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    Educação

    Física

    Educação

    Física

    PONTA GROSSA - PARANÁ2010

    EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

    Luciana da Silva Timossi

    Bruno Pedroso

    LICENCIATURA EM

    FUNDAMENTOS DE JOGOS EBRINCADEIRAS I

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSANúcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância - NUTEAD

    Av. Gal. Carlos Cavalcanti, 4748 - CEP 84030-900 - Ponta Grossa - PRTel.: (42) 3220-3163

    www.nutead.org2010

    Todos os direitos reservados ao Ministério da EducaçãoSistema Universidade Aberta do Brasil

    Ficha catalográfca elaborada pelo Setor de Processos Técnicos BICEN/UEPG.

    Pró-Reitoria de Assuntos Administrativos

    Ariangelo Hauer Dias - Pró-Reitor

    Pró-Reitoria de Graduação

    Graciete Tozetto Góes - Pró-Reitor

    Divisão de Educação a Distância e de Programas Especiais

    Maria Etelvina Madalozzo Ramos - Chefe

    Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância

    Leide Mara Schmidt - Coordenadora GeralCleide Aparecida Faria Rodrigues - Coordenadora Pedagógica

    Sistema Universidade Aberta do Brasil

    Hermínia Regina Bugeste Marinho - Coordenadora GeralCleide Aparecida Faria Rodrigues - Coordenadora Adjunta

    Marcus William Hauser - Coordenador de CursoFlávio Guimarães Kalinowski - Coordenador de Tutoria

    Colaborador Financeiro

    Luiz Antonio Martins Wosiak

    Colaboradora de Planejamento

    Silviane Buss Tupich

    Projeto Gráfico

    Anselmo Rodrigues de Andrade Júnior

    Colaboradores em EAD

    Dênia Falcão de Bittencourt Jucimara Roesler

    Colaboradores de Informática

    Carlos Alberto VolpiCarmen Silvia Simão CarneiroAdilson de Oliveira Pimenta Júnior Juscelino Izidoro de Oliveira JúniorOsvaldo Reis JúniorKin Henrique KurekThiago Luiz DimbarreThiago Nobuaki Sugahara

    Colaboradores de Publicação

    Denise Galdino de Oliveira - Revisão Janete Aparecida Luft - RevisãoAna Caroline Machado - DiagramaçãoMilene Sferelli Marinho - Ilustração

    Colaboradores Operacionais

    Edson Luis Marchinski Joanice Kuster de Azevedo João Márcio Duran InglêzKelly Regina CamargoMariná Holzmann Ribas

    CRÉDITOS

     João Carlos Gomes

    Reitor

    Carlos Luciano Sant’ana Vargas Vice-Reitor

    T785f Timossi, Luciana da Silva

      Fundamentos de jogos e brincadeiras I. / Luciana da Silva

    Timossi e Bruno Pedroso. Ponta Grossa : UEPG/NUTEAD, 2010.

      125. il.

    Licenciatura em Educação Física - Educação a Distância.

    1. Jogos e brincadeiras - estudo e fundamentos. 2. Abordagemteórica. 3. Aplicações práticas. 4. Cotidiano escolar. I. Pedroso,

    Bruno. II. T.

    CDD : 796.1

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    APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL

    Olá, estudante

    Seja bem vindo!Certamente, neste período do curso você já se sente mais preparado para enfrentar

    os desafios desta modalidade educacional (EaD). Com certeza, também já percebeuque estudar a distância significa muita leitura, organização, disciplina e dedicação aosestudos.

     A educação a distância é uma das modalidades educacionais que mais cresce hojeno Brasil e no mundo. Ela representa uma alternativa ideal para alunos–trabalhadores,que necessitam de horários diferenciados de estudo e pesquisa, para cumprir a contentotanto seus compromissos profissionais como suas obrigações acadêmicas. Também éuma alternativa ideal para as populações dos municípios distantes dos grandes centrosuniversitários, contribuindo significativamente para a socialização e democratização dosaber.

     As novas tecnologias da informação e da comunicação estão cada vez maispresentes em nossas vidas, desafiando os educadores a inserir-se nesse “mundo semfronteiras” que é a realidade virtual.

    Sensível a esse novo cenário, a UEPG vem desenvolvendo, desde o ano de 2000,cursos e programas na modalidade de educação a distância, e para tal fim, investindo nacapacitação de seus professores e funcionários.

    Dentre outras iniciativas, a UEPG participou do Edital de Seleção UAB nº 01/2006-SEED/MEC/2006/2007 e foi contemplada para desenvolver seis cursos de graduação equatro cursos de pós-graduação na modalidade a distância pelo Sistema Universidade Aberta do Brasil.

    Isso se tornou possível graças à parceria estabelecida entre o MEC, a CAPES, oFNDE e as universidades brasileiras, bem como porque a UEPG, ao longo de sua trajetória,

    vem acumulando uma rica tradição de ensino, pesquisa e extensão e se destacandotambém na educação a distância,

    Os cursos ofertados no Sistema UAB, apresentam a mesma carga horária e o mesmocurrículo dos nossos cursos presenciais, mas se utilizam de metodologias, materiais emídias próprios da educação a distância que, além de facilitarem o aprendizado, permitirãoconstante interação entre alunos, tutores, professores e coordenação.

     Esperamos que você aproveite todos os recursos que oferecemos para facilitaro seu processo de aprendizagem e que tenha muito sucesso nesse período que ora seinicia..

    Mas, lembre-se: você não está sozinho nessa jornada, pois fará parte de umaampla rede colaborativa e poderá interagir conosco sempre que desejar, acessandonossa Plataforma Virtual de Aprendizagem (MOODLE) ou utilizando as demais mídias

    disponíveis para nossos alunos e professores.Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo, pois a sua aprendizagem é onosso principal objetivo.

     

    EQUIPE DA UAB/ UEPG

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    SUMÁRIO

    PALAVRAS DOS PROFESSO■ RES 7

    OBJETIVOS E EMENT■ A 9

    ESTUDO E FUNDAMENTOS DE JOGOS E BRINCADEIRAS:FUNDAMENTAÇÃO, HISTÓRICO, CONCEITOS

    SEÇÃO■ 1- INTRODUÇÃO AOS JOGOS E BRINCADEIRAS: CONCEITOS

    E DIFERENÇAS 12SEÇÃO■ 2-  HISTÓRIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS 16

    ABORGAGEM TEÓRICA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS 21SEÇÃO■ 1- EVOLUÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS AO ESPORTE MODERNO 22SEÇÃO■ 2- QUALIDADES FÍSICAS E PSICOMOTORAS DESENVOLVIDAS NOS

     JOGOS E BRINCADEIRAS 25

    SEÇÃO■ 3- OS JOGOS E BRINCADEIRAS COMO AGENTES SOCIALIZADORES 31

    APLICAÇÕES PRÁTICAS DOS JOGOS E BRINCADEIRAS 37SEÇÃO■ 1- RECREAÇÃO EM SALA DE AULA 38SEÇÃO■ 2- PEQUENOS JOGOS 41SEÇÃO■  3- GRANDES JOGOS 51SEÇÃO■  4- INICIAÇÃO DESPORTIVA 54SEÇÃO■  5- GINCANA 57SEÇÃO■  6- COLÔNIA DE FÉRIAS 61SEÇÃO■  7- HISTÓRIAS E DRAMATIZAÇÃO 64SEÇÃO■  8- TÉCNICAS DE PINTURA E COLAGEM 70SEÇÃO■  9- BRINQUEDOS CANTADOS 79

     JOGOS E BRINCADEIRAS NO COTIDIANO ESCOLAR 85SEÇÃO■ 1-  JOGOS AO AR LIVRE 86SEÇÃO■ 2-  JOGOS PARA OS DIAS DE CHUVA 97SEÇÃO■ 3-  JOGOS COM SUCATAS 109

    PALAVRAS FINAI■ S 121

    REFERÊNCIAS■   123

    NOTAS SOBRE OS AUTO■ RES 125

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    PALAVRAS DOS PROFESSORES

    Caro Caro(a) aluno(a), vivendo diante de uma sociedade onde os aparatostecnológicos vêm cada vez mais se inserindo em nosso cotidiano, onde osbrinquedos eletrônicos de última geração dominam as prateleiras do mercado e,principalmente, onde tal avanço tecnológico demonstra estar muito distante de

    uma estagnação, pode ser até desmotivante perguntar se vocês querem brincar.  Ainda que muitos dos jogos e brincadeiras tenham sido pouco valorizados

    e explorados na atualidade, é dispensável o discurso de que estes são de sumaimportância no desenvolvimento psicomotor das crianças. É nessa perspectivaque nós, no papel de educadores, podemos (e devemos) reverter esse cenário. Afinal, as crianças são o futuro do mundo.

     Assim sendo, fazemos-te o convite para regressar à sua infância, a relembrar jogos e brincadeiras que marcaram essa fantástica e certamente a melhor fasedas nossas vidas, a aprender novos jogos e brincadeiras, a ter uma segundaoportunidade de desfrutar da magia e o prazer que estas atividades podem nosproporcionar.

      Seja bem-vindo(a) à disciplina Fundamentos de Jogos e Brincadeiras I

    Os autores.

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    OBJETIVOS E EMENTA

    OBJETIVOS

    Ao final dos estudos você será capaz de:

    Organizar e coordenar atividades lúdicas envolvendo jogos e brincadeiras,■

    propiciando a integração dos grupos e a liderança, de forma a garantir que

    todos participem das atividades, tanto em aulas de educação física como em

    atividades recreativas fora do âmbito escolar.

    EMENTA

    Fundamentação, histórico e conceitos sobre jogos e brincadeiras; introdução■

    aos jogos e brincadeiras: conceitos e diferenças; história dos jogos e brincadeiras.

