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As lanchonetes do Básico foram consideradas culpadas pelo furto de energia - conhecido por ‘’gato’’ - do prédio do CCE, descoberto no mês de maio por um funcionário da Pró- Reitoria de Infraestrutura. Os bares “Assim & Assado”, “La- ranjá” e “Café Brasil” devem sair do local até o fim do mês caso o reitor da UFSC, Álvaro Prata, indeferir o pedido de permanência até o final de dezembro. O processo licitatório para os no- vos concessionários já está aberto e o resultado será divulgado até o dia 15 de novembro. Jornal do CCE O CCE é o Centro que mais oferece minicursos durante a oitava edição da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade (SEPEX). Dos 283 cursos, 60 serão oferecidos em salas de aula do Centro. Os principais temas das atividades são literatura, jornalismo científico, música, expressão corporal e cinema. Com média de 40 mil visitantes, a SEPEX é o principal evento de divulgação científica de Santa Catarina. Neste ano, o tema é “Ciência para Todos”, já que está integrado à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. As atividades começam na quarta-feira (21) e terminam no sábado (24). Os estandes estão montados na Praça da Cidadania e abertos à visitação pública. CONAHPA traz palestrantes para discutir inovações na educação Semana de Arte do DCE agita Campus com atividades culturais Jornalismo volta a ter prioridade no uso de salas de aula do Centro Ano 1 Sexta Edição Florianópolis, Outubro de 2009 Redação II Página 3 Página 5 Página 6 Design auxilia detentos no projeto Estampa Livre Guilherme Teixeira Guilherme Teixeira Montagem da estrutura do evento começou dia 9 A oficina de confecção e estamparia beneficia atualmente oito encarcerados do Presídio Masculino de Florianópolis e pretende dobrar o número de vagas. O Projeto Estampa Livre foi desenvolvido há três anos e em março de 2009 passou a contar com o apoio do NGD na criação da identidade visual. Inicialmente apenas a oficina de estamparia foi criada, mas a inauguração da confecção representou uma maneira de diminuir o número de camisetas compradas e aumentar as vagas. Os equipamentos utilizados nas oficinas foram adquiridos ainda no início do projeto por doação e o fato de serem antigos torna a produção mais demorada. Página 5 Página 6 Página 3 Comissão culpa bares por “gato” Donos recorreram ao Reitor para permanecerem no local até o fim do mês Com a decisão, lanchonetes não poderão renovar contrato com a Universidade Centro oferece 60 minicursos na 8ª SEPEX

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Este jornal é produzido pelos alunos de Redação II do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina

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As lanchonetes do Básico foram consideradas culpadas pelo furto de energia - conhecido por ‘’gato’’ - do prédio do CCE, descoberto no mês de maio por um funcionário da Pró-Reitoria de Infraestrutura.

Os bares “Assim & Assado”, “La-ranjá” e “Café Brasil” devem sair do local até o fim do mês caso o reitor da UFSC, Álvaro Prata, indeferir o pedido de permanência até o final de dezembro.

O processo licitatório para os no-vos concessionários já está aberto e o resultado será divulgado até o dia 15 de novembro.

Jornal do CCE

O CCE é o Centro que mais oferece minicursos durante a oitava edição da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade (SEPEX). Dos 283 cursos, 60 serão oferecidos em salas de aula do Centro. Os principais temas das atividades são literatura, jornalismo científico, música, expressão corporal e cinema.

Com média de 40 mil visitantes, a SEPEX é o principal evento de divulgação científica de Santa Catarina. Neste ano, o tema é “Ciência para Todos”, já que está integrado à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. As atividades começam na quarta-feira (21) e terminam no sábado (24). Os estandes estão montados na Praça da Cidadania e abertos à visitação pública.

CONAHPA traz palestrantes para discutir inovações na educação

Semana de Arte do DCE agita Campus com atividades culturais

Jornalismo volta a ter prioridade no uso de salas de aula do Centro

Ano 1 Sexta Edição Florianópolis, Outubro de 2009 Redação II

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Design auxilia detentosno projeto Estampa Livre

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Montagem da estrutura do evento começou dia 9

A oficina de confecção e estamparia beneficia atualmente oito encarcerados do Presídio Masculino de Florianópolis e pretende dobrar o número de vagas.

O Projeto Estampa Livre foi desenvolvido há três anos e em março de 2009 passou a contar com o apoio do NGD na criação da identidade visual. Inicialmente apenas a oficina de estamparia foi criada, mas a inauguração da confecção representou uma maneira de diminuir o número de camisetas compradas e aumentar as vagas.

Os equipamentos utilizados nas oficinas foram adquiridos ainda no início do projeto por doação e o fato de serem antigos torna a produção mais demorada.

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Comissão culpa bares por “gato”Donos recorreram ao Reitor para permanecerem no local até o fim do mês

Com a decisão, lanchonetes não poderão renovar contrato com a Universidade

Centro oferece 60 minicursos na 8ª SEPEX

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Por acaso, hoje eu pensei na singularidade poética de cada um; na possibilidade de se escrever certo e de ser lido conforme esse mesmo certo.

Mas, nesta literatura do não-pertencimento, as correspondências não são calmantes, como deveriam ser.

