Jornal Brasil Atual - Bebedouro 10

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Jornal Regional de Bebedouro www.redebrasilatual.com.br BEBEDOURO nº 10 Agosto de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA As baladas de Bebedouro. Em bares, em chácaras, em casas JUVENTUDE TAEKWONDô Menino deficiente dá lição de vida e se torna campeão. “Pratico esporte e sou feliz” Pág. 7 LUCAS NãO TEM OS BRAçOS, MAS E DAí? Chaviel, o moço que unificou o título de todas as confederações Pág. 7 JIU-JITSU HEXACAMPEÃO Pollyana e a Banda Foour agitam o pop rock da cidade Pág. 6 MúSICA UMA LINDA VOZ Nadyr escreve desde que era menina. E nunca mais parou Pág. 6 LITERATURA A SENHORA POETISA OS ROLêS DA MOçADA

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hexacampeão uma linda voz música Menino deficiente dá lição de vida e se torna campeão. “Pratico esporte e sou feliz” jiu-jitsu a senhora poetisa Distribuiçã o nº 10 Agosto de 2011 Pág. 6 Pág. 7 Pág. 6 Pág. 7 Jornal Regional de Bebedouro www.redebrasilatual.com.br Nadyr escreve desde que era menina. E nunca mais parou Pollyana e a Banda Foour agitam o pop rock da cidade Chaviel, o moço que unificou o título de todas as confederações

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Jornal Regional de Bebedouro

www.redebrasilatual.com.br BeBedouro

nº 10 Agosto de 2011

DistribuiçãoGratuita

As baladas de Bebedouro. Em bares, em chácaras, em casas

juventude

taekwondô

Menino deficiente dá lição de vida e se torna campeão. “Pratico esporte e sou feliz”

Pág. 7

lucas não tem os Braços, mas e daí?

Chaviel, o moço que unificou o título de todas as confederações

Pág. 7

jiu-jitsu

hexacampeão

Pollyana e a Banda Foour agitam o pop rock da cidade

Pág. 6

música

uma linda voz

Nadyr escreve desde que era menina. E nunca mais parou

Pág. 6

literatura

a senhora poetisa

os rolês da moçada

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expediente rede Brasil atual – Bebedouroeditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Leonardo Brito (estagiário) revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008tiragem: 10 mil exemplares distribuição Gratuita

editorial

Os jovens sempre aspiram mudanças. Eles são quase sempre rebeldes, desafiadores da realidade em que vivem, questionadores do futuro. Os jovens de hoje são o mesmo que foram os madu-ros de ontem e os velhos de anteontem: inconformados. E, como seus antepassados, estão à procura do novo. Quando se juntam, então, eles podem tudo. E, por isso, se riem de tudo nos fins de semana, nas baladas dos botecos, nas festas das chácaras ou nos bem-comportados churrascos caseiros, sob a mira dos pais.

Eles, os jovens e seus rolês, são a principal reportagem desta edição. E foi inspirada nessa inspiração, bebendo na fonte da juventude que esta edição se formou: no belo exem-plo do menino bebedourense Lucas, um jovem que, sem os braços, foi à luta e se tornou campeão de taekwondô; na tra-jetória de Pollyana, a cantora bebedourense de bela voz, que encantou o Brasil e está de novo entre nós; do não tão jovem bebedourense Chaviel Chagas, o hexacampeão que unificou os títulos de jiu-jitsu de todas as confederações; e na madura juventude da professora aposentada Nadyr, uma poeta bebe-dourense que põe seu sonho à mostra, o de editar um livro.

Com tanta juventude só nos resta jovialmente dizer: Boa leitura!