    Abordagens teóricas sobre jogos e brincadeiras; evolução dos jogos e brincadeiras

    ao esporte moderno; qualidades físicas e psicomotoras desenvolvidas nos jogos e

    brincadeiras; os jogos e brincadeiras como agentes socializadores. Aplicações práticas

    dos jogos e brincadeiras; recreação em sala de aula; pequenos jogos; grandes jogos;

    iniciação desportiva; gincana; colônia de férias; histórias e dramatização; técnicas de

    pintura e colagem e brinquedos cantados. Jogos e brincadeiras no cotidiano escolar;

     jogos ao ar livre; jogos para os dias de chuva; jogos com sucatas; jogos e cantigas

    folclóricas; momentos festivos na escola de fevereiro a junho; momentos festivos na

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    escola de agosto a dezembro.

    CARGA HORÁRIA34 horas-aula.■

    AGENDA DE ATIVIDADESUnidades Seções Cronograma

    I – ESTUDO EFUNDAMENTOSDE JOGOS EBRINCADEIRAS

    1. Introdução aos

     jogos e brincadeiras:conceitos e diferenças2. História dos jogos ebrincadeiras

    II – ABORGAGEMTEÓRICADOS JOGOS EBRINCADEIRAS

    1. Evolução dos jogose brincadeiras aoesporte moderno2. Qualidades físicase psicomotorasdesenvolvidas nos jogos e brincadeiras

    3. Os jogos ebrincadeiras comoagentes socializadores

    III – APLICAÇÕESPRÁTICASDOS JOGOS E

    BRINCADEIRAS

    1. Recreação em salade aula2. Pequenos Jogos3. Grandes Jogos4. IniciaçãoDesportiva5. Gincana6. Colônia de Férias

    7. Histórias eDramatização8. Técnicas de Pinturae Colagem9. BrinquedosCantados

    IV – JOGOS EBRINCADEIRASNO COTIDIANOESCOLAR

    1. Jogos ao ar livre2. Jogos para os diasde chuva3. Jogos com sucatas

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    Estudo e fundamentosde jogos e brincadeiras:fundamentação, histórico,conceitos

    LUCIANA DA SILVA TIMOSSI

    BRUNO PEDROSO

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEMContextualizar os termos comumente utilizados no trabalho com jogos e■

    brincadeiras.

    Abordar um breve histórico sobre a origem dos jogos e brincadeiras, bem■

    como, a evolução destes.

    ROTEIRO DE ESTUDOSSEÇÃO■ 1: Introdução aos jogos e brincadeiras: conceitos e diferenças

    SEÇÃO■ 2: História dos jogos e brincadeiras

       U   N   I   D

       A   D   E   I

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        F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    13UNIDAD

     Atividade Física, Exercício Físico e Esporte. Os três termos, na respectiva

    ordem, representam uma evolução na complexidade conceitual. Isto é, a

     Atividade Física precede o Exercício Físico, que, por sua vez, precede o

    Esporte. Frente a esse cenário, a diferenciação dos termos levantados seperfaz através das seguintes conceituações:

    a) Atividade física é qualquer movimento corporal, produzido pelos

    músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os

    níveis de repouso (CASPERSEN et al., 1985). É também qualquer esforço

    muscular pré-determinado, destinado a executar uma tarefa, seja ela

    um piscar dos olhos, um deslocamento dos pés, e, até um movimento

    complexo de finta em alguma competição esportiva (DICIONÁRIO

    BABYLON, 2007).

    b) Exercício físico é uma subcategoria da atividade física. É toda

    atividade física planejada, estruturada e repetitiva, que tem por objetivo

    a melhoria e a manutenção de um ou mais componentes da aptidão

    física. Implica na realização de movimentos corporais produzidos pelos

    músculos esqueléticos que levam a um gasto energético, com intensidade,

    duração e frequência de movimentos apresentando relação positiva com

    os índices de aptidão física (CASPERSEN et al., 1985).

    c) Esporte, na perspectiva da evolução do exercício físico, pode

    ser definido como um sistema ordenado de práticas corporais de

    relativa complexidade, com predomínio de componentes físico, motor

    e intelectual, que envolve atividades de competição institucionalmente

    regulamentada. Fundamenta-se na superação de competidores ou de

    marcas e/ou resultados anteriores estabelecidos pelo próprio esportista

    (ENCICLOPÈDIA CATALANA, 1991; GUEDES, 2007).

    Há controvérsias, também, no que diz respeito à diferenciação entre

    os termos Lazer, Recreação, Brincadeiras, Jogos e Esporte. Ainda que,

    fortemente articulados entre si, tais termos apresentam conceitos distintos.

    Nessa perspectiva, os respectivos termos, no contexto o, apresentam as

    seguintes conceituações:

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    4ADE 1

    a) Lazer é um conjunto de ocupações, às quais o indivíduo pode

    entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se,

    recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou

    formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livrecapacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações

    profissionais, familiares ou sociais (DUMAZEDIER, 1976).

    b) Recreação é entendida como toda atividade espontânea, divertida

    e criadora que as pessoas buscam para promover sua participação

    individual e coletiva em ações que melhorem a qualidade de vida e para

    satisfazer sua necessidade de ordem física, psíquica ou mental e cuja

    realização lhe proporciona prazer (LIMA, 2008). Assim, toda atividade

    recreativa é realizada durante o lazer, entretanto, nem todo o tempo de

    lazer é preenchido com atividades de caráter recreativo.

    c) Brincadeiras possuem regras simples e flexíveis, podendo ser

    praticada sem a necessidade de possuir quadras, tabuleiros, instruções,

    treinamento, peças ou dispositivos especiais para delas participar. Na

    maioria das vezes, devido à sua simplicidade, brincadeiras são feitas

    por crianças. Poucas brincadeiras, como a mímica, são ocasionalmente

    praticadas também por adolescentes ou adultos. A brincadeira decriança, por ser livre de regras e objetivos pre-estabelecidos, é solta e

    despreocupada, o que proporciona certa liberdade. As crianças brincam

    para gastar energia e se divertirem. Na maioria das vezes, utilizam um

    brinquedo em seus jogos. Este brinquedo é visto pelos adultos como um

    objeto auxiliar da brincadeira, mas para as crianças isso vai além. Ela o vê

    como uma fonte de conhecimentos e um “simulador da realidade”. Como

    exemplo, podemos citar a menina que brinca que a boneca é a sua filha

    (DICIONÁRIO BABYLON, 2007).

    d) Jogos são atividades que podem ter uma flexibilidade maior nas

    suas regulamentações, ou seja, as regras podem ser adaptadas em função

    das condições de espaço, material disponível, número de participantes,

    etc. Podem ser competitivos, cooperativos ou, como sempre, passatempo

    ou diversão. Podem-se incluir como jogos, as brincadeiras regionais, os

     jogos de salão, de mesa, de tabuleiro, de rua, bem como as brincadeiras

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        F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    15UNIDAD

    infantis de modo geral (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1997).

    e) Esporte, como predecessor dos jogos, é caracterizado por práticas

    em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo, organizadasem federações regionais, nacionais e internacionais que regulamentam

    a atuação amadora e profissional. Para a prática esportiva são exigidas

    condições especiais no que diz respeito a locais e equipamentos, por

    exemplo: campo, piscina, pista, ringue, ginásio, bicicleta, bola, etc.

    (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1997).

    Você sabe a diferença entre jogos e brincadeiras?

    Fazendo distinção entre jogo e brincadeira pode-se dizer que o jogo é a atividade com regras que definem uma disputa “que serve para

    brincar” e brincadeira é o ato ou efeito de brincar, entreter-se, distrair-

    se com um brinquedo ou jogo. Ao tentar estabelecer a diferença entre

     jogos e brincadeiras há apenas uma pequena diferença: o jogo é uma

    brincadeira com regras e a brincadeira, um jogo sem regras. O jogo se

    origina do brincar ao mesmo tempo em que é o brincar (LIMA, 2008).

    Você já ouviu falar na inuência portuguesa, africana e indígena nos Jogos e Brincadeiras?

     

     A influência portuguesa   Os colonizadores portugueses

    trouxeram seus contos, lendas, estórias, jogos, festas e valores. A pipa

    foi introduzida pelos portugueses no Século XVI. Vem do Oriente, do

     Japão e da China. Os diversos nomes encontrados pelo Brasil: estrela,

    raia, arraia, papagaio, bacalhau, gaivotão, curica, pipa, cáfila, pandorga,

    quadrado. Outras brincadeiras introduzidas pelos portugueses: mula sem

    cabeça, cuca ou papão, cantigas, amarelinha, jogo do saquinho, pião, jogo

    de botão bolinha de gude (ESCOLA INFLUÊNCIA LÚDICA, 2009).

     A influência africana O Brasil teve grande influência dos negros

    africanos na vida econômica, social e cultural. Eles trabalharam na lavoura

    e nas minas e, no período colonial, nos engenhos e plantações. A mãe

    negra transmitia para seus filhos as estórias, lendas, contos, mitos, deuses

    e animais encantados vindos das suas origens. Nas famílias da época

    da escravidão, eram as criadas negras que criavam e amamentavam os

    filhos da mãe da família, a ama negra dava de mamar ao menino branco,

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    6ADE 1

    embalava-o no berço, ensinava-lhe as primeiras palavras e as cantigas

    de ninar. Os filhos das senhoras dos engenhos relacionavam-se com os

    filhos das negras escravas, com os quais brincavam de: montar a cavalo

    em carneiros, nadar nos rios e represas, matar passarinhos, empinarpapagaio, jogar pião, corrida de cavalo de pau, colecionar pedras e insetos

    (ESCOLA INFLUÊNCIA LÚDICA, 2009).

