Por outro lado, os critérios de

qualidade podem ser associados a métricas objetivas que permitem um controle rigoroso da

qualidade obtida nos serviços.

Além dessa preocupação com os relacionamentos entre fatores, critérios e métricas,

o planejamento preocupa-se com o comprometimento e a capacidade da Provedora de

Serviço de efetivamente atender os requisitos de qualidade do serviço e observa o mercado

e as novas tecnologias, procurando melhorar continuamente os processos da qualidade.

c) Garantia da Qualidade

A garantia da qualidade compreende atividades preventivas, associadas ao projeto,

à instalação e à gerência de rede, para assegurar que a organização está efetivamente

buscando caracterizar os serviços de modo a atender os requisitos de qualidade dos clientes.

d) Controle da Qualidade

O controle da qualidade observa e avalia o serviço efetivamente fornecido e

procura medir o seu nível de qualidade, constituindo-se no primeiro passo da realimentação

do ciclo da qualidade, que objetiva melhorias contínuas da qualidade do serviço. Na

medição do nível de qualidade, são utilizadas informações sobre o desempenho dos

processos de prestação dos serviços e informações obtidas pela gerência de rede, além de

serem coletadas impressões dos usuários. Tais informações definem métricas que

caracterizam objetivamente a qualidade dos serviços fornecidos.

e) Análise e Melhoria da Qualidade

A análise e melhoria da qualidade parte dos valores das métricas da qualidade de

serviço, para verificar a eficácia dos elementos do sistema da qualidade, levando à

58

eliminação de falhas do processo de prestação de serviço, ao desenvolvimento dos

processos de planejamento, garantia e controle da qualidade, ao alcance de maior precisão

na determinação de requisitos de qualidade dos clientes e à restruturação do sistema de

gestão de qualidade.

Os processos aqui descritos são dinâmicos, uma vez que requerem constantes

adaptações, acompanhamentos e ações corretivas e preventivas, de tal modo a manter o

Nível de Serviço nos patamares acordados junto aos usuários.

A Americam Society for Quality (ASQ) apresentou um trabalho, focando aspectos da

política de qualidade, sobre o engajamento da organização como um todo no processo de

Gestão da Qualidade. Define compromissos com a qualidade, responsabilidades e controle

de qualidade, relatórios gerenciais e a implementação de controle de processos para a

inspeção e testes. Propõe ações corretivas, auditoria na qualidade e treinamento pessoal. O

trabalho teve uma importância estratégica para a especificação dos serviços como sucesso

no programa de qualidade, conforme apresentado abaixo: [ASQ,01]

3.3. Criação do Manual da Qualidade

De maneira geral pode-se compreender um Ambiente de Telecomunicações como

sendo aquele no qual, e através do qual, informações podem ser trocadas, armazenadas,

alteradas, destruídas e/ou consultadas, independentemente de sua forma original (formato

da informação introduzida: voz, dados, texto, imagem) ou de sua forma de destino (formato

da informação entregue: voz, dados, texto, imagem).

Assim, em função de uma série de fatores tais como formato de origem, formato

de destino, ação desejada (consulta, alteração, armazenamento, etc), tipo de serviço, entre

outros, o serviço de teleinformática pode ser submetido a dois momentos distintos: o

tratamento da informação e o transporte da mesma através do ambiente. É importante

perceber que degradações ou melhoras na qualidade do serviço, em quaisquer destes

59

momentos, implicam em degradações ou melhoras dos indicadores de nível de serviço. Em

tal contexto, portanto, admite-se a existência de dois segmentos distintos, a saber:

• segmento tratamento: Responsável pela compreensão da informação, e capaz

de manipulá-la ou de responder a esta através de uma ação que atenda à

solicitação do usuário do ambiente; e,

•••• segmento transporte: Responsável pelo encaminhamento da informação

através do ambiente desde o seu ponto de origem até o destinatário final.

Evidentemente, dadas as suas arquiteturas distintas e geralmente complementares,

do ponto de vista das necessidades dos usuários do ambiente, estes dois segmentos podem

apresentar um alto grau de independência entre si no que concerne às suas funcionalidades,

podendo até, em uma situação limite, haver a troca completa da arquitetura de um desses

segmentos sem que isso implique em qualquer alteração no outro. Seguindo o mesmo

raciocínio, pode-se perceber que os recursos de cada um destes segmentos são

funcionalmente complementares no tocante ao segmento associado, porém distintos entre

si. Ou seja, perturbações no desempenho de diferentes recursos de um mesmo segmento

tendem a apresentar impactos diferentes sobre o desempenho do segmento, refletindo tal

impacto sobre um ou mais indicadores de nível de serviço.

Cada um destes recursos, por seu turno, tem o seu desempenho definido, na maioria

das vezes, por diferentes parâmetros de desempenho. A metodologia proposta, pois, aborda,

no contexto do Ambiente de Telecomunicações, os parâmetros de desempenho de cada um

dos recursos que compõe um e outro segmento isoladamente, de tal forma que os possíveis

impactos nos serviços identificados possam ser melhor compreendidos e as ações em

resposta, quando necessárias, melhor orientadas.

Uma primeira etapa deve ser a identificação de todos os recursos desse ambiente,

juntamente com seus parâmetros de desempenho, capazes de influenciar o desempenho dos

serviços identificados/mapeados anteriormente. A título ilustrativo, a Tabela 7 a seguir,

60

embora não os esgote, apresenta um conjunto de parâmetros de desempenho associados a

recursos referentes a ambos os segmentos do Ambiente de Telecomunicações.

Tabela 7 - Exemplos de Parâmetros de Desempenho

Indicador de Nível de

Serviço

Segmento

associado

Recurso Parâmetro de

Desempenho

Tempo de Resposta Tratamento Servidor Utilização de CPU

Utilização de Memória

Número de I/Os

Transporte Meio Físico Utilização de Banda

Latência

Taxa de Polling

Time-out de Polling

Confiabilidade Tratamento Aplicação MTBF da Aplicação

Disponibilidade Tratamento Equipamento MTTR

MTBF

Neste sentido, os seguintes aspectos devem ser considerados quando da catalogação

daqueles parâmetros identificados na etapa anterior:

•••• Nome: identificador do parâmetro;

•••• Definição: descreve o parâmetro;

•••• Recurso: indica o recurso ao qual o parâmetro está relacionado;

•••• Segmento: indica o segmento ao qual o parâmetro está relacionado;

•••• Indicadores: identifica os indicadores de nível de serviço afetados pelo

parâmetro;

•••• Coleta: define a ferramenta e os procedimentos para coleta e registro do

parâmetro;

•••• Unidade de Medida: indica a unidade de medida do parâmetro;

•••• Limite: indica o valor limite associado ao parâmetro;

61

•••• Impactos: indica as conseqüências sobre o(s) indicador(es) de nível de serviço

relacionado(s) caso os limites estabelecidos sejam ultrapassados;

•••• Ações: indica os responsáveis e os procedimentos a serem executados caso os

limites estabelecidos sejam ultrapassados.

Apresenta-se a seguir, como exemplo, a catalogação de um parâmetro de

desempenho, de acordo com a padronização acima indicada:

1) Nome: Utilização de Banda

Recurso: Meio Físico

Segmento: Transporte

Indicadores: Tempo de Resposta

Definição: Indica o percentual de utilização média da capacidade total de

transporte do meio físico

Coleta: Sistema de Gerência

Unidade de medida: Percentual

Limites: ≤ 70%

Impactos: Utilização média acima do limite implica em degradação

acentuada no tempo de resposta.

Ações: Verificar distribuição de utilização do meio físico entre os

diversos serviços que utilizam-se do recurso.

Consta no Anexo G a parametrização das principais métricas de qualidade dos

Serviços de Telecomunicações.

3.4. Definição do Modelo de Qualimetria

Este item apresenta, dentro da concepção da metodologia, o modelo que irá

permitir, a partir da decomposição dos indicadores de serviço, a definição das métricas que

possibilitarão medir a Qualidade dos Serviços, face aos SLAs acordados entre o Provedor

de Serviço e o Cliente.

62

A medição de uma grandeza complexa como é a qualidade, para a qual não se

dispõe de medição direta e objetiva, é feita através de um método que consiste em obter um

conjunto de grandezas elementares sobre o qual se aplica uma função de avaliação para

determinar o valor da medição desejada.

A seguir é apresentado o Modelo de Qualidade que decompõe a qualidade em três

componentes, permitindo dessa forma um método de mensuração das métricas de serviços:

[IEEE,99]

63

Figura 5 – Modelo de Qualimetria

A figura apresenta três componentes, que são: Fatores de Qualidade, Critérios de

Qualidade e Métricas, conforme descritas abaixo:

Fatores de Qualidade: Componentes da qualidade de um determinado serviço que são

perceptíveis a partir de um ponto de vista externo, ou seja, a partir do ponto de vista do

usuário. Como exemplo de fator de qualidade pode-se citar a capacidade de gerenciar os

serviços de rede, os índices relacionados a reclamações, atendimento, etc.

Os Serviços de Telecomunicações são percebidos pelos usuários através de fatores

tais como:

QUALIDADE

FATORQUALIDADE

FATORQUALIDADE

FATORQUALIDADE

FATORQUALIDADE

CRITÉRIOQUALIDADE

CRITÉRIOQUALIDADE

CRITÉRIOQUALIDADE

MÉTRICAQUALIDAD

MÉTRICAQUALIDAD

MÉTRICAQUALIDADMÉTRICA

QUALIDADMÉTRICA

QUALIDADMÉTRICA

QUALIDADMÉTRICAQUALIDADE

MÉTRICAQUALIDADE

MÉTRICAQUALIDADE

64

• Regularidade e Continuidade: Na prestação contínua do serviço, nas

condições previstas no contrato de Nível de Serviço. Para tanto, é necessário

que exista um sistema eficaz de monitoramento das métricas para que o SLA

seja cumprido na íntegra;

• Eficiência: Na oferta de serviços em padrões satisfatórios que assegurem,

qualitativa e quantitativamente, a satisfação dos usuários;

• Segurança: Na adoção de medidas eficazes para conservação e manutenção

das instalações utilizadas na prestação do serviço e para prevenção de

acidentes;

• Atualidade: Na modernização das técnicas, equipamentos e instalações

utilizados na prestação do serviço, assim como melhoria e expansão do

serviço;

• Generalidades: Universalidade na prestação dos serviços, assim entendida a

disponibilidade do serviço a todos os usuários, sem discriminação;

• Capacidade de Atendimento à Demanda: É a capacidade da provedora de

serviço de atender a demanda de forma eficiente e disponível.

• Cortesia: Disponibilidade de informações aos usuários, adequada atenção às

suas necessidades e polidez no atendimento.

Critérios de Qualidade: São decomposições dos fatores de qualidade a partir de um ponto

de vista interno que corresponde à percepção dos realizadores dos serviços. Os critérios de

qualidade são confiabilidade, modularidade, desempenho, compatibilidade, suporte,

integridade, eficácia, e qualidade.

• Confiabilidade: É o grau de confiança que o cliente deposita no serviço que

está sendo prestado pelo provedor de serviço;

• Modularidade: Grau de alteração de funcionalidade que o sistema pode sofrer

sem mudar o seu projeto original;

• Desempenho: Capacidade efetiva de atendimento do serviço, expressa nos

tempos de resposta, de retardo, etc.;

65

• Compatibilidade: Capacidade que o serviço possui de se conectar aos demais

serviços de outros provedores;

• Suporte: Capacidade para fornecer suporte apropriado ao serviço em questão;

• Integridade: Capacidade de manter a informação sem alteração ou ser

destruída de maneira não autorizada;

• Eficácia: Capacidade da rede de atender à demanda em tempo previsível e com

variações limitadas;

• Atendimento: Capacidade de atendimento aos prazos estipulados para um

determinado serviço, conforme acordado no SLA;

• Qualidade: Capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas do

usuário.

O critério Desempenho, por exemplo, determina, dentre outros, a disponibilidade,

o tempo médio entre falhas e o tempo de propagação (taxa máxima de retardo).

O critério Suporte determina, por exemplo, a infra-estrutura necessária para a

execução do serviço em questão, composta de itens como aterramento, cabeamento, técnico

residente, backup, supervisão e emissão de relatórios.

O critério Atendimento determina, por exemplo, o prazo de ativação do serviço, o

prazo para mudança de endereço físico, prazo para mudança lógica, prazo para alteração de

característica e o tempo de Reparo (MTTR).

Métricas de Qualidade: São atributos mensuráveis ligados aos critérios de qualidade.

Esses permitem quantificar informações sobre qualidade dos serviços à medida em que

estes evoluem no seu ciclo de vida. No capítulo 5 constam os parâmetros de qualidade,

formados pelos seus índices e suas características que compõem as métricas de qualidade

de cada serviço.

66

Pode-se utilizar a seguinte avaliação: valor estipulado pelo nível de serviço para

uma referida métrica como sendo o valor limite, conforme foram determinadas em cada

parâmetro de qualidade. [T.FORCE,93]

Para os valores medidos abaixo deste limite, receberão o valor zero (Resultado

Ruim), para os valores iguais ou próximos do limite receberão o valor 1 (resultado médio) e

para valores bem acima do limite estabelecido, receberão o valor 2 (bom resultado).

[T.FORCE,93]

Existe um artigo publicado sob o título “Gestão da Qualidade de Serviço” de autoria

do Sr. Rafael Timóteo de Souza, que propõe um protótipo básico de qualimetria, baseado

em uma fórmula básica. No entanto, este trabalho se ateve aos aspectos mais genéricos,

sem contudo apresentar uma fórmula que sinalize os aspectos mais relevantes para o

cliente, através de pesos diferenciados.

Baseado na descrição acima poderá ser quantificada a qualidade de um determinado

serviço através da seguinte equação: [SOUZA,92]

F1(C1(M1 + M2 + ...) + C2 + C3 +...) + F2 (C3 + C4 + ...) x 100

Onde:

Q é a medida do Nível de Serviço, conhecida como qualimetria do serviço;

F são os fatores de qualidade;

C são os critérios de qualidade inseridas num determinado fator;

M são os valores das métricas que compõem cada critério de qualidade.

Somatório dos Valores das Métricas

Q =

67

Esta fórmula visa a apresentar uma visão consolidada dos diversos indicadores de

nível de serviço, expressos através de um único valor referencial , expressos através de um

único valor referencial.

Pode-se ainda definir um fator de ponderação, valor utilizado para determinar o

peso dos fatores de qualidade e das métricas, conforme o grau de importância que o cliente

definiu, durante o processo de Determinação dos Requisitos de Qualidade, conforme

exemplo abaixo:

Tabela 8 – Exemplo da Utilização do Fator de Ponderação

Fator de Qualidade Peso Métricas Peso

Qualidade 3 Tecnologia ATM

IP com VPN

3

2

Suporte 1 Suporte 24 horas 1

Desempenho 4 Taxa de erro

Taxa de Utilização

2

4

Complementando ainda o modelo apresentado, pode-se aplicar à métrica o grau de

criticidade para o negócio da empresa, conforme foi apresentado no item 2.2.4.4 – Grau de

Importância da Localidade, conforme exemplo apresentado abaixo:

Tabela 9 – Grau de Importância da Localidade

Níveis de ServiçoIndicador Prioridade

AltaPrioridade

IntermediáriaPrioridade

BaixaDisponibilidade XX,X % XX,X % XX,X %

Tempo médio entre Falhas (MTBF) XX dias XX dias XX dias

Retardo máximo na Rede XXX ms XXX ms XXX ms

68

A ANATEL apresenta uma metodologia de consolidação dos indicadores de

qualidade de serviços, partindo-se da unidade primária até a consolidação a nível da

empresa, utilizando fator de ponderação, conforme fórmula abaixo: [ANATEL,01]

Q = ΣΣΣΣ I x Fp x 100

ΣΣΣΣ Fp

Onde,

Q – Qualidade de Serviço

I – Valor do Indicador

Fp – Fator de ponderação de cada indicador

O indicador apontado pela ANATEL é definido neste trabalho, especificamente na

metodologia, como métrica de serviço.

Baseada na definição estabelecida pela ANATEL, pode-se aplicar na fórmula que

quantifica a qualidade dos serviços o fator de ponderação, ou seja, valor utilizado para

determinar o peso de um indicador na consolidação do índice representativo, para a análise

de um provedor ou unidade regional.

Utilizando-se, portanto, o fator de ponderação tem-se a seguinte fórmula, designada

de Fórmula “QS”:

Fórmula “QS” Q = ΣΣΣΣ M x Fp x 100

ΣΣΣΣ Fp

Onde,

Q – Qualidade de Serviço

M – Valor da Métricas de Qualidade de Serviços

Fp – Fator de ponderação de cada indicador

69

3.5. Especificação do Sistema de Qualimetria

De posse da catalogação das métricas e a partir de um SLA estabelecido pelo

usuário juntamente com o provedor do serviço e baseado na metodologia apresentada, tem-

se todo ferramental para mensurar a Qualidade do Serviço.

No entanto, processos de coleta, administração e monitoração são exigidos para a

efetivação da avaliação da qualidade do serviço. Assim sendo, faz-se necessária a utilização

de um sistema que permita avaliar a qualidade do serviço, baseado no seu

aplicativo/negócio, para cada tipo de serviço a ser prestado e interfaceando com sistemas de

gerência de redes que permitirão o repasse de informações dos indicadores mensuráveis e

de sistemas do Centro de Atendimento ao Usuário, tal como sistema de Help Desk. Esta

interação torna o Sistema de Qualimetria, a ser especificado, mais complexo.

A ADC – Software Systems, é uma empresa que trabalha na elaboração de softwares

de Gestão de Desempenho e Garantia de Serviços, define o gerenciamento eficiente do

desempenho como um problema que abrange todos os aspectos dos negócios, fornece

sistemas de garantia de serviço e de desempenho para telefonia fixa, móvel e IP,

conhecidos como Métrica/NPR, Métrica/PAS, Métrica/Web, Métrica/APT e Métrica/SLA.

No entanto, os sistemas são estanques, não estão dentro de um contexto mais amplo, com

interfaces para outros sistemas legados e apresentam uma limitação de métricas a serem

mensuradas. [ADC,01]

Buscou-se definir determinados processos de interação com outros sistemas que

estarão envolvidos até a camada de rede e um processo que atua na camada de aplicação,

que fará a interação com o usuário do sistema, conforme mostra a figura abaixo:

70

Figura 6 – Interações com o Sistema de Gestão de SLA

A figura acima mostra a interação dos Sistemas de Gerência de Rede, Sistema do

Centro de Atendimento ao Cliente e dos demais Sistemas Corporativos com o sistema de

Gestão de SLA.

APLICAÇÃO 1 APLICAÇÃO 2 APLICAÇÃO 3 SLA

SERVIÇO 1 SERVIÇO 2 SERVIÇO 3 NS

Gerência deFalhas

Gerência deConfiguração

Gerência deDesempenho

Gerência deSegurança

Gestãode

SLA

SOFTWARES DE GERÊNCIA DE REDE

SISTEMA DO CENTRO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE

OUTROS SISTEMAS CORPORATIVOS

71

Cada Serviço de Rede possui um Nível de Serviço, assim como os aplicativos e

meios de comunicação. Estes Níveis de Serviço juntamente com o SLA acordado, serão as

entradas de dados para o novo sistema.

Consta no Anexo E a definição de cada funcionalidade de gerência, conforme

recomendação ITU-T. Tais funcionalidades estão presentes em grande parte dos sistemas

de gerência comercializados no Brasil e são estes sistemas que permitem gerenciar a

performance das redes, com uma visão voltada para o provedor.

O Sistema de Gestão de SLA também atuará no Processo de Avaliação e se

relacionará com os demais processos de Qualidade de Serviço que foram apresentados no

capítulo 5 – Metodologia para a Qualimetria.

O Processo de Avaliação pode ser decomposto em sub-processos de coleta de

dados, gerenciamento, administração, supervisão e monitoramento da qualidade, que serão

descritos neste capítulo.

Seria muito complexa a elaboração de um sistema que permita avaliar a qualidade

dos Serviços de Telecomunicações, que engloba todos os tipos de serviços, aplicativos,

meios e que inclua todas as métricas definidas neste documento. No entanto, determinadas

métricas são fundamentais para a avaliação da qualidade do serviço e dependem

exclusivamente da performance das redes e dos meios de acesso aos serviços. As demais

métricas são passíveis de mensuração a partir de planilhas de atendimento dos Centros de

Gerência das Redes e dos Centros de Atendimento aos Clientes. Tais centros são atendidos,

muitas vezes, por diversos sistemas, tais como sistemas de Help Desk, Sistemas Específicos

de Gerência, dentre outros, e que poderão interagir com o Sistema de Qualimetria.

No capítulo 2 foram descritos e especificados diversos indicadores, que foram

designados como Métricas de Qualidade e classificados como operacionais ou específicos.

Ambos os tipos de métricas poderão ser mensurados a partir de um Sistema de Qualimetria,

72

através do interfaceamento com outros coletores de dados, sistemas do Centro de

Atendimento ao Cliente, sistemas Help Desk, Sistemas de Gerência, etc.

As métricas específicas dos produtos/sistemas, serão mensuráveis a partir dos

Sistemas de Gerência de Rede, exclusivos dos produtos/serviços e as métricas operacionais

por sistemas genéricos de gerência.

Portanto, o objetivo maior do Sistema de Qualimetria é possibilitar que tais

métricas, operacionais ou específicas, sejam mensuradas por um sistema de gerência e que

estes dados sejam repassados para o sistema em questão que deverá efetuar comparações

com os limiares acordados com o cliente.

Os itens apresentados neste capítulo descrevem o escopo, modelo e a especificação

do Sistema de Qualimetria.

Esta especificação foi baseada no Modelo de Análise Estruturada de Sistemas –

Chris Gane – Trish Sarson, que prevê um modelo lógico de um sistema. Escolheu-se este

modelo uma vez que grande parte dos sistemas atuais legados estão presentes em grande

parte das empresas Provedoras de Serviços de Telecomunicações e que são advindas do

antigo sistema TELEBRÁS. [C.GANE,00]

3.5.1. Escopo do Sistema de Qualimetria

Conforme apresentado no item anterior, o Sistema de Gestão de Qualimetria já não

é simplesmente um problema de rede mas abrange todos os aspectos dos negócios, que

ofereçam soluções para diversos tipos de serviços, tais como serviços de telefonia, de

soluções IP e soluções de redes determinísticas e estatísticas.

Para ser eficiente, tal sistema deverá oferecer suporte para diversas tecnologias,

provenientes de vários fornecedores, além de combinar informações em tempo real para

operações de rede com informações de históricos para planejamento a longo prazo e análise

73

de tendência. Também deve ser escalonável, amplo e personalizável para atender os

clientes em suas necessidades em constante transformação.

Assim sendo, o Sistema de Qualimetria deverá ter o seguinte escopo:

• Sistema de controle, monitoração e gerência da qualidade de serviços de

Telecomunicações;

• Sistema que deverá rodar em um Centro de Gestão da Qualimetria e em pontos

remotos, tais como regionais, escritórios de filiais, dos provedores de serviços;

• Desenvolvido a partir das rotinas estabelecidas pelos processos de gestão da

qualidade (conforme as recomendações internacionais) e de uma metodologia de

padrões(conforme apresentada no capítulo 4);

• Capaz de interpretar dados de rede provenientes de diversas origens, apresentar

uma percepção completa dos indicadores e prever tendências;

• Fornecer informações e relatórios detalhados sobre o nível de serviço, tais como

tráfego, utilização de rede, tempos de retardo, taxas de erro, etc.

O sistema de Gestão de Qualimetria é necessário devido:

• À existência de uma competição acirrada e necessidade de fidelização de

clientes;

• Ao aparecimento de contratos de garantia de qualidade;

• À necessidade de visualizar a qualidade da empresa e da prestação de seus

serviços;

• À necessidade de monitoração automatizada dos níveis de qualidade praticados.

3.5.2. Requisitos Básicos para o Sistema de Qualimetria

Os sistemas de informações estão fluindo, de forma acelerada, para soluções de

acesso a bases de dados, departamentais ou corporativas, incluindo troca de documentos e

e-mail.

74

Face a este novo paradigma, o mercado está acenando rumo à concepção de

sistemas de informações, dentro de uma arquitetura em três camadas, calcada em monitores

transacionais e componentes que estão permitindo às organizações o desenvolvimento de

sistemas corporativos (soluções intranet) ou sistemas entre corporações (soluções extranet).

Necessidades dos Clientes:

A Teknowledge possui um trabalho publicado sob o título QoS Metric Services em

que apresenta uma metodologia para o desenvolvimento de instrumentos de medição da

qualidade de serviço. Esta metodologia envolve processos para visualização de métricas,

distribuição, análise, planejamento e perspectivas futuras. Este trabalho foi fundamental,

como balizador para a especificação do Sistema de Gestão da Qualidade.

[STECHNOLOGY,01]

Os itens abaixo apresentam os Requisitos Básicos para o Sistema de Qualimetria,

baseados na real necessidade dos usuários. O sistema deve:

• Permitir o acesso remoto, através de uma única ferramenta integrada;

• Permitir a coleta e armazenamento de dados;

• Possuir ferramenta gráfica, através de interface gráfica;

• Permitir a adição de aplicações de usuários no menu do sistema;

• Possuir facilidades de análise dos dados de indicadores;

• Apoiar a gerência de forma centralizada, permitindo uma visão global e a

gerência hierárquica para as demais áreas implicadas no processo;

• Permitir supervisão e monitoramento dos indicadores de qualidade via

Internet/Intranet;

• Possuir integração com Banco de Dados;

• Permitir a geração de relatórios via Internet/Intranet;

75

• Possuir integração com outros sistemas, tais como o Sistema de Atendimento ao

Cliente, Help Desk, Sistemas Corporativos e Sistema de Gerência de Rede;

• Permitir a visualização gráfica e emissão de relatórios customizados.

