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João Carlos de Matos Paiva Professor Auxiliar com agregação na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Multimédia e Educação Programa, Conteúdo e Métodos de Ensino Julho de 2011

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João Carlos de Matos Paiva

Professor Auxiliar com agregação na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Multimédia e Educação

Programa, Conteúdo e Métodos de Ensino

Julho de 2011

Multimédia e Educação

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1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3

2. FICHA SINÓPTICA DA UNIDADE CURRICULAR ........................................................................ 5

3. ENQUADRAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR ..................................................................... 6

4. COMPETÊNCIAS E OBJETIVOS DA UNIDADE CURRICULAR ..................................................... 9

5. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE CURRICULAR .................................... 12

6. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ............................................................................................... 14

a) Programa da disciplina ..................................................................................................... 14

b) Detalhe de conteúdos, linhas metodológicas e estratégias ............................................ 16

7. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................... 33

8. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................... 35

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1. INTRODUÇÃO

O programa que apresento detalhadamente nas secções seguintes é fruto da reflexão e da prática que resultam da forma como foram reestruturados os recentes cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Também terei emprestado a este desenho curricular a minha experiência enquanto professor de vários graus de ensino, do básico ao superior, o meu lastro de investigador em ciências de educação, de autor de manuais escolares, de formador de professores, bem como a reflexão crítica sobre o passado, o presente e o futuro da educação, nas interfaces do ensino superior com os ensinos básico e secundário.

Necessariamente emergente da minha experiência passada, a unidade curricular foi organizada para se enquadrar, por exemplo, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, como explico na secção 3 deste documento.

Sublinhar a importância desta unidade curricular em qualquer formação em ciências de educação seria quase prescindível: as competências digitais são afirmadas e confirmadas como um aspecto incontornável do nosso tempo (European Commission, 2010).

Por outro lado, importa ter consciência de que as tecnologias, tendo potencial para impulsionar a educação contemporânea, não são a panaceia da educação. Aliás, assim é com a própria educação em geral, a quem se pode pedir com realismo um contributo de promoção da comunidade, mas que não tem fórmulas mágicas. Como diz Freire (1993: 35-36), “pensar a História como possibilidade é reconhecer a educação também como possibilidade, é reconhecer que se ela, a educação, não pode tudo, pode alguma coisa. Sua força (…) reside na sua fraqueza. Uma de nossas tarefas, como educadores, é descobrir o que historicamente pode ser feito no sentido de contribuir para a transformação do mundo, de que resulte um mundo mais ‘redondo’, menos arestoso, mais humano, e em que se prepare a materialização da grande Utopia: Unidade na Diversidade”.

Salientaria, como pontos fortes/originais da organização e metodologia da disciplina, os seguintes:

1. Enfoque associado aos conteúdos e contextos dos variados graus de ensino.

2. Inclusão de recursos digitais para o ensino-aprendizagem, no sentido de melhor entender conceitos importantes e ampliar contextos de aplicação prática à realidade social/tecnológica/ambiental.

3. Tentativa de justo equilíbrio entre dicotomias relevantes, nem sempre bem articuladas no ensino-aprendizagem: conceitos/contextos; ensino para a cidadania/elites;

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exigência/tolerância; teoria/prática; palavra/imagem, etc.

4. Incentivo a uma investigação complementar sobre o multimédia na educação.

5. Desenvolvimento de aptidões transferíveis (capacidade de escrita, aptidões de síntese, apresentações orais, trabalho de grupo, domínio de ambientes multimédia, etc.), muito úteis para a vida futura do profissional das ciências da educação.

6. Utilização de ferramentas digitais colaborativas com proveito para os alunos e para os (seus futuros) discentes de todos os graus de ensino.

7. Alinhamento programático flexível de acordo com os interesses e perfis de motivação e disponibilidade dos alunos.

8. Atenção às diretrizes de Bolonha no que diz respeito ao desenvolvimento da unidade curricular.

Uma nota ainda para advertir sobre o estilo sintético assumido neste documento, evitando-se textos excessivos e alguns dos materiais pedagógicos adicionais em papel. Por outro lado, são inúmeras as indicações para sítios da Internet onde textos, apresentações, simulações, jogos digitais, vídeos e outros materiais multimédia já desenvolvidos são apontados (a grande maioria destes recursos tem vindo a ser produzida em parcerias com investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e do Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra). A apresentação desta unidade curricular, portanto, só ganha a dimensão pretendida quando consultada no contexto global dos recursos digitais (mais de uma centena) que lhe estão associados.

Para usufruir das valências hipermédia deste documento, recomenda-se a consulta de recursos digitais em no DVD anexo ou, on-line, em:

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec

Este documento, hiperligado, está disponível em:

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/jpaiva-relatorio-unidade-curricular.pdf

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2. FICHA SINÓPTICA DA UNIDADE CURRICULAR

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Escolaridade

Teórico-prática: 45 horas de contacto

ECTS: 6

Número de aulas previstas*

15 aulas teórico-práticas de 3h, uma vez por semana.

* Considera-se um semestre letivo efetivo de 15 semanas.

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3. ENQUADRAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR

A unidade curricular Multimédia e Educação é uma disciplina generalista na temática, sujeita a graus diversos de enquadramento e aprofundamento.

Esta unidade foi desenhada com base numa experiência acumulada na área e pretende ser uma oportunidade de aprendizagem e de reflexão sobre a complexa realidade do multimédia educativo e dos desafios que as tecnologias lançam ao mundo da educação.

Na realidade, esta proposta nunca foi efetivamente protagonizada enquanto Multimédia e Educação, mas incorpora as iniciativas associadas às seguintes unidades curriculares, já testadas na Universidade do Porto:

- Multimédia e Comunicação em Ciência, dos cursos de mestrado em Ensino da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

- Multimédia no Ensino da Química, do curso de mestrado em Física e Química em Contexto Escolar da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

- Software Educativo, do curso de mestrado em Multimédia da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

- Ensino Aberto e à Distância, do curso de mestrado em Multimédia da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

A disciplina de Multimédia e Educação seria passível de integrar, por exemplo, o Mestrado em Educação e Sociedade do Conhecimento da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, porventura como unidade opcional. Mas poderia integrar igualmente, com uma abordagem ligeiramente mais aprofundada, a vertente curricular do 3º ciclo de Ciências da Educação, na especialidade de tecnologias educacionais e da comunicação, assim como de outras áreas. Seria também enquadrável noutros mestrados da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, tais como o Mestrado em Educação Especial, o Mestrado em Educação e Formação de Adultos e Intervenção Comunitária, o Mestrado em Desenvolvimento Curricular e Orientação Educativo ou o Mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores.

Com ligeiras adaptações e algumas simplificações, uma unidade curricular semelhante poderia integrar-se em unidades do terceiro ano da licenciatura em Ciências da Educação.

O caráter generalista e flexível desta unidade curricular permite o acolhimento de variados perfis de alunos, desde os perfis resultantes do 1º ciclo de Bolonha (mormente em Ciências da Educação), aos já licenciados ou mestres pré-Bolonha em Ciências da Educação ou em ramos educacionais das mais variadas licenciaturas. Não é de excluir, assim se encontre estratégia coerente na Universidade de Coimbra, a extensão/adaptação desta unidade a outras licenciaturas de Ensino da Universidade, na sequência de parcerias da

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FPCEUC com outras Faculdades.

Uma referência ainda para a possibilidade de esta unidade curricular, entendida nos seus módulos, poder constituir, em paralelo ou em exclusivo, matéria de formação contínua de professores das mais diversas áreas.

O desenvolvimento desta unidade curricular foi concebido tendo em conta que os destinatários são alunos que serão chamados a dinamizar sistemas educativos, necessária e incontornavelmente envolvidos num cenário com elementos multimédia (Castells, 2009). Não são apenas as questões da digitalização via computador, mas também todas as potencialidades dos dispositivos móveis, que colocam esta temática na ordem do dia (Bilandzic e Foth, 2009).

