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JORNAL MENSAL DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] ANTÓNIO CARLOS MONTEIRO ANTÓNIO PRÔA RUI PAULO FIGUEIREDO PAG.07 A NOSSA BANCADA DE OPINIÃO PÁG. 10/11 Nº55 - AGOSTO12 - ANO V “As eleições que se lixem”. Frase lapidar de Pedro Passos Coelho e que antecipa a hecatombe eleitoral que o PSD se arrisca a enfrentar nas eleições autárquicas do próximo ano. Freguesia a Freguesia, PS e PCP “limpam” Direita. PÁGINAS | PÁG.02 A 06 ELEIÇÕES “LIXAM” PSD > ACORDO COM O GOVERNO | PÁG.07 > AUTÁRQUICAS DE 2013 Câmara reduz 43% da dívida Um acordo com o Governo permitiu reduzir 43% da dívida da Câmara de Lisboa. E aumentar a capacidade de investimento. > FREGUESIA DA LAPA | PÁG.09 “Nós da Juventude” abriram inscrições A Junta da Lapa já abriu as inscrições para as crianças e jovens entre os 10 e os 18 anos para frequentarem os “Nós da Juventude”. > CAMPOLIDE | PÁG.08 Referendo decide construção de jardim A Junta de Campolide promoveu um referendo local. Os residentes decidiram-se pela construção de um jardim.

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JORNAL MENSAL DE DISTRIBUIÇÃO [email protected]

ANTÓNIO CARLOS MONTEIROANTÓNIO PRÔARUI PAULO FIGUEIREDO PAG.07

A NOSSABANCADA DE OPINIÃO

PÁG. 10/11

Nº55 - AGOSTO12 - ANO V

“As eleições que se lixem”. Frase lapidar de Pedro Passos Coelho e que

antecipa a hecatombe eleitoral que o PSD se arrisca a enfrentar nas

eleições autárquicas do próximo ano. Freguesia a Freguesia, PS e PCP

“limpam” Direita. PÁGINAS | PÁG.02 A 06

ElEiçõEs “lixam” PsD

> ACORDO COM O GOVERNO | PÁG.07

> AUTÁRqUICAS DE 2013

Câmara reduz 43% da dívidaUm acordo com o Governo permitiu reduzir 43% da dívida da Câmara de Lisboa. E aumentar a capacidade de investimento.

> FREGUESIA DA LAPA | PÁG.09

“Nós da Juventude”abriram inscriçõesA Junta da Lapa já abriu as inscrições para as crianças e jovens entre os 10 e os 18 anos para frequentarem os “Nós da Juventude”.

> CAMPOLIDE | PÁG.08

Referendo decideconstrução de jardim A Junta de Campolide promoveu um referendo local. Os residentes decidiram-se pela construção de um jardim.

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Por cínica ironia do destino, o futuro político da maior parte dos presi-dentes de Junta de Freguesia de Lisboa do PSD e dos dirigentes parti-dários laranjas concelhios, está nas mãos de… António Costa.O actual presidente da Câmara de Lisboa, para além de, sendo candi-dato, ter uma vitória eleitoral que até os próprios adversários já lhe atri-buem, tem a possibilidade – querendo – de ter um resultado histórico, limpando, literalmente, a Direita do mapa político da capital.

O próprio líder do PSD e primeiro-ministro tem a perfeita noção do que se aproxi-ma. Por isso, até talvez para ir preparando os seus companheiros de partido, Pedro Passos Coelho fez questão de fazer publicamente o seu desabafo, ao dizer que “as eleições que se lixem. Portugal é que importa”.Um ambiente que permite antever uma potencial vitória da esquerda nas autár-quicas em Lisboa apenas com paralelo nas eleições de Dezembro de 1993, em que o PSD conseguiu apenas ganhar uma Junta de Freguesia, o Alto do Pina, liderada