O sistema deverá possibilitar ainda:

• Infra-estrutura Comum;

• Suporte para a Plataforma Windows NT;

• Fácil implementação e uso;

• Segurança (autenticação, autorização, integridade e privacidade);

• Escalabilidade;

• Customização;

• Integração com outros sistemas corporativos.

Para o Cliente do Serviço, o sistema deverá possibilitar:

• dar maior satisfação;

• oferecer garantia dos valores contratados;

• possibilitar a visualização da qualidade dos serviços;

• Analisar as tendências nos serviços utilizados.

3.5.3. Construção do Modelo Básico para o Sistema de Qualimetria

O Sistema deverá possuir módulos básicos que permitam efetuar os serviços de

cadastramento de indicadores, cadastramento de contratos, cálculo de métricas, emissão de

relatórios e monitoração das métricas, conforme itens discriminados abaixo:

• Monitoração - Trata do levantamento quantitativo das métricas;

• Análise de desempenho - Decide se um eventual problema de desempenho

(evento) encontrado carece de procedimento de ajuste;

76

• Consulta, em base de informações com histórico de ocorrências/eventos ao longo

de determinados períodos;

• Encaminhamento - Encaminha os resultados apresentados através de interface

gráfica, por meio de console, WEB, através da emissão de relatórios ou por

correio eletrônico.

• Avaliação de desempenho - Julga, a partir de um novo levantamento quantitativo

das métricas de desempenho, a eficácia da solução adotada. [JOSÉ ANTÃO,98]

O modelo a ser apresentado contempla todos os requisitos apresentados nos itens

anteriores, tais como coleta de dados, avaliação do nível de serviço e monitoração do nível

de serviço, conforme foram apresentados no item anterior.

Figura 7 – Modelo do Sistema de Qualimetria

O Sistema de Qualimetria é composto pelos agentes responsáveis por repassar as

informações das métricas ao Coletor de Dados, do coletor de dados que interage com o

Coletor deDados

Servidor deGerência de

SLAAdministrador de

SLAAgente

AgenteAgente

AgenteAgente

Monitor

BD BD

WEB

77

banco de dados, do Servidor de Gerência de SLA que avalia os dados recebidos a partir dos

dados disponibilizados de SLA e de um sistema de monitoração para acompanhamento do

Nível de Serviço.

O agente pode ser um software específico instalado no objeto a ser gerenciado, que

coleta dados através do protocolo SNMP (Sistems Network Management Protocol). A

figura do agente não requer apenas o software discriminado acima e poderá ser um agente

que interage com o Sistema de Atendimento ao Cliente, Sistema de Gerência ou console de

entrada de dados, conforme mostra a figura abaixo:

Figura 8 – Coletor de Dados

REDE A

REDE B

REDE C

AGENTE

AGENTE B

AGENTE C

SISTEMA DEATENDIMENTOAO CLIENTE -

SAC

SISTEMASCORPORATIVOS

AGENTE SAC

AGENTE SC

COLETOR DEDADOS

78

São características do agente:

• Programa especializado instalado no recurso/objeto a ser monitorado;

• Monitorar e controlar os recursos/objetos de rede;

• Comunicar-se com o gerente (servidor SLA);

• Ser coordenados pelo gerente (servidor SLA).

A figura abaixo mostra a interação do agente com o gerente:

Figura 9 – Interação Gerente com o Agente

O Servidor de Gerência de SLA terá um papel fundamental dentro do sistema. Ele

será o principal servidor de objetos, sendo responsável por:

• Analisar as informações recebidas;

• Criar e manter os contratos, regras e limiares;

• Calcular as métricas e compará-las com o SLA especificado;

• Direcionar as soluções, avaliar as recomendações e efetuar a monitoração das

regras e dos limiares das métricas.

A seguir são descritos, em pormenores, as funções do Servidor de Gerência de SLA:

GERENTE AGENTERequisição

Resposta

79

Análise das métricas de desempenho:

• Agregar valor a partir de uma análise automatizada de grandes volumes de dados

de desempenho e dados relacionados;

• Criar automaticamente perfis de desempenho de rede característico e, em seguida

monitora o desempenho, antes que elas prejudiquem o serviço;

• Comparar os valores coletados com os valores quantificados;

• Verificar as modificações ocorridas no ambiente;

• Permitir que os operadores de rede detectem e retenham conhecimentos, evitando

que os engenheiros tenham que analisar manualmente grandes quantidades de

dados, o que permite a concentração nas tarefas de valor agregado, além de

facilitar a garantia de altos níveis de serviços exigidos por clientes importantes.

Direcionamento de soluções:

• Formular hipótese de solução para os problemas de desempenho;

• Recomendar alterações para manter o SLA acordado;

• Encaminhar ao gestor de SLA as modificações recomendadas.

Avaliação das recomendações:

• Comparar os valores obtidos quando do ajuste do ambiente, com os valores

anteriores;

• Analisar as soluções efetivadas;

• Homologar as soluções e emitir relatório de desempenho.

Alarme de Desempenho

• Monitorar diversos indicadores de desempenho e notificar eventos

automaticamente.

80

Relatório de Desempenho:

• Fornecer informações detalhadas sobre o desempenho da rede;

• Fornecer informações sobre nível de serviço;

• Permitir o aperfeiçoamento dos sistemas de gerência de falhas com informações

de histórico de desempenho e obter distribuição eficiente e de baixo custo de

novos elementos das redes.

Monitoração do ambiente:

• Verificar a emissão de alertas;

• Tomar ações corretivas em resposta aos alertas obtidos;

• Fornecer acesso simples com base em navegadores WEB para proporcionar às

pessoas que tomam as decisões a capacidade de identificar e monitorar

rapidamente a integridade da rede e observar as medidas de desempenho.

A figura abaixo mostra o processo de gerência a partir da ocorrência de um evento:

Figura 10 – Processo de Gerência

SERVIDORSLA

EVENTO

MENSAGEM/E-MAIL

Deliberauma ação

AÇÃO Display na Tela

Arquiva Histórico

Verifica SLA Cliente

REPOSITÓRIO

81

O Servidor SLA deverá possuir um repositório que armazenará todas as

informações recebidas pelo coletor de dados. Este repositório deverá ser centralizado, para

evitar replicação de dados.

O monitor será responsável pela administração do Nível de Serviço. Com esta

ferramenta a equipe de operação e suporte terá a visualização integral e centralizada de

todos os eventos ocorridos na rede e poderá executar JOBS (programas customizados a

serem executados pelo sistema de qualimetria) e poderá receber mensagens de alerta do

sistema. A ferramenta deverá apresentar uma interface gráfica, contendo dados de

desempenho de determinados serviços ou aplicativos por redes e por localidades.

Isto permite que qualquer evento ocorrido na rede seja imediatamente identificado

e alertado através de mudança de cores (ex: verde para vermelho), e que mensagens

enviadas para o monitor proporcionem detecção e resolução mais rápida dos problemas.

Por exemplo, se uma métrica de desempenho apresentar para um determinado serviço um

sinal de advertência, antes que este seja percebido pelo cliente, a equipe de Gerência de

Qualidade de Serviço já estará ciente do ocorrido e buscará a solução adequada.

O Monitor deverá possibilitar:

• Visão dos processos (SLA por Cliente, SLA da Rede, etc.);

• Monitoramento das métricas;

• Execução de JOBs;

• Recebimento de Mensagens do Sistema;

• Recebimento de dados em XML, XSP, JSP ou HTML;

• Monitoração remota.

82

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para um melhor entendimento da aplicabilidade, este capítulo apresenta dois

exemplos práticos envolvendo passo a passo da metodologia apresentada no capítulo

anterior.

O primeiro passo é a criação do Manual de Qualidade, que será elaborado com base

nos processos de Gestão de Qualidade, a qual não faz parte do escopo deste trabalho.

O segundo passo é o engajamento da direção e da empresa como um todo no

processo de qualidade. O engajamento será feito através de reuniões e palestras explicativas

e de definição de responsabilidades, conforme foi descrito no capítulo anterior.

O terceiro passo é a criação do catálogo constando a parametrização das métricas.

Consta no Anexo G a parametrização das principais métricas de qualidade de serviços.

O quarto e último passo é a aplicação do Modelo de Qualimetria. Para a

aplicabilidade do modelo de qualimetria, subentende-se que já existe um sistema de

qualimetria implantado. Este último passo, objeto deste trabalho, será explicitado através de

dois exemplos práticos, conforme descritos abaixo:

Exemplo 1: Avaliação da Qualidade do Serviço de Rede

Aplicação: Aplicativos que demandam alto grau de segurança e bom atendimento.

Premissas: - Foram utilizados dois fatores para se medir a “Qualidade do Serviço”, a

saber: “Segurança do Serviço” (F1) e Capacidade de Atendimento à

Demanda” (F2).

- O fator “Segurança do Serviço” (F1) foi decomposto nos critérios

confidencialidade (C1), integridade (C2) e disponibilidade (C3) e o fator

83

“Capacidade de Atendimento à Demanda” (F2) foi decomposto nos critérios

disponibilidade (C3) e eficácia (C4).

- O critério confidencialidade (C1) foi avaliado, através das métricas “Relação

entre o número de logins errados sobre o número total de logins” e a “Relação

entre o número de senhas utilizadas sobre o número de senhas distribuídas”.

- A tabela abaixo mostra os resultados apresentados para o critério

Confidencialidade, face aos limiares definidos pelo cliente.

Tabela 10 – Exemplo da Utilização do Critério Confidencialidade

Métricas Ruim Médio BomRelação entre o número de logins

errados sobre o número total de

logins

> 0,1 < 0,1 e > 0,05 < 0,05

Relação entre o número de senhas

utilizadas sobre o número de senhas

distribuídas

> 0,9 > 0,90 e < 0,95 < 0,95

- O critério integridade (C2) foi avaliado através das métricas ”Relação entre o

número de conexões interrompidas sobre o número total de conexões” e a

“Relação entre o volume de dados perdidos sobre o volume total transmitido”.

- A tabela abaixo mostra os resultados apresentados para o critério Integridade,

face aos limiares definidos pelo cliente.

Tabela 11 – Exemplo da Utilização do Critério Integridade

Métricas Ruim Médio BomRelação entre o número de conexões

interrompidas sobre o número total

de conexões

> 0,1 < 0,1 e > 0,05 < 0,05

Relação entre o volume de dados

perdidos sobre o volume total

transmitido

> 0,1 < 0,1 e > 0,05 < 0,05

84

- O critério eficácia (C3) foi avaliado através das métricas “Tempo de resposta em

90% do período de funcionamento”, “ O desvio padrão do tempo de resposta em

90% do período” e a “Utilização da linha”.

- A tabela abaixo mostra os resultados apresentados para o critério Eficácia, face

aos limiares definidos pelo cliente.

Tabela 12 – Exemplo da Utilização do Critério Eficácia

Métricas Ruim Médio BomTempo de resposta em 90% do

período de funcionamento (em

segundos)

> 6 < 6 e > 3 < 3

O desvio padrão do tempo de

resposta em 90% do período (em

segundos).

> 1 < 1 e > 0,5 < 0,5

Utilização da linha > 0,6 > 0,3 e <0,6 > 0,3

- O critério disponibilidade (C4) foi avaliado através das métricas “1 menos a

relação entre a duração total das falhas sobre o tempo total de funcionamento da

rede”, “Número de falhas” e “Tempo médio para reparar falhas”;

- A tabela abaixo mostra os resultados apresentados para o critério

Disponibilidade, face aos limiares definidos pelo cliente.

Tabela 13 – Exemplo da Utilização do Critério Disponibilidade

Métricas Ruim Médio Bom1 menos a relação entre a duração

total das falhas sobre o tempo total

de funcionamento da rede

< 0,9 > 9 e < 0,95 >0,95

Número de falhas > 4 <4 e > 2 <2

Tempo médio para reparar falhas

(em horas)

> 24 < 24 e > 18 < 18

- Considerou-se que o fator segurança foi assinalado como o mais significativo para

o cliente, representando 60% em relação a 40% do fator “Capacidade de

85

Atendimento à Demanda”, representando respectivamente os pesos 6 para F1 e 4

para F2.

Aplicando a fórmula QS apresentada no capítulo anterior, tem-se:

Q = 6 x [ F1 (C1 + C2 + C3)] + 4 x [(C3 + C4)] x 100

(C1 +C2 + C3 + C3 + C4) x 10

Considerando os valores das métricas que estão negritos, acrescentando os valores

0, 1 ou 2 para respectivamente, Ruim, médio ou bom resultado, tem-se:

Q = 6 x 5 + 4 x 6 x 100 = 40,91%

6 x 14 + 4 x 12

Donde se conclui que a qualidade está abaixo de 50%. Se todas as métricas

estivessem nos patamares de valores médios e aceitáveis, teria-se o valor de 50% para a

Qualidade, apesar de um resultado considerado Ruim para uma métrica e outro resultado

considerado bom para outra métrica, o resultado final será médio.

A fórmula pode ser aplicada nos processos licitatórios para determinar o vencedor

de um determinado certame. As provedoras que obtiverem maiores índices de qualidade

poderão sagrar-se vencedoras.

Isto não descarta a possibilidade de estar avaliando cada métrica de forma

individual, de tal forma que se tenha um acompanhamento periódico que auxilie nas ações

corretivas das provedores de serviços, conforme exemplo mostrado na figura abaixo:

86

Figura 11 – Avaliação Periódica – Métrica X

Esta forma de mensuração vem sendo utilizada nas análises feitas nos grandes

editais de redes, definindo valores e pesos para os critérios e respectivas métricas, definindo

como o índice técnico e somando ao índice de peso. A empresa que obtiver a maior nota é

considerada a vencedora do certame.

Outro exemplo que pode ser extraído desses resultados é através de gráficos que

exprimem a evolução de um determinado serviço ao longo do tempo, conforme mostrado

nos gráficos abaixo:

Meses

BOM

MÉDIO

RUIM

J F A M J J A S O N DM

Valores de Qualidadede Serviços

87

Figura 12 – Avaliação Periódica do SLA

Analisando os gráficos acima, pode-se concluir que a qualidade está sendo afetada

num determinado período, num mês especifico, devido ao fator Capacidade de

Atendimento e ao critério de Disponibilidade. Analisando ainda os gráficos de cada métrica

do critério Disponibilidade, tem-se a(s) métrica(s) que interferem negativamente na

qualidade de um serviço específico.

O acompanhamento de cada métrica, dentro de um conjunto de critérios e fatores

permite determinar as causas de variações da qualidade do serviço e interferir com precisão

para controlar tais variações. Os dados coletados mostram tendências que servem para

QUALIDADE

SEGURANÇA DE SERVIÇO CAPACIDADE DE ATENDIMENTO

CONFIDENCIALIDADE INTEGRIDADE EFICÁCIA DISPONIBILIDADE

88

planejar a gerência da qualidade. Um dos problemas da gerência da qualidade é a

modulação dos esforços de controle de qualidade para evitar o perigo da deriva dos custos.

A realização de um serviço sem qualidade custa caro em razão do número de defeitos e

problemas não detectados ou detectados tardiamente, além do que, a realização custa caro

em razão da forte demanda em recursos humanos e tecnológicos. [Souza,89]

A relação entre a qualidade e o custo demonstra a existência de um nível de

qualidade para o qual o custo é mínimo, conforme figura 5.2D. Isto também é função do

preço que o cliente estaria disposto a pagar em função da qualidade que ele acha aceitável.

Custo

Figura 13 – Custo da Qualidade

Exemplo 2: Avaliação da Qualidade do Serviço de Rede

Aplicação: Aplicativo de Call Center

Premissa: - Consta, a seguir um segundo exemplo para “Qualidade do Serviço”. Neste

exemplo foram considerados outros fatores, critérios e métricas. Foram

utilizados os fatores, “Capacidade de Atendimento à Demanda” (F1) e

“Eficiência” (F1), considerados críticos para o aplicativo em questão.

Custo daManutenção

Custo daProdução

CustoTotal

0%100%

Nível de Qualidade

89

- O fator “Capacidade de Atendimento à Demanda” (F1) foi decomposto

utilizando o critério disponibilidade (C1) e eficácia (C2) e o fator “Eficiência”

(F2) pode ser decomposto utilizando o critério desempenho (C3).

- O critério disponibilidade (C1) foi avaliado através das métricas “1 menos a

relação entre a duração total das falhas sobre o tempo total de funcionamento

da rede”, “Número de falhas” e “Tempo médio para reparar falhas”.

- A tabela abaixo mostra os resultados apresentados para o critério

Disponibilidade, face aos limiares definidos pelo cliente.

Tabela 14 – Exemplo da Utilização do Critério Disponibilidade

Métricas Ruim Médio Bom1 menos a relação entre a duração

total das falhas sobre o tempo total

de funcionamento da rede

< 0,9 > 9 e < 0,95 >0,95

Número de falhas > 4 <4 e > 2 <2

Tempo médio para reparar falhas

(em horas)

> 24 < 24 e > 18 < 18

- O critério eficácia (C3) foi avaliado através das métricas “Tempo de resposta em

90% do período de funcionamento”, “ O desvio padrão do tempo de resposta em

90% do período” e a “Utilização da linha”.

- A tabela abaixo mostra os resultados apresentados para o critério Eficácia, face

aos limiares definidos pelo cliente.

Tabela 15 – Exemplo da Utilização do Critério Eficácia

Métricas Ruim Médio BomTempo de resposta em 90% do

período de funcionamento (em

segundos)

> 6 < 6 e > 3 < 3

O desvio padrão do tempo de

resposta em 90% do período (em

segundos).

> 1 < 1 e > 0,5 < 0,5

Utilização da linha > 0,6 > 0,3 e <0,6 > 0,3

90

- O critério desempenho (C3) foi avaliado através das métricas “taxa de erro” e

taxa de utilização;

- A tabela abaixo mostra os resultados apresentados para o critério Desempenho,

face aos limiares definidos pelo cliente.

Tabela 16 – Exemplo da Utilização do Critério Desempenho

Métricas Ruim Médio BomTaxa de erro 10-5 10-6 10-7

Taxa de utilização 99,4 % 99,5% 99,6%

Considerando que ambos os fatores tem o mesmo grau de importância para o cliente

(50%), tem-se então os pesos 5 para ambos os fatores (F1 e F2).

Aplicando a fórmula QS apresentada no capítulo anterior, tem-se:

Q = 5 x [ F1 (C1 + C2)] + 5 x [F2(C3)] x 100

(C1 +C2 + C3) x 10

Considerando os valores das métricas que estão em negritos, acrescentando os

valores 0, 1 ou 2 para respectivamente, Ruim, médio ou bom resultado, tem-se:

Q = 5 x 9 + 5 x 3 x 100 = 75%

5 x 12 + 5 x 4

Donde se conclui que a qualidade está acima de 50%, que é considerado um

resultado bom. No entanto, na avaliação individual, pode-se ter uma métrica com valor

“ruim” que requer um tratamento especial, conforme foram mostrados nos gráficos do

exemplo anterior.

91

5. CONCLUSÃO

O assunto, tema desta dissertação, tem sido vastamente discutido nos congressos e

fóruns nacionais e internacionais, gerando diversos trabalhos e publicações. No entanto,

muito precisa ser feito no campo prático. As empresas provedoras de serviços de

telecomunicações no Brasil carecem de métodos que permitam uma melhor gestão nos

serviços e nos acordos de nível de serviço formados com os seus principais clientes.

Dos estudos efetuados neste campo, constata-se que a gestão do nível de serviço

deve ser realizada por uma estrutura gerencial independente da estrutura de produção dos

bens ou serviços, devendo abranger todo o conjunto da empresa e não apenas projetos

particulares.

Face ao cenário atual do setor de telecomunicações e das empresas provedoras de

serviços, que estão inseridas no contexto, pode-se concluir que existe uma demanda por

gestão de qualidade de serviços e por uma metodologia que permita tal acompanhamento e

a tomada de ações pró-ativas.

Esta dissertação tinha como propósito apresentar uma análise dos fatores que

interferem na qualidade dos serviços de telecomunicações, bem como o cenário atual do

setor e apresentar uma metodologia para a gestão de qualidade.

A primeira dificuldade apresentada foi definir quais seriam os parâmetros

mensuráveis de qualidade, pois cada empresa provedora de serviços de telecomunicações

vem especificando os parâmetros de qualidade de serviços dos mais diversos tipos e

definições. Buscou-se então, as métricas e definições estabelecidas pelo órgão regulador de

telecomunicações, a ANATEL, apesar de que este define apenas uma gama restrita de

parâmetros. No entanto, este universo é bem mais extenso e abrangente, além de

significativo quando se especifica qualidade de um determinado serviço.

92

Esperava-se que deste trabalho de pesquisa que fossem apresentados os limiares de

cada métrica, segundo os padrões internacionais, no entanto, tais limiares não estão

disponibilizados nos trabalhos e fóruns internacionais, por um motivo simples: Por não

existir um padrão único. No entanto, dentro do processo de globalização pode-se definir

Classe Mundial, onde tais parâmetros passam a ser definidos por segmentos de clientes,

considerados cosmopolitas.

Outra dificuldade apresentada durante a elaboração do trabalho foi a falta de dados

reais na aplicação da metodologia e análise da situação atual das organizações, uma vez que

tais dados são considerados sensíveis para as provedoras de serviços de telecomunicações.

Assim sendo, foi necessário considerar dados fictícios, o mais próximos da realidade para a

aplicabilidade da metodologia.

Quanto aos fatores de interferência na qualidade dos serviços de telecomunicações,

o trabalho buscou apresentar os principais fatores de influência, levando-se em

consideração a gama de serviços, aplicativos e meios que estão sendo comercializados

pelas principais empresas provedoras de serviços de telecomunicações do Brasil,

considerando ainda o estágio atual tecnológico. No entanto, quando se trata de Padrões de

Qualidade, a divergência passa a ser grande entre as empresas.

Foram apresentados os padrões e normas mundiais existentes que regem sobre

gestão de qualidade de serviços. Pode-se concluir que muitos são os padrões e as normas,

bem como os fóruns, no entanto, cada um está focado num determinado assunto. Buscou-se

então analisar cada um desses de forma a coletar a essência dos trabalhos e condensar na

metodologia a ser apresentada.

Outro fator preocupante, assinalado no trabalho, foi a falta de uma política e gestão

de qualidade de serviços nas empresas provedoras de telecomunicações, bem como nas

contratantes de serviços de telecomunicações, que permita um gerenciamento eficaz através

da monitoração, mensuração e na tomada de ações face aos SLAs e padrões definidos pela

93

ANATEL. Notou-se também a falta de conhecimento das organizações contratantes e

contratadas na especificação e acompanhamento dos SLAs.

A dissertação tinha como propósito, apresentar uma abordagem metodológica,

inserida na definição de uma política e de processos de qualidade de serviços.

Dentro deste propósito, os objetivos foram cumpridos, face a apresentação de uma

metodologia abrangente e objetiva, de fácil aplicação e de suma importância para o cenário

atual do setor.

Esta metodologia pode ser aplicada a todas as empresas de telecomunicações e está

em conformidade com o órgão regulador, a ANATEL, as normas e padrões internacionais,

principalmente aqueles descritos nas normas ISO da ITU-T.

Este trabalho é o primeiro passo em busca da qualidade total, abrindo novos

caminhos para outros trabalhos. Um próximo passo é a implementação do sistema de

qualimetria. O ideal é que este sistema esteja integrado aos sistemas legados e que permita

uma abordagem ampla no que tange a gestão do SLA, conforme foi definido no contexto

deste trabalho.

94

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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NBR ISO 9000 (ABNT) e NBR ISO 9004-2 – Gestão da Qualidade e Elementos do

Sistema da Qualidade, Brasília, 1999.

[ADC,01] - ADC Software Systems, Métrica Performance Management, Gerenciamento de

Desempenho e Garantia de Serviço para Telefonia Móvel, Fixa e IP, São Paulo, 2001.

[ANATEL,01] - Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, Gerência Geral de

Normas e Padrões, Manual de Indicadores de Serviços, 2001, Brasília, 2001,

www.anatel.gov.br.

[ASQ,01] - ASQ – American Society for Quality / Quality Press, vol. 8, USA, 2001

(www.asq.org)

[B.TELECOM,01] - BRASIL TELECOM, Portifólio de Soluções - Brasília, 2001 -

www.brasiltelecom.com.br

[BRISA,92] - Brisa – Gerenciamento de Redes – Uma Abordagem de Sistemas Abertos –

Ed. Makron Books, São Paulo, 1992

[COLCHER,97] - Luiz Fernando Gomes Soares, Guido Lemos, Sérgio Colcher – Redes de

Computadores das LANs, MANs e WANs às Redes ATM, São Paulo, 1997.

[C.GANE,00] - CHRIS GANE, Desenvolvimento Rápido de Sistemas, São Paulo, 2000

[C.WORD,01] - COMPUTERWORLD, USA, 2001 – www.idg.uol.com.br

95

[CMUNDIAL,01] - Kanter, Rosabeth Moss – Classe Mundial – Uma agenda para gerenciar

os desafios globais em benefício das empresas e das comunicades - Editora Campus,

São Paulo, 1996

[D.Clark,01] - Clark, David D. – Laboratory for Computer Science – Massachusetts

Institute of Technology, USA, 2001

[EMBRATEL,01] - Empresa Brasileira de Telecomunicações - EMBRATEL, Serviços da

EMBRATEL, Rio de Janeiro, 2001 – www.embratel.com.br

[IETF,01] - Internet Engineering Task Force, USA, 2001, www.ietf.org

[EURESCOM,01] - European Telecommunication Services, 2001, www.eurescom.de

[GVT,01] - Global Village Telecom – GVT, Serviços da GVT, Brasília, 2001 –

www.gvt.com.br

[GTA/UFRJ] - Universidade Federal do Rio de Janeiro – Grupo de Teleinformática e

Automação, Rio de Janeiro, 2001

[INF/PUC] - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – Grupo de Estudos da

Informática, Internet com Qualidade, Rio de Janeiro, 2001

[IEEE,99] - Normas IEEE – Guide for Software Quality Assurance Planning, USA, 1999

[ITU-T,97] - Normas ITU-T – Recomendações I-350 e E.800,USA, 1997

[INTELIG,01] - INTELIG, Serviços da INTELIG, 2001 – São Paulo, www.intelig.com.br

96

[JOSÉ ANTÃO,98] - José Antão, Beltrão Moura, Jacques Philippe, Willian Ferreira

Guiozza e José Fábio de Araújo – Redes de Computadores – Avaliação de

Desempenho, São Paulo, 1998.

