Joáo Rosa

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Amigos, Minha trajetória política, ao menos no que diz respeito à política tradicional, partidária e eletiva, iniciou-se no ano 2000, quando me candidatei a vereador, e que resultou em uma campanha vitoriosa. Em 2004, quando já tinha pronta minha campanha à reeleição para uma das cadeiras do legislativo assisense, fui convidado para compor a chapa majoritária com Dr. Ézio para Prefeito e eu como vice. Tratava-se de um projeto de ruptura do status político até então existente, de uma campanha sem recursos financeiros, mas com capital humano e ideias de sobra. O resultado, mais uma vez vencedor, iniciou uma nova história política no município, com uma administração focada na austeridade, preocupada em ouvir a população mais carente e provendo-a dos serviços essenciais. A consequência foi uma reeleição em 2008, sem precedentes, com quase 85% dos votos, ratificando um trabalho honesto e uma dedicação em tempo integral. No entanto, desde a preparação para a campanha à reeleição, o atual Prefeito chamou para si a exclusividade das alianças políticas, assim como da montagem do Secretariado, se afastando daqueles que estiveram com ele na primeira eleição, no primeiro mandato, em nome de uma equipe “política” que, em tese, garantiria a “governabilidade”. Assim, o que se viu a partir do inicio do segundo governo foi o abandono total por parte do Sr. Prefeito daqueles companheiros de primeira hora e que se dedicaram nas campanhas e no primeiro mandato. Um a um foram sendo afastados, sem qualquer explicação, sem nenhuma justificativa, sem a mínima consideração.

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Amigos,

Minha trajetória política, ao menos no que diz respeito à política

tradicional, partidária e eletiva, iniciou-se no ano 2000, quando

me candidatei a vereador, e que resultou em uma campanha

vitoriosa.

Em 2004, quando já tinha pronta minha campanha à reeleição para

uma das cadeiras do legislativo assisense, fui convidado para

compor a chapa majoritária com Dr. Ézio para Prefeito e eu como

vice. Tratava-se de um projeto de ruptura do status político até

então existente, de uma campanha sem recursos financeiros, mas

com capital humano e ideias de sobra.

O resultado, mais uma vez vencedor, iniciou uma nova história

política no município, com uma administração focada na

austeridade, preocupada em ouvir a população mais carente e

provendo-a dos serviços essenciais.

A consequência foi uma reeleição em 2008, sem precedentes, com

quase 85% dos votos, ratificando um trabalho honesto e uma

dedicação em tempo integral.

No entanto, desde a preparação para a campanha à reeleição, o

atual Prefeito chamou para si a exclusividade das alianças

políticas, assim como da montagem do Secretariado, se afastando

daqueles que estiveram com ele na primeira eleição, no primeiro

mandato, em nome de uma equipe “política” que, em tese,

garantiria a “governabilidade”.

Assim, o que se viu a partir do inicio do segundo governo foi o

abandono total por parte do Sr. Prefeito daqueles companheiros de

primeira hora e que se dedicaram nas campanhas e no primeiro

mandato. Um a um foram sendo afastados, sem qualquer

explicação, sem nenhuma justificativa, sem a mínima

consideração.

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Esse mesmo tratamento de descaso e abandono tem sido dado à

cidade e sua população.

A par desse afastamento, começaram a surgir denúncias de

irregularidades de toda ordem, o que, efetivamente não se

coaduna com minha índole de cidadão e carreira de policial civil.

O abandono de projetos e dos planos de governo originais, a

inércia administrativa, o loteamento da administração e com a

iminente e aparentemente irrevogável barganha de Secretarias

vitais em troca de interesses políticos em detrimento de critérios

técnicos selaram de uma vez por todas a decisão por mim tomada,

de me afastar definitivamente da Administração Municipal de

Assis.

Já solicitei meu retorno à Secretaria de Estado de Segurança

Pública, de onde, como Delegado de Polícia, sou oriundo e que

considero minha segunda família e aguardo resignado a decisão

sobre a possibilidade de meu retorno.

Deixo claro que não estou renunciando ou me retirando da

política. Ao contrário, no que diz respeito à vice-prefeitura,

mantenho a constitucional expectativa de cargo. Mantenho minha

ação política com ânimo renovado e de forma incansável e

coerente, acompanhado da quase totalidade dos companheiros que

fizeram com que o mandato de 2005/2008 apresentasse resultados

expressivos.

Agradeço a todos que sempre me apoiaram, seja nas urnas ou no

trabalho, pela compreensão e reitero aqui minha disposição em

trabalhar por Assis, colocando-me a disposição de todos aqueles

que de mim necessitem. Deixo claro que estarei sempre ao lado

daqueles que lutam pela Justiça, pela moralidade e pela verdade.

JOÃO ROSA DA SILVA FILHO

Fevereiro de 2011