> ELEIçõES AUTÁRqUICAS DE 2013

EsquERDa E CRisE “lixam” DiREita

por Virgínia Estorninho. As restantes 52 Juntas ficaram nas mãos da coligação do PS de Jorge Sampaio com os comunistas. Nunca o PS tivera tão expressiva vitória, nem o PSD um pesadelo eleitoral de tais proporções. Porém, o resultado eleitoral das autárquicas do próximo ano prometem aterrorizar a Direita, especialmente o PSD, que detém actualmente 26 presidências de Junta de Freguesia. E corre o risco sério de ficar… sem a liderança de qualquer autarquia e Lisboa.Assim queira António Costa e os comunistas de Lisboa, com a ajuda da crise econó-mica e social, cujo “responsável” os portugueses identificam com o PSD, que lidera o Governo do País (vêr gráficos do Barómetro Político Marktest sobre “Projecção de voto para a Assembleia da República” e “Índice de Expectativa”).Uma coligação entre socialistas e comunistas, que nos bastidores políticos é tida como cada vez mais certa, quer por razões que interessam a António Costa, como ao PCP, promete autenticamente cilindrar o PSD e, consequentemente, o CDS nas eleições autárquicas de 2013. A nova divisão político-administrativa da cidade já

Nem a coligação com o CDS poupa o PSD a uma quase certa derrota histórica nas eleições autárquicas

do próximo ano em Lisboa. Juntos, PS e comunistas podem “limpar” a Direita do mapa político da capital.

Pedro Passos Coelho sabe-o. E até desabafou publicamente: “as eleições que se lixem”.

votação para as assembleias de Freguesia no Concelho de lisboa

Esquerda (PS+PCP e outros)

Direita (PSD+CDS)

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BEATO

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CARNIDE

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LUMIAR

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MARVILA

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OLIVAIS

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SÃO DOMINGOS DE BENFICA

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votação para a Câmara municipal de lisboa

Esquerda (PS+PCP e outros)

Direita (PSD+CDS)

Valores percentuais 30

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aNálisE DE REsultaDos E Evolução ElEitoRal No CoNCElho DE lisboaRef. Mapa ver pág.6

Novas FREGuEsias Freguesias antigasEleições Autárquicas 2009 Resultados para Assembleias de Freguesia Somatório dos

resultados de 2009 de %

Diferença de votos em 2009 entre PSD+CDS e PS+PCP

População (Censos 2001)

Eleitores 2009PS PSD + CDS % PCP Partido Vencedor

1 BelémS. Francisco Xavier 1249 2598 57,66 305 PSD+CDS 1554 34,49

Saldo Direita: 1361 17.857 15.817Stª. Maria Belém 1509 2270 48,98 444 PSD+CDS 1953 42,14

2 Ajuda Ajuda 2952 1970 23,77 2620 PS 5572 67,23 Saldo Esquerda: 3602 17.958 16.064

3 Alcântara Alcântara 2140 2260 30,82 2188 PSD+CDS 4328 59,02 Saldo Esquerda: 2068 14.443 13.926

4 Benfica Benfica 8260 7928 38,33 2334 PS 10594 51,23 Saldo Esquerda: 2666 41.368 37.320

5 S. Domingos Benfica S. Domingos de Benfica 6029 7888 45,39 1501 PSD+CDS 7530 43,33 Saldo Direita: 358 33.678 30.025

6 Alvalade

Campo Grande 2069 2398 43,29 524 PSD+CDS 2593 46,81

Saldo Direita: 2103 34.217 31.769S. João de Brito 2078 3869 53,83 471 PSD+CDS 2549 35,46

Alvalade 1680 3041 54,65 383 PSD+CDS 2063 37,07

7 Marvila Marvila 7617 4497 25,84 2951 PS 10568 60,71 Saldo Esquerda: 6071 38.767 37.210

8 AreeiroAlto do Pina 1645 2529 50,36 395 PSD+CDS 2040 40,63

Saldo Direita: 1847 21.035 21.647S. João de Deus 1936 3598 55,71 419 PSD+CDS 2240 36,47

