Jornal chave de são pedro

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C have DE ão S edro P Paróquia de são pedro do Tremembé Jornal Ano 13 • n o 147 • MAio de 2015 www.fAcebook.coM/pAscoMsAopedro Uma homenagem às mães do Tremembé No mês de maio, mulheres da nossa comunidade abrem o coração e dizem o que é ser mãe. Veja também o que a chegada de uma criança muda na vida de um casal e quanto “custa” um filho nos dias atuais Pág. 4 Saúde O psicólogo Aparecido Bars, que atende gratuitamente na São Pedro, fala sobre transtornos emocionais. Pág. 6 Uma homenagem às mães do Tremembé No mês de maio, mulheres da nossa comunidade abrem o coração e dizem o que é ser mãe. Veja também o que a chegada de uma criança muda na vida de um casal e quanto “custa” um filho nos dias atuais Pág. 4 Uma homenagem às mães do Tremembé No mês de maio, mulheres da nossa comunidade abrem o coração e dizem o que é ser mãe. Veja também o que a chegada de uma criança muda na vida de um casal e quanto “custa” um filho nos dias atuais Pág. 4 VÂNIA DE BLASIIS EDMILSON FERNANDES

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Uma publicação da Pascom da Paróquia de São Pedro - Tremembé - São Paulo

Transcript of Jornal chave de são pedro

ChaveDE ãoS edroPParóquia de são pedro do Tremembé

JornalAno 13 • no 147 • MAio de 2015www.fAcebook.coM/pAscoMsAopedro

Uma homenagem às mães do TremembéNo mês de maio, mulheres da nossa comunidade abrem o coração e dizem o que é ser mãe. Veja também o que a chegada de uma criança muda na vida de um casal e quanto “custa” um filho nos dias atuais Pág. 4

SaúdeO psicólogo Aparecido Bars, que atende gratuitamente na São Pedro, fala sobre transtornos emocionais. Pág. 6

Uma homenagem às mães do TremembéNo mês de maio, mulheres da nossa comunidade abrem o coração e dizem o que é ser mãe. Veja também o que a chegada de uma criança muda na vida de um casal e quanto “custa” um filho nos dias atuais Pág. 4

Uma homenagem às mães do TremembéNo mês de maio, mulheres da nossa comunidade abrem o coração e dizem o que é ser mãe. Veja também o que a chegada de uma criança muda na vida de um casal e quanto “custa” um filho nos dias atuais Pág. 4

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2 Jornal Chave de São Pedro

A Virgem Maria, quando responde às pala-vras do Arcanjo Gabriel com o seu sim, sente necessidade de exprimir sua rela-

ção pessoal a respeito do dom que lhe foi reve-lado, dizendo: Eis a serva do Senhor! (Lc 1,38).

A resposta da Virgem Maria – serva do Senhor – se inscreve na perspectiva integral da história da salvação e da relação da Mãe e do Filho. O profeta Isaías já havia anunciado o “servo do Se-nhor”: “Eis que meu servo prosperará, crescerá e se elevará, será sumamente exaltado” (Is 52,13). Maria, mulher conhecedora e praticante da Pala-vra, acolhe a profecia e antecipa, na anunciação do arcanjo, o que o seu Filho dirá muitas vezes de si, especialmente no momento culminante de sua missão: “O próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida para resgatar a multidão” (Mc 10, 45).

Com a alegre notícia da realização das profe-cias, a Virgem corre ao encontro de sua prima e se põe a serviço, sendo causa de espanto até para a própria Santa Isabel que exclama: “Como me é dado que venha a mim a mãe do meu Senhor?” (Lc 1,43). Santa Isabel, iluminada pelo Espírito Santo, compreende a grandeza do amor de Deus que está se concretizando em Maria e tem a con-vicção de que é ela que deveria servir à Mãe de Deus, mas vê a Virgem Maria que vem ao seu encontro para ajudá-la em sua necessidade. São Lucas relata com serenidade este serviço da Mãe de Deus, dizendo: “Maria ficou com Isabel uns três meses e depois voltou para casa” (Lc 1,56).

O assombro de Santa Isabel é semelhante ao assombro de São Pedro, quando o Senhor se põe a serviço dos Apóstolos, na Última Ceia. Muitos

ainda se espantam com tamanha simplicidade de Deus, de Seu Filho unigênito e da Virgem Santa. Mas esta é a lógica do novo Reino, é a lógica de Jesus. Acolher a Palavra, viver em união com o Filho que o Pai enviou ao mundo são atitudes que levam ao serviço aos irmãos e irmãs. Este serviço é parte do ser cristão, do ser discípulo missionário e devoto da Mãe de Deus, que é também nossa Mãe.