Em alguns casos, como se verá adiante, há tópicos particulares e exemplos que resultam de situações emergentes da área do ensino das ciências, mas que são extensíveis à educação em geral. Aproveita-se, aliás, para reforçar a natureza inter e transdisciplinar desta unidade curricular. Ao longo dos últimos anos, tenho orientado dissertações de mestrado na área da aplicação das TIC, não só no domínio do ensino da Química, mas também em outros de caráter mais generalista, desde a Matemática à Biologia e à Geologia, ou em âmbitos como o da História e o da Informática, facto que me deu algum background adicional e me ampliou horizontes no desenho desta unidade curricular.

As portas que o multimédia pode abrir para a própria inovação educativa são diversas e cruciais (Arora, 2010). Pese embora a dimensão lata do conceito de tecnologia, não há dúvida de que as tecnologias de informação e comunicação (TIC) assumem um relevo particular nos nossos tempos. A formação de professores e todo o dinamismo educativo não podem senão ter uma significativa componente de tecnologia digital e de reflexão acerca das suas relações com a sociedade e das novas formas de ensinar e aprender. Os horizontes que se abrem por meio das TIC à educação estão constantemente a ser atualizados, mas rasgaram-se há mais de uma década (Figueiredo, 1995 e Papert, 1994) e estão ainda por concretizar no terreno face aos novos desafios de mais e melhores tecnologias (Brown, 2010).

Por outro lado, a realidade portuguesa, com o recente Plano Tecnológico para a Educação (PTE, 2011), colocou no terreno educativo a paradoxal realidade de um certo apetrechamento tecnológico de ponta sem o respetivo suporte formativo e teorético que o potencie (Hilbert, López e Vásquez, 2010). Esta situação torna fundamental e urgente o envolvimento da Academia nas dinâmicas formativas relacionadas com o mundo digital.

Procurei ajustar a flexibilidade exigida ao desenho curricular sem cair em demasiada dispersão, não deixando nunca os alunos de “mãos vazias”. A par de propostas criativas e essencialmente emergentes das capacidades contextualizadas dos alunos, proponho conteúdos e abordo assuntos concretos, estruturantes para a formação competente e crítica do futuro profissional das ciências da educação e/ou docente. Procurei ainda introduzir alguns “aperitivos” de investigação, nomeadamente através dos “bastidores” das simulações e outros recursos multimédia, bem como do respetivo estudo de impacto nos alunos e professores.

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Ainda sobre o enquadramento conceptual e científico, a fundamentação desta unidade curricular encontra os seus alicerces de forma direta e indireta em muitas das publicações em que participei nos últimos anos (ver Curriculum Vitae). Evitando a duplicação de informação, invoco as referências relativas a trabalhos em que estive envolvido citadas ao longo deste relatório, constantes da bibliografia, às quais se poderiam acrescentar, por exemplo Paiva et al., 2005; Paiva e Fonseca, 2011; ou Paiva e Gil, 2006.

Temos de admitir que há uma certa saturação argumentativa nas evidências da utilização pedagógica das TIC. Esta redundância pode até compreender-se, atendendo à forma como a sociedade informacional nos empurra, em todos os quadrantes, para a pressão do digital. Mas há muitos trilhos por caminhar e muita investigação educacional complementar a empreender, entendendo-se esta unidade curricular, com a sua tensão prática e pragmática, como uma rampa de lançamento de muita e muito variada investigação a encetar (Tolani-Brown, McCormac e Zimmermann, 2009).

Que as TIC poderiam ser úteis na educação quase não carece de sustentação bibliográfica. Mas o condicional (“as TIC poderiam”…) é relevante! Mais do que as tecnologias em si, o modo e a forma como se produzem, utilizam e avaliam os recursos multimédia em contexto educativo é a questão central. Utilização pedagógica multimédia não implica necessariamente inovação oportuna (Wilson e Velayutham, 2009). Este é, indubitavelmente, um fundamental, oportuno e abrangente campo de investigação, que temos vindo a realizar e que nos propomos continuar.

Tenta gerir-se, no esboço da disciplina de Multimédia e Educação, uma tensão curricular emergente: trata-se da verticalidade com que convém aprofundar alguns assuntos versus a horizontalidade (transdisciplinaridade, pluridisciplinaridade e interdisciplinaridade) que a educação contemporânea exige. Tentamos “ir ao fundo” sem sair da visão “de superfície”. Na estruturação desta disciplina, apontamos caminhos ao futuro ator das ciências da educação, para que este tenha o fito da árvore (vertical) sem perder de vista a floresta (horizontal).

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4. COMPETÊNCIAS E OBJETIVOS DA UNIDADE CURRICULAR

Como cenário no horizonte desta unidade curricular, tivemos em linha de conta as propostas avançadas por Biggs (2003) no contexto da implementação de Bolonha. Em particular, a necessidade de alinhar as intenções de aprendizagem (competências e resultados de aprendizagem) quer nos conteúdos curriculares, quer nas estratégias de ensino-aprendizagem e nos processos de avaliação. Julgamos que o que se apresenta adiante espelha esse esforço, cujo resultado e “afinação” terá melhor consistência na sequência da implementação efetiva da disciplina, mediante o respetivo processo auto e heterorreflexivo da disciplina.

Consciente da dificuldade de abordar tanto assunto interessante e importante, assumo um certo reconhecimento da incompletude intrínseca desta disciplina. Com efeito, há temas relevantes que tiveram de ficar de fora. Convém referir, porém, que as estratégias flexíveis aqui propostas não excluem, e certamente incluirão, outras temáticas não explícitas (na escolha de artigos científicos, no esboço de WebQuests e de roteiros de exploração de software educativo, ou em comentários de sites, por exemplo, como adiante se verá).

Há alguma simetria na organização dos conteúdos, estruturados em três capítulos, de cinco subcapítulos cada um, apontando para uma gestão de cada capítulo em cinco aulas. Tentar-se-á uma ligação e coordenação das temáticas teóricas e práticas (ver adiante), o que nem sempre é bem conseguido no ensino superior.

O primeiro capítulo intitula-se MULTIMÉDIA EDUCATIVO E OS DESAFIOS PARA A ESCOLA NO SÉCULO XXI. Faz-se um enquadramento da educação em geral e da sua natureza sistémica. São explorados os desafios colocados pelo mundo digital ao ensino. É de notar, neste ponto, que a “nova” sociedade em que nos inserimos abre também novos desafios à educação (Pereira, 2007). Seguidamente, aborda-se a matriz multimédia (Cotton and Oliver, 1999) e as finalidades das TIC na educação, bem como tipos de utilização dos recursos digitais, com referência aos bons usos, maus usos e “ab-usos” das TIC no ensino. É feita alguma reflexão sobre a avaliação no mundo digital. Apresentam-se, neste capítulo, alguns estudos sobre a utilização das TIC pelos professores e alunos portugueses (Paiva, Paiva e Fiolhais, 2003), bem como outros de âmbito nacional e internacional (Learning to Change, 2001). São referidos instrumentos de potenciação pedagógica de recursos educativos digitais, nomeadamente roteiros de exploração (Paiva e Costa, 2010) e WebQuests (Paiva e Morais, 2010). Nesta unidade, de várias formas, focam-se aspectos da filosofia e sociologia da educação e da educação em ciências. Num tempo em que as empresas já pedem outras competências que não as tradicionais (Senge, 2001), importa muito adaptar a escola à sociedade informacional.

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O segundo capítulo, INTEGRAÇÃO EDUCATIVA DE PLATAFORMAS, DINÂMICAS DE E-LEARNING E FERRAMENTAS DA WEB 2.0, centra-se, em certo sentido, em elementos de comunicação multimédia educativo mais “de ponta” (Carvalho, 2008). Depois de algumas generalidades sobre e-learning (componentes, características e plataformas), é feita uma referência ao complexo sistema de avaliação on-line. São referidas experiências de e-learning, sem esconder, a par da inevitabilidade digital, as fragilidades de todas estas dinâmicas virtuais de aprendizagem. São apresentadas as especificidades de desafios da Web 2.0 (Chatti et al., 2010), nomeadamente fóruns, blogs, wikis, podcasts, portfólios, etc. Neste capítulo, aponta-se também a oportunidade de as TIC trazerem muito mais do que simplesmente a possibilidade de se aprender com novas tecnologias mas, pelo contrário, proporcionarem novas formas de aprender. Em particular, não pela ferramenta em si, mas pela metodologia que proporciona (Collins e Halverson, 2009), estimula-se a colaboratividade (Collis, 1999) e os caminhos construtivistas nas práticas letivas (Jonassem, 1999).

