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Impresso Especial 7317034806/2006-DR/MG LEEPP CORREIOS LEEPP LIVRARIA ESPÍRITA EDIÇÕES “PEDRO E PAULO” JORNAL DA MEDIUNIDADE UBERABA-MG INFORMATIVO JANEIRO/FEVEREIRO ANO 2010 N.º 21 Temos preços especiais para Clube do Livro E D I T O R I A L Lançamentos www.inacioferreira-baccelli.zip.net Visite o Blog do Dr. Inácio: – MEDIUNIDADE NA INTERNET – III ENCONTRO NACIONAL DOS AMIGOS DE CHICO XAVIER E SUA OBRA A tese da Reencarnação no Mundo Espiritual, antes de ser simplesmente negada, carece de ser mais bem estudada pelos que, com seriedade, se interessam pelo conhecimento da Verdade. Para os que possuem “olhos de ver”, os Espíritos Superiores, em “O Livro dos Espíritos”, não deixaram de tratar do transcendente tema, que tem suscitado proveitosas discussões para alguns e, não sei por quê, provocado reações muito pouco fraternas em outros, dos quais, sinceramente, me penalizo. Na questão n.º 94, da obra basilar da Doutrina, Kardec interroga: “De onde tira o espírito o seu envoltório semimaterial (perispírito)?” Resposta: “Do fluido universal de cada globo. É por isso que ele não é o mesmo em todos os mundos; passando de um mundo para outro, o espírito muda de envoltório, como mudais de roupa”. Creio estar mais do que claro. Ou não? O que vocês entendem por “o espírito muda de envoltório”? Não há meias palavras: ele desencarna e reencarna no Mundo Espiritual! E agora: Que dirão os críticos? Contestarão Kardec? É claro que não. Contestarão minha interpretação!... (Aliás, a última acusação que paira sobre mim, efetuada por confrade que, até então, sempre mereceu o meu respeito e consideração, é que eu adulterei “O Livro dos Espíritos”! Como ele não possui a tradução de que, costumeiramente, me valho, efetuada pelo eminente Prof. J. Herculano Pires, editada pela LAKE, levianamente espalhou pela Internet que adulterei os referidos textos!) Fazendo parte das comemorações do Centenário de Nascimento de Chico Xavier (2 de abril de 1910 – 2 de abril de 2010), acontecerá em Uberaba, nos próximos 17 e 18 de julho, o III Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e sua Obra, com o apoio, principalmente, das Alianças Municipais Espíritas (AMEs) de Uberaba e Pedro Leopoldo. Não se trata, é óbvio, de saudoso culto à memória daquele que, na opinião deste jornal, foi o maior Fenômeno Mediúnico de todos os tempos. O objetivo do Encontro é manter vivos os seus exemplos de fidelidade à Doutrina Espírita e, sobretudo, continuar exaltando o valor das obras de sua lavra psicográfica, como desdobramento natural da Codificação. Carecemos, sim, nos momentos difíceis que atravessamos portas adentro do Movimento, de meditar na postura que Chico sempre adotou, ao longo de seu Mediunato, mormente quando se opõe ao Elitismo que, infelizmente, vem se tornando prática corriqueira entre certos espíritas, com a agravante de ser referendada por alguns Órgãos Unificacionistas e parte da Imprensa Espírita. Fomentado por interesses escusos de desavisados companheiros, inconsequentes em suas ambições de poder, o Elitismo, infelizmente, dividiu o Movimento Espírita – temos hoje o Espiritismo das Federações e o Espiritismo das Casas Espíritas! Neste sentido, não adianta mais tentar continuar negando a realidade. As Federações, salvo uma ou outra exceção, lutam para estender sua influência política às Casas Espíritas, as quais deveriam servir e não, por elas, serem servidas. Na atualidade, a Doutrina – que, pelos princípios que a norteiam, deveria ser justamente a maior bandeira desfraldada em defesa da liberdade de expressão e de pensamento – se transformou na mais castradora de todas elas, quase a reeditar, através de seus supostos líderes, o Tribunal do Santo Ofício em seus piores momentos. Chico Xavier, no cumprimento de sua laboriosa missão na Terra, nunca se submeteu, pregando, como o Mahatma Gandhi, a “desobediência civil” ao poder dominante. Se, durante certo período, manteve estreito vínculo com a Federação Espírita Brasileira, ao discordar dos rumos que as coisas estavam tomando, não hesitou em adotar a iniciativa do rompimento, negando-se, inclusive, de maneira peremptória, a continuar lhe cedendo, para edição, os direitos autorais de novas obras de sua psicografia e não recebendo, em sua casa, seus representantes. Tomara que, doravante, sejam outros os propósitos dos confrades – nos quais confiamos –, à frente da Casa-Máter do Espiritismo no Brasil e, por extensão, daqueles que integram o Conselho Federativo Nacional. Para tanto, porém, deverão libertar-se da influência unilateral de médiuns e espíritos que, com sutileza, desde muito, lhes vêm dizendo o que, como e contra quem fazer o que tem sido feito. Quanto a nós outros, optamos por Chico Xavier, que, na singeleza do “Grupo Espírita da Prece”, em Uberaba, terminou nos braços do povo seu Apostolado Mediúnico, em definitivo revelando ao mundo a face consoladora da Doutrina, que o Elitismo, de todas as maneiras, através da vaidade e do personalismo de alguns de seus adeptos, vem procurando descaracterizar. PERISPÍRITO E REENCARNAÇÃO NO MUNDO ESPIRITUAL Mais adiante, no mesmo “O Livro dos Espíritos”, quando trata da “Encarnação nos Diferentes Mundos”, o Codificador indaga na questão n.º 187: “A substância do perispírito é a mesma em todos os globos?” Resposta: “Não; é mais eterizada em uns do que em outros. Ao passar de um para outro mundo, o espírito se reveste da matéria própria de cada um; isto, com mais rapidez que o relâmpago”. Então, caros colegas, a conclusão é a seguinte: Queiram ou não queiram os contestadores, o espírito, antes de reencarnar em qualquer mundo de natureza física, primeiro, necessita de “reencarnar” no Plano Espiritual daquele mundo! Sem trocar de perispírito, o espírito não troca de mundo ou de dimensão! (Quanto aos que não têm concordado com o termo “reencarnação” para o fenômeno palingenésico no Mundo Espiritual, é claro, reserva-se toda a liberdade para cunharem outro. Não gosto de que me plagiem, como tem acontecido, mas não sou dono de nada! Não gosto de plágio, porque o plágio é um ato de desonestidade! Que vocês acham do termo “transposição perispiritual”?) Então, como nos disse esperto garotinho de apenas sete anos de idade, dias atrás, voltando a pensar na “morte da bezerra”, o assunto da Reencarnação no Mundo Espiritual está em “O Livro dos Espíritos” – claro como o mais claro dia de sol que, há mais de dois mil anos atrás, em pleno deserto de Damasco, fez o orgulhoso doutor Saulo de Tarso cair do cavalo!... Sem “transposição perispiritual”, o espírito não se transpõe de um mundo para outro – nem de uma dimensão para outra! E não venham me dizer que esta permuta de perispírito é feita com uma varinha de condão! Aí, a discussão deixa de ser séria e, se for assim, é melhor eu arranjar uma vara de pescar – feito a do Chico Xavier, sem anzol! – e ir para a beira do rio... A respeito do que, de maneira bem econômica, foi exposto acima, que as lúcidas autoridades espíritas se manifestem! Quanto a mim, antes de encerrar, só tenho mais uma sugestão a fazer: Que tal a gente estudar Kardec de novo?! Inclusive, e principalmente, dirigentes, tribunos e articulistas espíritas?! Com o meu abraço e votos de Feliz Natal, o amigo de sempre, INÁCIO FERREIRA (Página psicografada por Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira – Uberaba - MG, 22 de dezembro de 2009.) (JÁ DISPONÍVEL) (DISPONÍVEL EM MARÇO)