[KAORU,99] - Kaoru Ishikawa – Introduction to Quality Control, USA, 1999

[M.GUEDES,00] - Guedes, Marcos. Oferta, demanda e tendência de serviços de

telecomunicações. Prêmio Associação dos Provedores de serviços de

Telecomunicações – ABPREST, Brasília, 2000.

[Min.Com.,01] - Ministério das Comunicações, Brasília, 2000 – Telecomunicações – Metas

www.mc.gov.br

[NW Telecom,01] - NetworkWorld Telecom, Revista de Telecomunicações, São Paulo,

2001 - www.idg.com.br

[OAKLAND,00] - Oakland, F.S. Gerenciamento da Qualidade Total , Nobel – São Paulo,

2000.

[REVISTA RNT,01] - Revista RNT, São Paulo, 2001 - www.telepress.com.br.

[SOARES,95] - Soares, Luiz Fernando Gomes;Lemos, Guido; Colcher, Sérgio; Redes de

Computadores, Editora Campos, São Paulo, 1995.

[SOUZA,93] - Souza, Rafael T. – Gestão da Qualidade de Redes – Simpósio Brasileiro de

Telecomunicações – São Paulo, 1993

[STECHNOLOGY,01] - System Technology Development Corp., USA, 2001

www.quite.teknowledge.com

97

[TELEMAR,01] - TELEMAR, Serviços da TELEMAR, Rio de Janeiro, 2001 -

www.telemar.com.br

[T.FORCE,93] - T. Forse Qualimetrie des Systemes Complexes – Mensure de la Qualité

du Logiciel. Ed. D’Organisation, USA, 1993.

[T FORUM,00] - TeleManagement Forum 2000, Member Evaluation, GB 917 versão 1.0,

USA, novembro 2000 – www.tmforum.org

[TBIG,01] - Telecomunications Benchmarking Internactional Group, USA, 2001,

www.tbig.org

[TELEFÒNICA,01] - TELEFÓNICA, Serviços da TELEFÓNICA, São Paulo, 2001

www.telefonica.com.br

[TELETIME,00] - Revista Teletime, Qualidade – Quem é o culpado pelo Grande Fiasco

das Teles ? – São Paulo, Ano 3, nº 19 e 23, 2000

[VESPER,01] - VESPER – Parceiros e Fornecedores – Profissionais Liberais e Micro

Empresa - Produtos, Rio de Janeiro, 2001- www.vesper.com.br

[VISIONNAIRE,01] - VISIONNAIRE, Modelos Teóricos para Sistemas ATM e SDH,

Curitiba, 2001

1

ANEXO A – SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Este anexo foi baseado nas pesquisas efetuadas nos diversos sites das empresasprovedoras de serviços de telecomunicações, onde foram verificados todos os serviços aqual vem sendo comercializados e que constam dos seus portifólios. [EMBRATEL,01],[GVT,01], [INTELIG,01], VESPER,01], [TELEMAR,01] e [TELEFÒNICA,01].

1. Serviços de Voz

1.1. Telefonia Fixa

Descrição: Serviço de acesso ao STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) que possibilitao estabelecimento de ligações telefônicas comuns.

Características:• Acessos analógicos ou digitais;• Transmissões em baixas velocidades, da ordem de 64 Kbps;• Faixas de frequências de transmissão entre 300 e 3400 Hz.

Aplicações:• Ligações telefônicas entre usuários residenciais ou não residenciais.

Padrão de Qualidade:

1) Obtenção de sinal de discar em até 3 segundos em 98% dos casos2) Completar 60% das chamadas originadas no serviço local ou de longa distância3) Deixar de completar no máximo 6% das chamadas no serviço local ou de longa

distância devido a congestionamento4) Ter no máximo 3 solicitações de reparos para cada 100 acessos instalados5) Atender 95% das solicitações de reparo dos usuários residenciais em 24 horas, dos

assinantes não residenciais em oito horas e dos assinantes prestadores de serviços deutilidade pública em duas horas.

6) Fazer mudança de endereço em três dias úteis em 95% dos casos para os assinantesresidenciais, em 24 horas para os não residenciais e em seis horas em 98% dos casospara os assinantes prestadores de serviços de utilidade pública.

7) Atendimento por telefone em até 10 segundos em 98% dos casos.

1.2. Serviço de Tronco Digital

Descrição: Serviço de acesso ao Sistema Telefônico Fixo Comutado (STFC) quepossibilita o estabelecimento de várias ligações telefônicas simultâneas, por intermédio deum único enlace físico digital de 2 Mbps.

2

Características:

• O acesso digital dedicado proporciona melhor qualidade para as comunicações de voz,fax ou dados, se comparado com acessos individuais analógicos;

• Permite reunir vários acessos (troncos) em um enlace digital único, com velocidademúltipla de 2 Mbps;

Aplicações:

• Altamente recomendável para empresas que necessitam de um grande número deacessos telefônicos do Sistema Telefônico Fixo Comutado (STFC) em um mesmoendereço;

• Ideal para interligação de PABX digital com centrais telefônicas;• A combinação do Serviço de tronco digital com o Serviço DDR (discagem direta à

ramal) permite usufruir das vantagens e benefícios acumulados dos dois serviços.

Padrão de Qualidade:

1) Ativação

a) Habilitação de acesso tronco digital................... Em média 10 dias úteis

b) Mudança de endereço da instalação .................. Em média 10 dias úteis

c) Mudança de configuração ou de programação .. Em média 2 dias úteis

2) Tempo médio de reparo (MTTR) ............................. Em média 6 horas

3) Disponibilidade do acesso........................................ Em média 99,93%

1.3. Serviço ISDN (Integrated Service Digital Network)

Descrição: Serviço que permite a transmissão simultânea de dados, voz imagens e som, deforma rápida, confiável e com alto padrão de qualidade através de meio digital, utilizando atecnologia ISDN (Integrated Service Digital Network).

Características:

• Acesso Primário - PRI (Primary Rate Interface), com estrutura de canais 30B+D, comos canais B operando em 64 Kbps e o canal D operando em 64 Kbps.

• O Acesso Primário (30B+D), possibilita agregar, em uma única via, as funcionalidadesde vários canais B, permitindo realizar até trinta comunicações simultâneas, bem comotransferência de dados em velocidades superiores a 64 Kbps;

• Possibilidade de utilização das funcionalidades do Serviço DDR (Discagem Direta aRamal);

• Fornecimento de capacidade de Identificação do Assinante Chamador (IDC).

3

Aplicações:

Em muito pouco tempo, esta tecnologia revolucionou o mundo das comunicações.Tem possibilitado o uso de avançados recursos para transmissão simultânea de dados, voz,imagem e vídeo.

Atendendo às diversas aplicações, essa rede digital opera com grandes volumes deinformação em tempo real. Sua característica mais marcante é a capacidade de transmitirsimultaneamente dados, voz, imagens e som, de forma rápida, confiável e com alto padrãode qualidade. Á seguir constam algumas das aplicações possíveis de serem utilizadas para oserviço ISDN:

• Acesso de dados à Internet em velocidades superiores a 64 Kbps;• Interconexão de LAN;• Transmissão de áudio com qualidade radiofônica;• Validação de cartões de crédito e transações comercias à partir de terminais de

Pontos de Venda – PDV.

Padrão de Qualidade:

1) Ativação de acesso ............................................... Em média 5 dias úteis2) Mudança de endereço

a) externa ............................................................ Em média 3 dias úteisb) interna............................................................. Em média 2 dias úteis

3) Tempo médio de reparo (MTTR) ......................... Em média 8 horas4) Disponibilidade do Acesso .................................. Em média 99,90%

Os Serviços das Plataformas de Rede Inteligente

Determinados serviços de voz requerem uma plataforma específica para otratamento de facilidades inerentes à própria aplicação. Para tanto, foi criada a RedeInteligente (RI), que será tratada a seguir, como embasamento dos serviços 0800, 0900 e0300.

A Plataforma de Rede Inteligente é um conjunto de hardwares/softwaresespecífico, capaz de conferir funcionalidades de processamento, memória (bases de dados),gerência e sinalização às capacitações convencionais de conexões telefônicas da rede básicade telecomunicações. Dessa forma, produz-se uma série de serviços e facilidades associadasao serviço básico de telefonia.

Arquitetura e Topologia do Serviço

PAS (Ponto de Acesso a Serviços) - São centrais telefônicas digitais tipo CPA-T, comalteração em seu software de processamento de chamadas, de tal forma a permitir que esseprocessamento das chamadas seja precedido de uma conexão via rede de sinalização porcanal comum CCITT #7 a uma base dados (PCS) que poderá, por exemplo, validar a

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chamada, realizar tradução numérica para fins de redirecionamento, verificar desvioprogramado, etc. As informações retornadas pela base de dados alteram os parâmetrosiniciais da chamada de forma a produzir os efeitos desejados. Esse procedimento deinterrupção momentânea do processamento da chamada para acesso à base de dados érealizado em uma fração de tempo totalmente imperceptível pelo usuário.

PCS (Ponto de Controle de Serviços) - É a parte inteligente da Plataforma de RedeInteligente. Fundamentalmente, é uma unidade de processamento com base de dadosassociada. É o responsável pelo processamento lógico dos serviços e facilidades de RedeInteligente. É uma unidade centralizada, localizada em ambiente adequado e sob supervisãode pessoal especializado, o que proporciona homogeneidade, consistência, agilidade eflexibilidade aos serviços e facilidades aí implementados. Por ser ainda uma unidade chave,tem seus elementos replicados em esquema de segurança com redundância local eredundância em unidades separadas geograficamente.

SGS (Sistema de Gerência de Serviços) - Unidade que provê funções para gerência deServiços, controle de acesso de usuários, introdução, atualização e manutenção de serviçosda Rede Inteligente.

PI (Periférico Inteligente) - São unidades facilitadoras de interações usuário versusmáquina. No sentido usuário – máquina, o PI é capaz de receber sinais MF teclados pelousuário, convertendo-os para sinais de dados, podendo ainda receber e traduzir comandosde voz. No sentido inverso, isto é, máquina – usuário, o PI converte dados para vozsintetizada.

Sinalização CCITT #7 / INAP - É o protocolo de comunicação entre as unidades PAS ePCS. O sistema de sinalização por canal comum CCITT #7 confere a rapidez necessária (daordem de poucos milissegundos) e confiabilidade à comunicação PAS x PCS.

A figura a seguir mostra esquematicamente a arquitetura da Rede Inteligente (RI):

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Figura 14 – Arquitetura Básica da Rede Inteligente

1.4. Serviço 0300

Descrição: O serviço 0300 permite que o usuário efetue uma ligação através de um númeroespecífico iniciado com 0300 e quem arca com os custos da ligação é o usuário chamador.

Características:• O usuário assume a responsabilidade pelo pagamento das ligações efetuadas;

Aplicações:

• Estabelecimento de um canal de comunicação da empresa com seus fornecedores,vendedores ou empregados itinerantes;

Padrão de Qualidade:

1) Ativação

2) Início do serviço (plataforma de RI)...................... Em média 2 dias úteis

3) Facilidades adicionais ou reprogramação normal... Em média 24 horas

PASPAS PAS

PASRTPC

SCC#7/RI

ISUP ISUP

ISUP

ISUP ISUP

INAP INAP

SGS

PIPI

PTS

PI

PASPTS

PI

PIPI

PCS PCS

X25 X25

Local 1SãoP l

Belo Local3Horizonte

Local 2SãoPaulo

**

****

TerminaisRemotos

Terminais Locais

CLIENTE

URA

CallCenter

PAS

PASPAS

PAS

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4) Reprogramação de contingência............................ Em média 30 minutos

5) Preparação de mensagem gravada personalizada.. Em média 2 dias úteis

6) Tempo médio de reparo – Plataforma RI (MTTR). Em média 30 minutos

7) Disponibilidade da plataforma RI.......................... Em média 99,98%

1.5. Serviço 0800

Descrição: O serviço 0800 permite que o usuário efetue uma ligação e o custo destaligação é atribuída ao usuário chamado. Algumas operadoras implementam tabelas dedescontos por tráfego em minutos.

Características:

• Alocação, para uso da empresa, de um (ou mais) “Número Único Nacional” de acessotelefônico exclusivo, de 10 (dez) algarismos, escolhido(s) dentre os disponíveis na série0800-AB-MCDU;

• O “Número Único Nacional” permite o recebimento de chamadas telefônicas em umúnico ponto (call center da empresa) ou recebimento distribuído entre vários callcenters;

• Agendamento: a empresa define o local onde deseja receber as ligações, em função dohorário, dias da semana e local de origem da chamada;

• Restrição de Acesso: permite restringir seletivamente o recebimento de chamadasoriundas de Telefones Públicos, do Serviço Móvel Celular ou de áreas geográficas quenão sejam de interesse;

• A empresa assume a responsabilidade pelo pagamento das ligações recebidas, porém, sebeneficia com descontos progressivos em função do volume de chamadas atendidas;

• Ao assumir os custos das ligações atendidas, a empresa aumenta a aproximação com osclientes, dinamizando seus negócios e melhorando sua imagem empresarial;

• As chamadas destinadas aos Call Centers podem ser atendidas por operadores, sistemasautomatizados de resposta, máquinas de fax ou por computadores programados pararealizar comunicações de dados;

• Conta mensal, fornecida gratuitamente, contendo data, hora e identificação do telefonechamador, possibilitando à empresa gerenciar o serviço, identificar oportunidades devendas e novas áreas para expansão dos seus negócios;

• Reservas de “Número Único Nacional” poderão ser aceitas por tempo limitado, porém,números reservados ou mantidos inativos, poderão ser considerados vago ereutilizáveis;

Aplicações:• Acesso a SAC (Serviços de Atendimento ao Consumidor);• Estabelecimento de um canal de comunicação da empresa com seus fornecedores,

vendedores ou empregados itinerantes;

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• Serviço de consultas bancárias e outras afins, com atendimento por operadores ou porUnidade de Respostas Audível - URA;

• Acesso a centros de atendimento de Telemarketing.

Padrão de Qualidade:1) Ativação Início do serviço (plataforma de RI)....................... Em média 2 dias úteis2) Facilidades adicionais ou reprogramação normal.... Em média 24 horas3) Reprogramação de contingência.............................. Em média 30 minutos4) Preparação de mensagem gravada personalizada.... Em média 2 dias úteis5) Tempo médio de reparo (MTTR) - Plataforma de RI Em média 30 minutos6) Disponibilidade da Plataforma RI............................... Em média 99,98%

1.6. Serviço 0900

Descrição: Permitem acesso a serviços de informações e entretenimento, mediante opagamento na conta telefônica, de valor cobrado pela prestação do serviço, além do custonormal da ligação (serviço medido). O serviço 900 destina-se ao âmbito local e o serviço0900 ao âmbito nacional.

Características:

• Alocação, para uso da empresa, de um número nacional ou local de acesso telefônicoexclusivo, de 10 (dez) algarismos, escolhido(s) dentre os disponíveis na série 0900-AB-MCDU ou 900-AB-MCDU;

• O usuário assume a responsabilidade pelo pagamento das ligações efetuadas mais ocusto da informação disponibilizada pela empresa provedora do serviço;

• Conta mensal, fornecida gratuitamente, contendo data, hora e identificação do telefonechamador possibilitando à empresa gerenciar o serviço, identificar oportunidades devendas e novas áreas para expansão dos seus negócios.

Aplicações:

• Disponibilização de informações diversas;• Estabelecimento de um canal de comunicação da empresa com seus usuários.

Padrão de Qualidade:

1) Ativação

a) Início do serviço (plataforma de RI)...................... Em média 2 dias úteis

b) Facilidades adicionais ou reprogramação normal.. Em média 24 horas

c) Reprogramação contingencial................................ Em média 30 minutos

2) Preparação de mensagem gravada personalizada......... Em média 2 dias úteis

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3) Tempo médio de reparo (MTTR)a) Plataforma de RI (hardware e software)................ Em média 30 minutos

4) Tempo médio entre falhas (MTBF)Disponibilidade da Plataforma RI................................ Em média 99,98%

1.7. Serviço Móvel Celular

Descrição: Trata-se de um serviço onde o usuário de posse de um aparelho móvel detelefonia, utilizando da tecnologia Wireless, acessa Estações Radiobase (ERBs) que, porsua vez, estão conectadas via radiocomunicação com a estação fixa de Serviço MóvelCelular e esta à Rede Telefônica Pública Comutada (RTPC).

Características:

• Uso de tecnologia Wireless;• Células de 10 a 20 Kms;• Sistemas analógicos AMPS (Advanced Mobile Phone System) e digitais GSM (Global

Systems for Mobile) de 1.800 MHz;• Acessos através de ERBs (Estações Radio Base);• Conectividade à rede telefônica fixa comutada.

Aplicações:

• Ligações serviço móvel celular entre usuários residenciais ou não residenciais.Padrão de Qualidade:

1) Taxa de Reclamações – Varia de 4 até 12%2) Reclamação de Cobertura e de Congestionamento por 1000 acessos móveis em

operação – Variando de 15 a 30 reclamações por 1000 acessos móveis.3) Taxa de Atendimento do Centro de Atendimento – Varia entre 40 e 70%4) Taxa de Resposta ao Usuário – Variando entre 80 e 100%5) Taxa de Atendimento Público – Variando entre 25 e 80%6) Número de Contas com Reclamação de Erro por 1000 contas emitidas – Variando entre

10 e 60 reclamações por 1000 contas emitidas.7) Taxa de Chamadas Originadas Completadas – Variando entre 30 e 50%8) Taxa de Estabelecimento de Chamadas – Variando entre 60 e 80%9) Taxa de Queda de Ligação – Variando entre 1 e 5%

1.8. Serviço de Transmissão de Dados e Voz [COLCHER,97]

Descrição: Com ele, o usuário pode conectar seu terminal de dados para transferência dearquivos e documentos com acesso digital a 64 Kbps nas próprias instalações, utilizandosuporte das centrais digitais CPA (Central de Controle de Programa Armazenado). Aplica-se também para videoconferência, com 2 acessos a 64 Kbps.

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Características:

• Acesso digital a 64 Kbps;

Aplicações:

• Transferência de arquivos ou documentos;• Aplicações de videoconferência com 2 acessos a 64 Kbps.

Padrão de Qualidade:

1. Taxa de Reclamações – Varia de 4 até 12%1. Reclamação de Cobertura e de Congestionamento por 1000 acessos móveis em

operação – Variando de 15 a 30 reclamações por 1000 acessos móveis.2. Taxa de Atendimento do Centro de Atendimento – Varia entre 40 e 70%3. Taxa de Resposta ao Usuário – Variando entre 80 e 100%4. Taxa de Atendimento Público – Variando entre 25 e 80%5. Número de Contas com Reclamação de Erro por 1000 contas emitidas – Variando entre

10 e 60 reclamações por 1000 contas emitidas.6. Taxa de Chamadas Originadas Completadas – Variando entre 30 e 50%7. Taxa de Estabelecimento de Chamadas – Variando entre 60 e 80%8. Taxa de Queda de Ligação – Variando entre 1 e 5%

1.9. Serviço de Telefonia Rural

Descrição: É um serviço destinado especialmente aos produtores rurais, para levar atelefonia às áreas rurais. Por meio de torres instaladas pela operadora, o serviço de telefoniarural oferece uma comunicação telefônica rural com algumas vantagens da telefoniaurbana.O equipamento e o aparelho são comercializados por empresas fornecedoras ou porrepresentantes técnicos de fabricantes.

Características:

• Linha direta com o Sistema Nacional de Telecomunicações – SNT;• Dispensa auxílio da telefonista para realizar chamadas;• Acesso aos serviços DDD e DDI;• Aceita acoplamento de FAX e transmissão de dados de baixa velocidade;• Pode ser alimentado com energia comercial, geradores, baterias e energia solar.

Padrão de Qualidade:

A qualidade do serviço está diretamente relacionada ao meio, que, neste caso, é atransmissão via rádio.

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2. Serviços de Dados

2.1. Serviço por Linha Dedicada Digital

Descrição: Estes serviços têm como característica marcante o fato de serem transparentes aprotocolo, ou seja, a rede determinística aceita qualquer tipo de protocolo.

Características:

• Custo fixo mensal independente do volume trafegado;

• Total transparência a protocolos de comunicação;

• Ligação permanente entre os pontos de terminação do circuito - não é necessário efetuarnenhum procedimento de discagem ou seleção para o estabelecimento da ligação;

• Serviço inclui o fornecimento de modem nas dependências do cliente. Caso oequipamento terminal do cliente disponha de modem interno (compatível com outilizado pela Prestadora) ou em outras situações peculiares, o provimento do serviçosem modem poderá ser efetuado, mediante condições especiais;

• serviço pode ser oferecido nas seguintes velocidades:

64 Kbps 128 Kbps 256 Kbps 320 Kbps 384 Kbps448 Kbps 512 Kbps 640 Kbps 768 Kbps 896 KMbps1 Mbps 2 Mbps 8 Mbps 34 Mbps 155 Mbps

• Adequado para transporte de combinações de sinais digitalizados de voz, dados eimagens (em velocidades superiores a 64 Kbps);

• A “Prestação Temporária do Serviço”, com duração mínima de 1 (um) dia e máxima de29 dias, é oferecida para utilização em feiras, demonstrações, testes, e outros eventos decurta duração;

• Serviço prestado com supervisão e manutenção especializada.

Aplicações:

• Comunicação de dados entre host, servidores e terminais remotos;• Interligação de redes locais;• Transporte integrado de sinais de voz, dados, imagens, vídeo e multimídia em alta

velocidade;

Padrão de Qualidade:Ativação

• Serviço local......................................................... Em média 5 dias úteis• Serviço interurbano.............................................. Em média 10 dias úteis• Mudança de endereço ......................................... Em média 2 dias úteis• Alteração de velocidade ...................................... Em média 3 dias úteis

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• Tempo médio de reparo (MTTR)• Serviço local ................................................. Em média 3 horas• Serviço interurbano ...................................... Em média 5 horas

• Disponibilidade do circuito ................................ Em média 99,90%• Taxa de erro (BER).............................................. Em média 10–6

• Perda de sincronismo (Slip)................................. Em média 4 por dia

2.2. Serviço de Pacote

Descrição: Serviço de abrangência nacional comercializada pelas empresas deTelecomunicações, operando com comutação por pacotes em X.25. Em linhas gerais, assoluções X.25 apresentam desempenho inferior às soluções Frame Relay, razão pela qualvêm sendo substituídas paulatinamente.

Características:

• acesso discado, assíncrono, protocolo X.28 (PAD);• Protocolo X.25, (Recomendações X.25 ITU-T);• Acesso dedicado, síncrono, protocolo X.25;• Acesso dedicado, assíncrono, protocolo X.28,( recomendações X.3, X.28, e X.29

do ITU-T);• Acesso dedicado, síncrono, protocolo SDLC e BSC3 (SNA) com Interfaces

HPAD/TPAD;• Canal lógico adicional, para estabelecimento de chamadas simultâneas;• Número Coletivo, onde um único número é atribuído a vários acessos (Hunt

Group);• Acesso discado síncrono X.32;• Protocolo TCP/IP;• Protocolo PPP;• Grupo fechado de assinaturas;• Redirecionamento de chamadas;• Utilização de protocolos padronizados, correção automática de erros de transmissão;

• Possibilidade de estabelecimento de conexões com abrangência mundial;

• Tarifação com base no volume de dados transmitidos ou tarifa flat.);

• Possibilidade de estabelecimento de múltiplas conexões simultâneas por circuitoslógicos virtuais, com utilização de um único acesso físico à rede;

• Facilidades adicionais permitem o estabelecimento de:• Circuito Virtual Permanente (CVP)1;

• Número coletivo (Hunt Group)2;

1 É um tipo de caminho virtual que é estabelecido quando o cliente liga seu equipamento.2 Facilidade que permite associar um único endereço de rede a um grupo de portas da rede de pacotes.

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• Grupo Fechado de Usuários3;

• Canal Lógico Adicional4;Gerência, supervisão e manutenção 24 x 7;

Aplicações: O X.25, que vem sendo utilizado no Brasil há vários anos, tende a ficar restritoa aplicações de baixo tráfego. O X.25 foi projetado em uma época em que os canais decomunicação disponíveis tinham elevada taxa de erro. Para permitir uma comunicaçãoconfiável em canais não confiáveis, o X.25 vale-se de uma estrutura com extensivosrecursos de tratamento de erro e fluxo. Estes recursos mostraram-se bastante eficientes parao meio ambiente da época, mas a medida que os canais de comunicação tiveram suaqualidade melhorada do ponto de vista da comunicação de dados, o que era vantagempassou a tornar-se sobrecarga, consumindo recursos desnecessariamente.

Padrão de Qualidade:1) Ativaçãoa) Acesso local...................................................... Em média 5 dias úteisb) Acesso interurbano........................................... Em média 10 dias úteis2) Mudança de endereço ........................................... Em média 2 dias úteis3) Alteração de características técnicas ..................... Em média 2 dias úteis4) Tempo médio de reparo (MTTR)a) Acesso local ..................................................... Em média 3 horasb) Acesso interurbano ........................................... Em média 5 horas5) Disponibilidade do circuito de acesso..................... Em média 99,90%6) Disponibilidade da plataforma de comutação de pacotes. Em média 99,90%7) Taxa de erro do circuito de acesso (BER)................ Em média 10–6

2.3. Serviço Frame Relay

Descrição: O protocolo Frame Relay consolidou-se como uma opção mais adequada parausuários e prestadores de serviços. Na nuvem Frame Relay são estabelecidos os PVCs(Permanent Virtual Circuit, ou circuito virtual permanente), vistos pelas pontas comocanais dedicados da rede. Frame Relay foi originalmente concebido para dados, mas avelocidade dos Links e as características de aplicações tornaram interessanteeconomicamente para voz.

