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1 JORNAL DA SOCERJ Veículo oficial impresso de comunicação da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro - SOCERJ para com os seus sócios ANO XI, 2006, Nº 04 | out.nov.dez. Editorial 24º Congresso de Cardiologia da SOCERJ Entrega Temas Livres: até 31 de janeiro de 2007 Missão Cumprida Hoje o sentimento que me domina é o do dever cumprido. Foram dois anos e cinco meses de muito trabalho, preocupações, desafios, avanços e realizações. O saldo foi altamente positivo e muito gratificante. Neste último jornal do ano alguns de nossos diretores fazem menção a algumas de nossas realizações ao longo deste mandato. Nesta linha não poderia me furtar de destacar apenas alguns fatos marcantes deste período. O primeiro foi ter podido revitalizar a Revista da SOCERJ com um novo projeto gráfico e editorial. Era preciso darmos este passo importante na direção de oferecermos mais um espaço categorizado para a publicação da produção científica da cardiologia brasileira. O segundo foi ter tido a oportunidade de contribuir para que nossa sociedade pudesse comemorar seus 50 anos de existência em agosto de 2005 com uma festa inesquecível e registrar parte de sua memória em um esplêndido livro comemorativo da data. Ainda levamos a Socerj aos fóruns mais importantes de discussão da defesa profissional. A SOCERJ se fez ouvir pelas autoridades de saúde do estado e municípios, e pudemos contribuir na discussão da melhora dos índices de qualidade no atendimento do infarto agudo do miocárdio no Rio de Janeiro e, mais recentemente, na busca do equacionamento da triste realidade que vivemos no transplante cardíaco. Muito se fez, mas muito ainda há por fazer. Mas não usarei a oportunidade apenas para prestar contas ou para despedidas, alguns agradecimentos são justos e necessários. A toda a diretoria que me acompanhou nesta jornada, não me faltando em nenhum momento, assumindo a execução de projetos importantes e colaborando sempre com entusiasmo, os meus agradecimentos. Sem este grupo formidável nada do que havíamos planejado para a nossa gestão seria possível. Todos, sem exceção, deram o melhor de si. O meu muito obrigado também aos nossos funcionários. Sua capacitação, empenho e dedicação foram fundamentais para todo este trabalho que desenvolvemos. Ainda devemos agradecer a nossos colaboradores de sempre e aos parceiros comerciais, que possibilitam o pleno funcionamento da nossa máquina administrativa e a consecução de nossa extensa programação. Às diretorias passada e atual da SBC e a seus funcionários, pelo apoio que tivemos sempre que necessário, o meu muito obrigado. Aos sócios da SOCERJ um agradecimento e um merecido elogio. A SOCERJ tem avançado e está cada vez maior e melhor por causa da participação de todos vocês. Neste período pudemos testemunhar por todo o estado o alto nível de qualidade técnica e científica que atingiu nossa cardiologia. E pudemos perceber o quanto foi e está sendo importante a participação da SOCERJ neste processo. Por fim quero deixar registrado que foi um privilégio estar à frente desta diretoria e ter dado nossa singela contribuição para termos uma SOCERJ cada vez mais atuante, dinâmica, produtiva, propositiva e, sobretudo, mais unida e fraterna. Neste fim de ano desejamos a todos um feliz Natal de muito amor e paz, e um 2007 de muitas felicidades e realizações. Eduardo Nagib Gaui

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JORNAL DA SOCERJVeículo oficial impresso de comunicação da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro - SOCERJ para com os seus sócios

ANO XI, 2006, Nº 04 | out.nov.dez.

Editorial

24º Congresso de Cardiologia da SOCERJEntrega Temas Livres: até 31 de janeiro de 2007

Missão CumpridaHoje o sentimento que me domina é o do dever cumprido. Foram dois anos e cinco meses de muito trabalho,

preocupações, desafios, avanços e realizações. O saldo foi altamente positivo e muito gratificante.

Neste último jornal do ano alguns de nossos diretores fazem menção a algumas de nossas realizações ao longo destemandato.

Nesta linha não poderia me furtar de destacar apenas alguns fatos marcantes deste período.