Alguns têm a sorte de escrever errado e serem lidos certos. Só que a isso se chama bilhete premiado. Esporadicamente pode até ser que o poema sem métrica intencional seja recebido pelo leitor contemporâneo encantado com a sua ausência de formalidades (É que ele provavelmente nunca ouviu falar em sílabas poéticas e isso pouco lhe interessa).

Pois bem, há uma filosofia literária que se finda em batatas ao vitorioso da batalha. Se eu quero batatas? Deveria querer, contudo, corrompe-me uma recusa ao fim da guerra com uma destruição.

Onde as ruas não têm nome, os livros de cada sorriso e olhar são lidos como raridades. E mesmo que estas publicações sejam anacrônicas, os arcaísmos (mazelas?) conseguem harmoniosamente subsistir e coexistir às demais variantes.

Aqui vejo o poder resistente da eterna contradição: o melhor já foi, mas o melhor está por vir. Os dias ruins? Nem tão ruins assim.

A narrativa eloísta neo-testamentária dirá: “Eu vim para os fracos”. Isso explica tudo: a fraqueza será a força – os últimos serão os primeiros. Insegurança. Dependência de uma tese para existir: não ser tão orgulhoso a ponto de não crer. Ao vencedor, a dialética.

Charge

Produzido pelos alunos da segunda fase do curso de Jornalismo, o Jornal do CCE chega a sua sexta edição, tendo como destaques a participação do Centro na 8ª SEPEX, a Semana de Arte do DCE e a con-denação das lanchonetes do básico por furto de energia.

Notamos a evolução da turma durante a produção deste impresso, e esperamos que a experiência adquirida seja refletida na leitura do jornal. Desejamos que esta edição mantenha a comunidade acadê-mica informada sobre o que acontece no Centro e, ao mesmo tempo, que o conteú-do seja agradável.

Sugestões de matérias, charges e crô-nicas podem ser enviadas para o endereço eletrônico: [email protected]

Um abraço, e até a próxima edição.

Carta ao Leitor

O Jornal do CCE é um órgão de exten-são do Departamento de Jornalismo, com textos dos Alunos de Redação II.

Professor responsável Elias Machado DRT/RJ 16.936

Monitor de Redação IIRogério Moreira Jr.

Bolsista de Redação IIJoice Balboa

Edição: Daniel Giovanaz, Paulo Ricardo Vitório, Gian Kojikovski, Ingrid Fagun-dez, Jéssica Butzge, Nathan Schafer, Thiago Moreno, Willian Reis.

Diagramação: Daniela Nakamura, Luiza Harumi Sinzato, Mariana Santos, Julia-na Ferreira, Leonardo Lima, Milena Lu-mini, Maíla Diamante, Monique Nunes, Marília Labes.

Reportagem: Gian Kojikovski, Luiza Ha-rumi Sinzato, Ingrid Fagundez, Jéssica Butzge, Juliana Ferreira, Rodrigo Cha-gas, Marina Lisboa, Milena Lumini, Ma-riana dos Santos, Paulo Ricardo, Daniel Giovanaz, Thiago Moreno, Leonardo Lima, Guilherme Teixeira, Marília Gol-dschmit, Pedro Henrique Lima.

Foto: Marina Empinotti, Guilherme Au-gusto, Ingrid Fagundez, Marília Labes

Colaboração: Daniel Ieffa Allebrand e Kamila Caetano Almeida

Tiragem: 500 exemplaresImpressão: Gráfica POSTMIX

Jornal do CCE

Crônica

KAMILA ALMEIDA é estudante da quarta fase do curso de Letras - Português da UFSC.

AO PERDEDOR, A DIALÉTICA

2 Jornal do CCE Outubro 2009OPINIÃO

DANIEL IEFFA ALLEBRAND é estudante da 3° fase do curso de Design Gráfico da UFSC.

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Outubro 2009 Jornal do CCE 3

Bares devem sair do Básico até fim do mêsDonos recorreram da decisão ao Reitor para permanecerem no local até o final do semestre

Os bares “Café Brasil”, “Assim & Assado” e “Laranjá” têm até o final do mês para se retirarem do Básico. A comissão de inqué-rito presidida pelo coordenador de apoio à Informática, Hilá rio Cirimbelli, considerou os bares culpados pelo furto de energia elétrica da União. As empresas foram no-tificadas do pa recer final e recorreram da decisão. O recur so foi negado pelo procu-rador geral da UFSC, Nilto Parma. “Eles têm direito de defender seus interesses e a Uni-versidade o de garantir o uso correto do di-nheiro públi co”, declarou o procurador.

A fraude na energia elétrica – popular mente conhecida por ‘’gato’’ – foi descober ta em maio deste ano. A denúncia partiu de um funcionário da Pró-Reitoria de Infra-Estrutura (PROINFRA), quando após um curto-circuito nas dependências do CCE foi observada a ligação clandestina no relógio do Básico. Após o laudo pericial uma co-missão de inquérito foi aberta. A comissão suspeita que o “gato” no relógio de energia teria sido feito em 2005 durante a reforma realizada no Básico.