Características:• Velocidades de 9.600 até 2Mbps;• Conexões CVP’s(circuitos virtuais permanentes) - (CIR=0)) (Committed Information

Rate);• Conexões CVP’s - (CIR#0;• Conexões CVP’s - EIR (Excess Information Rate);• Conexões CVP’s - CIR assimétrico;• Conexões FRAD's ("Frame Relay Access Devices"). 3 Permite associar várias portas de rede como elementos de um mesmo grupo, de forma que se comuniquemapenas entre si.4 Fornecido acima de 128 canais lógicos.

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Aplicações: O Frame Relay é considerado uma evolução tecnológica do X.25. Trata-se deuma solução mais apropriada para aplicações que exigem a transmissão de grandes volumesde dados em alta velocidade, interligando redes corporativas de longa distância. Além dotráfego de dados, a vantagem do Frame Relay é ressaltada por suportar a implementação deoutras aplicações, como Internet, integração de voz e videoconferência.

Padrão de Qualidade:1) Ativação

a) Acesso local.......................................................... Em média 5 dias úteisb) Acesso interurbano............................................... Em média 10 dias úteis

2) Mudança de endereço ............................................... Em média 2 dias úteis3) Alteração de características técnicas ......................... Em média 2 dias úteis4) Tempo médio de reparo (MTTR)

a) Acesso local ........................................................ Em média 3 horasb) Acesso interurbano ............................................. Em média 5 horas

5) Disponibilidade do circuito de acesso....................... Em média 99,90%6) Disponibilidade da plataforma Frame Relay............ Em média 99,90%7) Taxa de erro do circuito de acesso (BER)................. Em média 10–7

Métricas:• Delay de transferência de frame;• Variação de delay;• Proporção de entrega de frames;• CIR (Committed Information Rate);• Variação do Delay;• Taxa de Erro;• Velocidade Mínima da Informação

2.4. Serviço ATM

Descrição: A tecnologia ATM vem sendo adotada em soluções para redes locais,metropolitanas e de longa distância em situações que demandem a transmissão de grandesvolumes de dados, a integração de informações na forma de voz, dados e imagem ou emambientes que exijam alto desempenho.

Tradicionalmente, o sucesso ou não de uma determinada tecnologia é ditado pelo mercado.Dentro deste cenário a solução ATM, em razão da demanda detectada pelos fornecedorespor transmissão de grandes volumes de dados, integração com aplicações orientadas atratamento de imagem em movimento e padronização de protocolos de redes locais,metropolitanas e de longa distância, está sendo oferecida em escala cada vez maior, tendo-se como conseqüência um processo natural de redução de preços.

Um conceito fortemente associado às especificações da tecnologia ATM é o de QoS. Amotivação básica por trás deste conceito é a de procurar garantir ao usuário que os

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objetivos predefinidos de desempenho da rede possam ser alcançados. Essa garantia dedesempenho é particularmente importante nas redes que suportam aplicações em temporeal. O ATM Forum define QoS como um conjunto de parâmetros de desempenho, taiscomo retardo, variação de retardo, taxa de perda de células, etc., que pode ser negociadopelo usuário, como parte de um contrato de tráfego, durante o estabelecimento de umaconexão ATM. O usuário pode solicitar uma classe de QoS específica, dentre as que sãooferecidas pela rede.

Características:• Velocidades de 2M a 622 Mbps• VBR-nrt(Variable Bit Rate-non real time)• CBR(Constant Bit Rate)• SCR(Sustainable Cell Rate)• PCR(Peak Cell Rate)• MBS(Maximum Burts Size)• Interface tipo UNI(User to Network interface)

Aplicações:• Largura de banda elevada, apropriada para tráfego pulsado. A tecnologia ATM opera a

taxas de até 622 Mbps e permitirá velocidades de 1.2 Gbps ou 2.4 Gbps.• Várias velocidades de acesso podem ser empregadas simultaneamente, de acordo com a

necessidade de cada dispositivo.• Serviço orientado para conexões, oferecendo atrasos mínimos e possibilitando o uso de

aplicações sensíveis ao tempo, principalmente as aplicações baseadas no uso deinterfaces gráficas e tratamento de imagem, que necessitam de muita largura de banda, eas aplicações distribuídas.

• Pode ser implementada indistintamente em redes locais, metropolitanas e de longadistância.

Padrão de Qualidade:

A recomendação I.350 considerou para a definição da qualidade de serviços na camadaATM, somente os parâmetros que podem ser diretamente observáveis e mensuráveis noponto de acesso do serviço dos usuários. Como exemplo de parâmetro mensurável consta oretardo, a sensibilidade à variação estatística do retardo, a taxa de perda de célula, etc.

Os serviços ATM ainda não estão sendo comercializados em larga escala pelos provedoresde serviços, no entanto, alguns parâmetros já estão sendo divulgados, conforme constamabaixo:

1) Ativaçãoa) Acesso local.................................................... Em média 5 dias úteisb) Acesso interurbano......................................... Em média 10 dias úteis

2) Mudança de endereço .......................................... Em média 2 dias úteis3) Alteração de características técnicas .................... Em média 2 dias úteis4) Tempo médio de reparo (MTTR)

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c) Acesso local .................................................... Em média 3 horasd) Acesso interurbano ......................................... Em média 5 horas

5) Disponibilidade do circuito de acesso................... Em média 99,90%6) Disponibilidade da plataforma de comutação FR.. Em média 99,90%7) Taxa de erro do circuito de acesso (BER).............. Em média 10–8

Métricas de Qualidade de Serviço: [VISIONNAIRE,01]

a) Negociáveis na Conexão:

• Taxa de células perdidas (CLR);• Tempo máximo para a transferência de uma célula (máximo CTD);• Variação no padrão de chegada das células em relação ao envio e ao recebimento

(CDV);• Limite Inferior da Taxa de Transmissão em células/seg. (MCR);• Limite Superior da Taxa de Transmissão em células/seg.(PCR);• Limite Máximo da Taxa de Rajada em que as Células podem ser Transmitidas (SCR).

b) Estabelecido pela Rede:

• Taxa de Células Erradas (CER);• Taxa de Blocos de Células erradas Durante um Período (SECBR);• Taxa de Células não Esperadas em que de alguma maneira foram Transmitidas (CMR).

c) Negociáveis na Conexão:

• Tolerância ao Atraso de Transmissão de Células(CDVT) ;• Total de Células em Período de Rajadas que podem ser Transmitidas (MBS).

3. Serviço de Acesso Rápido à Internet

Descrição: Este serviço é direcionado para usuários residenciais. Com ele pode-se ter umacesso dedicado 24h/dia à Internet sem precisar discar para um Provedor de Serviço. Agrande novidade é que a tecnologia utilizada para prover o serviço, ADSL (AsymmetricDigital Subscriber Line) utiliza a rede telefônica para transmissão de dados, ou seja,permite navegar na Internet e falar ao telefone simultaneamente usando a mesma linha.Além da velocidade, outra vantagem é que, com este serviço, será possível ter acesso aaplicações de vídeo com qualidade de TV e áudio com qualidade de CD

Características:

• Velocidades que variam de 1,5 Mbps até 6 Mbps (dowload) e 16 Kbps até 640 Kbps(upload);

• Utilização de modems próprios ADSL;• Redução de erros causados por ruídos;

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• Correção de erros.

Aplicações:

• Aplicações de vídeo com qualidade de TV• Aplicações de áudio com qualidade de CD• Redes Locais• Acesso à Internet para pequenas corporações ou usuários residenciais

Padrão de Qualidade:

1. Ativação de acesso .............................................. Em média 5 dias úteis

2. Mudança de endereçoexterna ........................................................ Em média 3 dias úteisinterna......................................................... Em média 2 dias úteis

3. Tempo médio de reparo (MTTR) ....................... Em média 8 horas4. Disponibilidade do Acesso ................................ Em média 99,90%

4. Serviços de Plataformas de Multiserviços

Redes Multi-Serviços são redes voltadas para a prestação de múltiplos serviçosutilizando a mesma infra-estrutura de comutação.

IP

ATMFrame Relay

X.25

Interfaces

Rede deTransporte

SDH

RedeMulti-Serviços

Figura 15 – Rede Multi-Serviços1

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As Redes Multi-Serviços utilizam a Rede de Telefonia Pública Comutada (RTFC,RDSI-FE), Redes Determinísticas e Estatísticas como acesso.

Benefícios de uma Rede Multi-Serviços

Em contraste com as redes especializadas, as Redes Multi-Serviços oferecem:

• Utilização mais eficiente dos recursos da rede;• Operação, administração, manutenção e provisionamento dos serviços de forma

unificada;• Redução dos requisitos em treinamento, sobressalentes e equipes de

manutenção/operação;• Alocação dinâmica e flexível dos recursos da rede;• Adaptação mais rápida às variações da demanda;• Introdução mais rápida de novos serviços.

Uma das características principais da solução elencada pela rede Multiserviços é aintegração do IP com o ATM, atendendo à necessidade de oferecer serviços IPdiferenciados usando o núcleo ATM de alta velocidade, alta disponibilidade e comimportantes recursos de gerenciamento de tráfego. É possível mapear de forma eficiente osparâmetros de QoS do IP (IP Precedence, RSVP, etc), vitais para a oferta de serviços IPdiferenciados, na rede ATM. Desta forma garante-se que a rede ATM trate os parâmetrosde QoS garantidos às aplicações IP, sem sofrer perdas causadas pela tradução deparâmetros de QoS do IP para as classes de serviços ATM.

Multi-Serviços:

Linhas Dedicadas

Relay

Rede de Serviçosde Circuito Dedicado

Rede de ServiçosFrame Relay

Rede de ServiçosIP/Internet

Rede de Serviçosde Pacotes

RedeMulti-Serviços

Frame IP/Internet

Comutação de Pacotes

Figura 162 – Interfaces com a Rede Multi-Serviços

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A integração dos serviços IP sobre ATM será total através da implementação doMPLS (Multiprotocol Label Switching). Com o MPLS é possível mapear os QoSs. Asdecisões de roteamento são tomadas previamente, permitindo que os elementos da redecomutem os pacotes sem nenhum processamento adicional. Isto é possível através dautilização de um label no processo de encaminhamento de pacotes IP. Este label édiretamente mapeado no VPI/VCI do ATM, resultando em uma identificação única dofluxo nos ambientes IP e ATM. O label utilizado no MPLS informa não apenas para ondetransmitir os pacotes, mas também como transmiti-los. Todos os atributos que os pacotesnecessitam, como classes de serviço, prioridades, privacidade, etc, são armazenados natabela indexada pelo label.

O MPLS atribui “inteligência IP” a redes ATM. Isto capacita a rede ATM aestabelecer VPNs (Virtual Private Networks) IP sem necessidade de estabelecimento deconexão, facilitando a oferta de serviços avançados como multicast dentro da VPN. Alémdisso, todas as classes de serviço, baseadas nos labels do MPLS, podem ser seletivamentehabilitadas dentro de cada VPN.

Outra grande vantagem da solução é o gerenciamento integrado, permitindo àmesma ferramenta de gerenciamento supervisionar roteadores, servidores de acesso remoto,switches, etc.

A rede Multiserviços contempla os seguintes itens que são importantes para aanálise do nível de serviço a ser prestado por este tipo de serviço:

• Disponibilidade dos serviços prestados.• Tempo para identificar um mal funcionamento relatado pelo cliente.• Tempo de reparo de um mal funcionamento relatado pelo cliente.• Tempo de provisionamento (implantação de novos serviços).• Parâmetros de QoS (Atraso, CIR, Erros, Quadros perdidos e etc.).• Emissão de Relatórios.

4.1. Serviço IP Dedicado

Descrição: Este serviço possibilita ao usuário ter acesso à Rede Multiserviço de formadedicada através de diversas velocidades.

Características:• Custo fixo mensal, independente da utilização;• Acesso implementado com DNS (Domain Name System), com capacidade de converter

nomes em endereços IP do cliente;• Roteamento estático ou dinâmico (BGP-4);• Fornecimento da quantidade de endereço IP classe C necessária ao projeto do cliente;• Possibilidade de alocação do roteador;• Circuito de Acesso via rede Estatística ou Determinística;• Podem existir diversas modalidades de serviço IP dedicado, tais como IP Dedicado

Provedor, IP Dedicado Corporativo e IP Dedicado Conteúdo, com preços diferentesdevido ao perfil de tráfego de cada um desses segmentos:

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Aplicações:• Interconexão à Internet de Provedores de Serviços Internet (ISP – Internet Service

Provider);• Interconexão à Internet de Provedores de Acesso Internet (IAP - Internet Access

Provider), fornecendo conectividade à Internet para terceiros, através de sua própriarede.

• Interligação de terminais de redes corporativas à Internet, permitindo o acesso dosempregados da empresa aos serviços disponíveis na Internet;

• Interligação à Internet de Empresas Provedoras de Conteúdo com assimetria de banda;• Interligação de host à Internet, criando uma presença institucional da empresa na

Internet;

Padrão de Qualidade:1) Ativação

a) Acesso local...................................................... Em média 5 dias úteisb) Acesso interurbano........................................... Em média 10 dias úteis

2) Mudança de endereço ............................................ Em média 5 dias úteis3) Alteração de velocidade ......................................... Em média 3 dias úteis4) Tempo médio de reparo (MTTR)

a) Acesso local ...................................................... Em média 3 horasb) Acesso interurbano ...,....................................... Em média 5 horas

5) Disponibilidade do circuito de acesso..................... Em média 99,90%6) Disponibilidade do Backbone IP ............................ Em média 99,9%7) Taxa de erro do circuito de acesso (BER)................ Em média 10–7

4.2. Serviço IP Discado

Descrição: Este serviço possibilita o usuário ter acesso à Rede Multiserviço através de umServidor de Acesso Remoto, efetuando uma conexão discada através da rede telefônica.Este serviço aplica-se a organizações que desejam disponibilizar acessos aos seus clientesou obterem acessos a regionais distantes ou de baixo volume de dados.

Características:

• A solução contempla os servidores de acesso remoto (RAS), os troncos E1 ou PRI e umcircuito de acesso dedicado para o site do cliente;

• Disponibilização de número de acesso único para o Cliente em toda a área de concessãoda Provedora de Serviços;

• Acesso do usuário será realizado através de conexões discadas analógicas com taxas deaté 56Kbps ou através do serviço RDSI, com taxas de 64 ou 128 Kbps;

• Autenticação dos usuários pode ser realizada pelo Cliente ou pela Provedora deServiços;

• Duas modalidades do serviço: Dial IP Flexível (cobrança por tempo de conexão) e DialIP Exclusivo (cobrança de aluguel mensal da porta Dial IP);

• ocupada é do Cliente.• Possibilidade de tarifação telefônica na origem ou através do serviço 0800;

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Aplicações:• Interconexão de usuários discados de ISPs (Internet Services Provider) à Internet;

Padrão de Qualidade:

1) Ativação .............................................................. Em média 15 dias úteis2) Mudança de endereço ......................................... Em média 5 dias úteis3) Alteração de velocidade ...................................... Em média 3 dias úteis4) Tempo médio de reparo (MTTR)a) Acesso local .................................................. Em média 3 horasb) Acesso interurbano ....................................... Em média 5 horas5) Disponibilidade do circuito de acesso................. Em média 99,90%6) Acessibilidade Portas RAS ................................. Em média 97,0% livre na

HMM7) Estabelecimento da Conexão .............................. Em média 95% na HMM8) Taxa de erro do circuito de acesso (BER)............ Em média 10–6

4.3. Serviço VPN IP

Descrição: Serviço para estabelecimento de Intranets e Extranets, através de comunicação“LAN para LAN”, ou “usuário remoto para LAN”, envolvendo empresas e suas filiais,parceiros, fornecedores e usuários remotos, de forma segura, através do estabelecimento deredes privativas virtuais, em acessos dedicados e discados.

Características:

• Existem duas modalidades desse serviço: VPN IP Dedicada e VPN IP Discada;• O circuito dedicado de acesso ao backbone IP da Provedora de Serviços pode ser

estatístico ou determinístico.• Possibilidade de alocação do roteador.• Utilização de técnicas de tunelamento ou lista de acesso e opção de criptografia;• A autenticação dos usuários poderá ser realizada pelo Cliente ou pela Provedora de

Serviços;• Possibilidade de tarifação telefônica na origem ou através do serviço 0800 para Clientes

da modalidade VPN IP Discada.

Aplicações:

• Integração de redes locais, geograficamente dispersas, para formação de Intranet;• Integração da rede do Cliente à de parceiros ou fornecedores formando Extranets;• Conexão de usuários discados à Intranet ou Extranet do Cliente.

Padrão de Qualidade:

1) Ativação................................................................. Em média 15 dias úteis2) Mudança de endereço ............................................ Em média 5 dias úteis

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3) Alteração de velocidade ......................................... Em média 3 dias úteis4) Tempo médio de reparo (MTTR)

a) Acesso local ...................................................... Em média 3 horasb) Acesso interurbano ........................................... Em média 5 horas

5) Disponibilidade do circuito de acesso..................... Em média 99,90%6) Disponibilidade do Backbone IP ............................ Em média 99,9%7) Taxa de erro do circuito de acesso (BER)............... Em média 10–68) Acessibilidade Portas RAS ..................................... Em média 97,0% livre na

HMM9) Completamento da Conexão ................................... Em média 95% na HMM

4.4. Serviço Voz sobre IP

Descrição: Voz sobre IP é a transmissão de voz em tempo real através da Internet. Estatecnologia permite que uma ligação seja feita para qualquer lugar do mundo, pagandoapenas uma chamada local. Uma empresa, por exemplo, pode oferecer um número gratuitopara os clientes ligarem de qualquer lugar e ela pagará apenas o valor das chamadas locais.

Além de reduzir o custo da comunicação de voz a longa distância, esta tecnologiaintroduz novas formas de comunicação. Videoconferência, convergência de voz, dados efax e white-boarding são apenas algumas das aplicações que já acompanham a Voz sobreIP. Usando apenas uma linha telefônica, as pessoas podem falar ao telefone enquantoacessam aplicações Web e e-mail.

Características: Há duas características importantes que determinam a qualidade de umaligação telefônica via Internet. A primeira é a latência, ou seja, o tempo entre a geração e arecepção da chamada. Os usuários da Internet, freqüentemente, comparam a latência a umachamada telefônica internacional via satélite, pois esse tempo costuma ser um pouco maior,se comparado as ligações comuns.

Outra característica importante é a questão do casamento entre a qualidade da voztransmitida e a voz natural da pessoa que a transmite. Um eventual atraso em certos pacotesde voz, poderá distorcer a voz.

Aplicações:• Transmissão de voz utilizando a rede IP• Maior confiabilidade na transmissão de voz interurbana

Padrão de Qualidade: Embora seja difícil prever a qualidade do serviço que se podeesperar da telefonia via Internet, algumas organizações já a usam como meio padrão decomunicação em longa distância entre seus escritórios. Tais organizações já estãopercebendo benefícios significativos de redução de seus custos de telecomunicações.

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ANEXO B – MEIOS DE TRANSMISSÃO

1. Acesso via Par Trançado

O par trançado é composto de dois fios de cobre enrolados em espiral de forma areduzir os ruídos e manter constantes as propriedades elétricas do meio através do seucomprimento.

A banda passante do par trançado é notavelmente alta, considerando o fato de eleter sido projetado para o tráfego analógico telefônico. Taxas de transmissão podem chegaraté a ordem de alguns megabits por segundo, dependendo da distância, da técnica detransmissão e da qualidade do cabo.

A desvantagem do par trançado é a sua susceptibilidade à interferência e ruído,além da perda de energia em função da distância.

Foram sendo produzidos gradativamente cabos de par trançados de melhorqualidade para atendimento de altas taxas de transmissão. Os cabos de par trançado foramclassificados em várias categorias, desde os primeiros pares sem blindagem (UnshieldedTwisted Pairs – UTP), que leva em consideração as diversas capacidades de utilização eaplicação, até os cabos com blindagem e que permitem velocidades máximas de até 100Mbps.

O par trançado é o meio de transmissão de menor custo por comprimento, além dasua ligação ser extremamente simples e, portanto, de baixo custo.

No entanto, os meios de comunicação que utilizam cabos de par trançado possuemem relação aos demais meios, altas taxas de erros e limitações de velocidades.

2. Acesso via Fibra Óptica

A transmissão em fibra óptica é realizada pelo envio de um sinal de luz codificado,dentro do domínio de frequência do infravermelho.

O cabo óptico consiste em um filamento de sílica ou plástico, por onde é feita atransmissão da luz. Os raios são refletidos internamente, minimizando assim as perdas detransmissão.

A composição da fibra é determinante na sua atenuação, que pode ser causada peladispersão ou absorção da luz por elementos presentes no núcleo. Em linhas de longadistância utilizadas pelas companhias telefônicas chegam-se a distâncias próximas de 50Km sem a necessidade de repetidores.

Fibras ópticas são utilizadas em sistemas com taxas de transmissão que chegam a150 e a 620 Mbps numa única fibra unidirecional.

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As fibras, por serem constituídas de material não condutor de energia elétrica,permitem altas taxas de transmissão e ausência de ruídos, o que permite baixas taxas deerros.

A fibra óptica vem sofrendo modificações, de tal forma, que diminui as suascaracterísticas de dispersão.

A fibra vem acompanhando a evolução do laser, da pioneira multimodo queapresentava alta dispersão, evoluindo para a versão monomodo com menos dispersão.

Posteriormente, veio a versão Dispersion Shiften (DS), a Non Zero Dispersion(NZD) e a DWDM (Dense Wavelengt Division Multiplexing) com um processo de emissãode luz revigorado.

A DWDM permite a transmissão de vários diferentes comprimentos de onda oucores pela mesma fibra óptica, através do processo de multiplexação.

A fibra monomodo tem diâmetro bem menor que a multimodo, o que dificulta ajunção em repetidores, no entanto, possui características extremamente favoráveis àcomunicação em banda larga.

A fibra NZD exige menos repetidores e amplificadores de sinal e tende a ser amais adequada para a transmissão de informações sofisticadas, como sinais de imagens.

A forma de transmissão do DWDM provoca interferência entre os diferentescanais de transmissão, que são os chamados efeitos não lineares. Para evitá-los, a fibraóptica deve operar com dispersão diferente de zero. No entanto, tais tipos de fibra sãoutilizados para transportar qualquer tipo de protocolo.

Conforme pode ser visto, existem atualmente diversos tipos de fibras ópticas e quedeterminam a aplicação mais adequada, buscando uma melhor qualidade para atransmissão. Cabe ao projetista escolher o tipo mais adequado de acordo com ascaracterísticas da aplicação e do protocolo, bem como do meio ambiente a ser empregado.

3. Acesso via Rádio

Wireless é uma tecnologia que utiliza ondas de rádio em alta freqüência. Osserviços que transportam dados wireless incluem pacotes de dados digital celular (CellularDigital Packet Data – CDPD), sistema de rádio por pacote (Packet Radio System) eserviços de comunicação pessoal (Personal Communication Services – PCS).

De acordo com projeções de analistas da indústria de wireless nos Estados Unidos,dentro de um ano, um em cada três americanos terá um telefone wireless.

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4. Acesso via Satélite

Do ponto de vista de um terminal remoto, pode-se classificar a comunicação porsatélite, em comunicação simétrica e assimétrica. Nas comunicações simétricas tanto arecepção quanto a transmissão são suportadas no satélite. Nas comunicações assimétricas arecepção é suportada via satélite e a transmissão (no caso de haver necessidade detransmitir informação) é suportada em tecnologia alternativa, se esta se revelar maiseconômica e a qualidade permitir.

Um dos grandes problemas do acesso via satélite é o seu retardo causado pelasubida e descida do sinal que é da ordem de 200 milesegundos.

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ANEXO C – APLICATIVOS DE REDE

1. Aplicativo Correio Eletrônico

Um sistema de correio eletrônico é orientado para a troca de mensagens edocumentos entre pessoas, sem exigir que a fonte e o destino dos dados estejam ativossimultaneamente. Esta funcionalidade transformou-o no sistema computacional maisconveniente para o envio de informações, tornando-o estratégico no processo de automaçãoe execução de atividades dentro do conceito de grupo de trabalho.

Com o advento da Internet comercial, um percentual elevado das transações decorreio eletrônico entre Organizações passou a ocorrer através da Web. As grandesinstituições vêm adotando o seguinte modelo para os serviços de mensagens:

a) Uso da Internet, em padrão SMTP, para troca de mensagens com osfornecedores, clientes e público;

b) Adoção de solução interna, corporativa, calcada em produtos de mercado,com o propósito de permitir a implantação de sistemas de workflow,automação de escritórios e troca de correspondências formais.

Tal aplicação tem demandado volumes significativos, no entanto, não exigem altasqualidades de serviços, com baixas taxas de erro e disponibilidade.

2. Aplicativo Vídeo-conferência

Vídeo-conferência é um sistema de comunicação a distância que envolve otransporte de voz, imagens, vídeo e eventualmente textos e elementos de prancheta detrabalho/projetos, minimizando o ambiente de inter-relacionamento das reuniões pessoais.

Os sistemas de vídeo-conferência cobrem uma larga faixa de propósitos,funcionalidades e ambientes de comunicação, alastrando-se de sistemas um-para-umenvolvendo microcomputadores em uma rede local, até muitos-para-muitos comequipamentos com qualidade de televisão e rede de área abrangente.