O primeiro foi ter podido revitalizar a Revista da SOCERJ com um novo projeto gráfico e editorial. Era precisodarmos este passo importante na direção de oferecermos mais um espaço categorizado para a publicação da produçãocientífica da cardiologia brasileira. O segundo foi ter tido a oportunidade de contribuir para que nossa sociedadepudesse comemorar seus 50 anos de existência em agosto de 2005 com uma festa inesquecível e registrar parte de suamemória em um esplêndido livro comemorativo da data.

Ainda levamos a Socerj aos fóruns mais importantes de discussão da defesa profissional. A SOCERJ se fez ouvir pelasautoridades de saúde do estado e municípios, e pudemos contribuir na discussão da melhora dos índices de qualidadeno atendimento do infarto agudo do miocárdio no Rio de Janeiro e, mais recentemente, na busca do equacionamentoda triste realidade que vivemos no transplante cardíaco. Muito se fez, mas muito ainda há por fazer.

Mas não usarei a oportunidade apenas para prestar contas ou para despedidas, alguns agradecimentos são justos enecessários.

A toda a diretoria que me acompanhou nesta jornada, não me faltando em nenhum momento, assumindo a execuçãode projetos importantes e colaborando sempre com entusiasmo, os meus agradecimentos. Sem este grupo formidávelnada do que havíamos planejado para a nossa gestão seria possível. Todos, sem exceção, deram o melhor de si.

O meu muito obrigado também aos nossos funcionários. Sua capacitação, empenho e dedicação foram fundamentaispara todo este trabalho que desenvolvemos.

Ainda devemos agradecer a nossos colaboradores de sempre e aos parceiros comerciais, que possibilitam o plenofuncionamento da nossa máquina administrativa e a consecução de nossa extensa programação.

Às diretorias passada e atual da SBC e a seus funcionários, pelo apoio que tivemos sempre que necessário, o meumuito obrigado.

Aos sócios da SOCERJ um agradecimento e um merecido elogio. A SOCERJ tem avançado e está cada vez maior emelhor por causa da participação de todos vocês. Neste período pudemos testemunhar por todo o estado o alto nívelde qualidade técnica e científica que atingiu nossa cardiologia. E pudemos perceber o quanto foi e está sendo importantea participação da SOCERJ neste processo.

Por fim quero deixar registrado que foi um privilégio estar à frente desta diretoria e ter dado nossa singela contribuiçãopara termos uma SOCERJ cada vez mais atuante, dinâmica, produtiva, propositiva e, sobretudo, mais unida e fraterna.

Neste fim de ano desejamos a todos um feliz Natal de muito amor e paz, e um 2007 de muitas felicidades erealizações.

Eduardo Nagib Gaui

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JORNAL DA SOCERJANO XI, 2006, Nº 04 | out. nov. dez.

O DE

PAC-

SOCE

RJ

Informe aos associados sobre as atividades do DEPAC-SOCERJ

O Rio de Janeiro à frente da coordenação da discussãonacional sobre assistência circulatória

Sobre a criação da Comissão de Cardiologia Intensiva eAssistência Circulatória Mecânica do Grupo de Estudos emInsuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia(CCIACM-SBC-GEIC).

HistóricoNo último congresso da SOCERJ – Sociedade de Cardiologia

do Estado do Rio de Janeiro foi criado o Departamento deAssistência Circulatória da SOCERJ – DEPAC-SOCERJ.

Foi o primeiro departamento de uma Regional da SBC criadocom o intuito de trabalhar sobre esta área da cardiologia intensiva.

Durante o último Congresso Brasileiro de InsuficiênciaCardíaca, em Goiânia, com o entendimento que a área de atuaçãodo DEPAC-SOCERJ é um prolongamento da área de atuação doSBC-GEIC, dois dos membros da primeira diretoria do DEPAC-SOCERJ, que são também membros do SBC-GEIC, os Drs.Alexandre Pyramides (Presidente do DEPAC-SOCERJ) e GustavoGouvêa (Tesoureiro do DEPAC-SOCERJ), propuseram àPresidente do SBC-GEIC, Dra. Nadine Clausell, a criação de umaComissão, conforme prerrogativa estatutária, que trabalhassecom vistas à criação, adiante, das Diretrizes Brasileiras emAssistência Circulatória Mecânica.

