Jogos e Recreacao (2)
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Educação
Física
Educação
Física
PONTA GROSSA - PARANÁ2010
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Luciana da Silva Timossi
Bruno Pedroso
LICENCIATURA EM
FUNDAMENTOS DE JOGOS EBRINCADEIRAS I
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSANúcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância - NUTEAD
Av. Gal. Carlos Cavalcanti, 4748 - CEP 84030-900 - Ponta Grossa - PRTel.: (42) 3220-3163
www.nutead.org2010
Todos os direitos reservados ao Ministério da EducaçãoSistema Universidade Aberta do Brasil
Ficha catalográfca elaborada pelo Setor de Processos Técnicos BICEN/UEPG.
Pró-Reitoria de Assuntos Administrativos
Ariangelo Hauer Dias - Pró-Reitor
Pró-Reitoria de Graduação
Graciete Tozetto Góes - Pró-Reitor
Divisão de Educação a Distância e de Programas Especiais
Maria Etelvina Madalozzo Ramos - Chefe
Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância
Leide Mara Schmidt - Coordenadora GeralCleide Aparecida Faria Rodrigues - Coordenadora Pedagógica
Sistema Universidade Aberta do Brasil
Hermínia Regina Bugeste Marinho - Coordenadora GeralCleide Aparecida Faria Rodrigues - Coordenadora Adjunta
Marcus William Hauser - Coordenador de CursoFlávio Guimarães Kalinowski - Coordenador de Tutoria
Colaborador Financeiro
Luiz Antonio Martins Wosiak
Colaboradora de Planejamento
Silviane Buss Tupich
Projeto Gráfico
Anselmo Rodrigues de Andrade Júnior
Colaboradores em EAD
Dênia Falcão de Bittencourt Jucimara Roesler
Colaboradores de Informática
Carlos Alberto VolpiCarmen Silvia Simão CarneiroAdilson de Oliveira Pimenta Júnior Juscelino Izidoro de Oliveira JúniorOsvaldo Reis JúniorKin Henrique KurekThiago Luiz DimbarreThiago Nobuaki Sugahara
Colaboradores de Publicação
Denise Galdino de Oliveira - Revisão Janete Aparecida Luft - RevisãoAna Caroline Machado - DiagramaçãoMilene Sferelli Marinho - Ilustração
Colaboradores Operacionais
Edson Luis Marchinski Joanice Kuster de Azevedo João Márcio Duran InglêzKelly Regina CamargoMariná Holzmann Ribas
CRÉDITOS
João Carlos Gomes
Reitor
Carlos Luciano Sant’ana Vargas Vice-Reitor
T785f Timossi, Luciana da Silva
Fundamentos de jogos e brincadeiras I. / Luciana da Silva
Timossi e Bruno Pedroso. Ponta Grossa : UEPG/NUTEAD, 2010.
125. il.
Licenciatura em Educação Física - Educação a Distância.
1. Jogos e brincadeiras - estudo e fundamentos. 2. Abordagemteórica. 3. Aplicações práticas. 4. Cotidiano escolar. I. Pedroso,
Bruno. II. T.
CDD : 796.1
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APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL
Olá, estudante
Seja bem vindo!Certamente, neste período do curso você já se sente mais preparado para enfrentar
os desafios desta modalidade educacional (EaD). Com certeza, também já percebeuque estudar a distância significa muita leitura, organização, disciplina e dedicação aosestudos.
A educação a distância é uma das modalidades educacionais que mais cresce hojeno Brasil e no mundo. Ela representa uma alternativa ideal para alunos–trabalhadores,que necessitam de horários diferenciados de estudo e pesquisa, para cumprir a contentotanto seus compromissos profissionais como suas obrigações acadêmicas. Também éuma alternativa ideal para as populações dos municípios distantes dos grandes centrosuniversitários, contribuindo significativamente para a socialização e democratização dosaber.
As novas tecnologias da informação e da comunicação estão cada vez maispresentes em nossas vidas, desafiando os educadores a inserir-se nesse “mundo semfronteiras” que é a realidade virtual.
Sensível a esse novo cenário, a UEPG vem desenvolvendo, desde o ano de 2000,cursos e programas na modalidade de educação a distância, e para tal fim, investindo nacapacitação de seus professores e funcionários.
Dentre outras iniciativas, a UEPG participou do Edital de Seleção UAB nº 01/2006-SEED/MEC/2006/2007 e foi contemplada para desenvolver seis cursos de graduação equatro cursos de pós-graduação na modalidade a distância pelo Sistema Universidade Aberta do Brasil.
Isso se tornou possível graças à parceria estabelecida entre o MEC, a CAPES, oFNDE e as universidades brasileiras, bem como porque a UEPG, ao longo de sua trajetória,
vem acumulando uma rica tradição de ensino, pesquisa e extensão e se destacandotambém na educação a distância,
Os cursos ofertados no Sistema UAB, apresentam a mesma carga horária e o mesmocurrículo dos nossos cursos presenciais, mas se utilizam de metodologias, materiais emídias próprios da educação a distância que, além de facilitarem o aprendizado, permitirãoconstante interação entre alunos, tutores, professores e coordenação.
Esperamos que você aproveite todos os recursos que oferecemos para facilitaro seu processo de aprendizagem e que tenha muito sucesso nesse período que ora seinicia..
Mas, lembre-se: você não está sozinho nessa jornada, pois fará parte de umaampla rede colaborativa e poderá interagir conosco sempre que desejar, acessandonossa Plataforma Virtual de Aprendizagem (MOODLE) ou utilizando as demais mídias
disponíveis para nossos alunos e professores.Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo, pois a sua aprendizagem é onosso principal objetivo.
EQUIPE DA UAB/ UEPG
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SUMÁRIO
PALAVRAS DOS PROFESSO■ RES 7
OBJETIVOS E EMENT■ A 9
ESTUDO E FUNDAMENTOS DE JOGOS E BRINCADEIRAS:FUNDAMENTAÇÃO, HISTÓRICO, CONCEITOS
SEÇÃO■ 1- INTRODUÇÃO AOS JOGOS E BRINCADEIRAS: CONCEITOS
E DIFERENÇAS 12SEÇÃO■ 2- HISTÓRIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS 16
ABORGAGEM TEÓRICA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS 21SEÇÃO■ 1- EVOLUÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS AO ESPORTE MODERNO 22SEÇÃO■ 2- QUALIDADES FÍSICAS E PSICOMOTORAS DESENVOLVIDAS NOS
JOGOS E BRINCADEIRAS 25
SEÇÃO■ 3- OS JOGOS E BRINCADEIRAS COMO AGENTES SOCIALIZADORES 31
APLICAÇÕES PRÁTICAS DOS JOGOS E BRINCADEIRAS 37SEÇÃO■ 1- RECREAÇÃO EM SALA DE AULA 38SEÇÃO■ 2- PEQUENOS JOGOS 41SEÇÃO■ 3- GRANDES JOGOS 51SEÇÃO■ 4- INICIAÇÃO DESPORTIVA 54SEÇÃO■ 5- GINCANA 57SEÇÃO■ 6- COLÔNIA DE FÉRIAS 61SEÇÃO■ 7- HISTÓRIAS E DRAMATIZAÇÃO 64SEÇÃO■ 8- TÉCNICAS DE PINTURA E COLAGEM 70SEÇÃO■ 9- BRINQUEDOS CANTADOS 79
JOGOS E BRINCADEIRAS NO COTIDIANO ESCOLAR 85SEÇÃO■ 1- JOGOS AO AR LIVRE 86SEÇÃO■ 2- JOGOS PARA OS DIAS DE CHUVA 97SEÇÃO■ 3- JOGOS COM SUCATAS 109
PALAVRAS FINAI■ S 121
REFERÊNCIAS■ 123
NOTAS SOBRE OS AUTO■ RES 125
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PALAVRAS DOS PROFESSORES
Caro Caro(a) aluno(a), vivendo diante de uma sociedade onde os aparatostecnológicos vêm cada vez mais se inserindo em nosso cotidiano, onde osbrinquedos eletrônicos de última geração dominam as prateleiras do mercado e,principalmente, onde tal avanço tecnológico demonstra estar muito distante de
uma estagnação, pode ser até desmotivante perguntar se vocês querem brincar. Ainda que muitos dos jogos e brincadeiras tenham sido pouco valorizados
e explorados na atualidade, é dispensável o discurso de que estes são de sumaimportância no desenvolvimento psicomotor das crianças. É nessa perspectivaque nós, no papel de educadores, podemos (e devemos) reverter esse cenário. Afinal, as crianças são o futuro do mundo.
Assim sendo, fazemos-te o convite para regressar à sua infância, a relembrar jogos e brincadeiras que marcaram essa fantástica e certamente a melhor fasedas nossas vidas, a aprender novos jogos e brincadeiras, a ter uma segundaoportunidade de desfrutar da magia e o prazer que estas atividades podem nosproporcionar.
Seja bem-vindo(a) à disciplina Fundamentos de Jogos e Brincadeiras I
Os autores.
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OBJETIVOS E EMENTA
OBJETIVOS
Ao final dos estudos você será capaz de:
Organizar e coordenar atividades lúdicas envolvendo jogos e brincadeiras,■
propiciando a integração dos grupos e a liderança, de forma a garantir que
todos participem das atividades, tanto em aulas de educação física como em
atividades recreativas fora do âmbito escolar.
