Jornal alpes da mantiqueira edição n.11

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[email protected] www.jornalalpesdamantiqueira.com.br ANO 2 - Nº 11 - Março de 2012. As eleições sem o padre Arlindo O povo da cidade de Delfim Moreira e de todo o município vai experimentar este ano uma nova realidade na política local. Até a ultima eleição passada o padre Arlindo era uma referência religiosa e política entre nós. Quando aproximava as eleições e às vezes até bem antes disso lá vinha o padre com seu sermão religioso e político para dar suas opiniões em plena missa. Apesar de algumas críticas a esta atitude do padre, mesmo assim o povo delfinense o respeitava como autoridade eclesiástica e muitos se deixavam levar pelo seu argu- mento político-religioso e social. Este ano não teremos mais a participação do padre nas eleições e acredito que as pessoas que estão um pouco desanimadas com a política, talvez não estejam assim só pela falta do padre. Atualmente temos uma administração controladora, autoritária e exclusivista que ameaça e persegue os que questionam tais méto- dos. Não atende a todos de forma igual e faz ameaças e toma atitudes de repressão a liberdade de opinião e expressão. Um modelo quase medieval e arcaico de fazer política de forma centralizada e sem a participação ativa da população organizada. Muitos políticos delfinenses usam de forma errada a oração de São Francisco e ao invés de usá-la apenas na igreja passaram a abusar dela aplicando descaradamente a política do tipo “É dando que se recebe”. Assistimos a cada dia um desvio de material ou serviço que deveria ser feito em benefício do povo e que é desviado para atender aos amigos do prefeito e vendo que os vereadores atuais nada têm feito para mudar essa bandalheira, aos poucos vamos pensando que algo tem que mudar para que possamos ter gente séria na prefeitura e que entenda de política de verdade. Alguém que não mistura política com religião, pois hoje em dia temos eleitores das mais diversas religiões, crenças e seitas e para ser prefeito ou vereador que represente todos os munícipes, tem que tratar a política de forma moderna e civilizada para atender as necessidades de todos e promover a convivência harmoniosa entre os que pensam diferentes. Mas voltando ao padre Arlindo. Ele comentava em suas ultimas aparições no altar de que “o prefeito Carlos foi o melhor prefeito que Delfim Moreira já teve”. Mas com certeza o padre não tinha conhecimento suficiente para afirmar isso. Afinal, quem deve fiscalizar o que o prefeito faz é a câmara de vereadores e a nossa não faz o seu dever bem feito. Recentemente um vereador nos informou que “Lá na câmara quase ninguém sabe nada, tem um ou dois que sabem um pouco sobre o que estão votando e os outros apenas assinam”. “Assinam tudo que o Prefeito manda para lá”. “Não adianta fazer campanha contra eles que eles reelegem, tem um que elege porque é bonitinho e a mulherada vota nele sem saber o que ele faz lá, tem outro que elege dando abraço e cumprimentando as senhoras depois da missa”. “São poucos os interessados em política séria em Delfim Morei- ra, algumas exceções são os intelectuais, os moradores novos e alguns jovens estudantes e empreendedores”. Diante deste quadro acreditamos que não deveríamos reeleja nenhum vereador de Delfim Moreira e chamar a atenção especialmente das mulheres que agora podem e devem se candidatar e aprender a política de forma responsável, honesta e sincera. E por outro lado deixar de votar por estas razões subjetivas que nada tem a ver com política. Que as mulheres jovens e senhoras pensem antes de apoiar um vereador que ficou ai por alguns anos comendo na mão do prefeito e que em ultima instancia são os responsáveis e serão responsabilizados pelos desvios de conduta cometidos pela administração atual. O padre Arlindo se foi para junto do Criador e certamente de lá ele saberá orientar a cada um de nós para que possamos eleger quem trabalha em favor do povo com sinceridade e que “respeita o próximo como a ti mesmo”. Í n d i c e Editorial Página 2 Responsabilidade Social Página 2 Comunidade em Festa Página 3 e 4 Azeitonas e Azeite de Oliva Extra Virgem Brasileiro Página 5 O que disseram os participantes da mesa diretora do evento Página 6 Azeitonas e Azeite de Oliva nos Alpes da Mantiqueira Página 7 A árvore da saúde, da vida e da “eternidade” Página 8 Publicidades Página 9 Festival de Gastronômico de Maria da Fé - MG Página 10 Homenagem pelo dia Internacional da Mulher Página 11 Publicidades Página 12

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Jornal alpes da mantiqueira edição n.12

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ANO 2 - Nº 11 - Março de 2012.

As eleições sem o padre ArlindoO povo da cidade de Delfim Moreira e de todo o município vai experimentar este ano uma nova realidade

na política local. Até a ultima eleição passada o padre Arlindo era uma referência religiosa e política entre nós. Quando aproximava as eleições e às vezes até bem antes disso lá vinha o padre com seu sermão religioso e político para dar suas opiniões em plena missa. Apesar de algumas críticas a esta atitude do padre, mesmo assim o povo delfinense o respeitava como autoridade eclesiástica e muitos se deixavam levar pelo seu argu-mento político-religioso e social.

Este ano não teremos mais a participação do padre nas eleições e acredito que as pessoas que estão um pouco desanimadas com a política, talvez não estejam assim só pela falta do padre. Atualmente temos uma administração controladora, autoritária e exclusivista que ameaça e persegue os que questionam tais méto-dos. Não atende a todos de forma igual e faz ameaças e toma atitudes de repressão a liberdade de opinião e expressão. Um modelo quase medieval e arcaico de fazer política de forma centralizada e sem a participação ativa da população organizada.