Durante a Assembléia Geral Ordinária do SBC-GEIC foicriada por unanimidade a Comissão de Cardiologia Intensiva eAssistência Circulatória Mecânica do Grupo de Estudos emInsuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Membros da CCIACM-SBC-GEICPor ser uma área que demanda a atuação conjunta de clínicos

e de cirurgiões e reconhecendo-se as características peculiaresdas áreas clínicas e cirúrgicas foram indicados para o regime deCoordenação Conjunta da CCIACM-SBC-GEIC, dois membrosrepresentantes da SOCERJ, os Drs. Gustavo Gouvêa de AlmeidaJúnior e Dr. Alexandre Pyramides que serão, respectivamente,Coordenador da Cardiologia Clínica e Intensiva e Coordenador

da Cardiologia Cirúrgica da CCIACM-SBC-GEIC, trabalhandoem conjunto e respondendo de forma solidária às ações dacoordenação da CCIACM-SBC-GEIC.

A SOCERJ, o DEPAC-SOCERJ e o transplantecardíaco no Estado do Rio de Janeiro

A pedido do Dr. Eduardo Nagib e pelo claro entendimentode que não existe razão a existência de um Departamento deAssistência Circulatória num ambiente onde o transplantecardíaco não é uma realidade prática, procuramos o Rio-Transplante e a Câmara Técnica de Transplante de Coração e,com a anuência dos de seus respectivos coordenadores,estabelecemos vínculo de colaboração focados na missão dereverter este quadro, que é dramático.

Para exemplificar lembremos que para cada coraçãotransplantado no Brasil nos anos de 2003, 2004 e 2005 (somados),transplantaram-se 17 rins e 5 fígados enquanto que no Rio, paracada coração transplantado nos anos de 2003, 2004 e 2005(somados) transplantaram-se 95 rins e 35 fígados.

Se pegarmos somente o ano de 2005, esta proporção é maisassustadora, com um transplante de coração para cada 5transplantes de fígados no Brasil contra um transplante decoração para cada 100 transplantes de fígados no Rio; Temos umtransplante de coração para cada 17 transplantes de rim no Brasilcontra um transplante de coração para cada 221 transplantesde rim no Rio de Janeiro!!!!

Estabelecemos um excelente canal de relacionamento coma futura Secretaria Estadual de Saúde, que, sensível à esta realidade,nos solicitou uma avaliação da situação, seus gargalos e possíveissoluções e, através da SOCERJ e do DEPAC-SOCERJ seráconstruído um documento onde todos os coordenadores decentros transplantadores de coração do Estado do Rio de Janeiroserão convocados a participar para que a SOCERJ possa, deforma coesa e organizada, participar da busca de soluções paraum problema crônico, que coloca o Rio de Janeiro, ano após ano,em vergonhosas últimas colocações entre os estados brasileirosque realizam este procedimento. Adiante, os associados serãoinformados do andamento estas iniciativas.

Pelo Futuro de Nossa Cardiologia.

Um forte abraço.

Alexandre Pyramides

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JORNAL DA SOCERJANO XI, 2006, Nº 04 | out. nov. dez.

Há cerca de dois anos e meio nascia um sonho. O de tornar a nossa Revista SOCERJ numa revista que refletissea produção da Cardiologia de nosso Estado inicialmente e posteriormente se transformasse em mais um veículono qual os cardiologistas brasileiros pudessem expor o seu pensamento. Para isso modificamos a revista desde oseu conteúdo até sua formatação. Buscávamos um projeto ambicioso que era o de caminhar para uma melhorindexação traduzida pela inserção no SciELO, já que éramos indexados no LILACS desde 1988.

A aprovação no SciELO, uma base de dados com rígidos critérios de publicação, nos daria mais credibilidade evisibilidade, nos permitindo uma melhor divulgação de nossos trabalhos científicos. Passamos a contar com oitoartigos originais por revista, além de sessão de atualização, ponto de vista, apresentação de casos clínicos e deeletrocardiografia selecionados. Criamos ainda uma sessão de Pedagogia Médica que visa aparelhar nossos autorescom informações que os ajudassem a escrever seus artigos. Modificamos o Corpo Editorial para que nossosrevisores contribuíssem com uma maior qualidade do conteúdo da publicação. Passamos por diversos estágiosaté podermos concorrer a uma avaliação do SciELO que está em curso no momento.