EMENTA
Fundamentação, histórico e conceitos sobre jogos e brincadeiras; introdução■
aos jogos e brincadeiras: conceitos e diferenças; história dos jogos e brincadeiras.
Abordagens teóricas sobre jogos e brincadeiras; evolução dos jogos e brincadeiras
ao esporte moderno; qualidades físicas e psicomotoras desenvolvidas nos jogos e
brincadeiras; os jogos e brincadeiras como agentes socializadores. Aplicações práticas
dos jogos e brincadeiras; recreação em sala de aula; pequenos jogos; grandes jogos;
iniciação desportiva; gincana; colônia de férias; histórias e dramatização; técnicas de
pintura e colagem e brinquedos cantados. Jogos e brincadeiras no cotidiano escolar;
jogos ao ar livre; jogos para os dias de chuva; jogos com sucatas; jogos e cantigas
folclóricas; momentos festivos na escola de fevereiro a junho; momentos festivos na
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escola de agosto a dezembro.
CARGA HORÁRIA34 horas-aula.■
AGENDA DE ATIVIDADESUnidades Seções Cronograma
I – ESTUDO EFUNDAMENTOSDE JOGOS EBRINCADEIRAS
1. Introdução aos
jogos e brincadeiras:conceitos e diferenças2. História dos jogos ebrincadeiras
II – ABORGAGEMTEÓRICADOS JOGOS EBRINCADEIRAS
1. Evolução dos jogose brincadeiras aoesporte moderno2. Qualidades físicase psicomotorasdesenvolvidas nos jogos e brincadeiras
3. Os jogos ebrincadeiras comoagentes socializadores
III – APLICAÇÕESPRÁTICASDOS JOGOS E
BRINCADEIRAS
1. Recreação em salade aula2. Pequenos Jogos3. Grandes Jogos4. IniciaçãoDesportiva5. Gincana6. Colônia de Férias
7. Histórias eDramatização8. Técnicas de Pinturae Colagem9. BrinquedosCantados
IV – JOGOS EBRINCADEIRASNO COTIDIANOESCOLAR
1. Jogos ao ar livre2. Jogos para os diasde chuva3. Jogos com sucatas
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Estudo e fundamentosde jogos e brincadeiras:fundamentação, histórico,conceitos
LUCIANA DA SILVA TIMOSSI
BRUNO PEDROSO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEMContextualizar os termos comumente utilizados no trabalho com jogos e■
brincadeiras.
Abordar um breve histórico sobre a origem dos jogos e brincadeiras, bem■
como, a evolução destes.
ROTEIRO DE ESTUDOSSEÇÃO■ 1: Introdução aos jogos e brincadeiras: conceitos e diferenças
SEÇÃO■ 2: História dos jogos e brincadeiras
U N I D
A D E I
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13UNIDAD
Atividade Física, Exercício Físico e Esporte. Os três termos, na respectiva
ordem, representam uma evolução na complexidade conceitual. Isto é, a
Atividade Física precede o Exercício Físico, que, por sua vez, precede o
Esporte. Frente a esse cenário, a diferenciação dos termos levantados seperfaz através das seguintes conceituações:
a) Atividade física é qualquer movimento corporal, produzido pelos
músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os
níveis de repouso (CASPERSEN et al., 1985). É também qualquer esforço
muscular pré-determinado, destinado a executar uma tarefa, seja ela
um piscar dos olhos, um deslocamento dos pés, e, até um movimento
complexo de finta em alguma competição esportiva (DICIONÁRIO
BABYLON, 2007).
b) Exercício físico é uma subcategoria da atividade física. É toda
atividade física planejada, estruturada e repetitiva, que tem por objetivo
a melhoria e a manutenção de um ou mais componentes da aptidão
física. Implica na realização de movimentos corporais produzidos pelos
músculos esqueléticos que levam a um gasto energético, com intensidade,
duração e frequência de movimentos apresentando relação positiva com
os índices de aptidão física (CASPERSEN et al., 1985).
c) Esporte, na perspectiva da evolução do exercício físico, pode
ser definido como um sistema ordenado de práticas corporais de
relativa complexidade, com predomínio de componentes físico, motor
e intelectual, que envolve atividades de competição institucionalmente
regulamentada. Fundamenta-se na superação de competidores ou de
marcas e/ou resultados anteriores estabelecidos pelo próprio esportista
(ENCICLOPÈDIA CATALANA, 1991; GUEDES, 2007).
Há controvérsias, também, no que diz respeito à diferenciação entre
os termos Lazer, Recreação, Brincadeiras, Jogos e Esporte. Ainda que,
fortemente articulados entre si, tais termos apresentam conceitos distintos.
Nessa perspectiva, os respectivos termos, no contexto o, apresentam as
seguintes conceituações:
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a) Lazer é um conjunto de ocupações, às quais o indivíduo pode
entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se,
recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou
formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livrecapacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações
profissionais, familiares ou sociais (DUMAZEDIER, 1976).
b) Recreação é entendida como toda atividade espontânea, divertida
e criadora que as pessoas buscam para promover sua participação
individual e coletiva em ações que melhorem a qualidade de vida e para
satisfazer sua necessidade de ordem física, psíquica ou mental e cuja
realização lhe proporciona prazer (LIMA, 2008). Assim, toda atividade
recreativa é realizada durante o lazer, entretanto, nem todo o tempo de
lazer é preenchido com atividades de caráter recreativo.
c) Brincadeiras possuem regras simples e flexíveis, podendo ser
praticada sem a necessidade de possuir quadras, tabuleiros, instruções,
treinamento, peças ou dispositivos especiais para delas participar. Na
maioria das vezes, devido à sua simplicidade, brincadeiras são feitas
por crianças. Poucas brincadeiras, como a mímica, são ocasionalmente
praticadas também por adolescentes ou adultos. A brincadeira decriança, por ser livre de regras e objetivos pre-estabelecidos, é solta e
despreocupada, o que proporciona certa liberdade. As crianças brincam
para gastar energia e se divertirem. Na maioria das vezes, utilizam um
brinquedo em seus jogos. Este brinquedo é visto pelos adultos como um
objeto auxiliar da brincadeira, mas para as crianças isso vai além. Ela o vê
como uma fonte de conhecimentos e um “simulador da realidade”. Como
exemplo, podemos citar a menina que brinca que a boneca é a sua filha
(DICIONÁRIO BABYLON, 2007).
d) Jogos são atividades que podem ter uma flexibilidade maior nas
suas regulamentações, ou seja, as regras podem ser adaptadas em função
das condições de espaço, material disponível, número de participantes,
etc. Podem ser competitivos, cooperativos ou, como sempre, passatempo
ou diversão. Podem-se incluir como jogos, as brincadeiras regionais, os
jogos de salão, de mesa, de tabuleiro, de rua, bem como as brincadeiras
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infantis de modo geral (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1997).
e) Esporte, como predecessor dos jogos, é caracterizado por práticas
em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo, organizadasem federações regionais, nacionais e internacionais que regulamentam
a atuação amadora e profissional. Para a prática esportiva são exigidas
condições especiais no que diz respeito a locais e equipamentos, por
exemplo: campo, piscina, pista, ringue, ginásio, bicicleta, bola, etc.
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1997).
Você sabe a diferença entre jogos e brincadeiras?
Fazendo distinção entre jogo e brincadeira pode-se dizer que o jogo é a atividade com regras que definem uma disputa “que serve para
brincar” e brincadeira é o ato ou efeito de brincar, entreter-se, distrair-
se com um brinquedo ou jogo. Ao tentar estabelecer a diferença entre
jogos e brincadeiras há apenas uma pequena diferença: o jogo é uma
brincadeira com regras e a brincadeira, um jogo sem regras. O jogo se
origina do brincar ao mesmo tempo em que é o brincar (LIMA, 2008).
Você já ouviu falar na inuência portuguesa, africana e indígena nos Jogos e Brincadeiras?
A influência portuguesa Os colonizadores portugueses
trouxeram seus contos, lendas, estórias, jogos, festas e valores. A pipa
foi introduzida pelos portugueses no Século XVI. Vem do Oriente, do
Japão e da China. Os diversos nomes encontrados pelo Brasil: estrela,
raia, arraia, papagaio, bacalhau, gaivotão, curica, pipa, cáfila, pandorga,
quadrado. Outras brincadeiras introduzidas pelos portugueses: mula sem
cabeça, cuca ou papão, cantigas, amarelinha, jogo do saquinho, pião, jogo
de botão bolinha de gude (ESCOLA INFLUÊNCIA LÚDICA, 2009).
A influência africana O Brasil teve grande influência dos negros
africanos na vida econômica, social e cultural. Eles trabalharam na lavoura
e nas minas e, no período colonial, nos engenhos e plantações. A mãe
negra transmitia para seus filhos as estórias, lendas, contos, mitos, deuses
e animais encantados vindos das suas origens. Nas famílias da época
da escravidão, eram as criadas negras que criavam e amamentavam os
filhos da mãe da família, a ama negra dava de mamar ao menino branco,
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embalava-o no berço, ensinava-lhe as primeiras palavras e as cantigas
de ninar. Os filhos das senhoras dos engenhos relacionavam-se com os
filhos das negras escravas, com os quais brincavam de: montar a cavalo
em carneiros, nadar nos rios e represas, matar passarinhos, empinarpapagaio, jogar pião, corrida de cavalo de pau, colecionar pedras e insetos
(ESCOLA INFLUÊNCIA LÚDICA, 2009).
