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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS CUR INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ICHS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Trabalho de Curso JENNIFER NOGUEIRA FEITOSA SILVA BENCHMARK ENTRE AS REVISTAS CIENTÍFICAS DA ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO COM CLASSIFICAÇÃO QUALIS SUPERIOR A B3 RONDONÓPOLIS MT 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS – CUR

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Trabalho de Curso

JENNIFER NOGUEIRA FEITOSA SILVA

BENCHMARK ENTRE AS REVISTAS CIENTÍFICAS DA ÁREA DE

ADMINISTRAÇÃO COM CLASSIFICAÇÃO QUALIS SUPERIOR A B3

RONDONÓPOLIS – MT

2018

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JENNIFER NOGUEIRA FEITOSA SILVA

BENCHMARK ENTRE AS REVISTAS CIENTÍFICAS DA ÁREA DE

ADMINISTRAÇÃO COM CLASSIFICAÇÃO QUALIS SUPERIOR A B3

Artigo apresentado como parte dos requisitos

para obtenção do título de Bacharel em

Administração, Curso de administração, Instituto

de ciências humanas e sociais – ICHS, Campus

Universitário de Rondonópolis – CUR,

Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.

Orientador: Prof. Dr. André Luís Janzkovski

Cardoso.

RONDONÓPOLIS - MT

2018

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JENNIFER NOGUEIRA FEITOSA SILVA

BENCHMARK ENTRE AS REVISTAS CIENTÍFICAS DA ÁREA DE

ADMINISTRAÇÃO COM CLASSIFICAÇÃO QUALIS SUPERIOR A B3

Artigo apresentado à disciplina de Trabalho

de Curso – TC, como parte dos requisitos

para obtenção do título de bacharel em

Administração, do curso de Administração,

instituto de ciências humanas e sociais -

ICHS, Campus Universitário de

Rondonópolis – CUR, Universidade federal

de Mato Grosso – UFMT, aprovado em

03/10/2018, com nota 9,7, pela seguinte

Banca Examinadora:

Orientador: Prof. Dr. André Luís Janzkovski Cardoso

Curso de Administração, ICHS/CUR/UFMT

Presidente

Prof. Dr. Paulo Henrique Martins Desidério

Curso de Administração, ICHS/CUR/UFMT

Membro

Prof. Me. Heitor Lopes Ferreira

Curso de Administração, ICHS/CUR/UFMT

Membro

RONDONÓPOLIS - MT

2018

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“Prefiram a minha instrução à prata, e o conhecimento ao ouro puro, pois a sabedoria é

mais preciosa do que rubis; nada do que vocês possam desejar compara-se a ela.”

Provérbios 8:10-11

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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................... 5

1.CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................ 7

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 8

2.1 PASSADO E FUTURO DOS PERIÓDICOS CIENTÍFICOS ............................................ 8

2.2 PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM ADMINISTRAÇÃO ....................................................... 9

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS PERIÓDICOS ........................................................................... 10

2.4 ATENÇÃO À PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA .............................................. 13

3. PROCEDIMENTOS METODÓLOGICOS .................................................................... 16

4. APRESENTAÇÃO E TRATAMENTO DOS DADOS ................................................... 18

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 25

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 27

APÊNDICE A - Principais linhas teóricas ........................................................................... 29

APÊNDICE B - Matriz de amarração .................................................................................. 30

APÊNDICE C - Revistas analisadas e fatores (A2) ............................................................. 31

APÊNDICE D - Revistas analisadas e fatores (B1) ............................................................. 32

APÊNDICE E - Revistas analisadas e fatores (B2) ............................................................ 33

APÊNDICE F - Revistas analisadas e fatores (B3) .............................................................. 34

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BENCHMARK ENTRE AS REVISTAS CIENTÍFICAS DA ÁREA DE

ADMINISTRAÇÃO COM CLASSIFICAÇÃO QUALIS SUPERIOR A B3 NO

PERÍODO DE 2017/2018 1

Jennifer Nogueira Feitosa Silva2

Resumo

Para o seu desenvolvimento um periódico tem que seguir um trajeto bem estruturado,

pautando-se na resiliência, para alcançar o esperado e desejado reconhecimento e, por

consequência, ser mais bem avaliado nos rankings de periódicos (SERRA; FERREIRA,

2016). No Brasil, os periódicos são organizados em estratos, conforme critérios utilizados

pela CAPES (SOARES; CASA NOVA, 2016). Assim, tem-se o seguinte problema de

Pesquisa: quais são as principais características distintivas entre as revistas científicas da área

de administração com classificação Qualis superior a B3? Essa pesquisa possui abordagem

quantitativa e qualitativa. A coleta de dados foi realizada por intermédio do processo de

filtragem e a análise minuciosa de cada periódico fundamentado nos critérios Qualis 2013-

2016 (Administração, Ciências Contábeis e Turismo). Referente ao tratamento de dados,

foram utilizados modelos estatísticos de análise discriminante. Os resultados permitiram

identificar as 25 características distintivas, além de discernir e considerar sobre os aspectos:

panorama geral sobre dos editoriais existente; e ainda forneceu um “mapa dos degraus” a se

seguir para alcançar cada aspecto da classificação Qualis no cenário editorial cientifico da

área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Ressalta-se que os periódicos divergem

quanto aos aspectos voltados ao estímulo à qualidade, técnicas para atração de boas pesquisas

e indexação, de forma que buscam parâmetros que possam garantir a qualidade e

desenvolvimento dos seus agentes envolvidos no processo editorial. Para enriquecimento dos

achados levantados, seria intrigante aplicar as 25 variáveis em um estudo com periódicos A1

para identificar as características distintivas deste grupo.

Palavras-Chaves: benchmark; periódicos; CAPES.

1 Agradeço a Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPeq), pelo financiamento da pesquisa que resultou neste trabalho de

curso (artigo). 2 Aluna do Curso de Administração /ICHS/ CUR/ UFMT. RGA: 201421639042

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Abstract

For its development, a journal has to follow a well-structured path, based on resilience, to

achieve the expected and desired recognition and, consequently, to be better evaluated in the

rankings of journals (SERRA; FERREIRA, 2016). In Brazil, journals are organized in strata,

according to criteria used by CAPES (SOARES, CASA NOVA, 2016). Thus, we have the

following Research problem: what are the main distinctive features among the scientific

journals of the administration area with Qualis classification superior to B3? This research has

a quantitative and qualitative approach. Data collection was performed through the filtering

process and the detailed analysis of each journal based on Qualis 2013-2016 criteria

(Administration, Accounting and Tourism). Regarding data processing, statistical models of

discriminant analysis were used. The results allowed to identify the 25 distinguishing features,

besides discerning and considering on the aspects: general panorama on the existing

editorials; and provided a "map of the steps" to follow to achieve every aspect of the Qualis

classification in the scientific editorial setting of the area of Administration, Accounting and

Tourism. It should be emphasized that the journals differ in terms of quality-oriented aspects,

techniques for attracting good research and indexing, in a way that seeks parameters that can

guarantee the quality and development of its agents involved in the editorial process. To

enrich the findings, it would be intriguing to apply the 25 variables in a study with A1

periodicals to identify the distinctive characteristics of this group.

Key-words: benchmark; newspapers; CAPES.

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O Qualis é um parâmetro de análise realizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento

de Pessoal de Nível Superior (CAPES), cuja finalidade é avaliar a qualidade da produção

intelectual dos projetos de pós-graduação nacionais e a repercussão de seus respectivos

periódicos. Após avaliação, os periódicos são organizados em estratos, conforme critérios

utilizados (SOARES; CASA NOVA, 2016).

Nesse sentido, durante o desenvolvimento deste estudo, foram localizados três artigos

de áreas distintas de pesquisa que contribuíram para o delineamento da pesquisa, a saber:

Serra, Fiates e Ferreira (2008), Frigeri e Monteiro (2012) e Soares e Casa Nova (2016). Os

primeiros autores identificaram os principais motivos para a recusa de trabalhos brasileiros

em administração em periódicos internacionais, e ao final sugerem como melhorar a

efetividade dos autores brasileiros. Já Frigeri e Monteiro (2012) procuraram analisar de que

forma o Qualis e seus critérios são vivenciados na rotina editorial dos periódicos científicos

no âmbito da Educação. Enquanto Soares e Casa Nova (2016) analisaram o quanto a

classificação em estratos dos periódicos brasileiros de contabilidade reflete no impacto das

pesquisas por eles veiculadas.