9 Santo António

S. Mamede 994 1607 52,38 188 PSD+CDS 1182 38,53

Saldo Direita: 302 13.601 13.267S. José 503 645 40,98 207 PSD+CDS 710 45,11

Coração de Jesus 842 994 43,14 210 PSD+CDS 1052 45,66

10 Santa Maria Maior

Mártires 67 120 57,42 5 PSD+CDS 72 34,45

Saldo Esquerda: 2018 14.191 14.405

Sacramento 193 148 31,03 76 PS 269 56,39

S. Nicolau 172 318 52,39 54 PSD+CDS 226 37,24

Madalena 74 59 23,69 96 PCP 170 68,27

Stª. Justa 124 70 25,93 46 PS 170 62,97

Sé 170 354 55,05 56 PSD+CDS 226 35,15

Santiago 157 142 30,47 117 PS 274 58,8

S. Cristóvão e S. Lourenço 313 205 30,15 94 PS 407 59,85

Castelo 117 13 4,28 153 PCP 270 88,82

Socorro 415 292 20,78 146 PS 561 39,93

S. Miguel 429 138 16,16 213 PS 642 75,17

Stº. Estêvão 360 206 18,63 436 PCP 796 71,97

11 Estrela

Lapa 1256 2737 54,89 277 PSD+CDS 1533 30,75

Saldo Direita: 645 21.175 19.746Santos-o-Velho 907 749 33,54 202 PS 1109 49,67

Prazeres 1190 1421 42 430 PSD+CDS 1620 47,89

12 Campo de OuriqueStº. Condestável 3323 3312 38,04 1075 PS 4398 50,52

Saldo Esquerda: 740 24.823 22.955Stª. Isabel 1147 1790 47,29 297 PSD+CDS 1444 38,15

13 Misericórdia

Mercês 1063 736 30,02 373 PS 1436 58,56

Saldo Esquerda: 1999 15.877 14.926Stª. Catarina 902 607 30,95 223 PS 1125 57,37

Encarnação 672 494 31,93 193 PS 865 55,92

S. Paulo 638 435 30,06 207 PS 845 58,4

14 Arroios

Anjos 1579 1987 43,6 461 PSD+CDS 2040 44,77

Saldo Esquerda: 343 33.210 32.138S. Jorge Arroios 3135 4129 44,63 1010 PSD+CDS 4145 44,8

Pena 747 717 31,07 244 PS 991 42,94

15 Beato Beato 3683 1468 22,57 734 PS 4417 67,9 Saldo Esquerda: 2949 14.241 13.730

16 São Vicente de Fora

S. Vicente Fora 495 445 24,85 684 PCP 1179 65,83

Saldo Esquerda: 758 17.087 14.331Graça 1120 1279 40,89 371 PSD+CDS 1491 47,67

Stª. Engrácia 804 1290 48,86 298 PSD+CDS 1102 41,74

17 Avenidas NovasS. Sebastião Pedreira 1167 2357 57,76 195 PSD+CDS 1362 33,38

Saldo Direita: 1854 21.162 23.061Nª. Srª. Fátima 2930 4504 50,34 715 PSD+CDS 3645 40,73

18 Penha de FrançaS. João 2879 2875 38,18 956 PS 3835 50,92

Saldo Esquerda: 1940 30.795 26.050Penha de França 2547 2310 36,04 743 PS 3290 51,32

19 Lumiar Lumiar 6783 8494 44,75 1590 PSD+CDS 8373 44,12 Saldo Direita: 121 37.693 33.744

20 Carnide Carnide 2392 2411 25,75 3820 PCP 6212 66,35 Saldo Esquerda: 3801 18.989 15.931

21 Santa ClaraCharneca 1061 868 28,09 722 PS 1783 57,71

Saldo Esquerda: 1961 20.153 17.347Ameixoeira 1751 1797 35,22 1092 PSD+CDS 2843 55,72