A Influência indígena Os índios tiveram grande influência na
culinária brasileira, no uso de remédios caseiros e utensílios de cozinha. As
índias praticavam o cultivo de mandioca, cará, milho, jerimum, amendoim
e mamão. Também nas danças, eles imitavam animais demoníacos que
aparecem nos contos infantis. As mães faziam brinquedos de barro cozido
para seus filhos. Algumas das brincadeiras indígenas são: arco e flecha,
pesca, jogo do fio, jogos imitando animais, brinquedos com figuras de
argila, piões, canoas, remos, peteca de palha de milho e esconde-esconde
(ESCOLA INFLUÊNCIA LÚDICA, 2009).
O que é cultura popular?
A cultura popular é representada por qualquer manifestação
cultural de um povo, seja esta na forma de música, dança, festa, literatura,
folclore, arte, etc., que é disseminada por tal povo e os integrantes destparticipam de forma interativa. São tradições e costumes passados de
geração em geração, geralmente sem registros escritos, mas de forma
oral. A cultura popular é o elo entre duas gerações, e graças a esse elo é
que as brincadeiras e jogos transcendem, décadas e décadas, por meio
dos seus descendentes.
SEÇÃO 2HISTÓRIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
Ainda que as mais primitivas civilizações tenham desenvolvido em
sua cultura diferentes formas de passar o tempo, os jogos passaram a
receber uma atenção especial a partir do século XVI, em Roma e na Grécia,
possuindo estes, o intuito de favorecer o processo ensino-aprendizagem
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do alfabeto. Com a difusão do cristianismo, os jogos criados, que pregava
a educação disciplinadora, com memorização, passaram a possuir sua
imagem denegrida. Somente, a partir do Renascimento é que os jogos
perdem o caráter de reprovação e passam a compor o cotidiano dascrianças e jovens, divertindo-os (NALLIN, 2005).
Já, o surgimento das brincadeiras infantis está associado à criação
dos jardins da infância, no período de transição entre os séculos XVIII
e XIX. Uniformemente, os jardins da infância difundiram pelo mundo.
A brincadeira supervisionada era mais comum em estabelecimentos
destinados à pessoas pobres, enquanto a brincadeira livre se fazia presente
nas escolas particulares de elite. Em ambos os casos, a brincadeira visava
a aquisição de conteúdos escolares (NALLIN, 2005).
Na ausência de brinquedos para a diversão, muitos jogos e
brincadeiras foram criados ou adaptados. Estes são passados de geração em
geração, dificultando a descoberta da origem de tais jogos e brincadeiras.
Ainda que, durante todas as fases da nossa vida, nós tenhamos vivenciado
os mais variados jogos e brincadeiras, dificilmente paramos para refletir
qual é a origem destes.
No transcorrer dos séculos, as brincadeiras e jogos são transformados
e em meio ao avanço tecnológico vivenciado, principalmente após a
segunda metade do século XX, muitos jogos e brincadeiras são desfiguradasou perdem por completo o seu sentido. Os jogos e brincadeiras que hoje
desfrutamos são criações oriundas de diferentes culturas e épocas.
Para melhor compreendermos o surgimento e a evolução dos jogos
e brincadeiras, convidamo-lo para viajar conosco para uma jornada
acerca da História no transcorrer dos séculos. Para isso, nossa máquina
do tempo é o artigo intitulado “Jogos e Brincadeiras Tradicionais: Um
Passeio Pela História dos jogos e brincadeiras”, escrito por Elizabeth
Lannes Bernardes, da Universidade Federal de Uberlândia (disponívelnas atividades desta unidade).
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Para aprofundar os temas de história e conceitos sobre Jogos e Brincadeiras, acesse aPlataforma Noodle e clique no link de seu interesse.
SAIBA MAIS 1 – Um pouco da história dos Jogos e Brincadeiras.SAIBA MAIS 2 – Curiosidades sobre Jogos e Brincadeiras.
Nesta Unidade, você iniciou o processo de conhecimento sobre a história, conceitos efundamentos dos Jogos e Brincadeiras. Estudou a diferença entre os termos: Atividade Física, ExercícioFísico e Esporte.
Viu também, a diferenciação entre os termos: Lazer, Recreação, Brincadeiras, Jogos e Esportee suas articulações. Pôde vericar que mesmo nas mais primitivas civilizações já desenvolviam em sua
cultura diferentes formas de passar o tempo, como jogos e brincadeiras.Conheceu que o surgimento das brincadeiras infantis está associado à criação dos jardins da
infância, no período de transição entre os séculos XVIII e XIX.E, por m, pôde perceber que no transcorrer dos séculos as brincadeiras e jogos foram
transformados e, em meio ao avanço tecnológico vivenciado, principalmente após a segunda metade doséculo XX, muitos jogos e brincadeiras estão desgurados ou perderam por completo o seu sentido.
Discurse sucintamente sobre a diferença entre jogos e brincadeiras e dê exemplos de jogos e1.brincadeiras que podem ser abordados nas aulas de Educação Física.
Para compreender melhor sobre a história dos jogos e brincadeiras acesse o link: www.2.brunopedroso.com.br/jogosebrincadeiras/artigo1.pdf e faça um resumo sobre as principais ideiasdo texto.
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21UNIDAD
Abordagem teórica dos jogos e brincadeiras
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEMAssociar a prática de jogos e brincadeiras, nas aulas de Educação■
Física, com a competição esportiva.
Explicitar a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento■
das qualidades físicas e psicomotoras das crianças.
Demonstrar o papel social dos jogos e brincadeiras.■
ROTEIRO DE ESTUDOSSEÇÃO 1-■ Evolução dos jogos e brincadeiras ao esporte modernoSEÇÃO 2-■ Qualidades físicas e psicomotoras desenvolvidas nos
jogos e brincadeiras
SEÇÃO 3-■ Os jogos e brincadeiras como agentes socializadores
U N I D
A D E I I
LUCIANA DA SILVA TIMOSSI
BRUNO PEDROSO
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PARA INÍCIO DE CONVERSA
Os jogos e brincadeiras transcenderam muitos séculos e, mesmo
em meio ao crescente avanço tecnológico contemporâneo, se fazem
presentes em nosso cotidiano. O fato dos jogos e brincadeiras perdurarem
por tanto tempo pode ser explicada por meio dos benefícios que estes,
trazem consigo para a vida das pessoas.
Nessa perspectiva, essa unidade atém-se em explicitar algumas
das principais características dos jogos e brincadeiras no contexto do
processo ensino-aprendizagem englobando aspectos como a preparação
para o esporte competitivo, o combate e prevenção às doenças e, por fim,a formação do indivíduo como cidadão.
SEÇÃO 1EVOLUÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS AOESPORTE MODERNO
Tanto o exercício físico quanto os jogos convergem para o esporte.
O esporte, preconizado como primogênito da Atividade Física e do Lazer,
apresenta algumas características que corroboram com o desenvolvimento
psicomotor da criança. As principais características do esporte, de acordo
com Tubino (2001), são:
a) É um meio de socialização;
b) Favorece, pela atividade coletiva, o desenvolvimento da
consciência comunitária;
c) É uma atividade de prazer, ativa para os praticantes e passiva
para os que assistem aos espetáculos esportivos;
d) Exerce uma função de coesão social, ora favorecendo a identidade
social, ora representando simbolicamente o corpo esportivo da nação;
e) Desempenha um papel de compensação, pelo prazer, contra o
excesso de industrialização.
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23UNIDAD
O esporte pode se apresentar através de três manifestações distintas:
o esporte-educação, o esporte-participação e o esporte-rendimento.
De acordo com Tubino (2001), essas são as três dimensões sociais do
esporte.O esporte-educação prega que as competições escolares não devem
se apresentar como uma reprodução das competições de alto-nível, de
forma a deformar o conceito de educação. Ao invés disso, as competições
no âmbito escolar deveriam apresentar um caráter exclusivamente
educativo.
Essa manifestação esportiva deve abarcar três áreas de atuação
pedagógica: a de integração social, a de desenvolvimento psicomotor e a
das atividades físicas educativas.
No entanto, ainda que diversos autores preconizem que o esporte
educação deva ser desvinculado de padrões de rendimento, possuindo
exclusivamente o compromisso educativo, a existência de tal padrão tem
sido bastante escassa.
O esporte-participação ou esporte popular preconiza a prática do
esporte com o caráter lúdico, cujo objetivo é alcançar o bem-estar social de
seus praticantes. Essa dimensão do esporte está fortemente relacionada
com o lazer. O esporte-participação ocorre fora das obrigações da vida diária
e, geralmente, objetiva a descontração, a diversão, o desenvolvimentopessoal e o relacionamento pessoal. A participação é voluntária.
A atuação em conjunto fortalece o senso comunitário e, como o próprio
nome sugere, essa dimensão promove a participação, equilibrando o quadro
de desigualdades de oportunidades encontrado no esporte de alto nível. O
esporte-participação favorece o prazer a todos que desejarem praticá-lo.
O esporte-performance ou esporte de rendimento objetiva novos
êxitos esportivos, almejando, sobretudo, a vitória sobre seus adversários.