A vídeo-conferência é uma aplicação isocrônica (com necessidade estrita desincronismo temporal e banda de passagem), sendo mais apropriada para enlace dedicado.No entanto, as tecnologias disponíveis (redes físicas e protocolos de rede) nem sempre sãoadequadas para tal. Isto ocasionou o aparecimento de padrões para tratar cada ambiente demodo conveniente:

• H.320 – para redes RDSI• H.323 – para redes com protocolos TCP/IP, IPX/SPX e Netbios• H.324 – para redes telefônicas convencionais

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• H.325 – para redes ATM

Todos estes padrões tomam como referência outros, relativos a itens atômicos doserviço, como codificação de vídeo, áudio, canalização, resolução, interfaces físicas, bandade passagem, etc. Graças aos padrões H.32X estes detalhes são transparentes para ousuário.

É importante que o aplicativo oferecido esteja em conformidade com os padrõesda ITU-T e EIA-TIA, pois determinam padrões que qualidade para vídeo-conferência.

A banda de passagem alocada ao serviço de vídeo-conferência é outro item crucialpara a qualidade do mesmo, sendo este um recurso que pode ter custo significativo emambiente remoto. A grosso modo considera-se que obtém-se qualidade adequada entre 128Kbps e 384 Kbps.

Uma das métricas utilizadas para medir a qualidade da video-conferência é a taxade codificação do sinal, medida em número de frames por segundo (fps). Costuma-seutilizar para 128 kbps - 15 fps, 256 Kbps – 15 fps e 384 Kbps – 30 fps.

3. Aplicativo Transferência Eletrônica de Documentos – EDI

O sistema de mensagens EDI é uma forma de manipulação de mensagens feitopara o intercâmbio de dados eletrônico, baseado na recomendação X.435.

O serviço EDI tem sido implantado, valendo-se da estrutura do serviço de correioeletrônico – X.400, através dos módulos MTA.

Um usuário do sistema de mensagens EDI é tipicamente um processo decomputador ou uma aplicação que está engajada no ambiente EDI.

Este serviço não exige alta qualidade e, de uma maneira geral, vem sendo poucoutilizado nas redes.

4. Aplicativo de DiretórioValendo-se do fato que as máquinas só entendem o endereço binário e que os

usuários possuem um endereço lógico, passa a ser necessário o uso de algum mecanismoque converta tais endereços.

Os primeiros sistemas de diretórios atuavam como uma grande base de dados. Noentanto, à medida em que as redes foram crescendo, ficou difícil o acesso a essas bases.Para resolver este problema, foi criado o DNS (Domain Name System), que trabalha comesquema de atribuição de nomes hierárquicos, baseados em domínios.

O DNS é principalmente utilizado para mapear nomes de host e destinos demensagens de correio eletrônico na Internet e está definido nas RFCs 1034 e 1035.

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Esta é uma aplicação de suporte para outros aplicativos, não demandando altaqualidade dos serviços.

5. Aplicativos de Internet/Intranet/Extranet

Os serviços e sistemas de informação na Internet estão fluindo, de formaacelerada, para soluções de acesso a bases de dados, departamentais ou corporativas e paraa troca de documentos por e-mail, fax e conversações telefônicas.

Com o propósito de viabilizar a execução deste novo paradigma na Web, omercado está acenando rumo à concepção de sistemas de informação, dentro de umaarquitetura em três camadas. Algumas empresas estão chamando esta tendência decomputação na Web, outras de “crossware”.

A adoção de uma arquitetura em três camadas, calcada em monitores transacionaise componentes, já está permitindo às Organizações o desenvolvimento de sistemas Webcorporativos (soluções Intranet) ou sistemas entre corporações (soluções Extranet).

Os níveis de uma arquitetura em três camadas são:

a) apresentação – composta por um browser e programas de uso pessoal;

b) regras de negócio – Contendo toda a lógica do sistema, controle de páginas egerenciamento de transações;

c) armazenamento de dados – responsável pela gestão e segurança dos dados.

Nos últimos anos, o tema “Qualidade de Serviço na Internet” tem sido motivo deintensa discussão, tanto no âmbito acadêmico quanto no comercial. O largo alcance daInternet, aliado à sua crescente popularidade, a tem tornado o meio de comunicaçãopreferido pelas novas aplicações distribuídas, como vídeo remoto, conferência multimídia,realidade virtual, dentre outras. Estas aplicações caracterizam-se pela dependência emrelação ao tempo de entrega dos pacotes de dados aos destinatários. Os atrasos sofridospelos pacotes, ao longo do caminho, devem ser, de alguma forma, compensados pelaaplicação no destino. Porém, para que esta compensação seja possível, a infra-estrutura decomunicação deve prover meios de garantir que estes atrasos mantenham-se dentro delimites restritos, especificados pelas aplicações.

A Internet, desde a sua concepção, oferece apenas o serviço de melhor esforço,caracterizado pela ausência de garantias na entrega dos pacotes de dados, sendo todostratados de forma igualitária, independente dos requisitos das aplicações. Em situações decongestionamento, os referidos pacotes podem ser perdidos ou sofrer atrasosindeterminados. A inadequação desse serviço aos requisitos das novas aplicaçõesmultimídia motivou, nos últimos anos, o surgimento de várias propostas, destacando-se osmodelos de serviços integrados diferenciados e o MPLS (Multiprotocol Label Switching).

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6. Aplicativo Teleatendimento

Muitas organizações têm desenvolvido as interfaces de apresentação para seussistemas, visando proporcionar a recuperação de informações através da Internet, fax etambém de ligações telefônicas tradicionais.

Os sistemas de teleatendimento têm por finalidade propiciar o acesso a bases dedados, normalmente de domínio público, tendo o telefone como única interface com ousuário. O resultado das consultas realizadas através destes sistemas é obtido por telefoneou por fax.

Os sistemas audíveis baseiam-se em um elemento chamado URA (Unidade deResposta Audível).

A URA possui um componente de hardware e outro de software. O elemento desoftware perfaz as funções de:

a) Controle de chamadas telefônicas;b) Acesso às bases de dados da organização, a partir do tipo de consulta desejada

pelo usuário;c) Resposta, em voz, à consulta do usuário;d) Gerência de chamadas telefônicas.

O elemento de hardware é composto por microprocessador, placa de rede local(para conexão à rede local da organização) e placas de voz (para receber as chamadastelefônicas e encaminhar as respostas às consultas).

No Brasil, as principais aplicações de sistemas de resposta audível estãoimplementadas nos bancos e companhias de seguro, com funções de consulta a saldo,extrato e investimentos diversos.

Esta vem sendo uma aplicação crítica nas organizações, uma vez que estáintimamente relacionada com os clientes externos, refletindo na imagem das mesmas. Adisponibilidade é fator determinante, assim como a taxa de erro. Ambas tem que estar empatamares aceitáveis sob a ótica do cliente.

7. Aplicativo Call Center

Os Call Centers são centros de atendimento telefônico implementado por diversasorganizações com o objetivo de estreitar o relacionamento com clientes e fornecedores,melhorar o atendimento ao consumidor, realizar vendas e até mesmo buscar novosnegócios.

As soluções para implantação de Call Center aplicam as mais diversas tecnologiase funcionalidades. Com o advento da informática aplicada à telefonia, o telefone e ocomputador são reunidos para tornar mais rápido o atendimento a ligações dentro dasorganizações e agregar valor a este contato telefônico. A tecnologia de CTI – Computer

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Telephone Integration oferece um leque variado de serviços, desde os tradicionais serviços0800 aos sistemas de respostas baseados em banco de dados e correio de voz.

A tecnologia de CTI tem duas aplicações básicas: processamento de chamadas econtrole de ligações. O processamento de chamadas inclui serviços tais como atendimentoautomático, correio de voz e a URA – Unidade de Resposta Audível.

O controle de ligações é feito por softwares que acessam banco de dados pararegistrar a chamada e pesquisar todas as informações sobre o cliente para disponibilizá-lasao atendente no momento da ligação. O cliente é identificado por um equipamentoidentificador de chamadas e o próprio sistema se encarrega de recuperar as informações docliente baseado nesta identificação

A performance do serviço de Call Center pode ser mensurada através de algunsindicadores específicos de qualidade, conforme relacionados abaixo: [Tforum,00]

• Tempo Médio de Espera (TME) - É a média de tempo em segundos que ocliente aguarda na fila de espera para ser atendido por um operador. É medidoem segundos e as metas internacionais estão em torno de 20 seg para 90% doscasos;

• Taxa de abandono - É o percentual de ligações abandonadas em relação ao totalde ligações oferecidas. É medido em percentual e as metas internacionais sãode 5% (no máximo) de abandono;

• Ligações Oferecidas - Diz respeito ao total de ligações atendidas eabandonadas. Não possuem metas internacionais definidas;

• Tempo médio de Atendimento – É a média de tempo que o operador leva doinício do atendimento da chamada até sua conclusão. É medido em segundos etambém não existem parâmetros internacionais definidos.

8. Aplicativo Fale Grátis

No intuito de divulgação de produtos com o uso da telefonia como mídia, inúmerosserviços tem surgido. Os pioneiros foram os serviços 0800, seguidos do serviço 0900.Neste item será citado um serviço inovador, através dos telefones públicos.

Trata de um serviço disponibilizado a partir dos telefones públicos, onde umainstituição oferece informações de seus produtos, a partir de um número chave e o usuárioao discar este número, recebe tais informações. Esta instituição, dessa forma, libera umalinha pública para este usuário.

Esta é uma forma de um estabelecimento fazer propaganda de seus produtos com ocusto de uma ligação para o usuário.

Este serviço vem sendo disponibilizado por algumas concessionárias no Brasil como nome de Fale Grátis.

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Benefícios:

• usuário do telefone público não terá nenhum custo;• comerciante passa a ter mais uma forma de divulgação de seu produto, com custo de

uma ligação, por usuário.

9. Aplicativo E-Mail por Telefone

Vox Mail é um sistema de comunicação dotado de software que permite atransmissão e recepção de e-mail diretamente de um telefone convencional, celular ouorelhão público, ou mesmo de um pager. O produto destina-se aos provedores Internet quepretendem oferecer esta opção a seus usuários.

A utilização do Vox Mail dispensa o microcomputador e viabiliza para o telefone amaioria das operações de comunicação. Ao ligar para a central do provedor, usando umasenha o usuário ouve o assunto da mensagem disponível na caixa postal e decide sepretende ouvir o texto completo ou avançar para a próxima mensagem.

O usuário pode escolher a função de mensagem pré-gravada para respostas ouutilizar a própria voz para responder ou encaminhar o e-mail, tudo diretamente pelotelefone. Para imprimir o conteúdo da mensagem, pode-se desviá-la para um aparelho defax qualquer.

Para enviar ou receber mensagens, o usuário pode falar as mensagens pelo telefonee as palavras serão traduzidas em texto, utilizando recursos da tecnologia text-speech (textopara fala). Os usuários do serviço podem também apagar as mensagens ou arquivá-las.Mensagens sonoras podem ser enviadas desde que a outra pessoa seja usuária do mesmoserviço.

10. Aplicativo Consulta Conferência

Esse serviço permite que o cliente, mesmo falando, faça outra ligação sem desligar aprimeira. Se desejar, poderá ter uma conversação com os participantes das duas ligações.

Benefícios:

• É de fácil operação;• É um instrumento útil para agilizar decisões.

11. Aplicativo Telefone Virtual

O Serviço Público de Mensagem já se transformou no "telefone virtual" para quemainda não tem seu próprio telefone ou que precisa de um serviço de recados eficaz. Ele éum autêntico "voice mail", com um número para ser discado que armazena mensagensgravadas. Depois, as mensagens podem ser "retiradas" pelo assinante, que também discapara o serviço e fornece uma senha secreta para ouvi-las. É o telefone que pode pegar seusrecados enquanto você está aqui na Internet.

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Cada assinante recebe um número de telefone normal de sete (ou oito) algarismos, epode fornecer esse número às pessoas de quem precisa receber recados. Para personalizar, oassinante pode gravar uma saudação com sua própria voz ou usar a voz eletrônica doserviço.

O resultado é que quem liga pensa estar discando para a casa do assinante e estarsendo atendido por uma secretária eletrônica. Para ouvir as mensagens, basta ligar para onúmero do "telefone virtual", digitar a senha e seguir as indicações para ouvir asmensagens. Não são aceitas chamadas a cobrar.

12. Aplicativo Banco Interativo de Serviços

O Banco Interativo de Serviços – BIS é um banco que foi criado para empresas quedesejam obter informações no mundo do comércio eletrônico. Além de permitir transaçõesde compra e venda, o BIS ainda oferece serviços de consulta ao banco de dados daSERASA - para obter informações sobre cheques cancelados, roubados, extraviados,sustados ou de emitentes de cheques sem fundos - e o Telefácil, um sistema que permite aconfirmação dos dados do telefone do cliente.

O B.I.S. é um novo conceito de comércio eletrônico que permite realizar diversasoperações financeiras on-line com segurança e sigilo, vantajosas tanto para quem compraquanto para quem vende. Ao todo, ele engloba três serviços: o Cheque Eletrônico, quepermite o pagamento de compras por meio de cartão magnético; a consulta ao banco dedados do SERASA; e o Telefácil, para consulta ao cadastro de telefones da concessionária.

Toda a comunicação da empresa com o B.I.S. é feita por um terminal especial,conectado à sua linha telefônica. Ao terminal ficam ligados uma impressora, para emissãodos comprovantes de venda, e um Pin Pad, dispositivo composto de teclado reduzido, umapequena tela de cristal líquido e uma leitora de cartões magnéticos débito/crédito.

O uso do Cheque Eletrônico é simples: o cartão de débito do banco do cliente épassado pela leitora de cartões do terminal. Ele se conecta ao serviço B.I.S., que efetua todaa transação, bastando para isso que o consumidor digite a senha do cartão magnético. Ovalor da compra é então debitado da conta do cliente e creditado eletronicamente na contado lojista, respeitando prazos semelhantes ao da compensação do cheque papel.

13. Aplicativo Telemarketing

Trata-se de um espaço físico, dotado de infra-estrutura completa, para fazertelemarketing, que pode ser alugado por empresas. A central disponibiliza linhastelefônicas, estações de trabalho com mesa, cadeira e aparelho com headset, sala dereunião, escritório virtual com fax, computadores ligados ao serviço Plug Fácil,fotocopiadoras, linhas privativas, tarifador e ar condicionado.

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14. Aplicativo Teleconferência

Serviço de teleconferência através de qualquer tipo de telefone (convencional oucelular) com participantes sediados em quaisquer localidades do país ou do mundo. Realizaas funções de agendamento e gerenciamento de reuniões .

Oferece o serviço de reunião com todas as filiais, clientes ou fornecedores, sem terque pagar as passagens ou dispor de uma enorme sala de reuniões.Benefícios:

• Economia de tempo com deslocamentos e estrutura;• Integração e colaboração efetiva;• Decisões mais rápidas;• Respostas em tempo real.

Diferenciais e Aplicações:

• Identificação visual do nome e localidade dos participantes;• Controle da reunião através do teclado;• Notificações via fax ou telefone para todos os participantes;• Entrevistas, palestras ou treinamentos coletivos;• Apresentações ou reuniões de vendas;• Possibilidade de gravação.

15. Aplicativo Auditoria da Conta Telefônica

Trata-se de um serviço em que as contas telefônicas são disponibilizadas para ousuário, bem como a discriminação destas e a opção de pagamento, além de permitir que ousuário efetue auditoria das contas.

Geralmente utiliza-se de clientes mais sofisticados para, através de um softwareespecífico para auditoria de contas telefônicas.

16. Aplicativo Mídia em Cartão Magnético

A concessionária negocia o espaço de seus cartões telefônicos para inserção demensagens publicitárias. Em diversos países, esse espaço já é utilizado para divulgação deprodutos, serviços, campanhas e mensagens institucionais.

Segundo pesquisas, o usuário fica com um cartão telefônico por um período médiode cinco semanas, o que garante tempo de exposição maior que o oferecido por boa partedos veículos publicitários tradicionais.

O anunciante que opta por esse meio pode direcionar a distribuição dos cartões porcidade, ou seja, ele pode escolher em quais postos de serviço da concessionária os cartõescom sua mensagem publicitária devem ser vendidos.

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O preço do anúncio varia de acordo com a quantidade contratada para impressão -quanto maior a tiragem, menor o valor por unidade.

Se o anunciante optar por adquirir parte ou todo o lote de cartões, pagará o preço devenda, menos os descontos proporcionais. Isso acontece quando o objetivo é utilizar ocartão telefônico como brinde, peça promocional ou mesmo revendê-lo.

O cartão poderá ser recarregável, de fácil uso e incluir mensagens promocionais,além de poder disponibilizar alguns minutos gratuitos de ligação.

17. Aplicativo Siga-me

A onda do futuro para executivos que precisam ser achados por seus clientes é oserviço siga-me.

Este serviço permite que uma chamada, um e-mail ou fax seja enviado para umnúmero universal e único que pode tocar em sua casa, hotel, telefone celular, etc.simultaneamente e enviar uma mensagem para seu pager.

Este serviço permitirá ao cliente ser encontrado e conectado em qualquer localidadee em qualquer meio.

18. Aplicativo Cartão Pré-Pago

O cartão vem com um número de identificação sob um lacre. No verso do cartão, háa lista com os números de acesso nas principais cidades. O usuário liga para um número0800, fornece a identificação e a linha é liberada.

Um cartão, por exemplo, de 10 unidades permite, em média 3 minutos de ligaçãoentre EUA e Brasil.

Caso os créditos acabem durante a viagem, o usuário pode recarregar o cartãotelefônico, autorizando o débito em cartão de crédito.

19. Aplicativo Celular Pré-Pago

Trata-se de um serviço onde o usuário adquire cartões de valores variáveis e solicitaa habilitação do aparelho. O cartão vem com um número de ativação, que permite umquantitativo de créditos. Os aparelhos podem ser alugados, principalmente paraatendimento a usuários que estão em viagem.

O serviço foi desenvolvido para atendimento a usuários que viajam com freqüênciaou que têm uma baixa taxa de uso (da ordem de 40 chamadas ou menos).

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20. Aplicativo Telefonia Celular Via Satélite

A telefonia celular atual foi concebida para terminais instalados em viaturas, ondeos níveis de potência e condições de tráfego levaram em consideração apenas a populaçãode automóveis e seu crescimento.

A evolução tecnológica permitiu o desenvolvimento de terminais portáteis compotências até dez vezes menores e tráfego muito maior.

No entanto, o resultado foi a criação de sistema ineficiente limitado em atendimentoà demanda e anti-econômico em regiões pouco habitadas.

Alguns fatores podem ser citados como responsáveis pela evolução tecnológica, asaber:

• Tecnologia de terminais;• Sucesso explosivo dos sistemas celulares convencionais;• Hábito da comunicação em qualquer lugar e a qualquer tempo;• Difusão de sistemas ópticos de alta capacidade;• Inversão dos meios de transporte (ar x cabo).

Os serviços de voz, até então transportados por cabos metálicos passam a seracessados pelo ar (rádio, celular, satélite).

Baseado nas limitações dos atuais sistemas celulares, foram concebidos os projetosconhecidos como ECO-8 (no Brasil) e Sistema Iridium (no EUA), que utilizam satélites deórbita baixa.

.Pode-se citar os seguintes motivadores para satélite de órbita baixa:

• Crescimento exponencial do interesse pelo serviço de comunicações pessoais;• Possibilidade de cobertura em regiões remotas;• Limitações técnico-econômicas para implantação de sistemas celulares terrestres com

cobertura nacional ou global;• Possibilidade de prestação de outros serviços de valor agregado.

A relação entre o sinal recebido de um satélite geo-estacionário (36000 Km) e deum satélite de órbita baixa (750 a 2000 Km) chega a ser 2300 vezes maior, permitindo ouso de terminais portáteis.

21. Aplicativo Voz sobre Frame Relay

Uma alternativa para a integração de voz e dados é a voz sobre frame relay. Estatecnologia permite a redução de custos da rede ao integrar o tráfego de voz e dados sobreuma rede frame relay pública ou privada. Voz, dados IP e IPX, e tráfego SNA sãointegrados pela consolidação do tráfego de servidores, PABX e outros dispositivos. A

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compressão de dados também é fornecida, o que reduz ainda mais o tráfego e,consequentemente, os custos.

É importante ressaltar que a tecnologia frame relay possui artifícios que possibilitampriorizar a voz em relação a dados.

Uma alternativa de atendimento a esses clientes seria integrar estes serviços em umaúnica plataforma que concentrasse voz, dados e vídeo. Utilizando-se equipamentos comoFRADS (Frame Relay Access Device Switching).

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ANEXO D - HIERARQUIAS DE TRANSMISSÃO DIGITAL

As técnicas antigas de transmissão (TDM – Time Division Multiplexing) síncrona,particionavam os canais, dividindo-os no tempo e eram dependentes da capacidade detransmissão do meio.

Para tornar o particionamento dos frames independente dos progressos tecnológicosque tendem a possibilitar taxas cada vez maiores de transmissão, criou-se um esquema dehierarquias, conforme apresentado abaixo.

Uma hierarquia digital define um sinal básico a partir do qual é feito oparticionamento em segmentos de tempo. Através da multiplexação síncrona no tempo devários sinais básicos, é possível compor um segundo nível da hierarquia, conforme mostra afigura abaixo:

Figura 17 – Níveis da Hierarquia

Esquemas de hierarquias de transmissão têm sido utilizado em linhas telefônicasdigital, tendo passado por processos de padronização em várias entidades internacionais,sendo hoje em dia, utilizados também em transmissão de dados.

O esquema de hierarquia definido pela AT&T é um dos mais utilizados econhecidos. Esse esquema foi inicialmente utilizado para a transmissão de voz em sistemastelefônicos, no qual 24 canais de voz, de 64 Kbps cada, são transportados em um sinalbásico de 1,544 Mbps. O sistema é composto de equipamento para a codificação PCM dosinal de voz e das linhas T1 (meios de transmissão e repetidores).

T1T2 T3

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Outras hierarquias foram definidas em outros países como mostra a tabela abaixo:

Tabela 17– Definição de Hierarquias

EUA Europa Japão1,544 Mbps

(T1)2,048 Mbps

(E1)1,544 Mbps

6,312 Mbps(T2)

8,448 Mbps(E2)

6,312 Mbps

44,736 Mbps(T3)

34,368 Mbps(E3)

32,064 Mbps

274,176 Mbps(T4)

139,264Mbps(E4)

97,728 Mbps

A hierarquia européia é a hierarquia adotada pelo Brasil para telefonia digital, quepermite 30 canais de voz em um sinal básico E1 de 2,048 Mbps.

As primeiras sugestões dos grupos de estudos internacionais definiam o STM(Synchronous Transport Module), como modo de transferência, porém, estruturas de acessocom canais de taxas mais elevadas (canais H) tinham de ser definidas.

O primeiro obstáculo para essa definição era a existência de diferentes hierarquiasutilizadas (a americana, a européia e a japonesa), comumente referidas como hierarquiasplessiócronas (Plesyochronous Digital Hierarchies – PDH).

Paralelamente aos esforços do ITU-T para a definição de uma nova hierarquia detransmissão, surgia o padrão, originalmente proposto pela Bell Communications Research,para uma nova família de interfaces a ser utilizada nas redes baseadas em fibras ópticas. Talproposta incluía uma hierarquia de sinais digitais bem como a forma da multiplexaçãoutilizada, sendo denominada SONET (Synchronous Optical Network), com taxa básica de51,84 Mbps.

Depois de várias adaptações sugeridas por Japão, Europa e USA, chegou-se àdefinição da nova hierarquia de sinais digitais para a interface de nó de rede, através dasrecomendações G.707, G.708 e G.709. Surgiu então a hierarquia SDH (SynchronousDigital Hierarchies), com taxa básica de 155,52 Mbps.

Parâmetros de Qualidade em Canais SDH:

ES – Error Seconds – Total de segundos errados durante um intervalo de tempo.SES – Severely Errored Seconds – Total de segundos severamente errados durante

um intervalo de tempo.BBE – Background Block Error – Quantidade de blocos errados durante um

intervalo de tempo.UAS – Unavailable Seconds – Quantia de intervalo de um segundo pertencente a

um tempo indisponível.

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A tabela abaixo mostra os valores de referência para alguns parâmetros de qualidadedos canais SDH:

Tabela 18 -Valores de Referência

Parâmetros > 55 A 166 Mbps > 160 a 3500 MbpsES 0,16 Não EspecificadoSES 0,002 0,002BBE 0,0002 0,0001UAS Não especificado Não especificado

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O gráfico abaixo apresenta o exemplo do estado de um canal SDH, ao longo dotempo, com uma variação onde em determinados períodos o serviço está disponível e emoutros está indisponível ou em situação crítica:

Figura 18 – Estado de um Canal SDH

Onde o sistema se mostra disponível com SES < 10-5, ES < 10-10, BBE < 10-12

Sistema Indisponível

Sistema Totalmente Degradado

Sistema Degradado

Sistema Disponível

Tempo

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ANEXO E - CONCEITUAÇÃO DE GERÊNCIA

Este ANEXO abordará os conceitos básicos de gerência, segundo os padrõesestabelecidos pela norma ISO [ISO 7498-4] [BRISA,92].

1. Gerência de Problemas

Tem por objetivo controlar cada desvio ocorrido em qualquer elemento da rede e asupervisão de alarmes, assegurando que sempre existirá um responsável pela solução dosproblemas, além de considerar aspectos de prazos para solução, instâncias para recorrênciae composição de uma memória técnica que possibilite o aproveitamento das experiênciasadquiridas.

Fases da gerência de problemas:

• Reconhecimento do problema: Nesta fase, deve-se identificar a(s) causa(s)do problema, no nível necessário para que se iniciem as ações corretivas.