Parabéns pelo jornal, um conteúdo de cunho altamente social e inquisidor, coisa rara nos dias de hoje. Parabéns a toda essa equipe bem afinada. O jornal é bem bacana. Denise Ribeiro, jornalista

vale o que vier

Babel atual

saúde

aprovada verba da uPaUnidade de Pronto Atendimento é prioridade de Dilma

A Câmara de Vereado-res aprovou a abertura de um crédito suplementar no orçamento municipal de R$ 431 mil referentes à con-trapartida do município no convênio com o Governo Federal para a construção da Unidade de Pronto Atendi-mento (UPA), na Rua Luiz Brunelli, no Jardim Júlia.

As UPAs 24 h – priorida-de do Governo Dilma para fortalecer a saúde pública –

são estruturas de complexidade intermediária entre as Unida-des Básicas de Saúde (UBS), os chamados postinhos, e as

Bancos

lucro monstruosoBradesco, Santander e Itaú lucram R$ 16,8 bi em meio ano

Bradesco, Santander e Itaú empregam quase 212 mil tra-balhadores em todo o país, 44% do setor. Juntos, eles lucraram no primeiro semestre de 2011 R$ 16,8 bilhões. Apesar do lu-cro, o setor deve muito aos seus empregados e à população.

“Se os bancos fossem sus-tentáveis, como fazem crer nas propagandas, teriam de se tor-nar empregadores melhores e baixar as absurdas taxas de ju-ros, entre as maiores do mun-do” – salienta Juvandia Morei-ra, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo. “O crescimento do setor segue for-te, a média de 20% ao ano numa década, ou seja, eles poderiam

cumprir o papel social, pagar melhor e empregar mais traba-lhadores, sem adoecer seus fun-cionários com pressão e metas absurdas” – diz a dirigente, lem-brando que as questões de saú-de continuam entre as principais preocupações dos bancários.

O lucro líquido divulgado pelo Bradesco no primeiro se-mestre de 2011 foi de R$ 5,487 bilhões, 21,7% maior na com-paração com igual período do ano passado. Um dos fatores que puxaram o resultado fo-ram as operações de crédito, que saltaram de R$ 176 bi-lhões em 2010 para R$ 215 bilhões neste ano, crescimen-to de 22%. Outra receita com

alto rendimento foi a de pres-tação de serviços, que subiu de R$ 6,2 bilhões para R$ 7 bi-lhões, variação de 12%.

No Santander, o lucro lí-quido foi de R$ 4,153 bilhões nos seis meses de 2011, 17,7% maior que no mesmo período do ano anterior e o melhor resultado de todos os países onde a instituição atua, cor-respondendo a 25% do lucro global do grupo. A carteira de crédito cresceu 17%.

Já o resultado do Itaú foi o maior até agora. Seu lucro lí-quido foi de R$ 7,133 bilhões no primeiro semestre deste ano, 11,5% maior que no mes-mo período de 2010.

Haverá uma unidade de Pronto atendimento na cidade

portas de urgências hospita-lares. Juntas, elas compõem a rede organizada de atendi-mento às urgências.

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juventude

a gente não quer só comida, quer diversão e arte

distante do centro, absolut também é opção

Mas as baladas dos jovens custam muito caro. Bares do Lago Artificial são os preferidos

Os bares e lanchonetes da re-gião do Lago Artificial têm sido a atração de lazer dos jovens bebedourenses nos fins de sema-na. O Kaza Bar, com música ao vivo, petiscos e bebidas, um dos preferidos da moçada, vai ser ampliado para receber, segundo os proprietários, 700 pessoas. Às quintas-feiras tem música ser-

taneja; às sextas e sábados é a vez das eletrônicas e das bandas cover. A casa noturna é de quali-dade, mas custa caro – ela cobra entrada de R$ 15,00 por pessoa.

Helen de Souza, de 19 anos, frequenta a casa. “Eu vou uma vez a cada dois meses, pois mais que isso não dá” – diz. Na última vez, ela e uma amiga gastaram

R$ 80,00 cada uma. A alternativa delas é procurar uma lanchonete ou festas nas chácaras, também comuns na cidade.