É praticado principalmente por pessoas detentoras de talento esportivo,tornando-o, de certa forma, menos democrático. O esporte-performance
propicia os espetáculos esportivos, os quais fomentam aspectos sociais
positivos e negativos.
Contudo, a iniciação esportiva deve ser precedida por um trabalho
consistente, abarcando os jogos e brincadeiras. Como pode ser observado
na Figura a seguir, a iniciação esportiva é relativamente tardia, tendo
início aos nove anos.
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é acompanhada de uma queda de desempenho também precoce. Isso,
quase sempre, resulta em um atleta frustrado pela sua curta passagem de
sucesso no esporte.
O trabalho dos jogos e brincadeiras na perspectiva de preceder oesporte, deve abordar, principalmente nas séries escolares iniciais, uma
grande quantidade de exercícios gerais, minimizando o trabalho de
exercícios intermediários e específicos de alguma modalidade esportiva,
conforme ilustrado no Quadro 1.
Quadro 1: Organização dos exercícios em longo prazoFonte: Gomes (2002)
A especificação de uma modalidade esportiva é, certamente, a
maneira mais eficiente de detecção de talentos. No entanto, o objetivo
da Educação Física Escolar não é detectar talentos esportivos, mas sim, o
desenvolvimento cognitivo e psicomotor da criança. Nessa perspectiva, o
grau de especificação dos exercícios deve ser reduzido nas séries iniciais,aumentando gradativamente ao longo dos anos.
SEÇÃO 2QUALIDADES FÍSICAS E PSICOMOTORAS DESENVOLVIDASNOS JOGOS E BRINCADEIRAS
As qualidades físicas são elementos fundamentais não somente
ao desempenho atlético, mas também, à saúde. Ainda que os jogos e
brincadeiras e o esporte sejam diferenciados, o desenvolvimento das
qualidades físicas mais voltadas ao desempenho atlético, como a força e
a velocidade são importantes para a execução das atividades cotidianas.
Ainda que algumas qualidades físicas sejam taxadas como mais ligadas
ao desempenho atlético, todas as qualidades físicas são importantes
Tipos de exercício Percentuais relativos à faixa etáriaGeral 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 20%
Intermediário 20% 25% 30% 35% 40% 35% 40% 20%
Específico 30% 30% 30% 30% 30% 40% 40% 40%
IDADE 7 8 9 10 11 12 13 14
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para a saúde. Assim sendo, nesta disciplina estas serão abordadas sem
diferenciação ou classificação conforme a sua natureza. Também não
serão abordadas as variações existentes dentro de cada capacidade física,
visto que tais discussões não são pertinentes à presente disciplina. A manutenção das qualidades físicas é um fator que deve ser
levado em consideração até o final da vida. Portanto, o ideal é que estas
comecem a ser desenvolvidas tão logo a criança tenha domínio sobre tais
qualidades.
É importante ressaltar que o desenvolvimento das capacidades
físicas nas crianças, além de respeitar os seus limites individuais, deve
objetivar exclusivamente a promoção da saúde e nunca o desempenho
atlético.
Nesse contexto, os jogos e brincadeiras podem, indiscutivelmente,
apresentar uma contribuição ímpar no desenvolvimento de todas as
qualidades físicas. De acordo com Alves (2009), as qualidades físicas
podem ser seccionadas em:
a) Força: habilidade que permite um músculo ou grupo de músculos
produzir uma tensão e vencer ou igualar-se a uma resistência na ação de
empurrar, tracionar ou elevar tal resistência.
b) Flexibilidade: pode ser evidenciada pela amplitude dos
movimentos das diferentes partes do corpo. Depende da elasticidade
muscular e da mobilidade articular. A mobilidade articular está relacionada
às propriedades anatômicas das articulações e a elasticidade muscular
é determinada pelo grau de elasticidade dos músculos envolvidos.
Portanto, a flexibilidade, capacita as pessoas a aumentarem a extensão e
a amplitude dos movimentos numa determinada articulação.
c) Resistência: qualidade física que permite a realização de um
esforço contínuo durante um determinado período de tempo.
d) Velocidade: qualidade física particular do músculo e das
coordenações neuromusculares, permitindo a execução de uma sucessão
rápida de gestos, que em seu encadeamento constitui uma só e mesma
ação de intensidade máxima e duração breve ou muito breve.
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e) Equilíbrio: capacidade para assumir e sustentar qualquer posição
do corpo contra a força da gravidade, permanecendo em um estado de
equilíbrio.
f) Coordenação: capacidade de executar movimentos complexos
de modo conveniente, para que possam ser realizados com o mínimo
de esforço. A repetição contínua de movimentos combinados melhora,
gradualmente, a coordenação. É o resultado de um trabalho conjunto do
sistema nervoso e muscular, mostrando-se os movimentos coordenados,
amplos e econômicos, sem desnecessárias contrações.
g) Agilidade: habilidade que se tem para mover o corpo no espaço,
em que o corpo inteiro ou um segmento do corpo realiza um movimento
mudando a direção de forma rápida e precisa. Requer uma combinação
de várias qualidades físicas.
h) Ritmo: É a ordenação dos movimentos, a capacidade de realizar
sequências de movimentos repetidos várias vezes, de forma equilibrada
e harmônica.
i) Descontração: é um fenômeno neuromuscular proveniente daredução de tensão na musculatura esquelética, resultando no relaxamento
do músculo.
O trabalho de jogos e brincadeiras, nas séries iniciais da escola,
é crucial para o desenvolvimento de diversas habilidades e valências
fundamentais para o ser humano. Estas devem, necessariamente, ser
desenvolvidas na infância e aprimoradas com o passar do tempo.
Intimamente associadas com as qualidades físicas, eis as principaisqualidades psicomotoras aprimoradas pelos jogos e brincadeiras:
a) Tonicidade: é a dosagem adequada da tensão muscular para
cada gesto. Em qualquer ação corporal é necessário que determinados
músculos alcancem um grau de tensão e outros se relaxem. Logo, a
execução de um ato motor implica no controle do tônus dos músculos. É
indispensável um controle sobre o tônus, no sentido de uma diminuição
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da tensão muscular, a fim de que a criança possa sentir seu corpo livre
e melhorar seu comportamento tônico-emocional. Para desenvolver o
controle da tonicidade, devem-se utilizar exercícios que proporcionem ao
corpo da criança o máximo de sensações (LE BOULCH apud VALADARES; ARAÚJO, 1999).
b) Relaxamento: é um método de recondicionamento psicofisiológico
que proporciona uma sensação de calma, reduz a fadiga e afeta, em alguns
pontos, o funcionamento do organismo, fazendo com que a agitação
desapareça (MADDERS; BANDOR apud VALADARES; ARAÚJO, 1999).
c) Lateralidade: é uma sensação interna de que o corpo tem dois
lados e duas metades que não são exatamente iguais (HOLLE apud
VALADARES; ARAUJO, 1999). A lateralidade representa o predomínio
normal de um lado do corpo. O fortalecimento da lateralidade é
importante para a criança, por constituir a base de orientação espacial
e da coordenação geral. Esse fortalecimento pode ser treinado durante
a evolução neurológica. Antes, a criança utiliza, indistintamente, os dois
lados do corpo e, com a maturação do organismo, vai estabelecendo
preferência por um dos lados. É uma fase que pode ser influenciada por
estimulações do meio (ZAZZO; AJURIAGUERRA apud VALADARES; ARAÚJO, 1999).
d) Equilíbrio: é um estado particular, no qual um indivíduo pode
manter uma atividade ou gesto, ficar imóvel ou lançar seu corpo no espaço,
utilizando-se da gravidade ou pelo contrário, resistindo-a (COSTE apud
VALADARES; ARAUJO, 1999). O equilíbrio é fundamental para uma
coordenação motora geral. Um mau equilíbrio afeta a construção do
esquema corporal porque traz como consequência a perda da consciênciade algumas partes do corpo. Quanto mais defeituoso é o equilíbrio,
mais energia se gasta, resultando consequências psicológicas tais como
ansiedade e insegurança. Existem duas formas de equilíbrio com relação
ao próprio corpo da criança: o estático e o dinâmico. O equilíbrio estático
é aquele que se realiza na ausência de movimentos e o dinâmico, com
a presença de movimentos (AJURIAGUERRA apud VALADARES;
ARAÚJO, 1999).
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e) Percepção espacial: refere-se às noções de espaço que influem
na capacidade para lidar com noções referentes à dinâmica, à orientação
e estruturação espacial (VAYER apud VALADARES; ARAUJO, 1999).