22 Olivais Santa Maria dos Olivais 10291 8098 32,23 2914 PS 13205 54,19 Saldo Esquerda: 5017 46.410 30.873

23 Campolide Campolide 3174 2763 36,9 879 PS 4053 54,13 Saldo Esquerda: 1290 15.927 14.521

24 Parque das Nações Oriente ** ** ** ** ** ** `` ** ** 11.145

total 101730 110230 37337 138952 564.657 510.803

importa dificuldades para a Direita, sobretudo para o PSD. Das 26 Juntas de Fre-guesia que o PSD ganhou em 2009, apenas três autarquias não foram integradas em novas Freguesias. A saber, são elas: Alcântara, São Domingos de Benfica e Lu-miar. Mas, mesmo nestas autarquias, o PSD pode enfrentar grandes dificuldades e corre realisticamente o risco de perder a presidência das três Juntas.A Freguesia de Alcântara foi, de certo modo, ganha imprevisivelmente ao PCP nas autárquicas de 2009, com mais 120 votos que o PS e com mais uns escassos 72 votos que os comunistas. Juntos, comunistas e PS têm mais de 4.300 votos, deixando o PSD aliado com o CDS quase a meio caminho.São Domingos de Benfica foi ganha pelo PSD com 7888 votos. O PS conseguiu 6029 e os comunistas arrecadaram 1501 votos. O que demonstra que, dos votos valida-

mente expressos, a Direita tem mais 358 votos que a Esquerda. O que representa uma curtíssima vantagem de 2,3%, se forem considerados os 15.418 votantes da Freguesia e de 1,19% ponderados os 30025 eleitores existentes em 2009.A grande Freguesia do Lumiar é, muito provavelmente, uma derrota para PSD e CDS. A nova Freguesia do Lumiar tem pouco mais de metade da área da ante-rior Freguesia, perdendo terreno para a nova Freguesia de Santa Clara [que funde Charneca e Ameixoeira] e para Carnide. Consequentemente, há eleitores que serão “desviados” para as outras autarquias. Ora, estas “mexidas” no universo eleitoral terá, certamente, impacto nos resultados das eleições, sendo extremamente difí-cil o PSD conseguir manter a diferença de 0,7% de votos que tem sobre a Esquer-da, tendo em consideração apenas os 16.867 votos validamente expressos de 2009.

Projecção de voto para a assembleia da RepúblicaAnálise Evolutiva

Fonte: Barómetro Político Marktest

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Índice de ExpectativaAnálise Evolutiva

Fonte: Barómetro Político Marktest

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Campo de ourique

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Estrela

PS (+PCP e outros)PSD (AD)CDS (+PSD)PCP(FEPU; APU)BE

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santo antónio

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> MOBILIDADEmetro no aeroportoO Metropolitano de Lisboa inaugurou a extensão da linha encarnada até ao aeroporto, permitindo a sua ligação ao centro da cidade em cerca de 15 minutos, permitindo ainda que as estações de Moscavide e da Encarnação beneficiem as populações daquela zona da cidade. Esta ampliação do Metro levou ao fim de duas e à alteração de outras seis carreiras da Carris.

No centro da cidade, a nova Freguesia de Santo António, que agrega São José, São Mamede e Sa-grado Coração de Jesus (actualmente todas lide-radas pela coligação de Direita), é aquela, para além de São Domingos de Benfica, com menor vantagem sobre a Esquerda. A coligação PSD/CDS obteve, em 2009, mais 302 votos que PS

e comunistas. Ou seja, tendo em consideração os 6.190 votos expressos, de um total de 13.267 eleitores, é uma vantagem de 4,8% do PSD e democratas-cristãos relativamente aos partidos da Esquerda. A Freguesia da Estrela, que nasce da fusão das Freguesias da Lapa, Prazeres e Santos-o-Velho, dá 7,3% de vantagem ao PSD/CDS, o que significa mais 645 votos, em 2009, que o PCP e socialistas. Em 2009 votaram 8.869 dos 19.746 eleitores inscritos. A Direi-ta mantém também vantagem na novíssima Freguesia de Alvalade que resulta da junção do Campo Grande, Alvalade e São João de Brito. Nesta autarquia, PSD e CDS tiveram mais 2103 votos que PS e PCP, representando uma vantagem de 12,7% dos 16.513 dos 31.769 eleitores que votaram em 2009. A Freguesia das Avenidas No-vas, com origem em São Sebastião da Pedreira e Nossa Senhora de Fátima, PSD e CDS tiveram mais 15,6% de votos que PS e PCP juntos. 11.868, dos 23.061 eleitores, votaram em 2009, dando uma vantagem à Direita de 1.854 votos relativamente à Esquerda. Na nova Freguesia de Belém, que agrega as autarquias de São Francisco Xavier e de Santa Maria de Belém, a Direita mantém vantagem eleitoral sobre a Es-querda. Em concreto, PSD e CDS têm mais 1.361 votos que a Esquerda junta, o que representa 16% dos 8.375 dos eleitores, de um total de 15.817 inscritos.O miolo da cidade é a zona menos agreste para a Direita. A nova Freguesia do Are-eiro deu, em 2009, a maior vantagem de votos ao PSD e CDS. O saldo para a Direita é de 1.847 votos, 17,7% dos 10.407 votos expressos, de um total de 21.647 inscritos.Sobre a Freguesia do Parque das Nações não existem dados eleitorais disponíveis. Porém, de acordo com fontes socialistas e social-democratas, o perfil dos eleitores é de classe média, média-alta. Por isso, ambos os partidos têm aspirações a ganhá--la nas próximas eleições autárquicas. Ou seja, as circunstâncias políticas da altura poderão determinar o resultado nas urnas. As restantes Freguesias [Ajuda, Ben-fica, Marvila, Santa Maria Maior, Campo de Ourique, Misericórdia, Arroios, Be-