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ImpressoEspecial

7317034806/2006-DR/MG

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CORREIOS

LEEPPLIVRARIA ESPÍRITA EDIÇÕES “PEDRO E PAULO”

JORNAL DA MEDIUNIDADE

UBERABA-MG – INFORMATIVO JANEIRO/FEVEREIRO – ANO 2010 – N.º 21

Temos preços especiaispara

Clube do Livro

E D I T O R I A L

Lançamentos

www.inacioferreira-baccelli.zip.net

Visite o Blog do Dr. Inácio:

– MEDIUNIDADE NA INTERNET –

III ENCONTRO NACIONAL DOS AMIGOSDE CHICO XAVIER E SUA OBRA A tese da Reencarnação no Mundo

Espiritual, antes de ser simplesmente negada, carece de ser mais bem estudada pelos que, com seriedade, se interessam pelo conhecimento da Verdade.

Para os que possuem “olhos de ver”, os Espíritos Superiores, em “O Livro dos Espíritos”, não deixaram de tratar do transcendente tema, que tem suscitado proveitosas discussões para alguns e, não sei por quê, provocado reações muito pouco fraternas em outros, dos quais, sinceramente, me penalizo.

Na questão n.º 94, da obra basilar da Doutrina, Kardec interroga: “De onde tira o espírito o seu envoltório semimaterial (perispírito)?” Resposta: “Do fluido universal de cada globo. É por isso que ele não é o mesmo em todos os mundos; passando de um mundo para outro, o espírito muda de envoltório, como mudais de roupa”.

Creio estar mais do que claro. Ou não? O que vocês entendem por “o espírito muda de envoltório”? Não há meias palavras: ele desencarna e reencarna no Mundo Espiritual! E agora: Que dirão os crí t icos? Contestarão Kardec? É claro que não. Contestarão minha interpretação!... (Aliás, a última acusação que paira sobre mim, efetuada por confrade que, até então, sempre mereceu o meu respeito e consideração, é que eu adulterei “O Livro dos Espíritos”! Como ele não possui a tradução de que, costumeiramente, me valho, efetuada pelo eminente Prof. J. Herculano Pires, editada pela LAKE, levianamente espalhou pela Internet que adulterei os referidos textos!)

Fazendo parte das comemorações do Centenário de Nascimento de Chico Xavier (2 de abril de 1910 – 2 de abril de 2010), acontecerá em Uberaba, nos próximos 17 e 18 de julho, o III Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e sua Obra, com o apoio, principalmente, das Alianças Municipais Espíritas (AMEs) de Uberaba e Pedro Leopoldo.

Não se trata, é óbvio, de saudoso culto à memória daquele que, na opinião deste jornal, foi o maior Fenômeno Mediúnico de todos os tempos. O objetivo do Encontro é manter vivos os seus exemplos de fidelidade à Doutrina Espírita e, sobretudo, continuar exaltando o valor das obras de sua lavra psicográfica, como desdobramento natural da Codificação.

Carecemos, sim, nos momentos difíceis que atravessamos portas adentro do Movimento, de meditar na postura que Chico sempre adotou, ao longo de seu Mediunato, mormente quando se opõe ao Elitismo que, infelizmente, vem se tornando prática corriqueira entre certos espíritas, com a agravante de ser referendada por alguns Órgãos Unificacionistas e parte da Imprensa Espírita.

Fomentado por interesses escusos de d e s a v i s a d o s c o m p a n h e i r o s , inconsequentes em suas ambições de poder, o Elitismo, infelizmente, dividiu o Movimento Espírita – temos hoje o Espiritismo das Federações e o Espiritismo das Casas Espíritas! Neste sentido, não adianta mais tentar continuar negando a realidade. As Federações, salvo uma ou outra exceção, lutam para estender sua influência política às Casas Espíritas, as quais deveriam servir e não, por elas, serem servidas.

Na atualidade, a Doutrina – que, pelos princípios que a norteiam, deveria ser justamente a maior bandeira desfraldada em defesa da liberdade de expressão e de pensamento – se transformou na mais castradora de todas elas, quase a reeditar, através de seus supostos líderes, o Tribunal do Santo Ofício em seus piores momentos.