O terceiro capítulo, designado CONCEÇÃO E AVALIAÇÃO DE MULTIMÉDIA EDUCATIVO, tem uma componente prática significativa. De forma direta e indireta, fornecem-se ferramentas capazes de ajudar os agentes educativos a conceber, implementar e avaliar peças de multimédia educativo (Morais e Paiva, 2007). Frisa-se, em todo o caso, o caráter multidisciplinar que as equipas de autoria têm necessariamente de possuir a fim de irem ao encontro dos atuais “nativos digitais” (Helsper e Eynon, 2010). São fornecidas estratégias de conceção e desenvolvimento de software educativo, uma vez que, mesmo enquanto avaliadores ou meros utilizadores, os profissionais de ciências da educação deverão conhecer os bastidores da produção multimédia. A parte final deste capítulo centra-se na avaliação de multimédia educativo, atendendo à relevância deste aspecto no que diz respeito ao multimédia. Na realidade, numa altura em que proliferam os recursos, misturam-se o trigo e o joio e o educador é chamado a uma criteriosa seleção. Apresenta-se, exemplifica-se e incentiva-se a utilização, em particular, de uma matriz de avaliação de software educativo em fase de implementação em Portugal (Costa, 2005).

Seguidamente, alinham-se em tópicos alguns objetivos e competências gerais associadas à disciplina. Os itens específicos de objetivos e competências ressaltam, obviamente, do Conteúdo Programático, adiante, no capítulo 6.

Tem-se em conta o sistema europeu de Ensino Superior baseado na diversidade de perfis académicos (JQIIG, 2004). Os chamados descritores de Dublin definem um conjunto de competências, conhecimentos, atitudes e valores a adquirir em cada grau de formação. Estão organizados em cinco categorias: (1) conhecimento e compreensão; (2) aplicação de conhecimentos e compreensão; (3) formulação de juízos; (4) competências de comunicação; (5) competências de aprendizagem. A organização abaixo, julgamos, abrange todos estes descritores, em maior ou menor grau, de forma direta ou indireta, no sentido de contemplar o necessário, exigente e difícil desiderato de abranger uma gama variada de perfis académicos. Pode dizer-se ainda que esta atenção à diversidade de perfis no desenho curricular da disciplina pode ser igualmente património para os futuros educadores, na medida em que, nos sistemas educativos e nos ensinos básico e secundário, em particular, esta gestão da multiplicidade e diversidade de perfis é um dos objetivos maiores e mais exigentes para os profissionais da educação.

Gere-se, ao longo de todo o ano letivo, o esforço maior do docente, que procura

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continuamente, como seu tesouro, o ponto de equilíbrio entre o rigor e a clareza. Considerando os futuros educadores, sem simplismo nem infantilismo, é nosso objetivo que os alunos inscrevam na sua história profissional a oferta de rigor sob a máxima de Voltaire: “Sou obrigado a baixar-me para que me entendam”. O multimédia, sem ser panaceia, pode ajudar a este fim…

Objetivos e Competências

1. Compreender a importância do multimédia no incremento da capacidade comunicacional na educação.

2. Aprofundar as potencialidades do multimédia como ampliadoras do domínio conceptual de importantes noções em educação.

3. Melhorar a capacidade de comunicar com recurso ao multimédia.

4. Manejar, planear e utilizar recursos digitais e outras ferramentas educativas para o ensino.

5. Promover competências gerais de natureza cognitiva, prática, de decisão, de comunicação e de desenvolvimento profissional e intelectual autónomo.

6. Ampliar o leque de valências de colaboratividade.

7. Melhorar e adquirir novas competências de manuseamento de plataformas digitais de aprendizagem e de ferramentas da Web 2.0.

8. Conhecer a forma de conceber, planear, desenvolver e avaliar multimédia educativo.

9. Incrementar a capacidade de apresentar ideias oralmente, com clareza e rigor.

10. Promover, de uma forma geral, o uso de tecnologias de informação e comunicação para fins educativos.

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5. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE CURRICULAR

Os conteúdos centrais da disciplina de Multimédia e Educação são ministrados, principal mas não exclusivamente, nas aulas.

Todos os textos, simulações, vídeos e materiais a utilizar na disciplina (incluindo muitos dos constantes neste documento) são disponibilizados aos alunos na plataforma de e-learning Moodle que lhe está associada, já por mim utilizada noutros anos letivos em muitas disciplinas. Esta área virtual potencia e “estende” a sala de aula, no espaço e no tempo: fóruns que continuam conversas, textos que prolongam leituras, simulações que podem ser revisitadas, documentos dos alunos que podem ser partilhados, vídeos com as aulas para quem não pôde estar presente ou para quem quiser recapitular. A realidade do presencial e do virtual, numa mistura comummente designada por b-learning (blended learning) é o caminho seguido (Macdonald, 2008).

Nos últimos seis anos, a minha experiência de tutor em fóruns digitais tem trazido progressiva convicção de que se pode tratar de um excelente vínculo de interação pedagógica. A participação dos alunos é cada vez mais intensa e de melhor qualidade, graças também ao ampliar da experiência do docente/tutor, capaz de prever e prevenir, por exemplo, participações inócuas ou dispersivas. Há uma variável que me constrange um pouco (até porque, tipicamente, não é ainda bem entendida na comunidade dos docentes do ensino superior) e que se prende com o tempo necessário para esta função de tutor de fóruns. Com efeito, numa disciplina como esta, embora alguns pensem o contrário, graças à mediação digital complementar terei trabalho e tempo despendido redobrados, o que, contudo, me dará prazer.

Alguns pedaços das aulas terão um estilo assumidamente magistral (no bom sentido do termo), embora se encoraje a participação dos alunos. Haverá particular parcimónia no uso de slides em PowerPoint (para que se não abuse…), preferindo-se a demonstração de simulações, jogos digitais, figuras dinâmicas e outras ferramentas de ambiente virtual, como adiante se verá.

Uma lista de bibliografia, acessível em papel mas também, na maioria dos casos, disponível em formato digital, será oferecida aos alunos. Alguma desta bibliografia está incluída igualmente no final deste documento.

As aulas serão pró-ativas, fomentando-se a participação dos alunos e, em alguns casos, constituindo-se pequenos grupos de trabalho.

Os alunos terão pequenos projetos e tarefas a seu cargo, que desenvolverão ora individualmente ora em pequenos grupos. Estes trabalhos (revisão de artigos científicos, roteiros de exploração de software, WebQuests, participação em fóruns digitais, etc.) serão submetidos por upload na plataforma digital da disciplina e, alguns deles, apresentados oralmente. Versões em papel serão tendencialmente não usadas. Assim se promove a

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sustentabilidade do planeta e se desenvolverão aptidões transferíveis, importantes para a vida profissional dos alunos e, por via indireta, para as dos educandos com quem vierem a atuar. Estas atividades teórico-práticas serão alvo de processos dinâmicos de avaliação.

Não é só no caso do ensino não superior, entenda-se, que precisamos de ter consciência – mas, sobretudo, de estar verdadeiramente convencidos e envolvidos – da ideia de que os alunos não são telas vazias. O ponto de partida é o de uma realidade diversificada e rica de potencial. Esta unidade curricular desenvolve-se no cenário metodológico de que docente e alunos estão em dinâmicas de ensino-aprendizagem não estáticas. Como diz Freire (1997: 131), “para que quem sabe possa ensinar a quem não sabe, é preciso que, primeiro, quem sabe saiba que não sabe tudo; segundo, que, quem não sabe, saiba que não ignora tudo”. No mundo do multimédia, esta evidência é redobradamente crucial!