Penha de França

PS (+PCP e outros)PSD (AD)CDS (+PSD)PCP(FEPU; APU)BE

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são vicente de Fora

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2009200520011997199319891985198219791976Valo

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ato, São Vicente de Fora, Penha de França, Carnide, Santa Clara, Olivais e Campolide] com a vantagem eleitoral da Esquerda em 2009, com o contexto político e com a mais que provável existência de coligação PS/PCP, são man-tidas ou conquistadas por socialistas e comunistas. Em síntese, o PSD, que preside actualmente a 26 Juntas de Freguesia, está em risco de, na melhor das hipóteses, manter a liderança de 8 das novas autarquias, caso os resul-

tados eleitorais de 2013 sejam em linha com os de 2009. Porém, o cenário social-democrata agrava-se com a praticamente certa coligação de socialis-tas, comunistas e independentes, liderada por António Costa, e pelo desgas-te político e eleitoral provocado pela actual governação liderada pelo PSD.

Portanto, recomposição das Freguesias, coligação à Esquerda, desgaste polí-tico da Direita e a orientação política dos novos eleitores são pressupostos que

deixam antever uma provável hecatombe eleitoral do PSD. E, por arrasto, do CDS.

1 Belém

2 Ajuda

3 Alcântara

4 Benfica

5 São Domingos de Benfica

6 Alvalade

7 Marvila

8 Areeiro

9 Santo António

10 Santa Maria Maior

11 Estrela

12 Campo de Ourique

13 Misericórdia

14 Arroios

15 Beato

16 São Vicente de Fora

17 Avenidas Novas

18 Penha de França

19 Lumiar

20 Carnide

21 Santa Clara

22 Olivais

23 Campolide

24 Parque das NaçõesA azul - fronteiras das novas FreguesiasA branco – fronteiras das antigas Freguesias

Fonte: Público

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Page 7: JDL55-Ago2012

Obrigado Eng. Nuno AbecasisFoi recentemente alcançado o acordo com o Governo para que

o Dr. António Costa assuma as suas responsabilidades no

Parque das Nações.

A verdade é que durante alguns anos a CML cobrou os

impostos daquele espaço, sem assumir as despesas

que lhe competiam com a sua gestão urbana: ficou

com a carne e deixou o osso para o Estado, o que não

podia continuar. O acordo agora alcançado é bom para

todos por várias razões. Em primeiro lugar, numa altura

em que muitos falam em crispação entre o PS e o Governo,

demonstra que é possível encontrar uma plataforma de entendimento

entre os dois partidos que governam o País e aquele que governa a

Câmara, aliás os três que assinaram o acordo com a Troika. Em segundo

lugar, clarificou as relações entre o Estado e a Autarquia, tornando-as

mais transparentes. O Dr. António Costa estava, infelizmente, habituado

a socorrer-se do apoio da administração central, ao tempo do PS,

para suprir as suas insuficiências na CML. Agora teve de assumir as

dívidas que tinha para com o Estado, designadamente com a gestão

urbana do Parque das Nações e com a Simtejo e pagá-las, o que não

estava habituado a fazer. Em terceiro lugar, é bom que o Estado tenha

finalmente resolvido as questões patrimoniais com o Município de

Lisboa, pagando pelos terrenos que não lhe pertenciam e que estava a

usar. Foi esse pagamento que vai permitir abater o endividamento da

CML em 43% redução que internacionalmente beneficia também o País.