Chico Xavier, no cumprimento de sua laboriosa missão na Terra, nunca se submeteu, pregando, como o Mahatma Gandhi, a “desobediência civil” ao poder dominante. Se, durante certo período, manteve estreito vínculo com a Federação Espírita Brasileira, ao discordar dos rumos que as coisas estavam tomando, não hesitou em adotar a iniciativa do rompimento, negando-se, inclusive, de maneira peremptória, a continuar lhe cedendo, para edição, os direitos autorais de novas obras de sua psicografia e não recebendo, em sua casa, seus representantes.

Tomara que, doravante, sejam outros os propósitos dos confrades – nos quais confiamos –, à frente da Casa-Máter do Espiritismo no Brasil e, por extensão, daqueles que integram o Conselho Federativo Nacional. Para tanto, porém, deverão libertar-se da influência unilateral de médiuns e espíritos que, com sutileza, desde muito, lhes vêm dizendo o que, como e contra quem fazer o que tem sido feito.

Quanto a nós outros, optamos por Chico Xavier, que, na singeleza do “Grupo Espírita da Prece”, em Uberaba, terminou nos braços do povo seu Apostolado Mediúnico, em definitivo revelando ao mundo a face consoladora da Doutrina, que o Elitismo, de todas as maneiras, através da vaidade e do personalismo de alguns de seus adeptos, vem procurando descaracterizar.

PERISPÍRITO E REENCARNAÇÃONO MUNDO ESPIRITUAL

Mais adiante, no mesmo “O Livro dos Espíritos”, quando trata da “Encarnação nos Diferentes Mundos”, o Codificador indaga na questão n.º 187: “A substância do perispírito é a mesma em todos os globos?” Resposta: “Não; é mais eterizada em uns do que em outros. Ao passar de um para outro mundo, o espírito se reveste da matéria própria de cada um; isto, com mais rapidez que o relâmpago”.

Então, caros colegas, a conclusão é a seguinte: Queiram ou não queiram os contestadores, o espírito, antes de reencarnar em qualquer mundo de natureza física, primeiro, necessita de “reencarnar” no Plano Espiritual daquele mundo! Sem trocar de perispírito, o espírito não troca de mundo ou de dimensão! (Quanto aos que não têm concordado com o termo “reencarnação” para o fenômeno palingenésico no Mundo Espiritual, é claro, reserva-se toda a liberdade para cunharem outro. Não gosto de que me plagiem, como tem acontecido, mas não sou dono de nada! Não gosto de plágio, porque o plágio é um ato de desonestidade! Que vocês acham do termo “transposição perispiritual”?)

Então, como nos disse esperto garotinho de apenas sete anos de idade, dias atrás, voltando a pensar na “morte da bezerra”, o assunto da Reencarnação no Mundo Espiritual está em “O Livro dos Espíritos” – claro como o mais claro dia de sol que, há mais de dois mil anos atrás, em pleno deserto de Damasco, fez o orgulhoso doutor Saulo de Tarso cair do cavalo!...

Sem “transposição perispiritual”, o espírito não se transpõe de um mundo para outro – nem de uma dimensão para outra! E não venham me dizer que esta permuta de perispírito é feita com uma varinha de condão! Aí, a discussão deixa de ser séria e, se for assim, é melhor eu arranjar uma vara de pescar – feito a do Chico Xavier, sem anzol! – e ir para a beira do rio...

A respeito do que, de maneira bem econômica, foi exposto acima, que as lúcidas autoridades espíritas se manifestem!

Quanto a mim, antes de encerrar, só tenho mais uma sugestão a fazer: Que tal a gente estudar Kardec de novo?! Inclusive, e principalmente, dirigentes, tribunos e articulistas espíritas?!

Com o meu abraço e votos de Feliz Natal, o amigo de sempre,

INÁCIO FERREIRA

(Página psicografada por Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira – Uberaba - MG, 22 de dezembro de 2009.)

(JÁ DISPONÍVEL) (DISPONÍVEL EM MARÇO)

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Página 2 JANEIRO/FEVEREIROJORNAL DA MEDIUNIDADE

Geraldo Ribeiro da Silva(Grupo Espírita “Batuíra” - SP)

Márcia Queiroz Silva Baccelli

Diante da vida, encontramos uma forma de nos aproximarmos do que chamamos “metáfora”, a qual nos auxilia a compreender melhor a existência.

Rubem A lves , esc r i t o r e educador, fala-nos da metáfora dos eucaliptos e dos jequitibás.

Os eucaliptos são os vegetais que se produzem em série; são todos iguais.

Os jequitibás já são árvores solitárias, que nascem no meio das florestas, sem que ninguém as ensine a serem árvores...

Fazemos uma analogia com a personalidade de Chico Xavier, que representa o jequitibá, e nós, os eucaliptos.

A existência do médium Chico Xavier revela-se como um solo fecundo de conquistas espirituais, q u e p r o s s e g u e g e r m i n a n d o sementes de vida eterna.

Sua reencarnação na Terra não foi a de colher somente flores pelo caminho, mas ele soube transformar em flores os espinhos que tanto o feriram!

Desde menino, Chico sofreu muito, mas foi capaz de converter as aflições em fortaleza de fé e esperança.

Uma das grandes virtudes dele, como médium do Cristo, foi a maneira de relacionar-se com as pessoas, encarnadas e desencarnadas.

Ele conversava, instruía, previa o que se passava pela mente de cada um que o procurava e buscava auxiliá-lo.

Chico ganhava das pessoas que o admiravam muitos presentes, mas os transferia para outras mãos, não ficando com nada para si.

O médium curava os aflitos com apenas algumas palavras de bom ânimo.

Uma bênção dele reavivava o coração de alguém.

O s e s p í r i t o s i n f e l i z e s

N o s D o m í n i o s d a Mediunidade é o título de uma das obras de André Luiz, em que o autor espiritual trata do tema mediunidade. Só para termos uma idéia da magnitude desta obra, d e s t a c a m o s a q u i a l g u n s comentários feitos pelo espírito Emmanuel, ao prefaciá-la. Diz ele que o momento em que vivemos é o da “era da matéria”, e o do porvir, o da “era do espírito” (1954).

Emmanuel prova a fragilidade da matéria, ao discorrer que, ao longo da História, ela vem sofrendo mudanças conceituais importantes. Cinco séculos antes de Cristo, Leucipo, o mentor de Demócrito, considerava que todas as coisas eram formadas de partículas infinitesimais (átomos), em constante movimentação.

