Jornal Cooperação - Fevereiro 2011

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Ano XI - Nº 232 - Fevereiro/2011 www.ocemg.coop.br Informativo do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais - Sistema Ocemg/Sescoop-MG Dia C 2011 já tem data marcada Página 8 Sistema retoma agenda de cursos em fevereiro Página 3 Aumento na demanda por alimentos pode fortalecer segmento cooperativo Págs. 6 e 7

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Ano XI - Nº 232 - Fevereiro/2011www.ocemg.coop.br

Informativo do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais e doServiço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais - Sistema Ocemg/Sescoop-MG

Dia C 2011 já tem data marcadaPágina 8

Sistema retoma agenda de cursos em fevereiroPágina 3

Aumento na demanda por alimentospode fortalecer segmento cooperativo

Págs. 6 e 7

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Informativo do Sistema Ocemg/Sescoop-MG - Ano XI - Nº 232 - fevereiro 2011

expediente editorial

Rua Ceará, 771, Funcionários - BH - MGTelefone: (31) 3025-7100/www.ocemg.coop.br

Presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MGRonaldo Ernesto Scucato

Vice-presidente da OcemgLuiz Gonzaga Viana Lage

Conselho Diretor da OcemgAlmyr Vargas de PaulaCarlos Alberto Paulino da CostaFlávio Lúcio Moreira BicalhoGeraldo Magela da SilvaHenrique Souza SaldanhaJamil José SalibaJoão Batista Bartoli NoronhaJosé Augusto FerreiraJosé Edgard Pinto PaivaJosé Nilton Gomes BarbosaMatusalém Dias SampaioRenato Nunes dos SantosRoberto Cleber Cunha Carvalho

Conselho Fiscal da OcemgCristiano Felix dos Santos SilvaEvaldo Moreira de MatosTatiana Campos Salles Silva

Conselho de Ética da OcemgIrone Martins de SampaioJosé Acácio CarneiroLuiz Otávio Fernandes de Andrade

Superintendente do Sistema Ocemg/Sescoop-MGWilliam Bicalho da Cruz

Conselho Adm. do Sescoop/MGJorge Nobuhico KiryuAdalberto de Souza LimaRaimundo Sérgio CamposFrancisco Miranda Figueiredo Filho

Conselho Fiscal do Sescoop/MGElton Evangelista Corrêa LimaUrias Geraldo de SousaJosé Ailton Junqueira de Carvalho

Produção/Projeto Gráfico VisualEficaz Comunicação & Marketing Reportagem, Redação, EdiçãoJornalistas Responsáveis:Valéria Rodrigues MTB: 3516Vera Lima MG 04523JPTelefax: (31) 3047-6122/e-mail: [email protected]

Fotografia: Divulgação/Sistema OCB, Credibelgo, Cemil/Coopa, Arquivo Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Wilson Avelar.

Impressão: Lastro Tiragem: 3 mil exemplares

O conteúdo desta publicação pode ser fonte de produção de outros conteúdos, desde que devi-damente referenciados.

Ronaldo Scucato

No Brasil, um flagrante recorrente e que não faz bem ao Estado Democrá-tico de Direito diz respeito ao famoso “jeitinho brasileiro”. Prática abominável, esse estilo que não deveria fazer parte do cotidiano de ninguém, infelizmente, às vezes, se estabelece no Brasil com o apoio daqueles que deveriam, por força do ofício, coibir essa procedência.

Faço essa abordagem para entrar num assunto que acompanhamos com grande preocupação: o decreto 52.091, assinado em 19 de janeiro, pelo prefei-to de São Paulo, Gilberto Kassab, e que exclui a participação de cooperativas em licitações públicas. O Sistema Ocemg/Sescoop-MG considera a decisão um re-trocesso visto que a matéria já foi, inclusive, regulamentada por força de Lei e deveria apenas ser cumprida.

Em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva san-cionou a Lei nº 12.349/10 (MP 495/10) que alterou o texto da Lei nº 8.666/93. Com isso, estabeleceu que as coopera-tivas tivessem o direito de participar das licitações públicas.

Agora, por meio de um inexplicável decreto, Kassab praticamente reedita o texto do ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, divulgado em junho de 2010, que impediu – via decreto - a participação de cooperativas de traba-lho em licitações e contratações promo-vidas pela Administração Direta e Indi-reta do Município de São Paulo.

São medidas injustas, inaceitáveis e que contrapõem o incentivo às coo-perativas estabelecido na Constituição Federal de 1988 e na Constituição do Estado. Por isso, estamos ao lado da Ocesp, quando ela afirma não ter sido ouvida pela Prefeitura para esclarecer as dúvidas recorrentes, contestando ain-da informações improcedentes de que

Secretário de Estado da Agricutura, Pecu-ária e Abastecimento (Seapa), Elmiro Nas-cimento, e sua equipe visitam a Casa do Cooperativismo Mineiro.

Presidente do Sindicato e Organização das

Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg)

e do Serviço Nacional de Aprendizagem do

Cooperativismo (Sescoop-MG)

Justiça seja feita!

falsas cooperativas poderiam participar dos certames.

É de conhecimento amplo que a Ocesp garante a idoneidade das coo-perativas por intermédio de um contro-le de titularidade consubstanciado por um Selo de Conformidade estabelecido nacionalmente pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que in-cluiu no projeto-piloto cooperativas dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Sustentamos o argumento de que a determinação de São Paulo fere a Lei Federal nº 12.349/10 que hoje regula-menta a matéria. Ressaltamos que em Minas isso não ocorre porque temos to-tal apoio do governo nas esferas muni-cipal e estadual e estamos certos de que aqui as leis são cumpridas.

Consideramos esse cerceamento um absurdo. Acreditamos que, sob a orientação da Ocesp, as cooperativas paulistas estarão bem orientadas a uti-lizar as ferramentas legais adequadas para reverter esse cenário nefasto.

imagem do mês

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cooperação

Oportunidade para os cooperativistas que desejam se espe-cializar em 2011. O Sistema Ocemg/Sescoop-MG informa que já estão abertas as inscrições para o curso de pós-graduação em cooperativismo da Fundação Pedro Leopoldo.

