Jornal eja2 2corrigido ok
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Transcript of Jornal eja2 2corrigido ok
O bairro Parque Los Angeles, distante à pouco mais de 22 quilômetros do centro de São Bernardo do Campo, é uma região cortada pela Estrada Galvão Bueno e pelas áreas de mananciais cercando a represa Billings. Trata-se de uma região carente de servi-ços públicos, entre eles a rede de transportes. O bairro conta com três linhas de ôni-bus: duas municipais, da em-presa SBCTrans, com destino aos bairros do Rudge Ramos e Industrial e uma intermuni-cipal, da empresa Viação ABC que atende até à esta-ção ferroviária de Santo An-dré.
De acordo com moradores, os ônibus municipais, em especial os que atendem a linha 13 (Rudge Ramos) tem intervalos de até 1 hora du-rante o dia. “Acho um absur-do ter que esperar uma hora
o ônibus ainda em horário de pico, sempre chego atrasada aos meus compromissos”, afirma Clemilda dos Santos Silva, diarista, moradora e usuária do sistema. Outros usuários que foram aborda-dos pela nossa equipe de reportagem confirmam a de-mora pela espera dos coleti-vos nos pontos em que a linha atende. Usuários que dependem desse transporte alegaram à nossa equipe que até hoje alguns coletivos es-tão em mal estado de conser-vação, com janelas que não abrem, poucos lugares para pessoas acima de 60 anos e deficientes na área que ante-cede a catraca e em algumas vezes alguns coletivos che-gam a quebrar em meio ao trajeto. Outros problemas enfrentados pelos passagei-ros são a superpopulação, a quantidade de coletivos, a preferência aos idosos e aos
cadeirantes, motoristas im-prudentes na condução dos veículos, má qualidade no serviço prestado em relação ao preço da tarifa que é de R$ 3,00 (três reais). “O ôni-bus demora e vem lotado e uma vez enquanto estava entrando, o motorista arran-cou com o ônibus comigo na porta”, diz Judite Fernandes de Freitas Silva, auxiliar de limpeza e passageira da linha 13. Os moradores de São Bernardo fazem do ônibus um meio de transporte para se locomover pela cidade e chegarem aos seus destinos.
A EMEB Octávio Edgard de Oliveira está localizada no Parque Los Angeles à Rua João Saldanha, nº 424, e conta com o curso de EJA- Educação de Jovens e Adul-tos do primeiro e do segundo segmentos. O 1º segmento contempla da 1ª a 4ª série e o 2º segmento da 5ª a 8ª série.
A EJA possui uma equipe com profissionais competen-tes, alimentação, material didático e toda a infraestrutu-ra para os educandos.
Os profissionais trabalham em equipe e desenvolvem projetos significativos volta-dos para o desenvolvimento da cidadania dos jovens e adultos. Este jornal fez parte de um destes projetos no qual os alunos tiveram a oportunidade de aprender sobre gêneros textuais, pro-cedimentos de pesquisas, utilizando a tecnologia e so-bretudo a função do jornal na nossa sociedade.
Se você ainda não completou
o ensino fundamental, junte-se a nós e venha fazer parte de nossa equipe de alunos.
Teremos um imenso prazer
em recebê-los.
EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
EJA UMA EDUCAÇÃO QUE VALE A PENA
Ônibus é a única opção de transporte
no Parque Los Angeles
Mês Outubro/2014
NOTÍCIAS OCTÁVIO EDGARD
Nesta edição:
CARTA AO LEITOR 2
CLASSIFICADOS 2
ESTRANGEIRISMO 3
ÁGUA NOSSA DE
CADA DIA
4
DISTRIBUIÇÃO DE
ÁGUA
5
TRANSFORMA-
ÇÕES NO BAIRRO
5
INDICAÇÃO
LITERÁRIA
6
CRÔNICA
INSATISFAÇÃO
7
FOTOS/SOCIAL 7
RECLAMAÇÕES 8
ENTRETENIMENTO 8
EMEB OCTÁVIO
EDGARD DE OLIVEIRA
Volume 1 edição 1
Caro Leitor,
É com muita satisfação que paramos
para escrever a carta ao leitor da
primeira edição do nosso jornal.