Muitos políticos delfinenses usam de forma errada a oração de São Francisco e ao invés de usá-la apenas na igreja passaram a abusar dela aplicando descaradamente a política do tipo “É dando que se recebe”. Assistimos a cada dia um desvio de material ou serviço que deveria ser feito em benefício do povo e que é desviado para atender aos amigos do prefeito e vendo que os vereadores atuais nada têm feito para mudar essa bandalheira, aos poucos vamos pensando que algo tem que mudar para que possamos ter gente séria na prefeitura e que entenda de política de verdade. Alguém que não mistura política com religião, pois hoje em dia temos eleitores das mais diversas religiões, crenças e seitas e para ser prefeito ou vereador que represente todos os munícipes, tem que tratar a política de forma moderna e civilizada para atender as necessidades de todos e promover a convivência harmoniosa entre os que pensam diferentes.

Mas voltando ao padre Arlindo. Ele comentava em suas ultimas aparições no altar de que “o prefeito Carlos foi o melhor prefeito que Delfim Moreira já teve”. Mas com certeza o padre não tinha conhecimento suficiente para afirmar isso. Afinal, quem deve fiscalizar o que o prefeito faz é a câmara de vereadores e a nossa não faz o seu dever bem feito. Recentemente um vereador nos informou que “Lá na câmara quase ninguém sabe nada, tem um ou dois que sabem um pouco sobre o que estão votando e os outros apenas assinam”. “Assinam tudo que o Prefeito manda para lá”. “Não adianta fazer campanha contra eles que eles reelegem, tem um que elege porque é bonitinho e a mulherada vota nele sem saber o que ele faz lá, tem outro que elege dando abraço e cumprimentando as senhoras depois da missa”. “São poucos os interessados em política séria em Delfim Morei-ra, algumas exceções são os intelectuais, os moradores novos e alguns jovens estudantes e empreendedores”.

Diante deste quadro acreditamos que não deveríamos reeleja nenhum vereador de Delfim Moreira e chamar a atenção especialmente das mulheres que agora podem e devem se candidatar e aprender a política de forma responsável, honesta e sincera. E por outro lado deixar de votar por estas razões subjetivas que nada tem a ver com política. Que as mulheres jovens e senhoras pensem antes de apoiar um vereador que ficou ai por alguns anos comendo na mão do prefeito e que em ultima instancia são os responsáveis e serão responsabilizados pelos desvios de conduta cometidos pela administração atual.

O padre Arlindo se foi para junto do Criador e certamente de lá ele saberá orientar a cada um de nós para que possamos eleger quem trabalha em favor do povo com sinceridade e que “respeita o próximo como a ti mesmo”.

Í n d i c eEditorial

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Responsabilidade SocialPágina 2

Comunidade em FestaPágina 3 e 4

Azeitonas e Azeite de Oliva Extra Virgem Brasileiro

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O que disseram os participantes da mesa diretora do evento

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Azeitonas e Azeite de Oliva nos Alpes da Mantiqueira

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A árvore da saúde, da vida e da “eternidade”

Página 8

PublicidadesPágina 9

Festival de Gastronômico de Maria da Fé - MG

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Homenagem pelo dia Internacional da Mulher

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PublicidadesPágina 12

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ExpEdiEntEO Jornal Alpes da Mantiqueira é uma publicação da Praia News

Empresa Jornalística S/C Ltda., CNPJ: 02.273.956/0001-92 Editor: Dr. Tarcísio Marcos de Almeida, CRM/MG 21086 - Jornalista respon-sável: Armando Barreto, MTB 23108 - Colaboradores: - Diagramação: Daniela Lima - Fotografia: Edvaldo Carniati e Tarcísio Almeida - Publicidade: Luiz Carlos Campos e Edvaldo Carniati - Revisão de textos: Rodrigo Bitencourt - Email: [email protected] - Edições anteriores: www.alpesda-mantiqueira.com.br - Tiragem desta edição: 5.000 exemplares

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Responsabilidade Social

ANO 2 - Nº 11 - INSTITUCIONAL www.alpesdamantiqueira.com.br2

Minas GErais: Delfim Moreira, Marmelópolis, Virginia, Wenceslau Braz, Itajubá, Piran-guçu, Maria da Fé, Cristina, Carmo de Minas, São Lourenço, Conceição das Pedras, Pedralva, São José do Alegre, Piranguinho, Brazópolis, Santa Rita do Sapucaí e Pouso Alegre.são p aulo:Piquete: Fábrica de Chocolate Chocovales - t elefone (12) 3156-3517Lorena: Café da Morga - telefone (12) 3152-7536São José dos Campos: Banca do Jonas - telefone (12) 8808-7770 e no Centro de informações turísticasSe no seu Município ainda não existe a distribuição do JAM, contate-nos pelo e-mail: jornalalpesdamantiqueira @hotmail.com

Onde encOntrar O JOrnal alpes da Mantiqueira

neste espaço reservado aos bons exemplos vamos publicar uma crônica enviada pelo leitor alex da silva almeida.

* rovadores, Cancioneiros, tda idade Contemporânea

Com a alma de Guerreiros fomos gerados, obrigados a nascer, um desejo imenso em viver incutido sobressaia em cada gesto.

a vida nos deu diamantes, mas, no entanto nos torceu contorceu muitas diversas vezes, de-veras então o sistema com seu jeito sedutor que induz as pessoas a serem mais do que melhor que podem nos condicionou a ser mais trovador cancioneiros do que mesmo guerreiros, porque de forma inconsciente fomos como os cancio-neiros imaginando sempre como é linda aquela princesa, de modo como deve ser glamouroso seu castelo, e assim fomos os excluídos da idade con -temporânea, seguimos então desta vez cantando canções de escárnio e maldizer assim como na idade media difamamos a nossa princesa que não nos ama o sistema, até porque em contrapartida nunca queremos aceitar e não temos que aceitar ser limitados, seguindo pensamentos teorias de quem esta de fora, por isso estamos aqui, pra conquistar esta tal princesa, pois nem que seja a contragosto a realeza haverá de enxergar um dia o nosso talento pra vida, pois nós nada mais somos do que a forma mais sublime e vital do milagre da vida somos quando nos colocamos a par do que ocorre ao nosso redor e agimos como transformadores de nossa realidade o verdadeiro show da vida. avante companheiros!