O MBA Gestão de Cooperativas da Fundação Pedro Leopoldo tem como objetivo desenvolver profissionais para atuar de forma competente e inovadora junto às sociedades cooperativas. A partir de uma proposta pedagógica avançada, o curso oferece aos parti-cipantes ferramentas eficazes para o desenvolvimento econômico e social do empreendimento cooperativo. Diante dos atuais desafios do mercado, o MBA Gestão de Cooperativas, baseado em valores e princípios cooperativistas, traz como foco a profissionalização da gestão a fim de projetar as cooperativas no cenário nacional.

Mais informações no site www.unipel.edu.br, pelo [email protected] ou ainda pelo telefone0800-702-1818.

A PUC Minas também oferece Especialização em Gestão Es-tratégica em Sociedades Cooperativas. O curso possibilita aos participantes a compreensão e análise da gestão das sociedades cooperativas, tanto em relação ao referencial teórico-metodológico quanto à práxis cooperativa. A proposta é capacitar profissionais para atuarem com competência e de forma inovadora.

A gestão profissionalizada e o for-talecimento do cooperativismo mineiro são abordagens constantes no Sistema Ocemg/Sescoop-MG, que disponibiliza para os dirigentes, cooperados e empre-gados um amplo e diversificado portfolio de atividades com ênfase permanente na capacitação.

A agenda de cursos do Sistema será retomada efetivamente em fevereiro com iniciativas que abrangem desde as áreas fiscal, tributária, administrativa e contábil, até segurança da informação, formação de dirigentes e área comportamental.

Pós-graduação em cooperativismo

Sistema retoma cursos em fevereiro

Destaque para os cursos de Balanço Social, Orientações para Atuação do Con-selho Fiscal, Apuração de Resultados nas Sociedades Cooperativas, Aspectos Jurídi-cos dos Órgãos Sociais das Cooperativas, palestras de Orientações Básicas sobre Cooperativismo, além da continuidade do Formacoop.

Acesse o portal www.ocemg.coop.br e confira a agenda completa com datas e lo-cais dos cursos a serem oferecidos pelo Sis-tema em fevereiro. Confira também, abaixo, a agenda do Sescoop-MG para o mês de março e programe-se!

O curso divide-se em três áreas de pesquisa: na primeira etapa serão abordadas as disciplinas em ciências sociais aplicadas; na segunda as disciplinas técnicas legais e na última, as disciplinas de gestão. Podem participar profissionais com atuação no movimento cooperativista e que, de forma direta ou indireta, fazem parte da engrenagem da cooperação mútua. Mais informações podem ser obtidas no site www.pucminas.br.

Vale lembrar que as duas iniciativas são apoiadas pelo Sistema Ocemg/Sescoop-MG.

UnivaleA Universidade Vale do Rio Doce (Univale), em parceria com

as Cooperativas de Governador Valadares e o Sistema Ocemg/Sescoop-MG, também lançou o curso de MBA em Gestão Es-tratégica de Cooperativas. Pioneira na região, a iniciativa bus-ca suprir as necessidades de qualificação de profissionais que atuam na área, mantendo-os atualizados com a visão e gestão cooperativista. A primeira turma já está fechada, com 35 alunos. No dia 7 de fevereiro, aconteceu a Aula Magna do curso com a participação do presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato, que ministrou palestra com o tema “Coopera-tivismo – Ontem, hoje e amanhã”.

capacitação

calendário

Sescoop-MG - Março 2011agenda

28/02 e 01/03 - Curso - Capacitação para Elaboração do Balanço Social – Uberaba

14 e 15 - Formacoop - mód. 1 - A Natureza Empresarial da Cooperativa - Turma 1 - BH

14 e 15 - Formacoop - mód. 8 - Habilidades e Técnicas de Negociação - Gov. Valadares

14 e 15 - Curso - Apuração de Resultados nas Sociedades Cooperativas - Uberaba

16 - Palestra - Orientações Básicas sobre Cooperativismo - BH

17 e 18 - Formacoop - mód. 1 - A Natureza Empresarial da Cooperativa - Turma 2 - BH

18 e 19 - Formacoop - mód. 8 - Habilidades e Técnicas de Negociação - Ouro Preto

21 - Curso - SPED fiscal - PIS e COFINS - BH

21 e 22 - Formacoop - mód. 9 - Governança e o Papel Estratégico - Montes Claros

22 - Reunião de Interiorização - Juiz de Fora

24 e 25 - Formacoop - mód. 8 - Habilidades e Técnicas de Negociação - Patos de Minas

30 - Palestra - Orientações Básicas sobre Cooperativismo - BH

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balança comercial

reuniãoFecoop Sulene realiza primeiro encontro do ano

O presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG e da Federação dos Sindicatos das Coope-rativas dos Estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina (Fecoop/Sulene), Ronaldo Scucato, participou dia 11 de janeiro da primeira reunião do ano com repre-sentantes que compõem a Federação.

Scucato disse que o cooperativismo vive um momento histórico, referindo-se à con-cessão do registro sindical da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), em

novembro do ano passado. “O registro forma-lizou a personalidade sindical da entidade, que continuará a exercer as funções de coordena-ção da categoria econômica das cooperativas, bem como a de coordenação das federações.”

A reunião teve como objetivo promover um alinhamento dos procedimentos que de-verão ser adotados em relação à contribuição sindical, da qual uma parcela será destinada à Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), entre outros assuntos.

Exportações de Minas ficam acima da média nacionalO agronegócio mineiro comemora uma

ótima fase. O segmento, no tocante à receita das exportações, bateu recorde em 2010, che-gando a US$ 7,6 bilhões. O valor representa um crescimento de 34% em relação a 2009 segundo números do Ministério de Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O crescimento registrado em Minas su-pera a média nacional. Enquanto o valor dos embarques do Estado cresceu 34%, o Brasil apresentou um aumento de apenas 18%.

Em relação ao volume exportado, o agro-negócio mineiro registrou um aumento de

16,2%, chegando a 7,1 milhões de toneladas vendidas ao exterior. Os principais destinos dos produtos, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) foram Alemanha, Estados Unidos e Japão.

O Brasil registrou números expressivos referentes às exportações do setor agropecu-ário. Foram US$ 76,4 bilhões. Na compara-ção com 2009 (US$ 64,7 bilhões), o valor é 18% maior e supera em US$ 4,6 bilhões os US$ 71,8 bilhões registrados, em 2008, até então o melhor ano para as vendas externas do agronegócio.