A partir de agora “Café Brasil”, “Assim & Assado” e “Laranjá” estão impedidos de renovar a licitação ou de contratar com a UFSC por dois anos, conforme determina-do pelas portarias publicadas em julho no Diá rio Oficial pelo pró-reitor de infraes-trutura, João Batista Furtuoso. “A rescisão de con trato é unilateral quando a adminis-tração pública por motivo de ilegalidade,

inadim plência contratual ou em razão de interesse público, leva ao fim a renovação”, afirmou o pró-reitor. “Não houve cance-lamento, mas apenas a não renovação do documento”, acrescentou. O gerente do bar “Laranjá”, Roberto Koche, disse que se sente lesado, já que está no local há menos de um ano. “Estamos desde janeiro aqui e nunca hou ve reclamações do atendimen-to”, comen tou Roberto. “Se o recurso for novamente indeferido entrarei com recur-so na justiça comum”, complementou.

Os contratos das empresas “Assim & As sado” e “Café Brasil” terminaram no dia 23

de julho deste ano e o do bar “Laranjá”, no dia 7 de setembro. O diretor de assuntos estudantis, Dalton Barreto, disse que as lan chonetes estão atendendo sem contrato e que os donos receberam uma notifica-ção de despejo no início do mês e tem 30 dias a partir do recebimento para saírem do local. Já há propostas para novos bares na Comissão de Licitação, que de vem ser aprovadas até dia15 de novembro. Caso o pedido de per manência até dezembro fei-to pelos bares ao Reitor Álvaro Prata seja negado, o Básico ficará sem o serviço das lanchonetes até o fim do semestre.

As inovações na educação móvel e o de-senvolvimento de conteúdo 3D em ambientes virtuais para a aprendizagem são alguns dos assuntos abordados pelos participantes do IV Congresso Nacional de Ambientes Hipermí-dia para Aprendiza-gem, que acontece nos dias 5 e 6 de no-vembro na reitoria e no CCE. Entre os palestrantes inter-nacionais estão a di-retora do Centro de Design Computacio-nal do Departamen-to de Arquitetura da Universidade de Houston, Elizabeth Bollinger, e o diretor do Laboratório de Mídia Interativa da Universidade de Barcelona, Antonio-Rámon Pina, o chefe do Grupo de Mídia para ensino a distância da Universidade Graz de Tecnologia, Christian Güetl e o professor da Universidade de Design Politécnico em Milão, François Jé-gou.

A seleção dos nomes ocorreu durante os meses de março, abril e maio deste ano. “Buscamos trazer pessoas ligadas às áreas

de interesse do evento e que tenham publica-ções relevantes”, explicou o professor da Pós em Engenharia e Gestão do Conhecimento e membro da comissão organizadora, Tarcísio Vanzin. Para a organizadora geral do con-

gresso e professora do Pós Design, Alice Cybs, sem a ajuda da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina seria inviá-vel trazer tantos con-vidados.

Além das pales-tras, o calendário do CONAHPA conta com a apresentação de artigos, mesas-re-dondas e workshops. Neste ano o congres-

so traz uma novidade: o prêmio CONAHPA, que homenageará os melhores produtos de hipermídia apresentados. O evento alcança a quarta edição e está sendo organizado pelos cursos de pós-graduação em Design, Arqui-tetura e Engenharia Mecânica da UFSC com a Universidade de Pelotas. Os interessados podem se inscrever até o dia 5 de novembro, pagando uma taxa de 480 reais.

Comissão se reúne para organizar o Conahpa

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IV Conahpa discute hipermídiaLançados editais para Pós de 2010

Quatro, dos seis programas de pós-graduação do CCE, estão com as inscri-ções abertas para o próximo semestre. Os programas que abrirão vagas para 2010/1 são: Pós em Design, Inglês, Li-teratura e Estudos da tradução. A pre-visão é receber mais 125 alunos só nos primeiros seis meses de 2010, 16 em Design (Mestrado), 31 em Letras Inglês (25, Mestrado e 6 no Doutorado), 49 em Literatura, (34 no Mestrado e 15 no Doutorado) e 29 em Estudos da Tradu-ção, (19 no Mestrado e 10 no Doutora-do). Ao total, o CCE tem cerca de 500 alunos em mestrado ou doutorado.

Para mais informações sobre as linhas de pesquisa de cada programa de pós-graduação e o processo de ad-missão de cada um, acessar os editais disponíveis em: Pós-graduação em Design: www.posdesign.ufsc.br/index.html Pós-graduação em Letras Inglês: www.cce.ufsc.br/~pgi/index.html Pós-graduação em Letras Português (Lite-ratura): www.literatura.ufsc.br e Pós-graduação em Estudos da Tradução: www.pget.ufsc.br/2010-1/edital.php

CAMPUS

Jéssica Butzge

Ingrid FagundezPedro Henrique Lima

As lanchonetes “Assim & Assado”, “Laranjá” e “Café Brasil” atendem a cerca de três mil pessoas

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serem usados durante o evento. Em 2000 o espaço em que funciona

o curso de Jornalismo passou por uma ampliação. Os problemas com o LabInfo começaram em março de 2001. A causa das infiltrações e goteiras é a proximidade de algumas árvores do prédio. As folhas que caem entopem as calhas, o que prejudica o escoamento da água da chuva.