Alex da Silva Almeida tem 31 anos e é formado em Pro-

paganda e Marketing. Atualmente trabalha em vaga prevista pela lei que garante uma cota dos empregos aos

portadores de necessidades especiais.

Na edição anterior deste jornal escrevemos sobre o manique-ísmo na política e citamos que alguns prefeitos tentam reduzir as diferenças entre as pessoas, reprimindo e limitando o direito de ir e vir, o direito á liberdade de opinião e expressão, inventando regras, ameaçando e punindo os que tentam discutir e dialogar.

O maniqueísmo é uma forma simplista de pensar de forma a ver o mundo como se fosse dividido em dois: Ou é a favor ou contra e esta simplificação é uma forma deficiente de pensar. O político maniqueísta não admite opiniões contrárias à dele e parte para cima como se fossem inimigos do povo. O que na verdade é uma projeção da maldade dele contra o povo. Como exemplo foi citado a propaganda que os nazistas fizeram plantando no inconsciente do povo alemão o preconceito e o racismo, enquanto prendia, roubava e matava os judeus.

Com a proximidade das eleições de 2012 certamente levará o prefeito e seus cúmplices a divulgar coisas que supostamente fize-ram nestes anos de governo. E certamente acusarão de oposição os que não concordam ou questionam “seus feitos milagrosos”. Foi citado que o prefeito de Delfim Moreira divulgou no jornal Voz da Montanha que cumpriu tudo que prometeu em termos de realização de exames e cadastros de pacientes e ai indagamos o que tem isso a ver com saúde? E respondemos. Nada!

Mas na verdade podemos fazer algumas correções no texto anterior e poderíamos dizer que o Governo Lula e o Governo Aécio fizeram muito por Delfim Moreira, mas o prefeito não. Basta citar que o prefeito Carlos não cumpriu tudo que foi pactuado e ainda não concluiu a construção das Unidades de Saúde da Família dos bairros Biguá e do São Bernardo e nem cuida das casas que são usadas para atender o povo. Tem unidade que a Agente de Saúde chega cedo para limpar as fezes dos pássaros que dormem na casa que não é totalmente forrada e as fezes caem toda no chão. Quando o povo chega parece tudo limpinho, mas na verdade é uma casa imunda. Tem unidade de saúde em que durante as chuvas rodam fezes humanas do esgoto a céu aberto que vem pela enxurrada e passa na entrada da unidade. Foi publicado que o serviço de saúde faz os exames de Papanicolau nas mulheres conforme prometido ao governo, mas ao mesmo tempo devemos pensar que fazer exames não garante saúde e que muitas dessas mulheres fazem mais de um exame por ano porque muitas vezes são obrigadas a fazer sexo sem vontade para não apanhar do marido que chega bêbado do bar. Mas o serviço de saúde e o prefeito não combate o alcoolismo porque o prefeito é aliado dos donos de bar e jamais vai atacar este problema, pois isto não dá votos.

Afinal, para entender bem as coisas e tomar a decisão mais acertada, recomenda-se uma atitude cética como o melhor remédio contra o maniqueísmo. O cético não toma partido às pressas e não se rende ao simplismo, prefere ouvir ambos os lados e ampliar o conhecimento para agir com sabedoria.

Para mudar esta situação, sugerimos que o eleitor não reeleja nenhum desses políticos na próxima eleição. E que alem de votar procure saber o que os vereadores estão ganhando para aprovar as contas do prefeito sem discutir o mérito e nem conferir os gastos e a real aplicação dos recursos. Procure a informação correta, faça uma observação critica da realidade para se prevenir contra o ma-niqueísmo e para não ser enganado nas próximas eleições.

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www.alpesdamantiqueira.com.br - ANO 2 - Nº 11 3COMEMORAÇÃO

O jornalista e fotógrafo Edval-do Carniati esteve no bairro São Bernardo para dar continuidade ao projeto “Comunidade em Festa”, iniciado em 2011 pelo nosso editor Dr. Tarcísio Almei-da, com a finalidade divulgar as festas de bairros de todo o município de Delfim Moreira, dentro daquilo que o Dr. Tarcí-sio idealizou para que o Jornal Alpes da Mantiqueira se torne uma ferramenta de registro da história do povo e de suas rela-ções familiares e sociais.

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ANO 2 - Nº 11 - FESTA www.alpesdamantiqueira.com.br4

Neste ambiente entre amigos e familiares encontramos também alguns dos prováveis pré-candidatos a Prefeito de

Delfim Moreira: Fernando Coura, Goretti Ferreira e Tuti Siqueira,

Em campanha?

que neste momento se preparam para o próximo período eleitoral.

Festeiro - Sr. José Augusto

Ao centro, Gore翿� Ferreira, Gestora Municipal da Saúde

Ex-Vereador Fernando Coura

Realizada entre os dias 16 e 18 de março, a festa em homenagem a São José no bairro São Bernardo em Delfim Moreira – MG foi organizada pelo Sr. José Augusto de Souza junto com cerca de 120 famílias que compõem a comunidade do bairro e sua região de influencia.

A festa é uma tradição há mais de 40 anos e é a primeira do ano nos bairros do Município. É uma festa beneficente e que recebeu este ano em torno de 5.000 visitantes da região do sul mineira e muitos turistas de outras regiões de Minas e de outros Estados.

A comunidade se prepara com muita de-dicação e todos con -tribuem para que os salgados, doces e as-sados possam atender ao gosto dos visitantes que são muito bem re-cebidos com muita mu-sica (Que este ano esteve aos cuidados da empresa Planeta Som Produções), num ambiente agradável e com muita conversa entre os participantes.