Julga-se esta pesquisa relevante, pois ao considerar as práticas de outras revistas é

possível proporcionar aos periódicos já existentes a compreensão sobre as similaridades e

dissimilaridades que compõem os grupos editoriais, além de propiciar a oportunidade de

inclusão de especificidades que atendam às características regionais dos estudos e pesquisas

em administração. Ressalta-se, também, que essa pesquisa pode fornecer um panorama aos

pesquisadores sobre o contexto das revistas cientificas brasileiras de administração.

Assim, tem-se o seguinte problema de pesquisa: quais são as principais características

distintivas entre as revistas científicas da área de administração com classificação Qualis

superior a B3? Para responder à problemática levantada, constitui-se como objetivo geral

identificar quais são as principais particularidades distintivas entre as revistas científicas da

área de administração com classificação Qualis superior a B3.

Para tal, foram determinados os seguintes objetivos específicos: I) realizar um

levantamento das revistas científicas da área de administração com classificação Qualis

superior a B3; II) classificar as revistas por tipo de publicações (digital, físico, artigos,

resenhas, casos de ensino e tecnológicos); III) identificar diferenças e semelhanças entre os

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sites das revistas e IV) apresentar características distintivas das revistas como possível

benchmarking (Apêndice B).

Os resultados permeados por esse estudo permitirão discernir e considerar sobre os

seguintes aspectos: as características distintivas entre os periódicos; panorama geral sobre os

editoriais existentes; e ainda fornecer um “mapa dos degraus” a se seguir para alcançar cada

aspecto da classificação Qualis no cenário editorial científico da área de Administração,

Ciências Contábeis e Turismo.

Esse trabalho está estruturado com esta breve Introdução, com uma seção que aborda o

referencial teórico com as devidas proposições em torno dos quais se problematizou e

formulou o objetivo a ser atingido. A terceira seção apresenta os procedimentos

metodológicos adotados por este estudo, posteriormente, estarão dispostas a discussão e

análise dos dados. Por fim, é apresentado às considerações finais com breve reflexão sobre o

contexto editorial cientifico brasileiro em Administração, Ciências Contábeis e Turismo.

2.REFERENCIAL TEÓRICO

A revisão de literatura sobre o tema desta pesquisa compõe-se de quatro seções: a

primeira apresenta a história e importância dos periódicos científicos; a segunda mostra o

contexto da produção científica em administração; na terceira seção explana-se sobre os

critérios adotados pela CAPES para estratificação dos periódicos; e, finalmente, na última, há

uma reflexão sobre o “Produtivismo Acadêmico” e suas consequências ao desenvolvimento

da ciência em administração.

2.1 PASSADO E FUTURO DOS PERIÓDICOS CIENTÍFICOS

Os periódicos científicos, também conhecidos popularmente como revistas cientificas,

datam do início no século XVII, sendo constituídos de breves artigos, com conteúdos

específicos e resumidos processos de investigação (STUMPF, 1996). Assim, configuravam

mecanismos de publicação “por meio do qual os resultados de minuciosas pesquisas podem

ser publicados parceladamente talvez tenha sido o passo decisivo para o desenvolvimento do

Método Científico” (ZIMAN, 1979, p. 117). Portanto, a revista científica foi criada para

atender a necessidade de divulgação de pesquisa pela comunidade científica (LE COADIC,

1996).

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Atualmente, os periódicos científicos são os meios formalmente aceitos pelos quais a

comunidade cientifica divulga e agrega novos conhecimentos de determinada área, que

proporcionam fóruns de debate, bases para conservação da informação e até mesmo meios de

certificação, atraindo e reunindo comunidades especificas (FERREIRA, 2015).

No tocante ao formato das revistas, manteve-se inalterado durante três séculos

(ZIMAN, 1979), porém havia certas particularidades que as diferenciavam como a publicação

do mesmo trabalho em outras revistas para ampla divulgação e o emprego do latim, idioma

conhecido por um grande público na época (MEADOWS, 1974; STUMPF, 1996).

O avanço da tecnologia cooperou significativamente no progresso de comunicação e

remodelação dos periódicos, em virtude de que permite obter maior qualidade, agilidade e a

redução dos custos à editoração das revistas (STUMPF, 1996; BEUREN; SOUZA, 2008),

consequentemente, essa mudança proporcionou maior propagação e acesso ao conhecimento

científico. Uma característica evidente dessa nova conjectura editorial são os indexadores que

"fornecem informações dos artigos originais ao leitor para facilitar a localização do material

de interesse sem que seja necessário procurar minuciosamente todos os periódicos da área em

questão" (LABORATÓRIO, 2015, p. 6).

Com esse novo contexto de conexão, constata-se também um aumento significativo de

periódicos científicos, o que acaba por contribuir para o avanço da ciência, mas que devem ser

avaliados para verificação da qualidade e pertinência de suas publicações (BEUREN;

SOUZA, 2008).

Mesmo que haja essa limitação, as revistas científicas ainda desempenham

importante papel no sistema de divulgação e comunicação do conhecimento, especialmente

quanto às revistas eletrônicas que seguem os procedimentos normais (STUMPF, 1996).

Como consequência dos avanços relacionados ao acesso a comunicação científica,

houve significativo estímulo à produção científica em todas as áreas da ciência, tema que será

abordado no próximo tópico, mas com um foco na Administração.

2.2 PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM ADMINISTRAÇÃO

O conhecimento é um aspecto relevante tanto para a academia quanto para as

organizações e, por esse motivo, deve ser difundido (NONAKA, TAKEUCHI, 1997;

DAVENPORT, 2002; CHOO, 2003). O Publicar é essencial para os pesquisadores da mesma

maneira que para as universidades, e a publicação em periódicos internacionais, com revisão

pelos pares e ranqueados, é a ambição crescente dos pesquisadores brasileiros em

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Administração (FERREIRA, 2015), sendo este um fator determinante na carreira dos

pesquisadores (BEDEIAN, 2003).

Assim, a produção do conhecimento se fundamenta mediante pesquisas científicas que

ao serem divulgadas em anais, periódicos, entre outros, podem ser avaliadas, utilizadas e,

consequentemente, compartilhadas pela comunidade científica (SOUZA; SILVA; DUARTE,

2016). O compartilhamento, no que lhe concerne, pode ser descrito como o ato facultativo

relacionado à vontade de colocar o conhecimento à disposição (DAVENPORT, 2002) e

quando realizado de forma precisa e deliberada, esse conhecimento se constitui no

aperfeiçoamento do aprendizado, sendo utilizado e apropriado por outras pessoas,

possibilitando a geração da inovação (IPE, 2003; RIEGE, 2005).

Nas últimas décadas políticas públicas que busquem garantir o desenvolvimento e a

produtividade científica vem sendo instituídas de forma mais incisivas (LIU et al., 2014).

Consequência disso, é que a produção acadêmica é fundamental aos professores de programas

stricto sensu (STEPHAN 1996; FERREIRA, 2013; SERRA; FERREIRA, 2016), além do fato

de que a própria CAPES impõem regras institucionais que exigem certo nível de produção

científica destes (MACCARI et al., 2009; CRESPI et al., 2017), ou seja, o a produção

acadêmica é “[...] fator-chave numa carreira acadêmica de sucesso, e os avaliadores têm

influência sobre quem consegue a promoção, quem consegue os financiamentos e até sobre

quem consegue ser convidado para conferências acadêmicas” (CAMPANÁRIO, 1996, p.

184).

Por fim, com a criação de mecanismos para o fomento científico para alavancar a

produção do conhecimento é pertinente examinar a qualidade e quantidade (FALASTER;

FERREIRA; SERRA, 2015) e por isso instituem-se métricas que permitam avaliar a

produção, conforme será apresentado no próximo tópico.