NOTÍCIAS OCTÁVIO EDGARD)
vem esclarecendo alguns assuntos
que, a nosso ver, são importantes não
só para a comunidade escolar, como
também para os moradores do Par-
que Los Angeles, bairro em que está
inserida a EMEB Octávio Edgard de
Oliveira.
Começamos por tratar da falta de
segurança no bairro e, chegamos à
conclusão, que aqui há escassez em
todos os serviços públicos.
Nesta edição levantamos alguns da-
dos em relação ao transporte públi-
co, à segurança, ao lazer, às escolas,
aos serviços públicos de saúde e ser-
viços privados de um modo geral e
notamos que em todos os casos o
bairro é deficitário.
Nosso primeiro jornal tem por obje-
tivo principal conseguir a melhoria do
bairro, se não total ao menos parcial-
mente e, que não seja o único e sim o
primeiro de muitos, que sirva como
um veículo a serviço da população
para divulgar as necessidades da
comunidade.
Não podemos ficar de braços cruza-
dos, precisamos de um canal para
divulgar nossos anseios e frustra-
ções perante o governo que não faz
NADA em benefício do Parque Los
Angeles.
Portanto, caro leitor, esperamos en-
contrá-lo numa próxima oportunida-
de, ou melhor, em outra edição deste
nosso jornal que foi elaborado com
todo o carinho especialmente para
você.
Atenciosamente
Alunos da EJA Octávio Edgard
Página 2
CLASSIFICADOS / VENDE-SE
NOTÍCIAS OCTÁVIO EDGARD
CARTA AO LEITOR
GRATIDÃO Feliz aquele
que
transfere o
que sabe e
aprende o
que ensina.
Cora Coralina
Agradecemos a colaboração e dedicação da professora Margarete, que dedi-
cou seu tempo aos alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) durante to-
dos esses anos. Com suas habilidades nos encantou e deixará sua marca em nos-
sas vidas. Sentiremos muito sua falta, pois você foi simplesmente um exemplo
para todos nós com seu jeito simples e carinhoso de ser.
Beijos de seus alunos queridos e boa sorte!
Alunos da EJA da EMEB Octávio Edgard de Oliveira.
EMEB OCTÁVIO EDGARD DE OLVEIRA http://laboctavioedgard.blogspot.com.br (visite também nosso blog)
Endereço: R. João Saldanha, 424 - Batistini, São Bernardo do Campo - SP, 09842-200 - fone: 4357-8282
Tiragem 500 exemplares
Diagramação e editoração: PAPE Márcia Cosme da Silva
Autores e Responsáveis - Professores e alunos do curso de EJA da escola
Revisão : Professora Roberta
Equipe de Gestão: Cristiane de Araujo Santos (Diretora)
Neusa Ueoka (PAD)
Keli Matos (Coordenadora) - Juliana P. Zuzarte ( Coordenadora)
ESPAÇO RESERVADO PARA SUA
OFERTA
Bolsa em ótimo estado, mo-
derna na cor bege. Valor:
R$ 35,00,Tratar com
Aguinaldo na secretaria
ESPAÇO RESERVADO PARA SUA
OFERTA
Uma jarra amarela com 4
copos
Preço: R$ 20,00
Tratar com Cristina na Secre-
taria da escola
Celular, Vermelho com Tela Touch
,Android Wi-fi- Dual Chip
Preço R$:150,00
Tratar com Aguinaldo na
Secretaria da escola
ESPAÇO RESERVADO PARA SUA
OFERTA
Segundo a definição encontrada no Wikipé-dia o Estrangeirismo é o uso de palavra, ex-
pressão ou construção estrangeira que tenha ou
não equivalentes. Estrangeirismo é o processo
que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua portuguesa. De acordo com o idioma
de origem, as palavras recebem nomes específi-
cos, tais como anglicismo (do inglês), galicismo
(do francês), etc.