Contamos com uma ampla participação de nossa Sociedade desde nossos patrocinadores que nos apoiaramfinanceiramente nos permitindo completa liberdade editorial até nossos colaboradores, dos quais nãopodemos deixar de citar, a participação de nosso secretário Fernando da Silva Lopes, nosso programadorvisual Fernando Coimbra Bueno, nossa assessora pedagógica Maria Lúcia Brandão, nossa revisora de inglêsTeresa Cristina Gomes de Carvalho e a Gráfica Barbieri, que não mediram esforços para que a cada novo númeropublicado demonstrassem uma qualidade crescente.

Precisamos agradecer ainda a atual diretoria da SOCERJ e a seu presidente Eduardo Nagib Gaui pela ajudaconstante, não só criando condição para que a revista fosse ao prelo na data prevista como fomentando aparticipação de nossas Universidades que transformaram essa publicação no veículo de divulgação da melhorprodução científica oriunda de suas pós-graduações.

A semente está lançada. Cabe agora fazer crescer nossa pequena árvore. Para isso contamos com a colaboraçãode nosso co-editor Dr. Ronaldo de Souza Leão Lima que continuará na próxima gestão buscando nossa indexaçãojuntamente com a nova diretoria representada pela Dra. Maria Eliane Campos Magalhães.

Precisamos mais do que nunca da ajuda de todos para que a nossa revista se fortaleça. Cada cardiologista éresponsável por não deixar morrer essa idéia, seja participando como leitor manifestando sua opinião, sejacolaborando com os artigos que serão sempre bem vindos.

Desse modo, brevemente estaremos desfrutando dos benefícios que a participação no SciELO nos concederá equem sabe buscando uma nova indexação que nos transformará novamente na busca da qualidade cada vez maiorque só as publicações consolidadas podem almejar.

Gláucia Maria Moraes de OliveiraEditora da Revista da SOCERJ

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VIST

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ANO XI, 2006, Nº 04 | out. nov. dez.JORNAL DA SOCERJ

O rei dos peixes ou o peixe dos reis?

VAM

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OMEM

ORAR

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Fabrício [email protected]

“Dai-lhes bons vinhos e eles vos darão boas leis.”Montesquieu

Mais um ano que se passa. Festa, presentes, comemorações,brindes. Todo ano a mesma coisa. Todo ano a mesmamaravilhosa coisa. As comidas que estão longe dasofisticação são sempre as mesmas, mas as esperamoscom uma ansiedade pueril. Castanhas, nozes e avelãs;presunto cozido, arroz, farofa, peru e bacalhau, e comosobremesa as tradicionais rabanadas. Na minha casasempre foi assim: simples e deliciosa. Tem gente até queprefere a sofisticação. Mas eu não. Nenhum Tortellini comZabaione fará com que eu abdique, em minha ceia denatal, de contar com a presença de Sua Majestade, oBacalhau.

Frito, cozido ou assado, com batalhas, alho, batata palha ouqueijo da serra, não importa o jeito. Bem feito é o meuprato predileto. Não preciso lhes dizer que sempreacompanhado de um bom vinho.

Entretanto, nossos patrícios portugueses, com muitapeculiaridade, há muito já diziam que bacalhau é bacalhau,se referindo ao fato de ele não se enquadrar nas regras deharmonização dos demais peixes.

Democraticamente, o prato admite tanto vinhos brancosquanto tintos, dependendo da receita ou do gosto pessoal.Receitas mais leves como suflê se encaixam melhor combrancos, enquanto pratos mais elaborados e com temperosmais fortes pedirão tintos. Todavia, o gosto do freguês ésem dúvida o mais importante. De qualquer forma, aqui vãoumas dicas para aproveitar melhor o seu bacalhau.

Optando pelos tintos escolha os mais jovens, ou seja, vinhosque não precisam envelhecer por longos períodos parachegar a sua plenitude. Provei recentemente com um pratode bacalhau o Luis Pato Baga, da região da Bairrada emPortugal. Excelente combinação. Pode-se ousar um poucoquando o prato for mais temperado. Numa dessas ousadias,por ocasião do Congresso Europeu de Insuficiência Cardíacade 2005, em Lisboa, junto com alguns bons amigoscardiologistas, harmonizamos um prato de bacalhau (nãome lembro exatamente qual era, só lembro que tinhapimenta) com um Cartuxa Reserva 1997, espetacularalentejano feito das castas Aragonês e Trincadeira, comestágio de 16 meses em barrica. O congresso foi ótimo,mais seria covardia compara-lo com esse jantar.