No século XIX, Dalton concebe cientificamente a teoria corpuscular da matéria, e tem início um maravilhoso período de pesquisa. O átomo é objeto de investigações por parte dos cientistas.

E, desde o final do século XIX, a Terra se converteu num reino de ondas e raios, correntes e vibrações. O estudo dos raios cósmicos evidencia as fantásticas energias espalhadas no Universo, provendo os físicos de poderoso instrumento para a investigação dos fenômenos atômicos e subatômicos.

O corpo físico agora é um turbilhão eletrônico, regido pela consciência (alma); é um feixe de energia concentrada. A matéria transforma-se em energia e esta na formação da matéria.

Emmanuel destaca ainda, que químicos e físicos, erguidos à condição de investigadores da verdade, são hoje – sem o desejarem – defensores do espírito. Para ele, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a render-se ante a força dos fatos.

“O futuro pertence ao espírito!”A mediunidade surge então

como um dom maravilhoso que coloca o homem frente a frente com aqueles que nos precederam na viagem de retorno ao plano espiritual.

Ao estudar o fenômeno mediúnico, André Luiz nos traz lições valiosas sobre a existência dos espíritos e como estes interagem conosco. Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos

Médiuns: não deixemde ler este livro!

às energias edificantes ou às forças perturbadoras.

Cada criatura emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se afina. Cada médium com sua mente e cada mente com seus raios. Conforme os raios que arremessa, o médium encontra no mundo espiritual a onda de pensamentos que lhe é próprio.

Neste livro, o autor espiritual faz um estudo minucioso da mediunidade, analisando seus d iversos ângulos , como a assimilação de correntes mentais, psicofonia consciente, possessão, clarividência, mandato mediúnico e tantos outros temas, tendo por cenário as casas espíritas.

No primeiro capítulo do livro, André Luiz e Hilário ouvem de Albério, respeitado instrutor espiritual, a advertência de que precisamos considerar a mente como a base de todos os fenômenos mediúnicos.

Afirma André Luiz que, assim como cada mundo possui o campo de tensão eletromagnética que lhe é próprio, cada alma se envolve no círculo de forças que lhe transpiram do hálito mental. Neste c o n t e x t o , c o n c l u i , s o m o s v a s t í s s i m o s c o n j u n t o s d e inteligências, sintonizadas no mesmo padrão vibratório de percepção.

Agimos e reagimos uns sobre os outros através da energia mental e m q u e n o s r e n o v a m o s c o n s t a n t e m e n t e , c r i a n d o , alimentando ou destruindo formas, paisagens e coisas.

Examinando os va lores anímicos como faculdades de comunicação entre os espíritos, não podemos perder de vista o mundo mental do emissor e do receptor.

Em mediunidade, portanto, não podemos esquecer o problema da sintonia. Atraímos os espíritos que se afinam conosco, tanto quanto somos por eles atraídos.

A força psíquica, neste ou naquele teor de expressão, é peculiar a todos os seres, mas não existe aperfeiçoamento mediúnico, s e m a d e p u r a ç ã o d a individualidade.

A obra é maravilhosa. A riqueza de detalhes que encontramos nela impressiona o estudioso da mediunidade. Após a leitura, dá para sentir que o exercício pleno das faculdades mediúnicas exige estudo, preparo e responsabilidade.

EUCALIPTOS E JEQUITIBÁSmaterializavam-se diante dele, ma l t ra tando-o com pa lavras grosseiras, mas ele defendia-se utilizando da calma e da humildade, duas virtudes características de sua personalidade.

Chico trazia, em si, o perfume das rosas e o éter que exalava dele, aromatizando as pessoas à sua volta. Ele também magnetizava as águas, que tinham perfume e remédio e que, absorvidas, curavam enfermos.

Havia sempre muitos caminhos para Chico no encontro com as pessoas em penúria e desolação.

Ele descia pelas veredas das dificuldades e alimentava a multidão, no corpo e na alma.

Como ele compreendia as criaturas, sentindo o pensamento de cada um e vendo a expressão de seu destino futuro!

Chico amava a vida, com puro e desinteressado amor, como o artista que ama a obra, em que busca realizar-se.

A felicidade para ele era fazer os outros felizes; doando a alegria ao próximo, ele encontrava a fonte de felicidade...

Ele é filho da luz, pois acendeu nos corações das pessoas muitas lições, através de seus livros espíritas.

Chico é um sábio que soube contemporizar as investidas dos adversários, perdoando-lhes e amando-os.

Foi modesto, pois nunca o vimos fazer alarde de suas qualidades.

Chico é semente que germina no mundo e permanece frutificando com seu exemplo em todos os corações.

Ele é o jequitibá, o nosso modelo!

E nós, ainda, os eucaliptos f r á g e i s , q u e , u m d i a , n o s transformaremos em jequitibás, como foi e continua sendo o grande Chico Xavier!...

DE “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”94. De onde tira o espírito o seu envoltório semimaterial?- Do fluido universal de cada globo. É por isso que ele não é o mesmo em todos os mundos; passando de um mundo para outro, o espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.

DE “O LIVRO DOS MÉDIUNS”196. Médiuns presunçosos: Os que têm a pretensão de serem os únicos em relação com os Espíritos Superiores. Acreditam em sua infalibilidade e olham como inferior e errôneo tudo que não procede deles. (Cap. XVI – “Médiuns Especiais”)

DE “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO”“Os médiuns que obtêm boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho, reconheceriam que a eles é que se dirigem os espíritos.” (Cap. XVIII – “Muitos os Chamados, Poucos os Escolhidos”)

DE “O CÉU E O INFERNO”“A unificação, feita no que concerne à sorte futura das almas, será o primeiro ponto de aproximação entre os diferentes cultos, um passo imenso para a tolerância religiosa primeiro, e, mais tarde, a fusão.” (Cap. I – “O Futuro e o Nada”)

DE “A GÊNESE”“Desde que um espírito nasce na vida espiritual, para seu progresso, deve fazer uso de suas faculdades, as quais são a princípio rudimentares; é por isso que ele é revestido de um envoltório corporal apropriado a seu estado de infância intelectual, envoltório este que ele deixa para se revestir de outro, à medida que suas forças aumentam.” (Cap. XI – “Gênese Espiritual”)

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JANEIRO/FEVEREIRO Página 3 JORNAL DA MEDIUNIDADE

Thiago Silva Baccelli

REFLEXÕES PARADe fato, em nosso meio, ainda há

uma série de conflitos ocorrendo habitualmente entre as pessoas, pelas mais diversas razões...