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6. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

a) Programa da disciplina

Na elaboração do programa que aqui se apresenta considerou-se, num semestre de 15 semanas, um total efetivo de 15 aulas (3 horas semanais).

1 – MULTIMÉDIA EDUCATIVO E OS DESAFIOS PARA A ESCOLA NO SÉCULO XXI

1.1. As tecnologias, a escola, o presente e o futuro da educação.

1.2. O triângulo Escola-Aluno-Professor e os contextos de utilização das TIC.

1.3. A matriz multimédia, os tipos e as finalidades do uso de software educativo.

1.4. Bons usos, maus usos e “ab-usos” das TIC no ensino. Considerações sobre avaliação on-line.

1.5. Instrumentos de potenciação pedagógica de recursos educativos digitais: roteiros de exploração e WebQuests.

2 – INTEGRAÇÃO EDUCATIVA DE PLATAFORMAS, DINÂMICAS DE E-LEARNING E FERRAMENTAS DA WEB 2.0

2.1. Algumas notas sobre e-learning: generalidades, componentes e características.

2.2. Moodle e outras plataformas de e-learning.

2.3. Aprofundamentos de e-learning: construção e avaliação de cursos on-line.

2.4. Experiências de e-learning e o futuro das comunidades virtuais.

2.5. Uma rede recetora: desafios da Web 2.0 (fóruns, blogs, wikis, podcasts, portfólios, etc.).

3 – CONCEÇÃO E AVALIAÇÃO DE MULTIMÉDIA EDUCATIVO

3.1. Bastidores da conceção de software educativo: workflow do processo de produção num caso real (fase 1 e 2).

3.2. Bastidores da conceção de software educativo: workflow do processo de produção num caso real (fase 3 e 4).

3.3. Modelos e práticas de avaliação de software educativo.

3.4. Dimensões de qualidade de uma peça de software educativo.

3.5. Instrumentos e técnicas de avaliação de software educativo.

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Apresenta-se seguidamente o programa da disciplina de Multimédia e Educação de uma forma mais detalhada. Mais do que um conjunto sistemático de conceitos, importa aqui avançar alguns tópicos relevantes e principalmente indicar sítios da Internet com informação complementar. A maioria dos recursos digitais aqui referidos (disponíveis na plataforma de e-learning da disciplina, mas também na versão digital do presente texto) corresponde a produção própria dos últimos anos, em muitos casos no âmbito de trabalho de investigação. Muitos dos recursos digitais resultaram, de forma direta ou indireta, em artigos de investigação publicados no país ou no estrangeiro (ver Curriculum Vitae).

Um excessivo detalhe em planos de aulas pode conduzir a uma certa artificialidade, uma vez que um professor, em qualquer nível de ensino, nos nossos dias, se deverá afastar da mera reprodução sistemática de um qualquer plano. Sem comprometer a organização, a clareza e o rigor, um plano de aula será sempre um plano suscetível de mudanças, de acordo com auto e heteroavaliações sistemáticas de todo o processo. Embora definindo bem o “porto de chegada”, uma aula no século XXI deverá ter um rumo flexível, conforme “os ventos” das circunstâncias. Particularmente, importa como e o que “sopram” os alunos... Uma estratégia bem delineada e até sistemática não deve implicar rigidez mas, pelo contrário, sujeitar-se, na implementação pedagógica, às emergências reais de interação. É neste sentido, também, que somos deliberadamente não exaustivos no detalhe conceptual e metodológico.

Note-se ainda que a maioria dos tópicos (conteúdos) ganha complementaridade e síntese nas correspondentes tarefas a realizar parcialmente (a par de complementos virtuais) nas aulas teórico-práticas. Sem ficar refém da sincronia de calendário, este desenho curricular tende a otimizar a coerência e ligação entre os desenvolvimentos teóricos e as tarefas teórico-práticas.

Sublinham-se, de seguida, algumas características das sessões teórico-práticas de Multimédia e Educação:

a) “prolongamento” das aulas por via da plataforma digital (b-learning);

b) complementaridade e convergência das abordagens teóricas e das tarefas propostas;

c) pró-atividade dos alunos e fomento de aptidões transferíveis;

d) flexibilidade para os alunos quanto à escolha de temas e respetivas abordagens;

e) enfoque no aprofundamento e síntese dos conhecimentos, com vista à potencialização educativa nos mais variados ambientes de ensino.

Os trabalhos propostos para as várias aulas assumem estilos diversos e desenvolvem competências diferenciadas.

Em todos os casos, há um enorme cuidado em balizar os outputs a apresentar com regras claras acerca do que é esperado dos alunos. Este tipo de procedimento evita, em particular, mecânicos e estéreis trabalhos, muitas vezes extensos demais, feitos à custa de um copy/paste não refletido, não compreendido, não ético e acrítico.

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b) Detalhe de conteúdos, linhas metodológicas e estratégias

De seguida, apresentam-se os conteúdos com mais pormenor e, implicitamente, algumas estratégias patentes nos recursos adicionais fornecidos e nas tarefas planeadas para as aulas teórico-práticas que, per se, revelam as principais intencionalidades educativas.

Há uma simetria entre os quinze subitens do programa e as quinze aulas planeadas. Grosso modo, os sumários das aulas poderão coincidir com esses subitens, não esquecendo, porém, a flexibilidade pedagógica acima referida. Estão previstas três tarefas obrigatórias, que se desenvolvem com tempos diferentes e que podem ser escolhidas a partir de um menu de várias possibilidades. Na maioria dos casos, parte das tarefas são para desenvolver durante as aulas. As alternativas são, precisamente, para possibilitar a participação de alunos que não possam estar fisicamente presentes, como acontecerá com alguns trabalhadores-estudantes. Cada aluno deve escolher uma tarefa por capítulo, num total de três, e uma dessas tarefas, pelo menos, não pode ser do tipo 3, “só virtual”.

As participações virtuais assíncronas, porém, são sempre encorajadas, apesar de serem, por norma, facultativas.

É de notar que esta unidade curricular, pela sua natureza, não se poderá fazer por exame. Está preparada, contudo, para ser realizada pelos alunos com sucesso e proveito, envolvendo um intenso esforço por via virtual e apenas uma residual componente presencial. Todos os materiais usados, com efeito, estão acessíveis aos alunos.

Tenta-se, em cada aula, harmonizar subsídios mais teóricos, tipicamente sintéticos, com tarefas mais práticas, de interesse pedagógico e, porventura, mais motivantes e úteis para os alunos, futuros agentes educativos. O objetivo das incursões teóricas é, sobretudo, dar pistas (por vezes até soltas) para investigação ulterior, de acordo com os interesses dos alunos, mais do que desenvolver vertical e exaustivamente determinados assuntos. Por isso, na maior parte dos tópicos, subdesenvolvidos em três subitens, as abordagens são de natureza prática. Numa disciplina generalista e de 6 ECTS, aliás, seria irrealista qualquer trilho mais ambicioso.

Convém observar, antes de mais, os recursos associados em tela digital, para conhecer a especificidade e vastidão dos mesmos.

(http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec)

Como já referido, são mais de uma centena de apresentações, textos, aulas em vídeo, simulações, jogos multimédia, etc. (ver figura ilustrativa abaixo).