Escolhendo um branco, prefira (sem pretensão!) os quetiverem estágio em barrica, mais maduros. São inúmerasas opções do mercado. Chilenos da uva Chardonnay sãoboa opção. Portugueses da uva Arinto são meus

preferidos sendo o Morgado de Santa Catherina, da regiãode Bucelas, o melhor da “espécie”.

Não se desesperem com a quantidade de informações. Obusiness do vinho cresceu tanto que nessa época do ano ossupermercados, que hoje são bons lugares para se comprarvinhos de rápido consumo, têm sommeliers nas sessões debebida para sugestões e orientações. Nessa hora ainformação de especialistas conta muito.

E por falar em especialista, nessa coluna especial de Natal,ganhamos um presente. O renomado maître Manuelzinho,do restaurante carioca Antiquarius nos brinda com umafantástica receita de bacalhau tipicamente português. Nãose assustem se Papai Noel aparecer em sua casa pedindouma posta.

Ano que vai, ano que chega esperança que se renova.Independente de convicções políticas, todos torcemos paraque problemas de 2006 não perseverem 2007, e que nossos“novos” governantes empenhem-se em benefício da naçãoe não para o próprio. Talvez não seja tão simples quantoMontesquieu pensava há 250 anos, mas continua simples.Simples como o Espírito do Natal.

Feliz Natal e próspero ano novo!

Bacalhau Assado no Forno Para 4 pessoas

01 lombo de bacalhau muito alto01 limão05 dl de leite04 dentes de alho04 cebolas01 ramo de salsa04 dl de azeiteSalPimentaBatatas

Lava-se muito bem o bacalhau, tira-se a pele e põem-se demolho em água com o limão cortado às rodelas. Deve mudar-se a água de hora a hora, até o bacalhau ficar bem demolhado.Leva-se o leite ao lume com o bacalhau e deixa-se levantarfervura, após o que se passa por água fria. Em seguida põem-se o bacalhau numa assadeira de barro e tempera-se compimenta e sal se for necessário. Junta-se os dentes de alho eas cebolas cortados, a salsa e o azeite de forma a cobrirbem o bacalhau. À volta por cima do bacalhau colocam-seas batatas cortadas às rodelas e regadas com o mesmo azeite.Leva-se ao forno e serve-se numa travessa.

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ANO XI, 2006, Nº 04 | out. nov. dez.JORNAL DA SOCERJ

SALD

O PO

SITI

VO

1

2

BalançoReunião Mensal 2005 - 8 reuniões 2006 - 7 reuniõesPatrocínios 40.000,00 40.000,00Despesas 23.462,44 25.358,86Saldo 16.537,56 14.641,14

PEMCs 2005 - 8 cidades 2006 - 7 cidadesPatrocínios 65.000,00 36.000,00Despesas 44.730,09 28.814,70Saldo 20.269,91 7.185,30

Revista SOCERJ 2005 - 6 edições 2006 - 5 ediçõesPatrocínios 105.000,00 120.000,00Despesas 177.692,36 161.504,37Saldo – 72.692,36 – 41.504,37

Jornal 2005 - 5 edições 2006 - 3 ediçõesPatrocínios 12.350,00 10.800,00Despesas 28.037,48 15.868,98Saldo – 15.687,48 – 5.068,98

Congresso Interior Fluminense 2004 2005 2006Patrocínios 83.247,90 139.968,00 141.361,61Despesas 70.698,28 136.839,01 164.197,80Saldo 12.549,62 3.128,99 – 22.836,19

Curso de Reciclagem 2005 2006Patrocínios 65.690,00 54.880,00Despesas 35.367,40 53.192,75Saldo 30.322,60 1.687,25

Congresso de Cardiologia 2005 2006Patrocínios 651.070,64 599.951,20Inscrições 139.330,00 156.005,00Total 790.400,64 755.956,20Despesas 546.560,08 624.515,16Saldo 243.840,56 131.441,04

Repasse SBC 2005 2006Total 167.743,81 228.985,01

Situação Financeira Agosto 2004 Dezembro 2006Saldo 142.256,88 166.821,81Conta FR 1 50.000,00 _Saldo 92.256,88 166.821,81Passivo 2 90.869,21 0,00Saldo Final 2.256,88 166.821,811 Adiantamento de Patrocínio para Congresso 2005; 2 Contas a pagar referentes ao 1ª semestre 2004

Caros colegas,

Estamos terminando a gestão 2004 / 2006 frente à SOCERJ. Foram dois anos e quatro meses de trabalho. Nesteperíodo realizamos dois Congressos da SOCERJ no Rio de Janeiro, três Congressos do Interior Fluminense em Búzios,19 PEMCs, 2 Cursos de Reciclagem em Cardiologia, 18 Reuniões Científicas Mensais, 12 edições da Revista da SOCERJ,uma grande festa comemorativa dos 50 anos da SOCERJ, entre outras atividades científicas e sociais.