Toda a nossa percepção de mundo é uma percepção espacial, na qualo corpo é o termo de referência. O mundo espacial da criança constrói-
se, paralelamente ao seu desenvolvimento psicomotor, à medida da
crescente eficácia de sua gestualidade e da crescente importância dos
fatores relacionais que criam o espaço da comunicação (GOSTE apud
VALADARES; ARAÚJO, 1999).
f) Percepção temporal: perceber o tempo é situar o presente em
relação a um antes e um depois; é distinguir o lento do moderado e do
rápido. Refere-se a noções de adaptação, orientação e estruturação do
tempo. A adaptação é a capacidade de seguir ritmos diferentes; orientação
é a capacidade para lidar com noções referentes ao tempo e estruturação
é a capacidade de interpretar sons segundo ritmos e duração (VAYER;
AJURIAGUERRA apud VALADARES; ARAUJO, 1999). A combinação das
percepções espacial e temporal é um dado importante para uma adaptação
favorável da criança. Ela lhe permite não só movimentar-se e reconhecer-
se no espaço, como, também, dar sequência aos seus gestos, localizar as
partes do corpo e situá-las no espaço; coordenar sua atividade e organizarsua vida cotidiana (GOSTE apud VALADARES; ARAÚJO, 1999).
g) Coordenação motora: segundo Hollmann e Hettinger (apud
VALADARES; ARAÚJO, 1999), deve-se entender por coordenação
motora, a atuação conjunta do sistema nervoso central e da musculatura
esquelética, na execução de um movimento. Kiphard (apud VALADARES;
ARAÚJO, 1999) já define coordenação como a atuação conjunta, harmônica
e econômica de músculos, nervos e sentidos, para ações de movimentosequilibradamente seguros. Expressão corporal é uma manifestação natural
e espontânea, onde a criatividade tem um significado todo especial. Para
se expressar corporalmente a criança necessita de uma boa percepção
auditiva, espaço-temporal, ter domínio do corpo, equilíbrio e criatividade.
Ainda que as aulas de Educação Física que envolvem jogos
e brincadeiras estejam distantes dos treinamentos de modalidades
esportivas, é perceptível que os princípios do treinamento desportivo
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têm a sua progênie associada aos jogos e brincadeiras. A seguir, serão
abordados os princípios do treinamento desportivo, com adaptações
direcionadas à prática de jogos e brincadeiras nas aulas de Educação
Física:
a) Individualidade biológica: cada aluno é único e as suas
características e limitações devem ser respeitadas.
b) Adaptação: o organismo se adapta aos estímulos que são aplicados
a este. Estímulos muito fortes causam danos ao organismo.
c) Sobrecarga: após a realização de um trabalho que envolve
gasto energético, deve haver um período de recuperação proporcional à
intensidade do trabalho realizado.
d) Continuidade: as aulas devem ser contínuas e progressivas,
seguindo uma ordenação lógica e que favoreça o aprendizado.
e) Reversibilidade: após um tempo sem praticar jogos ou brincadeiras,
as adaptações geradas através da prática destes se revertem, voltando
às condições físicas anteriores. Isso deve ser levado em consideração ao
retornar do período de férias.
f) Especificidade: as aulas de Educação Físicas devem ser
específicas. Se for desejado desenvolver a lateralidade, deve-se trabalhar
com atividades que envolvam a lateralidade e assim por diante.g) Interdependência volume/intensidade: deve haver um equilíbrio
entre o volume e a intensidade presente nas aulas. Se a duração das
atividades for longa a velocidade/ritmo com o qual esta será executada
deve ser lento(a). Ao se executar um grande número de séries de exercícios,
deve haver um significativo intervalo de recuperação entre as séries.
Você sabia que a prática regular de exercícios físicos podeprevenir e combater diversas doenças?
É cientificamente comprovado que a prática regular de exercícios
físicos melhora a capacidade cardíaca e pulmonar, prevenindo doenças
cardiovasculares, além de ser benéfica na prevenção e combate de diversas
outras patologias, como o câncer, a diabetes, a osteoporose, a artrite,
desvios posturais, asma, hipertensão arterial e muitas outras doenças e
patologias, além de fortalecer o organismo no combate de infecções e
favorecer a imunidade de doenças.
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A prática de exercícios físicos é um hábito que quanto mais cedo
for assimilado, maiores e mais duradouros serão os seus benefícios.
Assim, não deixe de instigar as crianças a participarem dos exercícios
desenvolvidos nos jogos e brincadeiras presentes nas aulas de EducaçãoFísica.
SEÇÃO 3OS JOGOS E BRINCADEIRAS COMO AGENTESSOCIALIZADORES
Ao analisar a evolução do jogo na criança, constatamos que o jogo,
inicialmente egocêntrico e espontâneo, torna-se cada vez mais socializador.
A criança de até sete anos só consegue seguir regras simples. Muitas
vezes, ela quebra as regras do jogo, mas não o faz intencionalmente, e
sim, porque ainda não consegue se lembrar de todas as regras. Nesse
estágio, a criança não dá muito valor à competição, pois tem uma ideia
não muito definida do que seja ganhar ou perder. Geralmente ela não jogapara vencer ou superar os outros, mas pelo simples prazer da atividade
(FERNANDES, 2003).
Trabalhando com essa faixa etária, o educador deve procurar
não despertar o sentimento de competição acirrada, aproveitando essa
disposição natural da criança para jogar pelo simples prazer de jogar.
Além disso, deve selecionar jogos simples, com poucas regras, para serem
praticados pelas crianças que estão nesta fase de desenvolvimento. A
interação social precisa ser incentivada, dando-se destaque às atividadesde linguagem (FERNANDES, 2003).
No período de oito a doze anos, os jogos tornam-se cada vez mais
coletivos e menos individuais, uma vez que a criança já tem noção do
que seja cooperação e esforço grupal, e exige regras definidas para
regulamentar o jogo. Ela observa e controla os outros membros do grupo
para verificar se estão seguindo adequadamente as regras. A violação das
regras gera grandes discussões. Nessa fase, surge um forte sentimento
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de competição. O fato de perder, torna-se quase intolerável para
algumas crianças, dando origem a cenas de choro e até mesmo agressão
(FERNANDES, 2003).
A excessiva valorização ao individualismo e à competição nasociedade moderna instigou a criação de uma nova modalidade de jogos:
os jogos cooperativos. Erroneamente alguns educadores adotam em suas
aulas a postura de ensinar as crianças a vencer os jogos, ao invés de
gostarem destes (CANOTILHO, 2006).
Ao invés de estimular o encontro, boa parte dos jogos estimula
ao confronto. Assim, a diversão e a alegria de participar dos jogos
desaparecem. Objetivando reverter esse cenário, os jogos cooperativos
pautam-se na aproximação das pessoas, com um enfoque de aprendizagem
através da convivência pessoal, onde os seus praticantes vêm a conhecer
o verdadeiro significado dos jogos.
Nessa direção, o profissional de Educação Física, aproveitando-se
do caráter formativo dos jogos e brincadeiras, deve explorar os valores
sociais transmitidos por esses. Deve procurar despertar o espírito de
cooperação e de trabalho conjunto no sentido de metas comuns. A criança
precisa de ajuda para aprender a vencer, sem ridicularizar uma atitude
de compreensão e aceitação; e quando o clima da sala de aula é de
cooperação e respeito mútuo, a criança sente-se segura emocionalmentee tende a aceitar mais facilmente o fato de ganhar ou perder como algo
normal, decorrente do próprio jogo (FERNANDES, 2003).
O papel do educador é fundamental na preparação da criança para
a competição, onde esta deve aprender a respeitar os seus adversários,
objetivando, antes de tudo, superar a si mesma, sempre melhorando as
suas habilidades e competências. A competição deve estimular as crianças
a, antes de superar os adversários, se esforçarem para melhorarem as
suas marcas pessoais.O jogo, por si só, supõe relação social. Por isso, a participação
em jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito
mútuo, solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de
responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal. É jogando que a criança
aprende o valor do grupo como força integrada e o sentido da competição
salutar e da colaboração espontânea e consciente (DOMINGOS et al.,
2008).
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Você sabe explicar a diferença entre jogo cooperativo e jogo competitivo?
A relação social estabelecida entre os participantes do jogo é
que determina se este é cooperativo ou competitivo. O jogo competitivorequer a utilização de habilidades individuais ou coletivas para se sair
vitorioso. O jogo cooperativo, por sua vez, utiliza-se da participação
de todo o grupo, através da combinação das diferentes habilidades de
todos os participantes, para se alcançar um objetivo comum. Nos jogos
competitivos, sempre há um ou mais vencedores e um ou mais perdedores.
Nos jogos cooperativos, todos ganham quando conseguem alcançar o
objetivo ou todos perdem quando não conseguem alcançá-lo.
Você sabia que muitas crianças preferem os jogoscompetitivos ao invés dos jogos cooperativos?
A competição estimula e motiva as crianças a saírem-se vitoriosas.
Assim, muitas crianças preferem competir, ao invés de cooperar entre si.
Os jogos competitivos devem se fazer presentes nas aulas de Educação
Física, sendo que o professor deve tomar alguns cuidados para evitar
a angústia e agressividade entre os “rivais”, tais como evitar qualquer
tipo de discriminação, e eliminação, não valorizar excessivamente osvencedores e sempre que houver premiação não distinguir vencedores
de perdedores.
Nesta unidade, você aprendeu a diferença entre os jogos e brincadeiras escolares e a competiçãoesportiva, bem como a importância dos jogos e brincadeiras no processo de formação do atleta.
Você também passou a conhecer as capacidades físicas e psicomotoras, cujos jogos ebrincadeiras apresentam uma contribuição ímpar no desenvolvimento destas capacidades que, por suavez, são muito importantes para a saúde, podendo prevenir e combater muitas doenças.
Por m, você pôde compreender a função social dos jogos e brincadeiras, o verdadeiro espírito
dos jogos e brincadeiras, que deve desenvolver o lado afetivo da criança, especialmente no que dizrespeito à partilha, ajuda e compreensão.