A festa foi para todas as ida-des e as crianças se divertiram também na cama elástica no do-mingo 18, quando também hou-

Miguel, o Leiloeiro.

ve um leilão de bezerros aos cuidados do leiloeiro Miguel Alves de Souza e os visitantes tiveram a oportunidade de sabo -rear as leitoas e frangos assados, tudo muito bem preparado pela comuni-dade do bairro.

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Isto mesmo! Nós já temos azeite brasileiro e de qualidade

comparável aos melhores azeites do mundo. Resultado de muitos anos de pesquisa e trabalho no Sul de Minas Gerais. É o constatamos no inicio de março na cidade de Maria da Fé – MG

N.E. “A pesquisa para o de -senvolvimento da Olivicultura teve início no sul de Minas Gerais por volta de 1950 na cidade de Maria da Fé e depois em Delfim Moreira, por apresentarem características climá-ticas favoráveis. (Altitude acima de 1000 metros e período de clima frio com temperatura abaixo de 7 graus Celsius). O trabalho técnico e cien-tífico foi lento em decorrência da falta de recursos governamentais. No Governo Lula foi dada a reto-mada do crescimento econômico e desenvolvimento sustentável, alicerçado no conhecimento cien-tífico e tecnológico preconizados pelo Plano Plurianual 2004-2007 que neste caso favoreceu o desen-volvimento da olivicultura na região a partir de 2005, atendendo ainda a premissa da agricultura sustentável e redução de danos ambientais”.

A EPAMIG (Empresa de Pesqui-sa Agropecuária de Minas Gerais) realizou no dia 2 de março, na Fazenda Experimental da EPAMIG em Maria da Fé (Sul de Minas) um dia de campo sobre “a cultura da oliveira” com o objetivo de difundir a tecnologia de cultivo, manejo e produção de azeitona de mesa e azeite de oliva.

O evento recebeu produto -res, empreendedores, técnicos e interessados na olivicultura que vieram de várias partes dos Esta-dos de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. (Registramos também a presença e participação ativa do Sr. João Carlos Saad, presidente da Rede Bandeirante, durante as atividades de campo e sua participação na mesa oficial do encontro).

Os participantes conheceram por meio de palestras e dinâmicas de campo um panorama da oliv- icultura em Minas Gerais: plantio, trato e manejo da olivicultura, ana-tomia vegetal da oliveira, preparo

da azeitona de mesa e do azeite extraído de cultivares de azeitona desenvolvida pela EPAMIG.

A EPAMIG pesquisa há mais de 50 anos a cultura da oliveira na região da Serra da Mantiqueira e em 2008 realizou a primeira extra-ção de azeite de oliva no Brasil. O produto obtido alcançou índices de acidez entre 0,2 e 0,7% e foi clas-sificado como Extra Virgem, e com a qualidade similar aos melhores azeites do mundo.

Atualmente cerca de 50 mu -nicípios da região (40 em Minas Gerais e 10 em São Paulo) utili -zam as tecnologias da EPAMIG. O gerente do Núcleo Tecnológico EPAMIG Azeitona e Azeite, nilton Caetano de oliveira, afirma que 90% dos olivais são voltados para a produção de azeite. “Neste ano a estimativa é que a produção seja de 20 toneladas de azeitonas e três mil litros de azeite. Mas vale ressal-tar que ainda estamos no começo da produção, grande parte das lavouras estão com apenas cinco anos”, informa Nilton, destacando que esta é a fase inicial de produ-tividade da oliveira.

1 litro de azeite são necessários 7,40 kg de azeitonas”, disse. Para o engenheiro agrônomo, 2012 será um divisor de águas na produção comercial. “Estamos no pico da colheita e acredito que dobraremos esses valores até o fim da safra”, completa.

Árvore da azeitona

OlivalAzeite de Maria da Fé

Azeitonas

Azeitonas e Azeite de Oliva Extra Virgem Brasileiro

produção de azeite em MGO primeiro processamento de

azeite em 2008, foi feito em má-quina artesanal desenvolvida e construída em Maria da Fé pela fa-mília Mostarda. Em 2009 o Núcleo Tecnológico EPAMIG Azeitona e Azeite adquiriu um extrator de azei-te, importado da Itália, e passou a processar o azeite da Associação de Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assolive), constituída em 2009 e que reúne 55 produtores de 43 municípios da região.

De acordo com o agrônomo da EPAMIG Luiz Fernando de Oliveira, já foram processados no Núcleo cerca de sete toneladas de azei-tonas, que produziram cerca de 1.000 litros de azeite. Segundo o agrônomo, apenas este ano, foram processadas mais de seis tonela-das de azeitona, produzindo cerca de 800 litros de azeite. “O proces-samento teve rendimento médio de 13%, ou seja, para se extrair

de azeitonas de mesa foi assunto apresentado durante o dia de campo através do projeto “Ciência Móvel EPAMIG”, em que os partici-pantes puderam conhecer técnicas para conservação da azeitona e pu-deram degustar a azeitona de mesa e o azeite da Empresa. Apresenta-do dentro de um ônibus da EPAMIG preparado com equipamentos de laboratório que tem como objetivo popularizar a ciência e a tecnologia agropecuária com demonstrações das pesquisas e divulgação das publicações técnicas da EPAMIG.

O olivicultor Fernando José Soares da Silva, de Maria da Fé, que soma cinco anos de cultivo da oliveira, extraiu azeite pelo terceiro ano consecutivo em pequena es-cala, mas acredita em boas pers-pectivas. “Estamos desenvolvendo nossa marca e nos preparando para o mercado”, afirma. O pro -dutor conta que no ano passado teve uma grande perda devido às chuvas de granizo na região, mas que neste ano a produção foi sa-tisfatória. “Ainda não conseguimos colher a metade da nossa produ-ção prevista. Estamos progredindo a cada ano”, destaca.