Mas as causas dos sofrimentos particularizados são advindas de escolhas próprias, no decorrer da Vida que não cessa.

A dor física e/ou moral aqui encontra a todos, entretanto o tempo da angústia de cada indivíduo é diverso, pois tal estado é de foro íntimo e, muitas vezes, opcional.

Partindo deste pressuposto, pelo menos em tese, nada deveríamos temer, a não ser a nós mesmos!

No entanto vislumbremos a Natureza e os problemas que o meio ambiente na Terra está encontrando para manter o equilíbrio.

A ação predadora, gananciosa e sem n e n h u m a p r e o c u p a ç ã o c o m a coletividade tem levado certos homens a cometerem sérios crimes contra a Humanidade...

Caso tais incautos imaginem que ficarão impunes ante a Justiça Divina, estarão de todo enganados!

Entretanto ponderamos que, se os nossos governantes não estão atentos à defesa do Planeta, é dever de cada cidadão consciente estar mostrando o repúdio a tal situação, já não tão fácil assim de reverter!

Do ponto de vista espiritual, todos se tornam responsáveis pelas decisões certas e erradas que lhes dizem respeito.

E, como toda ação, naturalmente, desencadeia uma reação no Universo que

habitamos, não é tarefa difícil imaginar as consequências vindouras, referente a boas ou equivocadas obras.

Todavia, mesmo encontrando no caminho grandes obstáculos, devemos manter na esfera do pensamento uma atitude positiva frente às dificuldades, deixando continuamente acesa a chama da esperança de que haveremos de ultrapassá-los!

Jamais percamos a fé em dias melhores, pois eles certamente virão para aqueles que fizerem por merecer o progresso!

Todos os erros que cometemos podem e devem servir agora como material de ampla reflexão, dilatando-nos a compreensão e o entendimento e fazendo-nos mais aptos a colher bons frutos no porvir.

A Doutrina Espírita, com o advento da Fé Raciocinada, se constitui num facho resplandecente de luz, alumiando a estrada obscura de nossos enganos para o encontro com o Mestre!

Portanto continuemos firmes, trabalhando em torno de nossos ideais, no ano de 2010, com um pouco mais de perseverança e amor, que tudo irá acertando-se naturalmente.

Quero pedir licença para desejar a todos os irmãos que nos prestigiam com a leitura neste periódico um Ano Novo de muita paz e alegria!...

Que o Cristo permaneça conosco, amparando-nos e abençoando hoje, amanhã e sempre!

2010

No livro da lavra do Dr. Inácio Ferreira (Cartas do Dr. Inácio aos Espíritas), psicografado pelo estimado médium Carlos A. Baccelli, encontramos, no capítulo 34, uma passagem onde é relembrado um comentário do nosso querido Chico Xavier: “Se tirarmos Jesus do Espiritismo, vira uma comédia. Se t irarmos rel igião do Espiritismo, vira um negócio. A Doutrina Espírita é Ciência, Filosofia e Religião. Se tirarmos a Religião, o que é que fica?”.

Esta passagem nos preocupa muito, pois não conseguimos conceber a tragédia que seria o Espiritismo sem Jesus! A tragédia a que nos referimos não seria somente para a Doutrina Espírita, mas para a Humanidade.

Recentemente, o Dr. Inácio nos preocupou mais uma vez, nos participando que existe um movimento dentro do Espiritismo que está querendo retirar de “foco” as obras do nosso querido e estimado Chico Xavier. Isso observamos em seu livro “Estudando Nosso Lar”.

Analisando tais situações, concluímos que as forças contrárias a Jesus são bem estratégicas, pois não conseguiriam extinguir por completo Jesus do Espiritismo

Espiritismo sem JesusMarcos – Itatiba (SP).

com a forte presença de Chico Xavier. Não queremos idolatrar ou bajular o estimado Chico, mas devemos ter conosco a certeza de que ele fundiu o Espiritismo no Evangelho, sendo no nosso entendimento esta a sua grande missão: Fundir o Espiritismo no Evangelho.

Acreditamos por isso que essas forças estão mudando temporariamente o foco, mas o objetivo principal é a retirada do Evangelho de Jesus Cristo. Allan Kardec já havia nos alertado que os grandes opositores do Espir i t ismo seriam encontrados em nossas fileiras.

Por isso, pensamos que todo espírita sincero e devotado à causa deve começar a se questionar se não está querendo, de uma forma ou de outra, retirar Jesus Cristo da manjedoura que o está acolhendo nos tempos modernos; e acrescentar em nossas preces que, se estivermos sendo esse instrumento, que caridosamente nosso Mestre nos transfira para outros ideais, pois todo espírita precisa que ter o único pensamento de fazer do seu coração uma manjedoura, para que ali renasça Jesus.

Conforme atestam várias pessoas que conviviam na intimidade com o médium Francisco Cândido Xavier, por afirmativas dele mesmo, o espírito do benfeitor Emmanuel já está entre nós, na face da Terra, pela via da reencarnação.

À Sra. Suzana Maia Mousinho, presidente e fundadora do Lar Espírita “André Luiz” (LEAL), de Petrópolis - RJ, amiga do médium desde 8 de novembro de 1957, Francisco Cândido Xavier confidenciou detalhes sobre a reencarnação de Emmanuel, que voltaria à Terra no interior do Estado de São Paulo – como neto –, no seio da família constituída pelo casal Sra. Laura e Sr. Ricardo, personagens do livro “Nosso Lar”, de André Luiz. Tempos depois, novamente o estimado médium Chico Xavier tornou a tocar no assunto em pauta com a Sra. Suzana, afirmando ter presenciado o retorno à vida física de seu benfeitor no ano de 2000, vendo, então, confirmadas as previsões espirituais a respeito.