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Elabore um texto crítico abordando a questão da iniciação e especialização esportiva precoce1.e mencione algumas formas, com as quais o professor de Educação Física pode utilizar-separa evitar a ocorrência de tais fatos. Tome como base o artigo disponível no link: http://www.brunopedroso.com.br/jogosebrincadeiras/artigo2.pdf.
Elabore um texto crítico evidenciando a importância dos jogos cooperativos no contexto da2.educação física escolar através da leitura do texto disponível no link: http://www.brunopedroso.com.br/jogosebrincadeiras/artigo3.pdf .
Realize um debate envolvendo toda a turma com enfoque na temática “a importância das aulas3.de Educação Física no desenvolvimento das capacidades físicas e psicomotora e como os
jogos e brincadeiras podem contribuir nesse processo”. Pontos como a inuência das aulas de
Educação Física na prevenção de doenças; o papel do professor de Educação Física no processoensino-aprendizagem e conscientização dos benefícios do exercício físico; a exemplicação de
jogos e brincadeira que englobem uma ou mais qualidades físicas ou psicomotoras, devem serlevantados.
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ROTEIRO DE ESTUDOS
Aplicações práticas dos jogose brincadeiras
Apresentar aos acadêmicos, modelos e exemplos de atividades■
práticas que podem ser desenvolvidas em diversas faixas etárias.
Reconhecer o desenvolvimento das atividades práticas em jogos e■
brincadeiras.
SEÇÃO■ 1: Recreação em sala de aula
SEÇÃO■ 2: Pequenos Jogos
SEÇÃO■ 3: Grandes Jogos
SEÇÃO■ 4: Iniciação Desportiva
SEÇÃO■ 5: Gincana
SEÇÃO■ 6: Colônia de Férias
SEÇÃO■ 7: Histórias e Dramatização
SEÇÃO■ 8: Técnicas de Pintura e Colagem
SEÇÃO■
9: Brinquedos Cantados
U
N I D A D E
I I I
LUCIANA DA SILVA TIMOSSI
BRUNO PEDROSO
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sem pretensão de superioridade. Podendo ser modificadas, de acordo com
as variações do grupo ou local. Devemos dosar as mesmas em intensidade
e duração, de acordo com a idade e comportamento grupo.
Dinâmica 1.1 – Telefone sem fio
Objetivo: Concluir com o objetivo da brincadeira. “Fofoca”.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento:Os participantes sentam em semicírculo, bem próximos
uns dos outros. O primeiro sentado em uma das extremidades, cochicha
uma frase no ouvido de quem esta a seu lado. Este, por sua vez, repete a
frase também cochichando, para o colega seguinte que está sentado ao
seu lado. Assim se procede até chegar ao último da outra ponta. Ele deve
repetir a frase em voz alta.
Ao final a frase deve ser repetida quando cochichada, com significado
lógico.
Dinâmica 1.2 – Salada de Frutas
Objetivo: Agilidade, raciocínio rápido, decisão, conhecimento.
Materiais: Cadeiras.
Desenvolvimento: Os participantes sentam em círculo em cadeiras ou em
lugares marcador para sentar, o professor em pé. O professor dá nomes defrutas à cada participante. Cada vez que o professor falar o nome de duas
frutas, os participantes correspondentes trocarão de lugar entre si.
Podendo variar com um maior número de frutas. No momento em que o
animador disser “salada de frutas” todos deverão trocar de lugar, inclusive
o professor. Como o número de cadeiras não inclui o professor, portanto,
um dos alunos ficará em pé e “fará uma descrição da fruta detalhada ou
pagará uma prenda”.
Dinâmica 1.3 – O Grupo Ficou Louco
Objetivo: Atenção, observação, concentração, raciocínio.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Todos reunidos numa sala, o líder pede a um dos
componentes do grupo que deixe a sala, explicando-lhe que os colegas
vão combinar alguma coisa e quando ele voltar deve descobrir do que se
trata. Ao grupo que permanece na sala, ele explica: A primeira pergunta
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que o colega fizer ao primeiro do círculo, este responderá qualquer coisa
e assim por diante. O colega que voltar deverá descobrir qual o tipo de
mudança ocorrida na sala, se física ou comportamental.
Dinâmica 1.4 – Origem – Profissão - Destino
Objetivo: Conhecimento, esforço mental, memória.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: O grupo senta-se em círculo. Cada participante
deverá criar sua origem, destino e com palavras que iniciem com a
mesma letra. Ex.:
Origem: Vim do Belém
Profissão: Sou Barbeiro
Destino: Vou à Bahia.
Dinâmica 1.5 – Miscelânea de Letras
Objetivo: Espírito de equipe, conhecimento e raciocínio.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Prepare uma lista de palavras com as letras fora dos
respectivos lugares, como se fossem embaralhadas. Pode acrescentar
uma dica para facilitar a resposta. Em seguida, os alunos deverão dar o
significado, descobrindo a palavra que deu tal mistura. Ex.:Letras: BARLlS
Dica: país
Resposta: Brasil.
Dinâmica 1.6 – Nome Partindo das Terminais
Objetivo: Raciocínio lógico, conhecimento e espírito de equipe.
Materiais: Folhas de papel, lápis.
Desenvolvimento: Alunos colocados em colunas ou sentados nas carteiras,distribuir uma folha de papel para cada coluna e lápis, iniciando o jogo
pelo último de cada coluna. Usa-se para esse jogo escolher nomes de
alimentos, pessoas, bichos, cidades, países, estados e capitais. Consiste
em formar a próxima palavra com a última letra que terminou a palavra
anterior. Pode manter temas como cidade, alimentos, lugares, etc.
Ex: farinha - açúcar - rabanete - espinafre - ervilha.
Uberlândia - Andirá - Amparo - Ourinhos - Sorocaba.
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Dinâmica 2.4 – A Jaula
Objetivo: Agilidade e atenção.
Materiais: Apito.
Desenvolvimento: Crianças dispostas em círculo (lado a lado, sem daremas mãos), formando uma jaula. Outro grupo, representando os animais se
dispersa pelo terreno. O professor usará um apito e, ao sinal, os animais
põem-se a correr, ora entrando na jaula, ora saindo da jaula. Ao apito, os
alunos da roda dão as mãos, fechando a jaula e prendendo os que ficaram
dentro do círculo, esses vão fazer parte do círculo. O jogo recomeça até
todos os animais serem presos.
Dinâmica 2.5 – Operário Silencioso
Objetivo: Conhecimento e memorização.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Formar um semi-círculo. O professor dirá: “Operário
silencioso, tenho na mão um martelo. O que fazer com ele?” As crianças não
responderão, mas deverão imitar o bater do martelo. As que se enganarem
fazendo outro movimento qualquer serão retiradas do brinquedo ou até
a próxima substituição. Segue a brincadeira com outros objetos (serrote,
caneta, machado, etc.).
Dinâmica 2.6 – Bola ao Túnel (estafeta)
Objetivo: Coordenação e agilidade.
Materiais: Duas bolas de borracha.
Desenvolvimento: Crianças divididas em dois grupos iguais formarão
duas colunas, com as pernas afastadas. Ao sinal do professor, a primeira
criança de cada coluna, passará a bola por entre as pernas, fazendo a
mesma rolar, até a última de sua coluna. A última pegará a bola correndo
por fora da coluna e se posicionará à frente de sua coluna, fazendo a bolarolar da mesma forma, até que todos tenham efetuado essa passagem e a
coluna que primeiro concluir a passagem vencerá.
Dinâmica 2.7 – Bola aérea (estafeta)
Objetivo: Coordenação e agilidade.
Materiais: Duas bolas de borracha.
Desenvolvimento: O procedimento será o mesmo da brincadeira anterior,
a diferença está na bola passando sobre a cabeça dos colegas.
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Dinâmica 2.8 – Bola pelas laterais (estafeta)
Objetivo: Coordenação e agilidade.
Materiais: Duas bolas de borracha.
Desenvolvimento: A formação será de colunas, sendo que o primeirocolega passará a bola pelo lado direito, quem recebe passará pelo lado
esquerdo, até concluir a passagem, quando a bola chegar ao último da
fila, o procedimento será o mesmo da brincadeira anterior.
Dinâmica 2.9 – Dança num Pé Só
Objetivo: Agilidade e observação
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: As crianças livres em um determinado espaço, ao
sinal do professor, começam a saltar num pé só, trocando de acordo com
a ordem do orientador, quem conseguir ficar por último, sem errar, será
o vencedor.
Dinâmica 2.10 – Cabo de Guerra
Objetivo: Esforço de equipe, coordenação e força.
Materiais: Corda.
Desenvolvimento: As crianças são divididas em dois grupos iguais. Um
grupo de frente para o outro e segurando uma corda, cada grupo a uma
distância de 1 metro do centro da corda. Uma criança ficará na ponta da
corda e a 2 metros de um objeto, sendo que o outro grupo terá as mesmas
condições. Ao sinal do professor quem conseguir tocar o objeto primeiro
será vencedor.
Dinâmica 2.11 – Quem Trocou de Lugar
Objetivo: Observação e memorização.
Materiais: Um lenço.Desenvolvimento: Alunos sentados formando um círculo (um aluno
de olhos vendados ficará no centro do círculo). O professor indica, por
gestos, dois alunos do círculo para trocarem de lugar. O aluno de olhos
vendados tirará a venda e procurará descobrir quem trocou de lugar. O
aluno do centro será sempre substituído.