Ele cultiva a variedade “Arbe-quina”, desenvolvida pela EPAMIG, que tem características favoráveis a produção de azeite. “Adquirimos as mudas na EPAMIG e estamos sempre buscando atualização na pesquisa”, diz. Fernando, que possui mais de mil plantas em sua propriedade. No ano passado, ele testou o uso de derriçadeira me-cânica na colheita, mas acredita que precisa de mais conhecimento técnico no assunto. “Neste ano colhemos manualmente”.

Ciência Móvel da EpaMiGRecomendações para o preparo

Festival de Gastronômico de Maria da Fé - MG

A produção de azeite também será destaque no 2º Festival Gas-tronômico de Maria da Fé, que será realizado entre os dias 5 e 8 de abril. A EPAMIG apresentará em seu estande pesquisas em olivicultura e produção associada de azeite de oliva. Também contará com a presença e a programação do projeto “Ciência Móvel da EPA-MIG”.

Na programação do festival in-clui outros pratos preparados prin-cipalmente com os dois principais produtos da região: batata e azeite. Terão ainda eventos musicais e exposição de arte e artesanato.

Mais informações em: www.ma-riadafe.mg.gov.br ou pelo telefone: (35) 3662-1463

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O que disseram os participantes da mesa diretora do evento

newton Kraemer litwink, Empresário e olivicultor Ressaltou que é muito promissora esta atividade e com certeza trará muito lucro ao investidor que

seguir corretamente as tecnologias desenvolvidas na Epamig. Afirmou que muita plantação existente hoje não vai progredir por falta de estudos adequados da terra e clima de cada região. “Não basta pegar as mudas e sair por ai plantando que não vai dar certo, muita gente já perdeu dinheiro com isso”. (Leia mais na entrevista da pagina 07)

plínio Cesar soares, diretor e pesquisador da EpaMiG Afirmou que a Epamig vem se destacando na pesquisa e divulgação de tecnologias para o de-

senvolvimento da agricultura e para que o Brasil se torne autossustentável na produção de azeite e azeitona.

adilson santos, prefeito de Maria da FéIniciou as atividades do dia de campo na olivicultura deu boas vindas aos participantes e afirmou que

a administração atual de Maria da fé tem se dedicado ao desenvolvimento do Município e da região, contribuindo com o que for necessário para que seja uma referencia em agricultura e gastronomia. Que a cultura da azeitona dá lucro e gera emprego alem de que os seus produtos são excelente para a saúde. Garantia de desenvolvimento sustentável e melhora na qualidade de vida.

João Carlos saad, Jornalista e presidente da rede BandeiranteEm sua opinião a discussão entre os ecologistas e empresários do agronegócio é de caráter ape-

nas ideológico. Afirmou que há como plantar e produzir alimento e riqueza sem destruir a natureza e que a olivicultura é uma atividade lucrativa para o agronegócio brasileiro, que pode ser desenvolvida com outras atividades consorciadas tanto agrícolas quanto da pecuária de pequeno porte. Disse que o Programa Terra Viva é um canal de agronegócios inaugurado 2005 com telejornais voltados ao setor agropecuário, que faz a cobertura das principais feiras agropecuárias do país com o padrão de credibilidade do Grupo Bandeirantes.

nilton Caetano de oliveira, Gerente do núcleo azeitona e azeite da Epamig Contou um pouco da história da olivicultura na região e da sua experiência para o desenvolvimento

da olivicultura para produção de azeite. Afirmou que a produção do azeite depende muito do trabalho de campo e de tecnologia e que a Epamig tem condições de orientar os interessados para a produção da azeitona de mesa e do azeite. Afirmou ainda que existe mais de 10 variedades de azeitonas em estudo, para poder diversificar a plantação e verificar cada variedade conforme o clima, as condições da terra, plantio consorciado com outras plantas, etc.

Da esquerda para direita: Newton Kraemer, Plínio Soares, Adilson Santos, João C. Saad, Nilton Caetano Oliveira

Uma das variedades de azeitona precoce desenvolvidas em Maria da Fé, a Arbequina que nesta foto tem 2 anos

e um metro de altura e já produziu cerca de 70 azeitonas este ano.

Demonstração da colheita manual da azeitona.

Demonstração da colheita com a derriçadeira adaptada da colheita de café.

Grupo de participantes em atividade de campo, recebendo orientação de agrônomos e pesquisadores.

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O Município de Delfim Moreira vem se destacando na produção de azeitona e azeite e tem apre-sentado resultados promissores o que tem transformado o principal produtor de azeitonas do município de entusiasta em otimista. Foi em clima de quase euforia de tama-nha felicidade que encontramos e conversamos com o Sr. Newton Kraemer Litwinski, Produtor de azeitona e proprietário da cervejaria Kraemerfass em Delfim Moreira, durante um encontro nos olivais da Empresa de Pesquisa Agropecuá-ria de Minas Gerais, EPAMIG, em Maria da Fé, MG.

O Sr. Newton Litwinsk nos disse que quando soube que a EPAMIG tinha um projeto na Fazenda Ex-perimental em Maria da Fé sobre o cultivo da oliveira ele pensou em comprar uma fazenda que fosse adequada para o cultivo das oli -veiras, isso aconteceu em 2008 e inicialmente pensou nos estados do sul, no estado de Santa Catarina, por ser nascido lá, achava que o cli-ma seria mais apropriado. E saindo de Belo Horizonte, onde morava, passou pelo sul de Minas, pela Serra da Mantiqueira, dormiu em Camanducaia - MG e de manhã viu que o para-brisa do carro ficou com dois cm de gelo e foi então que re-solveu estudar a região da Serra da Mantiqueira e acabou chegando até Maria da Fé – MG onde conheceu e conversou com o Sr. Nilton Caetano de Oliveira (presidente da EPAMIG) e em agosto de 2008 encontraram em Delfim Moreira as condições mais adequadas para a olivicultura, onde comprou a fazenda e iniciou