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS PERIÓDICOS

A necessidade de um parâmetro para categorização dos periódicos surgiu com

bibliotecários americanos, que necessitavam distinguir quais eram os periódicos a acrescentar

aos acervos (ARCHAMBAULT; LARIVIERE, 2009).

Atualmente, o método de classificação examina a pertinência dos artigos publicados

segundo a qualidade dos periódicos onde foram veiculados (PFEFFER; FONG, 2004),

considerando aspectos como prestígio do periódico, notoriedade dos autores e organizações

de origem, e ainda as contagens de publicações (SEGLEN, 1997), ou seja, “melhor

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classificação significa melhor periódico” (FERREIRA, 2015, p. 3). Entretanto, esses critérios

induzem à alienação do conhecimento científico (TOURINHO; PALHA, 2014).

Há diversificados tipos de métricas utilizadas para classificar (ranquear) a qualidade

das publicações em periódicos (FERREIRA, 2015). No Brasil, emprega-se o método Qualis

desde 1998 (FRIGERI; MONTEIRO, 2012), como condição para legitimação dos periódicos

(TRZESNIAK et al., 2012), cuja classificação dos estratos é linear (A1, A2, B1, B2, B3, B4,

B5 e C). O Qualis examina periodicamente aspectos como organização, indexação em bases

de dados e o fator de impacto dos periódicos; tais critérios podem ser revistos anualmente,

conforme necessidade de cada área (CAPES, 2015). A avaliação da CAPES é relevante, pois

quanto melhor forem os indicadores, mais viável é a angariação de recursos públicos

(MACCARI et al., 2009).

Em referência ao curso de Administração, a primeira avaliação do periódico da área

foi realizada em 2002, sendo classificados conforme o âmbito de circulação e reconhecimento

científico, estendendo-se esse método de avaliação até 2007. Contudo, com o crescimento

significativo dos periódicos, foi necessário estabelecer os estratos do Qualis e determinar os

critérios discriminadores, como o fator de impacto (JCR) e o índice H -Scopus (SANDES-

GUIMARÃES; DINIZ, 2014), conforme a Quadro 1.

Quadro 1 - Critérios Qualis 2013-2016 (Administração, Ciências Contábeis e Turismo) Estrato Critério para ser classificado no estrato

A1

• ISSN

• Ter no mínimo 2 edições/ano

• JCR >1,4 (67%)

• H-Scopus > 24 (75%)

• Periódicos nos limites acima, que porém não estivessem listados como da área,

segundo as bases de cálculo de Fator de Impacto, foram classificados no estrato A2

A2

• ISSN

• Ter no mínimo 2 edições/ano

• 1,4 >= JCR > 0,7 (33%)

• 24 >= H-Scopus > 9 (50%)

• Periódicos nos limites acima, que não estivessem listados como da área, segundo as bases

de cálculo de Fator de Impacto, foram classificados no estrato B1

B1

• ISSN

• Ter no mínimo 2 edições/ano

• Scielo com FI > 0,01 e ser da área pelo critério da base, ou

• 0,7 >= JCR > 0

• 9 >= H-Scopus > 0

• Periódicos nos limites acima, que não estivessem listados como da área,

segundo as bases de cálculo de Fator de Impacto, foram classificados no estrato B2

B2

• ISSN

• Ter no mínimo 2 edições/ano

• Estar no Redalyc ou ser editado por editoras descritas no documento da área2

• Ou FI-Scielo < 0,01 ou FI-Scielo > 0,01, mas de outra área pelo critério da base

B3

• ISSN

• Ter no mínimo 2 edições/ano

• Índice de atraso no máximo igual a 0,5

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• 3 ou mais anos de existência

• Ter no mínimo um dos indexadores definidos no documento da área 3

B4

• ISSN

• Ter no mínimo 2 edições/ano

• Índice de atraso no máximo igual a 0,5

• 2 ou mais anos de existência

B5

• ISSN

• Ter no mínimo 2 edições/ano

• No máximo um ano de atraso

Fonte: Adaptado da CAPES, 2015.

Ao examinar Quadro 1 é possível perceber que até o nível B3 são relevantes aspectos

voltados à organização, transparência editorial e periodicidade. Já para o nível B2 é relevante

estar no Redalyc ou ser editado por editoras descritas no documento da área, enquanto que o

nível B1 considera, além dos aspectos anteriores, a mensuração de três fatores de impactos

distintos. Para os outros estratos o fator de impacto é determinante, distinguindo apenas em

suas respectivas escalas de representatividade.

Para aferir a qualificação dos periódicos, comumente utiliza-se o parâmetro fator de

impacto (GARFIELD, 2006) divulgado anualmente na Thomson Reuters, ou as métricas

alternativas da Scimago/Scopus (editora Elsevier) e, em alguns casos, da Scielo (CRESPI et

al., 2017). Os indicadores “[...] do impacto de periódicos usam as citações aos artigos que

publicam para quantificar a sua influência e para inferir qualidade relativa [...]” (CRESPI et

al., 2017, p. 133).

A avaliação levada a cabo pela CAPES possibilitou a geração de uma conexão clara e

direta entre desempenho e sucesso, ou seja,

[...] quanto melhor a avaliação alcançada pelo programa, maiores eram suas chances

e as de seus pesquisadores de alcançar apoio, tanto em bolsas de estudo como em

recursos para pesquisa e infraestrutura (BALBACHEVSKY, 2005, p. 282).

Apesar de ser um sistema com intuito de legitimação dos periódicos, o Qualis com os

seus parâmetros de análise não avalia a qualidade do conteúdo publicado (TRZESNIAK et al.,

2012). Estudos anteriores já buscavam avaliar a qualidade e inconsistências das publicações

brasileiras voltadas à área de Administração (MACHADO-DA-SILVA; CUNHA; AMBONI,

1990; BERTERO; KEINERT, 1994; VERGARA; CARVALHO, 1995 apud CARDOSO,

2016), até porque é inviável a fixação de um único instrumento que seja capaz de ser válida

para todos.

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2.4 ATENÇÃO À PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA

Como já apresentado anteriormente tem sido significativo o crescimento da produção

científica brasileira no âmbito da administração (MIRANDA; CARVALHO; RAMOS, 2016),

sendo 180.262 pesquisadores cadastrados no país, 34.584 grupos de pesquisa e 536

instituições envolvidas (CNPq, 2014). Assim, tal conjectura científica já começa a despontar

no cenário científico internacional (MIRANDA; CARVALHO; RAMOS, 2016). Segundo

Falaster, Ferreira e Serra (2015), a produção cientifica em volume e qualidade está

concentrada em um pequeno número de “estrelas” dos recém-doutores nos programas em

Administração pelas universidades brasileiras mais produtivas, sendo o programa da

FEA/USP o celeiro “dos pesquisadores de maior e melhor produção científica” (FALASTER;

FERREIRA; SERRA, 2015, p. 2).

A produção científica é um dos pilares que determina a reputação e o reconhecimento

pelos pares de um pesquisador (BEDEIAN, 2003). Um Currículo Lattes com publicações de

qualidade, em revistas indexadas e bem qualificadas, e ainda com citações pelos pares é

imprescindível à carreira, concretizando claramente a expressão publish or perish

(HARZING, 2010; SERRA; FIATES; FERREIRA, 2008).

Segundo Oliveira Jr. (2018), nos anos 90 era evidente que a esfera de Administração

se encontrava em estágio de maturidade no Brasil e as publicações em congressos contavam

pontos nas avaliações de professores e programas feitas pelas agências de fomento à pesquisa,

“as perguntas que se faziam na área de Administração eram emblemáticas do estágio de

maturidade da área no Brasil” (OLIVEIRA Jr, 2018, p. 89). Contudo, essa realidade no novo

século traduz- se no estimulo ao acumulativo de publicação em periódicos nacionais e

internacionais (OLIVEIRA Jr, 2018), conforme Quadro 2.