O LabInfo do curso de Jornalismo será reaberto na última semana de outubro. O local apresentava goteiras e infiltrações o que estava comprometendo a rede elétrica. Desde de que foi interditado no início do primeiro semestre, foram feitas uma reforma e duas obras de reparações.

A reforma no LabInfo incluiu a troca da manta asfáltica que recobria o forro, a substituiição de oito metros de calha e a recuperação parcial do telhado com a troca de dez telhas. O custo total da obra foi de 7.950 reais e a empresa responsável a Construbela. “Se o laboratório voltar a apresentar problemas, um pedido de reforma total do telhado será encaminhado ao Etusc”, disse o diretor do departamento de recuperação e fiscalização da Pró-reitoria de Infraestrutura, Antônio Duarte,

Para a reabertura foram instalados quinze computadores novos. No local acontecerão as aulas de editoração gráfica, edição, redação II, redação IV, redação VII e o Jornal Zero. A reabertura do laboratório foi adiada em uma semana por causa da SEPEX. Os computadores do LabInfo foram emprestados aos organizadores para

4 Jornal do CCE CAMPUS Outubro 2009

Programa Escala aumenta número de vagasAbertas mais três vagas para alunos dos cursos de Design, Letras-Espanhol e Jornalismo

O programa de intercâmbio Escala Estu-dantil da UFSC aumentou para 4 o número de vagas oferecidas aos cursos do CCE. No ano passado a única disponível foi destinada ao Jornalismo. “O crescimento das vagas se deve ao recente objetivo de tentar priorizar os cursos que têm poucas oportunidades com programas de intercâmbio”, disse a Che-fe de Expediente do Departamento de Arti-culação Institucional (DEARTI), Zulmira da Silva. ‘’As Engenharias têm mais oportunida-des”, ressaltou.

Para concorrer às vagas o aluno deve es-tar cursando as disciplinas em que se matri-culou na UFSC, ter completado pelo menos metade da carga horária total até o semestre que antecede o intercâmbio, ter menos de trinta anos e possuir conhecimento em es-panhol. As inscrições para a primeira etapa, que avalia o mérito dos candidatos através dos documentos entregues, encerraram no dia 15. A segunda, com entrevistas dos alu-nos selecionados, acontece entre os dias 19 e 23 de outubro. O resultado final do processo seletivo será divulgado na página do SINTER a partir do dia 30 deste mês.

O objetivo principal do intercâmbio é promover a troca científica e cultural entre alunos de graduação da UFSC e as institui-

ções estrangeiras parceiras da Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM), como a Universidad de Santiago de Chile. O programa permite que estudantes realizem disciplinas de até um semestre de duração em uma universidade membro da AUGM, recebendo alimentação e hospedagem, além da isenção de taxas acadêmicas.

O projeto Escala Estudantil existe des-de 2003, embora só tenham sido ofertadas

vagas para graduandos do CCE a partir de 2005. “A medida que a demanda aumenta, as vagas também têm aumentado”, explicou Zulmira da Silva. Até esse ano, catorze alunos do Centro foram beneficiados. Para maiores informações o aluno pode ligar para 3271-8225 ou ainda, acessar a página do SINTER em: www.sinter.ufsc.br

Apenas uma chapa participa das eleições que definirão a nova diretoria do Centro Acadêmico Livre de Letras (CALL) marcadas para os dias 28 e 29 de outubro. Para ser eleita, ela deve obter 50% mais um dos votos válidos. Caso esse número não seja alcançado, a Comissão Eleitoral do CALL iniciará um novo processo eleitoral.

Nos dias das eleições serão colocadas uma urna e cédulas de papel no hall do CCE, em frente à livraria da Editora da UFSC, das 8h às 22h30. Cada cédula conterá as opções de voto para a chapa inscrita ou em branco. O voto será considerado nulo caso haja rasuras no papel ou caso a cédula seja depositada na urna sem nenhuma opção preenchida. Todos os alunos dos cursos de graduação em Letras, presencial e a distância, podem votar.

Até o dia 27, representantes da chapa passarão em todas as salas dos cursos de Letras apresentando suas ideias aos alunos. No mesmo dia, haverá a apresentação oficial das propostas no auditório Henrique da Silva Fontes. Se eleita, a chapa comandará o CALL durante um ano a partir da data da homologação do resultado pela Comissão Eleitoral.

Os novos computadores já foram instalados

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Labinfo reabre no fim de outubro

Jéssica Butzge

Mariana Santos Marina Lisboa

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A lista dos alunos selecionados será divulgada dia 30 de outubro no endereço eletrônico do programa

Eleições do CALL têm chapa única

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Design participa de projeto no presídio central

A oficina de estamparia e confecção, que funciona dentro do Presídio Masculino de Florianópolis, beneficia oito detentos e pretende aumentar esse número para 16 em um ano. O Projeto Estampa Livre, desen-volvido pela ASBEDIM (Associação Benefi-cente São Dimas), iniciou em maio de 2006, apenas com uma oficina de estamparia, com a participação de três encarcerados e objeti-vo de estimular, capacitar e gerar renda para os detentos e desde março de 2009 passou a ser apoiado pelo NGD (Núcleo de Gestão em Design), da UFSC. Em maio de 2008 foi inaugurada uma oficina de confecção, de-vido à demanda média de 1500 camisetas mensais que precisavam ser compradas para serem estampadas.

