Jornal Da Hora 04

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Poesia Passatempos Dias especiais da Hora São Paulo, Julho de 2008 Número 4 Espaço Arterial Jornal Entrevista com André C h a p e u z inh o A m a r e l o Fita Verde no Cabelo Música Clara Nana, nossa fotógrafa Na Livraria Novesete Gigi Manfrinato e San dra Lee Foto: Valéria Silva Foto: Barbara Duraes Beatris Duraes Foto: Thalita Marques

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Jornal escrito e ilustrado por crianças e adolescentes do Instituto Espaço Arterial

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PoesiaPassatemposDias especiais

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Jornal

Entrevista com André

C hapeuzinho Amarelo

Fita Verde no Cabelo

Música Clara Nana, nossa fotógrafa

Na Livraria

Novesete

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Foto: Thalita Marques

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Julho de 2008 Jornal da Horapag. 2

É! A situação está

cada vez mais brava.

Eu tô mais de um século sem comer, e minha história tá

ultrapassada, dá para acreditar?

Pior a situação dos lobos da história “Fita Verde no Cabelo”

que foram mortos pelos lenhadores.

Pô! A Chapeuzinho Amarelo não tem mais

medo de mim!

Levi Boschetti, 11 anos

Do

outr

o la

doHistória

Era uma vez uma menina chamada “Chapeuzinho Ama-relo” que tinha medo de tudo mas o medo mais apavorante era do lobo.

Do outro lado da história, a menina da “Fita Verde no Cabelo” não tinha medo de nada e lobo pra ela, nem existia.

Um dia, “Chapeu-zinho Amarelo” deu de cara com o lobo e perdeu todos os medos e principalmente o medo dele.

“Fita Verde no Cabelo” viu a avó morrer e começou a

sentir todos os medos que nunca sentiu.

Em uma bela tarde, “Chapeuzinho Amarelo” andando pelo bosque encontrou “Fita Verde no Cabelo” e uma começou a contar para a outra cada medo que tinham. E a partir daquele dia, elas começaram a entender que ter ou não ter medo são momentos da vida, que todos vivem.

Ter medo é não arriscar, tentar, provar... Não ter medo é viver o momento, deixar a vida rolar, o destino se traçar.

Essa é uma leitura muito

particular de “Chapeuznho

Amarelo” de Chico Buarque e “Fita

Verde no Cabelo” de Guimarães Rosa

Bárbara Duraes, 10 anos

da

Ana Cláudia Silveira, 11 anos

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E aí, galera! Não sei se vocês sabem mas dia 5 de junho é o Dia Internacional do Meio Ambiente. Eu fui a uma fábrica que recicla papel, para entender mais sobre o assunto. Os papéis velhos são colocados numa máqui-na que gira, parecendo um li-

quidificador gigante, ou melhor, era um liquidificador gigante. Depois de ser bem misturado ele vira uma pasta, é colocado em uma caixa com água, depois mergulha-se uma tela que irá recolher uma parte da pasta. Espera-se secar e pronto, está aí o seu papel reciclado! Se vocês

gostaram e querem aprender mais coisas sobre como

preservar o planeta Terra, leia o livro “Missão

Terra, o resgate do planeta”. Na Biblioteca

Monteiro Lobato você encontrará esse livro. Seja um defensor do

meio ambiente!

Samara Marinho, 10 anos

OS LOBOS

Resposta da Cruzadinha de Junho1. São João; 2. São Pedro; 3. Fogueira;

4. Bandeirinhas, 5. Balão; 6. Santo Antônio

SUDOKU

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Jornal da Hora julho de 2008 pag.3 Jornal da Hora

André Pereira é musico-terapeuta, tem

26 anos e adora aprender e inventar coisas novas!

Olhem só os intrumentos criados por ele!

JDH - Quando você começou a se in-teressar por esse trabalho?

André – Eu só percebi que estava in-teressado muito depois que eu já fazia, tudo começou no teatro onde percebi que podia experimentar outros sons. Desde os meus 11 anos aquilo já apare-cia, eu criei meu time de futebol todo de arame, construí 22 bonecos de arame, com trave, com bolinha. Eu comecei a construir brinquedos e como eu não ti-nha dinheiro para comprar instrumentos comecei a construir, a criar.

Entrevista com André

Beatris Duraes Ana Cláudia

Foto de Clara N

ana

Participamos da oficina de

música de André Pereira,

na Livraria Novesete.

JDH - Dos instrumentos que você já fez qual você mais gos-tou?André – É bem difícil essa per-gunta. Quando a gente faz algum instrumento você pensa naquele momento que está construindo uma obra de arte. Os instrumen-tos são diferentes, um é mais alto o outro é mais baixo, eles têm delicadezas de maneiras diferentes. Eu gosto de todos de maneira diferentes, eu por uma coisa, porque ele faz um som di-ferente do outro. Em casa tenho instrumentos que vão ganhando nomes. Um chama Virgulino, o outro Homens de Ferro, tem Maguinéto, a Mãe do Pano, o Elefantinho, a Flauta Bocas. Eu gosto de cada um por um motivo, por isso não consigo dizer de qual eu mais gosto, entende?