Azeitonas e Azeite de Oliva nos Alpes da Mantiqueira

a plantação de oliveiras. Hoje ele tem 4.500 pés de

oliveiras divididos em 22 Terroir (áreas com características para o plantio das oliveiras, um terreno que tem sol o dia todo em todas as estações do ano, inclinado, pe-dregoso, favorável para infiltração da água, com a face voltada para o norte, com ocorrência de geadas e com temperatura abaixo de 7°C em pelo menos 200 horas por ano, com chuvas bem distribuídas, com cerca de 1.200 mm/m² de chuvas por ano). “A minha plantação tem cerca de dois anos e meio e já tem uma produção anual entre 300 a 350 Kg de azeitonas com produti-vidade em torno de 15% de azeite (45 litros) e nem todos os pés pro-duziram azeitona este ano” afirma com satisfação o Sr. Newton. “Esse número muda de ano para ano, a tendência das oliveiras é que quan-to mais velha, mais óleo por quilo de azeitona vai produzir e com a qualidade cada dia melhor. E a ten-dência para o ano que vem (terceiro ano) é de estar produzindo em tor-no de uma tonelada de azeitonas e no sexto ano a produção prevista é de 100 toneladas e de 20% de azeite Extra Virgem de qualidade comparável aos melhores azeites do mundo”. Garante com ar pro-fessoral o Sr. Newton e vai além. “As oliveiras que estou plantando são orgânicas, as características do solo são ótimas, o clima é o ideal e a colheita será manual e terão cuidados especiais para que a azeitona não perca suas proprie-dades nutricionais benéficas para saúde, dentre elas os flavonóides

que são antioxidantes naturais, um anti-cancerigeno, uma das grandes qualidades da azei-tona para o ser humana é a presença destes flavonóides”. O sr. Newton explicou que no seu olival haverá o cuidado na colheita da azeitona para evitar a oxidação e preservar os flavonóides, coisa que não é feito em muitas plantações em Portugal, Italia e na Grécia que colhem um pouco de madruga-da para manter o flavonóide, mas usa o sistema mecanico de chacalhar a arvore e os frutos caem em uma lona como é feito com o café. “Aqui, co-lhemos manualmente para não machucar o pé da planta e para não colher a azeitona que ain-da não esteja completamente madura, pois existe um concei-to de que para a azeitona pro-

duzir um azei-te com ótima qualidade ela precisa es -tar no ponto de amarelho para o roxo e não com -p le tamente roxo ou com-p le tamente amarela, 50% dela amadu-recida para roxo. Isso só visualmente, depois ela vai para um caixa devidamen-te protegida contra o raio solar e em se-guida para caixas de isopor para manter a temperatura ideal e em seguida, terminada a colheita, de-las já são extraidas o azeite Extra Virgem”.

Na experiência do Sr. Newton, o investimento necessário para iniciar no ramo da agricultura sustentável para produção de azeitona é muito grande, na casa de R$15.000,00 por hectares para o plantio, para a implantação do olival e um custo anual de R$7.000,00 a R$8.000,00 por hectare. “A plantação do olival é mais caro que a compra da terra”.

O seu investimento foi de re -cursos próprios e a sua idéia é de mais um investimento de aproximadamente R$500.000,00 para obtençao de um extrator de azeite. “Aqui em Delfim Moreira já existem novos produtores se esta-belecendo, por influência do meu trabalho bem sucedido e que vem mostrando bom resultado. Como o Dr. Renato esta decidido a plantar em torno de 30.000 arvores ainda em 2012 aqui na Fazenda Alegria. Com isso, Delfim Moreira passará a ser o 4º municipio na produção de azeitona e vamos trabalhar para que seja ainda o 1º lugar no Brasil”.

“É muito bom o mercado para as azeitonas orgãnicas cultivadas desta forma desenvolvida aqui em Delfim Moreira, onde já existe uma associação de produtores de organicos, uma azeitona produzida nestas condições, com este mane-jo, é um azeite que chegará ao mer-cado no valor de R$200,00 o litro, então se você produz 2.000 litros por hectares, com 400 plantas, terá uma renda de R$400.000,00 por ano, o que representa R$30.000,00 por mês por hectare plantado e em

plena produção”O sr. Newton se dispoe a repas-

sar tecnologia e experiencia para aquele empreendedor que tenha interesse neste negócio nos con-trafortes da Serra da Mantiqueira e declara que a sua luta é para que Delfim Moreira se torne o maior produtor de azeitona do Brasil. Podem entrar em contato com ele pelo Email: [email protected].

Finalizando a conversa, o sr. Newton advertiu que dos cerca de 600 hectares com o plantio de azeitona na região, apenas cerca de 100 hectares estão plantadas corretamente. “Tem é muito oba oba e aqui em Delfim Moreira já teve um projeto fracassado onde se produziu pouca azeitona porque foi totalmente errado, na altitude errada, nas faces erradas, eles achavam que as oliveiras precisam apenas de frio para se produzir mas onde não pega sol consequente-mente se pega fungos e pragas, e produz menos.

Concluindo, completou sua aula de olivicultura. Se plantado corre-tamente não tem nenhuma praga e ainda aumenta a produtividade, se os galhos das oliveiras forem amarrados para baixo no sentido de abrir a copa para receber a luz solar, na quantidade certa de três a quatro vezes por ano, e se for feito o plantio do amendoin forrageiro entre as oliveiras, que é uma legu-minosa que pega o nitrogênio do ar e fixa no solo, assim nitrogena o solo dispensando o uso de adubos quimicos, assim ela produz muito mais e com boa qualidade na saú-de das plantas e na qualidade do azeite e da azeitona.