Quadro 2 - Perguntas sobre o processo de publicação na área de Administração Anos 90 Novo século

Perguntas emblemáticas

- Você aprovou quantos trabalhos

em congressos?

- Vai apresentar no EnANPAD?

- Vai apresentar algum trabalho na

Academy of Management?

- Vai à Strategic Management

Society?

- Vai à Academy of International

Business?

- Quantos artigos em revistas

indexadas você publicou neste

ano?

- Qual o fator de impacto das

revistas nas quais você publica? E

o Qualis?

- Quantas citações tiveram os seus

artigos?

- Qual o impacto da sua pesquisa

para a sociedade? E para o setor

produtivo?

Fonte: Adaptado de OLIVEIRA Jr, 2018.

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No novo século submissões em congressos deixaram de ter significância nos pareceres

das agências de fomento, o que induz ao risco de enfraquecer as discussões que são

fundamentais ao desenvolvimento da ciência e consequentemente o seu impacto (OLIVEIRA

Jr., 2018).

Embalados pela supervalorização da produtividade cientifica, impera o “produtivismo

acadêmico” em que mais importa a quantidade que a qualidade dos artigos (ALCADIPANI,

2011; FIDALGO; FIDALGO, 2009); ou seja, há maior preocupação “[...] com a quantidade

de publicações do que com o padrão de excelência das pesquisas” (MIRANDA;

CARVALHO; RAMOS, 2016, p. 585). Isso tem refletido nos congressos e revistas

acadêmicas que tem a duração média de revisão e publicação cada vez maiores (SERRA;

FIATES; FERREIRA, 2008; MIRANDA; CARVALHO; RAMOS, 2016), além de,

inegavelmente, constatarem submissões de artigos com conteúdos frágeis, com pouca

inovação conceitual e metodológica e argumentos pouco rigorosos e pertinentes (FREITAS,

2011; ALCADIPANI, 2011), tanto em revistas estratificadas como A quanto nos periódicos B

e C (SERRA; FIATES; FERREIRA, 2008).

Segundo Serra e Ferreira (2016), os principais motivos de rejeição nos periódicos são:

I) não respeitar o foco da revista e as suas respectivas diretrizes; II) casos de dupla submissão

e plágios; III) revisão da literatura desbalanceada, por vezes inadequada ou pouco construtiva;

IV) ausência de contribuição e pertinência à ciência; V) processo metodológico com falhas

nos procedimentos, na qualidade dos dados e na falta de efetiva triangulação; VI) resultados e

discussão apresentados em único tópico, sendo que o apreciável é que cada seção deva ser

trabalhada com a sua devida profundidade (SERRA; FERREIRA, 2016).

Apesar de alguns aspectos mais editoriais, os problemas supracitados não estão muito

distantes dos resultados apresentados anteriormente por Machado-da-Silva, Cunha e Amboni

(1990) e Bertero, Caldas e Wood Jr. (2005). A revisão pelos pares é considerada um

mecanismo para a garantia de qualidade das publicações (SHUGAN, 2007; LEWIN, 2014),

entretanto é insuficiente (ROTH, 2002; FREY, 2003). O fato é que o “produtivismo

acadêmico” tem sido sustentado pela continuidade de repetição de assuntos exaustivamente

estudados, mas organizado conforme parecer dos avaliadores (MIRANDA; CARVALHO;

RAMOS, 2016).

Atualmente, há significativo esforço e espaço nos eventos da ANPAD e iniciativas

similares no SINGEP e no Semead para o debate com editores e revisores, no intuito de

mudar essa realidade, buscando o construto de proposta de significativo valor e contribuição à

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academia e também para um impacto na sociedade e, consequentemente, econômico

(SERRA; FERREIRA, 2016; OLIVEIRA Jr, 2018).

Quadro 3 – Síntese do Referencial Teórico (Apêndice A)

Temática Autores Principais contribuições

Periódicos

Científicos

Ziman, 1979 Stumpf, 1996 Bauren; Souza, 2008 Meadows, 1974

- Datam do início no século XVII - Meios formalmente aceitos pelos quais a

comunidade cientifica divulga e agrega novos

conhecimentos de determinada área

Produção

Científica em

Administração

Ferreira, 2015 Souza; Silva; Duarte,

2016 Davenport, 2002 Liu et al., 2014 Stephan, 1996 Ferreira, 2013 Serra; Ferreira, 2016 Campanário, 1996

A produção acadêmica é “[...] fator-chave numa

carreira acadêmica de sucesso, e os avaliadores têm

influência sobre quem consegue a promoção, quem

consegue os financiamentos e até sobre quem

consegue ser convidado para conferências

acadêmicas” (CAMPANÁRIO, 1996, p. 184).

Classificação

dos Periódicos

Archambault; Lariviere,

2009 Pfeffer; Fong , 2004 Seglen, 1997 Ferreira, 2015 Tourinho; Palha, 2014 Frigeri; Monteiro, 2012 Capes, 2015

- No Brasil, emprega-se o método Qualis desde 1998; - Classificação dos estratos é linear, A1, A2, B1, B2,

B3, B4, B5 e C - Examina periodicamente aspectos como

organização, indexação em bases de dados e o fator de

impacto dos periódicos

Atenção à

produção

científica

brasileira

Bedeian, 2003 Alcadipani, 2011 Harzing, 2010; Serra; Fiates; Ferreira,

2008 Miranda; Carvalho;

Ramos, 2016 Serra; Ferreira, 2016; Oliveira Jr, 2018

- Anos 90 vs. Novo século - Um Currículo Lattes com publicações de qualidade,

em revistas indexadas e bem qualificadas, e ainda com

citações pelos pares é imprescindível à carreira;

publish or perish - Produtivismo acadêmico - Há significativo esforço (ANPAD, SINGEP e

Semead) com editores e revisores, no intuito de mudar

essa realidade, buscando o construto de proposta de

significativo valor e contribuição à academia Fonte: Elaborado pela autora.

No próximo tópico são apresentados os procedimentos metodológicos, delineado os

métodos utilizados para a coleta e análise dos dados.

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16

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A delimitação da proposta de pesquisa e definição do problema, objetivos e hipóteses ocorreu

concomitantemente com o desenvolvimento de diversas leituras sobre a temática, de modo a refinar o

escopo da pesquisa e os respectivos procedimentos metodológicos adequados para atingir o objetivo

proposto (Apêndice B). A Figura 1 expõe as etapas a fim de execução da pesquisa.

Figura 1 - Desenho da Pesquisa

Fonte: Elaborado pela autora, 2018.

Esse é um estudo cujos métodos adotados são de caráter quantitativo e qualitativo. Para atingir

o objetivo proposto com uma abordagem analítica crítica, duas etapas anteriores foram realizadas: a

filtragem dos periódicos e a análise inicial de cada periódico. Em um levantamento preliminar,

utilizando-se da base de dados da Scientific Periodical Electronic Library (SPELL), pôde-se

identificar a classificação e o quantitativo de revistas brasileiras nas áreas de administração,

contabilidade e economia, conforme Tabela 1.

Tabela 1 – Classificação e Quantitativos de Periódicos em 2017

Qualis CAPES Número de Revistas

A2 16

B1 22

B2 36

B3 26

Total 100

Fonte: Spell.org.br

A partir deste levantamento, o estudo identificou quais revistas comporiam o benchmark,

contudo ressalta-se que a seleção dos periódicos foi baseada na classificação Qualis da CAPES

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divulgado no relatório de avaliação para o quadriênio 2013-2016, da área de Administração, Ciências

Contábeis e Turismo.

Este estudo fez uso de dados secundários levantados entre o período de novembro de 2017 a

abril de 2018 e, a priori, buscou-se nos websites das revistas selecionadas, coletar dados relativos aos

processos de comunicação, submissão, avaliação, editoração, publicação e indexação. Ademais, a

pesquisa identificou características associadas ao corpo editorial, aos tipos e características das

publicações e indicadores de impacto buscando categorizar cada característica com a metodologia de

análise de conteúdo (BARDIN, 2002). Para classificar as informações presentes nos websites, utilizou-

se de grandes categorias: (1) Estrutura; (2) Informação editorial; (3) Processo de Revisão; (4)

Indexadores; (5) Fluxo de Trabalho; (6) Informações constantes nos artigos; (6) Tipo de arquivo

aceito, e enfim, (7) Possível critério a serem adotados na próxima avaliação CAPES.