“ E l e ( E m m a n u e l ) a f i r m a q u e , indiscutivelmente, voltará à reencarnação, mas não diz exatamente o momento preciso em que isto se verificará. Entretanto, pelas palavras dele, admitimos que ele estará regressando ao nosso meio de espíritos encarnados no fim do presente século (XX), provavelmente na última década.” (Entrevistas, IDE, 1971)

“Isso tem sido objeto de conversações entre ele (Emmanuel) e nós. Ele costuma dizer que nos espera no Além, para, em seguida, retornar à vida física.” (A Terra e o Semeador, IDE, 1975.)

“Ele diz que virá novamente, dentro de pouco tempo, para trabalhar como professor.” (Lições de Sabedoria, Folha Espírita, 1997, p. 171.)

“Geraldinho, o nosso compromisso, meu e de Emmanuel, com o Espiritismo na face da Terra tem a duração de três séculos e só terminará no final do século XXI.” (Em conversa com Geraldo Lemos Neto, em 1999.)

“Vocês ainda vão reconhecê-lo!” (A Sônia Maria Barsante Santos, Uberaba - MG, frequentadora do Grupo Espírita da Prece, em 2000. Estando ela e alguns companheiros reunidos com Chico, este se tinha ausentado em transe mediúnico durante alguns instantes.

Ao regressar, contou-lhes alegremente que tinha ido, em desdobramento espiritual, até uma cidade do interior do Estado de São Paulo visitar um bebê, que era o espírito Emmanuel, já reencarnado.)

D iva ld inho Mat tos , da c idade de Votuporanga - SP, amigo íntimo de Chico Xavier e dirigente da Editora Didier, ao ler os artigos anteriores publicados na imprensa espírita, testemunhou, em contato telefônico com o Vinha de Luz, a respeito do tema. Divaldinho relatou que, em conversa presenciada por inúmeras pessoas do Brasil inteiro, num almoço na casa de Chico Xavier, em Uberaba, nos idos do ano 2000, Chico

PALAVRAS DE CHICO XAVIERSOBRE A REENCARNAÇÃO DE EMMANUEL

afirmara para todos que o espírito Emmanuel já havia retornado ao mundo físico pela via da reencarnação.

Outro depoimento público sobre a manifestação de Chico Xavier acerca da reencarnação de seu benfeitor Emmanuel está veiculado no DVD duplo “Chico Xavier Inédito – De Pedro Leopoldo a Uberaba”, organizado por Oceano Vieira de Melo e lançado em 2008 pela Versátil Home Vídeo. No segundo DVD, no filme que reúne diversos testemunhos, de 2007, o confrade Dr. Elias Barbosa, de Uberaba, diz textualmente: “Eu me lembro de ele (Chico) falar uma vez, e para todo o mundo, não foi só para mim não, que, quando ele desencarnasse, Emmanuel iria reencarnar. Isto é o que ele (Chico) falou: ‘Nosso Emmanuel, gente, ele vai voltar! Está só esperando eu partir...,”

E m n o v o t e s t e m u n h o , b a s t a n t e esclarecedor, a Sra. Suzana Maia Mousinho e sua nora, Sra. Maria Idê Cassaño Mousinho, contam que, em outubro de 1996, o próprio Chico Xavier revelara a elas que a filha de Maria Idê estava grávida e que as duas em breve seriam bisavó e avó, respectivamente. Segundo Chico Xavier lhes revelou, o espírito Emmanuel havia se empenhado pessoalmente, junto com o Benfeitor Espiritual do LEAL, Wilton Ramos Oliva, na seleção dos caracteres genéticos da futura criança, Carlos Augusto, garantindo-lhe sucesso na reencarnação. Esse ato do espírito Emmanuel, segundo Chico Xavier lhes explicou, foi o último dele na Crosta Terrestre, uma vez que o Benfeitor, a partir de então, em finais de 1996, ascendera aos planos mais altos da vida espiritual a fim de se preparar para a sua própria reencarnação, por um prazo aproximado de dois anos, a estar de volta à vida física no início do século XXI.

No último dia 13 de dezembro, o Lar Espírita “Pedro e Paulo” promoveu, sob a coordenação de seu fundador, o médium Carlos Antônio Baccelli, mais uma tradicional Distribuição de Natal, beneficiando, com cestas-básicas, brinquedos, lanches e enxovais para recém-nascidos, perto de 5.000 famílias e 4.000 crianças. Abaixo, nas fotos, alguns aspectos da referida Distribuição para cuja realização tantos confrades concorreram. A todos eles, os nossos agradecimentos.

DISTRIBUIÇÃO DE NATALDO LAR ESPÍRITA“PEDRO E PAULO”,DE UBERABA

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Página 4 JANEIRO/FEVEREIROJORNAL DA MEDIUNIDADE

Conselho Editorial: LEEPPJornalista Responsável: Juvan de Souza NetoRegistro: SC 01359JPRevisão gramatical: Fausto De VitoDiretores: Edson de Sousa Marquez / Mário Alexandre AbudProjeto gráfico e Impressão:

Editora Vitória Ltda.E-mail: [email protected]ço p/ correspondência:

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EXPEDIENTE

CÉTICOS E DOGMÁTICOS Antonio Baracat(Professor de Filosofia)

Inevitável, quando alguém descobre que sou cristão espírita, perguntar:

a) “Se eu quiser prova como, por exemplo, a revelação de um segredo, de algo que me foi dito ou de um fato obscuro, você pode conseguir, pois somente aí eu acreditaria no Espiritismo?” Respondo: “Isso não depende de mim, mas de você mesmo e da importância que isso pode ter para sua trajetória evolutiva. Reflita bem se o que você está querendo é mesmo importante e veremos o que se pode conseguir.”

b) “Que prova você tem da existência de Deus, pois tenho dúvidas se existe mesmo, já que a Ciência tem demonstrado que o Universo pode ser obra do acaso?” Digo: “Olhe-se no espelho. Pesquise cada parte do seu corpo somático, esse aglomerado de mais de 50 trilhões de células funcionando harmoniosamente. Observe depois o que está em volta de você e imagine tudo mais que existe e que está para além das possibilidades de captação dos nossos ainda pobres sentidos. A ordem que subjaz a tudo isso não o faz supor a existência de uma inteligência criadora de todas as coisas, de uma causa primeira do Universo infinito e de suas infinitas partes infinitas? O acaso pode produzir estrutura tão complexa e lógica?”