Texto retirado no site:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrangeirismo
Depois de ser apresentado o tema estrangeiris-
mo ao grupo, os Educadores Roberta e Edson propuseram uma reflexão com os Educandos
cujo objetivo foi ampliar a visão e chamar a
atenção para as palavras em inglês que são
encontradas no nosso cotidiano.
Para as educandas Clemilda, Judite e Maria
Fátima, o uso de palavras oriundas do inglês
nos shoppings e comércios em nosso país vai
acabar com a beleza das palavras de nossa lín-gua materna. Um pouco diferente pensa o Edu-
cando Firmino Jacó de Araújo que acha neces-
sário nos dias atuais o uso do estrangeirismo, e
se não tivéssemos acesso a outras línguas ficarí-
amos desconectado com o resto do mundo, ou
seja, teríamos dificuldades em sobreviver num
mundo globalizado. Porém, segundo Firmino,
não devemos deixar a nossa língua de origem, a língua portuguesa, patrimônio cultural o qual
deve ser preservada, do mesmo modo que al-
guns países prezam e protegem sua língua natal
da invasão cultural estrangeira. “Para mim eu
acho difícil pronunciar mas para o jovem de
hoje é muito fácil. É muito bom evoluir para o
mundo de hoje” declara Maria Fátima.
Dentro do mundo do trabalho, a educanda
Claudia também tem uma posição a respeito do
tema, segundo ela, trabalhadora no ramo de
panificadora, nota-se o uso constante em seu
ambiente de trabalho de palavras em inglês tais
como: hambúrguer, x-burger, x-egg, hot dog,
long neck, tickets, e ainda esclarece aos clien-
tes que não têm o serviço de delivery para pizza. Diz ela, que é muito difícil de pronunciar
algumas palavras em inglês, além de confundir
um pouco a cabeça, mas concorda que com o
avanço da tecnologia em um mundo globaliza-
do é normal que apareçam cada vez mais pala-
vras e expressões em inglês.
Com uma posição mais firme a educanda Debo-ra Alves do 7º termo diz não ser contra o estran-
geirismo, pois estas novas palavras são enrique-
cedoras para língua portuguesa. Entretanto a
nossa pátria, segundo Debora, deveria valorizar
mais nosso idioma mesmo sabendo que é im-
portante o uso de alguns vocábulos estrangei-
ros. Mesmo assim, a educanda acha válido o uso de estrangeirismo desde que não se sobre-
ponha ao nosso idioma materno. Continuando
nesta mesma linha, o educando Antônio dos
Santos diz que em qualquer lugar no mundo há
estrangeirismo, só acho, diz ele, “devemos usá-
lo quando eles forem realmente necessários”.
Ele cita o exemplo das palavras Shopping
Center, mouse, jeans e, ressalta ainda que, o uso do estrangeirismo é perfeitamente natural
em todas as línguas do mundo cujo contato com
culturas diferentes é inevitável nos dias de hoje.
Finalizando com a palavra dos educandos Dei-
vid e Jessica, que acham positivo o uso de pala-
vras estrangeiras, pois a língua é viva e facilita
a comunicação com pessoas de outros países. “Eu acho que devemos deixar de lado o estúpi-
do preconceito xenofóbico” diz Jessica.
TEXTO PARA REFLEXÃO
ESTRANGEIRISMO NO DIA A DIA:
Estava em casa com muita vontade de sair,
porém eu me sentia meio down. Para ver se
melhorava um pouco, tomei um banho, me
arrumei e decidir sair. Chamei meu marido para irmos ao Shopping Center pois, convenhamos,
não há nada melhor do que fazer umas compri-
nhas para o stress fugir... Então, chegando lá, vi
logo que as lojas estavam on sale, então me
animei e resolvi mudar o meu look, comprar
umas roupas fashion, e me senti muito melhor... De repente deu aquela fome, então decidi ir a
um fast food fazer um lanche...
Pedi um milkshake , coca light , cheese bur-
guer e um sorvete diet. Comi muito, depois tive
um insight... Decidi ligar para casa, falei com
meus filhos e o mais velho, que estava navegan-
do na internet, viu que na previsão do tempo ia
dar sol e perguntou se podíamos ir para praia. Meu marido logo se empolgou, porém lembrei-
me de passar no drive through da farmácia e
comprar um Sundown, pois o lá de casa já tinha
acabado.