A fim de se chegar a uma análise que garanta a eficiência na caracterização do objetivo desta

pesquisa, realizou-se uma análise acurada nos websites dos periódicos selecionados anteriormente à

luz da teoria estudada, para assim verificar quais as características distintivas entre as revistas

científicas da área de administração com classificação Qualis superior a B3, apresentando as

evidenciadas no corpus desta investigação.

Destaca-se que a coleta dos dados foi artesanal e demandou sagacidade, paciência e percepção

analítica da pesquisadora, sendo que durante a análise, permaneceu dentro do escopo de coleta de

dados criado, em conformidade com referencial teórico, afim de que a análise tivesse relevância,

homogeneidade e sincronicidade, dentro do foco temático específico (BAUER; AARTS, 2002).

Quanto ao tratamento dos dados, pautou-se na análise discriminante utilizando o software

SPSS, dado que os grupos já são conhecidos e, objetiva-se verificar, prever e explicar as tendências,

identificando as variáveis mais importantes na discriminação dos grupos, assim como também se

justifica que o quantitativo de mais de 200 variáveis (e mais de 20.000 campos de respostas)

justifica o emprego da técnica de análise discriminante (FIELD, 2009). Quanto aos critérios

de confiabilidade, foi realizado o testes da anova, onde para as 25 assertivas o Sig. deu

significante. Ainda de forma a tornar a análise viável, as informações foram codificadas em dados

quantitativos.

Para enriquecimento desta pesquisa foram feitos vários arranjos de testes de forma a

identificar um percentual significativo de casos originais agrupados corretamente classificados.

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4. APRESENTAÇÃO E TRATAMENTO DOS DADOS

Para a análise discriminante inicialmente a amostra foi selecionada de maneira

aleatória, sendo a primeira análise com as primeiras 26 subcategorias exploradas, a segunda

com as 199 variáveis examinadas e por ultimo todas as subcategorias cujo Sig. < 0,05. A

seguir são apresentados os resultados relativos à primeira exploração.

No teste inicial foram utilizadas as categorias de Estrutura, Informações editoriais e

Processo de revisão (26 subcategorias). A Tabela 2 apresenta o resultado da classificação dos

dados para cada grupo, sendo muito informativa quanto ao êxito ou não da análise

discriminante.

Tabela 2 - Resultados da classificação

Qualis Associação ao grupo prevista

Total 1,00 2,00 3,00 4,00

Original

Contagem

1 7 6 2 1 16

2 0 16 4 3 23

3 0 6 24 6 36

4 1 5 6 12 24

%

1 43,8 37,5 12,5 6,3 100,0

2 0,0 69,6 17,4 13,0 100,0

3 0,0 16,7 66,7 16,7 100,0

4 4,2 20,8 25,0 50,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa.

Após análise da Tabela 2 é evidente que apenas 59,6% [(7+16+24+12)/99) dos casos

originais agrupados foram corretamente classificados, enquanto que os demais tiveram erro na

previsão, sendo classificados incorretamente nos demais Qualis. O interessante é que seja

possível uma classificação superior a apresentada (59,6%) com menores índices de erros na

seleção. Devido ao resultado obtido, uma nova análise discriminante foi realizada, excluindo

as variáveis cujo Sig. < 0,05, mas não foram obtidas modificações significantes nas

porcentagens dos resultados da classificação.

Com o intuito de alcançar melhor resultado nas classificações, realizou-se a análise

com todos os fatores da amostra, conforme apresentado na Tabela 3.

Tabela 3 - Resultados da classificação

Qualis Associação ao grupo prevista

Total 1,00 2,00 3,00 4,00

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Original

Contagem

1 16 0 0 0 16

2 0 22 0 0 22

3 1 0 28 0 29

4 0 0 0 25 25

%

1 100,0 0,0 0,0 0,0 100,0

2 0,0 100,0 0,0 0,0 100,0

3 3,4 0,0 96,6 0,0 100,0

4 0,0 0,0 0,0 100,0 100,0

Fonte: Dados da pesquisa.

A partir da matriz de classificação pode-se definir que a porcentagem de acertos do

Grupo 1 totalizou 100%; Grupo 2 atingiu 100% e o Grupo 3 alcançou 96,6% e por fim o

Grupo 4 com 100%. No geral, a Análise de Discriminante para essa amostra teve 98,9% de

casos originais agrupados corretamente classificados. Apesar de maior índice de

discriminação, o campo de análise ficou muito abrangente e, assim, optou-se por selecionar

apenas as variáveis com Sig. < 0,05 quanto ao teste de igualdade de médias de grupo (anova),

já que essas são as melhores discriminantes dos níveis de qualidade, ou seja, realmente

significativas (FIELD, 2009).

Após nova filtragem é possível inferir que o grupo 3 (B2) apresenta maior

porcentagem de classificações corretas (94,1%), quando comparado com os demais. Contudo,

com esses novos parâmetros obtiveram-se 83,3% de casos originais agrupados corretamente

classificados (Tabela 4).

Tabela 4 - Resultados da classificação

Qualis Associação ao grupo prevista

Total 1,00 2,00 3,00 4,00

Original

Contagem

1 13 3 0 0 16

2 1 16 6 0 23

3 0 1 32 1 34

4 0 2 3 22 27

%

1 81,3 18,8 0,0 0,0 100,0

2 4,3 69,6 26,1 0,0 100,0

3 0,0 2,9 94,1 2,9 100,0

4 0,0 7,4 11,1 81,5 100,0

Fonte: Dados da pesquisa.

Desse modo, entende-se que quando uma variável está classificada no grupo 3, há

maior possibilidade de a discriminação estar correta, isso segundo os resultados das

porcentagens da tabela 4. Quanto à porcentagem de casos agrupados classificados

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corretamente, obteve-se um percentual de 83,3%, sendo esta considerada boa para prosseguir

com as análises.

Os centroides são parâmetros que nos mostram onde um novo elemento pode surgir

(FIELD, 2009). Entendido isso, agora é possível visualizar a posição de cada centroide dos

grupos dessa última análise. Para melhor visualização da distribuição e comportamento dos

grupos, além das áreas delimitadas pelos grupos e seus respectivos centroides, seguidamente é

demonstrado o mapa territorial, (Gráfico1).

Gráfico 1 - Dispersão dos elementos dos grupos em relação às funções discriminantes

Fonte: Dados da pesquisa.

Esclarece-se que os centroides dos agrupamentos propiciam o valor da função

discriminante que é calculado mediante as médias dos grupos, contudo o grupo 1 (A2) está

significativamente separado dos demais grupos e até mesmo entre si, segundo o ambiente de

disposição. Diferentemente do grupo anterior, os grupos 2, 3, e até mesmo o grupo 4, estão

significativamente aproximados, tendo alguns elementos que se aproximam do centroide do

grupo 1. Tal evidência permite compreender que os grupos 2 (B1), 3 (B2) e 4 (B3)

compartilham das mesmas características principais, sendo apenas o grupo 1 com

particularidades distintivas.

Segundo este levantamento de dados são apenas 25 variáveis (de 199 analisadas) que

distinguem os periódicos em Qualis A2, B1, B2 e B3, sendo elas: Português,

H_Scimago_Scopu; artigos em repositórios de terceiro; H_Spell; (indexadoes)

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Scimago_Scopus, Scielo, Redalyc, Clase, Hapi, IBSS, Academic_Keys, Canal_Ciência,

Dialnet, LatAM_Studios, OASISBR, Open_J_Gate, ProQuest, REPEC, Road, SCINLI,

Directory_of_ Reserarch_Journals_Indexing_ DJRI, ICAP,

Sistema_Eletrônico_de_Editoraço_de_Revistas_(SEER), Ulrich_s_Periodicals_Directory, e

WorldWideScience_org (Apêndice C).

