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INTRODUÇÃO• A cãimbra muscular é uma das condições

mais comuns que requerem atenção médica imediatamente após eventos esportivos.

• É particularmente comum em eventos de endurance como triatlo, maratonas e ultramaratonas.

• Apesar disso, os fatores associados ao desenvolvimento de cãimbras musculares ainda não são totalmente compreendidos.

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INTRODUÇÃO

Importante ressaltar que as cãimbras também podem ocorrer por inúmeras condições patológicas;

EAMC – Exercise associated muscle cramping;Paraphysiological cramps;Cramps during sport activity;

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DEFINIÇÃO

Contração involuntária, espasmódica e dolorosa do músculo esquelético que ocorre logo após o exercício;

Exclui-se:Cãimbras que ocorrem na musculatura lisa;Na musculatura esquelética em repouso;Relacionada a alguma doença;Relacionada ao uso de droga;

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EPIDEMIOLOGIA

Prevalência aumenta à medida que aumenta a intensidade e a duração da atividade;

Maior prevalência sendo relatada no triatlo;

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ETIOLOGIA

A hipótese mais tradicional se baseia em distúrbios eletrolíticos, grau de hidratação, alterações metabólicas e fatores ambientais.As evidências científicas para esta hipótese

foram revisadas recentementeSe baseia em observações empíricas,

estudos de casos isolados e pequenas séries de casos.

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ETIOLOGIA

4 estudos de coorte de 2 grupos de pesquisadores diferentes em triatletas e corredores Não evidenciaram desidratação ou

alteração significativa do nível de eletrólitos associada ao desenvolvimento de cãimbra;

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ETIOLOGIA

Devido essa ausência de evidência que suporte esta hipótese, uma outra linha foi formulada há cerca de 10 anos;Alteração no controle neuromuscular, como

resultado da fadiga muscular, seria o fator inicial para o desenvolvimento de EAMC;

Estudos em laboratório que reproduzem fadiga precoce, tem provocado alta incidência de cãimbras musculares;

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FATORES DE RISCO

Fatores intrínsecos e extrínsecos; Os fatores intrínsecos com maior grau

de evidência são História prévia de cãimbras;Realizar atividade em intensidade ou

duração maior que o treino normal;

O fator extrínseco mais importante é o ambiente quente e úmido.

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DIAGNÓSTICO

Quadro clínico é tipico; Diagnóstico é realizado baseado na

presença de uma história típica, associado a achados no exame físico.

Raramente são necessárias investigações adicionais para exclusão de outras possíveis causas;

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DIAGNÓSTICO

Quadro Clínico Típico:Situações de exercício intenso e prolongado

em condições climáticas quentes e úmidas;Início geralmente precedido de fadiga

muscular, em atletas que não estão tão bem condicionados para o evento;

É precedida de uma notável contração do músculo (cramp prone state) e é seguida por contrações espasmódicas espontâneas e franca cãimbra se a atividade continua;

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DIAGNÓSTICO Quadro Clínico Típico:

Dor muscular que se desenvolve após alguns minutos;

Recuperação que ocorre se a atividade for cessada ou se a musculatura é alongada passivamente;

Durante o estado de propensão, a cãimbra pode ser precipitada se o músculo for encurtado;

Na maioria dos casos, confinada a grupos musculares que são muito ativos durante a atividade○ Panturrilha, isquiotibiais, quadriceps;

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DIAGNÓSTICO Paciente que tem cãimbra generalizada

ou severa ou está em estado comatoso ou semicomatoso, deve ser tratado como uma emergência;Distúrbios metabólicos e outras doenças

devem ser aventadas;Requer internação imediata em UTI, com

investigação para excluir causas cardiopulmonares, distúrbios hidroeletrolíticos, IRA ou patologia intracraniana.

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DIAGNÓSTICO

Casos recorrentes: A cãimbra é precipitada por exercícios de

baixa intensidade ou duração ?A cãimbra ocorre no repouso ?Está associada a outros sintomas como

parestesia, perda de sensibilidade ou fraqueza muscular ?

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DIAGNÓSTICO Casos recorrentes:

Ocorre em toda série/tiro de exercício ? Alogamento passivo piora ao invés de melhorar ? História familiar forte de cãimbras ? Usa alguma droga atualmente ? Está associada a urina de coloração escura após

a realização do exercício ? Em caso afirmativo a qualquer uma das

perguntas, investigação adicional é necessária;

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DIAGNÓSTICO

Casos recorrentes:Avaliar o condicionamento físico do atleta;Exame físico completo com enfoque na

avaliação neurológica e musculoesquelética;Exames sanguíneos de rotina podem ser

realizados○ Hemograma, eletrólitos, CPK, TSH, T4L.

Identificar fatores de risco○ Testar flexibilidade, força e endurance

(isocinético), além de avaliação nutricional.

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DIAGNÓSTICO Casos recorrentes:

À medida que os fatores de risco forem identificados, as correções e aconselhamentos devidos devem ser realizados;

Pode ser utilizado diários de treinamento, relatando a ocorrência dos episódios;

Retorno ao esporte é gradual;Alguns poucos atletas vão necessitar de

investigação adicional especial, como biópsia muscular, para deduzir a causa ou descartar miopatias;

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TRATAMENTO Interromper a atividade (repouso) e

possibilitar avaliação médica; Feito o diagnóstico, o tratamento imediato

mais eficaz é o alongamento passivo da musculatura afetada;Aumenta a tensão sobre o músculo e a

atividade inibitória do orgão tendinoso de Golgi;Reforça a hipótese de que um reflexo espinhal

anormal estaria envolvido na etiologia;Reduz a atividade eletromiográfica em 10 a 20

segundos.Pode ser realizada por 20 a 30 minutos ou até a

fasciculação cessar;

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TRATAMENTO

A administração de fluidos intravenosos e eletrólitos é controversa e não recomendada como rotina;

De qualquer maneira, é recomendada a ingestão líquida oral, preferencialmente contendo carboidratos (com ou sem eletrólitos);

Oferecer retorno à uma temperatura corporal confortável;

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TRATAMENTO

Medicações intravenosas, como diazepam, magnésio ou cálcio, não estão recomendadas, pelo risco de complicações;Hipotensão, depressão respiratória;

Alertar o atleta que em caso de anúria/oligúria ou colúria nas primeiras 24 horas, devem procurar atendimento médico imediatamente;

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PREVENÇÃO

Medidas para prevenir e/ou retardar fadiga muscular;

Estar alerta para condições climáticas quentes e úmidas;

O atleta deve diminuir a intensidade e/ou a duração do esforço se estiver propenso a ter cãimbras;

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PREVENÇÃO

Deve estar bem condicionado para a atividade;

Alogamento regular de grupos musculares com propensão à cãimbra;

Aporte nutricional adequado, principalmente de carboidratos.