A iniciativa da Virgem foi um gesto de carida-de autêntica, humilde e corajosa, movida pela fé na Palavra de Deus e pelo estímulo interior do Es-pírito Santo. Quem ama esquece-se a si mesmo e coloca-se ao serviço do próximo. Eis a imagem e o modelo da Igreja! (Papa Bento XVI).

Devotos da Virgem Mãe, discípulos missioná-rios de Jesus Cristo como eu, aproveitando este mês dedicado especialmente a Nossa Senhora, vamos nos comprometer a verificar que tudo, na nossa vida pessoal, assim como nas atividades da comunidade, nas pastorais, movimentos e servi-ços, seja movido pela lógica do serviço ao Reino de Deus e aos irmãos e irmãs.

Fora desta lógica, o homem e a mulher, cria-dos à imagem e semelhança de Deus, não pode-rão realizar-se. Vamos conversar menos e traba-lhar mais, anunciando corajosamente a Palavra de Deus e auxiliando os mais frágeis de nossas comunidades, como fez a Mãe de Deus. É o gran-de serviço que podem e devem fazer os devotos de Nossa Senhora, Mãe e Rainha do Brasil e de nossas famílias.

Dom Sergio de Deus Borges é bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal para a Região Santana

Eis a serva do Senhor!

Carta ao leitor espiritualidade

Por Dom Sergio de Deus Borges

Um amor incondicional“Um dia eu desejei você por toda minha vida Um dia eu sonhei pra mim que você chegaria

Um dia você me ensinou a esperar e acreditar que existiria e me traria toda imensidão do que é o amor

E agora posso dizer o que é viver uma emoção que não se acaba e só aumenta no meu coração

É você, João. É você, João, meu filho, minha vida e minha paixão.

É você, João. É você, João, meu filho, minha vida e minha paixão.”

(Sonia Regina de Paula Cabral)

Esta poesia é de uma das mães ho-menageadas nesta edição de maio. Por questão de espaço, ouvimos apenas dez mães da nossa comunidade. Mas quere-mos estender a homenagem a todas as mulheres que dedicam a vida a proteger e educar os filhos, com um amor incon-dicional. São guerreiras incansáveis que batalham diuturnamente para dar uma vida melhor para os filhos.

Na área da saúde, destacamos a im-portância de tratar os transtornos emo-cionais e voltamos a alertar para o perigo da dengue, que já matou mais de 125 pes-soas no Estado este ano e contaminou mais de 222 mil, um recorde histórico.

E já estamos na contagem regressiva para a festa de São Pedro, o nosso padro-eiro, celebrada no mês que vem. Aqui você encontra toda a programação.

Boa leitura!

Equipe Pascom - Paróquia de São Pedro

expediente - pasCom

PARÓQUIA DE SÃO PEDRO DO TREMEMBÉAv. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 A | Tremembé | São Paulo | CEP: 02350-000 | Tel.: (11)2203-2159e-mail: [email protected]

Orientador: Pe. Edimilson da SilvaCoordenação da Edição: Pastoral da Comunicação - e-mail: [email protected]: Edmilson Fernandes - MTB: 25.451/SPDireção de Arte: Toy Box IdeasRevisão: Oswaldo de CamargoImpressão: Atlântica Gráfica Tiragem: 3.000 exemplaresColaboradores: Telma Feleto e Vânia De Blasiis

Comunidade Santa Rosa de Lima R. Luiz Carlos Gentile de Laet, 1302, Tremembé Missas: sábados, às 16h | Domingos, às 9h e 19h | Primeira sexta-feira do mês, às 20h

Comunidade São José (Itinerante) Missas: todos os dias 19 do mês, às 16h Momento de Oração e Estudo Bíblico: 3as feiras, às 20h

Comunidade Nossa Senhora Aparecida Av. N. S. Aparecida da Cantareira, 22, Tremembé Missas: dom., às 8h30 | Missa todos os dias 12 do mês, às 20h

Comunidade Nossa Senhora da Providência R. Vilarinhos, 95, Tremembé. Missa: domingo, às 10h30