Dentro dessas características principais, o grupo A2 se distingue dos demais por ter

fator de impacto Scopus (0,11 ≥ H ≤ 0,24) e Spell (H ≥ 8) e ainda é indexado Scimago

Scopus; Redalyc; Clase; Hapi; ICAP; IBSS; Academic Keys; Proquest; Ulrich´s Periodicals

Directory e no World Wide Science (Apêndice C). Org. No que diz respeito aos estratificados

em B1, conforme Apêndice D, diferenciam-se por ter H Spell (6 ≥ H ≤ 7), sendo indexados na

Redalyc; Proquest e Ulrich´s Periodicals Directory. Já aqueles cujo Qualis é B2 (Apêndice

E) tem fator de impacto na Spell (3 > H ≤ 5) são também indexados na Redalyc; Proquest;

Ulrich´s Periodicals Directory. Por fim, os classificados como B3 (Apêndice F). tem fator de

impacto na Spell (1 ≥ H ≤ 3) e indexados na Dialnet, ProQuest e no Sistema Eletrônico de

Editoração de Revistas (SEER).

Figura 2 - Características de cada Qaulis

Fonte: Dados da pesquisa.

É interessante que os periódicos de todos os estratos são indexados na base Proquest e

aqueles com estratificação superior a B2 são indexados na Redalyc, possivelmente na próxima

classificação Qualis essas serão variáveis que não serão mais parâmetros para discriminar

estes periódicos.

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Pela análise e discussão dos resultados, infere-se que há elevada homogeneidade de

conformidade entre os aspectos, sendo estes mais voltados aos tipos de indexações e ao fator

de impacto de cada Qualis. Quanto às indexações uma justificativa aceitável é que esse é um

processo relativo à qualidade, com parâmetros para a seleção dos periódicos que asseguram

certa uniformização, além do fato de que se supõe que nos periódicos indexados há maior

repercussão, “audiência”. Já o Fator de Impacto tem a mesma finalidade; aferir a qualidade

com base no quantitativo de citações recebidas em determinado período pelo total de

trabalhados publicados.

Possivelmente, esse contexto de editoração científica brasileiro acarretará o

surgimento de redes vazias, devido à continuidade de repetição de assuntos exaustivamente

estudados, mas organizado de acordo com parecer dos avaliadores (MIRANDA;

CARVALHO; RAMOS, 2016); onde há Fatores de Impacto, mas que não impactam (CRESPI

et al., 2017), isso porque é medido com base nas citações que um periódico recebe de modo a

quantificar a sua influência; e um Qualis que não qualifica devido os seus parâmetros de

análise não avaliarem a qualidade do conteúdo publicado (TRZESNIAK et al., 2012)

Mediante essa realidade é interessante apresentar quais os periódicos que não foram

agrupados corretamente e os possíveis motivos para tal ocorrência, assim inicialmente serão

apresentados aqueles cuja projeção foi superior ao Qualis atual do periódico, conforme

Quadro 4.

Quadro 4 - Periódicos classificados incorretamente (Projeções Superiores)

Revista Classificação

Possíveis Motivos Atual Projetada

Revista Brasileira de Inovação -

RBI B3 B2

Na última avaliação da CAPES esse periódico foi

rebaixado de B1 para B3, o que forçou a revista a

se readequar aos novos parâmetros.

Revista de Administração e

Inovação - RAI B1 A2 Devido ao seu eixo temático e a sua própria missão

em ser referência em estudos acadêmicos, acaba

tendo um posicionamento diferenciado quando

comparado com as demais. Revista Brasileira de Estratégia -

REBRAE B3 B2

Revista Economia & Gestão -

E&G B2 B1

Organização e estruturação do site dentro dos

parâmetros estabelecidos pela CAPES

Revista Hospitalidade B3 B2

Na última avaliação da CAPES esse periódico foi

rebaixado de B1 para B3, o que forçou a revista a

se readequar aos novos parâmetros.

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International Journal of

Innovation - IJI B3 B1

Organização e estruturação do site dentro dos

parâmetros estabelecidos pela CAPES, além do

fato do periódico ser resultado de núcleos distintos

e grupos de pesquisa/estudo em Universidades ao

redor do mundo, o que permite ao periódico maior

possibilidade de ascensão (IJI Journal, [20--?]).

Revista Eletrônica de Sistemas

de Informação - RESI B3 B2

Organização e estruturação do site dentro dos

parâmetros estabelecidos pela CAPES

Fonte: Dados da pesquisa.

Tal fato se justifica, uma vez que esses periódicos têm apresentado clara evolução e

aperfeiçoamento, almejando o reconhecimento e credibilidade, de forma que possam ser

classificados em estratos superiores ao atual. Mas esse não é um fato recente. Na avaliação

anterior, a própria CAPES apresentou uma mudança dos Qualis, aumentado de alguns e

diminuindo de outros (CAPES, 2015). Da mesma forma que teve aquelas cuja projeção foi

superior, também houve alguns periódicos classificados em estrato inferior ao seu atual.

(Quadro 5).

Quadro 5 - Periódicos classificados incorretamente (Projeções Menores)

Revista Classificação

Possíveis Motivos Atual Projetada

Enfoque Reflexão Contábil B1 B2

Não atende aos critérios de organização e

quanto ao site tem informações repetitivas,

contudo apresenta orientações claras e

objetivas para as submissões.

Revista de Contabilidade e

Organizações - RCO A2 B1

No período em que foi realizada a análise o

site encontrava-se em reforma, isso pode ter

prejudicado a avaliação dessa revista.

Revista de Empreendedorismo e

Gestão de Pequenas Empresas -

REGEPE

B1 B2 *Não atende aos parâmetros de B1

identificados por esse estudo

Turismo: Visão e Ação - RTVA B1 B2 *

Contextus - Revista Contemporânea

de Economia e Gestão B1 B2 *

Administração: Ensino e Pesquisa -

RAEP B1 B2 *

Interface - Revista do Centro de

Ciências Sociais Aplicadas B2 B3

Não atende aos critérios de organização e

estruturação determinada pela CAPES,

sendo um dos mais diferenciados.

Fonte: Dados da pesquisa.

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*Dos 8 periódicos com Qualis B1, 5 foram classificados como B2, indicando não estar atendendo aos parâmetros

de B1.

Uma possível explicação para tal comportamento é a evidente evolução dos demais

periódicos, sendo essa projeção (Quadro 4) reflexo do contexto de aperfeiçoamento pelo qual

as editoras brasileiras têm passado.

Na seção final são apresentadas as principais observações e apontamentos a partir dos

dados e da revisão teórica realizada sobre o contexto editorial cientifico brasileiro em

Administração, Ciências Contábeis e Turismo, e indica ações práticas que podem ser adotadas

pelos atuais e novos periódicos científicos para a sua legitimação, ascensão e reconhecimento

no mundo cientifico.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É relevante considerar que esse estudo não teve como intuito realizar a análise

qualitativa das publicações dos periódicos. Portanto, após análise criteriosa e minuciosa dos

100 periódicos selecionados para esse estudo, compreende-se que, aparentemente, o “bom

periódico” é aquele cujos requisitos formais atendem aos critérios da CAPES, parâmetros

estes que se configuram como sendo mais de caráter estrutural e organizacional. Mas será que

elementos estruturais devem ser considerados como parâmetro de classificação legítimo para

CAPES?

Na tentativa de responder esse questionamento, infere-se que os parâmetros de

classificação dos periódicos utilizados pela CAPES envolvem, desde critérios subjetivos,

como fator de impacto JCR ou H Scopus (estratos mais altos), até os critérios objetivos, como

a continuidade da publicação das edições (estratos mais baixos), conforme apresentado no

Quadro 1. O fato é que até mesmo alguns periódicos A2 presentes nesta análise não cumprem

com todos os critérios estruturais definidos pela classificação CAPES. Um exemplo disso é a

divulgação anual da lista dos revisores onde é evidente que muitos periódicos não a

disponibilizam e quando divulgam está desatualizada.