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Ilustração exemplificativa de alguns recursos multimédia associados à organização da unidade curricular

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1 – MULTIMÉDIA EDUCATIVO E OS DESAFIOS PARA A ESCOLA NO SÉCULO XXI

1.1. As tecnologias, a escola, o presente e o futuro da educação

1.1.1. Disciplinas de Senge e desafios para a sociedade contemporânea. As escolas que

aprendem Recurso 1.1.1 - Peter Senge e a quinta disciplina - “Algumas notas sobre as ideias de Senge” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/01/01/01

1.1.2. Thomas Gordon e a eficácia na escola Recurso 1.1.2 - Thomas Gordon e a eficácia educativa http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/01/02

1.1.3. Inovação, criatividade… e “mangas arregaçadas” como contributos para a promoção da educação Recurso 1.1.3 - Saber o que se ensina ou saber ensinar? - Pessimismo e otimismo na escola - “Lágrima da preta” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/01/03

1.2. O triângulo Escola-Aluno-Professor e os contextos de utilização das TIC

1.2.1. A educação como processo sistémico: construir alicerces para aprender com as TIC

Recurso: 1.2.1

- “(Re)Pensar a escola com as TIC”

- Vídeo “Considerações gerais sobre TIC e Educação” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/02/01

1.2.2. Utilização das TIC pelos professores e alunos portugueses

Recurso: 1.2.2

- “As TIC, os professores e os alunos portugueses”

- Vídeo: “As TIC, os professores e os alunos portugueses” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/02/02

1.2.3. Perspetivas nacionais e internacionais sobre as TIC na escola

Recurso: 1.2.3

- “Perspetivas nacionais e internacionais sobre as TIC na escola”

- “O que justifica o fraco uso dos computadores na escola?”

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/02/03

Multimédia e Educação

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1.3. A matriz multimédia, os tipos e as finalidades do uso de software educativo

1.3.1. A matriz multimédia: interface, Imagem, texto e tipografia, gráficos, áudio,

vídeo, animação e realidade virtual

Recurso: 1.3.1 - “A matriz multimédia: algumas notas” - “Ótica e defeitos de visão: aprender em contexto multimédia” - “Recursos em astronomia e astroquímica como exemplos de matriz multimédia” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/03/01

1.3.2. Uma possível “arrumação” para a panóplia de software educativo

Recurso: 1.3.2 - Que taxonomia para o multimédia educativo? http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/03/02

1.3.3. Finalidades das TIC na educação e tipos de utilizações dos recursos digitais

Recurso: 1.3.3 - Artigo: “Jogos, vídeos e simulações computacionais: potencialidades e nuances a

considerar” - Vídeo: “Jogos, vídeos e simulações computacionais: potencialidades e nuances a

considerar” - “Vantagens e constrangimentos do uso das TIC no processo educativo” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/03/03

1.4. Bons usos, maus usos e “ab-usos” das TIC no ensino. Considerações sobre avaliação on-line 1.4.1. Usos e abusos da tridimensionalidade multimédia: exemplo do conflito da

representação científica modelar e da realidade Recurso: 1.4.1 - “Modelos moleculares no computador” - “Quizzes digitais: da utilidade em casos especiais aos abusos de treino” - Quizzes on-line (quizzes) - Programa QuizzFaber - “Manual do programa em português” - “O multimédia não substitui o laboratório experimental: ‘experiências’ virtuais úteis, como as forças intermoleculares e a dissecação virtual de uma rã” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/04/01

1.4.2. Considerações sobre o uso de software livre na educação Recurso: 1.4.2 - “Software livre e Open Source” - “O problema da dispersão, certificação e partilha de recursos: Creative Commons” - “Connecting Informal and Formal Learning: Experiences in the Age of Participatory Media” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/04/02

Multimédia e Educação

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1.4.3. Algumas notas sobre a avaliação num mundo digital

Recurso: 1.4.3 - “Tensões em avaliação” - “Constrangimentos na avaliação on-line” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/04/03

1.5. Instrumentos de potenciação pedagógica de recursos educativos digitais: roteiros de exploração e WebQuests

1.5.1. Roteiros de exploração de software educativo

Recurso: 1.5.1 - “Síntese de algumas ideias-chave sobre roteiros de exploração” - Vídeo: “Roteiros de exploração de software educativo” - “Exemplos de roteiros de exploração de software educativo” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/05/01

1.5.2. WebQuests como exemplo de aplicação educativa da Internet

Recurso: 1.5.2 - “Generalidades sobre WebQuests, estrutura e estratégias de construção” - Vídeo: “WebQuests: incremento pedagógico da Internet” - “Exemplos de WebQuests” - “The WebQuest Page – Bernie Dodge” - “Best WebQuests - Tom March” - “WebQuest: um desafio aos professores para os alunos” - “Template para gerar WebQuests rapidamente” - “M-learning e WebQuest” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/05/02

1.5.3. Envolvimento parental e ensino das ciências: uma oportunidade de aproximação

às TIC. TIPS (Teachers Involving Parents in Schoolwork) e PCA (Parents and Computers Activities) Recurso: 1.5.3

- TIPS: alguns exemplos em ciências - Os pais, a escola e os trabalhos de casa de Química - Vídeo: “Atividades com os Pais no Computador” - Artigo “Atividades com os Pais no Computador” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/01/05/03

Multimédia e Educação

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Capítulo 1 - Tarefas/atividades (escolher uma de três):

Tarefa 1.1

a) Grupos de trabalho de três ou mais alunos refletem sobre a dicotomia “educação sem recursos multimédia/educação com recursos multimédia”. Terão à disposição uma cartolina, tesoura, cola e inúmeras revistas de ciência, educação e não só, que poderão recortar livremente.

b) Farão um exercício projetivo/criativo de síntese com recortes colados. Deverão ser críticos, evitando a abordagem ingénua de que educação com multimédia é panaceia de problemas educativos (nota: esta estratégia já foi testada em várias matérias e a vários níveis, com grande sucesso).

c) Em segunda parte de aula teórico-prática a agendar, apresentarão e discutirão os resultados. Os alunos apresentam aos colegas e professores os resultados da tarefa, seguindo-se discussão e avaliação formativa/sumativa.

Tarefa 1.2

a) Pesquisar um artigo interessante sobre o tema “multimédia e educação” (entendido em sentido lato, incluindo dinâmicas educativas), numa das revistas acessíveis em http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/mcc/rec/t12 (a maioria das revistas está acessível on-line). Pode ser de âmbito geral ou aplicado ao ensino de uma área específica.

b) Estudar o artigo e fazer um resumo de cerca de 200 palavras (não mais do que uma página A4).

c) Submeter o resumo em fórum próprio criado para o efeito na plataforma da disciplina.

d) Consultar os resumos dos colegas e, se oportuno, comentar/discutir.

Tarefa 1.3

Participação obrigatória em dois dos fóruns criados no âmbito do capítulo 1 (mínimo de 3 posts coerentes por fórum). Estes fóruns são iniciados, tipicamente, com um recurso multimédia, a que se segue um conjunto de questões desafiadoras:

Fórum 1.1 - Pink Floyd...

Desejo que todos tenham som instalado no vosso computador, para “sensualizarem” esta experiência. Vejam o videoclip tão conhecido no URL que vos indicarei abaixo; quem não tiver som, espreite a letra no mesmo URL.

A música é antiga mas, para mim, sempre vibrante e de mensagem atual...

http://www.youtube.com/watch?v=M_bvT-DGcWw ou (se não der o acesso YouTube)

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/priv/pink (precisam de um acesso – jcpaiva123)

Quem nunca tratou alunos como tijolos, atire a primeira pedra... aos Pink Floyd...

Multimédia e Educação

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Nestas coisas, temos todos de pôr a mão na consciência; cada um que se pergunte: se não na escola, então em casa, que resquícios temos ainda de educar “moldando industrialmente”, do tipo “entra porco – sai chouriço”?

Tiveram “desidentificações” com o videoclip? Eu, apesar de adorar, sinto-me desconfortável com o final, pois sou um “continuista” e entendo que a revolução se faz mais na tolerância e com pequenos passos do que na rutura e na violência...

Qual a vossa opinião?

Fórum 1.2 - Pais e Filhos

As TIPS são dirigidas ao estímulo da atividade escolar entre Pais e filhos.

Exemplos e informação adicional em:

http://nautilus.fis.uc.pt/bl/conteudos/34/tips.html

Informação suplementar em inglês em:

http://spearfish.k12.sd.us/west/Specials/Penny/Teacher%20Involve/ScienceAct.htm

Há pais que participam “de menos” e pais que participam “de mais”... Que opinião e/ou experiência têm sobre isto? As TIPS valerão a pena? Que vantagens? Que constrangimentos?