A “Chácara do Léo” é uma das mais famosas. Quase todos os fins de semana, ela é usada para a realização de alguma fes-ta. Organizadas pelo dono, Le-onardo Salvador, ou por outros

promoters, elas funcionam com open bar, ou seja, paga-se o in-gresso, em torno de R$ 45,00, e a bebida é à vontade. O som, nor-malmente intercalado de música sertaneja e eletrônica, é embala-do por algum DJ.

Os irmãos Ana Laura e Júlio, gêmeos de 20 anos, gostam das festas nas chácaras, do Kaza Bar

e da Cachaçaria, da Avenida do Lago. O namorado de Ana Lau-ra é o DJ Tiago Bodinho que, às sextas-feiras, toca no Kaza. Ele e a namorada preferem ir a uma festa mais cara, por causa da organização e da segurança. “É preferível ir a um evento sem brigas e gente louca” – garante Ana Laura.

A fisioterapeuta Ana Paula Gonçalves Palharini, de 24 anos, irmã mais velha de Ana Laura, conta que sua turma arma os “esquemas”, como chamam as festas na casa de amigos, com churrasco regado a cerveja e re-frigerante. Mas sente falta das festas temáticas. “Acho que po-deriam voltar o Baile Country, o da Primavera e o Havaiano do Bebedouro Clube” – conta. Já Ana Laura e Tiago sentem fal-ta de mais uma sala de cinema. “Vamos a Ribeirão Preto quando queremos ver um lançamento, pois sabemos que ele só vai che-gar aqui bem depois” – dizem.

Os amigos Kleber Mes-quita de Souza Lima, o Klebin, de 24 anos, Danilo Martins Zolla, de 21, e Car-los Eduardo Bertelli, o Caê, de 26, também frequentam o Kaza Bar e as festas nas chá-caras, mas apresentam uma opção a mais, o Absolut. Inaugurada há três meses, a casa noturna do Jardim Sou-za Lima abre suas portas às sextas e sábados, com shows de música sertaneja e DJ.

Até às 23 h, o sistema é

que seus amigos também cur-tem as apresentações de stand up comedy, no Teatro Muni-cipal. Recentemente, apre-sentaram-se ali Nani People e outros artistas do programa A Praça É Nossa, do SBT. O comediante Nizo Neto tam-bém está com show agenda-do. Caê ainda não assistiu a nenhum espetáculo, mas garante que irá ao próximo. Zolla acha que falta na cidade um Sport bar “com boliche, por exemplo” – sugere.

por consumação – R$ 10,00 mulher e R$ 15,00 homem. Klebin conta que, quando não há o que fazer ou o dinheiro está curto, eles se juntam a ou-tro amigo, Breno Costa, de 25 anos, e organizam uma festa em alguma chácara ou no Ita-poan Clube. “Fazemos a festa para a nossa turma, mas jun-ta bastante gente, chega a dar umas duzentas pessoas”– ex-plica Kleber, que garante que não visam lucro com o evento.

Carlos Eduardo, o Caê, diz klebin, Zolla e caê: o trio indica o absolut

o kaza Bar e a cachaçaria (foto no alto, à direita) são duas opções da avenida do lago: clientes reclamam dos preços

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os Bem-comPortados

eles não bebem, são bastante caseiros e riem à toaNo inverno, eles fazem founde; no verão, churrasco. Assim, a turma está sempre junta

A turma de Vitor Ferrei-ra Gomes, de 24 anos, e sua namorada, Larissa, de 21, tem comportamento pouco comum: eles não consomem bebidas alcoólicas. Estudante do último ano de veterinária, Vitor é um líder do grupo. Ele confessa que de vez em quan-do todos saem para a balada, mas preferem reunir os ami-gos em casa.

Casais de namorados ou não, formam um grupo de 15 a 20 pessoas. No inverno eles fazem fondue, no verão chur-rasco, pizza e macarronada. “Fazemos qualquer coisa, o importante é reunir a turma” –

diz Vitor. As festinhas não são sempre na mesma casa, eles revezam. Os pais gostam, até

ajudam a organizar tudo, mas não participam, preferem dei-xar os jovens à vontade.