Mas não adianta!S o b r e t u d o p a r a a s p e s s o a s

supostamente mais cultas, Deus não existe mesmo!

E, quando admitem sua existência, é na forma do Deus pessoal dos dogmas religiosos, que se coloca na ordem dos “mistérios”, distante, portanto, da razão. Para esses, a fé será sempre crença cega, nunca raciocinada.

E ao longo da História não tem sido diferente. Marcos, em seu Evangelho, capítulo 3, versículo 21, afirma, categórico: “E, quando os parentes de Jesus ouviram isto, saíram para prendê-lo, porque diziam: Está fora de si”.

O Cristo, que era o Cristo, sequer logrou, à exceção de sua Mãe e mais alguns, convencer os próprios familiares!

Também Sir William Crookes, um dos físicos mais destacados do século XIX (descobridor dos Raios Catódicos e vários elementos químicos, dentre outras conquistas), durante três anos consecutivos, realizou experiências com a médium adolescente F lorence E l isa Cook, observando as frequentes materializações do espírito que se identificou como Katie King e de outros. Num dos seus livros sobre as experiências espíritas (que tem edição em português), onde reproduziu inclusive farto dossiê de fotografias dos espíritos materializados, cujas aparições foram testemunhadas em seu laboratório e em sua casa por tantos outros convidados para suas

pesquisas, no prefácio Crookes escreveu: “Não digo que isto é possível; digo: isto é real!” Porém, enviando extenso relatório sobre a autenticidade dos fenômenos à Royal Society, de Londres, o relatório foi simplesmente arquivado, dando-se o caso por encerrado.

E não foi só Crookes que teve esse trabalho, outras dezenas de eminentes pesquisadores, das mais diversas áreas do conhecimento e em todas as partes do mundo, também o fizeram e não conseguiram convencer quase ninguém.

É perda de tempo tentar convencer quem se recusa a admitir, ainda que como hipótese investigativa, o que o Espiritismo tem revelado, pois cada qual tem seu nível de evolução intelectual e moral. Não se pode perder tempo com a dúvida dogmática, ridicularizando a própria fé. Afinal, a liberdade, atributo divino, é coessencial às criaturas e ninguém está obrigado a aceitar-se como criatura imortal e muito menos aceitar que existam explicações racionais do modo pelo qual a imortalidade se desdobra. Compreender isso é conquista pessoal e íntima, antes de se tornar pública.

A crença na sobrevivência da alma está relacionada com a maturidade do senso moral e não apenas do intelecto. Os que se sabem imortais cuidam de cultivar o bem, porque sabem que aquilo que estão semeando é exatamente o que haverão de colher.

Os que duvidam da imortalidade devem mesmo ficar com sua crença na ação do acaso, que não deixa de ser um tipo bem claro de fé: a fé de que o acaso é capaz de produzir um universo lógico e racionalmente ordenado.

Se o Criador, com os prodígios da Criação, ainda não conseguiu convencer a todos acerca da sua existência, não seríamos eu nem os espíritos, simplesmente homens fora do corpo, que lograríamos convencer as criaturas sobre a realidade de sua existência imortal.

Se as pessoas negam ter um espírito em si, como haverão de aceitar que outros possam tê-lo?

E para os que até acreditam na imortal idade, mas não acei tam os esclarecimentos que o Espiritismo tem produzido, também não se pode fazer nada. Quem sabe um dia não se vejam diante da verdade que agora recusam? Daqui até lá, talvez se possa sugerir que prestem mais atenção àquilo que disse o Mestre Jesus, como no Evangelho de João, capítulo 16, versículo 12: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora...”.

Observação: Estes apontamentos foram inspirados na obra-prima do Dr. Odilon Fernandes, “O Transe Mediúnico” , psicografado pelo Dr. Carlos A. Baccelli.

Rodovias e estradas noPlano Espiritual?

Juvan de Souza Neto – Jornalista – SC 01359 JP Editor do jornal doutrinário “Espaço Espírita”, em Barra Velha, litoral norte de Santa Catarina

A série de livros assinada pelo espírito Paulino Garcia, assim como a da lavra do Dr. Inácio Ferreira, pelo médium Carlos A. Baccelli, segue não apenas descortinando aspectos desse mundo espiritual tão desconhecido – mas também, por isso, despertando a resistência ou até mesmo a contrariedade de irmãos espíritas que talvez não tenham refletido mais pormenorizadamente na própria Série André Luiz, da lavra de Chico Xavier.

Uma das curiosidades pinçadas deste mundo espiritual tão “humanizado”, como diria o Dr. Inácio, na esfera espiritual seguinte a que presentemente nos encontramos, é apresentada pelo próprio Dr. Inácio, em conjunto com Paulino, na obra mais recente deste último, “Viver é Para Sempre”, trazida a lume em junho deste ano. E o que você, amigo espírita, acharia, se disséssemos que há rodovias pavimentadas no Plano Espiritual – obviamente, neste plano mais próximo. Não se assuste nem nos acuse de “antidoutrinários” – termo tão em moda atualmente. Apenas estude conosco.

Poderíamos também argumentar que a informação de existência de estradas em construção ou manutenção no Mundo Espiritual igualmente está em André Luiz. Ou seja, é apenas confirmada pelo amigo Paulino, jovem de Rio Preto que, desde 1998, nos traz interessan-tes informações espirituais pela via mediúnica de Baccelli. Para os mais propensos a condenar a obra do médium, vale lembrar que, segundo André Luiz, nossa Crosta Terrestre é que é cópia desta esfera seguinte do mundo espiritual, e não o contrário. Mas vamos às informações:

No capítulo 19 de “Viver é Para Sempre”, os espíritos Dr. Inácio Ferreira, Paulino e Dr. Odilon Fernandes, na região espiritual onde está o “Liceu da Mediunidade”, benemérito centro de estudos espíritas e mediúnicos localizado no Plano Espiritual, visitam a obra de uma estrada em construção. Segundo Paulino relata, eles foram abordados por inúmeros trabalhadores braçais, que, sob a orientação de técnicos de engenharia e arquitetura, nela trabalhavam. O Dr. O d i l o n c u m p r i m e n t a u m d o s trabalhadores, que confirma que a obra estava terminando “no prazo previsto, sem incidentes” e que se tratava de “bela concepção arquitetônica”: duas rodovias s u p e r p o s t a s e s t a v a m s e n d o construídas, cada qual num sentido.