Hoje trabalham dois detentos na secreta-ria e criação de desenhos para as estampas, dois na confecção e quatro na estamparia, cada um deles com renda mensal aproxi-mada de 250 reais que pode aumentar con-forme a produção e o tempo de atuação. A oficina possui quatro máquinas de costura e duas mesas de estamparia, cada uma com doze berços - chapas de metal onde as cami-setas são colocadas para receber a pintura. Esses equipamentos foram comprados há três anos com recursos de doações obtidas pelo coordenador da Pastoral Carcerária, Padre Ney Brasil Pereira. As mesas, por se-rem antigas, não possuem berços térmicos que auxiliariam na secagem da tinta, sendo assim, o processo é realizado manualmen-te com secadores, o que torna a produção

mais demorada. Além da falta de estrutura, o crescimen-

to da oficina esbarra no preconceito da so-ciedade. “Temos muita dificuldade em fazer com que as pessoas conheçam o projeto, pois nossa secretaria fica dentro do com-plexo e nem todo mundo tem disposição para entrar no presídio”, disse Élcio Antu-nes Américo, um dos detentos beneficiados. Para aumentar o alcance do Estampa Livre, o NGD criou uma nova identidade visual e realizou uma pesquisa para saber o que

motivaria as pessoas a adquirirem produ-tos desenvolvidos nas oficinas. “Os resul-tados mostraram que apesar de quererem ajudar os presidiários, os entrevistados levariam em consideração a qualidade das camisetas”, afirmou Júlia Ghisi, estudante de Design Gráfico e bolsista do NGD. O Presídio Masculino de Florianópolis tem capacidade para 150 vagas, mas abriga 315. O projeto Estampa Livre atende 2,5% deles e trabalha com a perspectiva de chegar a 5,1%.

Jornalismo recupera três salas

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Detentos do Presídio Masculino de Florianópolis estampam as camisetas da oficina

O Projeto Estampa Livre beneficia oito presos que trabalham com criação e estamparia

A direção do CCE atendeu a solicitação do Departamento de Jornalismo para que três salas de aula do centro voltassem a ter prioridade de alocação para a graduação e pós-graduação do curso. As salas haviam sido cedidas, em parte, para outros cur-sos, inclusive de fora do CCE, para atender a demanda gerada pela criação de novas graduações. A alegação do Jornalismo é que as salas eram utilizadas tanto pela pós quanto pela graduação e que, além do cur-so já contar com um espaço reduzido para aulas e para os grupos de pesquisa, a pós-graduação perdia espaço que era neces-sário para que mantivesse o conceito três na avaliação que será feita pela CAPES em novembro desse ano.

Com a solicitação atendida, agora acon-tecerão melhorias nas salas, a 143 deverá ser transformada em um mini-auditório e a 141 será dividida em uma classe menor e sala para professores e grupos de pes-quisa. A sala 140 será utilizada no lugar da 142, que continua cedida para aulas do CFM. As melhorias feitas, porém, ainda fi-carão aquém do necessário. Para o coorde-nador da pós, Eduardo Meditsch, as salas

continuarão sendo poucas para abrigar os núcleos de pesquisa, que tendem a cres-cer.

A última pendência a ser acertada é a questão da reinstalação da divisória que existia no corredor do primeiro andar até agosto desse ano. Ela foi retirada depois de um relatório do corpo de bombeiros alegar que a segurança de quem estivesse no prédio ficava comprometida em caso de incêndio, porém o Jornalismo afirmou que, além do barulho dos corredores atrapa-lhar o andamento das aulas, ela fazia parte das precauções tomadas contra roubos aos laboratórios do curso.

Para tentar resolver o problema, foi colocada uma grade e uma câmera de se-gurança no local, mas mesmo com essas medidas o recém criado LABJOR e o agora mini-auditório jornalismo continuariam tendo fácil acesso pelo corredor. A chefia do departamento quer, então, que seja ins-talada uma nova divisória, desta vez de vi-dro, no mesmo lugar onde estava a antiga, para que os corredores do curso só possam ser acessados durante o período de aulas.

Ainda falta resolver a questão da divisória do segundo andar

CAMPUSOutubro 2009 Jornal do CCE 5

A Reitoria cancelou, pela segun-da vez, a reunião entre o Reitor Álva-ro Toubes Prata, o professor de Jor-nalismo Eduardo Meditsh, o diretor da TV UFSC Fernando Crócomo e a Chefe do Departamento de Jornalis-mo Tattiana Teixeira, que discutiria a criação de um canal de Rádio para a Universidade. O Reitor teve que es-tar esteve presente em uma reunião em Brasília, na data marcada para a reunião, 7 de outubro. A nova foi data marcada para o dia 28 de outu-bro, às 16 horas.

O Professor Eduardo, autor do pedido, afirma que o projeto con-tinua firme e espera que a Reitoria tenha logo uma posição. “Estamos aguardando para ver o que vai acon-tecer. Uma estação de rádio seria um grande laboratório para os alunos do curso”. O único meio radiofônico da UFSC é a Rádio Ponto, que serve como laboratório do Curso de Jorna-lismo.