Graças ao empenho de toda a diretoria, à parceria dos patrocinadores e aos sócios cardiologistas, conseguimosmanter um saldo positivo durante toda a gestão, inclusive com previsão de passar para a nova diretoria uma reserva decaixa.

Desejamos aos membros da nova diretoria sucesso nos próximos dois anos

A todos, boas festas e muita saúde para 2007,

Rogério TascaDiretor Financeiro

SOCERJSociedade de Cardiologiado Estado do Rio de Janeiro

Praia de Botafogo, 228 - conj. 708 / BCentro Empresarial RioCEP.: 22359-900 - Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 2552 0864 / 2552 1868 Fax.: (21) 2553 1841e-mail: [email protected] site:<www.socerj.org.br>

EXPEDIENTE

Jornalista ResponsávelMaurício Rabello - MT nº 9767

Arte e DiagramaçãoFernando Bueno - [email protected]

Fotolitos e ImpressãoGráfica Barbieri

Edição JornalísticaMaurício Rabello AssessoresRua das Marrecas, 36 - 4º / 405 - RJTel.: (21) 2240 1071Fax: (21) 2240 0351e-mail: [email protected]

JORNAL da SOCERJ

DIRETORIA 2004 / 2006Presidente Eduardo Nagib GauiPresidente Passado Luiz Antonio de Almeida CamposVice-Presidente Reinaldo Mattos HadlichVice-Presidente da Integração RegionalAnderson Wilnes Simas Pereira1ª Diretora Administrativa Cynthia Karla Magalhães2º Diretor Administrativo Vinicio Elia Soares1º Diretor Financeiro Rogerio Tasca2º Diretor Financeiro João Otávio Queiroz de AraújoDiretor Científico Sérgio Salles XavierDiretor de Qualidade AssistencialLuiz Maurino Abreu

Diretora FUNCOR/RJ Sonia Regina Reis ZimbaroDiretora de Publicações Lilian Soares da CostaEditora da Revista Glaucia Moraes de OliveiraEditor do Jornal José Kezen Camilo JorgeEditor de Publicação EletrônicaMaurício Bastos de Freitas Rachid

Conselho FiscalCantídio Drumond NetoHeraldo José VicterIgor Borges de Abrantes Junior

SuplentesAntonio Farias NetoFélix Elias Barros ChalitaGeraldo Martins Ramalho

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JORNAL DA SOCERJEV

ENTO

SANO XI, 2006, Nº 04 | out. nov. dez.

1. X Simpósio de Cardiologia Intervencionista da Clínica São Vicente.Da esquerda para a direita: Helio Roque Figueira, Eberhard Grube -Heart Center Siegburg - Alemanha e U Stanford - EUA, EduardoNagib Gaui - Presidente da SOCERJ e Luiz Antonio Campos

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3. PEMC Teresópolis. Da esquerda para a direita: Rafael Palatnic - UnimedTeresópolis e Eduardo Nagib Gaui - Presidente da SOCERJ

2. PEMC ResendeDa esquerda para a direita: André L. de Oliveira - Diretor Científicoda Regional Sul-Fluminense, Jorge Brandão - Presidente da RegionalSul-Fluminense, Maria Eliane Magalhães - Presidenta Futura da SOCERJ

4. PEMC Resende

7. VII Imersão em Ergometria, Ergoespirometria e Atividade Física naCardiologia Atual. Da esquerda para a direita: Maria Angela, RenataCastro, José Caldas, Salvador Serra, Marcos Brazão, Ricardo Vivacqua,Serafim Borges, Maurício Rachid, Paula Baptista, Paulo Sant’Anna

5. PEMC Teresópolis

8. Reunião Mensal

6. Reunião Mensal. Apresentação de Ricardo Luiz Ribeiro

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JORNAL DA SOCERJANO XI, 2006, Nº 04 | out. nov. dez.