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Dinâmica 2.12 – Quem É
Objetivo: Observação, memorização e concentração.
Materiais: Um lenço.
Desenvolvimento: Alunos em pé em círculos, com um companheirodo centro de olhos vendados. O professor escolherá um aluno que
se aproximará do que está no interior do círculo. Este, ainda de olhos
vendados, procurará descobrir quem é o companheiro. Usando para isso
o tato (apalpar o cabelo, tipo do nariz, olhos orelhas o rosto formato).
Variar os alunos durante o desenrolar do jogo.
Dinâmica 2.13 – Quem Aprende Desprende
Objetivo: Agilidade e coordenação.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Alunos dispersos no pátio, de braços dados dois a dois,
sendo que um par de alunos fica isolado dos demais. Um dos dois alunos
isolados perseguirá o outro. Este, para não ser apanhado, deve segurar o
braço do aluno de um dos pares. Imediatamente, o outro aluno desse par
fugirá para não ser alcançado pelo perseguidor.
Dinâmica 2.14 – Quem é o Maestro
Objetivo: Observação e atenção.Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Alunos sentados em círculo, o professor escolherá
um que se afasta do grupo e terá de descobrir quem é o maestro que
está regendo. Um aluno do círculo é encarregado de reger (maestro).
O maestro imitará o som de um instrumento musical e, imediatamente,
todos os alunos imitam. A seguir, o maestro muda de instrumento. O aluno
isolado procurará descobrir o maestro através de cuidadosa observação
do grupo.
Dinâmica 2.15 – Batata Quente
Objetivo: Observação, atenção e concentração.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Os alunos, dispostos em círculos, sentados. Passa a
bola para o companheiro que está ao seu lado, fazendo com que a bola
gire ao redor do círculo, enquanto os alunos cantam: batata quente vai
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voltado para entregar a bola para o primeiro da fila, correndo o mesmo
fora do grupo. Vencerá a equipe que primeiro acabar o ciclo completo.
Dinâmica 2.20 – Cabra - CegaObjetivo: Atenção, observação e agilidade.
Materiais: Um lenço.
Desenvolvimento: Crianças em círculo, dentro do qual, ficará um aluno
de olhos vendados. As crianças da roda perguntarão e a que faz o papel
de cabra cega responderá:
Cabra-cega, de onde vieste? Do moinho de vento;
Que trouxeste? Fubá e melado;
Dá-nos um pouquinho? Não
Então, afasta-te.
As crianças deixarão as mãos espalhadas e fugirão, depois chega perto e
provoca, colocando a mão próxima, até que a cabra-cega toque alguém
rapidamente, sentindo a sua presença.
Dinâmica 2.21 – Bom Dia
Objetivo: Atenção, memória e percepção.
Materiais: Um lenço ou venda para olhos.
Desenvolvimento: De mãos dadas, as crianças formarão um círculo. Nointerior deste, permanecerá um jogador com os olhos vendados. Rodará
o círculo para a direita e para a esquerda. Em dado momento, o aluno
do centro baterá o pé e os demais estacionarão. Aquele, então apontará
para o círculo e o jogador indicado dirá: “Bom dia” O do centro, terá que
reconhecer pela voz, o proclamador do seu nome, caso erre, ainda terá
o direito de proclamar mais dois nomes. Acertando, o que foi apontado
tomará o lugar do centro.
Dinâmica 2.22 – Bola sem Rumo
Objetivo: Agilidade e coordenação.
Materiais: Bola de Borracha.
Desenvolvimento: Os jogadores formam um círculo, distanciando-se um
metro e meio uns dos outros, com a bola na mão. Dado o sinal de início,
o jogador do centro atira a bola a um dos companheiros do círculo. Este
procurará passá-la imediatamente a qualquer outro jogador, sempre
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evitando que o jogador do centro toque a bola. Quem receber a bola e
deixá-la cair, ocupará o lugar do centro. Caso a bola seja tocada no ar,
quem jogou a bola irá para o centro. De qualquer maneira, se a bola for
tocada, quem estava no centro passará para o círculo.
Dinâmica 2.23 – O Gato e O Rato
Objetivo: Agilidade e coordenação.
Materiais: Bola de Borracha.
Desenvolvimento: Dispõem-se os jogadores em roda, de mãos dadas,
com exceção de dois que representam o “gato” e o “rato”. O primeiro,
permanecerá fora do círculo e o segundo, dentro. Dado o sinal de início,
a roda girará diferentemente, para esquerda ou para a direita e o “gato”
perguntará as crianças:
- Seu ratinho está em casa? Não, senhor!
- A que horas voltará? Às oito horas.
- Que horas são? Duas horas.
E assim prosseguirá até chegar a hora marcada para a volta do “rato.
Nesse momento, para a roda o “gato” pergunta aos alunos do círculo?
- Seu ratinho já chegou? - Sim, senhor.
- Dão-me licença para entrar? - Sim, senhor.
O gato correrá então em perseguição ao rato, procurando apanhá-lo. Aorato será permitido entrar ou sair do círculo por baixo dos braços dos
companheiros, que lhe facilitarão a passagem, dificultando para o gato,
sem contudo, barrar-lhe o caminho. Terminará o jogo com a prisão do
gato.
Dinâmica 2.24 – Barra Manteiga
Objetivo: Agilidade e atenção.
Materiais: Não há materiais.Desenvolvimento: Fazer duas linha paralelas, distantes quinze metro
uma da outra. Sobre elas ficam as crianças, divididas em igual número,
defrontando-se em fileiras. Dado o sinal de início, o jogador designado
por sorteio para começar o jogo, sai correndo da linha do seu partido e
chegando ao campo adversário, bate na palma da mão dos inimigos. Em
dado momento, tocará mais forte na mão de uma das crianças, em sinal
de desafio, fugindo para o seu grupo, enquanto o desafiado tenta prendê-
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lo antes de transpor a linha. Conseguindo, o prisioneiro fará parte da
equipe contraria. A equipe que conseguir um maior número de conquista
será a vencedora.
Dinâmica 2.25 – A Cabra
Objetivo: Agilidade, coordenação e trabalho em equipe.
Materiais: Bola, saco de areia e cadeira.
Desenvolvimento: Os jogadores divididos em igual número, formam
duas colunas separadas uma da outra, pelo espaço de três metros. O
primeiro jogador de cada coluna, postado sobre a linha de partida, estará
de posse de uma bola e terá a sua frente, a uma distância de um metro,
um saquinho de areia e a dez metros, uma cadeira. Dado o sinal de início,
os primeiros jogadores de cada coluna colocam a bola sobre o saquinho
de areia. Em seguida, tomam a posição de quatro pés e fazem a bola
rolar, empurrando-a com a cabeça até contornar a cadeira, e chegar ao
saquinho de areia, onde pode segurá-la e levá-la até o próximo. Será
considerada a equipe vencedora aquela em que todos os participantes
executarem o trabalho primeiro.
Dinâmica 2.26 – CorrenteObjetivo: Agilidade, atenção e trabalho em equipe.Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: As crianças dispersas numa quadra. Dado o sinal, um
dos alunos corre em perseguição dos demais, quem for apanhado dará
as mãos partindo para a conquista de outro, até que todos sejam formem
uma corrente.
Dinâmica 2.27 – O Lobo e os Carneirinho
Objetivo: Atenção, observação e agilidade.Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento:O lobo escondido e as crianças dispersas. Os jogadores
provocam o lobo cantando: “Vamos passear no bosque enquanto seu
lobo vem, seu lobo está aí?” O lobo ouvindo estas palavras avisa que vai
se vestir. As crianças repetirão o canto e o lobo dará nova resposta. Na
terceira, quarta ou quinta vez, o lobo sairá do esconderijo e perseguirá os
carneiros; quem o lobo pegar trocará com ele.
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Dinâmica 2.28 – Trem Maluco
Objetivo: Coordenação e trabalho em equipe.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Duas colunas com um número de crianças iguais. Ascrianças deverão sentar-se uma atrás da outra, apoiando as mãos nos pés
das de trás, levanta a poupança do chão e procura de forma ordenada,
fazer a progressão para frente, até chegar ao ponto demarcado. Vencerá
a coluna que primeiro chegar ao local marcado. Observação: Não pode
sentar, arrastar ou soltar do pé. Caso isso ocorra, a equipe deverá parar e
corrigir o erro.
Dinâmicas para crianças de 10 a 12 anos
Dinâmica 2.29 – Azul ou Vermelho
Objetivo: Raciocínio rápido, agilidade e coordenação.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Formam-se duas fileiras, no centro do pátio, sentados
uma de frente para a outra, com uns dois metros de distância. Uma
fileira será azul e a outra vermelha. Se o orientador falar azul, estes serão
perseguidos e os que forem pegos passarão para a coluna dos vermelhos,durante um determinado tempo. Depois trocam-se as cores.
Dinâmica 2.30 – Carrinho de Mão
Objetivo: Força, coordenação e trabalho em equipe.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Traçam-se duas linhas paralelas a uma distância de
cinco metros uma da outra: A linha de partida é a linha de chegada.