Eles comem, bebem refri-gerantes e sucos, tocam vio-lão, ouvem música e assistem

luci e Paulo de olho vivo em vitor e a namorada larissa

a filmes até às quatro da ma-nhã. Luci Ferreira Gomes, 47 anos, mãe de Vitor, garante que não liga para a inevitável bagunça. “Prefiro que seja as-sim, pois sei onde eles estão e o que estão fazendo” – diz satisfeita. E completa: “Acho bonita a união deles”. A mãe-zona conta que certa vez saiu para comer uma pizza com o marido, Paulo. Quando vol-tou, eles estavam reunidos em casa. “Tinha gente em todo lugar – na cozinha, na sala, na varanda, mas eles são bem-comportados, é gostoso ver a amizade deles” – diz, sorrindo.

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cultura

sensibilidade à flor da peleNadyr, a professora aposentada que vive e sonha com a arte

Aos 72 anos, boa de prosa, a professora aposentada Na-dyr de Almeida Rossanezi sur-preende por sua sensibilidade em relação aos problemas co-tidianos das pessoas, fonte de inspiração para suas poesias e crônicas. Folheando sua antiga pasta, onde arquiva seus traba-lhos ainda datilografados, ela tem uma história para contar sobre o fato que inspirou cada um deles. Apesar de ter nasci-do em São Paulo, considera-se bebedourense, pois se mudou para cá com menos de dois anos de vida.

Nadyr começou a escrever na adolescência, porém seu

o tempo? que

importa o tempo?

O tempo não tinha

importância

enquanto meu coração

chorava,

minutos? Horas? Ou dias?

Meu cérebro não registrava.

Só tua ausência ao meu lado

é que realmente importava.

Aquela cama vazia, fria e

solitária,

meu corpo não aquecia

e de frio eu padecia,

quanta falta me fazias,

tanto, tanto eu te queria,

nada me preenchia

e de saudade eu chorava.

O que realmente eu queria.

Era ter-te de novo em meus

braços

me aquecendo,

preenchendo

de amor me deixando

louco,

até beber desta fonte

sentir teu corpo molhado,

estremecer na paixão

meu corpo inteiro suado.

Se tu voltasses pra mim

o tempo seria outra vez

desprezado.

Não importa o quanto

passasse

nem quanto a Terra girasse

ou o relógio rodasse.

Só uma coisa eu veria...

teu rosto, teu corpo

acolhido

em meus braços protegido

me sentindo muito amado.

Por isso que importa o

tempo

Se não estás mais ao meu

lado?

Volte para mim oh! querida

Quero morrer nos teus braços.

período mais produtivo foi en-tre as décadas de 1980 e 1990, quando fez uma poesia para sua filha Lucilene – “aí, minha outra filha, Mirela, ficou en-ciumada e eu fiz uma para ela também” – relembra. Daí em diante a produção não parou

mais: homenageou os filhos Zé Paulo e Gustavo, o mari-do, já falecido, José Osório e “até minha cachorrinha foi ho-menageada com uma poesia” – conta, sorrindo. Nesse perío-do, ela participou de vários concursos e recebeu menção honrosa em todos eles. Pegou um honroso segundo lugar no Concurso Internacional do Grupo Sul – Mineiro de Poesia da Editora Alba de Varginha –, com a obra Flor Mimosa, que faz parte de uma coletânea pu-blicada pela mesma editora.

Musicista formada no an-tigo Conservatório Dramático Musical Heitor Villa Lobos,

ela transformou em música uma das poesias de que mais gosta: O tempo? Que impor-ta o tempo? Ela também toca acordeom, foi normalista, cursou Pedagogia na USP, em São Paulo, e Educação Artísti-ca em Ribeirão Preto.