• Registro do problema: Nesta fase é associado um código para o problema,que ficará de posse do usuário para acompanhamento da solução.

• Resolução do problema: Tem por objetivo efetuar o planejamento, execuçãoe o controle das ações corretivas para reparo, substituição ou modificação doagente causador do problema.

• Fechamento do problema: Mantém um arquivo de problemas levantados e assoluções encontradas, permitindo no futuro soluções mais rápidas parasituações que venham a se repetir.

Atividades da Gerência de Problemas:

Notificação do Problema, obtida a partir de:

• dificuldades reportadas por usuários;• emissão de alertas e alarmes de ferramenta de gerência;• monitoração da rede.

Tratamento inicial do problema, realizado através de:

• contato com o usuário para obter detalhes do problema;• abertura de chamado e repasse do código do problema ao usuário.

Execução de rotinas de “check-list”:

• checar a configuração física e lógica da rede e seus elementos;• checar erros de operação;• consultar a base de problemas para identificar casos semelhantes e as

respectivas soluções;• determinar o nível de severidade do problema;

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• cadastrar as informações.

Identificação do problema:

• levantar a documentação e os diagramas da rede;• efetuar prognósticos;• consultar especialistas e estabelecer hipóteses de causa e efeito;• apontar as causas dos problemas e as correções recomendadas;• quando necessário, contatar fornecedores.

Aprovação e implementação da solução:

• obter aprovação para implementar a solução dos problemas;• notificar os usuários sobre as correções;• acionar a gestão de configuração para implementar as correções.

Atualização dos dados e encerramento do problema:

• atualizar a documentação da rede;• atualizar a base de histórico de problemas;• encerrar o problema.

Monitoração após a resolução do problema:

• avaliar o impacto do problema;• analisar a base de problemas, visando detectar a freqüência de ocorrências

semelhantes, respondendo às questões: Como o problema poderia ter sidoevitado? O que foi aprendido?

2. Gerência de Configuração

É o processo de planejamento, organização, direcionamento e controle dasatividades que envolvem alterações, implementações e controle de inventário da rede.Abrange os seguintes elementos:

• servidores de dados, comunicação e demais;• estações de trabalho a nível de hardware e software instalados;• impressoras;• aplicativos;• componentes de rede - hubs, concentradores, roteadores;• usuários.

O principal objetivo da gerência de configuração é manter uma base de dadosatualizada, com informações detalhadas sobre cada recurso da rede. Tal procedimento visamaximizar o nível de informações sobre estes elementos, durante a solução de problemas e

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assegurar que as mudanças a serem efetuadas na rede não tenham impacto negativo sobreos serviços disponíveis.

A manutenção desta base deverá ser efetuada por ferramenta apropriada, quepermita a atualização dos itens:

• cadastro do software instalado na rede;• cadastro de equipamentos (servidores, estações de trabalho, impressoras, hubs,

concentradores, roteadores), contendo o fornecedor, modelo e número desérie;

• mapa de conexões da rede;• cadastro de endereços lógicos;• cadastro de usuários.

Fases da Gerência de Configuração:

• Registro e avaliação de mudanças: Informa o objetivo e as conseqüências dedeterminada mudança para o ambiente.

• Planejamento para implantação: Planeja a implantação de mudanças,observando os possíveis impactos no ambiente operacional e prevendotambém um eventual retorno à situação anterior.

• Testes e aprovação da mudança: Avalia as alterações propostas, de modo aobservar os impactos gerados, tendo como objetivo final a sua aprovação.Nesta fase, deve-se garantir o retorno da rede à situação anterior, caso amudança proposta não tenha alcançado o sucesso almejado.

• Implantação e acompanhamento: Objetiva acompanhar as alteraçõesensejadas, registrando todas as ocorrências advindas (principalmente as nãoprevistas na fase de planejamento).

• Registro e encerramento: Compara o que foi proposto com o que foiimplementado. Em caso de sucesso, o registro da mudança deve serarquivado. Em caso de insucesso, deve ser acionado o gestor de configuração,para reavaliação dos procedimentos.

Atividades da Gerência de Configuração:

• Cadastro dos usuários, informando: nome, telefone, endereço, fax.• Cadastro dos equipamentos, informando: modelo, série, patrimônio, marca e

configuração.• Cadastro do software: nome, tipo, versão, fornecedor e locais de instalação.• Associação dos recursos de rede a seus respectivos usuários:

• Inserção (ou retirada) de uma estação de trabalho na rede:• registrar, através de ferramenta apropriada, a atividade de inserção;• verificar a adequação de área no local designado para a instalação;• verificar os limites de conexão do segmento da rede;• verificar se a estação preenche os requisitos mínimos exigidos de RAM,

disco, placa de rede, teclado padronizado, vídeo;

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• configurar a estação;• instalar a placa de rede;• instalar os software de acesso à rede;• estabelecer o endereçamento da estação;• verificar o funcionamento da estação;• registrar a estação na base de inventário.

• Inserção (ou retirada) de um servidor de arquivos na rede:• registrar a atividade de inserção do servidor na rede;• verificar os limites físicos do segmento da rede;• verificar se o equipamento preenche os requisitos mínimos exigidos pelo

sistema operacional de rede e pelo porte exigido para o servidor a nível deRAM, disco, placas de rede, vídeo, teclado, portas seriais e paralelas, CD-ROM, unidade de fita;

• configurar a placa de rede;• instalar e configurar o sistema operacional de rede;• estabelecer o endereçamento na rede local;• cadastrar os usuários e grupos de usuários;• instalar as aplicações de rede;• atribuir aos usuários os direitos de acesso a aplicações;• configurar os serviços de impressão;• cadastrar o servidor no sistema de controle de inventário.

• Inserção (ou retirada) de um servidor de comunicação e/ou roteador na rede:• registrar a atividade de inserção do servidor de comunicação na rede;• verificar os limites físicos do segmento da rede;• verificar a configuração do servidor;• instalar a placa de rede local e demais placas de comunicação;• instalar software de comunicação;• definir rotas e configurar o endereçamento de rede;• testar o servidor, de forma a que a rede local seja vista pela rede

corporativa (demais redes locais e prestadores de serviço externos);• cadastrar o servidor de comunicação no sistema de controle de inventário.

• Inserção (ou retirada) de um servidor de fax na rede:• registrar a atividade de inserção do servidor na rede;• verificar os limites físicos do segmento da rede;• verificar os quesitos do equipamento quanto a disco rígido, memória

RAM, vídeo/teclado, portas seriais/paralelas e placa de rede;• selecionar e instalar as placas de fax e de rede;• instalar o software de acesso à rede;• estabelecer endereçamento de rede;• atribuir aos usuários o direito de acesso ao serviço de fax;• cadastrar o servidor no sistema de controle de inventário.

• Inserção (ou retirada) de um servidor de dados na rede:• registrar a atividade de inserção do servidor na rede;• verificar os limites físicos do segmento da rede;

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• verificar os quesitos do equipamento quanto a disco rígido, memóriaRAM, vídeo/teclado, portas seriais e paralelas e placa de rede;

• selecionar e instalar a placa de rede;• instalar o ambiente operacional;• instalar o software de acesso à rede;• instalar o software gerenciador de banco de dados;• definir e implementar a forma de distribuição de arquivos em disco;• estabelecer o endereçamento de rede;• atribuir aos usuários os direitos de acesso;• cadastrar o servidor no sistema de controle de inventário.

3. Gerência de Desempenho

É definido como o processo responsável por investigar e analisar,quantitativamente, as redes locais e a rede corporativa, visando:

• verificar se os níveis de serviços estabelecidos estão sendo mantidos;• administrar o tráfego de dados na rede, identificando gargalos;• dar suporte operacional à rede e garantir o planejamento de capacidade.

Fases da gerência de desempenho:

• Monitoração: Trata do levantamento quantitativo dos indicadores dedesempenho da rede.

• Análise de desempenho: Decide se um eventual problema de desempenhoencontrado carece de procedimento de ajuste, ou de aumento da capacidade doparque de recursos instalados.

• Consulta, em base de informações, a experiências anteriores: Verifica asbases de experiências existentes na Organização, buscando determinar assoluções encontradas para problemas de desempenho já ocorridos.

• Formulação de hipóteses: Define as alterações necessárias à correção dasanomalias.

• Encaminhamento da solução: Encaminha as alterações que se fazemnecessárias à sintonia do ambiente ou ao processo de planejamento decapacidade.

• Avaliação de desempenho: Julga, a partir de um novo levantamentoquantitativo dos indicadores de desempenho, a eficácia da solução adotada.

Atividades da Gerência de Desempenho:

Estabelecimento de indicadores de desempenho e alertas:Caracterizar o ambiente com relação a:• sistemas operacionais de rede;• sistemas operacionais das estações de trabalho;• topologia da rede (redes locais e de longa distância);

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• características de hubs e concentradores;• padrões de comunicação e de acesso ao meio (Ethernet, ATM);• quantidade, características e localização de equipamentos.Definir os indicadores de desempenho e alertas:• número de retransmissões por segmento de rede;• taxa de colisões;• disponibilidade;• quantidade de pacotes inválidos;• taxa de utilização de recursos de rede.

Quantificar os valores limites para os indicadores de desempenho e alertas,considerando as redes locais e a rede corporativa.

Implementar, em ferramenta de monitoração apropriada, a coleta dos indicadoresde desempenho e dos alertas.

Análise dos indicadores de desempenho:

• comparar os valores coletados com os valores quantificados;• verificar as modificações ocorridas no ambiente.

Direcionamento de soluções:

• Formular hipótese de solução para os problemas de desempenho;• Recomendar alterações (a nível de configuração e alteração de rotas) para a

sintonia do ambiente;• Encaminhar ao gestor de configuração as modificações recomendadas.

Avaliação das recomendações:

• Comparar os valores obtidos quando do ajuste do ambiente, com os valoresanteriores;

• Analisar as soluções efetivadas;• Homologar as soluções e emitir relatório de desempenho.

Monitoração do ambiente:

• Verificar a emissão de alertas;• Verificar, para fins de administração, o tráfego da rede;• Tomar ações corretivas em resposta aos alertas obtidos.

4. Gerência de Segurança

Constitui-se em um conjunto de métodos e procedimentos, destinados a garantir:

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• segurança em termos de acesso físico e alimentação elétrica para os elementosda rede (hubs, concentradores, roteadores, servidores);

• segurança lógica, a nível de autenticidade, privacidade, armazenamentoconfiável de informações, sua recuperação, controle de acesso à rede eproteção contra processos destrutivos.

Fases da gerência de segurança:

• Análise e identificação de riscos: Identifica e analisa os riscos reais oupotenciais da rede, no tocante a segurança física, confidencialidade eintegridade das informações.

• Definição de estratégia: Desenvolve um plano com procedimentos paraeliminação dos riscos.

• Implantação da estratégia: Implanta o plano de segurança da rede.• Monitoração da segurança: Observa o ambiente, para verificar a efetividade

do plano de segurança.

Atividades da gerência de segurança:

• Monitoração dos alertas de atentado e violação à segurança da rede.• Auditoria dos serviços de segurança.• Geração de chaves de acesso à rede.• Atualização das listas de controle de acesso.• Geração e distribuição de senhas, direitos de acesso a aplicações/arquivos e

direitos de utilização de discos, impressoras, servidores e estações de trabalho.• Controle das tabelas de roteamento da rede.Geração de cópias de segurança (“back-up”), considerando:• cópia diária dos dados alterados desde a última cópia realizada;• cópia semanal de todos os dados do sistema;• cópia mensal de todos os dados do sistema;• guarda das cópias em local de segurança, recomendando-se para tal o uso de

cofres (ou salas cofre) construídos dentro de padrões ABNT.• Restauração do ambiente em caso de falhas.• Definição de um plano de contingência.

O software de gerenciamento deve estar capacitado a fornecer funções degerenciamento de falhas, configuração, contabilização, segurança e desempenho emambiente TCP/IP, permitindo a integração de aplicações SNMP e CMIP. Dentro das trêsáreas funcionais básicas, deverão estar implementadas funções que permitam:

Gerenciamento de Falhas

• determinar o status da rede e da conectividade entre os seus componentes;• estabelecer limites de operação dos recursos da rede, que, quando

ultrapassados, devem gerar alarmes na console de gerenciamento;

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• customizar as mensagens de notificação de eventos e diretrizes das ações aserem tomadas;

• diagnosticar problemas na rede através de testes dos protocolos IP, TCP eSNMP;

• coletar informações sobre o modo de operação dos nós da rede;• acompanhar as rotas seguidas pelos pacotes na rede.

Gerenciamento de Configuração

• atualizar, automaticamente, alterações da topologia da rede;• localizar objetos da rede para fins de inventário;• obter informações sobre os serviços TCP/IP oferecidos em nós remotos;• editar mapas de rede;• configurar e obter informações específicas sobre nós da rede;• obter informações da MIB, que podem ser apresentadas sob a forma de tabelas

ou de gráficos;• detectar, exibir e armazenar informações referentes a alterações da

configuração da rede.

Gerenciamento de Desempenho

• monitorar dados estatísticos;• obter dados históricos referentes à MIB-SNMP, que podem ser salvos em

arquivos e impressos;• definir e monitorar limites referentes a parâmetros estatísticos de operação da

rede (e.g., vazão e taxas de erro);• monitorar recursos da console de gerenciamento;

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ANEXO F - ESPECIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVICONA CAMADA DE TRANSPORTE

A camada de transporte tem como uma das principais funções a ampliação daqualidade de serviço (Quality of Service – QoS) fornecida pela camada de rede.

A qualidade de serviço pode ser caracterizada por uma série de parâmetrosespecíficos (parâmetros QoS). Entre estes podemos citar:

• retardo no estabelecimento da conexão;• retardo no encerramento da conexão;• A probabilidade de falha no estabelecimento da conexão;• A probabilidade de falha na liberação da conexão;• A vazão em cada sentido da conexão, ou seja, a taxa de bits transferidos por

segundo;• retardo médio de transferência;• retardo máximo de transferência;• A variação estatística do retardo, expressa pela variância;• A taxa de erro expressa em porcentagem dos bits transmitidos;• A prioridade na eventualidade de congestionamento;• A probabilidade de queda de uma conexão.

Alguns parâmetros QoS são estabelecidos pelo usuário, outros são informados a elepela camada de transporte. O serviço de transporte permite ao usuário especificar valorespreferenciais, valores aceitáveis e inaceitáveis, quando do estabelecimento de uma conexão.Outros parâmetros aplicam-se tanto ao serviço com conexão quanto ao serviço semconexão. É função da camada de transporte examinar os parâmetros requeridos edeterminar se pode ou não fornecer o serviço.

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ANEXO G – PARAMETRIZAÇÃO DAS MÉTRICAS

Definida a forma para catalogação dos parâmetros de qualidade, será relacionadocada fator e suas métricas que compõe o Nível de Serviço a ser estabelecido, conformeforam descritos no capítulo 2.

a) Fator Qualidade

Métrica Facilidade de Supervisões

Definição: Gerenciamento do serviço em tempo real e relato ao contratante.Recurso: Software de GerenciamentoSegmento: TratamentoIndicadores: A supervisão atua sobre os indicadores de disponibilidade, tempo de

retardo, taxa de erro ou outros indicadores de desempenho dos serviços.Coleta: Através de sistema de gerência será possível supervisionar o serviçoUnidade de Medida: Não háLimite: Não háImpacto: Falta de controle acarretando em demora na ação e ações preventivasAções: A supervisão favorecerá as ações preventivas ou corretivas, antes mesmo da

solicitação do cliente.

Métrica Informações

Definição: Disponibilização de informações ao cliente através de relatórios mensaisdos serviços, contendo a relação de circuitos ativados e pendentes deativação, relatório dos desvios ocorridos, contendo causa e tempodispendido para solução do problema desde a abertura do chamado,disponibilização e sistema de informações que poderá ser via WEB.

Recurso: Geração de Relatórios a partir de software de gerênciaSegmento: TratamentoIndicadores: Todos os indicadores de desempenho da rede poderão ser

disponibilizados ao cliente.Coleta: Através de software de gerênciaUnidade de Medida: DiversasLimite: Os limites são definidos para cada Métrica de desempenhoImpacto: Através dos relatórios os clientes poderão acompanhar os serviços que

estão sendo oferecidos pela Provedora de Serviços e avaliar o SLAacordado. Poderão ser estabelecidas multas pelo não cumprimento do SLA.

Ações: Negociação e avaliação do SLA acordado com possibilidade de açõescorretivas.

Métrica - Especificação de Pré-requisitos para Instalação dos Meios de Comunicação

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Definição: Oferecer a especificação de infra-estrutura necessária ao serviço,particularmente, no que tange a aterramento elétrico e aprovação

Recurso: Elaboração de projeto básico contendo infra-estrutura necessária aoserviço.

Segmento: TratamentoIndicadores: Não háColeta: Através de vistorias nos locais onde serão instalados os serviços.Unidade de Medida:Limite: Não háImpacto: A não especificação acarretará em problemas futuros quanto a instalação

adequada do serviço.Ações: Elaboração de projeto básico de infra-estrutura

Métrica - Característica Técnica

Definição: Corresponde a especificação técnica obrigatória ou opcional necessáriapara o serviço a ser prestado ao cliente. A especificação será inerente acada tipo de serviço, conforme exemplo abaixo:

• Oferecer, para serviço Acesso IP, o estabelecimento de VPN física;• Oferecer certificação digital e criptografia com chave de 40 bytes;• Oferecer circuitos digitais fim a fim, de alta velocidade;

• Oferecer serviços que permitam integração de voz, dados e imagem;

• Oferecer, para o serviço Internet, backbone IP baseado em comutaçãoATMou Frame Relay, através de tecnologia MPLS;

• Oferecer, para serviço Acesso IP, o estabelecimento de VPN físicacom certificação digital e criptografia com chave de 56 bytes;

• Oferecer, para serviço Acesso IP, o estabelecimento de VPN físicacom certificação digital e criptografia com chave de 64 bytes;

• Oferecer, para serviço Acesso IP, o estabelecimento de VPN físicacom certificação digital e criptografia com chave de 128 bytes;

Recurso: Pareceres técnicos quanto ao atendimento aos itens obrigatórios eopcionais.

Segmento: TratamentoIndicadores: DiversosColeta: Não háUnidade de Medida: DiversosLimite: Diversos

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Impacto: A não observância aos itens obrigatórios ou opcionais acarretará naimpossibilidade de atendimento ao usuário ou a perda de pontuaçãotécnica.

Ações: Avaliar junto a equipe técnica o atendimento aos itens solicitados.

Métrica Taxa de Reclamações

Definição: A taxa de reclamações é responsável por avaliar o quantitativo dereclamações que chega aos Centros de Atendimento, para cada serviço.

Recurso: Relatórios de Reclamações do centro de atendimento.Segmento: TratamentoIndicadores: Não háColeta: Através do centro de atendimento ao usuárioUnidade de Medida: quantitativo numéricoLimite: É estabelecido o limite de 3 chamadas para cada grupo de 100 usuários/mês.Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis, o impacto será sobre a imagem da provedora

do serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

Métrica Taxa de Reclamações de Cobertura e de Congestionamento por 1000 acessos

Definição: É a relação entre o somatório do número de reclamações de cobertura como número de reclamações de congestionamento e o número total deacessos em operação, medidas no mês.

Recurso: Relatórios de Reclamações do centro de atendimento.Segmento: TratamentoIndicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de atendimento ao usuárioUnidade de Medida: quantitativo numéricoLimite: Entre 4 a 12Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis, o impacto será sobre a imagem da provedora

do serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

Métrica Taxa de Atendimento do Centro de Atendimento

Definição: É a relação percentual entre o número total de chamadas atendidas pelasatendentes ou por sistema de auto atendimento, originadas na rede daprestadora em tempo não superior a dez segundos e o número total detentativas de originar chamadas, na hora de maior movimento, medidasno mês.

Recurso: Relatórios de Reclamações do centro de atendimento.Segmento: Tratamento

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Indicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de atendimento ao usuárioUnidade de Medida: quantitativo numéricoLimite: Entre 40 e 70Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será sobre a imagem da provedora

do serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

Métrica Taxa de Resposta ao Usuário

Definição: É a relação percentual entre o número total de correspondências, pedidosde informação, reclamações e solicitação de serviços recebidos pelaprestadora e efetivamente respondidos em até cinco dias úteis, no mês e onúmero total de correspondências, pedidos de informações, reclamações esolicitações de serviços recebidos pela prestadora, no respectivo mês,acrescido do número total de correspondências, pedidos de informações,reclamações e solicitações de serviços, relativos aos meses anteriores eainda não respondidos aos usuários.

Recurso: Relatórios de Reclamações do centro de atendimento.Segmento: TratamentoIndicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de atendimento ao usuárioUnidade de Medida: quantitativo numéricoLimite: Respostas em até cinco dias úteisImpacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem da provedora do

serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

Métrica Taxa de Atendimento Público

Definição: É a relação percentual entre o número total de usuários que compareceramaos setores de atendimento da prestadora e que foram atendidos em até 10minutos, no mês e o número total de usuários que compareceram aossetores de atendimento da prestadora.

Recurso: Relatórios de Reclamações do centro de atendimento.Segmento: TratamentoIndicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de atendimento ao usuárioUnidade de Medida: quantitativo numéricoLimite: Limite máximo de atendimento em até 10 minutos.Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem da provedora do

serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

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Métrica Número de Contas com Reclamação de Erro por 100 contas emitidas

Definição: É a relação percentual entre o número total das reclamações de contas,efetivadas pelos usuários e o número total de contas emitidas no mês.

Recurso: Relatórios de Reclamações do centro de atendimento.Segmento: TratamentoIndicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de atendimento ao usuárioUnidade de Medida: quantitativo numéricoLimite: Entre 10 e 60Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem da provedora do

serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

Métrica Taxa de Chamadas Originadas Completadas

Definição: É a relação percentual entre o número total de chamadas originadascompletadas e o número total de tentativas de originar chamadas, naHMM, no mês.

Recurso: Relatórios de Reclamações do centro de atendimento.Segmento: TratamentoIndicadores: DisponibilidadeColeta: Através do centro de atendimento ao usuárioUnidade de Medida: quantitativo numéricoLimite: Entre 30 e 60Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem da provedora do

serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

Métrica Taxa de Queda de Ligações

Definição: É a relação percentual entre o número total de chamadas completadas narede da prestadora, interrompidas por queda de ligação e o número totalde chamadas completadas na mesma rede, na HMM, no mês.

Recurso: Relatórios de Reclamações do centro de atendimento.Segmento: TratamentoIndicadores: DisponibilidadeColeta: Através do centro de atendimento ao usuárioUnidade de Medida: quantitativo numéricoLimite: Entre 1 e 5Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem da provedora do

serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

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b) Fator Desempenho

Métrica Disponibilidade

Definição: A Disponibilidade representa o percentual do tempo que um serviço estáacessível aos usuários, durante um determinado período de observação.

Recurso: Relatórios de desempenho emitidos a partir de um sistema de gerênciaSegmento: TransporteIndicadores: DisponibilidadeColeta: Através de software de gerênciaUnidade de Medida: percentualLimite: Os limites são estabelecidos em função do aplicativo. Estes valores são

expressos em percentuais, variando de 99,0% até o limite de 100% que seriateoricamente o valor máximo.

Impacto: Implica na qualidade do serviço.Ações: Efetuar correções com o intuito de evitar disponibilidades abaixo do

estabelecido.

Métrica MTBF

Definição: É o tempo médio entre um problema ou falha e outro(a) subsequente,medido em horas.

Recurso: Relatórios de desempenho emitidos a partir de um sistema de gerênciaSegmento: TransporteIndicadores: DisponibilidadeColeta: Através de software de gerênciaUnidade de Medida: horasLimite: Os limites são estabelecidos em função do aplicativo. Estes valores são

expressos em horas, variando de 2000 horas até o limite máximo de horas nointervalo de um ano.

Impacto: Implica na qualidade do serviço.Ações: Efetuar correções com o de evitar tempos entre falhas inferior ao estabelecido.

Métrica MTTR

Definição: É o tempo médio mensal gasto para recuperação de um ou maisdefeitos/problemas de cada serviço, medido em horas, comperiodicidade mensal.

Recurso: Relatórios de desempenho emitidos a partir de um sistema de gerênciaSegmento: TransporteIndicadores: DisponibilidadeColeta: Através de software de gerênciaUnidade de Medida: horasLimite: Entre 1 e 10 horasImpacto: Implica na qualidade do serviço.

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Ações: Efetuar correções no intuito de evitar tempos entre falhas inferior aoestabelecido.

Métrica Retardo

Definição: Corresponde ao retardo sofrido em decorrência dos equipamentos de rede.O retardo pode ser na rede de acesso, em decorrência de roteadores,switches, etc. ou dentro da rede, em decorrência dos comutadores de rede.

Recurso: Relatórios de desempenho emitidos a partir de um sistema de gerênciaSegmento: TransporteIndicadores: DisponibilidadeColeta: Através de software de gerênciaUnidade de Medida: Em milisegundosLimite: O retardo varia, conforme a aplicação, podendo atingir valores tais como 2

ms, 3 ms, 5 ms, etc. Não existe um limite máximo.

Impacto: Implica na qualidade do serviço.Ações: Efetuar correções com o de evitar tempos de retardo/propagação superiores

aos valores estabelecidos.

Métrica Taxa de Erro

Definição: É a quantidade máxima tolerada de bits errados, para uma quantidade debits transmitidos num meio de transporte de dados.

Recurso: Relatórios de desempenho emitidos a partir de um sistema de gerênciaSegmento: TransporteIndicadores: DisponibilidadeColeta: Através de software de gerênciaUnidade de Medida: Em milisegundosLimite: O limite varia conforme a aplicação, com valores menores que 10-5 até 10-12

Impacto: Implica na qualidade do serviço.Ações: Efetuar correções com o de evitar taxas de erros superiores aos valores

estabelecidos.