E o envolvimento das TIC neste tipo de atividades… terá algum sentido? Vejam, comentem e discutam sobre o recurso disponível em:

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/mcc/rec/t13

Fórum 1.3 - Novas tecnologias, velhas metodologias

Será que novas tecnologias significam otimizar a educação? Não só a escola não acompanha a sociedade da informação ao nível dos recursos técnicos, como parece existir um subaproveitamento ao nível da utilização dos recursos existentes nas escolas…

Espreitem o URL: http://br.youtube.com/watch?v=xLRt0mvvpBk

Depois deixem, p. f., os vossos comentários, sugestões e sensações neste fórum.

Multimédia e Educação

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2 – INTEGRAÇÃO EDUCATIVA DE PLATAFORMAS, DINÂMICAS DE E-LEARNING E FERRAMENTAS DA WEB 2.0

2.1. Algumas notas sobre e-learning: generalidades, componentes e características

2.1.1. Generalidades sobre e-learning

Recurso: 2.1.1

- Artigo: “Generalidades sobre e-learning”

- Vídeo: “Generalidades sobre e-learning”

2.1.2. Principais componentes do e-learning

Recurso: 2.1.2

- “Principais componentes do e-learning”

2.1.3. E-learning, o estado da arte

Recurso: 2.1.3

- “E-learning, o estado da arte”

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/02/01/03

2.2. Moodle e outras plataformas de e-learning

2.2.1. Plataformas LMS, vantagens e desvantagens

Recurso: 2.2.1

- “Plataformas LMS, vantagens e desvantagens”

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/02/02/01

2.2.2. Generalidades sobre a plataforma Moodle

Recurso: 2.2.2

- Artigo: “Generalidades sobre a plataforma Moodle”

- Vídeo: “Generalidades sobre a plataforma Moodle”

2.2.3. Outros exemplos de plataformas de e-learning

Recurso: 2.2.3

- “Moodle e outras plataformas de e-learning”

2.3. Aprofundamentos de e-learning: construção e avaliação de cursos on-line

2.3.1. Virtudes e constrangimentos do e-learning

Recurso: 2.3.1

- “Virtudes e constrangimentos do e-learning”

Multimédia e Educação

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2.3.2. Algumas teorias subjacentes ou relacionadas com o e-learning

Recurso: 2.3.2

- “Algumas teorias subjacentes ou relacionadas com o e-learning”

2.3.3. Construção e avaliação de cursos on-line

Recurso: 2.3.3

- “Construção e avaliação de cursos on-line”

2.4. Experiências de e-learning e o futuro das comunidades virtuais

2.4.1. Experiências de e-learning em Portugal e no mundo

Recurso: 2.4.1

- “Experiências de e-learning em Portugal e no mundo”

2.4.2. E-learning e as comunidades virtuais versus métodos tradicionais de ensino

Recurso: 2.4.2

- “E-learning e as comunidades virtuais”

2.4.3. O futuro do e-learning e a queda do «e»

Recurso: 2.4.3

- “E-learning: a queda do «e»”

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/02/04/03

2.5. Uma rede recetora: desafios da Web 2.0 (fóruns, blogs, wikis, podcasts, portfólios, etc.)

2.5.1. Generalidades sobre Web 2.0 Recurso: 2.5.1 - Generalidades sobre Web 2.0 http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/02/05/01

2.5.2. Um conjunto útil de ferramentas Web 2.0 Recurso: 2.5.2 - Blog, Podcast, Pbwiki, Vídeo YouTube, My Podcast, Questionários on-line, Google docs http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/02/05/02

2.5.3. O caso particular dos portfólios Recurso: 2.5.3 - Portfólios digitais - Vídeo: “Portefólios digitais” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/02/05/03

Multimédia e Educação

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Capítulo 2 - Tarefas/atividades (escolher uma de três):

Tarefa 2.1 – Construção e avaliação de cursos à distância

Vamos propor uma pesquisa, reflexão e posterior discussão em torno de algumas questões

inerentes à construção e avaliação de cursos à distância. Desta forma, sugerimos que

procurem ler de forma reflexiva ALGUM do material sugerido em:

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/mcc/rec/t21

“Construção de cursos à distância” “Como começar no ensino à distância” “A cozinha do ensino à distância” “E-learning: reflexões sobre cenários de aplicação” “E-learning: um estudo de requisitos e best practices tecnológicas”

Com base na leitura que tiverem oportunidade de fazer, por favor, procurem refletir e organizar os vossos outputs (documento Word entre 1 a 5 páginas), tendo em conta as seguintes questões orientadoras:

1. Quais os aspectos que consideram cruciais e que nuances ter em conta no desenho de um curso de e-learning?

2. Que ideias vos ajudaram a limar arestas para o vosso projeto e que dúvidas pairam no ar?

3. Será a avaliação o calcanhar de Aquiles do e-learning ou, pelo contrário, poderá constituir-se como o motor da sua generalização, provocando alterações no modus operandi das organizações, em geral, e das escolas, em particular?

Tarefa 2.2 – Participação em mesa-redonda

Participação ativa, com preparação prévia e consulta de bibliografia, na mesa-redonda que terá lugar numa das aulas sobre “O e-learning, a escola, o presente e o futuro da educação”.

Tarefa 2.3

Participação obrigatória em dois dos fóruns criados no âmbito do capítulo 2 (mínimo de 3 posts coerentes por fórum):

Fórum 2.1 – Experiências de e-learning no ensino

Procurar na rede uma experiência de e-learning (um curso on-line, por exemplo) que considerem interessante. Experimentem primeiro em língua portuguesa e, de preferência, em Portugal (não Brasil). Se não encontrarem, internacionalizem a pesquisa.

Multimédia e Educação

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- Recolher o respetivo URL e fazer um pequeno resumo/descrição (não mais de 20 linhas)

- “Pendurar” este resumo no fórum

- Ver e comentar os materiais dos colegas

Fórum 2.2 – As peças multimédia podem incentivar a colaboratividade? “A duas mãos”

Vejam: “a duas mãos”, on-line, a partir de

http://www.lixdesign.com.br/4_portfolio/anima/4_animacoes_index.htm

ou (username jcpaiva123)

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/priv/videos/duasmaos

Por contramodelagem, vejam:

Curta-metragem animada (7 min), chamada “Balance”, dos irmãos Lauesntein

http://www.youtube.com/watch?v=ZJWT3p7uM6Y

ou (username jcpaiva123)

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/priv/videos/balance

A união faz a força, ou mais ainda? “Cooperatividade”? Colaboração?

As peças de multimédia educativo podem fomentar a colaboratividade? Tal depende mais do conteúdo digital em si ou da forma como é explorado pedagogicamente?

Ainda, por curiosidade, tendo a ver com mãos, mas na vertente artística, se puderem, espreitem o filme abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=DOZyMGPMPVU&feature=related

ou (username jcpaiva123)

http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/priv/videos/milagremaos

Fórum 2.3 - Vantagens do digital e aperitivos de Web 2.0

Vejam criticamente este site: http://www.pplware.com/?p=4340

Que impacto teve em vós? Que vantagens as do digital? Mais flexibilidade?

Estavam já conscientes de todas estas potencialidades?

Esta “potência” da Web 2.0 dará força à máquina e “esgotará” o Homem?