A artista conta que depois de um tempo adormecida sua inspiração vem voltando aos poucos. “Estou terminando alguns trabalhos que estavam inacabados” – diz, satisfeita. Por questões financeiras nun-ca conseguiu editar um livro, mas sonha com o dia em que poderá ver todas as suas poe-sias e crônicas editadas.

nadyr e a pasta com poesias

música

Pollyana deixa as coisas aconteceremCom uma linda voz, cantora bebedourense encantou o Brasil na TV

A família de Pollyana Papel é de músicos. Ela can-ta desde cedo com os pais, Manoel Carlos Papel, de 60 anos, e Divina Machado de Paiva Papel, de 50. Aos 15 já cantava no parque do peãozinho, na Festa do Peão de Barretos.

Em 2006, ela partici-pou do programa Ídolos, do SBT, e ficou entre as dez melhores numa dispu-ta com 12.700 candidatos. Ela então encantou o país e participou de programas de rádio e TV – Adriane Galis-teu, Hebe Camargo, Celso Portioli, Qual é a Música (com Silvio Santos), Do-mingo Legal, TV Rit e Rede

Vida. No fim de 2006, ela, que também compõe, gravou seu primeiro CD solo, Totalmen-te Livre, produção de Juliano Raffan, no estúdio Heaven, que teve a participação de Serginho Herval e do pianista Cleberson Horsth, integrantes do Roupa Nova.

Em 2008, no Rio de Janei-ro, faz shows com Pity, Fres-no, NX Zero e Charlie Brown Jr. Depois canta na noite pau-listana. Hoje, aos 24 anos, ela volta a Bebedouro sem planos para o futuro. “Deixo as coisas acontecerem” – diz. Agora, Pollyana inicia um novo tra-balho com a banda pop rock da cidade, a Banda Foour, que tem data marcada para gravar

um DVD ao vivo no House Experience of Show, de Novo Horizonte.

Em janeiro de 2012, Pollyana fará seu primeiro DVD acústico em Votupo-ranga, cidade em que já fez

a abertura de um show do Roupa Nova. Para saber da agenda de Pollyana e Ban-da Foour consulte os sites: <www.bandafoour.com.br> e <www.pollyanapapel.blo-gspot.com>.

Fotos de Pollyana: todas são um colírio para os olhos

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taekwondô

lucas, sem os braços, é campeão de taekwondôDeficiência não impede menino de 13 anos de praticar esporte e ser feliz

Lucas Queiroz de Almeida, de 13 anos, nasceu com uma doença congênita chamada Síndrome de TAR. Com os dois braços atrofiados e pro-blemas nos dois joelhos, ele estuda, brinca e pratica es-portes como qualquer criança de sua idade. A diferença é sua capacidade de superação. Mesmo com a deficiência, ele é “faixa amarela ponta verde” de taekwondô e foi medalha de prata em 2009 no Campeonato Paulista, que teve como convi-dada uma equipe de lutadores coreanos, criadores do espor-te. Este ano Lucas foi medalha de ouro na edição do mesmo torneio. Os demais competi-dores não são deficientes.

O menino é aluno da Esco-

la Estadual Pascoal e começou no taekwondô na Escola João Pereira Pinho, aos 9 anos. Atualmente, ele pratica na Co-missão Central de Esportes – CCE –, da prefeitura. A mãe, Lucilene de Souza Prociunca, de 34 anos, se preocupa com a educação do garoto. “Se ele tira nota baixa, eu não o dei-xo treinar” – diz. “Me assusta também o tal do bulling, as crianças botam apelido nele por causa do seu problema” – acrescenta Lucilene. O me-nino aparentemente não liga para as provocações. “Pratico esporte e mostro a todos que também sou capaz”– diz. Lu-cas ainda nada, joga bola, já pintou quadros e tirou 1º lugar em corrida de 50 metros nos

jogos escolares de São José do Rio Preto.