Métrica Utilização do Meio de Comunicação

Definição: Corresponde ao percentual de utilização do meio de comunicação.Recurso: Relatórios de desempenho emitidos a partir de um sistema de gerênciaSegmento: TransporteIndicadores: DisponibilidadeColeta: Através de software de gerênciaUnidade de Medida: Em percentualLimite: Variando entre 60 a 90%, conforme o aplicativoImpacto: Implica na qualidade do serviço.Ações: Efetuar correções com o de evitar percentuais acima dos limites estabelecidos.

56

c) Fator Suporte

Métrica Infra-estrutura de Comunicação

Definição: A infra-estrutura de comunicação corresponde ao suporte oferecido peloprovedor do serviço, como valor agregado, como:• Suporte oferecido através de ligação remota;• Acesso eletrônico à central de suporte remoto;• Suporte oferecido através de ligação remota gratuita;• Acesso eletrônico à central de suporte através de ligação remota

gratuita.Recurso: Não háSegmento: TratamentoIndicadores: Não háColeta: Não háUnidade de Medida: Não háLimite: Não háImpacto: Não existe um impacto direto e sim como valor agregado do serviço.Ações: Não há

Métrica – Sobressalentes

Definição: Disponibilidade de equipamento, peças e acessórios nos pontos depresença da concessionária, para reparo.

Recurso: Não háSegmento: TratamentoIndicadores: Não háColeta: Não háUnidade de Medida: Não háLimite: Não háImpacto: Não existe um impacto direto e sim como valor agregado do serviço.Ações: Não há

5.1.4. Fator Prazo

Métrica - Prazo de Ativação de Serviços

Definição: É o tempo gasto para ativação técnica e comercial de um ou maisserviços, medido em dias corridos.

Recurso: Controle do centro de provisionamento do serviçoSegmento: TratamentoIndicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de provisionamento do serviçoUnidade de Medida: diasLimite: Não existe um limite estabelecido de dias. Estes valores variam conforme o

serviço e a distância em relação a Centros Urbanos ou do ponto de presença

57

do Provedor de Serviço, atingindo valores da ordem de 5, 10, 30 dias oumais.

Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem do provedor doserviço.

Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixodos limites estabelecidos.

Métrica Prazo para Mudança de Endereço Físico

Definição: É o tempo gasto para transferência de endereço de um serviço dentro domesmo local ou para outro local diferente do original, medido em diascorridos.

Recurso: Controle do centro de provisionamento do serviçoSegmento: TratamentoIndicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de provisionamento do serviçoUnidade de Medida: diasLimite: Não existe um limite estabelecido de dias. Estes valores variam conforme o

serviço e a distância em relação a Centros Urbanos ou do ponto de presençado Provedor de Serviço, atingindo valores da ordem de 5, 10, 30 dias oumais.

Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem do provedor doserviço.

Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixodos limites estabelecidos.

Métrica Prazo para Mudanças Lógicas

Definição: É o tempo gasto para o processamento de mudanças de um ou maisserviços, a nível lógico, visando a algum tipo de adequação, queimplique ou não em paralisação do serviço, medido em horas.

Recurso: Controle do centro de provisionamento do serviçoSegmento: TratamentoIndicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de provisionamento do serviçoUnidade de Medida: horasLimite: Não existe um limite de horas. Estes valores variam conforme o serviço,

atingindo valores da ordem de 2, 4, 6 horas ou mais.Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem do provedor do

serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

58

Métrica Prazo para Alteração de Características

Definição: É o tempo gasto para alteração de um ou mais serviços, visando a mudaras características originais a nível lógico e físico, visando a mudar ascaracterísticas originais para adequação ao perfil de uma aplicação ououtras situações, tais como aumento ou redução de banda passante de umcircuito, mudança de protocolo etc.

Recurso: Controle do centro de provisionamento do serviçoSegmento: TratamentoIndicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de provisionamento do serviçoUnidade de Medida: diasLimite: Não existe um limite de dias para efetivar a alteração de características. Estes

valores variam conforme o serviço, atingindo valores da ordem de 5, 10, 15dias ou mais.

Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem do provedor doserviço.

Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixodos limites estabelecidos.

Métrica Prazo para Configuração Dinâmica

Definição: É o tempo gasto para atender demandas de configuração, parametrização,etc. de um ou mais serviços, cuja realização não implica na paralisação doserviço, medido em horas.

Recurso: Controle do centro de provisionamento do serviçoSegmento: TratamentoIndicadores: ConfiabilidadeColeta: Através do centro de provisionamento do serviçoUnidade de Medida: diasLimite: Não existe um limite de horas. Estes valores variam conforme o serviço,

atingindo valores da ordem de 2, 4, 6 horas ou mais.Impacto: Acima dos limiteis aceitáveis o impacto será na imagem do provedor do

serviço.Ações: Elaboração de ações corretivas para que as métricas sejam mantidas abaixo

dos limites estabelecidos.

59

ANEXO H – DIAGRAMAS DE FLUXO DE DADOS, TELAS EFORMULÁRIOS DESCRITIVOS

DFD NÍVEL 0

CADASTRACONTRATO

1

CLIENTE

GESTOR DESLA

D1 CONTRATOS DE SLA

DADOS DECONTRATO

CADASTRAMÉTRICAS

CALCULAMÉTRICAS

GERARELATÓRIOS

MONITORAMÉTRICAS

5

4

6

2

D2 MÉTRICAS DE QUALIDADE

HISTÓRICO DE CALCULOSD4

D3

HISTÓRICO DE MONITORAÇÃO

3

COLETADADOS

D6

DADOS DE

CLIENTEGESTOR DE SLA

CONTRATO

SERVIÇO,MÉTRICAS EMÉTRICASFÓRMULAS

DADOS DEMONITORAÇÃ

MÉTRICASDE

QUALIDADE

DADOS DEMÉTRICAS

MÉTRICAS A SEREMCALCULADAS

DADOS DE

CONTRATOSLA

DADOS DE INDICADORES

HISTÓRICO DE

a

b

b

D5 LOG DE CALCULOS DE

VALORES

MÉTRICAS PARA

DADOSDE

HISTÓRICRELATÓRIOSO

CONTRATO

DADOS DECONTRATO

DADOSCOLETADOS

DE

DADOS DEHISTÓRICOMÉTRICAS

MÉTRICAS

CLIENTECLIENTE

aa

HISTÓRICRELATÓRIOS

DADOS DE CONTRATO DE

D1 CONTRATOS DE SLA

MÉTRI

60

DFD NÍVEL 1

RECEBECONTRATOC

ADASTRACONTRATO

1.1CLIENTE

GESTOR DESLA

ANALISACONTRATOC

ADASTRAMÉTRICAS

APROVACONTRATOC

ALCULAMÉTRICAS

CADASTRACONTRATO

APROVADOMONITORA

MÉTRICAS

1.5

1.4

1.32

HISTÓRICO DE MONITORAÇÃOD15

a

b PREPARACONTRATOC

ADASTRACONTRATO

1.2

DADOS DE

DADOS DE CONTRATO

DADOS DE CONTRATO

DADOS DE CONTRATO

DADOS DE CONTRATOSLA

DADOS DECONTRAT

DADOS DE

DADOS DE

1 – CADASTRA CONTRATO

DADOS DECONTRAT

61

DFD NÍVEL 1

GESTOR DESLA

SELECIONAMÉTRICASCA

DASTRAMÉTRICAS

INCLUIFÓRMULASC

ALCULAMÉTRICAS

CADASTRAMÉTRICAS

CUSTOMIZADASMONITORAMÉTRICAS

2.45

2.34

2.22

HISTÓRICO DE MONITORAÇÃOD2

b SELECIONASERVIÇOCAD

ASTRACONTRATO

21.1

SERVIÇO E

SERVIÇO, MÉTRICAS E

DADOS DE DADOS DE

2 – CADASTRA MÉTRICAS

SERVIÇODADOS

SERVIÇO SELECIONADO

FÓRMULAS DEMÉTRICASDADOS DE

MÉTRICASDADO

62

DFD NÍVEL 1

PROCESSADADOS

COLETADOSCADASTRA

3.22

DADOS DED3RECEBEDADOS

COLETADOSCADASTRACO A O

31.1

3 – COLETA DADOS

DADOS DEINDICADORESDADOS

DADOS COLETADOSPROCESSADOSDADOS DE

CONTRATO

DADOSCOLETADOSDADOS DE

42

CALCULAMÉTRICASCA

DASTRAMÉTRICAS

GESTOR DESLA

b

VALORESMENSURADOSDADOS

63

DFD NÍVEL 1

DISCRIMINA OCALCULOCAD

ASTRACONTRATO

14.1GESTOR DE

SLA

MÉTRICAS ASEREM

CALCULADA

GERA O LOGDE

CALCULOCADASTRA

4.32

HISTÓRICO DEMONITORAÇÃO

D4

b

EFETUA OCALCULOCA

DASTRACONTRATO

41.2

DADOS DO

DADOS DEDADOS DE

CONTRATOH

4– CALCULA MÉTRICAS

DADOS COLETADOSPROCESSADODE

D5 LOG DE CALCULOS

DADOSDE

DADOS

D2 MÉTRICAS DEQUALIDADEHISTÓRI

DADOSDISCRIMINADOSD

DADOS DE MÉTRICAS

DADOS DE MÉTRICAS DE

COLETA

DE

DADOSCAD

13

MONITORAMÉTRICASC

ADASTRACONTRATO

15

64

DFD NÍVEL 1

RECEBE DADOSPARA

MONITORAÇÃOCADASTRACONTRATO

51.1

GESTOR DESLA

ARQUIVADADOS DE

MONITORAÇÃOCADASTRA

5.32

HISTÓRICO DED6

b

MONITORAMÉTRICAS

CADASTRADAS

CADASTRA

51.2

DADOS DE

DADOS DE

MÉTRICASP/

MONITORAÇÃODAD

5 – MONITORA MÉTRICAS

DADOS P/MONITORAÇÃOD

DADOS DEMONITORAÇÃ

DADOS DE MÉTRICAS

41

CALCULAMÉTRICASC

ADASTRACONTRATO

D1 CONTRATOS DE SLAHISTÓRICO

DADOS DECONTRATO DESLADADOS DE

65

DFD NÍVEL 1

RECEBEDADOS PARARELATÓRIOC

ADASTRACONTRATO

16.1

GESTOR DESLA

EMITERELATÓRIOS

CADASTRAMÉTRICAS

6.32

b PREPARARELATÓRIOS

CADASTRACONTRATO

61.2

DADOSCUSTOMIZAD

RELATÓRIOS

DADOS DERELATÓRIO

6 – GERA RELATÓRIOS

CLIENTEGESTOR DE SLA

aRELATÓRIOS FORMATADOSDADOS

D6 HISTÓRICO DE

HISTÓRICO DEMONITORAÇÃOD

66

2. Definição das Entidades Externas

Foram definidas três entidades externas, conforme especificadas abaixo:

• Cliente• Gestor de SLA

A entidade externa cliente engloba o interessado na contratação de umdeterminado serviço de telecomunicações.

A entidade externa Gestor de SLA é o responsável em estar gerenciando asmétricas de qualidade de serviço, bem como os acordos de SLA firmados com os clientes.Esta entidade é uma componente na estrutura do provedor de serviço.

3. Definição dos Bancos de Dados

Foram definidos seis Bancos de Dados, conforme especificados abaixo ediscriminados no Anexo E:

• Contratos de SLA• Métricas de Qualidade• Dados de Indicadores• Histórico de Cálculos• Log de Cálculos• Histórico de Monitoração

Estes bancos de dados serão acessados pelo sistema gestor de SLA, no intuito depermitir o calculo, a monitoração e geração de relatórios, baseado em informações dehistórico e nas coletas de dados dos sistemas legados.

4. Definição dos Processos

Os processos aqui definidos, conforme constam nos DFDs, foram baseados nomodelo básico definido para o sistema de gestão e qualimetria de métricas, apresentadosnos itens 6.2 e 6.3 deste capítulo.

Foram definidos, seis processos básicos, apresentados no DFD nível 0, conformeespecificados abaixo e discriminados no Anexo E:

• Cadastra Contrato• Cadastra Métricas• Coleta Dados• Calcula Métrica• Monitora Métrica• Gera Relatório

67

Nos DFDs de Nível 1 estão discriminados os seguintes processos, conforme abaixoespecificados e descritos no Anexo E:

• Recebe Contrato• Prepara Contrato• Analisa Contrato• Aprova Contrato• Cadastra Contrato Aprovado• Seleciona Serviço• Seleciona Métricas• Inclui Fórmulas• Cadastra Métricas Customizadas• Recebe Dados Coletados• Processa Dados Coletados• Discrimina o Cálculo• Efetua o Cálculo• Gera o Log do Cálculo• Recebe Dados para Monitoração• Monitora Métricas Cadastradas• Arquiva Dados de Monitoração• Recebe Dados para Relatório• Prepara Relatórios• Emite Relatórios

5. Definição dos Fluxos de Dados

Nos diagramas acima constam discriminados diversos fluxos de dados a qual estãodescritos no Anexo E, conforme relação abaixo:

• Contrato• Contrato Preparado• Contrato Analisado• Contrato Aprovado• Contrato SLA• Dados para o Cálculo• Dados Discriminados• Dados de Métricas• Dados de Cálculo• Dados de Indicadores• Dados de Histórico• Dados de Log• Dados para Monitoração• Dados de Relatórios• Dados Customizados

68

• Dados Coletados• Dados Coletados Processados• Dados de Contrato• Fórmulas de métricas• Histórico• Histórico de Monitoração• Métricas Monitoradas• Métricas• Métricas a Serem Calculadas• Relatórios• Relatórios Formatados• Serviço• Serviço Selecionado• Serviço e Métricas• Serviço, Métricas e Fórmulas• Valores Mensurados

6. Especificação das Telas

Este item objetiva apresentar a especificação básica, contendo os itens principais,suas características, formatos de telas e descrição das mesmas, dados estes que serãofundamentais para a elaboração do Sistema de Qualimetria. Esta especificação está baseadanos requisitos e no modelo apresentado nos itens anteriores.

O sistema deverá conter um layout de tela que permita selecionar, no menu, umitem, apresentar resultados e uma terceira parte para status ou comando, conforme formatoapresentado abaixo:

SISTEMA DE QUALIMETRIA

STATUS:

Barra de Menu

Barra deStatus

Barra deResultados

69

Barra de Menu: Deverá conter todas as opções do sistema, tais como acesso ao servidor,configuração do servidor e do banco de dados e efetivação do cálculo de qualidade.

Barra de Resultados: Deverá conter todas as informações solicitadas a partir da opçãoescolhida.

Barra de Status: Deverá conter todas as informações de status da última operaçãorealizada no servidor.

As mensagens que poderão ser recebidas na Barra de Status são:

• Servidor de Gerência de SLA inicializado com sucesso;• Servidor Inativo;• Servidor carregando dados;• Servidor preparado para receber solicitação.

A tela inicial do sistema deverá ser composta basicamente de: um ícone “Servidor”,um ícone “Cálculo de Qualidade” e um ícone de Ajuda. O ícone Servidor possibilitará ousuário configurar o servidor e a base de dados, cadastrar os dados de qualidade dosserviços, incluir os contratos, etc. O ícone “Cálculo de Qualidade” será responsável pelaexecução de cálculos periódicos e emissão de relatórios. Abaixo consta a tela inicial dosistema:

Os três ícones apresentados na tela acima poderão ser utilizados para a escolha daopção desejada.

A. Servidor

Deverá permitir a configuração do servidor e do banco de dados, além de entradasde dados tais como contratos de qualidade e modelo de qualidade.

O sistema poderá dar indicações do status do servidor, mostrando se o mesmo estáinativo (vermelho), se está carregando os objetos do banco de dados (amarelo) ou se oservidor está preparado para receber solicitações (verde).

SISTEMA DE QUALIMETRIASERVIDOR CALCULO DE QUALIDADE AJUDA

FECHAROK

70

A barra de “status” indica sempre o status da última operação realizada no servidor.

Selecionando a opção “Servidor”, o usuário deverá obter o layout de tela contendoas opções de configuração, conforme especificado abaixo:

Deverá permitir configurações no servidor, tais como:

• Configurar Banco de Dados - Permitir que sejam realizadas as configuraçõesno banco de dados, tais como nome, tipo do banco, login e senha de acesso;

• Configurar Servidor - Permitir que seja configurado o nome do servidor;

SISTEMA DE QUALIMETRIA - SERVIDOR

• CONFIGURAR BANCO DE DADOS• CONFIGURAR SERVIDOR• UTILIZAR SERVIÇO DE EVENTOS• FINALIZAR O

• CONFIGURAR BANCO DE DADOS

• CONFIGURAR SERVIDOR

FECHAROK

71

A.1. Configuração do Banco de Dados

Selecionando a opção “Configurar Banco de Dados”, o usuário deverá obter olayout de tela contendo as opções de configuração do Banco de Dados do Servidor, doColetor e do Cliente, contendo nome, tipo, login e senha de acesso, conforme especificadoabaixo:

SISTEMA DE QUALIMETRIA – SERVIDOR

CONFIGURAÇÃO DE BANCO DE DADOSNOME: _____________________________________TIPO: ______________________________________LOGIN:____________________________________SENHA:___________________________________

BANCO DE DADOS – COLETORNOME: _____________________________________TIPO: ______________________________________LOGIN:____________________________________SENHA:___________________________________

BANCO DE DADOS - CLIENTENOME: _____________________________________TIPO: ______________________________________LOGIN:____________________________________SENHA:___________________________________

ALTERAR FECHAR

BANCO DE DADOS – SERVIDORNOME: ______________________________________________TIPO: ________________________________________________LOGIN:______________________________________________SENHA:______________________________________________

BANCO DE DADOS – COLETORNOME: _____________________________________________TIPO: ______________________________________________LOGIN:_____________________________________________SENHA:_____________________________________________

BANCO DE DADOS - CLIENTENOME: ____________________________________________TIPO: ______________________________________________LOGIN:_____________________________________________SENHA:_____________________________________________

OK

72

A.2. Configuração de Servidor

Selecionando a opção “Configurar Servidor”, o usuário poderá especificar o nomedo servidor, conforme layout especificado abaixo:

Após selecionado o servidor, o sistema mostrará o layout, conforme abaixoespecificado:

SISTEMA DE QUALIMETRIA – SERVIDOR

CONFIGURAÇÃO DE SERVIDOR

• CONFIGURAR BANCO DE DADOS• CONFIGURAR SERVIDOR• UTILIZAR SERVIÇO DE EVENTOS• FINALIZ ALTERA A ALTERA R

ALTERA ALTERA

NOME DO SERVIDOR:

FECHARALTERAR OK

SISTEMA DE QUALIMETRIA – SERVIDOR X

FECHARO

OK FECHAR

73

A.2.1. Contrato de Qualidade

Selecionando a opção “Contrato de Qualidade”, o usuário deverá obter o layout detela contendo os dados de contrato a qual foram acordadas com o cliente, conformeespecificado abaixo:

Selecionando a opção “Clausulas do Contrato”, o usuário deverá obter o layout detela contendo um descritivo do contrato, conforme especificado abaixo:

SISTEMA DE QUALIMETRIA – CONTRATO DEQUALIDADE

Nº Contrato: Data:Descrição:Contratante: CID:Período de Vigência:Responsável:Perfil do SLA:

NOME DESCRIÇÃO

FECHAROK

CLAUSULAS LIMIARES DO CONTRATO SERVIÇOS

REGRAS DO CONTRATO

SISTEMA DE QUALIMETRIA – Contrato deQualidade - Clausulas

Número do

FECHARO

Clausulas:

Nº Contrato: xxxxxxxxx

OK FECHAR

74

Selecionando a opção “Limiares do Contrato”, o usuário deverá obter o layout detela contendo a definição do limiar para o cliente específico, conforme especificado abaixo:

Selecionando a opção “Serviços”, o usuário deverá obter o layout de tela contendoum descritivo do contrato, conforme especificado abaixo:

SISTEMA DE QUALIMETRIA – LIMIARES DOCONTRATO

• CONFIGURAR BANCO DE DADOS• CONFIGURAR SERVIDOR• UTILIZAR SERVIÇO DE EVENTOS• FINALIZAR

Operador do Limiar:Valor do Limiar:Período de Validade:

2h 4h 6h 8h 10h 12h 14h 16h 18h 20h 22h 24hSeg

Ter

Qua

Qui

sex

sab

dom

FECHAR

GRADE DE HORÁRIO EXECUÇÃO

OK

SISTEMA DE QUALIMETRIA – Contrato deQualidade - Serviços

Número do

FECHARO

Serviços:

Nº Contrato: xxxxxxxxx

OK FECHAR

75

Selecionando a opção “Regras do Contrato”, o usuário deverá obter o layout de telacontendo um descritivo do contrato, conforme especificado abaixo:

A.2.2. Modelo de Qualidade

Selecionando a opção “Modelo de Qualidade”, o usuário deverá obter o layout detela contendo os dados dos parâmetros de qualidade, conforme especificado abaixo:

Esta tela irá permitir o usuário entrar com os dados de qualidade para cada serviço, onde:

• Nome – Nome do serviço• Descrição – Descrição do serviço

SISTEMA DE QUALIMETRIA – MODELO DEQUALIDADE

CONFIGURAR BANCO DE DADOS• CONFIGURAR SERVIDOR• UTILIZAR SERVIÇO DE EVENTOS• FINALIZAR

Nome:Descrição:Modelo de Dados do Coletor:Parâmetros de Qualidade:Nome Descrição Sigla da

Unidade dolimiar

Tipo de Dado

FECHAR

ADICIONAR EDITAR EXCLUIR

OK

SISTEMA DE QUALIMETRIA – Contrato deQualidade – Regras do Contrato

Número do

FECHARO

Regras do Contrato:

Nº Contrato: xxxxxxxxx

OK FECHAR

76

• Modelo de Dados do Coletor – Conforme o serviço, será especificado um modelo decoletor.

• Em Parâmetros de Qualidade especificar:• Nome – Nome do parâmetro• Descrição – Descrição do parâmetro• Sigla – Sigla a ser especificada para cada parâmetro• Unidade do limiar – Se é em valor inteiro, em percentual, etc.• Tipo de Dado – Se é real ou outro

Selecionando a opção “Fórmulas”, o usuário deverá obter o layout de tela contendoas fórmulas para o cálculo das métricas, conforme especificado abaixo:

Esta tela irá permitir o usuário entrar com as fórmulas para cada parâmetro dequalidade para cada serviço, onde:

• Parâmetro de Qualidade – Nome do parâmetro• Descrição – Descrição do parâmetro.• Tipo de Dado – Inteiro ou fracionário.• Modo de agregar – Especificar se é média, somatório, etc.• Identificador – Especificar o identificador• Operações Aritméticas – Especificar as operações aritméticas a serem utilizadas (ex.

multiplicação)• Fórmula – Especificar a fórmula de cálculo

B. Cálculo de Qualidade

Deverá conter as informações dos cálculos de qualidade. Estes cálculos sãoacionados através do coletor de dados, baseados na configuração de agendamento realizada

SISTEMA DE QUALIMETRIA – FÓRMULAS

• CONFIGURAR BANCO DE DADOS• CONFIGURAR SERVIDOR• UTILIZAR SERVIÇO DE EVENTOS• FINAL FECHAR IZAR FECHAR

Parâmetro de Qualidade:Dados do Coletor:Nome Descrição Tipo de

DadosModo deAgregar

Identificador

Operadores Aritméticos:

Fórmula:

FECHARADICIONAR OK

77

no coletor. Este processo irá calcular os valores dos parâmetros operacionais de qualidadebem como os parâmetros de desempenho de serviço especificados nos modelos dequalidade. Também cabe a este processo a verificação das regras. Deverá serdisponibilizado o último período de calculado e deverá visualizar os períodos calculadosatravés do item “Histórico”.

Selecionando a opção “Cálculo de Qualidade”, o usuário deverá obter o layout detela contendo as opções de configuração de agendamento, conforme especificado abaixo:

B.1. Discriminação do Cálculo

Selecionando a opção “Discriminação do Cálculo”, o usuário deverá obter o layoutde tela contendo dados de configuração para discriminar o cálculo a ser efetuado, conformeespecificado abaixo:

Esta tela mostra todos os períodos que foram ou estão sendo calculados. Esta telamostra ainda o horário que foi solicitado o cálculo pelo coletor, bem como o período que ocálculo foi feito.

SISTEMA DE QUALIMETRIA – CALCULO DEQUALIDADE – DISCRIMINAÇÃO DO CALCULO

TIPO MÉTODO

DESCRIÇÃO

PERÍODO

SISTEMA DE QUALIMETRIA – CÁLCULO DEQUALIDADE

• DISCRIMINAÇÃO DO CALCULO(TIPO,MÉTODO,DESCRIÇÃO)

• LOG DE CALCULO DE QUALIDADE

• HISTÓRICO

TIPO MÉTODO DESCRIÇÃO PERÍODO

• DISCRIMINAÇÃO DO CALCULO(TIPO,MÉTODO,DESCRIÇÃO)

• LOG DE CALCULO

• HISTÓRICO

• EMISSÃO DE RELATÓRIOS

FECHAR

FECHAROK

OK

78

B.2. Log de Cálculo

Selecionando a opção “Log de Cálculo”, o usuário deverá obter o layout de telacontendo dados de configuração para discriminar o cálculo a ser efetuado, conformeespecificado abaixo:

B.3. Histórico

Selecionando a opção “Histórico”, o usuário deverá obter o layout de tela contendodados de configuração para discriminar o cálculo a ser efetuado, conforme especificadoabaixo:

SISTEMA DE QUALIMETRIA – CALCULO DEQUALIDADE – LOG DE CALCULO

TIPO MÉTODO

DESCRIÇÃO

PERÍODO

TIPO MÉTODO DESCRIÇÃO PERÍODO

FECHAR

SISTEMA DE QUALIMETRIA – CALCULO DEQUALIDADE – HISTÓRICO

TIPO MÉTODO

DESCRIÇÃO

PERÍODO

Horário daexecução

Início doPeríodo

Término doPeríodo

Status

FECHAR

OK

OK

79

B.4. Emissão de Relatórios

Selecionando a opção “Emissão de Relatórios”, o usuário deverá obter o layout detela contendo dados para a emissão de relatórios customizados, conforme especificadoabaixo:

Os relatórios deverão apresentar resultados das medidas efetuadas nas métricas,durante um determinado período, conforme assinalado pelo cliente. Tais relatórios deverãoser desenvolvidos para serem emitidos via Internet ou Intranet, através de apresentaçõesgráficas, listagem de medições, valores médios, discriminação por serviços ou aplicativos.