Tal fato é compreensível quando se observa do prisma dos periódicos de

Administração, Ciências Contábeis e Turismo que buscam meios legítimos para a sua

ascensão e reconhecimento no mundo cientifico, resistindo ao produtivismo inerente ao

contexto de pesquisa atual, mas ao mesmo tempo almejando o progresso da ciência e

consequentemente a sua ascensão.

Diante deste cenário é provável que essas instituições conduzam as mudanças futuras

dos demais periódicos e até mesmo da visão dos seus leitores de forma a alcançar uma

realidade de pesquisa mais voltada ao processo de construtivismo e impacto das pesquisas.

Ressalta-se que os periódicos divergem quanto aos aspectos voltados ao estímulo à

qualidade, técnicas para atração de boas pesquisas e indexação, de forma que buscam

parâmetros que possam garantir a qualidade e desenvolvimento dos seus agentes envolvidos

no processo editorial.

Apesar de potenciais e promissores, ainda se restringisse a critérios voltados à

organização e estruturação. Tal fato é compreensível quanto ao curso de Administração, uma

vez que este é campo de estudo em maturação no Brasil, em processo de legitiminação

acadêmica brasileira internacional e que se respalda em ciências com maior legado teórico,

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como a Engenharia, a Sociologia, a Economia e a Psicologia, conforme indica Oliveira Jr.

(2018).

É perceptível que os periódicos brasileiros têm procurado o seu aperfeiçoamento e

melhoria, isso de certa forma tem se tornado o filtro e a alavanca para o estimulo à pesquisa,

uma vez que eles são agentes auxiliadores para o aprimoramento dos artigos submetidos as

suas revistas (LEWIN, 2014) e para a mudança no contexto editorial cientifico brasileiro em

Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Além disso, os “bons periódicos” apontam aos

pesquisadores as vertentes de pesquisa em estudo, definem a qualidade e determinam o que

vale ler ((FERREIRA, 2015).

É interessante apresentar que há um considerável número de novos indexadores, que

não são considerados pela avaliação da CAPES, mas que podem contribuir futuramente para

disseminação dos estudos em administração do Brasil.

Quanto às contribuições, este estudo permitiu identificar dentre os 199 fatores

levantados, os aspectos (25 variáveis) que possibilitam estratificar os periódicos em seus

respectivos Qualis, sendo esse um caminho para aqueles que desejam o reposicionamento nos

estratos e até mesmo um “mapa dos degraus” para os novos periódicos.

A discriminação permitiu identificar os aspectos que diferenciam cada grupo, contudo,

devido à limitação de tempo, não foi possível focar em critérios que permitissem indicar o

impacto e a relevância dos periódicos. Logo, como sugestões de estudos futuros, propõem- se

uma análise que permita identificar o que está sendo publicado por esses periódicos (artigos,

resenhas, casos de ensino), de forma que se possa evidenciar as características, contribuições

e impacto. Também é pertinente comparar os periódicos classificados incorretamente com a

próxima classificação QUALIS, de forma que se possa refutar ou/e corroborar com os

achados desta pesquisa.

Considerando o que foi apresentado, para enriquecimento dos achados levantados por

este estudo, seria intrigante aplicar as 25 variáveis em um estudo com periódicos A1 para

identificar as características distintivas deste grupo.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A – Principais linhas teóricas

Quadro 6 - Síntese das principais linhas teóricas relacionados ao tema

Fonte: Elaborado pela autora, 2018.

Artigos do Top 10 Principais Contribuições

/ Conceitos Autores Citados

1 Ferreira (2015) Rankings de periódicos

Archambault e Lariviere (2009); Frigeri e Monteiro

(2010); Pfeffer e Fong (2004); Trezesniak; Plata-

Caviedes e

Córdoba-Salgado (2012)

2 Serra; Fiates e

Ferreira

Publicações científicas na

visão de editores e

revisores

Bedeian (2003); Farias (2004); Pinho (2003);

Campanário (1996)

3

Nascimento;

Oliveira; Costa e

Marques (2015)

Produção Funcionalista Chizzotti (1998); Paiva; Leão e Mello (2011)

4 Beuren e Souza

(2008)

Proposta de avaliação para

periódico de contabilidade Le Coadic ( 1996); Ziman (1979)

5

Miranda;

Carvalho e

Ramos (2016)

Perfil da produção

científica no campo da

Administração

Alcadipani (2011); Fidalgo e Fidalgo (2009); Freitas

(2011); Machado-da-Silva, Cunha e Amboni (1990)

6 Machado e

Bianchetti (2011) Produtivismo Acadêmico

Agnino (2010); Fávero (1977); Jantsch ( 2010); Kuenzer

E Moraes (2005)

7

Crespi; Preusler;

Luna e Ferreira

(2017)

Novo Qualis

CAPES (2013); Ferreira (2015); Garfield (1972);

Maccari; Almeida; Nishimura, E Rodrigues (2009);

Seglen (1997); Tourinho e Palha (2014) ; Sandes-

Guimarães E Diniz (2014)

9 Soares e Nova

(2016) Qualis e o seu impacto

Dias; Barbosa Neto E Cunha (2011); Silva; Silva E

Macedo (2014); Valmorbida; Ensslin; Ensslin e

Bortoluzzi (2013)

10 Falaster; Ferreira

e Serra (2015)

Produção Científica dos

Recém-Doutores

Alcadipani (2011); Bertero; Alcadipani; Cabral; Faria e

Rossoni(2013); Bouabid, 2014; Ingwersen; Larsen,

2014; Hilton, 2014 (1983); Ferreira (2013); Stephan

(1996); Ferreira (2013); Maccari et al. (2014); LIU et al.

(2014)

11

Sandes-

Guimaraes e

Diniz

Gestão de periódicos

científicos: estudo de

casos em revistas da área

de Administração

BALBACHEVSKY (2005)

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30

APÊNDICE B - Matriz de amarração

Quadro 7 - Matriz De Amarração

Temática: Inovação

Título do Trabalho: Benchmark entre as revistas científicas da área de administração com

classificação Qualis superior a B3

Problema de pesquisa: Quais são as principais características distintivas entre as revistas científicas

da área de administração com classificação Qualis superior a B3?

Objetivo geral: Identificar quais são as principais características distintivas entre as revistas

científicas da área de administração com classificação Qualis superior a B3.

Métodos:

Coleta de dados: Dados secundários, a partir da classificação Qualis da CAPES e por meio de acesso

ao site de cada revista (comunicação, submissão, avaliação, editoração, publicação, indexação)

Análise de dados: Os dados serão analisados utilizando da análise de conteúdo (BARDIN, 2002).

Além de métodos quantitativos (análise de clusters ou fatorial)

Objetivos específicos

(1)

Referencial Teórico

(2)

Perguntas do

questionário

Ou roteiro de entrevistas

(3)

Hipóteses ou Questões

Intrigantes (4)

Levantamento das

revistas científicas da

área de administração

com classificação

Qualis superior a B3

Ferreira (2015)

Quais são as revistas da

área de administração com

classificação Qualis

superior a B3?

Quais as revistas

científicas da área de

administração com

classificação Qualis

superior a B3?

Classificação das

revistas

Crespi; Preusler; Luna

e Ferreira (2017);

Soares e Nova (2016)

Estrutura; Informação

editorial;

Há diferenças entre as

revistas em questão de

Estrutura; Organização e

Informação editorial

Identificar diferenças e

semelhanças entre os

sites das revistas

Sandes-Guimaraes e

Diniz; Miranda;

Carvalho e Ramos

(2016)

Processo de Revisão;

Indexadores; Fluxo de

Trabalho; Possíveis

critérios a serem adotados

na próxima avaliação

CAPES

Há semelhanças entre os

sites das revistas

Apresentar

características

distintivas das revistas

como possível

benchmarking

Serra; Fiates e Ferreira;

Nascimento; Oliveira;

Costa e Marques

(2015); Machado e

Bianchetti (2011)

Há possibilidade de

benchmarking

Fonte: Cardoso, adaptado de Mazzon (1981).