Comunidade São Marcos R. Luiz da Silva, 24, Tremembé Missas: sábados, às 17h. Estudo Bíblico: 5as feiras, às 20h

Av. Maria Amália Lopes de Azevedo, 222 ATel.: (11) 2203-2159

ATENDIMENTO DA SECRETARIADe 2a a 6a feira: 8h às 12h e 14h às 18h | Sábados: 8h às 12h

MISSAS2as e 4as feiras, às 19h30 | 3as, 5as e 6as feiras, às 7h30 | Sábados, às 17h | Domingos: às 8h, 10h e 18h30

DIREçÃO ESPIRITUAL E CONfISSÃO3a feira, das 15h às 18h | 4a feira, das 20h às 22h | 6a feira, das 9h às 12h

paróquia de são pedro

3Maio | 2015

Os infratores chamados de menores são pro-tegidos por lei, têm o nome e a imagem res-guardados. A maioria, se tem o porte físico

desenvolvido, aparenta mais idade. Alguns, quan-do detidos, têm uma extensa ficha criminal nos arquivos policiais. Diante de tantas atrocidades, o clamor popular é grande por justiça. Mas quando o menor pode ser responsabilizado pelo ato come-tido? Qualquer adolescente pode entender que o ato praticado é ilícito? Ele tem maturidade psíquica suficiente para responder pelo crime? Apenas me-didas educativas de acordo com a gravidade da in-fração resolvem o problema?

O número de reincidentes no crime nos faz pen-sar que as instituições não estão preparadas para

medidas socioeducativas, cujo objetivo deveria ser prepará-los para uma vida adulta e ajudá-los a re-começar.

O adolescente infrator é fruto da sociedade caó-tica em que vivemos, injusta, que banaliza a violên-cia, que pensa punir sem oferecer condições para o desenvolvimento humano em todos os sentidos.

A redução da maioridade penal é uma armadilha para o sistema prisional que está no limite, superlo-tado. Prender não tem resolvido o problema da vio-lência em geral. Muitos têm sido recrutados cedo para o crime, aos 13, 14 anos de idade. Se o deba-te é reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos, como resolver o problema daqueles que cometem crime com idade inferior aos 16 anos? Fazê-los so-

frer pelo erro que cometeram, castigando-os? Tratar do efeito sem conhecer a causa não é so-

lução. Uma saída inteligente é investir na educação, com parceria entre Estado, Escola, Família, Igrejas, para acabar com a violência ou pelo menos mini-mizá-la. Não adianta colocar remédio para acabar com a morte dos peixes se o lago estiver contami-nado. Se não trocar a água, não adianta. A socieda-de está contaminada pela violência e pela corrup-ção. Consequentemente as crianças, adolescentes estão expostos às situações que não se resolvem tão só com a assinatura de uma lei.

Padre Edimilson da Silva é jornalista e pároco da Paróquia de São Pedro do Tremembé

Educamos para o amor ou castigamos por omissãoA redução da maioridade penal deve ser discutida com mais profundidade. Punir e castigar pode ser solução a curto prazo, mas os efeitos podem ser prejudiciais ao futuro da sociedade

diálogo Com a Comunidade

Por Pe. Edimilson da Silva

religiosidade

Devoção a Maria

Há 30 anos, dona Shirlei de Oliveira Veiga, que mora na Rua Padre Fidélis, tem um compro-misso sagrado no mês de maio: rezar o ter-

ço todos os dias nas casas de vizinhos. São 31 casas, uma para cada dia do mês, incluindo residências na Mateus Garcia, Antoninho Marmo e outras ruas. A devoção é encerrada no dia 31, na casa da dona Shirlei, com uma celebração. A lista deste ano já está completa.

A devoção a Nossa Senhora começou cedo na vida de dona Shirlei. “Quando era criança, em Ava-nhandava, no interior de São Paulo, onde nasci, co-roava a imagem da Virgem Maria na igreja de Santa Luzia”, conta.