O resultado da balança comercial mostra que houve crescimento de 35,2% nas impor-tações, que passaram de US$ 9,9 bilhões, em 2009, para US$ 13,4 bilhões em 2010. No que se refere aos mercados compradores, a Ásia se consolidou como principal destino em 2010, registrando crescimento de 16,8% e sen-do responsável por 30,1% de todas as exporta-ções de produtos brasileiros. Embora a taxa de participação da União Europeia tenha caído de 29,3% para 26,7%, o bloco ainda é o segundo mercado de destino, com crescimento de 7,5% no último ano.

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Reunião Fecoop/Sulene

ANTT recadastra cerca de 1,3 milhão de transportadoresA Agência Nacional de Transportes Ter-

restres (ANTT) finalizou em dezembro passado o recadastramento do Registro Nacional de Transportador Rodoviário de Cargas (RNTRC), documento obrigatório para a realização de serviços de transporte de cargas em todo o Brasil.

Os dados obtidos do RNTRC, além de permitir um maior conhecimento do setor de cargas por parte da ANTT, servirão para orien-tar algumas políticas do setor de transporte, a exemplo de estratégias de ação para renova-ção e modernização da frota.

Segundo dados oficiais da ANTT, o RN-TRC emitiu, até o dia 12 de janeiro de 2011, 1.287.579 registros de transportadores, sendo 1.080.094 registros de autônomos, 206.749 de empresas e 736 de cooperativas. Os núme-ros da Agência mostram que estes transporta-dores registraram um total de 2.130.662 veí-culos de carga, com 1.143.305 caminhões de autônomos, 975.528 de empresas e 11.829 de cooperativas.

A ANTT levantou, durante a realização do recadastramento e concessão do registro, a idade média da frota de caminhões que circula no Brasil. A idade média total ficou em 16,4

anos. Entre os autônomos, a idade média dos veículos é de 21,7 anos. Nas empresas, a mé-dia cai para 10,4 e, entre as cooperativas, os caminhões têm, em média, 14,9 anos.

A gerente de acompanhamento de coo-perativas do Sistema, Vitória Drumond, explica que as cooperativas do ramo transporte repre-sentam importante papel no cenário mineiro. “Possuímos atualmente 109 cooperativas desse ramo registradas no Sistema Ocemg/Sescoop–MG. No ano de 2010, o Sistema visitou 48 de-las com uma frota total de 4.897 sendo carros, ônibus, vans e caminhões, o que comprova a força do setor”, afirma.

Vitória lembra que outro bom exemplo vem das cooperativas de táxi. Das 13 entidades visitadas em Belo Horizonte, sete têm como ati-vidade o transporte por táxi, somando um total de 1.634 veículos, o que representa 27,10% da frota de táxi do município.

registro

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cooperação

O Banco Central (BC) decidiu simplificar, a partir de janei-ro de 2011, a contabilidade de cooperativas de crédito com ativo inferior a R$ 200 milhões e também de centrais de crédito com ativo menor que R$ 100 milhões.

O BC foi autorizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) a exigir dessas cooperativas, neste ano, um indicador único de avaliação de riscos. Para tanto, será definido novo valor para o capital mínimo exigido dessas instituições. A medi-da integra o processo de flexibilização das regras em favor da disseminação do cooperativismo de crédito no Brasil.

No país, o valor mínimo exigido para exposição de risco gira em torno de 11%. Já no caso das cooperativas, esse novo valor mínimo de capital irá substituir o modelo atual, que exige das entidades o uso de indicadores diferentes para os diversos tipos de risco: operacional, de crédito e de mercado.

Na avaliação do CMN não é preciso exigir dessas coo-perativas de baixa complexidade operacional demonstrativos referentes a riscos em que elas não necessariamente incorrem.

A medida, de acordo com o vice-presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Luiz Gonzaga Viana Lage, também presidente do Sicoob Central Cecremge, trará resultados positivos para as cooperativas, pois, de fato, simplificará bastante os processos.

tributação

BC simplifica contabilidade de pequenas cooperativas

crédito

Novidades para os produtores de Queijo Minas Artesanal. O governo do Estado de Minas Gerais, a partir do Decreto nº 45.524, de 29 de dezembro de 2010, aprovou mudanças no recolhimento do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) pelos produtores do Queijo Minas Artesanal. Com as al-terações, apenas os produtores do queijo cadastrados no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) poderão emitir Nota Fiscal, devendo inclusive constar o número de cadastro do produtor no órgão.

A iniciativa tem como objetivo atrelar o recolhimento do ICMS/emissão da Nota Fiscal (NF) à regularização sanitária no referido Instituto. Os produtores do Queijo Minas Artesanal ainda não cadastrados no IMA não poderão emitir as NF’s. Além disso, trata-se de mais um mecanismo para o combate ao Queijo Minas Artesanal sem registro sanitário.

Segundo o presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato, a medida agrada o segmento cooperativista mineiro, pois se trata de um reconhecimento do Queijo Minas Artesanal, tradicional produto em nosso Estado.

Recentemente, o Governo do Estado reconheceu o produ-to como patrimônio cultural mineiro. Desta forma, alterou o conceito do Queijo Minas Artesanal para fins de obtenção de registro e instituiu formulário específico para cadastramento junto ao IMA, determinado que o rótulo seja elaborado con-forme modelo oficial a ser regulamentado.

Ao comentar as novidades, o gerente técnico do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Marco Túlio Borgatti, demonstrou otimismo em relação ao segmento e ressaltou a importante parceria do Sis-tema junto ao IMA na condução do projeto Queijo Minas Artesa-nal. “A participação do Sistema neste processo é fundamental no que se refere às ações necessárias ao cadastramento do produtor junto ao Instituto. Por meio do Sistema, são realizados anualmente exames de tuberculose e brucelose em todo o rebanho dos pro-dutores, análises físico-químicas e microbiológicas do queijo e da água, cursos de Boas Práticas de Fabricação – BPF e palestras de Noções Básicas sobre Cooperativismo”, explica.

Queijo Minas Artesanal: mudançasno recolhimento do ICMS

Fique sabendo:

O Programa Queijo Minas Artesanal conta atualmente com 155 queijarias cadastradas, 79 das quais na região do Serro; 35 no Cerrado, 23 na Canastra, 17 em Araxá e uma no Campo das Vertentes. Somente em 2010, foram cadastradas 34 queijarias no Programa.