Multimédia e Educação

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3 – CONCEÇÃO E AVALIAÇÃO DE MULTIMÉDIA EDUCATIVO

3.1. Bastidores da conceção de software educativo: workflow do processo de produção num caso real (fase 1 e 2)

3.1.1. Fase 1: Preparação e guionismo – considerações e etapas durante estas fases

Recurso: 3.1.1 - “Algumas notas sobre a produção de software educativo” - “Guionismo: considerações e etapas” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/01/01

3.1.2. Fase 2: Ilustração – considerações sobre o processo, a ferramenta usada e as

etapas durante esta fase Recurso: 3.1.2 - Ilustração: considerações e etapas http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/01/02

3.1.3. Exemplos de guiões e de elementos gráficos para software educativo de Física e

de Química Recurso: 3.1.3 - Exemplos de guiões - Exemplos de elementos gráficos http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/01/03

3.2. Bastidores da conceção de software educativo: workflow do processo de produção num caso real (fase 3 e 4)

3.2.1. Fase 3: Desenvolvimento – algumas considerações sobre o processo, a

ferramenta usada e as etapas durante esta fase Recurso: 3.2.1 - Desenvolvimento: considerações e etapas http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/02/01

3.2.2. Fase 4: Revisão/Correção/Aprovação – algumas considerações e etapas

durante esta fase Recurso: 3.2.2 - Revisão/Correção/Aprovação: considerações e etapas http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/02/02

3.2.3. Exemplos de código desenvolvido, rotinas e leis, e exemplos de software

educativo produzido Recurso: 3.2.3 - Exemplos de código desenvolvido, rotinas e leis - Algumas peças de software produzidas http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/02/03

Multimédia e Educação

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3.3. Modelos e práticas de avaliação de software educativo

3.3.1. Tipos de avaliação de software educativo

Recurso: 3.3.1 - Artigo: “Tipos de avaliação de software educativo” - Vídeo: “Tipos de avaliação de software educativo” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/03/01

3.3.2. Experiências internacionais de avaliação de software educativo: França e

Reino Unido Recurso: 3.3.2 - Artigo: “Experiências internacionais de avaliação de software educativo” - Vídeo: “Experiências internacionais de avaliação de software educativo” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/03/02

3.3.3. Perspetivas nacionais: SACAUSEF

Recurso: 3.3.3 - “SACAUSEF” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/03/03

3.4. Dimensões de qualidade de uma peça de software educativo 3.4.1. Qualidade do software educativo: algumas considerações

Recurso: 3.4.1 - Indicadores de qualidade de sites educativos - OCDE 2001 - A aprendizagem como critério de avaliação de conteúdos educativos on-line - “Qualidade do software educativo: algumas considerações” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/04/01

3.4.2. Domínio técnico e domínio do conteúdo

Recurso: 3.4.2 - “Domínio técnico e domínio do conteúdo” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/04/02

3.4.3. Domínio linguístico, pedagógico e das atitudes e valores

Recurso: 3.4.3 - “Domínio linguístico, pedagógico e das atitudes e valores” http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/04/03

3.5. Instrumentos e técnicas de avaliação de software educativo

3.5.1. Exploração de alguns exemplos de software educativo Recurso: 3.5.1 - O “impossível” com o computador: o “demónio de Maxwell” e a segunda lei da termodinâmica

Multimédia e Educação

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- As TIC como fator motivacional: jogos lúdicos sobre a tabela periódica - Compreender é melhor do que saber de cor: radiação e micro-ondas, mudanças de fase e atmosfera; rochas e solubilidade de sais - Hipertextos, jogos e simulações sobre a diminuição da camada de ozono - Nos bastidores do equilíbrio químico: o passo da programação, aproximações e correção de “danos pedagógicos” em simulações computacionais para o ensino - O caso da sublimação do iodo: a simulação como auxiliar da interpretação de uma experiência - Usos e abusos da tridimensionalidade multimédia: o conflito da representação científica modelar e da realidade - Quizzes digitais: da utilidade em casos especiais aos abusos de treino - O multimédia não substitui o laboratório experimental: “experiências” virtuais úteis, como as forças intermoleculares e a dissecação virtual de uma rã - Ótica e defeitos de visão: aprender em contexto multimédia - Simplificar e “sensualizar” os conceitos: temperatura, vibração e ligação entre átomos - Conflitos conceptuais interdisciplinares e simulações: a energia nas reações nas abordagens química e biológica - A web como repositório fidedigno para o ensino das ciências: o caso da tabela periódica digital - A magia dos números e a roleta matemática - O “jogo das coisas”: multimédia interdisciplinar e potencialidades em modo-autor, aplicações em Física, Química, Biologia, Geologia e Matemática - A pressão dos gases e a interdisciplinaridade: cálculo, pressão no interior da Terra e pressão osmótica http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/05/01

3.5.2. Grelhas de avaliação de software educativo

Recurso: 3.5.2 - “Grelhas de avaliação de software educativo” - Grelha SACAUSEF http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/05/02

3.5.3. Alguns trabalhos académicos com avaliações de impacto de peças de software educativo Recurso: 3.5.3 - Alguns trabalhos académicos com avaliações de impacto de peças de multimédia educativo http://nautilus.fis.uc.pt/personal/jcpaiva/disc/me/rec/03/05/03

Multimédia e Educação

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Capítulo 3 - Tarefas/atividades (escolher uma de três):

Tarefa 3.1 – Avaliação de uma peça de software educativo usando uma grelha e incluindo comentário pessoal

Os alunos realizam individualmente ou, se puderem, preferencialmente em grupos de 2, 3 ou 4 alunos, a avaliação de uma peça de software educativo usando uma grelha de avaliação:

a) Cada aluno (ou grupo de alunos) terá de escolher uma peça de software educativo. b) A peça que será alvo de avaliação descritiva, se possível, deverá estar disponível

on-line (desencoraja-se o trabalho sobre peças pesadas apenas disponíveis em suporte offline). Ver a grelha de avaliação e alguns exemplos de peças de software educativo nos recursos indicados no capítulo 3.

c) Os trabalhos serão apresentados na aula de dia a combinar. Cada aluno ou grupo de alunos apresentará uma síntese (não mais de 5 minutos) aos colegas e ao professor sobre a sua peça de software educativo e a respetiva avaliação.

d) Cada grupo de alunos submeterá, nessa altura, uma apresentação do trabalho (1-4 páginas A4, com margens de 2 cm, letra 11 e 1,5 espaços). Nestas páginas se incluirá:

Enquadramento educativo (curricular, se adequado) do material desenvolvido;

Descrição da peça de software educativo e respetiva grelha de avaliação esboçada;

Autocrítica, perspetivas futuras e outras notas consideradas relevantes para a explicitação do trabalho.

e) É obrigatório que os trabalhos sejam disponibilizados on-line (não se aceitam suportes offline), em formato .doc ou .pdf, na plataforma da disciplina. Além do trabalho em si (1-4 páginas), encoraja-se a submissão da grelha de avaliação preenchida propriamente dita, mediante um URL, ou por upload de um ficheiro comprimido.

Chama-se a atenção dos alunos para o seguinte: i. É preciso compreender claramente o que está patente nos trabalhos (até

porque se tem de apresentar oralmente e discutir). Atenção ao copy/paste sem filtro...

ii. Há que citar devidamente as fontes (incluindo sites) usadas, no cumprimento da mais elementar ética.

iii. Convém ter uma atitude crítica em relação ao material na Internet (nem tudo tem qualidade...).

Multimédia e Educação

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Tarefa 3.2 – Guião, plano de intenções ou protótipo de uma peça de software educativo

Os alunos elaboram individualmente ou, se puderem, preferencialmente em grupos de 2, 3 ou 4 alunos, um guião, plano de intenções ou protótipo de uma peça de software educativo:

a) Cada aluno (ou grupo de alunos) terá de desenvolver um guião de uma peça de

software educativo para o ensino de uma determinada área curricular ou de natureza educativa transversal. Ver exemplos de guiões de peças de software educativo nos recursos indicados no capítulo 3.

b) Os trabalhos serão apresentados na aula de dia a combinar. Cada aluno ou grupo de alunos apresentará uma síntese (não mais de 5 minutos) aos colegas e ao professor sobre a peça de software educativo que idealizou: pontos fortes, vantagens, requisitos e nuances a considerar.

c) Cada grupo de alunos submeterá, nessa altura, uma apresentação do trabalho (1-4 páginas A4, com margens de 2 cm, letra 11 e 1,5 espaços). Nestas páginas se incluirá:

Enquadramento educativo/curricular do material desenvolvido;

Descrição da peça de software educativo cujo guião foi equacionado;

Autocrítica, perspetivas futuras e outras notas consideradas relevantes para a explicitação do trabalho.

d) É obrigatório que os trabalhos sejam disponibilizados on-line (não se aceitam suportes offline), em formato .doc ou .pdf, na plataforma da disciplina. Além do trabalho em si (1-4 páginas), encoraja-se a submissão do guião da peça de software educativo propriamente dito, mediante um URL, ou por upload de um ficheiro comprimido.