Aí muitos se perguntam: “Mas rodovia no Plano Espiritual?! E ainda mais em obras de pavimentação?!” Bem, o assunto não é novo para quem está habituado às revelações feitas pelo “Repórter do Plano Espiritual”, André Luiz. No capítulo “Preparativos”, do livro “Os Mensageiros”, segunda obra da série psicografada por Chico Xavier, publicada pela FEB no ano de 1944, há o detalhamento de um diálogo entre os personagens de Vicente (um laboratorista quando encarnado, que agora atuava de forma a colaborar no Ministério da Comunicação), e o instrutor Aniceto. O Benfeitor Espiritual anuncia a Vicente que eles fariam um “trajeto diferente” até a Crosta, para verificar atividades de

O Espiritismo não tem dono, patrão ou chefe. Sabemos disso, pois a Doutrina é dos Espíritos – ABC da 3.ª Revelação.

Estamos em 2010, ano do Centenário de nascimento do médium do século, o Kardec brasileiro, Chico Xavier. Chico, em nenhum momento, quis demarcar fronteiras entre os milhares de trabalhadores da Boa Nova.

Ao contrário, ele sempre apregoava a necessidade do surgimento de novos valores no campo da mediunidade, inclusive na psicografia.

O espírito Bezerra de Menezes, por seu intermédio, em 1957 – 53 anos atrás –, já nos alertava: “O livro mediúnico é comparável a melodia em que o medianeiro é o instrumento e o autor espiritual é o musicista. Quanto mais fiel o violino, mais sublimidade na peça”!

Para o verdadeiro espírita, livro psicografado não precisa de grifes editoriais. Devemos observar, isto sim, o seu conteúdo, a mensagem dos Amigos Espirituais oferecida ao mundo na exaltação do Evangelho e da Reencarnação como alicerces da verdadeira felicidade entre os homens.

No alvorecer do Ano Novo, 2010, ainda

trabalho e trânsito de espíritos em vésperas de reencarnação.

Ao ouvir a palavra “trânsito”, Vicente se admira. E Aniceto esclarece que, em “regiões inferiores” como a que separa os “degraus” das esferas de um mundo, como o Planeta Terra, há ligações rodoviárias, ou estradas! Leiamos o que detalha Aniceto: “As regiões inferiores, entre ‘Nosso Lar’ e os círculos da carne, são tão grandes, que exigem uma estrada ampla e bem cuidada, requerendo também conservação, como as importantes rotas terrestres (os grifos são todos nossos)”. Ele ainda completa: “Por lá (no Orbe), obstáculos físicos; por cá, obstáculos espirituais”. Aniceto dá a entender que as vias de comunicação normais (como as estradas) se destinam a intercâmbio indispensável.

E aí nos perguntamos: Mas espíritos de maior grau evolutivo precisam de estradas para se deslocar? Obviamente que não. Deslocam-se com a força do pensamento e utilizam a volitação. Mas não era o caso de espíritos ainda com corpos espirituais densos – como o caso de André Luiz, que sentencia: “Pela expressão do bondoso Instrutor, concluí que ele (Aniceto) poderia

voltar à Colônia quando quisesse, que não encontraria obstáculos de

qualquer ordem, em parte alguma, em razão do

poder espiritual de que se achava revestido, mas fazia-se peregri-no como nós, por seu devotamento”. Ou seja, literalmente,

Aniceto, por bondade, “bota o pé na estrada”

com os demais irmãos desencarnados. Aniceto, é claro, poderia

deslocar-se pelo pensamento, mas André Luiz e Vicente usavam a estrada ou rodovia – um trajeto que aos olhos dos encarnados, não pode ser visualizado, mas que existe e é amplamente usado por espíritos em missões reencarnatórias, para chegar ao Orbe! São lições como esta que nos mostram pouco sabermos do Plano Espiritual mais próximo – e muito menos ainda podemos perscrutar sobre esferas ainda mais elevadas que a de ‘Nosso Lar’. Mas que a mediunidade, seja a de Baccelli, seja a de Chico, tem nos trazido, apesar da resistência oferecida por muitos que, talvez por não se debruçarem como deveriam em cima da originalidade e profundidade da série André Luiz, insistem em questionar algumas das informações propostas por amigos espirituais, como Inácio, Odilon, Maria Modesto Cravo, Domingas e Paulino Garcia – sendo estas, tão-somente, naturais desdobramentos acerca daquilo que Chico tão amorosamente já nos ofertou.

José Thomaz da Silva Sobrinho

ficamos perplexos diante da tentativa de alguns confrades em separar, jogar um médium contra o outro com gesto anticristão de “querer” implantar entre nós um caminho único, em nome da Verdade.

A Doutrina Espírita é esclarecedora e consoladora. Nada é mais justo de que surjam sempre novos médiuns e novos livros em todos os quadrantes do País.

Chico Xavier, exemplo a seguir, aconselhava: “O espírito de competição, eis o que precisa terminar entre os companheiros de Doutrina Espírita... Sinceramente, eu não saberia dizer se certos companheiros encarnados desejam o progresso dos médiuns iniciantes, alguns têm sido implacavelmente perseguidos pelos que se rotulam adeptos da Doutrina... Fico pensando no que haveria de ser comigo, caso eu estivesse iniciando hoje na tarefa da Mediunidade... Considero os médiuns da atualidade muito corajosos, quando se predispõem a enfrentar a crítica dos espíritas, daqueles que quase nunca têm uma palavra de simpatia e de ânimo para com os médiuns que vão para o sacrifício...”

O ESPIRITISMO NÃO TEM DONO,PATRÃO OU CHEFE