Para se inscrever no Programa Queijo Minas Artesanal o produtor deve pertencer a um dos municípios mineiros das regiões autorizadas (Serro, Cerrado, Canastra, Araxá e Campo das Vertentes), conforme determina a Lei Estadual 14.185/02.

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Informativo do Sistema Ocemg/Sescoop-MG - Ano XI - Nº 232 - fevereiro 2011

cenárioAumento na demanda por alimentos abre

perspectivas de crescimento para o cooperativismoramo crédito, por exemplo, teria maior demanda por emprésti-mos, o ramo transporte teria seu fluxo ampliado no quesito car-gas e o ramo trabalho disponibilizaria mais profissionais para acompanhar o crescimento.

A organização de produtores em cooperativas surge, por-tanto, como uma ferramenta fundamental para o fomento da produção, considerando a agregação de valor aos produtos, a redução do custo operacional e o ganho em escala. Em Minas Gerais, o número de empregados diretos em cooperativas hoje é da ordem de 30 mil pessoas, podendo esse número chegar a 34 mil se forem contabilizados os terceirizados.

Agronegócio em altaO Brasil possui vantagens climáticas e geográficas que o

colocam em posição de destaque diante dos demais países, in-clusive da América do Sul. Atualmente, ele dispõe de mais de 100 milhões de hectares incluindo pastagens degradadas para expansão agrícola, sem interferir nos biomas Floresta Amazôni-ca, Pantanal, Mata Atlântica, entre outros.

O potencial agricultável brasileiro é, portanto, um dos fa-tores que confirmam a posição confortável que o país pode al-cançar ante o cenário de alta nos preços dos alimentos e neces-sidade de ampliar a oferta no mercado. “Este pode realmente ser o momento oportuno para que o cooperativismo demonstre seu potencial em atender à demanda, confirmando a tendência inevitável de fortalecimento robusto nos próximos anos”, enfatiza o presidente Scucato.

Vale informar que o cooperativismo mineiro terá papel de destaque nesse processo de expansão porque é o maior produ-tor de leite e café do país, com aumento significativo também na produção de soja, produtos esses que têm participação ex-pressiva no Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é estimado que o agronegócio, em 2010, com base nos dados de janeiro a outubro, gere uma ri-queza da ordem de R$ 98,7 bilhões. Esse montante corresponde a 12,4% do PIB do agronegócio nacional.

Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, essa situação aponta, sem dúvida, para um cenário otimista ao segmento cooperativista. “O papel do se-tor neste processo vai contribuir de forma expressiva para equa-cionar a demanda da humanidade. Não só no agronegócio, mas também em outros ramos do cooperativismo”, afirma.

Albanez explica que ocorre no agronegócio, em escala mundial, uma onda de migração expressiva do meio rural para os centros urbanos, desde a década de 50. A população bra-sileira nas grandes cidades cresceu, de lá para cá, de forma expressiva com o êxodo rural. Tanto que, em 2009, já se regis-trava apenas 16% da população nas zonas rurais. Esse fenômeno ocorre também em países populosos como a China e a Índia e o maior reflexo disso é que boa parte dessa população sai da condição de produtor para consumidor, aumentando o consu-mo de maneira relevante. Assim, a sociedade urbana precisa

O alerta feito recentemente pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sinaliza um cenário mundial de elevação de preços e inflação. Segundo relatório da entidade, os preços dos alimentos podem sofrer uma elevação de até 20% este ano.

Em contrapartida, o cooperativismo tem uma boa oportuni-dade de fortalecimento. Tudo indica que o setor poderá se tornar um dos players mais importantes do mercado nessa área, espe-cialmente se for apoiado por políticas públicas de incentivo.

Nos últimos dois anos, em todo o mundo, o segmento de alimentos registrou as maiores altas e a tendência é de que o crescimento continue em 2011diante de safras abaixo do espera-do e do aumento do consumo em torno das commodities.

“Precisamos de uma política agrícola norteadora e bem es-truturada de estímulo ao aumento da produção. Os produtores

rurais e suas cooperativas dependem de incentivos do governo para que possam ampliar sua produção”, afirma o presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato.

Ao fazer essa observação, Scucato lembra que o cooperati-vismo, novamente, pode ser favorecido diante de uma situação adversa, destacando-se na oferta sustentável de alimentos in-terna e externamente. “Assim como o cooperativismo de crédito se destacou no período pós-crise, estamos confiantes no bom desempenho das cooperativas agropecuárias em 2011”, afirma.

O potencial cooperativista pode surpreender, na visão do gerente técnico do Sistema, Marco Túlio Borgatti, caso sejam tomadas as medidas necessárias. Segundo ele, dois itens mere-cem destaque para que isso aconteça: a facilidade de acesso ao crédito e a renegociação das dívidas dos produtores.

Com isso, não apenas o ramo agropecuário seria beneficia-do. Os reflexos também seriam sentidos nos demais ramos em consequência do crescimento de toda a economia nacional. O

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cooperação

Aumento na demanda por alimentos abre perspectivas de crescimento para o cooperativismo

compreender e apoiar as ações empreendedoras dos produtores rurais nessa função extremamente importante para a segurança alimentar da nação.

Políticas públicasDiante das circunstâncias e das previsões de alta nos preços

de alimentos e até de inflação provada pela redução dos esto-ques, há que se enfatizar a necessidade de uma visão mais am-pliada em termos de políticas públicas. É preciso ter clareza da importância de se manter, em patamares sustentáveis, a política de segurança alimentar.

Neste aspecto, surge como diferencial o papel da agricultu-ra na produção de alimentos, fibras, bioenergia e serviços am-bientais. “Nossas lideranças precisam entender que a agricultura tem uma multifuncionalidade. O fomento às políticas públicas passa, necessariamente, pelo fortalecimento do cooperativismo. Isso significa investimentos em tecnologia, logística, infraestrutu-ra para que os produtores possam produzir em escala, estocar e escoar sua produção com segurança”, ressalta Albanez.

O superintendente da Seapa lembra, ao fazer tais conside-rações, que os produtores do agronegócio estão ligados direta-mente ao cooperativismo. Exemplo disso vem da produção de leite, que em 2000 era de 19,8 bilhões de litros e, em 2009, passou para 29,1 bilhões, perfazendo um acréscimo de 47% da produção. Outro dado importante vem da área plantada. De 2000 a 2011 a realidade mudou muito e as expectativas são bastante otimistas. De 35 milhões de hectares da área plantada, a previsão é fechar o ano com pelo menos 48 milhões, um cres-cimento de 37,1%.