Tarefa 3.3

Participação obrigatória em dois dos fóruns criados no âmbito do capítulo 3 (mínimo de 3 posts coerentes por fórum):

Fórum 3.1 – Uma peça de multimédia para o ensino das ciências que me fascinou

Se conhece ou visitou recentemente uma peça de multimédia educativa ou uma página da Web interessante no domínio do ensino de Física, Química, Matemática ou Biologia/Geologia, etc. partilhe-a aqui. Faça um curto resumo, comente, dê o URL e vejamos o impacto... Observe as contribuições dos colegas.

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Fórum 3.2 – “Grelhar” software educativo: quantidade ou qualidade? Quem envolver

na avaliação de software educativo?

Recordem, por favor, algumas grelhas de avaliação de software educativo, em particular a grelha SACAUSEF, referida no capítulo 3.

Os critérios de qualidade refletem as ideias sobre educação, sobre o papel das tecnologias na educação e as possibilidades abertas pela evolução tecnológica. Por outro lado, constituem os esteios e as balizas que conduzem a avaliações baseadas em critérios claros, transparentes, reconhecíveis e aceites por empresas produtoras de software e outros recursos educativos digitais. Servem ainda professores, procurando materiais para o processo de ensino-aprendizagem, encarregados de educação preocupados com a aprendizagem dos seus filhos e, finalmente, mas não de todo em último lugar, os alunos, utilizadores primeiros destes produtos, aqueles para quem, em última análise, se produz, se avalia e se certifica.

Deixem o vosso comentário ou ponto de vista relativamente a este tema.

Fórum 3.3 – Onde apostar o Jocker?

No processo de produção de software educativo deveremos considerar diferentes dimensões que concorrem para o sucesso do produto. Que passo é o mais decisivo: um bom guião inicial? Uma ilustração apelativa e interessante? Um desenvolvimento técnico bem estruturado? Uma fundamentação teórica robusta? Uma ideia clara de inovação educativa? Vamos aos comentários e às opiniões!

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7. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação terá componentes formativas e contínuas, conjugando parâmetros flexíveis e estimuladores de aptidões com outros mais convencionais, nomeadamente um teste.

Haverá momentos de auto e heteroavaliação nas apresentações das aulas presenciais. O docente da disciplina fará exercícios de arbitragem, moderação e garantia de bom senso e transparência. As avaliações das tarefas práticas dependem da qualidade do trabalho em si e da apresentação. As tarefas de participação em fóruns serão alvo de avaliação crítica do docente, com um olhar estatístico da frequência de posts (fornecido pelos bastidores da plataforma) e com uma avaliação da qualidade de todos os inputs. Em todos os casos, as atividades dos alunos são balizadas por quatro critérios: a) rigor; b) criatividade/originalidade; c) clareza e d) empenho/apresentação. Haverá um teste teórico relativamente curto, com um grupo de questões abertas (o aluno escolhe duas de um conjunto de três), que conta 20% para a nota final. Tomando as notas dos trabalhos e do exame numa escala de 0 a 20, a nota final terá o seguinte perfil:

1 - Avaliação formativa continuada.

2 - Avaliação da execução e eventual apresentação de três tarefas, preferencialmente de grupo.

3 - Teste final (1 hora, numa das últimas aulas)

Ponderação

A - 60%: Execução, eventual apresentação e discussão de tarefas (20%, por tarefa)

B - 20%: Teste escrito final

C - 20%: Assiduidade, pontualidade, empenho ao longo do semestre e “subjetividades”

A nota final de cada aluno será: 0,2 X (Σ notas das tarefas + B + C)

O teste a elaborar funciona como pretexto de uma síntese para os alunos, visando mais a ordenação e prospetivas pessoais em relação ao multimédia na educação do que o conhecimento sistemático de conteúdos. Eis alguns exemplos de questões que poderão ser lançadas no contexto deste teste:

1. “São líricos os que julgam que os computadores, per se, resolvem os problemas da educação.” Indique 3 exemplos de más (ou “desperdiçantes”) utilizações de software educativo.

2. Recorde uma peça de multimédia educativo que lhe tenha ficado na retina. Indique-a, descreva-a sucintamente e fundamente o seu fascínio e as suas potencialidades didáticas.

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3. Imagine-se o diretor pedagógico da escola X. Um extraterrestre tinha estado na Terra há 200 anos e voltou a Portugal. Achou a Escola, em geral, mais ou menos na mesma. Para ver alguma diferença, sugeriram ao extraterrestre que fosse ver a escola X. Escreva o diálogo que se trava entre si (imaginando-se o diretor pedagógico) e o extraterrestre, no intuito de lhe mostrar algumas BOAS diferenças em relação ao que ele viu no resto de Portugal, em virtude de UM BOM USO DE MULTIMÉDIA EDUCATIVO...

4. Que recomendações daria a um jovem professor pertencente a uma equipa de produção de software educativo encarregado de produzir um recurso sobre valores ambientais para o séc. XXI? Foque as argumentações pedagógicas e não tanto os aspectos de web design e tecnologia. NOTA: Se a temática dos valores ambientais lhe causar constrangimentos, pode desviar o tema para outro da sua preferência, explicitando-o.

5. “A Web 2.0 está para vencer. A sua importância na educação é indiscutível e pode mesmo desencadear novas formas de ensinar e aprender.” Sustente a frase supracitada e indique uma experiência pessoal, concreta, real ou imaginária, que seja convergente com este pensamento.

Os alunos submeterão os seus trabalhos. Os mais qualificados e originais, depois de aferidos e corrigidos pelo docente, serão disponibilizados publicamente.

Numa altura de procura de pontes de equilíbrio para a otimização da avaliação pedagógica em todos os graus de ensino, estou em crer que a diversificação de estratégias se constitui como um bom caminho.

Uma nota ainda para a avaliação da própria unidade curricular, cujo processo importa constantemente otimizar. A par das reflexões pessoais e informais que constantemente nos levam a reelaborações, usar-se-á o expediente formal de avaliação que as universidades implementam em todos os seus cursos. Tenho por hábito, e penso continuar a levar a cabo, solicitar, depois da avaliação sumativa, o preenchimento de uma folha onde os alunos exprimem livremente os seus comentários sobre a unidade curricular. A forma como o solicito não esconde matizes afetivos que, por vezes, são secundarizados ou mesmo inibidos no ensino superior. Mesmo neste nível de ensino, creio ser boa estratégia não me desligar emocionalmente nem compartimentar os afetos e, fazendo a minha parte para que eles não sombreiem nem o rigor, nem a clareza do processo pedagógico, exprimo-os no final do período letivo da seguinte forma: “Caros alunos, no final deste ano letivo, gostaria de deixar uma palavra de agradecimento por todos os momentos em que aprendemos juntos. Peço desculpa por algo que tenha ficado por fazer ou que não tenha feito bem. Considero absolutamente crucial proceder a uma avaliação do meu trabalho e julgo serem os alunos os mais bem posicionados para esse fim. Trata-se de enfatizar o que de positivo se fez, para ser continuado e reforçado, e de chamar a atenção para o que esteve menos bem, para que se corrija no futuro. Peço, pois, uma impressão sincera das nossas aulas/atividades/disciplina. Trata-se de inverter os papéis e, em certo sentido, dar aos alunos a possibilidade de atribuir uma nota ao professor. Por motivos que se entendem, só lerei estas folhas depois de atribuir as classificações finais, sendo opcional o preenchimento inicial do nome e curso (a sua resposta, se preferir, poderá ser anónima). Muito grato e até sempre. Considere-me ao dispor ([email protected]).”

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8. BIBLIOGRAFIA

Além dos sítios da Internet indicados nas páginas anteriores, constituem-se como amostra de referências adicionais os livros e artigos abaixo assinalados. Incluímos num mesmo lote as referências citadas especificamente neste relatório e as recomendadas aos alunos, na generalidade, no âmbito da unidade curricular (estas precedidas de *).

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