Adiada reunião da Rádio Ponto

Juliana Ferreira

Guilherme Teixeira Gian Kojikovski

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6 Jornal do CCE CULTURA Outubro 2009

Centro oferece sessenta minicursos na oitava SEPEXAs aulas são ministradas por professores e pós-graduandos

Sarau apresenta show de comédia

Grupo de Artes Cênicas monta peças de autores latinosOs alunos de Artes Cênica Bárbara

Cathelini Danielli, Carlos Eduardo da Silva, Daniela Antunes, Ilze Körting, José Ricardo Goulart e Luiz Gustavo Bieber-bach Engroff, formaram, no início de se-tembro, o Grupo Laboratório de Teatro Latino-americano. A pré-estréia ocorreu no dia 8 de outubro, com a encenação do texto “Em frente à frente Argentina”, do escritor paraguaio Augusto Roa Bas-tos, durante o IV Simpósio Roa Bastos de Literatura, promovido pelo NELOOL (Núcleo de Estudos de Literatura, Orali-dade e Outras Linguagens). O texto, que trata da Guerra do Paraguai, apresenta o diálogo entre Bartolomeu Mitre, co-mandante das forças aliadas, e Cándido López, oficial tenente e pintor da guerra.

Para um estudo mais fiel dos textos latinos, o grupo aproveita a fluência dos professores de língua estrangei-ra, especificamente de espanhol. “A integração entre Letras e Artes Cênicas possibilita montagens de peças teatrais mais expressivas e com vínculo à visão dos autores”, explica Daniela Antunes. O

interesse do grupo em estudar e adaptar os textos de autores latinos ao esquema teatral se originou das conversas com professores, que sugeriram leituras al-ternativas às indicadas nos planos curri-culares. Carlos Eduardo da Silva, diretor geral de “Em frente à frente Argentina”, conta que começou a ler Roa Bastos por indicação da coordenadora do curso de Artes Cênicas, Alai Diniz. Inicialmente, ficou apreensivo e descrente de que a leitura traria algo relevante. “Mas a descoberta foi maravilhosa; e percebe-mos que precisávamos nos aprofundar.”, declara Carlos Silva.

Além de buscarem visibilidade ao grupo, os participantes também querem despertar o público em geral para a ex-ploração de textos e de autores que são pouco conhecidos no espaço artístico. “Queremos pegar esses filés que estão na vitrine e ninguém compra. Mesmo sendo excelentes, ninguém vê, não se in-teressa por eles, não sente fome deles”, expõe Carlos Silva. O grupo, que ensaia num estúdio no bairro Abraão, durante

os fins de semana e quer se tornar uma companhia de teatro oficial, tem o apoio de professores e da coordenação do curso de Artes Cênicas.

Atores da peça “Em frente à frente Argentina”

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O show de comédia do ator Rossano Pio é a novidade que o Sarau Boca de Cena apresenta no dia 22 de outubro, às 11h30, durante a 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPEX). O grupo fará uma per-formance com variadas atrações no palco montado dentro da estrutura de lona que abriga os estandes do evento, na frente do prédio da Reitoria.

O espetáculo tem a participação das bandas 3Jay, Desclassificados e da dupla Julia e Rafael Augusto, intercaladas por declamações de poesias, esquetes teatrais e danças. Malabarismos e exibições de ob-jetos de artes plásticas aparecem para di-versificar a apresentação de uma hora. “O objetivo [do Sarau Boca de Cena] é reunir as pessoas que produzem cultura numa só efervescência”, explica Juliana Impaléa, coordenadora do projeto e vocalista da banda 3Jay.

O Sarau é um projeto do Departamen-to de Letras e Literatura Vernáculas criado em 2005 e coordenado por Juliana Impa-léa. Em 2007 passou a funcionar como atividade de extensão e a receber apoio da UFSC. Desde a criação, divulgou o trabalho de quase 300 artistas amadores em uma média de 12 apresentações por ano.

O CCE é o Centro que mais oferece mi-nicursos durante a oitava edição da Sema-na de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC (SEPEX), que acontece entre os dias 21 e 24 de outubro. Dos 283 cursos, 60 serão rea-lizados em laborató-rios e salas de aula do Centro, 26 a mais do que no ano pas-sado. Com duração máxima de oito ho-ras, as atividades são gratuitas e ministra-das por professores e pós-graduandos da Universidade.

O objetivo dos minicursos é mos-trar a importância da produção acadê-mica no desenvol-vimento do país, a partir de assuntos que não são estudados de forma específica durante a graduação. Abertas à comunidade, as aulas vão abordar

temáticas como literatura, jornalismo cien-tífico, música, expressão corporal e cinema. A agenda da Semana prevê ainda apresenta-ções culturais, exposição de trabalhos, a 1ª

Feira do Inventor e o 19º Seminário de Ini-ciação Científica.