Ela admite que não foi fácil convencer os vizinhos a abrir a casa para essa devoção a Nossa Senhora. “No início, quando bati na porta, um falou: “eu es-tou descansando. Dá para a senhora entender?” Ela entendeu, passou adiante, mas não desistiu. Maria é minha companheira. Quando estou em apuros, eu falo: “Maria, passa na frente pra mim. Eu amo essa mulher. Ela trouxe Jesus pra nós. O sangue dEla cor-reu nas veias dEle. Ela é mãe. E eu, como mãe, sei o

amor que Ela tem pelos filhos. Se falar mal dela para mim, eu brigo.”

um altar em casaDona Shirlei sempre teve algumas imagens de san-

tos em casa. A maioria ficava no quarto dela, numa prateleira. Em 2010, depois de uma doença grave que a deixou paralisada por vários meses, após uma cirur-gia de coluna, ela resolveu construir um altar numa salinha “que vivia cheia de tranqueiras”. Depois disso, ganhou de presente várias imagens. Sabe a história de cada uma. “Aquela Nossa Senhora ganhei do Pe. Ar-naldo. Essa veio de Portugal. O manto muda de cor. Aquela Nossa Senhora Aparecida está comigo há quase 50 anos. Foi um pedreiro que trabalhava pra nós que foi ao Santuário de Aparecida e trouxe de pre-sente.”, conta, apontando as imagens, com carinho e devoção. “Aquela cruz de madeira, que tem na ima-gem de São Francisco, eu trouxe de Assis, na Itália”.

Desde que o altar foi instalado, todos os dias, no final da tarde, dona Shirlei vai ali para fazer suas orações. “Quando estou fora de casa nesse horário, rezo quando chego, mesmo que seja tarde da noite.”

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destaque

Ser mãe é...

“É receber um presente de Deus e ir desembru-lhando aos pouquinhos e se maravilhando com cada pedacinho que aparece e assim lidar com a novidade dessa tarefa que a princípio parece simples, mas que vai se revelando desafiadora e única!”

Mônica Ballaminut, administradora de Empresas, mãe de Luisa e Gabriel

“É descobrir formas diferentes de amar. É cuidar dia e noite e pensar: - podia ter feito mais”.

Terezinha de Jesus Cavalcante Sá Nena, supervisora de Adm. de Pessoal, com o filho Renan

“É ser capaz de doar a própria vida. É ter o cora-ção batendo fora do próprio corpo.”

Claudia de Souza, contadora, mãe de Leonardo

“Adoro ser mãe. Sempre quis ter dois filhos e, gra-ças a Deus, veio um casal.”

Laura Alves do Nascimento, com os filhos Juliana e Fernando

“Há 14 anos, com 41, um sonho se realizava... SER MÃE! Comecei minha mais linda missão, pois ganhei o maior presente, meu maior milagre: MEU FILHO. Ser MÃE é “nascer” de novo! É deixar aflorar nosso lado instintivo (cuidar de nossa “cria”), nossas dúvi-das, nossa vontade de acertar (e sem manual).”

Sonia Regina de Paula Cabral, psicóloga e bancária aposentada, mãe de João Vitor

“Mãe é tudo. É o que me deu incentivo na vida. Eu cresci. Dá estímulo pra você batalhar. Por eles faria tudo de novo.”

Elsa Gouveia, mãe de Thais e Thiago

o carinho dos filhosHá quase cinco anos, o Mal de Parkinson tor-nou rígidos os músculos da perna da dona Ma-ria Yokoyama, mas a limitação não impediu que ela continuasse participando da missa das 10h, todos os domingos, na igreja de São Pedro. A dedicação e a delicadeza dos filhos Mar-li e Eduardo em trazer a mãe para a igreja são exemplares. “A mãe é tudo em nossa vida.” Eduardo e Marli, filhos de D. Maria Yokoyama

“É ter o coração pulsando fora do peito, e eu te-nho dois... Ser mãe é amar, acarinhar, aconselhar, escutar e compreender... É ser mulher... Ser mãe é a maior dádiva que recebi de Deus!”Maria Regina Azevedo, mãe de Maiara e Marina

“É a cada dia doar-se, dar amor, educar, comunicar e esquecer de si própria. No final, temos a recom-pensa de ouvir dos filhos a palavra mãe e, depois, ouvir: vó, e ganhar aquele abraço apertado.”

Rita Maria Silva Zoccarato, escriturária e pedagoga, mãe de Luiz Cláudio,

João Victor, Letícia e Emerson

“Mãe é ser abençoada por Deus.”Val Nunes, dona de casa,

mãe de Cláudio, Marcelo e AliceF

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5Maio | 2015

Desafio do primeiro filho“De repente, você se vê num mundo completamente diferente. Um grãozinho que nasce dentro de você e que você sabe que vai mudar sua vida, seu ritmo e sua história para sempre”

A biomédica Renata Tassetano da Assunção, 32 anos, sempre se dedicou aos estudos e ao trabalho e só agora decidiu engravidar.