No caminho, avistei um outdoor muito inte-
ressante da Wave beach e outro que mostrava
um carro com um design super moderno... Che-
gando em casa, lembrei que tinha comprado umas balas da Ice Kiss para eles e todos me
agradeceram.. Brincamos um pouco, joga-
mos Playstation e fomos dormir...
Finalmente amanheceu e fomos para a praia
levamos as bolas de volleyball e alguns
drinks... Ainda bem que não tinha ninguém de
topless, afinal de contas eu estava com meus
filhos e o meu marido...
A única coisa que teve foi um alvoroço, pois
parece que uma top model estava por lá causan-
do stress nas mulheres e fazendo os homens
ficarem relax e ligados num plug...
No final das contas tudo acabou bem e voltamos
tranquilamente para casa sem pegar a hora
do rush... Agora deixa eu ir pois tenho que carregar a bateria aqui do meu notebook, ele já
está apitando ...Pedindo um help! Bye!
Texto retirado no site:
http://www.teacherjaquelinefragozo.com.br/2
011/07/ingles-no-nosso-cotidiano.html
Por: Prof. Edson e Profª. Roberta
Samba Do Approach Zeca Baleiro ( cifra)
ESTRANGEIRISMO Professor Edson
Página 3
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...
Eu tenho savoir-faire
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash...
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...(2x)
Fica ligado no link
Que eu vou confessar my love
Depois do décimo drink
Só um bom e velho engov
Eu tirei o meu green card
E fui prá Miami Beach
Posso não ser pop-star
Mas já sou um noveau-riche...
Eu tenho sex-appeal
Saca só meu background
Veloz como Damon Hill
Tenaz como Fittipaldi
Não dispenso um happy end
Quero jogar no dream team
De dia um macho man
E de noite, drag queen...
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat...(7x)
ESTRANGEIRISMO
Economia
doméstica de
Água! A água no mundo vem diminuindo ca-
da vez mais. Devemos ter consciên-
cia, pois só vamos valorizar a água
quando não tivermos mais nenhuma
gota d’água !
Aqui estão algumas dicas para econo-
mizar água;
Lavar louça: ensaboe toda louça com
a torneira desligada e enxague toda
louça junta;
No banho: Passe menos tempo no
chuveiro, se molhe e desligue para se
ensaboar, assim economiza mais;
Lavar Roupa: Junte bastante roupa
suja para lavar todas juntas, reserve
a água da maquina para lavar quintal,
banheiro, tapete e etc . No tanque,
com a torneira aberta por 15 minu-
tos, o gasto de água pode chegar a
279 litros. O melhor é deixar acumu-
lar roupa, colocar a água no tanque
para ensaboar e manter a torneira
fechada;
Ao escovar os dentes: coloque um
copinho de água, para enxaguar, de-
pois encha o copinho e lave a escova.
Página 4
ÁGUA NOSSA DE CADA DIA
dência ou empresa, concentre-se nos
dígitos pretos. Eles mostram quantos
metros cúbicos de água foram consu-
midos. Digamos que você tenha “lido”
o relógio no dia 1º de determinado
mês e anotado todos os números re-
gistrados 0003 (pretos) 08
(vermelhos).
Duas semanas depois, no dia 15, o
hidrômetro marca 0010 (pretos) 01
(vermelhos).
Para calcular o consumo do período,
ignore os dois últimos números (o 08
da primeira leitura e o 01 da segun-
da). Dessa forma, é fácil verificar
que passaram pelo hidrômetro, no
período, 7 metros cúbicos de água.
Um metro cúbico é equivalente a mil
litros de água.
Por: Deivid Germano 8ºTermo,
Firmino 7º termo
O equipamento tem seis números –
quatro pretos e dois vermelhos. Para
acompanhar o consumo em sua resi-
Como fazer a leitura de um hidrômetro?
Por: Claudia Jéssica 8º Termo e
Débora 7º Termo.