B.5. Monitoração das Métricas

O monitoramento das métricas deverá permitir a supervisão e acompanhamento dasmétricas de qualidade, bem como a verificação de situações críticas para a tomada de açõespreventivas.

SISTEMA DE QUALIMETRIA – CALCULO DEQUALIDADE - EMISSÃO DE RELATÓRIOS

TIPO MÉTODO

DESCRIÇÃO

PERÍODO

Relatório de DesempenhoContrato Nº:

Período do Relatório:

FECHAROK

80

Selecionando a opção “Monitoração das Métricas”, o usuário deverá obter o layoutde tela contendo dados para a monitoração das métricas, conforme especificado abaixo:

SISTEMA DE QUALIMETRIA – CALCULO DEQUALIDADE – MONITORAÇÃO DAS MÉTRICAS

TIPO MÉTODO

DESCRIÇÃO

PERÍODO

Contrato Nº:Parâmetros:

FECHAROK

81

Definição das Estruturas de Dados

Estrutura de Dados: Identificação do clienteDescrição Sumária: Dados que identificam o cliente para o sistema.

Estrutura de Dados: Clausulas do contratoDescrição Sumária: Descrição contendo clausulas do contrato efetivado entre oprovedor de serviço e o cliente.

Estrutura de Dados: Limiares do contratoDescrição Sumária: Valores que determinam os limites aceitáveis de cada métrica a sermensurada.

Estrutura de Dados: Regras do contratoDescrição Sumária: Descrição de regras estabelecidas entre o provedor de serviço e ocliente.

Estrutura de Dados: ServiçosDescrição Sumária: Relação de serviços a serem prestados pela provedora ao cliente.

Estrutura de Dados: Modelo de dados do coletorDescrição Sumária: Modelo de dados do coletor

Estrutura de Dados: Parâmetros de QualidadeDescrição Sumária: Discriminação dos parâmetros a serem utilizados paramensuração.

Estrutura de Dados: Dados do ColetorDescrição Sumária: Dados coletados pelo coletor, com valores mensurados de cadamétrica. Tais dados são expelidos dos sistemas legados.

Estrutura de Dados: FórmulaDescrição Sumária: Fórmula de calculo de cada métrica

Estrutura de Dados: MétricaDescrição Sumária: Dados que discriminam uma determinada métrica à sermensurada.

82

Estrutura de Dados: Discriminação do calculoDescrição Sumária: Dados de calculo das métricas de serviços

Estrutura de Dados: Log de calculoDescrição Sumária: Relação de todas as ações de qualimetria efetuadas pelo sistema.

Estrutura de Dados: HistóricoDescrição Sumária: Descrição de histórico de calculos

Estrutura de Dados: Monitoração das métricasDescrição Sumária: Dados de mensuração das métricas.

83

Definição dos Fluxos de Dados

Fluxo de Dados: ContratoOrigem-ref.: a e b Descrição: Cliente e Gestor de SLADestino-ref.: 1 Descrição: Cadastra contratoDescrição ampliada: Envio da prévia do contrato firmado entre o cliente e o provedordo serviço para acertos.

Estruturas de Dados Incluídas:Identificação do clienteClausulas do contratoLimiares do contratoRegras do contrato

Fluxo de Dados: Contrato PreparadoOrigem-ref.: 1.2 Descrição: Prepara contratoDestino-ref.: 1.3 Descrição: Analisa contratoDescrição ampliada: Contrato já acordado e na sua primeira versão

Estruturas de Dados Incluídas:Identificação do clienteClausulas do contratoLimiares do contratoRegras do contrato

Fluxo de Dados: Contrato AnalisadoOrigem-ref.: 1.3 Descrição: Analisa contratoDestino-ref.: 1.4 Descrição: Aprova contratoDescrição ampliada: Contrato na sua versão final

Estruturas de Dados Incluídas:Identificação do clienteClausulas do contratoLimiares do contratoRegras do contrato

Fluxo de Dados: Contrato AprovadoOrigem-ref.: 1.4 Descrição: Aprova contratoDestino-ref.: 1.5 Descrição: Cadastra contrato aprovadoDescrição ampliada: Contrato na sua versão final para ser cadastradoEstruturas de Dados Incluídas:Identificação do clienteClausulas do contratoLimiares do contratoRegras do contrato

84

Fluxo de Dados: Contrato SLAOrigem-ref.: 1.5 Descrição: Cadastra contrato aprovadoDestino-ref.: D1 Descrição: Contratos de SLADescrição ampliada: Contrato na versão final, constando apenas os dados a qual seremcadastrados na base de dados.

Estruturas de Dados Incluídas:Identificação do clienteClausulas do contratoLimiares do contratoRegras do contrato

Fluxo de Dados: Dados DiscriminadosOrigem-ref.: 4.1 Descrição: Discrimina o calculoDestino-ref.: 4.2 Descrição: Efetua o calculoDescrição ampliada: Dados de métricas a serem utilizados para efetuar o calculo

Estruturas de Dados Incluídas:Discriminação dos Dados

Fluxo de Dados: Dados de MétricasOrigem-ref.: 4 Descrição: Calcula métricasDestino-ref.: 5 Descrição: Monitora métricasDescrição ampliada: resultados do calculo das métricas

Estruturas de Dados Incluídas:FórmulaServiço

Fluxo de Dados: Dados de CalculoOrigem-ref.: 4.2 Descrição: Efetua o calculoDestino-ref.: 4.3 Descrição: Gera o log de calculoDescrição ampliada: Dados de calculo das métricas para gerar o log

Estruturas de Dados Incluídas:Discriminação do calculo

85

Fluxo de Dados: Dados de indicadoresOrigem-ref.: D3 Descrição: Dados de IndicadoresDestino-ref.: 3 Descrição: Coleta de DadosDescrição ampliada: São os dados recebidos da base de dados, contendo as medidasefetuadas nos indicadores.

Estruturas de Dados Incluídas:Modelo de dados do coletor

Fluxo de Dados: Dados de HistóricoOrigem-ref.: 4 Descrição: Calcula métricasDestino-ref.: D4 Descrição: Histórico de calculosDescrição ampliada: Histórico sobre todas as ultimas medidas efetuadas nas métricas.

Estruturas de Dados Incluídas:Histórico

Fluxo de Dados: Dados de LogOrigem-ref.: 4 Descrição: Calcula métricasDestino-ref.: D5 Descrição: Logo de calculosDescrição ampliada: Dados dos ultimos calculos efetuados nas métricas solicitadas paramedição.

Estruturas de Dados Incluídas:Log de calculo

Fluxo de Dados: Dados de MonitoraçãoOrigem-ref.: 5 Descrição: Monitora métricasDestino-ref.: D6 Descrição: Histórico de monitoraçãoDescrição ampliada: Todo o histórico de monitoração de uma determinada métrica

Estruturas de Dados Incluídas:Monitoração das métricas

86

Fluxo de Dados: Métricas para MonitoraçãoOrigem-ref.: b Descrição: Gestor de SLADestino-ref.: 6 Descrição: Monitora métricasDescrição ampliada: Métricas a serem monitoradas

Estruturas de Dados Incluídas:Monitoração das métricas

Fluxo de Dados: Dados de RelatóriosOrigem-ref.: b Descrição: Gestor de SLADestino-ref.: 6 Descrição: Gera relatórioDescrição ampliada: Solicitação de relatório customizado

Estruturas de Dados Incluídas:Histórico

Fluxo de Dados: Dados CustomizadosOrigem-ref.: 6.1 Descrição: Recebe dados para relatóriosDestino-ref.: 6.2 Descrição: Prepara relatóriosDescrição ampliada: Dados para a geração dos relatórios

Estruturas de Dados Incluídas:Histórico

Fluxo de Dados: Dados ColetadosOrigem-ref.: 3.1 Descrição: Recebe dados coletadosDestino-ref.: 3.2 Descrição: Processa dados coletadosDescrição ampliada: Dados que são recebidos com uma formatação e são reformatadospara serem apresentados no sistema de gestão de SLA

Estruturas de Dados Incluídas:Monitoração das métricas

Fluxo de Dados: Dados Coletados ProcessadoOrigem-ref.: 3 Descrição: Coleta dadosDestino-ref.: 4 Descrição: Calcula métricasDescrição ampliada: Recebe dados das métricas para serem monitorados

Estruturas de Dados Incluídas:Monitoração das métricas

87

Fluxo de Dados: Dados de ContratoOrigem-ref.: a Descrição: ClienteDestino-ref.: 1 Descrição: Cadastra contratoDescrição ampliada: Dados repassados pelo cliente para geração do contrato

Estruturas de Dados Incluídas:Identificação do clienteClausulas do contratoLimiares do contratoRegras do contrato

Fluxo de Dados: Fórmulas de MétricasOrigem-ref.: b Descrição: Gestor de SLADestino-ref.: 2.3 Descrição: Inclui fórmulaDescrição ampliada: Fórmulas para o calculo de uma determinada métrica

Estruturas de Dados Incluídas:Fórmula

Fluxo de Dados: Histórico de MonitoraçãoOrigem-ref.: D6 Descrição: Histórico de monitoraçãoDestino-ref.: 6 Descrição: Gera RelatórioDescrição ampliada: Dados histórico de métricas que foram monitoradas para ageração de relatórios

Estruturas de Dados Incluídas:Histórico

Fluxo de Dados: Métricas MonitoradasOrigem-ref.: 5.2 Descrição: Monitora métricas cadastradasDestino-ref.: 5.3 Descrição: Arquiva dados de monitoraçãoDescrição ampliada: dados de métricas que já foram monitoradas e serão arquivadasno BD de histórico.

Estruturas de Dados Incluídas:Monitoração das métricas

Fluxo de Dados: MétricasOrigem-ref.: b Descrição: Gestor de SLADestino-ref.: 2.2 Descrição: Seleciona métricasDescrição ampliada: O gestor cadastra as métricas

88

Estruturas de Dados Incluídas:Parâmetros de qualidade

Fluxo de Dados: Métricas a Serem CalculadasOrigem-ref.: b Descrição: Gestor de SLADestino-ref.: 4 Descrição: Calcula métricasDescrição ampliada: O gestor informa quais as métricas que deverão ser calculadas

Estruturas de Dados Incluídas:Monitoração das métricas

Fluxo de Dados: RelatóriosOrigem-ref.: 6.2 Descrição: Prepara relatóriosDestino-ref.: 6.3 Descrição: Emite relatóriosDescrição ampliada: O relatório após preparado, segundo necessidade do cliente, éenviado para ser emitido.

Estruturas de Dados Incluídas:Histórico

Fluxo de Dados: Relatórios FormatadosOrigem-ref.: 6.3 Descrição: Emite relatóriosDestino-ref.: a Descrição: ClienteDescrição ampliada: O relatório formatado é entregue ao cliente

Estruturas de Dados Incluídas:Histórico

Fluxo de Dados: ServiçoOrigem-ref.: b Descrição: Gestor de SLADestino-ref.: 2.1 Descrição: Seleciona serviçoDescrição ampliada: O gestor informa qual o serviço a ser selecionado paracadastramento das métricas específicas.

Estruturas de Dados Incluídas:Serviços

Fluxo de Dados: Serviço SelecionadoOrigem-ref.: 2.1 Descrição: Seleciona serviçoDestino-ref.: 2.2 Descrição: Seleciona métricasDescrição ampliada: É repassado os dados de serviço

Estruturas de Dados Incluídas:Serviço

89

Fluxo de Dados: Serviço e MétricasOrigem-ref.: 2.2 Descrição: Seleciona métricasDestino-ref.: 2.3 Descrição: Inclui fórmulasDescrição ampliada: É repassado os dados de serviço e suas respectivas métricas

Estruturas de Dados Incluídas:ServiçoMétrica

Fluxo de Dados: Serviço, Métricas e FórmulasOrigem-ref.: 2.3 Descrição: Inclui fórmulaDestino-ref.: 2.4 Descrição: Cadastra métricas customizadasDescrição ampliada: É repassado para cadastramento o serviço, suas métricas efórmulas de calculo.

Estruturas de Dados Incluídas:ServiçoMétricaFórmula

Fluxo de Dados: Valores MensuradosOrigem-ref.: b Descrição: Gestor de SLADestino-ref.: 3 Descrição: Coleta de DadosDescrição ampliada: O gestor informa quais os valores de cada métrica a qual deverãoser mensurados

Estruturas de Dados Incluídas:Monitoração das métricas

90

Definição dos Depósitos de Dados

Depósito de Dados: Contratos de SLA Referência: D1Descrição: Todos os contratos de SLA a serem cadastrados e monitorados

Fluxos de Dados que Entram Fluxos de Dados que SaemContrato SLA Dados de contrato SLA

Conteúdo:Identificação do Cliente

Número-do-contratoNome-do-clienteTelefoneContato

Clausula do ContratoNúmero-do-contratoDataContratantePeríodoResponsávelPerfil-do-SLAParâmetros-de-qualidade

Limiares do ContratoGrade-de-horárioOperadores-logicosPeríodo-de-vigênciaValor-do-contrato

Regras do ContratoDescriçãoPeríodo-de-vigênciaCondiçãoAçãoGrade-de-horário

ServiçosDescrição-dos-serviços

91

Depósito de Dados: Métricas de Qualidade Referência: D2Descrição: Cadastro de todas as métricas a serem monitoradas (métricas específicas egenéricas).

Fluxos de Dados que Entram Fluxos de Dados que SaemDados de métricas Métricas de qualidade

Conteúdo:Métricas de Qualidade

NomeDescriçãoModelo de dados do coletorParâmetros de qualidade

NomeDescriçãoSigla da unidade do limiarUnidade do limiarTipo de dado

FórmulaNomeDescriçãoTipo de dadosModo de agregarIdentificadorOperadores aritméticosFórmula

Depósito de Dados: Dados de Indicadores Referência: D3Descrição: Dados que são recebidos de outros sistemas de gerência que são repassados parao banco de dados sobre outra formatação.

Fluxos de Dados que Entram Fluxos de Dados que SaemDados vindos de outros sistemas de gerência Dados de indicadores

Conteúdo:Dados do coletor

NomeDescriçãoTipo de unidade do limiarTipo de dadoUnidade do limiarNome do indicadorValores mensurados

92

Depósito de Dados: Histórico de Cálculos Referência: D4Descrição: Cadastro de todas as métricas a serem monitoradas, suas fórmulas, limiares,ações, etc.

Fluxos de Dados que Entram Fluxos de Dados que SaemDados de histórico Histórico

Conteúdo:Discriminação do calculo

TipoMétodoDescriçãoPeríodo

HistóricoHorário da execuçãoInício do períodoTérmino do períodoStatus

Depósito de Dados: Log de Cálculos Referência: D5Descrição: Cadastro o log do sistema, com informações sobre todas as transações efetuadasde cálculos.

Fluxos de Dados que Entram Fluxos de Dados que SaemDados de Log Log

Conteúdo:Log de calculo

TipoMétodoDescriçãoPeríodo

93

Depósito de Dados: Histórico de Monitoração Referência: D6Descrição: São arquivados todos os dados de métricas a qual foram monitoradas.

Fluxos de Dados que Entram Fluxos de Dados que SaemDados de Monitoração Histórico de Monitoração

Conteúdo:Monitoração das métricas

Contrato númeroParâmetrosApresentação de valores

Nome da métricaValor

94

Definição dos Processos

Processo: Cadastra Contratos Referência: 1Descrição: Processo responsável em cadastrar os contratos que são firmados entre oprovedor e o cliente.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados de contrato dados retirados do contrato original Contrato A serem cadastrados no sistema Contrato SLA

Processo: Cadastra Métricas Referência: 2Descrição: Processo responsável em cadastrar cada métrica a ser mensurada, bem como suasfórmulas de calculo.

Entradas Resumo Lógico SaídasServiço, métricas e Para o cadastro da métrica é in- Dados de MétricasFórmulas formado os dados de serviço, suas métricas e devidas fórmulas.

Processo: Coleta Dados Referência: 3Descrição: Processo responsável em coletar os dados de outros sistemas legados.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados de Indicadores Os sistemas legados repassam Dados coletados processadosValores Mensurados dados dos indicadores mensura- dos.

Processo: Calcula Métricas Referência: 4Descrição: Processo responsável em efetuar o calculo das métricas.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados coletados processados Cálculos efetuados por Dados de históricoMétricas de Qualidade métrica, baseado Dados de LOG nas fórmulas Dados de métricas

95

Processo: Monitora Métricas Referência: 5Descrição: Processo responsável em elaborar a monitoração das métricas que foramcadastradas.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados de métricas Efetua a monitoraçãoMétrica para monito- de cada métrica Dados de monitoraçãoRação

Processo: Gera Relatórios Referência: 6Descrição: Processo responsável em gerar os relatórios segundo o padrão estabelecido pelocliente.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados de relatórios Relatórios formatadosHistórico de monito-Ração

Processo: Recebe Contrato Referência: 1.1Descrição: Processo responsável em cadastrar os contratos no sistema.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados de contrato contratoContrato

Processo: Prepara Contrato Referência: 1.2Descrição: Processo responsável em preparar o contrato, segundo clausulas estabelecidasentre o provedor e o cliente.

Entradas Resumo Lógico SaídasContrato contrato preparado

96

Processo: Analisa Contrato Referência: 1.3Descrição: Processo responsável em analisar o contrato para ajustes finais

Entradas Resumo Lógico SaídasContrato preparado contrato analisado

Processo: Aprova Contrato Referência: 1.4Descrição: Processo responsável em aprovar o contrato após a aprovação

Entradas Resumo Lógico SaídasContrato analisado contrato aprovado

Processo: Cadastra Contrato Aprovado Referência: 1.5Descrição: Processo responsável em cadastrar o contrato no sistema.

Entradas Resumo Lógico SaídasContrato aprovado contrato SLA

Processo: Seleciona Serviço Referência: 2.1Descrição: Processo responsável em selecionar o serviço a ser monitorado.

Entradas Resumo Lógico SaídasServiço serviço selecionadoMétricas

97

Processo: Seleciona Métricas Referência: 2.2Descrição: Processo responsável em selecionar as métricas para cadastramento no sistema.

Entradas Resumo Lógico SaídasServiço selecionado serviço e métricas

Processo: Inclui Fórmulas Referência: 2.3Descrição: Processo responsável em incluir as fórmulas no sistema, referentes a cadamétrica.

Entradas Resumo Lógico SaídasServiço e métricas Dados de métricas Serviço,métricas e fórmulasFórmulas de métricas

Processo: Cadastra Métricas Customizadas Referência: 2.4Descrição: Processo responsável em cadastrar as métricas, com suas devidas fórmulas, nobanco de dados.

Entradas Resumo Lógico SaídasServiço, métricas efórmulas Dados de métricas

Processo: Recebe Dados Coletados Referência: 3.1Descrição: Processo responsável em receber os dados de indicadores, dos sistemas legadospara serem cadastrados no banco de dados.

Entradas Resumo Lógico SaídasValores mensurados Dados de métricas Dados coletadosDados de indicadores

98

Processo: Processa Dados Coletados Referência: 3.2Descrição: Processo responsável em selecionar os dados e incluir no bancode dados paraconsulta posterior.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados coletados Dados coletados processados

Processo: Discrimina o Cálculo Referência: 4.1Descrição: Processo responsável em discriminar o calculo a ser feito para cada métrica.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados para o calculo Dados discriminados

Processo: Efetua o Cálculo Referência: 4.2Descrição: Processo responsável em efetuar o calculo das métricas

Entradas Resumo Lógico SaídasDados coletadosprocessados Dados de métricasMétricas de qualidade Dados de calculo Dados de histórico

Processo: Gera o Log de Cálculo Referência: 4.3Descrição: Processo responsável em gerar o log de todos os cálculos de métricas efetuadospelo sistema.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados de calculo Dados de Log

99

Processo: Recebe Dados para Monitoração Referência: 5.1Descrição: Processo responsável em receber os dados do gestor de SLA que deverão sermonitorados.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados para monitoração Dados para monitoraçãoDados de métricas

Processo: Monitora Métricas Cadastradas Referência: 5.2Descrição: Processo responsável em monitorar as métricas que foram cadastradas nosistema.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados para monitoração Métricas monitoradas

Processo: Arquiva Dados de Monitoração Referência: 5.3Descrição: Processo responsável em arquivar no banco de dados os resultados dasmonitorações efetuadas pelo sistema.

Entradas Resumo Lógico SaídasMétricas monitoradas Dados de monitoração

Processo: Recebe Dados para Relatório Referência: 6.1Descrição: Processo responsável em receber do gestor de SLA informações de que tipo derelatório deverá ser gerado pelo sistema.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados de relatórios Dados customizados

100

Processo: Prepara Relatórios Referência: 6.2Descrição: Processo responsável em preparar o relatório, baseado nos dados de monitoraçãoque estão contidos no banco de dados.

Entradas Resumo Lógico SaídasDados customizados RelatóriosHistórico de monitoração

Processo: Emite relatórios Referência: 6.3Descrição: Processo responsável na emissão de relatório baseado na formatação solicitadapelo cliente.

Entradas Resumo Lógico SaídasRelatórios Relatórios formatados

101

ABSTRACT

The quality of telecommunication services, as well as that of other products in the

telecommunications area, is strongly dependent on users subjective impressions. Such

impressions can be measured and evaluated by means of objective factors and criteria,

according to a Service Level agreed between the service provider and the client.

With the privatization and the growing need to improve the quality of services

rendered, as well as with the growing demand for better quality services, due to

globalization, organizations began investing in service quality management processes.

Therefore, in the present telecommunications scenario, it is necessary to apply an

efficient methodology, which allows the measurement and management of

telecommunication services quality and be in accordance with the ISO 9000 norms and

international standard.

This paper discusses aspects related to Service Quality Management and presents a

methodology with the objective to allow companies to implement efficient processes to

measure and monitor service quality in telecommunications.

This methodology is inserted in the politic and quality of service

process discribed in international norms and standards. There is also one

proposal to a metrics catalog model, as well as a basic especification to

service quality system.

102

Keywords

Telecommunication; Service Level; Qualimetry; Quality of Managemment; Service

Level Agreement.

103

GLOSSÁRIO

ADSL – Asymmetric Digital Subscriber Line – Tecnologia para transmissão digitalassíncrona

AMBIENTE DE TELECOMUNICAÇÕES – Ambiente que engloba as áreas detelecomunicações e Informática.

AMPS – Advanced Mobile Phone System – Sistema para telefonia móvel.

ATM – Assinchronous Transfer Mode – Protocolo assíncrono

BACKBONE – Um link de rede que engloba múltiplos domínios de uma corporação ou deum provedor de serviços.

CPE - É a sigla para Customer Premises Equipment. Este termo é utilizado para designaros equipamentos terminais de rede situados dentro dos limites de propriedade de umusuário, ou seja, equipamento instalado no ambiente (site) do cliente.

CALL CENTER - Centro de atendimento de chamadas com recursos de operadora.

CENTRO DE ATENDIMENTO – É o órgão responsável pelo atendimento, através decontato telefônico, das reclamações e solicitações de serviços.

CPA – Central de Controle de Programa Armazenado – Central Digital Programada.

CPU – Central Processing Unity – Unidade de processamento Central.

CTI – Computer Telephone Integrated – Sistema de telefonia integrada

DDR – Discagem Direta à Ramal

DNS – Domain Name System – Sistema de catalogação de nomes

EVENTO – Uma ocorrência que mudou o status global de um determinado objeto

ERB – Estação Rádio Base – É a estação fixa do serviço móvel celular usada pararadiocomunicação com estações móveis.

FRAD – Frame Relay Acess Device – Equipamento para acesso via protocolo FrameRelay.

GSM – Global System for Mobile – Sistema para telefonia móvel.

104

HMM – Hora de Maior Movimento – Período de 60 minutos consecutivos, durante o dia,em que o volume de tráfego é máximo.

ISP – Internet Service Provider – Provedor de acesso à internet.

LAN – Local Area Network – Rede local

MTBF – Tempo Médio Entre Falhas

MTTR – Tempo Médio Para Reparo

MPLS – Multiprotocol Label Switches – Protocolo que implementa parâmetros dequalidade.

PVC – Permanent Virtual Circuit – Circuito virtual permanente.

QoS – Quality of Service – Qualidade de serviço.

RI – Rede inteligente gerenciada e programada

RAS – Remote Acess Server – Servidor de acesso remoto

RTPC – Rede Telefônica Pública Comutada.

SMTP – System Message Transmited Protocol – Protocolo para transmissão de mensagens

SNMP – System Network Managemment Protocol – Protocolo para gerenciamento de rede

SLA – Service Level Agrimment – Acordo de nível de serviço

SLM – Service Level Mannegement – Gerenciamento de acordo de nível de serviço

SNA – System Networking Arquitecture – Arquitetura de rede da IBM.

SERVIDOR – Estação de trabalho em uma rede de computadores que fornece serviçospara as outras estações de trabalho.

TCP/IP – Transmited Control Protocol/Internet Protocol – Protocolo da internet

URA - Unidade de Resposta Audível.

VPN – Virtual Privated Networking – Redes virtuais privadas

WAN – Wide Area Network – Redes remotas