Casada há pouco mais de um ano com Eduardo Henrique da Assunção, ela acaba de dar à luz Ma-nuela. “Sempre sonhei em ser mãe de uma menina. Deus realizou este sonho”, disse ela, dois dias antes do parto.

Pais de primeira viagem, eles estão ansiosos. “Dá um certo medo, uma ansiedade. Acho que tudo que é novo gera isso. Querer ser melhor, fazer o melhor. Mas a gente está tentando se programar da melhor maneira possível. Conseguimos finalizar a casa para recebê-la bem”.

Já pensando no futuro, Renata diz que quer pas-sar para a filha o que aprendeu com os próprios pais. “Muita coisa foi essencial na minha vida, na minha

caminhada de estudo, religiosa... e eu acho que é importante passarmos os valores para a nossa filha. O mais importante é fazer com que ela seja uma pessoa de caráter, de fé e respeitosa”.

Enquanto se preparava para ir à maternidade, Renata já pensava em como vai ser quando acabar a licença. “No início, vou deixar a Manuela com a minha mãe para retomar o trabalho”.

ela já mudou minha vida“Até o jeito de encarar a vida é diferente. Tem

um cuidado com uma pessoa que você nem co-nhece. Passa a ter uma alimentação diferenciada. Come coisas que você nem gostava, pensando na criança. A gente passa a se olhar de uma maneira diferente por causa da outra pessoa que trazemos dentro de nós”.

Quanto custa um filho?Depende de muitas variáveis, desde a clas-

se social até escolhas como alternativas de transporte escolar e como comemorar os ani-versários. Mas o investimento é alto. Estudos que levam em conta os gastos com habitação e alimentação, educação, lazer e entretenimen-to, reserva financeira (poupança), brinquedos e novas tecnologias, saúde e vestuário mos-

tram que os gastos com o filho, numa família de classe média, podem ultrapassar 500 mil reais, do nascimento aos 23 anos, quando termina a faculdade. Desse total, quase metade (48%) é gasta com educação (particular). Outros 16% são gastos com saúde. Muitas vezes, os pais têm plano de saúde e ainda pagam um pediatra particular.

Perguntas que o casal deve se fazer para planejar os gastos com um filho Sua família possui plano de saúde?

Enquanto seu filho não tiver idade escolar obrigatória ele vai ficar com a babá, no berçá-rio particular, na creche da Prefeitura ou pa-rentes vão cuidar dele sem custo nenhum?

Para ir até a escola seu filho vai utilizar trans-porte público, carona de amigos ou uma van escolar?

Quando seu filho fizer aniversário você vai procurar um bufê para não se preocupar com nada ou vai cuidar de tudo pessoalmente e co-memorar em casa mesmo?

Seu filho vai fazer cursos extracurriculares pagos?

Você vai pagar a faculdade do seu filho inte-gralmente ou ele terá que trabalhar para arcar com esta despesa?

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saúde

Transtorno emocional precisa ser tratado

O medo é um sentimento normal do ser huma-no. É o medo que faz com que, ao atraves-sar uma rua, olhemos para um lado e para

o outro; nos protejamos do perigo. Mas esse senti-mento útil à sobrevivência da espécie humana pode se transformar num transtorno quando é exagerado e irracional. É isso que caracteriza os transtornos emocionais e mentais: quando deixa de ser normal e passa a ser patológico. Os especialistas assinalam que o transtorno pode ser resultado de um trauma,

mas a grande maioria das fobias nem se explica por alguma causa traumática. Muita gente tem pavor de andar de avião sem nunca ter voado.

De acordo com um estudo recente, uma em cada duas pessoas no mundo vai sofrer na vida al-gum tipo de transtorno mental. Para o psicólogo Aparecido Bars, que atende voluntariamente na Paróquia de São Pedro, na verdade todos nós te-mos algum tipo de transtorno ou fobia, em maior ou menor grau. Os mais graves, como esquizofre-

nia, bipolaridade, ansiedade, depressão, síndrome do pânico... precisam de tratamento especializado. O psicólogo alerta que a pessoa ou a família devem buscar tratamento quando o transtorno começa a atrapalhar as relações pessoais e profissionais. “Se a pessoa se tranca no quarto e não sai, se bebe muito para tentar superar um problema, se é agressiva ou não consegue manter as relações amorosas, preci-sa buscar ajuda médica. As pessoas têm fantasia de que quem precisa de psicólogo é louco. Nada disso. É um aperfeiçoamento da nossa personalidade. A análise pode transformar a pessoa. Ela pode desco-brir coisas sobre si que jamais imaginaria.”