Enquanto isso, a produção de grãos saiu de 83 milhões de toneladas para 149 milhões (aumento de 80%) no mesmo pe-ríodo. “Isso mostra o enorme ganho de produtividade da agri-cultura brasileira. Com políticas públicas eficientes e uma visão empreendedora de produtores se fortalecendo em cooperativas e a sociedade apoiando a agricultura e entendendo sua impor-tância para a segurança alimentar, essa realidade se torna ainda mais promissora”, contabiliza Albanez.

Pelos números apresentados, o agronegócio mineiro vai muito bem. Na pauta de exportações 557 itens mostram a pu-jança do setor no abastecimento dos mercados interno e exter-no. Destaque para a produção de café, carnes (bovina, suína e aves) complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol), complexo soja (grão, óleo e farelo de soja), produtos florestais, dentre outros. Em 2010, o setor bateu recorde em exportações, chegando a US$ 7,6 bilhões. Os principais destinos do agronegócio no exte-rior foram Alemanha, EUA, Japão e Holanda.

Apesar dessas cifras, um desafio se faz permanente para a agricultura brasileira. Suprir as demandas existentes para que os países e as populações menos abastadas tenham alimento dispo-nível, é a grande meta a ser alcançada. No entanto, o Brasil tem condições favoráveis para ampliar sua produção usando também áreas já exploradas, como as pastagens degradadas.

Outro aliado neste sentido vem dos investimentos em tec-nologias para o aumento da produtividade, a exemplo de uma eficiente política de irrigação a partir do potencial dos recursos hídricos existentes em nosso país. De olho nessa direção, aqui em Minas, o governo estadual prepara, já em fase adiantada, um plano diretor da agricultura irrigada. Com isso, as perspectivas para o agronegócio podem se ampliar ainda mais.

cooperação

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encontroCasa do Cooperativismo Mineiro

recebe visita de SecretárioO presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo

Scucato, juntamente com o superintendente, William Bicalho, e o gerente-geral da entidade, Francisco Gonçalves Filho, rece-beram no dia 12 de janeiro, a visita do novo secretário de Es-tado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Elmiro Nascimento e sua equipe: secretário-adjunto, Paulo Romano, Chefe de Gabinete, Evandro Neiva, e o assessor de comunica-ção, Marcelo Varella.

A Ocemg foi a primeira entidade de classe a receber a visita do Secretário. Na oportunidade, Elmiro Nascimento re-afirmou a importância do cooperativismo mineiro e lembrou o grande apreço que o governador Antônio Anastasia tem pelo segmento.

Relevou a necessidade de fortalecer parceiras visando pro-jetos como o Plantio de Matas Ciliares e o Minas Leite - pro-grama de cooperação técnica e institucional para a melhoria do processo de gestão da produção na bovinocultura. Discutiu sobre a Lei 19.476, em vigor desde 11 de janeiro, que dispõe

sobre a habilitação sanitária de estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte no Estado, dentre outros assuntos.

Por sua vez, o secretário-adjunto, Paulo Romano, ressaltou o empenho de Anastasia na formulação de um plano de gover-no que fortaleça a estratégia do trabalho em rede envolvendo os setores público e privado, com vistas ao desenvolvimento sustentável.

Ao agradecer a visita, Scucato lembrou que há mais de 10 anos, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Coo-perativismo de Minas Gerais (Sescoop-MG), o Sistema investe na capacitação de cooperados, com destaque para a prepara-ção dos jovens e das mulheres cooperativistas.

“Todos os anos investimos no treinamento de pelo menos 300 jovens e os lançamos ao mercado com uma visão mais am-pliada da filosofia cooperativista. Temos hoje em Minas quase 800 cooperativas, que respondem por 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB), congregam mais de 1 milhão de cooperados e em-pregam cerca de 30 mil pessoas”, explicou.

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Dia C 2011 será em setembroEvento inserido na agenda do Coo-

perativismo mineiro desde 2009, o Dia de Cooperar - Dia C, já tem data defini-da para 2011. O grande movimento da solidariedade cooperativista será realiza-do em todo o Estado no dia 03 de setem-bro (sábado).

Idealizado pelo Sistema Ocemg/Sescoop-MG, o Dia C tem o objetivo de promover, estimular e potencializar as ações voluntárias das cooperativas minei-ras, com a missão de ajudar as pessoas a transformar suas vidas.

No Dia C, ações sociais diversifica-das e simultâneas são realizadas pelo se-tor e já contemplaram desde a doação de sangue, cadastro de pessoas interessadas em doar medula óssea, arrecadação de alimentos, roupas, livros e materiais de limpeza, passando pela prestação de ser-viços à comunidade, realização de ruas de lazer, reformas de asilos, casas lares até assistência financeira a entidades fi-lantrópicas. Algumas atividades não se restringem apenas ao Dia de Cooperar, uma vez que antecedem ao evento e, em grande parte, são continuadas após a data.

Para 2011, a expectativa é superar em todos os aspectos as edições ante-riores, agregando cada vez mais coope-rativas e voluntários ao projeto, o que propiciará um número maior de pessoas contempladas. Para o superintendente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, William Bicalho, o sucesso do Dia C registrado até agora é um estímulo à participação de novas cooperativas. “Quanto mais

1ª fase1ª fase1ª fase 05 a 07 de agosto05 a 07 de agosto05 a 07 de agosto

2ª fase2ª fase2ª fase 26 a 28 de agosto26 a 28 de agosto26 a 28 de agosto

FinalFinalFinal 23 a 25 de setembro23 a 25 de setembro23 a 25 de setembro

Outro importante evento do calen-dário cooperativista mineiro já está em sua IX edição. O Coopsportes (Esportes Cooperativos de Minas Gerais), com data marcada para acontecer em agosto e setembro, espera mobilizar centenas de cooperados de todas as regiões do Esta-do. A primeira e segunda etapas serão em agosto e a grande final em setem-bro, no Sesc Venda Nova, em Belo Ho-rizonte. O regulamento da competição estará disponível, em breve, no site do Sistema. Mais informações pelo telefone31. 3025-7110. Confira as datas:

pessoas envolvidas nesse movimento, melhor. A iniciativa é do Sistema, com o apoio de nossas cooperativas, mas o mé-rito é daqueles que se dedicam e doam parte do seu tempo para o próximo”, destaca.

cooperação

cooperação

destaque

fundo

ONU investe em website para divulgar Ano Internacional das Cooperativas

A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 2012 como o Ano In-ternacional das Cooperativas. A decisão levou em consideração a contribuição do segmento para o desenvolvimento socio-econômico, reconhecendo também seu impacto na redução da pobreza, geração de emprego e integração social.