     A Influência indígena  Os índios tiveram grande influência na

    culinária brasileira, no uso de remédios caseiros e utensílios de cozinha. As

    índias praticavam o cultivo de mandioca, cará, milho, jerimum, amendoim

    e mamão. Também nas danças, eles imitavam animais demoníacos que

    aparecem nos contos infantis. As mães faziam brinquedos de barro cozido

    para seus filhos. Algumas das brincadeiras indígenas são: arco e flecha,

    pesca, jogo do fio, jogos imitando animais, brinquedos com figuras de

    argila, piões, canoas, remos, peteca de palha de milho e esconde-esconde

    (ESCOLA INFLUÊNCIA LÚDICA, 2009).

    O que é cultura popular?

      A cultura popular é representada por qualquer manifestação

    cultural de um povo, seja esta na forma de música, dança, festa, literatura,

    folclore, arte, etc., que é disseminada por tal povo e os integrantes destparticipam de forma interativa. São tradições e costumes passados de

    geração em geração, geralmente sem registros escritos, mas de forma

    oral. A cultura popular é o elo entre duas gerações, e graças a esse elo é

    que as brincadeiras e jogos transcendem, décadas e décadas, por meio

    dos seus descendentes.

    SEÇÃO 2HISTÓRIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS

     Ainda que as mais primitivas civilizações tenham desenvolvido em

    sua cultura diferentes formas de passar o tempo, os jogos passaram a

    receber uma atenção especial a partir do século XVI, em Roma e na Grécia,

    possuindo estes, o intuito de favorecer o processo ensino-aprendizagem

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        F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    17UNIDAD

    do alfabeto. Com a difusão do cristianismo, os jogos criados, que pregava

    a educação disciplinadora, com memorização, passaram a possuir sua

    imagem denegrida. Somente, a partir do Renascimento é que os jogos

    perdem o caráter de reprovação e passam a compor o cotidiano dascrianças e jovens, divertindo-os (NALLIN, 2005).

     Já, o surgimento das brincadeiras infantis está associado à criação

    dos jardins da infância, no período de transição entre os séculos XVIII

    e XIX. Uniformemente, os jardins da infância difundiram pelo mundo.

     A brincadeira supervisionada era mais comum em estabelecimentos

    destinados à pessoas pobres, enquanto a brincadeira livre se fazia presente

    nas escolas particulares de elite. Em ambos os casos, a brincadeira visava

    a aquisição de conteúdos escolares (NALLIN, 2005).

    Na ausência de brinquedos para a diversão, muitos jogos e

    brincadeiras foram criados ou adaptados. Estes são passados de geração em

    geração, dificultando a descoberta da origem de tais jogos e brincadeiras.

     Ainda que, durante todas as fases da nossa vida, nós tenhamos vivenciado

    os mais variados jogos e brincadeiras, dificilmente paramos para refletir

    qual é a origem destes.

    No transcorrer dos séculos, as brincadeiras e jogos são transformados

    e em meio ao avanço tecnológico vivenciado, principalmente após a

    segunda metade do século XX, muitos jogos e brincadeiras são desfiguradasou perdem por completo o seu sentido. Os jogos e brincadeiras que hoje

    desfrutamos são criações oriundas de diferentes culturas e épocas.

    Para melhor compreendermos o surgimento e a evolução dos jogos

    e brincadeiras, convidamo-lo para viajar conosco para uma jornada

    acerca da História no transcorrer dos séculos. Para isso, nossa máquina

    do tempo é o artigo intitulado “Jogos e Brincadeiras Tradicionais: Um

    Passeio Pela História dos jogos e brincadeiras”, escrito por Elizabeth

    Lannes Bernardes, da Universidade Federal de Uberlândia (disponívelnas atividades desta unidade).

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    8ADE 1

    Para aprofundar os temas de história e conceitos sobre Jogos e Brincadeiras, acesse aPlataforma Noodle e clique no link de seu interesse.

    SAIBA MAIS 1 – Um pouco da história dos Jogos e Brincadeiras.SAIBA MAIS 2 – Curiosidades sobre Jogos e Brincadeiras.

    Nesta Unidade, você iniciou o processo de conhecimento sobre a história, conceitos efundamentos dos Jogos e Brincadeiras. Estudou a diferença entre os termos: Atividade Física, ExercícioFísico e Esporte.

    Viu também, a diferenciação entre os termos: Lazer, Recreação, Brincadeiras, Jogos e Esportee suas articulações. Pôde vericar que mesmo nas mais primitivas civilizações já desenvolviam em sua

    cultura diferentes formas de passar o tempo, como jogos e brincadeiras.Conheceu que o surgimento das brincadeiras infantis está associado à criação dos jardins da

    infância, no período de transição entre os séculos XVIII e XIX.E, por m, pôde perceber que no transcorrer dos séculos as brincadeiras e jogos foram

    transformados e, em meio ao avanço tecnológico vivenciado, principalmente após a segunda metade doséculo XX, muitos jogos e brincadeiras estão desgurados ou perderam por completo o seu sentido.

    Discurse sucintamente sobre a diferença entre jogos e brincadeiras e dê exemplos de jogos e1.brincadeiras que podem ser abordados nas aulas de Educação Física.

    Para compreender melhor sobre a história dos jogos e brincadeiras acesse o link: www.2.brunopedroso.com.br/jogosebrincadeiras/artigo1.pdf e faça um resumo sobre as principais ideiasdo texto.

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        F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    19UNIDAD

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    20ADE 1

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       F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    21UNIDAD

    Abordagem teórica dos jogos e brincadeiras

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEMAssociar a prática de jogos e brincadeiras, nas aulas de Educação■

    Física, com a competição esportiva.

    Explicitar a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento■

    das qualidades físicas e psicomotoras das crianças.

    Demonstrar o papel social dos jogos e brincadeiras.■

    ROTEIRO DE ESTUDOSSEÇÃO 1-■ Evolução dos jogos e brincadeiras ao esporte modernoSEÇÃO 2-■ Qualidades físicas e psicomotoras desenvolvidas nos

     jogos e brincadeiras

    SEÇÃO 3-■ Os jogos e brincadeiras como agentes socializadores

       U   N   I   D

       A   D   E   I   I

    LUCIANA DA SILVA TIMOSSI

    BRUNO PEDROSO

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    22ADE 2

    PARA INÍCIO DE CONVERSA

    Os jogos e brincadeiras transcenderam muitos séculos e, mesmo

    em meio ao crescente avanço tecnológico contemporâneo, se fazem

    presentes em nosso cotidiano. O fato dos jogos e brincadeiras perdurarem

    por tanto tempo pode ser explicada por meio dos benefícios que estes,

    trazem consigo para a vida das pessoas.

      Nessa perspectiva, essa unidade atém-se em explicitar algumas

    das principais características dos jogos e brincadeiras no contexto do

    processo ensino-aprendizagem englobando aspectos como a preparação

    para o esporte competitivo, o combate e prevenção às doenças e, por fim,a formação do indivíduo como cidadão.

    SEÇÃO 1EVOLUÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS AOESPORTE MODERNO

    Tanto o exercício físico quanto os jogos convergem para o esporte.

    O esporte, preconizado como primogênito da Atividade Física e do Lazer,

    apresenta algumas características que corroboram com o desenvolvimento

    psicomotor da criança. As principais características do esporte, de acordo

    com Tubino (2001), são:

    a) É um meio de socialização;

    b) Favorece, pela atividade coletiva, o desenvolvimento da

    consciência comunitária;

    c) É uma atividade de prazer, ativa para os praticantes e passiva

    para os que assistem aos espetáculos esportivos;

    d) Exerce uma função de coesão social, ora favorecendo a identidade

    social, ora representando simbolicamente o corpo esportivo da nação;

    e) Desempenha um papel de compensação, pelo prazer, contra o

    excesso de industrialização.

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       F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    23UNIDAD

    O esporte pode se apresentar através de três manifestações distintas:

    o esporte-educação, o esporte-participação e o esporte-rendimento.

    De acordo com Tubino (2001), essas são as três dimensões sociais do

    esporte.O esporte-educação prega que as competições escolares não devem

    se apresentar como uma reprodução das competições de alto-nível, de

    forma a deformar o conceito de educação. Ao invés disso, as competições

    no âmbito escolar deveriam apresentar um caráter exclusivamente

    educativo.

    Essa manifestação esportiva deve abarcar três áreas de atuação

    pedagógica: a de integração social, a de desenvolvimento psicomotor e a

    das atividades físicas educativas.

    No entanto, ainda que diversos autores preconizem que o esporte

    educação deva ser desvinculado de padrões de rendimento, possuindo

    exclusivamente o compromisso educativo, a existência de tal padrão tem

    sido bastante escassa.

    O esporte-participação ou esporte popular preconiza a prática do

    esporte com o caráter lúdico, cujo objetivo é alcançar o bem-estar social de

    seus praticantes. Essa dimensão do esporte está fortemente relacionada

    com o lazer. O esporte-participação ocorre fora das obrigações da vida diária

    e, geralmente, objetiva a descontração, a diversão, o desenvolvimentopessoal e o relacionamento pessoal. A participação é voluntária.

     A atuação em conjunto fortalece o senso comunitário e, como o próprio

    nome sugere, essa dimensão promove a participação, equilibrando o quadro

    de desigualdades de oportunidades encontrado no esporte de alto nível. O

    esporte-participação favorece o prazer a todos que desejarem praticá-lo.

    O esporte-performance ou esporte de rendimento objetiva novos

    êxitos esportivos, almejando, sobretudo, a vitória sobre seus adversários.

    É praticado principalmente por pessoas detentoras de talento esportivo,tornando-o, de certa forma, menos democrático. O esporte-performance

    propicia os espetáculos esportivos, os quais fomentam aspectos sociais

    positivos e negativos.