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A oliveira, conhecida como a ár-vore da eternidade, pois pode viver até 700 anos e é cultivada desde os primórdios da civilização. Fenícios, Gregos e Romanos disseminaram o uso alimentar e medicinal de seu fruto, a azeitona, tendo aprendido com árabes e hebreus a técnica de extração do azeite. Mas foi neces-sário que mais de cinco mil anos se passassem até ser comprovado cientificamente que o azeite de oli-va é a gordura mais saudável e um verdadeiro aliado da saúde. Ajuda a controlar o colesterol, tem vita-mina E, que tem ação antioxidante e assim ajuda a prevenir doenças cardíacas e da circulação. Contém ainda flavonóides aos quais são atribuídos diversos efeitos bioló-gicos que incluem, entre outros: ação anti-inflamatória, hormonal, anti-hemorrágica e antialérgica.

Pesquisadores e consumidores têm demonstrado interesse nos compostos flavonóides pelo seu papel na prevenção do câncer e doenças cardiovasculares, suas

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A árvore da saúde, da vida e da “eternidade”propriedades antioxidantes e por não aumentar os níveis do mau colesterol no sangue entre outros benefícios para a saúde.

O consumo do óleo da oliveira, o Azeite de Oliva, em toda a região do Mar Mediterrâneo costuma ser associado à alta expectativa de vida dos seus moradores. Uma pesquisa feita no interior da Grécia, por exemplo, relaciona a média de 100 anos de vida das pessoas ao hábito de ingerir um cálice do azeite diariamente.

Na verdade, o maior mérito do azeite de oliva é a predominância de até 83% de gordura monoinsa-turada. O que faz a diferença entre os óleos vegetais que competem com o azeite de oliva - como os de soja, milho e canola que têm predominância de gordura poliinsa-turada, que, em termos de efeitos à saúde, está numa posição inter-mediária, entre o azeite e outros óleos e gorduras animais que têm gorduras saturadas e prejudiciais à saúde.

Como saber qual é o melhor azeite de oliva?demais azeites são extraídos de um grão, uma semente ou noz. Há aqueles que acreditam que o azei-te de oliva deveria ser catalogado como um “vinho de azeitonas”, no lugar de ser considerado um azeite e estar agrupado com os azeites procedentes de sementes.

Estima-se que existam ao redor de 60 tipos de azeitonas e o sabor e as características são as mais variadas devido aos climas e região onde estão plantadas.

As azeitonas devem ser reco-lhidas cuidadosamente à mão. As que caem das árvores são muito mais ácidas e o azeite sofre uma decomposição mais cedo.

Fique de olho para saber o que é bomÓleos, azeites e gorduras são quimicamente chamados de ácidos

carboxílicos, ácidos graxos ou lipídios e uma boa forma de avaliar a quantidade destes em cada produto é verificar a sua consistência. Quanto mais líquido é prova de que contem os ácidos insaturados e se for sólido ou consistente é sinal da presença de gordura saturada. Assim o azeite de oliva e os chamados óleos vegetais são benéficos e as gorduras ou óleos que ficam endurecidos ou densos são os pre-judiciais à saúde.

Informa o médico da família, Dr. Tarcísio Almeida

O melhor azeite é o extra virgem por apresentar um grau de pureza maior e menor acidez, pois vem da primeira prensagem da azeitona. Recomendado para servi-lo cru, em saladas, queijos e pães.

O Segundo na hierarquia é o azeite virgem, que é extraído da segunda ou terceira prensagem do fruto. Por isso, perde um pouco no sabor e quanto mais recente, mais saboroso é o azeite. As qualidades nutritivas, porém, são preservadas e recomenda-se guardar as emba-lagens em temperatura ambiente e constante, em locais de pouca luz,

O azeite de oliva é o único azeite que é extraído de uma fruta, os

Definições InternacionaisI - Azeite de Oliva Extra Virgem:

Este tipo tem odor e sabor perfeitos e acidez máxima, em termos de ácido oleico, de 1g/100g - (1%).

II - Azeite de Oliva Virgem Fino: Este tipo tem odor e sabor perfeitos, e acidez máxima, em termos de ácido oleico, de 2g/100g – (2%).

III - Azeite de Oliva Virgem Semi-Fino (Virgem Normal): Este tipo tem bom sabor e odor, e acidez máxima, em termos de ácido oleico, de 3g / 100g – (3%), com 10% de margem de tolerância.

As definições abaixo foram adaptadas de países produtores de Azeite de Oliva no Acordo Inter-nacional de Azeitonas e Derivados.

azeite de oliva Virgem é o óleo obtido da fruta da árvore de oliva (Olea europaea) somente por processos mecânicos ou outros processos também físicos sob con-dições, particularmente térmicas, que não levam à alterações no óleo e a qual não sofreu processos diferentes de lavagem, decantação, centrifugação e filtração.

Plínio Soares (Diretor da EPAMIG), João Saad (Rede Bandeirantes) e Adilson dos Santos (Prefeito de Maria da Fé)

Tarcísio Almeida (Editor do Alpes da Mantiqueira), João Saad (Presidente da Rede Bandeirante) e Nilton de Oliveira (Gerente da Epamig)

Plínio Soares, diretor da Epamig, homenageando o Sr. Ítalo Mostarda pelo desenvolvimento da máquina de prensagem de azeitona em Maria da Fé

Ao centro, Ana Paula Torres Santos, secretária de Cultura e Turismo de Maria da Fé. Dedicada ao desenvolvimento do

município e responsável pelo Festival gastronômico.

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A produção de azeite também será destaque no 2º Festival Gastronômico de Maria da Fé, que será realizado entre os dias 5 e 8 de abril. A EPA-MIG apresentará em seu estande pesquisas em olivicultura e produção associada de azeite de oliva. Também contará com a presença e a progr-amação do projeto “Ciência Móvel da EPAMIG”. Na programação do festival inclui outros pratos preparados princi -palmente com os dois principais pro-dutos da região: batata e azeite. Terão ainda eventos musicais e exposição de arte e artesanato. Mais informações em: www.mariadafe.mg.gov.br ou pelo telefone: (35) 3662-1463.