A IN

TEGR

AÇÃO

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“Novo foco na cardiologia do interior fluminense”

Nos dois últimos anos tive o prazer de coordenar oCurso de Reciclagem em Cardiologia da SOCERJ.

Esse curso que já é sucesso há anos, vem demonstrandocrescente aceitação e credibilidade no meio médico, nãoapenas entre os cardiologistas que desejam obter o títulode especialista da SBC mas sobretudo entre os colegasque, à despeito de já possuírem esse título, têm a intençãode rever os grandes temas da cardiologia.

Curso de Reciclagem Nesses 2 anos, 412 alunos fizeram o nosso curso emais de 80 professores abrilhantaram o nosso corpodocente.

O segredo desse sucesso pode ser certamente atribuídoao alto nível das aulas ministradas, ao empenho contínuode todos os funcionários que participam do processo e aocomprometimento das diretorias, tornando a Cardiologiado Rio de Janeiro cada vez mais reconhecida.

Cynthia Karla MagalhãesDiretora Administrativa da SOCERJ

Neste primeiro mandato da Vice-presidência da IntegraçãoRegional da SOCERJ, cargo recém criado a partir do últimoEstatuto da SOCERJ para dar suporte às regionais e ao interiorfluminense, tivemos a grata satisfação de presenciar oamadurecimento científico de todas as 6 Regionais da SOCERJ.Líderes natos de diferentes cidades promovem reuniõescientíficas de excelência, jornadas que agora vão além dosProgramas de Educação Médica Continuada (PEMC). Este PEMCque melhora em qualidade de programação, representatividadedos cardiologistas locais nas mesas moderando ou comopalestrantes e aumento do público médico na grande maioriadas regiões visitadas ao longo destes 2,5 anos desta diretoria. Oresultado desta interiorização da SOCERJ é o ganho da entidadecomo verdadeira representante dos cardiologistas do interiordo estado, que outrora viviam afastados até mesmo do Congressodo Rio de Janeiro e agora não mais, o aumento significativo donúmero de associados da SOCERJ e o incremento de novosnomes na contribuição científica do Congresso do Rio de Janeiro.

O Congresso do Interior Fluminense tem tido um públicocada vez maior, este ano contou com cerca de 800 congressistas,com uma programação científica atual, com ênfase nas sessõesinterativas com a platéia (colóquios, casos clínicos), voltados parao dia-a-dia da nossa profissão. A participação de um departamentoda SBC por ano num simpósio conjunto com o departamentocorrespondente da Socerj tem contribuído para, além deabrilhantar o nível científico do evento, divulgá-lo para além denossas fronteiras. O “Congresso de Búzios” tem se notabilizadotambém pela programação social, sempre diversificada econcorrida.

Reconhecemos que nem todo trabalho almejado foi alcançadonestes 2,5 anos de trabalho, a continuidade dos PEMCs éfundamental, assim como, o contínuo e crescenteamadurecimento das regionais do interior fluminense. Istotornará a SOCERJ mais representativa e mais forte; a busca deuma nova formatação dos PEMCs buscando mais o dia-a-dia docardiologista do consultório e ambulatório é importante visandoatender a interesses mais diretos, a extensão para o generalistae o Programa de Saúde da Família, o maior vínculo com asuniversidades tentando atrair o aluno de medicina, que logo serácolega de trabalho nas emergências e ambulatórios de nossoshospitais.

Enfim, o saldo final foi muito positivo. Agradeço a confiança ecordialidade de todos os colegas da diretoria das 6 regionais daSOCERJ, que são co-responsáveis e merecem o crédito de todasestas ações, a experiência acumulada ao longo destes anos seráde grande valia para o futuro.

Por fim, felicito ao amigo Cláudio Catharina que a partir dejaneiro de 2007 ocupará a Vice-presidência da IntegraçãoRegional.

Anderson Wilnes Simas PereiraVice-Presidente da Integração Regional da SOCERJ

Page 8: jornal 02 pg 01 oksociedades.cardiol.br › socerj › pdf › jornal_socerj_anoxi_2006_n4.pdf · peculiaridade, há muito já diziam que bacalhau é bacalhau, se referindo ao fato

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