    Contudo, a iniciação esportiva deve ser precedida por um trabalho

    consistente, abarcando os jogos e brincadeiras. Como pode ser observado

    na Figura a seguir, a iniciação esportiva é relativamente tardia, tendo

    início aos nove anos.

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    25UNIDAD

    é acompanhada de uma queda de desempenho também precoce. Isso,

    quase sempre, resulta em um atleta frustrado pela sua curta passagem de

    sucesso no esporte.

    O trabalho dos jogos e brincadeiras na perspectiva de preceder oesporte, deve abordar, principalmente nas séries escolares iniciais, uma

    grande quantidade de exercícios gerais, minimizando o trabalho de

    exercícios intermediários e específicos de alguma modalidade esportiva,

    conforme ilustrado no Quadro 1.

    Quadro 1: Organização dos exercícios em longo prazoFonte: Gomes (2002)

      A especificação de uma modalidade esportiva é, certamente, a

    maneira mais eficiente de detecção de talentos. No entanto, o objetivo

    da Educação Física Escolar não é detectar talentos esportivos, mas sim, o

    desenvolvimento cognitivo e psicomotor da criança. Nessa perspectiva, o

    grau de especificação dos exercícios deve ser reduzido nas séries iniciais,aumentando gradativamente ao longo dos anos.

    SEÇÃO 2QUALIDADES FÍSICAS E PSICOMOTORAS DESENVOLVIDASNOS JOGOS E BRINCADEIRAS

     As qualidades físicas são elementos fundamentais não somente

    ao desempenho atlético, mas também, à saúde. Ainda que os jogos e

    brincadeiras e o esporte sejam diferenciados, o desenvolvimento das

    qualidades físicas mais voltadas ao desempenho atlético, como a força e

    a velocidade são importantes para a execução das atividades cotidianas.

     Ainda que algumas qualidades físicas sejam taxadas como mais ligadas

    ao desempenho atlético, todas as qualidades físicas são importantes

    Tipos de exercício Percentuais relativos à faixa etáriaGeral 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 20%

    Intermediário 20% 25% 30% 35% 40% 35% 40% 20%

    Específico 30% 30% 30% 30% 30% 40% 40% 40%

    IDADE 7 8 9 10 11 12 13 14

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    26ADE 2

    para a saúde. Assim sendo, nesta disciplina estas serão abordadas sem

    diferenciação ou classificação conforme a sua natureza. Também não

    serão abordadas as variações existentes dentro de cada capacidade física,

    visto que tais discussões não são pertinentes à presente disciplina.  A manutenção das qualidades físicas é um fator que deve ser

    levado em consideração até o final da vida. Portanto, o ideal é que estas

    comecem a ser desenvolvidas tão logo a criança tenha domínio sobre tais

    qualidades.

      É importante ressaltar que o desenvolvimento das capacidades

    físicas nas crianças, além de respeitar os seus limites individuais, deve

    objetivar exclusivamente a promoção da saúde e nunca o desempenho

    atlético.

      Nesse contexto, os jogos e brincadeiras podem, indiscutivelmente,

    apresentar uma contribuição ímpar no desenvolvimento de todas as

    qualidades físicas. De acordo com Alves (2009), as qualidades físicas

    podem ser seccionadas em:

    a) Força: habilidade que permite um músculo ou grupo de músculos

    produzir uma tensão e vencer ou igualar-se a uma resistência na ação de

    empurrar, tracionar ou elevar tal resistência.

    b) Flexibilidade: pode ser evidenciada pela amplitude dos

    movimentos das diferentes partes do corpo. Depende da elasticidade

    muscular e da mobilidade articular. A mobilidade articular está relacionada

    às propriedades anatômicas das articulações e a elasticidade muscular

    é determinada pelo grau de elasticidade dos músculos envolvidos.

    Portanto, a flexibilidade, capacita as pessoas a aumentarem a extensão e

    a amplitude dos movimentos numa determinada articulação.

    c) Resistência: qualidade física que permite a realização de um

    esforço contínuo durante um determinado período de tempo.

    d) Velocidade: qualidade física particular do músculo e das

    coordenações neuromusculares, permitindo a execução de uma sucessão

    rápida de gestos, que em seu encadeamento constitui uma só e mesma

    ação de intensidade máxima e duração breve ou muito breve.

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    27UNIDAD

    e) Equilíbrio: capacidade para assumir e sustentar qualquer posição

    do corpo contra a força da gravidade, permanecendo em um estado de

    equilíbrio.

    f) Coordenação: capacidade de executar movimentos complexos

    de modo conveniente, para que possam ser realizados com o mínimo

    de esforço. A repetição contínua de movimentos combinados melhora,

    gradualmente, a coordenação. É o resultado de um trabalho conjunto do

    sistema nervoso e muscular, mostrando-se os movimentos coordenados,

    amplos e econômicos, sem desnecessárias contrações.

    g) Agilidade: habilidade que se tem para mover o corpo no espaço,

    em que o corpo inteiro ou um segmento do corpo realiza um movimento

    mudando a direção de forma rápida e precisa. Requer uma combinação

    de várias qualidades físicas.

    h) Ritmo: É a ordenação dos movimentos, a capacidade de realizar

    sequências de movimentos repetidos várias vezes, de forma equilibrada

    e harmônica.

    i) Descontração: é um fenômeno neuromuscular proveniente daredução de tensão na musculatura esquelética, resultando no relaxamento

    do músculo.

    O trabalho de jogos e brincadeiras, nas séries iniciais da escola,

    é crucial para o desenvolvimento de diversas habilidades e valências

    fundamentais para o ser humano. Estas devem, necessariamente, ser

    desenvolvidas na infância e aprimoradas com o passar do tempo.

    Intimamente associadas com as qualidades físicas, eis as principaisqualidades psicomotoras aprimoradas pelos jogos e brincadeiras:

    a) Tonicidade: é a dosagem adequada da tensão muscular para

    cada gesto. Em qualquer ação corporal é necessário que determinados

    músculos alcancem um grau de tensão e outros se relaxem. Logo, a

    execução de um ato motor implica no controle do tônus dos músculos. É

    indispensável um controle sobre o tônus, no sentido de uma diminuição

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    28ADE 2

    da tensão muscular, a fim de que a criança possa sentir seu corpo livre

    e melhorar seu comportamento tônico-emocional. Para desenvolver o

    controle da tonicidade, devem-se utilizar exercícios que proporcionem ao

    corpo da criança o máximo de sensações (LE BOULCH apud VALADARES; ARAÚJO, 1999).

    b) Relaxamento: é um método de recondicionamento psicofisiológico

    que proporciona uma sensação de calma, reduz a fadiga e afeta, em alguns

    pontos, o funcionamento do organismo, fazendo com que a agitação

    desapareça (MADDERS; BANDOR apud VALADARES; ARAÚJO, 1999).

    c) Lateralidade: é uma sensação interna de que o corpo tem dois

    lados e duas metades que não são exatamente iguais (HOLLE apud

     VALADARES; ARAUJO, 1999). A lateralidade representa o predomínio

    normal de um lado do corpo. O fortalecimento da lateralidade é

    importante para a criança, por constituir a base de orientação espacial

    e da coordenação geral. Esse fortalecimento pode ser treinado durante

    a evolução neurológica. Antes, a criança utiliza, indistintamente, os dois

    lados do corpo e, com a maturação do organismo, vai estabelecendo

    preferência por um dos lados. É uma fase que pode ser influenciada por

    estimulações do meio (ZAZZO; AJURIAGUERRA apud VALADARES; ARAÚJO, 1999).

    d) Equilíbrio: é um estado particular, no qual um indivíduo pode

    manter uma atividade ou gesto, ficar imóvel ou lançar seu corpo no espaço,

    utilizando-se da gravidade ou pelo contrário, resistindo-a (COSTE apud

     VALADARES; ARAUJO, 1999). O equilíbrio é fundamental para uma

    coordenação motora geral. Um mau equilíbrio afeta a construção do

    esquema corporal porque traz como consequência a perda da consciênciade algumas partes do corpo. Quanto mais defeituoso é o equilíbrio,

    mais energia se gasta, resultando consequências psicológicas tais como

    ansiedade e insegurança. Existem duas formas de equilíbrio com relação

    ao próprio corpo da criança: o estático e o dinâmico. O equilíbrio estático

    é aquele que se realiza na ausência de movimentos e o dinâmico, com

    a presença de movimentos (AJURIAGUERRA apud VALADARES;

     ARAÚJO, 1999).

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       F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    29UNIDAD

    e) Percepção espacial: refere-se às noções de espaço que influem

    na capacidade para lidar com noções referentes à dinâmica, à orientação

    e estruturação espacial (VAYER apud VALADARES; ARAUJO, 1999).

    Toda a nossa percepção de mundo é uma percepção espacial, na qualo corpo é o termo de referência. O mundo espacial da criança constrói-

    se, paralelamente ao seu desenvolvimento psicomotor, à medida da

    crescente eficácia de sua gestualidade e da crescente importância dos

    fatores relacionais que criam o espaço da comunicação (GOSTE apud

     VALADARES; ARAÚJO, 1999).

    f) Percepção temporal: perceber o tempo é situar o presente em

    relação a um antes e um depois; é distinguir o lento do moderado e do

    rápido. Refere-se a noções de adaptação, orientação e estruturação do

    tempo. A adaptação é a capacidade de seguir ritmos diferentes; orientação

    é a capacidade para lidar com noções referentes ao tempo e estruturação

    é a capacidade de interpretar sons segundo ritmos e duração (VAYER;

     AJURIAGUERRA apud VALADARES; ARAUJO, 1999). A combinação das

    percepções espacial e temporal é um dado importante para uma adaptação

    favorável da criança. Ela lhe permite não só movimentar-se e reconhecer-

    se no espaço, como, também, dar sequência aos seus gestos, localizar as

    partes do corpo e situá-las no espaço; coordenar sua atividade e organizarsua vida cotidiana (GOSTE apud VALADARES; ARAÚJO, 1999).

    g) Coordenação motora: segundo Hollmann e Hettinger (apud

     VALADARES; ARAÚJO, 1999), deve-se entender por coordenação

    motora, a atuação conjunta do sistema nervoso central e da musculatura

    esquelética, na execução de um movimento. Kiphard (apud VALADARES;

     ARAÚJO, 1999) já define coordenação como a atuação conjunta, harmônica

    e econômica de músculos, nervos e sentidos, para ações de movimentosequilibradamente seguros. Expressão corporal é uma manifestação natural

    e espontânea, onde a criatividade tem um significado todo especial. Para

    se expressar corporalmente a criança necessita de uma boa percepção

    auditiva, espaço-temporal, ter domínio do corpo, equilíbrio e criatividade.