A importância da água em nossa
vida
A água é muito importante. Sem a
água os seres humanos não existiri-
am, ela é fonte de vida.
A água é usada para tomar banho,
lavar roupas, cozinhar, cuidar das
plantas e dos alimentos, em indústrias
e na produção de energia elétrica,
que é extremamente necessária para
nossa sobrevivência .
As pessoas continuam poluindo os rios,
represas, nascentes e isto esta causan-
do um grande problema, imagine se con-
tinuarmos poluindo, o que acontecerá
daqui a alguns anos?
Vamos começar a educação da economia
da água em casa? Só assim chegará aos
vizinhos e amigos, filhos e toda família.
Daqui a algum tempo a água será uma
relíquia e pagaremos muito caro por ela,
pois logo, logo ficaremos sem água.
Todos devem economizar!
Por: Clemilda e
Judite 5º termo.
Água - Fonte de Vida
Por Firmino 7º Termo
Deivid, Luciano e Fatima 8º Termo
Morador há 34 anos no Parque Los Angeles, Manoel da Silva Lacerda,
de 74 anos, nos conta as transformações ocorridas no bairro
Distribuição de Água
Página 5
DIVISÃO DE ÁGUA POR REGIÃO BRASILEIRA
População brasileira: 200 milhões de habitantes, dos
quais 80 milhões são da região sudeste
População do estado de São Paulo : 44 milhões de
habitantes em estado de alerta
Entrevistamos o senhor Manoel da Silva
Lacerda, de 74 anos, morador do Parque
Los Angeles há 34 anos, “Seu Manoel”, como
prefere ser chamado nos recebeu em sua
casa na companhia de sua esposa, Maria do
Socorro Lacerda, de 76 anos. Acompanhe
conosco esse relato emocionante sobre sua
vida e as mudanças ocorridas no bairro.
JORNAL: Há quanto tempo o senhor reside no bairro? Conte-nos um pouco da sua história e sobre sua chegada ao Par-que Los Angeles.
MANOEL: Moro no Los Angeles há 34 anos,
vim pra cá na década de 80. Saí de Sousa,
na Paraíba e depois fui morar no Paraná até
1979. Daí vim pra cá em 1980, quando tinha
40 anos, vim pra São Bernardo direto pro
Los Angeles com a minha esposa e os meus
seis filhos.
JORNAL: Como era o bairro quando o senhor chegou de mudança? Como come-çou o processo de habitação na região?
MANOEL: Aqui no Los Angeles só tinha
mato, não tinha nada. Não tinha rua, não
tinha água, não tinha luz, não tinha ônibus.
As casas eram longe uma da outra, só tinha
12 famílias que moravam aqui. As pessoas
aqui não tinham ônibus. Pra sair do bairro a
gente tinha que andar a pé até o Jardim
Represa e o ônibus era de duas em duas
horas. Em 1986 chegou a luz aqui no bairro.
Na chácara dos padres e fizemos puxadi-
nhos de luz para nossas casas.
JORNAL: Quais os órgãos públicos que existem aqui no bairro? Que tipo de ser-viços são oferecidos no bairro que anti-gamente não existiam?
MANOEL: Em 1984, foi construída a escola
do bairro, era uma escola do Estado e de-
pois virou escola da prefeitura. Ela é muito
boa porque as crianças agora tem onde
estudar. A escola é a única coisa do governo
aqui. Na mesma rua da escola também tem a
creche pra gente deixar as crianças en-
quanto a gente trabalha. Posto de saúde só
tem lá no Represa. Hoje aqui a gente tem a
escola, a creche, os mercados, a padaria, a
pizzaria e o ponto de ônibus que vai pra São
Bernardo e o de Santo André, que é o único
jeito que a gente tem de sair do bairro.
JORNAL: Como era a represa Billings quando o senhor se mudou para o Parque Los Angeles?
MANOEL: No início era bom, a água era
limpinha, dava até pra tomar banho. Depois
com o tempo, as pessoas começaram a
achar gente morta por lá, o que era muito
ruim. Ela também servia de ponto de encon-
tro para as pessoas poderem passear. Hoje
ficou só a sujeira.