Para comemorar essa decisão, a ONU lançou, em dezembro de 2010, um site especial com informações e documen-tos sobre o assunto. A Organização e a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) vão desenvolver ações de incentivo aos governos e sociedade civil para apoiarem o Ano. Além da criação do site, outra ini-ciativa da ACI diz respeito a uma campa-nha global com foco na conscientização da população e com o intuito de melhorar a visibilidade das cooperativas.

As propostas do Ano Internacional das Cooperativas são aumentar a cons-ciência pública sobre o segmento e suas contribuições para o desenvolvimento so-cioeconômico e para realização das Me-tas do Milênio, promover a formação e o crescimento das cooperativas, além de incentivar os governos a estabelecer polí-

ticas, leis e regulamentos propícios para a formação, crescimento e estabilidade do setor.

Na página inicial há uma mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “As cooperativas são um lembrete para a comunidade internacional de que é possível perseguir tanto a viabilidade econômica quanto a responsabilidade social.”

ReconhecimentoPara lideranças do segmento coope-

rativista, a decisão da ONU de estabele-cer 2012 como o “Ano Internacional das Cooperativas”, significa o reconhecimento da importância do cooperativismo como uma das maiores expressões da economia globalizada.

O anúncio foi feito durante a 64ª As-sembleia Geral das Nações Unidas. Para se ter ideia do alcance da iniciativa, esta é a primeira vez na história que um ano será dedicado ao segmento.

Com o objetivo de difundir os princí-pios e a filosofia cooperativista serão rea-lizadas diversas conferências regionais em todo o mundo, visando aumentar a cons-

BDMG lança Fundese Solidário

cientização das cooperativas, buscar for-mas de alavancar sua contribuição para o desenvolvimento socioeconômico e pro-mover marcos regulatórios para o setor.

Para o presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, Ronaldo Scucato, o modelo de negócio cooperativo é um fator funda-mental para desenvolvimento econômico e social dos países.

Os “Anos Internacionais” são de-clarados pela Organização das Nações Unidas para chamar a atenção de todo o planeta sobre questões relevantes para a sociedade global, incentivando práticas coletivas visando o desenvolvimento.

Diante dos prejuízos causados pelas últimas chuvas, deixando dezenas de muni-cípios mineiros em situação de emergência, o governo estadual, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), lançou a quinta edição do programa emer-gencial Fundese Solidário.

Com juros de 6% ao ano, a linha de crédito vai apoiar micro e pequenas empre-sas e cooperativas de produção e comercia-

lização que precisam se recuperar dos pre-juízos provocados por chuvas e inundações.

O lançamento do Fundese Solidário cumpre o Decreto nº 45.534, publicado pelo Governo do Estado no dia 22 de janeiro, sendo uma das diversas ações que o Banco vem implementando para dinamizar a econo-mia mineira, mantendo e gerando empregos, além de promover a inclusão social e a me-lhoria da qualidade de vida da população.

Equipes do BDMG vão visitar as cida-des atingidas pelas chuvas, com vistas a di-vulgar o Fundese Solidário em conjunto com parceiros locais: agências municipais de desenvolvimento, associações comerciais, câmaras de Dirigentes Lojistas, cooperativas de crédito, contabilistas, Federação das In-dústrias do Estado de Minas Gerais, Sebrae/MG e sindicatos do Comércio.

Os pedidos de financiamento devem ser encaminhados ao BDMG até o dia 31 de maio e a data limite para envio da do-cumentação solicitada pelo Banco vai até

30 de junho deste ano. Mais informações no portal: www.bdmg.mg.gov.br ou pelo telefone: 0800 283 83 37.

Condições especiaisA micro e pequena empresa ou coo-

perativa que optar pelo financiamento junto ao Fundese Solidário terá até seis meses de carência e prazo de até três anos para pa-gar o financiamento, com juros fixos de 6% ao ano. Podem ser financiados de R$ 5 mil a R$ 100 mil por cliente, com valor limitado a 20% do faturamento.

Os interessados podem consultar no site do BDMG a lista dos municípios em es-tado de emergência homologados pela De-fesa Civil estadual. Além dos documentos de praxe, o interessado precisa providenciar laudo ou parecer que comprove o prejuízo sofrido. Esse documento deve ser emitido pelo órgão local da Defesa Civil ou, na au-sência deste, por outro órgão oficial que te-nha a mesma finalidade no município.

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Acesse a página especial da ONU sobre o assunto: http://social.un.org/coopsyear/index.shtml

crédito vai apoiar micro e pequenas empre-sas e cooperativas de produção e comercia-

educacional e até social. Prova dessa importância está tanto na cafeicultura como na pecuária leiteira do Estado, atividades nas quais temos a liderança no cenário nacional e com números ex-pressivos de cooperados. Com o cooperativismo podemos ofer-tar alimentos em quantidade e com qualidade para os mercados interno e externo e gerar renda aos envolvidos na produção.

Jornal Cooperação: O ramo agropecuário é um dos mais representativos de Minas. São mais de 200 cooperativas atuan-tes no Estado. O que essas organizações podem esperar de sua gestão no âmbito da política de financiamento e parcerias para desenvolver o setor?

Elmiro Nascimento: Os principais produtos do agronegó-cio mineiro, café e leite, estão muito bem estruturados em coope-rativas. O governador Antonio Anastasia enfatiza a importância do Estado apoiar essas cadeias. Estamos articulando a criação de comitês que possam discutir permanentemente as ações para fortalecer as cadeias produtivas. Outro compromisso é a cria-ção do Fundo Estadual do Café que disponibilizará crédito aos produtores por intermédio do BDMG. Temos, ainda, um contato permanente com os agentes financeiros avaliando a disponibili-zação do crédito rural.

Jornal Cooperação: O que, na sua pasta, será uma priori-dade para as cooperativas mineiras de maneira geral?