Os jogadores formam duas fileiras, uma atrás da outra. Ao primeirosinal, os jogadores que estiverem na fileira da frente se apoiam no
chão, estendendo, ao mesmo tempo, as pernas para trás. Os jogadores
da retaguarda elevam as pernas dos companheiros, ficando entre elas e
segurando-as acima do joelho. Ao segundo sinal, os jogadores correm em
direção a linha terminal. Será considerado vencedor a dupla que chegar
primeiro a linha de partida.
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Dinâmica 2.31 – Corrida de Cavalo
Objetivo: Agilidade, força e trabalho em equipe.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Os jogadores, divididos em dois partidos, são dispostosem duas colunas, separadas uma da outra pelo espaço de três metros. A
quinze metros das colunas, faz-se uma marca de apoio. Nesta, ficarão os
jogadores iniciais: os números 1 de cada coluna. Dado o sinal de partida,
os jogadores iniciais correm em direção a sua coluna, carregando nas
costas os jogadores número 2 e voltam, o mais rápido possível, ao ponto
de partida, ao mesmo tempo em que, os outros avançam um passo. Os
jogadores número 2, uma vez chegado ao ponto de apoio, voltam para
pegar o número 3, para transportá-lo para o ponto de chegada, até que
todos tenham sido transportados. Será considerado vitorioso a coluna,
cujo último par, cavalo e cavaleiro, atingir em primeiro lugar a marca de
apoio. Observação:
a) Se durante a corrida, um dos cavalos ou ambos caírem, deverá retomar
a posição correta;
b) Uma vez terminada a sua tarefa os jogadores deverão permanecer em
coluna, atrás da marca de apoio;
c) Para tornar o jogo variado, destacam-se crianças de 10-12 para cavalos
e 4 e 6 para cavaleiros. Neste caso, revezam os pares e não o jogador,
como no texto.
Dinâmica 2.32 – Perseguição ao Rato desconhecido
Objetivo: Agilidade, observação e raciocínio rápido.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Dentre os participantes escolhe-se um aluno que será
o GATO e ficará fora da área dos outros (pátio), um número ímpar de
participantes movendo-se em qualquer sentido. Ao sinal do orientador(palma, apito, grito), os participantes formarão duplas de mãos dadas.
Aquele que sobrar será o RATO e deverá ser perseguido pelo GATO,
ficando os demais imóveis. Troca de funções.
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SEÇÃO 3GRANDES JOGOS
Dinâmica 3.1 - Queimada
Objetivo: Agilidade, coordenação e reflexo rápido.
Materiais: Bola de borracha.
Desenvolvimento: Divide-se o campo e os jogadores conforme o gráfico.
O objetivo do jogo é “queimar” os adversários com a batida da bola, os
que forem “queimados” passarão ao corredor do fundo. Vence a equipe
que conseguir queimar todos os adversários.
Dinâmica 3.2 - Futipano
Objetivo: Coordenação, agilidade e trabalho em equipe.
Materiais: 2 bastões, 2 cadeiras e um saco vazio.
Desenvolvimento: O objetivo do jogo é colocar o saco embaixo da cadeira.
Sendo um contra um, todos devem jogar. Exemplo: Chama-se os jogadores
número seis, estes levantam e tentam colocar o saco em baixo da cadeira.
Exemplo de desenho a ser utilizado
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Dinâmica 3.3 - Caçada
Objetivo: Raciocínio rápido, agilidade e coordenação.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Nos quatro cantos de uma quadra, traçam-se os“currais” e num dos lados, uma “prisão”. Um dos jogadores será escolhido
para ser o caçador, os outros divididos em quatro grupos de igual número,
recebendo, cada grupo, o nome de um bicho. O caçador permanece entre
os currais e os vários bichos dentro de um curral qualquer. Dado o sinal
de início, o caçador grita o nome de um bicho e todos os representantes
dessa espécie devem correr para um curral vazio. O caçador, então,
pode perseguí-los. Todos aqueles que forem caçados serão recolhidos na
prisão. Assim procederá ao caçador até que os três currais vazios fiquem
ocupados. Uma vez ocupados todos os currais, o caçador chamará duas
espécies de bichos que deverão trocar de currais. Nesse momento procurará
prendê-los. Final: Será considerado vencedor o grupo que conservar o
maior número de jogadores, após determinado tempo. Observação: Os
jogadores não poderão correr fora do campo circunscrito pelos currais. O
jogador que infringir esta regra será recolhido à prisão.
Dinâmica 3.4 – O Caçador, o Pardal e a Abelha
Objetivo: Agilidade e atenção.
Materiais: Não há materiais.
Desenvolvimento: Todos os jogadores, exceto três, constituindo todos
um múltiplo de três, formam uma roda e ficam de mãos dadas. Um dos
jogadores livres fica sendo o caçador, outro o pardal e o último a abelha,
e permanecem na parte exterior do círculo, separados um do outro, por
espaços iguais. Dado o sinal de início, o caçador sai em perseguição do
pardal, mas deve fugir da abelha. O pardal persegue a abelha, mas deve
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fugir do caçador, correndo por dentro ou por fora do círculo. Quando um
dos jogadores capturar a sua presa, três novos jogadores serão escolhidos
para caçador, pardal e abelha, e o jogo continuará. Terminará o jogo
quando todas as crianças tiverem representado o papel de caçador.
Dinâmica 3.5 – Bola ao Canto
Objetivo: Coordenação, agilidade e raciocínio.
Materiais: Giz, bola.
Desenvolvimento: Num retângulo, traça-se um pequeno quadrado em
cada canto. Dentro de cada quadrado fica um jogador: Capitão. Uma
linha divisória, no meio do retângulo, separará os jogadores das duas
equipes, que se dispersam no seu campo. Cada grupo terá dois capitães
no campo adversário. Dado o sinal de início, o juiz ou instrutor, no centro
do campo, atirará a bola para o ar, entre os dois jogadores adversários.
Quem agarrar a bola procurará passar para os seus companheiros ou
direto para o capitão da sua equipe, que se encontra no campo adversário.
Os jogadores procurarão interceptar a bola. Será considerado vencedor a
equipe que conseguir 15 pontos.
Observação: Considera-se falta:
a) Sair o capitão do quadrado;
b) Entrarem os jogadores no quadrado;c) Atravessarem a linha do centro;
d) Correr com a bola na mão.
Cometida uma falta acima mencionada, a bola será do adversário, que
poderá arremessar livremente ao capitão.
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SEÇÃO 4INICIAÇÃO DESPORTIVA
Dinâmica 4.1 – Iniciação do Vôlei
Objetivo: Coordenação e trabalho em equipe.
Materiais: 1 bola, elástico ou rede.
Desenvolvimento: Na quadra de voleibol coloca-se a rede ou o elástico
e de 8 a 12 jogadores de cada lado. Começa-se com saque qualquer,
jogando a bola por cima da rede para o outro lado. A bola deve bater no
chão e aquele que apanhar jogará com as duas mãos para o outro lado ou
poderá fazer passe.Regras:
1- Pode-se sacar duas vezes, se falhar na primeira;
2- Qualquer jogador poderá pegar o bola;
3- Ponto e rodízio como no voleibol;
Este jogo vai sendo dificultado conforme o aprendizado.
Dinâmica 4.2 – Ponte Aérea
Objetivo: Agilidade e coordenação.Materiais: Bola.
Desenvolvimento: 09 jogadores de cada lado (a quantidade de jogadores
independe). A bola deve ir passando no mesmo lado do campo, de um
companheiro para o outro, no mesmo sentido do quadrado, dando a volta
completa, até que o último passe ao jogador do centro e este arremessará
a bola ao campo adversário.
Regras:
1 - 9 ou mais jogadores de cada lado;
2 - O jogador do centro pode arremessar a bola para o outro lado;
3 - Ao arremessar a bola, este deverá dizer PONTE, havendo então um
rodízio conforme o desenho;
4 - Quando a bola tocar no solo ou não for devolvida marca-se ponto;
5 - Saca-se no fim do campo. O jogo pode ser dificultado da mesma forma
que o anterior;
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Dinâmica 4.3 – Voleibol Infantil
Objetivo: Coordenação e noção espacial.
Materiais: Bola.
Desenvolvimento: Regras:
1 - Os jogadores deverão agarrar a bola com as duas mãos quando
receberem do campo adversário ou de um passe;
2 - Ao passar para o companheiro, o jogador deverá dar uma batida
(toque) como se faz no voleibol, sem qualquer preocupação técnica;
3 - Deverá ser dado três passes em cada lado do campo;
4 - Com 6 jogadores, rodízio normal, Com mais de 6, deverá ser feito
conforme o gráfico do jogo anterior;
5 - Faltas:
- Passar a bola por baixo da rede;
- Jogar a bola fora da quadra;
- Invadir o campo adversário.
Observação: Não havendo campo, este poderá ser riscado no chão ou
delimitado com cordas. Quando as crianças estiverem bem familiarizadascom este jogo, poderemos passar ao voleibol, ensinando, aos poucos, suas
regras e técnicas.
Dinâmica 4.4 – Iniciação ao Futebol – Cinco Passes
Objetivo: Coordenação, noção espacial e agilidade.
Materiais: Bola.
Desenvolvimento: Divide-se a turma em duas equipes, saindo à bola do
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meio do campo com o objetivo de dar cinco passes numa mesma equipe.
Não tem goleiro.
Regras:
1 - Toda vez que completa os cinco passes marca um ponto;2 - Quando a bola for interce