Festival de Gastronômico de Maria da Fé - MG

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Daniela Carvalho de Souza

É Técnica em Segurança do Trabalho e atualmente exerce a profissão na obra de asfaltamento da estrada, no trecho entre Mar-melópolis e Delfim Moreira onde é responsável pela segurança de toda a equipe de trabalhadores, a grande maioria do sexo masculino.

Daniela nos disse que nos últi-mos cinco anos, a mulher começou a ocupar este espaço no mercado de trabalho, e que anteriormente era ocupada mais pela população masculina. Relata que a atividade de Técnico de Segurança é rotulada como antipática e até hostil, mas ela prefere “trabalhar a cabeça” do trabalhador para que eles entendam que ela está ali para ajudar e não para prejudicar ou tomar o seu lugar. “O meu objetivo diário é de que os trabalha-dores voltem para casa do jeito que saíram de manhã, com saúde

ara homenagear todas as

P

e com sua integridade física preservada”.

mulheres pelo transcorrer do dia 8 de março, dia

internacional da mulher vamos des-tacar algumas experiências de vida na região da Serra da Mantiqueira no sul de Minas.

Começamos por uma moradora de Marmelópolis que tem na sua história de vida uma vivencia de heroísmo e dedicação exclusiva para a família, e tem na lembrança um passado em que não havia es-trada, nem serviço de saúde, nem tampouco boas condições de vida. Conta a Dona Chica que lutou muito para ajudar o marido, a família, os vizinhos e depois criar seus filhos e

Tatiana Silva Bitencourt

É de Marmeló-polis, é Enfermei -ra, tem especiali -zação em Saúde da Família, MBA em administração de serviço de saúde e atualmente está

fazendo mestrado em Alfenas.

Foi a enfermeira responsável pela cons-trução do PSF de Ma-rmelópolis, atualmente casada com nosso cola-borador Rodrigo Biten-court. Com quem divide a responsabilidade do lar e da administração dos empreendimentos da família.

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ainda ajuda a criar os netos. E vamos destacar o trabalho de

uma mulher guerreira, que todos os dias encontramos no trecho da obra de asfaltamento da estrada entre Delfim Moreira e Marmelópolis, onde trabalha atualmente. Daniele é técnica de segurança no trabalho e mais um exemplo do alcance do trabalho das mulheres nos dias atuais. Tempo em que a mulher e o homem vêm aprendendo a con-viver em profissões que antes eram exclusividade dos homens.

A mulher moderna e empre -endedora, que alem de cuidar da casa é uma, uma profissional da educação. Aqui representada pela

professora Aline Alves que divide seu tempo entre sua atividade de profissional, dona de casa e ad -ministradora de uma pousada em Delfim Moreira.

A mulher intelectual, estudio -sa e dedicada na luta em prol da mudança de paradigma na saude da família. A Enfermeira Tatiana Bitencourt a responsável pela im-plantação e desenvolvimento do serviço de saúde de Marmelópolis.

Para continuar o trabalho e a vida nesta região montanhosa com a natureza que a todos encanta, apresentamos a pequena Annelize, filha da professora Aline, que nas-ceu neste mês e que representará

a mulher no futuro. Futuro em que talvez a convivência entre homens e mulheres se torne tão normal que não mais falaremos dos avanços na redução das diferenças e sim dos resultados obtidos com o trabalho conjunto de todos nós.

A mulher tem muito a conquistar ainda, há que se lutar contra a de-sigualdade salarial, essa realidade injusta do ponto de vista trabalhista, que faz com que as mulheres ga-nhem muito menos que os homens para fazer o mesmo trabalho. Esta é uma conquista que depende de todos nós que lutamos pelo res-peito aos direitos constitucionais e pela cidadania.

Aline Aparecida Marcondes Alves

É Professora de Biologia e de uma família tradicional de Delfim Morei-ra-MG. É uma profissional da edu-cação e empreendedora. Trabalha atualmente em seu próprio negócio na cidade de Delfim Moreira (Pousa -da Solar da Mantiqueira). No mês da mulher ela teve o melhor presente da sua vida, o nascimento de sua filha Annelise Marcondes Alves Azevedo no dia 04 de março de 2012. Aline diz que ela divide o trabalho com o seu

marido tanto na pousada quanto em casa, seja na administração de ambas ou cuidando dos clientes ou dos filhos.

Afirma que a mulher não entrou no mercado de trabalho para competir com o homem e sim para ajudá-lo a complementar a ação e dividir a responsabilidade.

Francisca Ribeiro de Oliveira

Conhecida em Marmelópolis como Dona Chica, nasceu em março de 1925 em Delfim Moreira-MG. Sua mãe faleceu quando tinha sete anos, e a partir dai, ajudou a sua irmã mais velha a cuidar dos irmãos.

Aos 18 anos conheceu seu ma-rido o Sr. Noé, com quem viveu 67 anos. Toda sua vida foi voltada a servi-lo, era comida, roupa lava-da e tudo feito com muito amor. Naquela época a mulher tinha um papel diferente na sociedade, era apenas dona de casa. Foram tempos difíceis e ela nunca estudou porque o papel da esposa era cuidar da casa e do marido. Juntos criaram uma família e ajudaram a construir uma cidade (Marmeló-polis). Seu marido e outros cerca de 100 homens abriram a primeira estrada entre Marmelópolis e Delfim Moreira com enxadas, pás e picaretas, e ela cuidava de alimentar cerca de 30 trabalhadores por dia durante a construção da estrada. E morando em frente à igreja matriz da cidade, relata que todos os padres conheciam sua casa e principalmente o seu famoso bolinho de chuva. Ela sempre foi uma pessoa ativa e diz que “a mente que se abre para o conhecimento jamais volta, ela sempre vai expandir e nunca mais para no tempo”.

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