Elmiro Nascimento: As cooperativas têm participação ex-pressiva no PIB e nas exportações de Minas Gerais. Assim, a ma-nutenção do crescimento do agronegócio mineiro passa neces-sariamente pelo fortalecimento das cooperativas de produtores rurais. O Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Agricultura, participa de forma efetiva com a assistência técnica e extensão rural, pesquisa, vigilância sanitária e projetos de lo-gística de infraestrutura rural. É nossa prioridade estabelecer um diálogo permanente com as lideranças do cooperativismo minei-ro na busca da sinergia de nossas ações em prol da melhoria da renda e da qualidade dos produtores mineiros e de suas famílias.

entrevistaNovo secretário de Estado da Agricultura quer

diálogo constante com o cooperativismo mineiro

Jornal Cooperação: Secretário, quais são as suas expecta-tivas à frente da Seapa ?

Elmiro Nascimento: Nos últimos anos, o agronegócio mi-neiro tem apresentado ganhos expressivos. Em 2002, o Produ-to Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro era de R$ 58,8 bilhões e em 2010 estima-se um valor de R$ 98,6 bilhões. A expectativa é de que este crescimento seja cada vez maior, tendo em vista que mais de 80% da população está localizada nos centros urbanos e são dependentes da produção de alimentos no campo. A Seapa tem o importante papel de formular políticas públicas para o desenvolvimento do agronegócio. É um grande desafio, mas estamos envolvidos com todos os segmentos do agronegócio na perspectiva de contribuir para a continuidade do desenvolvimento do meio rural.

Jornal Cooperação: A FAO acaba de divulgar uma pesqui-

sa sobre a elevação de 20% dos preços dos alimentos devido à escassez na produção. Como o senhor avalia esse cenário?

Elmiro Nascimento: É um grande desafio para o setor, mas não devemos esquecer que Thomas Robert Malthus, no final do século XVIII, previa uma crise mundial pela falta de alimento, pois o crescimento populacional seguiria uma progressão geo-métrica e a produção agrícola em escala aritmética. A previsão não se confirmou devido à evolução da tecnologia. No entanto, os mercados das commodities agrícolas estão intimamente in-terligados e a quebra de produção de um país produtor afeta diretamente todo o mercado. Para que os preços não impactem o acesso da população aos alimentos, a FAO estima que o Brasil precisa elevar sua produção em 40% até 2019. Porém, o País é uma das poucas nações com capacidade técnica e áreas dispo-níveis para atender a esta demanda.

Jornal Cooperação: O cooperativismo agropecuário se

apresenta como uma alternativa a esse cenário, uma vez que pode surpreender na produção de alimentos. Essa pode ser uma boa chance para o Brasil?

Elmiro Nascimento: O aumento da produção de alimen-tos e da renda está intimamente relacionado às estruturas de apoio aos produtores. Observamos excepcionais serviços pres-tados pelas cooperativas, na comercialização da produção, ar-mazenamento e industrialização, além da assistência técnica,

Empresário e produtor rural, Elmiro Nascimento é natural de Patos de Minas, graduado em Administração de Empresas, com especialização em Administração Ru-ral. Atua na criação de gado leiteiro e na cultura de café. Foi deputado estadual nos períodos de 1987 a 1995 e de 2003 a 2011, ocupou os cargos de diretor financeiro da Companhia Agrícola de Minas Gerais (Camig), a presidên-cia da Loteria Mineira; a prefeitura de Patos de Minas e a presidência da Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Paranaíba. Em entrevista ao Jornal Cooperação, mostra grande apreço e disposição para trabalhar em prol do cooperativismo mineiro e diz que vai priorizar o diálogo constante com o segmento.

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Informativo do Sistema Ocemg/Sescoop-MG - Ano XI - Nº 232 - fevereiro 2011

Secretário Elmiro Nascimento

A Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados das Empresas Side-rúrgicas, Metalúrgicas e Eletro-Mecânicas de João Monlevade (Credibelgo) promoveu, no último trimestre de 2010, a primeira edição do Prêmio Credibelgo de Cooperativismo. O ob-jetivo foi conscientizar as novas gerações para as ações de Responsabilidade Social.

Dividido nas categorias “Desenho” (para alunos de 1ª a 5ª séries) e “Redação” (alunos de 6ª a 9ª séries), o concurso mobilizou alunos de 17 escolas dos municípios de João Monle-vade e Bela Vista, na região Central do Estado.

O tema “O cooperativismo como forma de desenvolvimento sustentável da comunida-de” envolveu mais de 500 trabalhos inscritos. A solenidade de entrega, realizada em 08 de dezembro, reuniu pais, familiares, professores dos alunos, lideranças da Credibelgo e de ins-tituições regionais.

Os três primeiros colocados da categoria “Desenho” foram premiados com uma bicicle-ta. Os três primeiros lugares na categoria “Re-dação” receberam um aparelho de DVD. Os seis vencedores foram contemplados com uma bolsa de estudos em um curso de informática em duas escolas da região.

coopercurtasCredibelgo promove concurso estudantil

Conap firma parcerias visando crescimento do setorCom o intuito de unir forças para o seu

desenvolvimento, a Cooperativa Nacional Apí-cola (Conap) firmou contrato com duas empre-sas especializadas em apicultura para alavan-car o setor no mercado estadual e nacional.

Uma das empresas é a Green Minas que, desde novembro de 2010, vende a própolis verde produzida pela Conap em todo país.

De acordo com o presidente da coope-rativa, Irone Martins Sampaio, com a parceria, o produto passa a ser comercializado sob a nova marca (Green Minas), pensada exclu-sivamente para reforçar a procedência desse tipo de própolis. “A Conap está abrindo a por-ta para todas essas parcerias e estamos aten-dendo às demandas de outras associações do Estado. Essas ações garantem também a

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inclusão social, já que envolvem produtores de todo o Estado e proporcionam a criação de empregos, além de valorizar a atividade apícola em toda cadeia produtiva”, ressalta.

Inicialmente, mil frascos da própolis verde de Minas serão envasados por mês. A produção terá início assim que o Ministério da Agricultura aprovar o rótulo dessa parceria.

A outra parceria é com a empre-sa Queen Própolis, que se aliou à Conap para exportar os produtos à base de pró-polis orgânica. Na parceria, a Queen, que possui o certificado IBD - obrigatório para os itens feitos da própolis orgânica – entra com a matéria-prima e a cooperativa será responsável pelo processo de maceração e envasamento do produto, obedecendo às

O espírito de solidariedade mais uma vez é destaque no setor. As Cooperativas Agropecuária de Patrocínio (Coopa) e Central Mineira de Laticínios (Cemil) ar-recadaram 113 toneladas de donativos, como alimentos não perecíveis e produtos de higiene pessoal, para as vítimas das chuvas na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro.