É claro que o ritmo da vida em São Paulo (com violência, caos no trânsito, pressão no trabalho, inúmeros compromissos, dificuldades financei-ras...) potencializa o surgimento de transtornos emocionais.

atendimento na paróquiaSe você sofre de algum transtorno, pode bus-

car tratamento aqui na Paróquia de São Pedro. Além do psicólogo Aparecido Bars também pres-tam serviço voluntário as psicólogas Sandra Mara e Deborah Karin Santos. “O Sartre (Jean Paul Sartre) diz que seu movimento de mão pode ter repercussão universal. Às vezes, o bem que se faz para uma pessoa pode mudar o destino dela. Por consequência, ela pode mudar o destino de outras pessoas. É fantástico saber que você pode mudar a história de alguém sem dar dinheiro. Por isso sou voluntário,” diz o Dr. Aparecido Bars. Ele é tera-peuta de casal, faz terapia familiar, terapia breve e gerontologia social.

Por Edmilson Fernandes

Pessoas com depressão e transtornos afetivos são maioria em ambulatório de saúde mental da Vila Maria

Um levantamento realizado pelo Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Psi-quiatria na Vila Maria aponta que 52% dos pacientes atendidos no local sofrem de trans-tornos afetivos, principalmente depressão. Quase 15 mil pessoas foram atendidas no AME desde agosto de 2010. Entre os idosos atendidos na unidade a depressão é o principal diag-nóstico, respondendo por 38% dos casos.

O ambulatório oferece cinco linhas de cuidado. Além dos transtornos afetivos, psiquia-tria geriátrica, psiquiatria da infância e adolescência, transtornos psicóticos e esquizofrenia e transtornos ligados ao uso de álcool e outras drogas. Segundo a psiquiatra Denise Amino, diretora do serviço, o número de atendimentos poderia ser ainda maior. “Ainda existe pre-conceito em buscar atendimento psicológico ou psiquiátrico. Com isso, uma situação que poderia ser controlada pode se agravar cada vez mais. No caso da depressão, outro proble-ma é a dificuldade da pessoa para identificar os sintomas, que geralmente são confundidos com sentimentos corriqueiros, como desânimo e tristeza”.

O AME Psiquiatria oferece atendimentos psicológico, psiquiátrico, de terapia ocupacio-nal, enfermagem e serviço social, para pacientes com encaminhamento.

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7Maio | 2015

agenda de junho

Data Hora Celebração Tema Celebrante Gesto concreto

1º dia da novena – 20/6 - Sábado 17h Missa e novena de São Pedro Pedro Pescador Pe. Edimilson da Silva

Todos os dias um gesto concreto com a doação de alimentos para compor a cesta básica de famílias assistidas pelos vicentinos: • arroz,• feijão,• açúcar,• óleo,• macarrão,• molho de tomate,• leite,• farinha de trigo,• farinha de mandioca e• pó de café

2º dia da novena – 21/6 - Domingo 10h Missa e novena de São Pedro Pedro, pescador de homens Pe. Edimilson da Silva

3º dia da novena – 22/6 - Segunda-feira

9h Chegada da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima Com Maria seguimos Jesus

9h às 15h

Oração das 1000 Ave-Marias

20h Missa e novena de São Pedro A negação de Pedro Pe. Edimilson da Silva

4º dia da novena – 23/6 - Terça-feira 20h Missa e novena de São Pedro O arrependimento de Pedro Pe. Adailton Nascimento

Costa

5º dia da novena – 24/6 - Quarta-feira 20h Missa e novena de São Pedro Confissão de Pedro Pe. José Roberto Abreu

Mattos

6º dia da novena – 25/6 - Quinta-feira 20h Missa e novena de São Pedro Pedro, apascenta minhas

ovelhas Pe. Eduardo Higashi

7º dia da novena – 26/6 - Sexta-feira 20h Missa e novena de São Pedro Pedro, Príncipe dos Apóstolos Pe. Roberto Fernando

Lacerda

8º dia da novena – 27/6 - Sábado 17h Missa e novena de São Pedro Pedro recebe as chaves do

Reino dos CéusPe. Elisandro Iserhard da Silva

9º dia da novena – 28/6 - Domingo

17h Procissão Animação Banda dos Arautos do Evangelho

18h30 Missa e novena de São Pedro Pedro, homem de fé Dom Sergio de Deus Borges

Abrigo Frederico Ozanam faz 49 anos

Missa de aniversário10 de maio, às 8h

29/6 – dia de são pedro Em todas as celebrações teremos a bênção simbólica das chaves.