A mãe de Lucas diz que “não tenho vergonha por meu filho ser deficiente, se eu ti-vesse ele não seria o que é hoje, ficaria trancado dentro de casa, como infelizmente acontece com alguns”. Ela ainda o incentiva a voltar com a natação e praticar capoeira. “O problema é que a prefei-tura não tem programas que deem condições de transporte, mas precisava ter”– cobra.

lucas: um lutador inacreditável

jiu-jitsu

Bebedouro tem um hexacampeão mundialChaviel Chagas, primeiro a unificar o título de todas as confederações

Filho de Francisco das Chagas e Benedita de Souza, o bebedourense Chaviel de Souza Chagas desde peque-no gosta das artes marciais. Aos cinco anos, ele praticava judô. Mas só há dez anos ele começou a praticar jiu-jitsu na antiga Associação dos Empregados no Comércio de Bebedouro. Em dois meses se tornou campeão regional e em um ano já era campeão es-tadual da modalidade. Hoje, aos 32 anos, é hexacampeão mundial. Seu feito mais re-cente foi em julho deste ano,

quando se tornou mais uma vez campeão pela CBJJO – Confe-deração Brasileira de Jiu-Jitsu Olímpico, em Niteroi.

Em 2010, Chaviel partici-pou de 33 competições e ga-nhou todas, inclusive o Cam-peonato Mundial realizado nos Estados Unidos. Ele conta em-polgado que o jiu-jitsu deu ori-gem às demais artes marciais. “É a mais completa delas, eu a chamo de xadrez de corpo, pois pesa muito a estratégia, até mais que a força” – explica. E completa: “ainda dá sereni-dade, acalma a gente”. Chaviel

diz que gosta de competir e praticar esporte. “No jiu-jitsu encontrei essa oportunidade, mas eu também já sonhei em ser jogador de futebol, acho que teria sido um bom lateral direito” – diz. Não dá para saber, mas se ele fosse no fu-tebol tão bom quanto na luta estaria na seleção brasileira.

Chaviel também traba-lha com crianças e adoles-centes, ensinando as téc-nicas da luta na Academia Sport Center, num projeto da prefeitura, com apoio da Atlas Chevrolet.Francisco e o filho chaviel, com o peito cheio de medalhas

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Palavras cruZadasFoto síntese – lavagem da PreFeitura Palavras cruZadas

respostas

Palavras cruZadas

sudoku

Horizontal – 1. Natural da capital paulista 2. O que não é comum 3. Raiva; Atmosfera; Sigla da Força Aérea do Reino Unido 4. Sigla que designa Nordeste; Fruto da amoreira 5. Trituro com os dentes; Antecede o ENE 6. Partir; Espaço descoberto e cercado por muros, contíguo a uma casa ou edifício 7. Fazer explodir 8. Amo; Diretor Técnico 9. Aquilo que se deseja 10. Motta, cantor e compositor brasileiro; Água solidificada pelo frio; Pessoa com quem se teve relacionamento 11. Solução usada para hidratar ou alimentar enfermos; Íntimo

vertical – 1. Qualidade de ser primeiro 2. Afluente da margem esquerda do Rio Reno; Ou, em inglês; Cada um dos cinco prolongamentos articulados que terminam as mãos e os pés do homem 3. Nome de um dos planetas; Sigla para Disk Operating System ou Sistema Operacional em Disco 4. Interpretei por meio da leitura; Situação de risco ou ameaça para alguém 5. Partida; Fora do tempo ajustado 6. Infecção contagiosa causada por vírus, que provoca erupção cutânea; Pronome pessoal feminino 7. Transmissor de dados (Abrev.) Caminho sinuoso 8. Exprime a ideia de ar; Habitação fortificada de certos chefes negros, na África 9. Espaço vazio; Partir; Possuem 10. Sentido pelo qual se percebe o cheiro; De cor entre rubro e violáceo

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

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Palavras cruzadas

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