JORNAL: O que o senhor gostaria que fosse construído para facilitar a vida dos moradores da região? O que poderia me-lhorar no bairro na sua opinião?
MANOEL: Eu queria que construísse pelo
menos uma área de lazer para as crianças
brincar, para tirar eles da rua, ou uma qua-
dra de esportes pra eles jogar. Acho que
poderia melhorar a convivência com a vizi-
nhança, gosto de todos no bairro.
JORNAL: Qual a mensagem que o senhor gostaria de deixar aos leitores do nosso jornal?
MANOEL: Eu gosto muito daqui sabe, aqui a
gente precisa de muita melhoria, já melho-
rou bastante coisa, mas aqui poderia ter
posto de saúde, um lugar para as crianças
brincarem, limpar a represa que tá muito
suja porque a gente aqui tá precisando de
ajuda do governo.
Por: Claudia aluna do 8º Termo
FILME: O SOM DO CORA-
ÇÃO
Autores: Nick Castle, Ja-
mes V. Hart, Kirsten Sheri-
dan e Paul Castro
Diretor: Kirsten Sheridan
Produção: Richard Barton Lewis
Este filme narra a história de um jo-
vem casal que se conhece e se apaixona,
mas que são separados pelo destino.
Deste romance nasce um lindo garoto que
é tirado de sua mãe pelo avô e deixado
num orfanato. O avô fala para a mãe que
o menino havia morrido.
Aos 11 anos o garoto foge à procura
de seus pais. Ao mesmo tempo em que a
mãe fica sabendo que seu filho não mor-
reu e faz o mesmo.
Eu recomendo!
Quem gosta de música vai se emocio-
nar, fiquei com gostinho de quero mais.
Lindo! Lindo!!!
A música está ao nosso redor só preci-
samos ouvi-la.
Por Claudia R.C.Oliveira 8º Termo
LIVRO: BOM DIA ESPI-
RITO SANTO
AUTOR: BEnni Hinn
EDITORIA: Bompastor
O livro conta a história de
um menino que morava em
um país em que era preciso ter, pelo
menos, um filho homem por casal. Na
quarta gravidez a mãe disse que se
fosse um menino ela o entregaria a
Jesus.
O menino nasceu, cresceu e a mãe co-
locou ele em um seminário, mas com o
tempo o país deles entrou em guerra e
a família se mudou para uma cidade
desconhecida e não tinham boas condi-
ções financeiras.
O garoto foi matriculado em uma es-
cola pública e lá conheceu um menino
evangélico que convidou ele para ir à
sua igreja e à partir desse momento
sua vida começou a mudar.
O Livro fala um pouco da nossa vida
espiritual, da presença de Deus em
nossas vidas e de como isso é impor-
tante.
Por: Fátima 8º Termo
Página 6 NOTÍCIAS OCTÁVIO EDGARD
INDICAÇÃO LITERÁRIA
sa sobre as verdades eternas.
Sua desencarnação foi como dormir e
acordar no Plano Espiritual entre amigos,
parentes e pessoas estranhas. Ela descreve
com clareza a colônia onde ela fica no plano
espiritual.
O livro “Violetas na janela” mostra o relato
de uma pessoa consciente de que está de-
sencarnada, descreve com clareza o que ela
passou ao despertar no Plano Espiritual.
Eu, particularmente, adorei este livro, pois
me esclareceu um pouco mais sobre o gran-
de mistério do além, ele narra com simplici-
dade as belezas que se encontram no plano
espiritual.
Ele tira duvidas dos leitores que perguntam
como é vida depois que morremos. Será que
é o fim? Se não é o fim, para onde vamos?
O livro é emocionante, senti paz e tirei
muitas das minhas dúvidas sobre o assunto.
Não vejo a hora de ler as outras edições...
Por Jéssica 7º Termo
LIVRO:
VIOLETAS NA JANELA
AUTOR: PATRÍCIA
Psicografia de: Vera Lúcia Ma-
rinzeck de Carvalo
É um livro ditado por um espíri-
to de nome Patrícia.