     Ainda que as aulas de Educação Física que envolvem jogos

    e brincadeiras estejam distantes dos treinamentos de modalidades

    esportivas, é perceptível que os princípios do treinamento desportivo

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    30ADE 2

    têm a sua progênie associada aos jogos e brincadeiras. A seguir, serão

    abordados os princípios do treinamento desportivo, com adaptações

    direcionadas à prática de jogos e brincadeiras nas aulas de Educação

    Física:

    a) Individualidade biológica: cada aluno é único e as suas

    características e limitações devem ser respeitadas.

    b) Adaptação: o organismo se adapta aos estímulos que são aplicados

    a este. Estímulos muito fortes causam danos ao organismo.

    c) Sobrecarga: após a realização de um trabalho que envolve

    gasto energético, deve haver um período de recuperação proporcional à

    intensidade do trabalho realizado.

    d) Continuidade: as aulas devem ser contínuas e progressivas,

    seguindo uma ordenação lógica e que favoreça o aprendizado.

    e) Reversibilidade: após um tempo sem praticar jogos ou brincadeiras,

    as adaptações geradas através da prática destes se revertem, voltando

    às condições físicas anteriores. Isso deve ser levado em consideração ao

    retornar do período de férias.

    f) Especificidade: as aulas de Educação Físicas devem ser

    específicas. Se for desejado desenvolver a lateralidade, deve-se trabalhar

    com atividades que envolvam a lateralidade e assim por diante.g) Interdependência volume/intensidade: deve haver um equilíbrio

    entre o volume e a intensidade presente nas aulas. Se a duração das

    atividades for longa a velocidade/ritmo com o qual esta será executada

    deve ser lento(a). Ao se executar um grande número de séries de exercícios,

    deve haver um significativo intervalo de recuperação entre as séries.

    Você sabia que a prática regular de exercícios físicos podeprevenir e combater diversas doenças?

      É cientificamente comprovado que a prática regular de exercícios

    físicos melhora a capacidade cardíaca e pulmonar, prevenindo doenças

    cardiovasculares, além de ser benéfica na prevenção e combate de diversas

    outras patologias, como o câncer, a diabetes, a osteoporose, a artrite,

    desvios posturais, asma, hipertensão arterial e muitas outras doenças e

    patologias, além de fortalecer o organismo no combate de infecções e

    favorecer a imunidade de doenças.

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       F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    31UNIDAD

      A prática de exercícios físicos é um hábito que quanto mais cedo

    for assimilado, maiores e mais duradouros serão os seus benefícios.

     Assim, não deixe de instigar as crianças a participarem dos exercícios

    desenvolvidos nos jogos e brincadeiras presentes nas aulas de EducaçãoFísica.

    SEÇÃO 3OS JOGOS E BRINCADEIRAS COMO AGENTESSOCIALIZADORES

     Ao analisar a evolução do jogo na criança, constatamos que o jogo,

    inicialmente egocêntrico e espontâneo, torna-se cada vez mais socializador.

     A criança de até sete anos só consegue seguir regras simples. Muitas

    vezes, ela quebra as regras do jogo, mas não o faz intencionalmente, e

    sim, porque ainda não consegue se lembrar de todas as regras. Nesse

    estágio, a criança não dá muito valor à competição, pois tem uma ideia

    não muito definida do que seja ganhar ou perder. Geralmente ela não jogapara vencer ou superar os outros, mas pelo simples prazer da atividade

    (FERNANDES, 2003).

    Trabalhando com essa faixa etária, o educador deve procurar

    não despertar o sentimento de competição acirrada, aproveitando essa

    disposição natural da criança para jogar pelo simples prazer de jogar.

     Além disso, deve selecionar jogos simples, com poucas regras, para serem

    praticados pelas crianças que estão nesta fase de desenvolvimento. A

    interação social precisa ser incentivada, dando-se destaque às atividadesde linguagem (FERNANDES, 2003).

    No período de oito a doze anos, os jogos tornam-se cada vez mais

    coletivos e menos individuais, uma vez que a criança já tem noção do

    que seja cooperação e esforço grupal, e exige regras definidas para

    regulamentar o jogo. Ela observa e controla os outros membros do grupo

    para verificar se estão seguindo adequadamente as regras. A violação das

    regras gera grandes discussões. Nessa fase, surge um forte sentimento

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

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    32ADE 2

    de competição. O fato de perder, torna-se quase intolerável para

    algumas crianças, dando origem a cenas de choro e até mesmo agressão

    (FERNANDES, 2003).

      A excessiva valorização ao individualismo e à competição nasociedade moderna instigou a criação de uma nova modalidade de jogos:

    os jogos cooperativos. Erroneamente alguns educadores adotam em suas

    aulas a postura de ensinar as crianças a vencer os jogos, ao invés de

    gostarem destes (CANOTILHO, 2006).

      Ao invés de estimular o encontro, boa parte dos jogos estimula

    ao confronto. Assim, a diversão e a alegria de participar dos jogos

    desaparecem. Objetivando reverter esse cenário, os jogos cooperativos

    pautam-se na aproximação das pessoas, com um enfoque de aprendizagem

    através da convivência pessoal, onde os seus praticantes vêm a conhecer

    o verdadeiro significado dos jogos.

    Nessa direção, o profissional de Educação Física, aproveitando-se

    do caráter formativo dos jogos e brincadeiras, deve explorar os valores

    sociais transmitidos por esses. Deve procurar despertar o espírito de

    cooperação e de trabalho conjunto no sentido de metas comuns. A criança

    precisa de ajuda para aprender a vencer, sem ridicularizar uma atitude

    de compreensão e aceitação; e quando o clima da sala de aula é de

    cooperação e respeito mútuo, a criança sente-se segura emocionalmentee tende a aceitar mais facilmente o fato de ganhar ou perder como algo

    normal, decorrente do próprio jogo (FERNANDES, 2003).

    O papel do educador é fundamental na preparação da criança para

    a competição, onde esta deve aprender a respeitar os seus adversários,

    objetivando, antes de tudo, superar a si mesma, sempre melhorando as

    suas habilidades e competências. A competição deve estimular as crianças

    a, antes de superar os adversários, se esforçarem para melhorarem as

    suas marcas pessoais.O jogo, por si só, supõe relação social. Por isso, a participação

    em jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito

    mútuo, solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de

    responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal. É jogando que a criança

    aprende o valor do grupo como força integrada e o sentido da competição

    salutar e da colaboração espontânea e consciente (DOMINGOS et al.,

    2008).

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    33UNIDAD

    Você sabe explicar a diferença entre jogo cooperativo e jogo competitivo?

      A relação social estabelecida entre os participantes do jogo é

    que determina se este é cooperativo ou competitivo. O jogo competitivorequer a utilização de habilidades individuais ou coletivas para se sair

    vitorioso. O jogo cooperativo, por sua vez, utiliza-se da participação

    de todo o grupo, através da combinação das diferentes habilidades de

    todos os participantes, para se alcançar um objetivo comum. Nos jogos

    competitivos, sempre há um ou mais vencedores e um ou mais perdedores.

    Nos jogos cooperativos, todos ganham quando conseguem alcançar o

    objetivo ou todos perdem quando não conseguem alcançá-lo.

    Você sabia que muitas crianças preferem os jogoscompetitivos ao invés dos jogos cooperativos?

     A competição estimula e motiva as crianças a saírem-se vitoriosas.

     Assim, muitas crianças preferem competir, ao invés de cooperar entre si.

    Os jogos competitivos devem se fazer presentes nas aulas de Educação

    Física, sendo que o professor deve tomar alguns cuidados para evitar

    a angústia e agressividade entre os “rivais”, tais como evitar qualquer

    tipo de discriminação, e eliminação, não valorizar excessivamente osvencedores e sempre que houver premiação não distinguir vencedores

    de perdedores.

    Nesta unidade, você aprendeu a diferença entre os jogos e brincadeiras escolares e a competiçãoesportiva, bem como a importância dos jogos e brincadeiras no processo de formação do atleta.

    Você também passou a conhecer as capacidades físicas e psicomotoras, cujos jogos ebrincadeiras apresentam uma contribuição ímpar no desenvolvimento destas capacidades que, por suavez, são muito importantes para a saúde, podendo prevenir e combater muitas doenças.

    Por m, você pôde compreender a função social dos jogos e brincadeiras, o verdadeiro espírito

    dos jogos e brincadeiras, que deve desenvolver o lado afetivo da criança, especialmente no que dizrespeito à partilha, ajuda e compreensão.

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    34ADE 2

    Elabore um texto crítico abordando a questão da iniciação e especialização esportiva precoce1.e mencione algumas formas, com as quais o professor de Educação Física pode utilizar-separa evitar a ocorrência de tais fatos. Tome como base o artigo disponível no link: http://www.brunopedroso.com.br/jogosebrincadeiras/artigo2.pdf.