O ponto de recolhimento - o super-mercado da Coopa - em Patrocínio, rece-beu as doações até o dia 21 de janeiro. De acordo com informações da Cemil, três carretas e três caminhões truck levaram os produtos até as regiões atingidas no Rio.

Em Minas Gerais, não foi diferente. Mais de 100 municípios declararam situ-ação de emergência em função das fortes chuvas, sendo a região Sul a mais preju-dicada.

A Cemil, em parceria com o GS Super-mercados, também arrecadou até o dia 28

Cemil e Coopa se unem em prolde vítimas das chuvas

de janeiro, na cidade de Três Corações, do-nativos para as vítimas no Estado. Até o final do mês de janeiro, a Defesa Civil do Rio de Janeiro divulgou quase 900 nomes de víti-mas fatais nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Bom Jardim. Além de milhares de pessoas desalojadas e desabri-gadas, o número de desaparecidos passava de 500. Em Minas, mais de 20 mil pessoas ficaram desalojadas e desabrigadas.

Vencedores do concurso

Doações

Cooperbom comemora recorde de faturamentoEm 2010, a Cooperativa Agrope-

cuária de Bom Despacho (Cooperbom) atingiu um recorde histórico com um faturamento de R$ 100 milhões, o que corresponde a um crescimento de 28,2 % em relação ao ano anterior.

De acordo com o diretor comercial, Breno Gontijo, vários fatores contribuíram para o resultado: “A inauguração de três novos setores comerciais da Cooperativa como a Fábrica de Rações, o Posto de Combustíveis de Estrela do Indaiá e a Loja de Insumos de Moema”. Além disso, outra ação importante para essa conquista foi a implantação da equipe técnica de venda a campo, que visita as propriedades dos cooperados levando orientação técnica e assessoria na compra de insumos.

Breno ainda ressalta fatores como a importância do estabelecimento de metas, o acompanhamento diário dos resultados pela diretoria da Cooperbom, o profissio-nalismo, a dedicação de gerentes e fun-cionários e a confiabilidade dos produtos oferecidos pela cooperativa como essen-ciais para atingirem a marca história.

determinações do Ministério da Agricultura e do IBD.

A parceria é muito importante para as duas empresas e os produtos terão a marca Queen/Conap. Ambas aguardam apenas a autorização do Ministério da Agricultura para a parceria entrar em vigor.

PRESIDENTE OCEMG/SESCOOP-MGRonaldo Scucato - (31) 3025-7118

VICE-PRESIDENTE OCEMG/SESCOOP-MGLuiz Gonzaga Viana Lage - (31) 3025-7118

SUPERINTENDENTE OCEMG/SESCOOP-MGWilliam Bicalho - (31) 3025-7118

SECRETARIA DA PRESIDÊNCIA E DIRETORIAE-mail: [email protected]

Lígia Prudente - (31) 3025-7118Rita de Cássia - (31) 3025-7119

RECEPÇÃODaiane Cerqueira - (31) 3025-7100

GERÊNCIA ADMINISTRATIVAE-mail: [email protected]

GerenteRobert Santos - (31)3025-7057

Equipe TécnicaMilene Dias - (31) 3025-7060Enéias Costa - (31) 3025-7059João Bráulio - (31) 3025-7058Felipe Lima - (31) 3025-7061Manoel Messias - 3025-7090

Apoio AdministrativoHerbert Rodrigues - (31) 3025-7063Marcos Vinícius - (31) 3025-7056Maria da Glória - (31) 3025-7085Reginaldo Silva - (31) 3025-7052Thiago Souza - (31) 3025-7063Otávio Augusto - (31) 3025-7052Luiz Carlos - 3025-7052

GERÊNCIA GERAL TÉCNICA/CAPACITAÇÃOE-mail - [email protected]

GerenteFabíola Toscano - (31) 3025-7108

Equipe TécnicaThaís Leite - (31) 3025-7109Fabiana Pereira - (31) 3025-7104Cláudia Mello - (31) 3025-7110Thiago Martins - (31) 3025-7111Kátia Castro - (31) 3025-7112Maresa Durães (31) 3025-7097

GERÊNCIA GERAL ADMINISTRATIVA/CONTROLADORIAE-mail: [email protected]

GerenteFrancisco Gonçalves - (31) 3025-7078

Equipe TécnicaElson Márcio - (31) 3025-7080Gabriele Souza - (31) 3025-7082Raquel Luciana - (31) 3025-7081Anderson Barbosa - (31) 3025-7079Andrea Carla - (31) 3025-7083Gilmar de Souza - (31) 3025-7071Nilde Russo - (31) 3025-7073Daniel Papini - (31)3025-7075Elias Oliveira - (31) 3025-7074

GERÊNCIA DE INFORMÁTICAE-mail: [email protected]

GerenteAlexandre Gatti - (31) 3025-7066

Equipe TécnicaJosé Alexandre - (31) 3025-7067Samuel Fabiano - (31) 3025-7068Renan Monteiro Rocha - (31) 3025-7068

GERÊNCIA JURÍDICAE-mail: [email protected]

GerenteLuiz Gustavo Saraiva - (31) 3025-7092

Equipe TécnicaAlexandre Simões - (31) 3025-7093Isabela Chenna - (31) 3025-7103Gabriela Cabral - (31) 3025-7094Bruno Nunes - (31) 3025-7095

GERÊNCIA TÉCNICAE-mail: [email protected]

GerenteMarco Túlio - (31) 3025-7087

Equipe TécnicaLeonardo Santana - (31) 3025-7088Raissa Nunes - (31) 3025-7089

GERÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO DECOOPERATIVASE-mail: [email protected]

GerenteVitória Drumond - (31) 3025-7072

Equipe TécnicaCleber Henrique - (31) 3025-7055Evaldo Barbosa - (31) 3025-7053Rodrigo Leocádio - (31) 3025-7054

COMUNICAÇÃOE-mail: [email protected]

Juliana Gomes - (31) 3025-7122Jacqueline Gonçalves - (31) 3025-7123

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Informativo do Sistema Ocemg/Sescoop-MG - Ano XI - Nº 232 - fevereiro 2011