Psicografia de VERA LUCIA MARINZECK
DE CARVALO
Patrícia desencarnou com Dezenove anos,
quando encarnada era espírita e conversava
com outros espíritos, era estudiosa e curio-
Livro: Vidas secas
Autor: Graciliano
Ramos
Este livro fala sobre
uma família nordesti-
na que teve que sair
de sua casa por cau-
sa da seca e buscar mais recursos
para trabalhar, sobreviver e ter
uma vida melhor. De tempos em
tempos, eles têm que mudar de um
lugar para o outro, por causa da
seca, eles não têm paradeiros.
Esta família representa os nordes-
tinos, que vivem a dura realidade
da seca, da miséria e que sofrem
tudo isso nos dias de hoje. É muito
emocionante, pois apesar da po-
breza e da falta de comunicação
por falta de vocabulário, eles pos-
suem sonhos de uma vida melhor.
Se você quer se emocionar, rir,
chorar, leia “Vidas Secas” e irá se
surpreender.
Por Clemilda 5º termo e
Débora 7º termo
Clemilda Dos Santos Silva tem 42 anos,
trabalha como diarista, é casada e tem
um filho. Ela é caseira e gosta de con-
viver no ambiente familiar. Segundo
ela, gosta de morar no bairro, só não
está satisfeita em alguns aspectos,
aliás, como todos os moradores.
A Clemilda é mãe de família, ela traba-
lha o dia todo, chega em casa às
18:00h e chega cansada, ainda assim
tem que fazer o jantar para a sua fa-
mília, o tempo dela é curto, mas ela
consegue um tempinho ainda para ir à
escola. De acordo com os professores,
é uma aluna exemplar e pontual, com
todos os problemas, ela não desiste
dos seus estudos. Relata que a escola
EMEB Octávio Edgar de Oliveira é mui-
to importante em sua vida, os profes-
sores da EJA são ótimos .
Onde mora a Clemilda?
Clemilda no Parque Los Angeles, em
São Bernardo do Campo, e como muitos
outros moradores sofrem com proble-
mas atuais, o bairro onde ela mora é
carente, e necessita de muitas melho-
rias, como: Transporte público, áreas
de lazer, posto policial, posto de saúde
e farmácias.
Só existe posto de saúde no bairro
vizinho, os idosos sofrem com falta de
médicos, ficam mais de um ano sem
atendimento, tendo que recorrer a
outros hospitais, e isso não acontece
só com os idosos, crianças, gestantes,
jovens e adultos são vítimas do mesmo
problema. A moradora relata que mar-
cou uma consulta dia 22 de setembro
para o seu filho e foi remarcada para
três meses depois.
Percebemos que este problema é uma
constante no Parque Los Angeles, a
única maneira de mudar é agir.
Insatisfação de moradora
MOMENTOS NA EJA
Página 7
Laboratório de Informática. Biblioteca
Arte e trabalho coletivo Jogos
Trabalho com art-postal
Dia da Mulher
Visita ao teatro
Equipe de professores
BOLO DE MAÇÃ COM CASCA INGREDIENTES: 3 OVOS 2 XÍCARAS CHÁ DE ÓLEO 2 XÍCARAS CHÁ DE AÇÚCAR 2 MAÇÃS COM CASCA 2 XÍCARAS CHÁ DE FARINHA DE TRIGO 1 COLHER DE FERMENTO EM PÓ 2 COLHERES SOPA DE AÇÚCAR 1 COLHER SOPA DE CANELA
MODO DE PREPARO: BATER NO LIQUIDIFICADOR OS OVO, O OLEO,O AÇUCAR E A CASCA DAS MAÇAS.
JUNTOS AFARINHA TRIGO E O FERMENTO EM PÓ. PICAR AS MAÇAS E MISTURAR COM 2 COLHERES DE SOPA DE AÇÚCAR E CANELA. JUNTAR A MISTURA JÁ BATIDA NO LIQUIDIFICADOR COM OS DEMAIS INGREDIENTES. UNTAR UMA FORMA, COLOCAR A MASSA E POIVIIHAR COM CANELA E AÇÚCAR. LEVE PARA ASSAR, EM FORNO PRE- AQUECIDO, POR APROXIMADAMENTE 40 MINUTOS. DEPOIS DE ASSAR , DESENFORMAR ECOLOCAR
CANELA E COLOCAR E COLOCAR CANELA E AÇÚCAR
POR CIMA.