    Elabore um texto crítico evidenciando a importância dos jogos cooperativos no contexto da2.educação física escolar através da leitura do texto disponível no link: http://www.brunopedroso.com.br/jogosebrincadeiras/artigo3.pdf .

    Realize um debate envolvendo toda a turma com enfoque na temática “a importância das aulas3.de Educação Física no desenvolvimento das capacidades físicas e psicomotora e como os

     jogos e brincadeiras podem contribuir nesse processo”. Pontos como a inuência das aulas de

    Educação Física na prevenção de doenças; o papel do professor de Educação Física no processoensino-aprendizagem e conscientização dos benefícios do exercício físico; a exemplicação de

     jogos e brincadeira que englobem uma ou mais qualidades físicas ou psicomotoras, devem serlevantados.

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    37UNIDAD

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

    ROTEIRO DE ESTUDOS

    Aplicações práticas dos jogose brincadeiras

    Apresentar aos acadêmicos, modelos e exemplos de atividades■

    práticas que podem ser desenvolvidas em diversas faixas etárias.

    Reconhecer o desenvolvimento das atividades práticas em jogos e■

    brincadeiras.

    SEÇÃO■ 1: Recreação em sala de aula

    SEÇÃO■ 2: Pequenos Jogos

    SEÇÃO■ 3: Grandes Jogos

    SEÇÃO■ 4: Iniciação Desportiva

    SEÇÃO■ 5: Gincana

    SEÇÃO■ 6: Colônia de Férias

    SEÇÃO■ 7: Histórias e Dramatização

    SEÇÃO■ 8: Técnicas de Pintura e Colagem

    SEÇÃO■

    9: Brinquedos Cantados

       U

       N   I   D   A   D   E

       I   I   I

    LUCIANA DA SILVA TIMOSSI

    BRUNO PEDROSO

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    sem pretensão de superioridade. Podendo ser modificadas, de acordo com

    as variações do grupo ou local. Devemos dosar as mesmas em intensidade

    e duração, de acordo com a idade e comportamento grupo.

     Dinâmica 1.1 – Telefone sem fio

    Objetivo: Concluir com o objetivo da brincadeira. “Fofoca”.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento:Os participantes sentam em semicírculo, bem próximos

    uns dos outros. O primeiro sentado em uma das extremidades, cochicha

    uma frase no ouvido de quem esta a seu lado. Este, por sua vez, repete a

    frase também cochichando, para o colega seguinte que está sentado ao

    seu lado. Assim se procede até chegar ao último da outra ponta. Ele deve

    repetir a frase em voz alta.

     Ao final a frase deve ser repetida quando cochichada, com significado

    lógico.

     Dinâmica 1.2 – Salada de Frutas

    Objetivo: Agilidade, raciocínio rápido, decisão, conhecimento.

    Materiais: Cadeiras.

    Desenvolvimento: Os participantes sentam em círculo em cadeiras ou em

    lugares marcador para sentar, o professor em pé. O professor dá nomes defrutas à cada participante. Cada vez que o professor falar o nome de duas

    frutas, os participantes correspondentes trocarão de lugar entre si.

    Podendo variar com um maior número de frutas. No momento em que o

    animador disser “salada de frutas” todos deverão trocar de lugar, inclusive

    o professor. Como o número de cadeiras não inclui o professor, portanto,

    um dos alunos ficará em pé e “fará uma descrição da fruta detalhada ou

    pagará uma prenda”.

     Dinâmica 1.3 – O Grupo Ficou Louco

    Objetivo: Atenção, observação, concentração, raciocínio.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento:  Todos reunidos numa sala, o líder pede a um dos

    componentes do grupo que deixe a sala, explicando-lhe que os colegas

    vão combinar alguma coisa e quando ele voltar deve descobrir do que se

    trata. Ao grupo que permanece na sala, ele explica: A primeira pergunta

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    que o colega fizer ao primeiro do círculo, este responderá qualquer coisa

    e assim por diante. O colega que voltar deverá descobrir qual o tipo de

    mudança ocorrida na sala, se física ou comportamental.

     Dinâmica 1.4 – Origem – Profissão - Destino

    Objetivo: Conhecimento, esforço mental, memória.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento:  O grupo senta-se em círculo. Cada participante

    deverá criar sua origem, destino e com palavras que iniciem com a

    mesma letra. Ex.:

    Origem: Vim do Belém

    Profissão: Sou Barbeiro

    Destino: Vou à Bahia.

     Dinâmica 1.5 – Miscelânea de Letras

    Objetivo: Espírito de equipe, conhecimento e raciocínio.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: Prepare uma lista de palavras com as letras fora dos

    respectivos lugares, como se fossem embaralhadas. Pode acrescentar

    uma dica para facilitar a resposta. Em seguida, os alunos deverão dar o

    significado, descobrindo a palavra que deu tal mistura. Ex.:Letras: BARLlS

    Dica: país

    Resposta: Brasil.

     Dinâmica 1.6 – Nome Partindo das Terminais

    Objetivo: Raciocínio lógico, conhecimento e espírito de equipe.

    Materiais: Folhas de papel, lápis.

    Desenvolvimento: Alunos colocados em colunas ou sentados nas carteiras,distribuir uma folha de papel para cada coluna e lápis, iniciando o jogo

    pelo último de cada coluna. Usa-se para esse jogo escolher nomes de

    alimentos, pessoas, bichos, cidades, países, estados e capitais. Consiste

    em formar a próxima palavra com a última letra que terminou a palavra

    anterior. Pode manter temas como cidade, alimentos, lugares, etc.

    Ex: farinha - açúcar - rabanete - espinafre - ervilha.

    Uberlândia - Andirá - Amparo - Ourinhos - Sorocaba.

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     Dinâmica 2.4 – A Jaula

    Objetivo: Agilidade e atenção.

    Materiais: Apito.

    Desenvolvimento: Crianças dispostas em círculo (lado a lado, sem daremas mãos), formando uma jaula. Outro grupo, representando os animais se

    dispersa pelo terreno. O professor usará um apito e, ao sinal, os animais

    põem-se a correr, ora entrando na jaula, ora saindo da jaula. Ao apito, os

    alunos da roda dão as mãos, fechando a jaula e prendendo os que ficaram

    dentro do círculo, esses vão fazer parte do círculo. O jogo recomeça até

    todos os animais serem presos.

     Dinâmica 2.5 – Operário Silencioso

    Objetivo: Conhecimento e memorização.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: Formar um semi-círculo. O professor dirá: “Operário

    silencioso, tenho na mão um martelo. O que fazer com ele?” As crianças não

    responderão, mas deverão imitar o bater do martelo. As que se enganarem

    fazendo outro movimento qualquer serão retiradas do brinquedo ou até

    a próxima substituição. Segue a brincadeira com outros objetos (serrote,

    caneta, machado, etc.).

     Dinâmica 2.6 – Bola ao Túnel (estafeta)

    Objetivo: Coordenação e agilidade.

    Materiais: Duas bolas de borracha.

    Desenvolvimento:  Crianças divididas em dois grupos iguais formarão

    duas colunas, com as pernas afastadas. Ao sinal do professor, a primeira

    criança de cada coluna, passará a bola por entre as pernas, fazendo a

    mesma rolar, até a última de sua coluna. A última pegará a bola correndo

    por fora da coluna e se posicionará à frente de sua coluna, fazendo a bolarolar da mesma forma, até que todos tenham efetuado essa passagem e a

    coluna que primeiro concluir a passagem vencerá.

     Dinâmica 2.7 – Bola aérea (estafeta)

    Objetivo: Coordenação e agilidade.

    Materiais: Duas bolas de borracha.

    Desenvolvimento: O procedimento será o mesmo da brincadeira anterior,

    a diferença está na bola passando sobre a cabeça dos colegas.

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     Dinâmica 2.8 – Bola pelas laterais (estafeta)

    Objetivo: Coordenação e agilidade.

    Materiais: Duas bolas de borracha.

    Desenvolvimento:  A formação será de colunas, sendo que o primeirocolega passará a bola pelo lado direito, quem recebe passará pelo lado

    esquerdo, até concluir a passagem, quando a bola chegar ao último da

    fila, o procedimento será o mesmo da brincadeira anterior.

     Dinâmica 2.9 – Dança num Pé Só

    Objetivo: Agilidade e observação

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento:  As crianças livres em um determinado espaço, ao

    sinal do professor, começam a saltar num pé só, trocando de acordo com

    a ordem do orientador, quem conseguir ficar por último, sem errar, será

    o vencedor.

     Dinâmica 2.10 – Cabo de Guerra

    Objetivo: Esforço de equipe, coordenação e força.

    Materiais: Corda.

    Desenvolvimento: As crianças são divididas em dois grupos iguais. Um

    grupo de frente para o outro e segurando uma corda, cada grupo a uma

    distância de 1 metro do centro da corda. Uma criança ficará na ponta da

    corda e a 2 metros de um objeto, sendo que o outro grupo terá as mesmas

    condições. Ao sinal do professor quem conseguir tocar o objeto primeiro

    será vencedor.

     Dinâmica 2.11 – Quem Trocou de Lugar 

    Objetivo: Observação e memorização.

    Materiais: Um lenço.Desenvolvimento:  Alunos sentados formando um círculo (um aluno

    de olhos vendados ficará no centro do círculo). O professor indica, por

    gestos, dois alunos do círculo para trocarem de lugar. O aluno de olhos

    vendados tirará a venda e procurará descobrir quem trocou de lugar. O

    aluno do centro será sempre substituído.

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     Dinâmica 2.12 – Quem É

    Objetivo: Observação, memorização e concentração.

    Materiais: Um lenço.