Hora Celebrante

1ª MISSA 9hMissa das famílias (intenção dos enfermos)

Pe. Celso Eugen Feldkircher

2ª MISSA 15hMissa das famílias (intenção bênção dos filhos)

Pe. Edimilson da Silva

3ª MISSA 20h

Missa das famílias (intenção do relacionamento familiar)

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer

Data Hora Celebração Celebrante

4/6 – Corpus Christi 18h Missa e procissão Pe. Edimilson da Silva

6/6 15h Carreata de São Pedro Ponto de encontro: Praça Mariquinha Sciascia

13/6 – Dia de Santo Antônio 17h Missa e bênção dos pães

Bazar De 4 a 8 de maio, das 9h às 12h

e das 14h às 17h, no salão da igreja de São Pedro

Festa de são pedro

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nosso bairro

prevenção

Aumenta o perigo da dengue

Mais de 120 pessoas já morreram no Estado de São Paulo este ano por causa da epidemia de

dengue. Esse é o maior número em qua-tro anos e um dos mais altos da série his-tórica do Ministério da Saúde.

Em todo o Estado, mais de 222 mil pessoas foram infectadas pelo vírus do mosquito transmissor da doença. Dian-te do agravamento da situação e de filas de pacientes nas redes pública e privada, profissionais do Exército estão auxilian-do no combate à propagação da dengue na capital. Tendas para ampliar o atendi-mento foram montadas em alguns bairros com o maior número de casos.

A Coordenação de Vigilância em Saú-de considera que o aumento dos casos neste ano está associado ao calor, que acelera o desenvolvimento do mosquito e ao acúmulo de água limpa sem proteção, devido à crise de abastecimento dos últi-mos meses.

Cultura desvalorizadaA Casa de Cultura do Tremembé, que funciona num prédio histó-

rico do nosso bairro, presta importantes serviços à comunida-de, mas precisa de mais investimento da Prefeitura. Há mais

de três anos, os funcionários não têm acesso à internet. Numa época em que as tecnologias facilitam tanto o acesso à informação, é quase impensável que uma casa de cultura funcione de maneira tão precária.

A Casa de Cultura promove mais de 40 oficinas gratuitas, ministra-das por voluntários. Para fazer inscrição é só comparecer à casa com RG e comprovante de endereço. As oficinas duram o ano inteiro. Al-gumas têm duração de três anos, como a customização. Tem curso de artesanato, francês, inglês, italiano, violão, teatro, ginástica, Tai Chi Chuan, pintura em tecido.

Casa de Cultura do TremembéHorário de funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 16h (algumas oficinas ficam até as 20h, de acordo com a disponibilidade do voluntário). Endereço: R. Maria Amália Lopes de Azevedo, 190fone: 2991-4291

Medidas para prevenir a reprodução do Aedes aegypti- Pratos de vasos de plantas devem ser preenchidos com areia;- Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo;- Caixas d’água devem ser mantidas fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro;- Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas;- Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos;- Lonas, aquários, bacias, brinquedos devem ficar longe da chuva;- Cuidados especiais para as plantas que acumulam água, como bromélias e espadas-de-são-jorge; ponha água só na terra.

Sarau poético e musicalDia 30 de maio, às 17h

Principais sintomasDENGUE CLÁSSICA

Febre alta Dores de cabeça Dor atrás dos olhos Dores musculares Manchas e erupções na pele Náuseas e vômitos Cansaço extremo e

indisposição

DENGUE HEMORRÁGICA Dores abdominais fortes Vômitos constantes, com

ou sem sangue Pele pálida, fria e úmida Sangramento pelo nariz,

boca e gengivas Manchas vermelhas na pele Sonolência e agitação Sede excessiva e boca seca Dificuldade respiratória

O ciclo do mosquito

O mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue

A fêmea bota ovos em água parada e limpa

Larva

PupaOs ovos demoram 5 dias para eclodir

Mosquito adulto

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