Criada em 2000, a Sepex se consoli-dou como o principal evento de divulgação científica de Santa Catarina, com uma média de 40 mil visi-tantes a cada edição. Neste ano, o tema central é “Ciência para Todos”, já que inte-gra as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Os estandes estarão montados na Praça da

Cidadania, em frente ao prédio da Reitoria. Mais informações podem ser encontradas no endereço www.sepex.ufsc.br

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Minicursos oferecidos pelos centros de ensino

Thiago MorenoDaniel Giovanaz

Daniela Nakamura

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Outubro 2009 CULTURA Jornal do CCE 7

DCE encerra gestão com Semana de Arte Universitários promovem integração artística multicultural em diversos pontos do Campus

De 3 a 8 de outubro, o campus da Trin-dade vivenciou a aproximação entre artis-tas e estudantes através da Semana de Arte promovida pelo DCE. As intervenções artís-ticas, espetáculos, oficinas e shows envol-veram alunos do CCE e dos demais centros da UFSC. Nos dias 3 e 4, montou-se a estru-tura e se iniciou a execução dos “grafittis” que estão estampados nas paredes externas do CCE e do CSE, envolvendo estudantes de Design e de outras áreas, como por exemplo Ricardo Rico, de Geografia, e Rodrigo Rizo, de Publicidade da Estácio de Sá.

A rua em frente a Reitoria funcionou como tela para quem quisesse se expressar livremente na quarta-feira, dia 7 e quinta, 8. O DCE disponibilizou tinta para incentivar a criatividade dos universitários. Entre os desenhos, há vários dos alunos de Design e até pinturas dos de Engenharia Sanitária e Ambiental. Na BU atores interpretaram os mímicos palhaços “Clown” durante as inusi-tadas intervenções artísticas – como dormir entre os “puffs” e uma apresentação de Tai Chi. Além da BU, o CFH, CCS e CTC recebe-ram espetáculos cênicos de vários grupos teatrais que tinham, entre os integrantes, estudantes de Artes Cênicas. O grupo tea-

tral Trafulhas da Língua, apoiado pelo SESC, apresentou-se na segunda-feira, dia 5, no CFH.

As alunas Clara Machado e Maria Cris-tina de Oliveira, de Cinema, aproveitaram para filmar as atividades. Maria Cristina, da segunda fase, contou que foi convidada pelo DCE para ajudar na documentação e divul-gação: “Vou me esforçar para editar um bom

vídeo. É um trabalho árduo para os alunos. As câmeras e os computadores são escassos e ultrapassados, dificultando o aprendizado e um bom vídeo,” - reclamou Maria Cristina. A Semana de Arte, que contou com o apoio de quatro mil reais da PRAE e incentivo cul-tural do SESC, foi a última ação externa da atual gestão do DCE.

Matineé FrançaiseA Matineé Française 2009, uma

atividade de expressão artístico-cultu-ral desenvolvida pelos alunos do curso de Letras Estrangeiras – Francês, ocor-rerá no dia quatro de novembro, no auditório Henrique Fontes do CCE. A entrada é gratuita e o evento aberto à comunidade. Na manhã francesa, que vai das nove às onze horas, qualquer linguagem artística – música, teatro, leitura dramática, dança – vinculada à língua francesa e às culturas fran-cófanas é válida. “A Matineé possibili-ta aos alunos apresentarem projetos diferentes desenvolvidos no decorrer das aulas”, afirmou a coordenadora do curso de Francês, Noemia Soares.

Os estudantes interessados em participar devem inscrever-se en-viando um e-mail para as monitoras do curso, Ivi Fuentealba ([email protected]) e Monique Allain ([email protected]). As ins-crições vão até três de novembro, um dia antes da Matineé. As atividades podem ser produzidas apenas pelos alunos ou contar com a ajuda de um professor ou monitor.

Mafuá publica entrevista de Mia CoutoA 12ª edição da revista digital Mafuá,

produzida pelo NUPILL ((Núcleo de Pesqui-sas em Informática, Literatura e Lingüística da UFSC), traz uma entrevista inédita em ví-deo com o escritor moçambicano Mia Couto. O renomado autor, sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras, fala de sua relação com a terra natal e sobre a influên-cia de Guimarães Rosa em seu trabalho.

A Mafuá é uma publicação semestral de literatura, disponível apenas em formato eletrônico no endereço www.mafua.ufsc.br. A nova edição, que acaba de ser lança-da para o segundo semestre de 2009, ainda contém uma tradução para o português de A Ballada do Enforcado de Oscar Wilde. Dis-ponibilizada na seção Obra Rara, após ter sido cedida, com exclusividade, pelo acervo do poeta nicaragüense Ruben Dário.

A revista tem como objetivo publicar ensaios e artigos críticos de alunos de gra-duação, assim como divulgar diferentes trabalhos, artistas e escritores contempo-râneos. “Qualquer estudante de graduação,

independentemente da faculdade ou do curso, pode enviar um ensaio de literatura à revista”, afirmou Otávio Guimarães Tavares, integrante da Comissão Editorial da Mafuá. O prazo de admissão dos textos para a 13ª edição vai até o dia 25 de janeiro de 2010 e o e-mail para contato é [email protected].

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Atores e músicos na encenação da Peça Traço ocorrida na quarta-feira, dia 7, no CCS.