    Desenvolvimento:  Alunos em pé em círculos, com um companheirodo centro de olhos vendados. O professor escolherá um aluno que

    se aproximará do que está no interior do círculo. Este, ainda de olhos

    vendados, procurará descobrir quem é o companheiro. Usando para isso

    o tato (apalpar o cabelo, tipo do nariz, olhos orelhas o rosto formato).

     Variar os alunos durante o desenrolar do jogo.

     Dinâmica 2.13 – Quem Aprende Desprende

    Objetivo: Agilidade e coordenação.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: Alunos dispersos no pátio, de braços dados dois a dois,

    sendo que um par de alunos fica isolado dos demais. Um dos dois alunos

    isolados perseguirá o outro. Este, para não ser apanhado, deve segurar o

    braço do aluno de um dos pares. Imediatamente, o outro aluno desse par

    fugirá para não ser alcançado pelo perseguidor.

     Dinâmica 2.14 – Quem é o Maestro

    Objetivo: Observação e atenção.Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento:  Alunos sentados em círculo, o professor escolherá

    um que se afasta do grupo e terá de descobrir quem é o maestro que

    está regendo. Um aluno do círculo é encarregado de reger (maestro).

    O maestro imitará o som de um instrumento musical e, imediatamente,

    todos os alunos imitam. A seguir, o maestro muda de instrumento. O aluno

    isolado procurará descobrir o maestro através de cuidadosa observação

    do grupo.

     Dinâmica 2.15 – Batata Quente

    Objetivo: Observação, atenção e concentração.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: Os alunos, dispostos em círculos, sentados. Passa a

    bola para o companheiro que está ao seu lado, fazendo com que a bola

    gire ao redor do círculo, enquanto os alunos cantam: batata quente vai

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    voltado para entregar a bola para o primeiro da fila, correndo o mesmo

    fora do grupo. Vencerá a equipe que primeiro acabar o ciclo completo.

     Dinâmica 2.20 – Cabra - CegaObjetivo: Atenção, observação e agilidade.

    Materiais: Um lenço.

    Desenvolvimento: Crianças em círculo, dentro do qual, ficará um aluno

    de olhos vendados. As crianças da roda perguntarão e a que faz o papel

    de cabra cega responderá:

    Cabra-cega, de onde vieste? Do moinho de vento;

    Que trouxeste? Fubá e melado;

    Dá-nos um pouquinho? Não

    Então, afasta-te.

     As crianças deixarão as mãos espalhadas e fugirão, depois chega perto e

    provoca, colocando a mão próxima, até que a cabra-cega toque alguém

    rapidamente, sentindo a sua presença.

     Dinâmica 2.21 – Bom Dia

    Objetivo: Atenção, memória e percepção.

    Materiais: Um lenço ou venda para olhos.

    Desenvolvimento: De mãos dadas, as crianças formarão um círculo. Nointerior deste, permanecerá um jogador com os olhos vendados. Rodará

    o círculo para a direita e para a esquerda. Em dado momento, o aluno

    do centro baterá o pé e os demais estacionarão. Aquele, então apontará

    para o círculo e o jogador indicado dirá: “Bom dia” O do centro, terá que

    reconhecer pela voz, o proclamador do seu nome, caso erre, ainda terá

    o direito de proclamar mais dois nomes. Acertando, o que foi apontado

    tomará o lugar do centro.

     Dinâmica 2.22 – Bola sem Rumo

    Objetivo: Agilidade e coordenação.

    Materiais: Bola de Borracha.

    Desenvolvimento: Os jogadores formam um círculo, distanciando-se um

    metro e meio uns dos outros, com a bola na mão. Dado o sinal de início,

    o jogador do centro atira a bola a um dos companheiros do círculo. Este

    procurará passá-la imediatamente a qualquer outro jogador, sempre

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    evitando que o jogador do centro toque a bola. Quem receber a bola e

    deixá-la cair, ocupará o lugar do centro. Caso a bola seja tocada no ar,

    quem jogou a bola irá para o centro. De qualquer maneira, se a bola for

    tocada, quem estava no centro passará para o círculo.

     Dinâmica 2.23 – O Gato e O Rato

    Objetivo: Agilidade e coordenação.

    Materiais: Bola de Borracha.

    Desenvolvimento:  Dispõem-se os jogadores em roda, de mãos dadas,

    com exceção de dois que representam o “gato” e o “rato”. O primeiro,

    permanecerá fora do círculo e o segundo, dentro. Dado o sinal de início,

    a roda girará diferentemente, para esquerda ou para a direita e o “gato”

    perguntará as crianças:

    - Seu ratinho está em casa? Não, senhor!

    - A que horas voltará? Às oito horas.

    - Que horas são? Duas horas.

    E assim prosseguirá até chegar a hora marcada para a volta do “rato.

    Nesse momento, para a roda o “gato” pergunta aos alunos do círculo?

    - Seu ratinho já chegou? - Sim, senhor.

    - Dão-me licença para entrar? - Sim, senhor.

    O gato correrá então em perseguição ao rato, procurando apanhá-lo. Aorato será permitido entrar ou sair do círculo por baixo dos braços dos

    companheiros, que lhe facilitarão a passagem, dificultando para o gato,

    sem contudo, barrar-lhe o caminho. Terminará o jogo com a prisão do

    gato.

     Dinâmica 2.24 – Barra Manteiga

    Objetivo: Agilidade e atenção.

    Materiais: Não há materiais.Desenvolvimento:  Fazer duas linha paralelas, distantes quinze metro

    uma da outra. Sobre elas ficam as crianças, divididas em igual número,

    defrontando-se em fileiras. Dado o sinal de início, o jogador designado

    por sorteio para começar o jogo, sai correndo da linha do seu partido e

    chegando ao campo adversário, bate na palma da mão dos inimigos. Em

    dado momento, tocará mais forte na mão de uma das crianças, em sinal

    de desafio, fugindo para o seu grupo, enquanto o desafiado tenta prendê-

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    lo antes de transpor a linha. Conseguindo, o prisioneiro fará parte da

    equipe contraria. A equipe que conseguir um maior número de conquista

    será a vencedora.

     Dinâmica 2.25 – A Cabra

    Objetivo: Agilidade, coordenação e trabalho em equipe.

    Materiais: Bola, saco de areia e cadeira.

    Desenvolvimento:  Os jogadores divididos em igual número, formam

    duas colunas separadas uma da outra, pelo espaço de três metros. O

    primeiro jogador de cada coluna, postado sobre a linha de partida, estará

    de posse de uma bola e terá a sua frente, a uma distância de um metro,

    um saquinho de areia e a dez metros, uma cadeira. Dado o sinal de início,

    os primeiros jogadores de cada coluna colocam a bola sobre o saquinho

    de areia. Em seguida, tomam a posição de quatro pés e fazem a bola

    rolar, empurrando-a com a cabeça até contornar a cadeira, e chegar ao

    saquinho de areia, onde pode segurá-la e levá-la até o próximo. Será

    considerada a equipe vencedora aquela em que todos os participantes

    executarem o trabalho primeiro.

     Dinâmica 2.26 – CorrenteObjetivo: Agilidade, atenção e trabalho em equipe.Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: As crianças dispersas numa quadra. Dado o sinal, um

    dos alunos corre em perseguição dos demais, quem for apanhado dará

    as mãos partindo para a conquista de outro, até que todos sejam formem

    uma corrente.

     Dinâmica 2.27 – O Lobo e os Carneirinho

    Objetivo: Atenção, observação e agilidade.Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento:O lobo escondido e as crianças dispersas. Os jogadores

    provocam o lobo cantando: “Vamos passear no bosque enquanto seu

    lobo vem, seu lobo está aí?” O lobo ouvindo estas palavras avisa que vai

    se vestir. As crianças repetirão o canto e o lobo dará nova resposta. Na

    terceira, quarta ou quinta vez, o lobo sairá do esconderijo e perseguirá os

    carneiros; quem o lobo pegar trocará com ele.

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     Dinâmica 2.28 – Trem Maluco

    Objetivo: Coordenação e trabalho em equipe.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: Duas colunas com um número de crianças iguais. Ascrianças deverão sentar-se uma atrás da outra, apoiando as mãos nos pés

    das de trás, levanta a poupança do chão e procura de forma ordenada,

    fazer a progressão para frente, até chegar ao ponto demarcado. Vencerá

    a coluna que primeiro chegar ao local marcado. Observação: Não pode

    sentar, arrastar ou soltar do pé. Caso isso ocorra, a equipe deverá parar e

    corrigir o erro.

    Dinâmicas para crianças de 10 a 12 anos

     Dinâmica 2.29 – Azul ou Vermelho

    Objetivo: Raciocínio rápido, agilidade e coordenação.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: Formam-se duas fileiras, no centro do pátio, sentados

    uma de frente para a outra, com uns dois metros de distância. Uma

    fileira será azul e a outra vermelha. Se o orientador falar azul, estes serão

    perseguidos e os que forem pegos passarão para a coluna dos vermelhos,durante um determinado tempo. Depois trocam-se as cores.

     Dinâmica 2.30 – Carrinho de Mão

    Objetivo: Força, coordenação e trabalho em equipe.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: Traçam-se duas linhas paralelas a uma distância de

    cinco metros uma da outra: A linha de partida é a linha de chegada.

    Os jogadores formam duas fileiras, uma atrás da outra. Ao primeirosinal, os jogadores que estiverem na fileira da frente se apoiam no

    chão, estendendo, ao mesmo tempo, as pernas para trás. Os jogadores

    da retaguarda elevam as pernas dos companheiros, ficando entre elas e

    segurando-as acima do joelho. Ao segundo sinal, os jogadores correm em

    direção a linha terminal. Será considerado vencedor a dupla que chegar

    primeiro a linha de partida.