JDH - Como você se sente quando cria os instrumentos?André – A relação é ... sabe quando alguém gosta muito do que faz no traba-lho? Por exemplo: você gosta de fazer reportagem, né? Por isso vocês estão aqui fazendo. Comigo é a mesma coisa. Se eu não fizer isso, eu estarei remando contra a maré, eu preciso fazer isso porque é um lugar onde eu me encontro, onde eu me sinto feliz. Criar pra mim é uma ne-cessidade, eu fico triste quando não crio um instrumento, fico com dor no corpo, às vezes eu fico até doente! Eu preciso que as pessoas se aproximem dos instrumentos, no mundo as pes-soas precisam tocar mais, se envolver com a música e esses instrumentos facilitam esse encontro.

Jornal Da Hora (JDH) Qual a sua formação?

André – A gente tem os trabalhos te-rapêuticos em que cada pessoa constrói o seu próprio instrumento.

JDH – Hoje você mostrou como a gente manipulava os instrumen-tos, mas você dá oficina para as crianças construírem instrumen-tos?

JDH - Como você aprendeu a fazer todos esses instrumentos inusita-dos? André – Eu chamo os instrumentos de plásticas sonoras. Esse nome vem de um Suíço que chama Smetak, S-M-E-A-T-K. No teatro as pessoas me pediam pra fazer instrumentos as-sim: “Ai, eu preciso de um som de fogueiras trepidantes” Aí eu falava: que instrumento que faz esse som de fogueiras trepidantes? Aí eu comecei a pensar, pensar, pensar e falei: Oh!!! E comecei a inventar coisas. Invento sempre com o que tenho. Construí aquele pau de chuva em roda com aro de bicicleta porque o que eu tinha era aro de bicicleta. Eu saio na rua o-lhando lixo e o que tem no lixo me dá idéia de construir o instrumento. Uma vez eu vi uma cadeira e aí criei uma cadeira sonora, entende? (risos). Eu não sei se é inspiração que eu tenho. Acho que eu sou inspirado a todo momento por milhares de coisas!

Eu fiz duas escolas, uma facul-dade de músico-terapia e a Es-cola Municipal de Música, sou formado em música erudita e também sou formado em músico-terapia. Acho que a gente nunca para de estudar, né? Eu sinto que até hoje estou me formando, porque pra construir instrumen-tos, eu estudo e pesquiso muito.

E depois fizemos essa entrevista!!

Aproveitem!

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Jornal da Horapag. 4Julho de 2008

Espaço Arterial

EXPE

DIEN

TE CoordenaçãoFábia NogueiraValéria SilvaVera Alves

Projeto GráficoFábia Nogueira

EquipeAna Cláudia Silveira

Barbara Duraes

Bruno CostaBeatris Duraes

Claoni Plaça

Ana Rosa Oliveira

Clara Nana

Gabrielle AlvesGonçalo CostaGuilherme Oliveira

Thalita Marques

Levi BoschettiPedro Railson

Rua General Jardim, 5563256-3057

[email protected]

Diagramação

Fábia NogueiraValéria Silva

CEP 01223010

Realização

Eu vou falar de uma data que poucos conhecem: o Dia da Pizza. Ele é comemorado em 10 de julho desde 1985 em São Paulo, quando houve um concurso no estado que elegia as 10 melhores pizzas de Mussarela e Marguerita. O evento teve bastante sucesso, então o secretário do tu-rismo daquela época, Caio Luís de Carvalho, decretou a data do encerramento do concurso como Dia da Pizza. Mas só porque é o dia da pizza não vão exagerar, viu? Tudo tem que ter mode-ração, inclusive a pizza. Por enquan-to é isso, mas não esqueçam de ler os outros textos do jornal. Boa leitura!

Dia da

Pizza As músicas brasileiras são emocionantes, eu gosto de ouvir CD’s e assistir aos Shows. A música é uma coisa maravilhosa, gosto de ouvir cantores brasileiros, fico muito emocionado e curioso para saber sobre a vida deles. Eu gosto de músicas alegres e a que eu mais gosto são as do Caetano Veloso, mas também gosto do Gilberto Gil, da Rita Lee, Raul Seixas e muitos outros.

Claoni Plaça, 21 anos

Mú sicaMú.P.B.Mú sica Popular Brasileira

Lá vem o patoamigo do gatoprimo do rato.

O gato usa sapatoo pato foi pro matoe esqueceu do rato.

Aí virou um fatona estóriado gato, pato e rato.P

oesi

aProdução coletiva dos alunos da 1ª série E (7 anos) EE Arthur Guimarães.

Os Três Amigos

Ana Rosa, 9 anos

Flauta Doce

Passatempo

As flautas são instrumentos pequenos, mas nem tão pequenos assim. Nelas existem oito buracos e é deles que saem as notas musicais DÓ, RÉ, MI, FA, SOL, LA, SI, DÓ. Existem muitos tipos de

flautas e antigamente todas elas eram de madeira. É com as notas musicais, que saem dos buracos da flauta, que podemos fazer música. Experimentem!

Jogo

dos set

e erros

Desenho de Clara Nana, 7 anos

Des

enho

de

Bar

bara

Dur

aes,

10

anos

Texto de Gonçalo Costa, 13 anos

Guilherme Oliveira, 11 anos

ColaboradoresAlunos da 1ª série E, Profa. Carolina, da EE Arthur Guima-rães.

AgradecimentosLivraria Novesete

Samara Marinho