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O escritor Mia Couto é destaque na 12ª Mafuá

Leonardo Lima

Luiza Sinzato Marília Labes

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8 Jornal do CCE ENTREVISTA Outubro 2009

O Jornal do CCE entrevistou a profes-sora Viviane Maria Heberle, diretora do Departamento de Apoio Pedagógico e Ava-liação da Pró-Reitoria de Ensino de Gradua-ção. Doutora em Letras (Inglês e Literatura Correspondente) pela UFSC (1997) e com pós-doutorado pela University of Sidney, na Austrália (2003-2004). Entre 2004 e 2008, Viviane ocupou o cargo de diretora do CCE.

A professora falou sobre o sistema Moodle, um ambiente vir-tual de apoio à aprendizagem que vem sendo utilizado nos cursos presenciais e a distância na UFSC. A plataforma acabou de receber uma reformulação estrutural com apoio técnico e logístico do Centro Tecnológico e está disponível para todos os estudantes matriculados na graduação e na pós-graduação.

Jornal do CCE - O Moodle so-freu uma reformulação. Como os professores e alunos recebe-ram as mudanças?

Viviane Eberle - A Coorde-nadoria de Formação Pedagógica, cujo coordenador é o professor Ricardo Silveira, passou a promo-ver cursos de capacitação após a reformulação do sistema Moodle. Esse curso é aberto a qualquer interessado, porém o número de vagas é ainda reduzido, pois o es-paço físico não comporta muitas pessoas. Atualmente os cursos es-tão sendo ministrados no Centro de Capa-citação que fica atrás do RU. Eu mesmo fiz esse curso em fevereiro com outros docen-tes do CCE e o que nós estamos percebendo é que a demanda pela capacitação está cada vez maior, pois é uma ferramenta muito prática, tanto para os professores quanto para os alunos.

Jornal do CCE - Como ex-diretora, que cursos a senhora avalia que pode-riam fazer um uso mais abrangente do Moodle?

V.E. - Letras, Jornalismo, Design e Ci-nema. A grande maioria dos cursos do CCE está utilizando cada vez mais o Moodle. Mas é importante frisar que ele não substitui nenhuma ferramenta pedagógica do pro-fessor, atuando apenas como complemento no ensino. Eu acredito que o sistema possa

contribuir até mesmo como objeto de pes-quisa para todos os cursos do CCE, pelo per-fil das disciplinas lecionadas aqui. Um bom exemplo seria para quem está trabalhando com Jornalismo On-line ou com Letras de Interação, onde o sistema pode até servir como objeto de investigação.

Jornal do CCE - O Moodle é ainda um software pouco conhecido e utilizado pe-los alunos do CCE. Qual seria a alterna-tiva para incentivar um maior interesse pela plataforma?

V.E. - Nós estamos conseguindo minis-trar as oficinas, mas infelizmente não pode-mos abrir para todos os interessados pela limitação de espaço físico. No Centro de Ca-pacitação, os cursos abrigam em média ape-nas 25 pessoas por sala. Mas nós estamos recebendo equipamentos novos do NPD - Núcleo de Processamento de Dados - para poder ter uma maior capacidade técnica e logística com o objetivo de difundir o siste-ma e obter uma maior abrangência dentro do CCE, assim como em toda a Universi-dade. O pessoal do CTC que trabalha com o Moodle também está criando pequenas

vídeoaulas, disponíveis no próprio sistema, para que os professores possam utilizar a ferramenta da melhor maneira possível, como por exemplo, aprender como proce-der para passar as notas dos alunos para o sistema Moodle.

Jornal do CCE -O Moo-dle é bastante utilizado no mundo inteiro. Baseada em sua experiência, qual é a im-portância da plataforma no processo de ensino-apren-dizagem?

V.E. - É uma ferramenta que pode ser utilizada de for-ma ampla, pois atualmente os alunos estão mais atentos às novas tecnologias e, ao fa-zer uso dessas aliadas, tan-tos os professores quanto os alunos só tendem a ganhar. O estudante tem mais interes-se quando interage com uma ferramenta que se faz pre-sente no seu cotidiano, como a internet. Gostaria de frisar que nada substitui a interação face-a-face do professor com o aluno, mas mesmo a distância, o sistema propicia um eficien-te contato com os alunos. Até porque hoje em dia o estudan-te não interage somente atra-vés de livros e cartas; interage também pelo e-mail, Orkut, Blogs, MSN, e tudo que per-

meia a vida digital. Então, a partir do mo-mento que existe essa ferramenta, acredito que possa haver um maior interesse, uma maior motivação e um melhor respaldo do aluno com relação às atividades que o pro-fessor propõe no plano de ensino de cada disciplina.

Jornal do CCE - O Moodle oferece uma grande plataforma de ensino para o aluno. O sistema é a principal ferra-menta nos cursos de ensino a distância do CCE?

V.E. - Eu não sou especialista em ensino a distância, mas acredito que o Moodle seja uma das principais ferramentas, além das vídeoaulas, videoconferências e os encon-tros com os tutores. Aqui na UFSC, o Moodle teve início no ensino a distância e logo de-pois passou ao ensino presencial.

“O Moodle é uma ferramenta muito prática”Ex-diretora do CCE, Viviane Heberle, fala sobre a reformulação da plataforma Moodle

Leonardo Lima

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Viviane Heberle fala sobre sistema de educação a distância