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APÊNDICE C – Revistas analisadas e fatores (A2)

Legenda:

Qualis V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 V10 V11 V12 V13 V14 V15 V16 V17 V18 V19 V20 V21 V22 V23 V24 V25

1 Brazilian Administration Review - BAR A2 1 0,2 1 1 1 1 1 0 0 1 8 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1

2 Cadernos EBAPE.BR A2 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 11 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1

3 Contabilidade Vista & Revista - CVT A2 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

4 Organizações & Sociedade - O&S A2 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

5 Revista Brasileira de Gestão de Negócios - RBGN A2 1 0,2 1 1 1 1 1 1 1 0 8 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1

6 Revista Contabilidade & Finanças - USP - RC&F A2 1 0,1 1 1 1 1 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0

7 Revista de Administração - RAUSP A2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0

8 Revista de Administração Contemporânea - RAC A2 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1 7 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

9 Revista de Administração de Empresas A2 1 0,2 1 1 1 1 1 1 0 0 29 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1

10 Revista de Administração Pública - RAP A2 1 0,2 1 1 1 1 1 1 0 0 19 1 1 0 1 1 2 0 1 0 1 1 0 1 1

11 Revista Universo Contábil - RUC A2 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 9 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0

12 Advances in Scientific and Applied Accounting - ASAA A2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

13 Brazilian Business Review - BBR A2 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 8 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0

14 Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo - RBTur A2 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

15 Revista de Contabilidade e Organizações - RCO A2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

16 Revista Contemporânea de Contabilidade A2 1 0 1 0 0 1 0 0 1 0 7 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Revista

V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 V10 V11 V12 V13 V14

PortuguêsH_Scimago_Scopu

s

artigos_em_repositórios

_de_terceiros

Scimago_

ScopusScielo Redalyc Clase Hapi ICAP IBSS H_Spell Academic_Keys Canal_Ciência Dialnet

V15 V16 V17 V18 V19 V20 V21 V22 V23 V24 V25

Directory_of_Research_Journals_Indexing_DJRI LatAM_Studios OASISBR Open_J_Gate ProQuest REPEC Road SCINLI Sistema_Eletrônico_de_Editoração_de_Revistas_SEER Ulrich_s_Periodicals_Directory WorldWideScience_org

Page 33: JENNIFER NOGUEIRA FEITOSA SILVA - UFMT...do mesmo trabalho em outras revistas para ampla divulgação e o emprego do latim, idioma conhecido por um grande público na época (MEADOWS,

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APÊNDICE D – Revistas analisadas e fatores (B1)

Qualis V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 V10 V11 V12 V13 V14 V15 V16 V17 V18 V19 V20 V21 V22 V23 V24 V25

1 BASE - Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos B1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2 Caderno Virtual de Turismo B1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3 Contabilidade, Gestão e Governança - CGG B1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4 Enfoque Reflexão Contábil B1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

5 Journal of Information Systems and Technology Management - JISTEM B1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6 REAd. Revista Eletrônica de Administração B1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

7 Revista Brasileira de Finanças - RBFin B1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 8 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

8 Revista de Administração e Inovação - RAI B1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0

9 Revista de Administração Mackenzie - RAM B1 0 0 1 0 1 1 1 0 1 0 12 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

10 Revista de Ciências da Administração - RCA B1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 6 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11 Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade - REPeC B1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

12 Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas - REGEPE B1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

13 Revista de Gestão - REGE B1 1 0 1 0 2 2 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

14 Revista Eletrônica de Ciência Administrativa - RECADM B1 1 0 1 0 0 0 1 1 0 0 6 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0

15 Turismo em Análise - RTA B1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

16 Turismo: Visão e Ação - RTVA B1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

17 Administração Pública e Gestão Social - APGS B1 1 0 1 0 2 2 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

18 Contextus - Revista Contemporânea de Economia e Gestão B1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

19 Revista Brasileira de Marketing - REMark B1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 5 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

20 Revista de Administração da UFSM - ReA UFSM B1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

21 Administração: Ensino e Pesquisa - RAEP B1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

22 Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA B1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0

Revista

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33

APÊNDICE E – Revistas analisadas e fatores (B2)

Qualis V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 V10 V11 V12 V13 V14 V15 V16 V17 V18 V19 V20 V21 V22 V23 V24 V25

1 Cadernos Gestão Pública e Cidadania - CGPC B2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0

2 Revista Organizações em Contexto - ROC B2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

3 Desenvolvimento em Questão B2 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4 Gestão & Regionalidade B2 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0

5 Organizações Rurais & Agroindustriais B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

6 Pensar Contábil B2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7 Revista Acadêmica do Observatório de Inovação do Turismo - OIT B2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

8 Revista ADM.MADE B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

9 Revista de Administração da Unimep - RAU B2 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

10 Revista de administração FACES Journal - FACES B2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11 Revista Economia & Gestão - E&G B2 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

12 Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios - REEN B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

13 Revista Gestão & Planejamento - G&P B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

14 Revista Ibero-Americana de Estratégia - RIAE B2 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0

15 Revista Pensamento Contemporâneo em Administração B2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

16 Sociedade, Contabilidade e Gestão B2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

17 Teoria e Prática em Administração - TPA B2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

18 Future Studies Research Journal: Trends and Strategies - [FUTURE]SRJ B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

19 Gestão e Sociedade - GES B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

20 GESTÃO.Org - Revista Eletrônica de Gestão Organizacional B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

21 InternexT - Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

22 Revista Alcance B2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0

23 Revista Catarinense da Ciência Contábil - RCCC B2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

24 Revista Ciências Administrativas - RCA B2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

25 Revista da Micro e Pequena Empresa - RMPE B2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 5 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

26 Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade - GEAS B2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

27 Revista de Gestão e Secretariado - Gesec B2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0

28 Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade B2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

29 Revista Gestão & Tecnologia B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

30 Revista Pretexto B2 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

31 Rosa dos Ventos - Turismo e Hospitalidade B2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0

32 Reunir: Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

33 Revista do Serviço Público - RSP B2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 9 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

34 Revista Gestão Organizacional - RGO B2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

35 Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ B2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

36 Revista de Negócios B2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Revistas

Page 35: JENNIFER NOGUEIRA FEITOSA SILVA - UFMT...do mesmo trabalho em outras revistas para ampla divulgação e o emprego do latim, idioma conhecido por um grande público na época (MEADOWS,

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APÊNDICE F – Revistas analisadas e fatores (B3)

Qualis V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 V10 V11 V12 V13 V14 V15 V16 V17 V18 V19 V20 V21 V22 V23 V24 V25

1 Revista Brasileira de Inovação - RBI B3 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2 Reuna B3 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3 Revista Brasileira de Estratégia - REBRAE B3 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4 Amazônia, Organizações e Sustentabilidade - AOS B3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

5 Desafio Online B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6 International Journal of Innovation - IJI B3 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

7 Journal of Operations and Supply Chain Management - JOSCM B3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

8 NAVUS - Revista de Gestão e Tecnologia B3 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0

9 Pensamento & Realidade B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

10 Perspectivas em Gestão & Conhecimento - PG&C B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0

11 PODIUM Sport, Leisure and Tourism Review B3 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

12 RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia B3 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 3 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

13 (RAUnP) Revista Eletrônica do Mestrado Profissional em Adm. da Univ. Potiguar B3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

14 Revista Administração em Diálogo - RAD B3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

15 Revista Capital Científico - Eletrônica - RCCe B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0

16 Revista de Administração, Contabilidade e Economia da FUNDACE - RACEF B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

17 Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde - RAHIS B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

18 Revista de Administração IMED - RAIMED B3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

19 Revista de Finanças Aplicadas - RFA B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

20 Revista de Gestão em Sistemas de Saúde - RGSS B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0

21 Revista de Tecnologia Aplicada - RTA B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

22 Revista Eletrônica de Sistemas de Informação - RESI B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0

23 Revista Eletrônica Gestão e Serviços - REGS B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

24 Revista Evidenciação Contábil & Finanças - RECFin B3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

25 Caderno Profissional de Administração da UNIMEP - CPA B3 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

26 Interface - Revista do Centro de Ciências Sociais Aplicadas B3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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