Por : Rosineide (professora Patrícia)
ENTRETENIMENTO
Moradores do Parque Los Angeles, e alunos da EMEB Octavio Edgard, em São Bernardo do Campo, falam da vida calma e do sossego do Bairro, mas rei-vindicam a construção de alguns órgãos para melhorar a vida das pessoas da região. Segundo eles, a vida no Bairro, Parque Los Angeles, seria bem melhor com esses serviços básicos que se tem em outros bairros. Seguem abaixo os depoimentos.
Clemilda dos Santos Silva, 43 anos de idade aluna do 5º termo. Residente na Rua João Saldanha 30B, no Parque Los Angeles. A aluna deu um breve depoi-mento a respeito do Parque Los Angeles.
“Eu moro no Parque Los Angeles há mui-to tempo, faz 15 anos e não mudou muita coisa. Por exemplo: trouxeram para o bairro asfalto, creches, aumentaram mais
as linha de ônibus”.
“Gosto da calmaria do Los Angeles, o gostoso do Bairro é o sossego. infeliz-mente aqui não tem feira, não tem um mercado grande, não tem um posto de saúde, não tem um posto policial, não temos uma lotérica, e praticamente, não
temos muito lazer.”
Jéssica Miriam Casa, 23 anos, aluna do 8º termo, reside à rua dos Apóstolos 58, Canaã.
“Moro há 4 anos na região. Antes do rodo anel era difícil, pois, quando chovia era
muita lama.”
“Dos órgãos públicos, a Escola e a Cre-che são o que se destaca, com relação à creche ela é conveniada a PMSBC.”
Josiel de Jesus Ribeiro, idade 23 anos, aluno do 7º termo, reside no Jardim Ca-naã.
“Moro no Jardim Canaã há 4 anos, desde quando cheguei aqui não mudou nada. O que eu falo, é que não tem banco, sanea-mento básico. Os políticos só prometem e não cumprem, eu estou cansado de tanto papo, quando ganham as eleições
todos somem”.
Wellington da Silva Garibalde, 25 anos de idade, aluno do 8º termo, reside no bairro Parque Los Angeles.
“Eu moro aqui, no Parque Los Angeles, há 14 anos. Eu amo muito morar aqui no Los Angeles, porque, é um bairro muito tranquilo, maravilhoso, é um paraíso mo-rar nesse bairro. Tem bastantes árvores
e mananciais, tem uma boa represa, quando estou de folga eu passeio pelas ruas desse vilarejo. Aqui é tranquilo de andar. Aqui tem: escola, pontos de ôni-bus, lan house, botecos, mercados, igre-jas, padarias, salões de cabeleireiros, quadras de futebol, sedes e academias, casa de animais, “sacolão” e o rodoanel. O ruim é que aqui não temos bancos,
posto de saúde e posto policial.”
Deivid Germano de Araújo, 19 anos de idade aluno do 8º termo, reside no Par-que Los Angeles, à rua João Saldanha nº 22 A.
“Moro aqui no Los Angeles, desde que nasci. Aqui é muito tranqüilo, e não tem muita coisa. Falta uma quadra que fique sempre aberta, uma praça, sei lá... Um lugar de entretenimento. Apesar de não ter muita violência, também não tem segurança, não tem um posto policial, e
não tem posto de saúde.”
Deilson da Silva Fereira, 17 anos de idade, aluno do 8º termo.
“Moro no Parque Los Angeles há 7
meses, morava na Bahia. Gosto muito da
quadra da Escola Octavio Edgard. A re-
presa chama a atenção pela beleza natu-
ral. Gostaria que tivesse uma praça aqui
no bairro e um campo de futebol para o
lazer da população.”
PARQUE LOS ANGELES. Alunos moradores do bairro
reclamam da falta de alguns órgãos e serviços básicos.
Manacés Ângelo dos Santos