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     Dinâmica 2.31 – Corrida de Cavalo

    Objetivo: Agilidade, força e trabalho em equipe.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: Os jogadores, divididos em dois partidos, são dispostosem duas colunas, separadas uma da outra pelo espaço de três metros. A

    quinze metros das colunas, faz-se uma marca de apoio. Nesta, ficarão os

     jogadores iniciais: os números 1 de cada coluna. Dado o sinal de partida,

    os jogadores iniciais correm em direção a sua coluna, carregando nas

    costas os jogadores número 2 e voltam, o mais rápido possível, ao ponto

    de partida, ao mesmo tempo em que, os outros avançam um passo. Os

     jogadores número 2, uma vez chegado ao ponto de apoio, voltam para

    pegar o número 3, para transportá-lo para o ponto de chegada, até que

    todos tenham sido transportados. Será considerado vitorioso a coluna,

    cujo último par, cavalo e cavaleiro, atingir em primeiro lugar a marca de

    apoio. Observação:

    a) Se durante a corrida, um dos cavalos ou ambos caírem, deverá retomar

    a posição correta;

    b) Uma vez terminada a sua tarefa os jogadores deverão permanecer em

    coluna, atrás da marca de apoio;

    c) Para tornar o jogo variado, destacam-se crianças de 10-12 para cavalos

    e 4 e 6 para cavaleiros. Neste caso, revezam os pares e não o jogador,

    como no texto.

     Dinâmica 2.32 – Perseguição ao Rato desconhecido

    Objetivo: Agilidade, observação e raciocínio rápido.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento: Dentre os participantes escolhe-se um aluno que será

    o GATO e ficará fora da área dos outros (pátio), um número ímpar de

    participantes movendo-se em qualquer sentido. Ao sinal do orientador(palma, apito, grito), os participantes formarão duplas de mãos dadas.

     Aquele que sobrar será o RATO e deverá ser perseguido pelo GATO,

    ficando os demais imóveis. Troca de funções.

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       F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    51UNIDAD

    SEÇÃO 3GRANDES JOGOS

     Dinâmica 3.1 - Queimada

    Objetivo: Agilidade, coordenação e reflexo rápido.

    Materiais: Bola de borracha.

    Desenvolvimento: Divide-se o campo e os jogadores conforme o gráfico.

    O objetivo do jogo é “queimar” os adversários com a batida da bola, os

    que forem “queimados” passarão ao corredor do fundo. Vence a equipe

    que conseguir queimar todos os adversários.

     Dinâmica 3.2 - Futipano

    Objetivo: Coordenação, agilidade e trabalho em equipe.

    Materiais: 2 bastões, 2 cadeiras e um saco vazio.

    Desenvolvimento: O objetivo do jogo é colocar o saco embaixo da cadeira.

    Sendo um contra um, todos devem jogar. Exemplo: Chama-se os jogadores

    número seis, estes levantam e tentam colocar o saco em baixo da cadeira.

    Exemplo de desenho a ser utilizado

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    52ADE 3

     Dinâmica 3.3 - Caçada

    Objetivo: Raciocínio rápido, agilidade e coordenação.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento:  Nos quatro cantos de uma quadra, traçam-se os“currais” e num dos lados, uma “prisão”. Um dos jogadores será escolhido

    para ser o caçador, os outros divididos em quatro grupos de igual número,

    recebendo, cada grupo, o nome de um bicho. O caçador permanece entre

    os currais e os vários bichos dentro de um curral qualquer. Dado o sinal

    de início, o caçador grita o nome de um bicho e todos os representantes

    dessa espécie devem correr para um curral vazio. O caçador, então,

    pode perseguí-los. Todos aqueles que forem caçados serão recolhidos na

    prisão. Assim procederá ao caçador até que os três currais vazios fiquem

    ocupados. Uma vez ocupados todos os currais, o caçador chamará duas

    espécies de bichos que deverão trocar de currais. Nesse momento procurará

    prendê-los. Final: Será considerado vencedor o grupo que conservar o

    maior número de jogadores, após determinado tempo. Observação: Os

     jogadores não poderão correr fora do campo circunscrito pelos currais. O

     jogador que infringir esta regra será recolhido à prisão.

     Dinâmica 3.4 – O Caçador, o Pardal e a Abelha

    Objetivo: Agilidade e atenção.

    Materiais: Não há materiais.

    Desenvolvimento:  Todos os jogadores, exceto três, constituindo todos

    um múltiplo de três, formam uma roda e ficam de mãos dadas. Um dos

     jogadores livres fica sendo o caçador, outro o pardal e o último a abelha,

    e permanecem na parte exterior do círculo, separados um do outro, por

    espaços iguais. Dado o sinal de início, o caçador sai em perseguição do

    pardal, mas deve fugir da abelha. O pardal persegue a abelha, mas deve

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       F  u  n   d  a  m  e  n   t  o  s   d  e   J  o  g  o  s  e   B  r   i  n  c  a   d  e   i  r  a  s   I

    53UNIDAD

    fugir do caçador, correndo por dentro ou por fora do círculo. Quando um

    dos jogadores capturar a sua presa, três novos jogadores serão escolhidos

    para caçador, pardal e abelha, e o jogo continuará. Terminará o jogo

    quando todas as crianças tiverem representado o papel de caçador.

     Dinâmica 3.5 – Bola ao Canto

    Objetivo: Coordenação, agilidade e raciocínio.

    Materiais: Giz, bola.

    Desenvolvimento: Num retângulo, traça-se um pequeno quadrado em

    cada canto. Dentro de cada quadrado fica um jogador: Capitão. Uma

    linha divisória, no meio do retângulo, separará os jogadores das duas

    equipes, que se dispersam no seu campo. Cada grupo terá dois capitães

    no campo adversário. Dado o sinal de início, o juiz ou instrutor, no centro

    do campo, atirará a bola para o ar, entre os dois jogadores adversários.

    Quem agarrar a bola procurará passar para os seus companheiros ou

    direto para o capitão da sua equipe, que se encontra no campo adversário.

    Os jogadores procurarão interceptar a bola. Será considerado vencedor a

    equipe que conseguir 15 pontos.

    Observação: Considera-se falta:

    a) Sair o capitão do quadrado;

    b) Entrarem os jogadores no quadrado;c) Atravessarem a linha do centro;

    d) Correr com a bola na mão.

    Cometida uma falta acima mencionada, a bola será do adversário, que

    poderá arremessar livremente ao capitão.

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    54ADE 3

    SEÇÃO 4INICIAÇÃO DESPORTIVA

     Dinâmica 4.1 – Iniciação do Vôlei

    Objetivo: Coordenação e trabalho em equipe.

    Materiais: 1 bola, elástico ou rede.

    Desenvolvimento: Na quadra de voleibol coloca-se a rede ou o elástico

    e de 8 a 12 jogadores de cada lado. Começa-se com saque qualquer,

     jogando a bola por cima da rede para o outro lado. A bola deve bater no

    chão e aquele que apanhar jogará com as duas mãos para o outro lado ou

    poderá fazer passe.Regras:

    1- Pode-se sacar duas vezes, se falhar na primeira;

    2- Qualquer jogador poderá pegar o bola;

    3- Ponto e rodízio como no voleibol;

    Este jogo vai sendo dificultado conforme o aprendizado.

     Dinâmica 4.2 – Ponte Aérea

    Objetivo: Agilidade e coordenação.Materiais: Bola.

    Desenvolvimento: 09 jogadores de cada lado (a quantidade de jogadores

    independe). A bola deve ir passando no mesmo lado do campo, de um

    companheiro para o outro, no mesmo sentido do quadrado, dando a volta

    completa, até que o último passe ao jogador do centro e este arremessará

    a bola ao campo adversário.

    Regras:

    1 - 9 ou mais jogadores de cada lado;

    2 - O jogador do centro pode arremessar a bola para o outro lado;

    3 - Ao arremessar a bola, este deverá dizer PONTE, havendo então um

    rodízio conforme o desenho;

    4 - Quando a bola tocar no solo ou não for devolvida marca-se ponto;

    5 - Saca-se no fim do campo. O jogo pode ser dificultado da mesma forma

    que o anterior;

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    55UNIDAD

     Dinâmica 4.3 – Voleibol Infantil

    Objetivo: Coordenação e noção espacial.

    Materiais: Bola.

    Desenvolvimento: Regras:

    1 - Os jogadores deverão agarrar a bola com as duas mãos quando

    receberem do campo adversário ou de um passe;

    2 - Ao passar para o companheiro, o jogador deverá dar uma batida

    (toque) como se faz no voleibol, sem qualquer preocupação técnica;

    3 - Deverá ser dado três passes em cada lado do campo;

    4 - Com 6 jogadores, rodízio normal, Com mais de 6, deverá ser feito

    conforme o gráfico do jogo anterior;

    5 - Faltas:

    - Passar a bola por baixo da rede;

    - Jogar a bola fora da quadra;

    - Invadir o campo adversário.

    Observação: Não havendo campo, este poderá ser riscado no chão ou

    delimitado com cordas. Quando as crianças estiverem bem familiarizadascom este jogo, poderemos passar ao voleibol, ensinando, aos poucos, suas

    regras e técnicas.

     Dinâmica 4.4 – Iniciação ao Futebol – Cinco Passes

    Objetivo: Coordenação, noção espacial e agilidade.

    Materiais: Bola.

    Desenvolvimento: Divide-se a turma em duas equipes, saindo à bola do

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       U  n   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e

       A   b  e  r   t  a   d  o   B  r  a  s   i   l

    56ADE 3

    meio do campo com o objetivo de dar cinco passes numa mesma equipe.

    Não tem goleiro.

    Regras:

    1 - Toda vez que completa os cinco passes marca um ponto;2 - Quando a bola for interce