No entanto, foi o Dr. António Costa que afirmou que a obras não são de

quem as faz e sim de quem as paga, logo a conclusão é que, neste caso,

a redução do endividamento municipal se deve ao Eng. Nuno Abecasis.

Afinal foi ele que propôs contra o Estado uma acção defendendo a

propriedade municipal dos terrenos do aeroporto, a acção que agora

permitiu negociar este acordo e diminuir o passivo municipal. Obrigado

Eng. Nuno Abecasis.

António Carlos Monteiro Vereador do CDS-PP na CML

Reabilitação UrbanaNo decurso de uma visita que os deputados do Partido Socialista de Lisboa realizaram à Baixa, com

a presença de António Costa, no dia 10 de Julho, o Vereador Manuel Salgado divulgou a

informação de que, segundo um estudo da CML, se todos os prédios devolutos existentes

em Lisboa fossem ocupados, tal permitiria alojar 40 mil pessoas. Ora esta é uma afirmação

a todos os títulos impressionante! Em primeiro lugar, pelo impacto positivo que teria

na vida de milhares de famílias, permitindo, provavelmente, ajudar a inverter o ciclo

da perda de população na capital. Mas, em segundo lugar, no actual contexto de crise

e de contracção da economia, um investimento público dessa ordem de grandeza na

reabilitação urbana, teria um enorme efeito multiplicador por gerar criação de emprego numa

área particularmente afectada, como é a da construção civil. E tanto é assim que a Estratégia de

Reabilitação Urbana de Lisboa 2011/2024 assenta nos seguintes motivos:

1. Reabitar e reforçar a coesão social e a identidade.

2. Um novo estádio no desenvolvimento da cidade.

3. Aumentar a competitividade de Lisboa.

4. Dinamizar a Economia. Criar emprego.

5. Valorizar um activo. A infra-estrutura e o edificado existente.

Uma urbe vive de pessoas e se é verdade que o último Censo revela sinais tímidos de inversão de saída

de lisboetas para a área metropolitana, a verdade é que uma capital precisa de ter condições para atrair

pessoas e a oferta de habitação é uma das mais básicas. Paralelamente, a mera existência de casas não

garante que estas tenham a qualidade e o conforto necessários, pelo que todas as políticas camarárias de

incentivo à melhoria das condições em que se vive em Lisboa melhoram os índices de vida dos munícipes

e, consequentemente, da própria cidade. Por outro lado, se Lisboa, enquanto capital europeia, quer ombrear

e competir com outras capitais pelo investimento estrangeiro e pela atracção de indústrias criativas e

da modernidade, é imperativo que o seu mercado imobiliário esteja à altura dos restantes, em todos os

domínios. Relativamente à Economia e à criação de emprego, como já se disse, no momento em que a taxa

de desemprego atinge números inauditos e em que a construção civil regista falências sucessivas, dado o

elevado peso de mão de obra na reabilitação urbana - 60% - face aos 40% na construção nova, já para não

falar em todos os efeitos indirectos, incluindo em relação a receitas camarárias, esta é uma área crítica para

o crescimento económico. Por fim, a reabilitação urbana valoriza as habitações, os prédios, as ruas, a cidade

e o país. Assim o Governo a fomente, incentive e permita! Na cidade, a Câmara de Lisboa está a fazer a sua

parte. Basta visitar a baixa para o comprovar!

Rui Paulo Figueiredo Presidente da Concelhia do PS de Lisboa

> SANEAMENTO FINANCEIROCâmara de lisboa reduz 43% da dívidaAcordo com o Governo permitiu reduzir

43% da dívida da Câmara de Lisboa.

Aresolução de um conjunto de diferen-dos, alguns dos quais se arrastavam há já várias décadas, entre o Governo e a Câmara de Lisboa, permite ao municí-pio reduzir 43% da valor da divida até agora existente, e que ameaçava asfixiar o acção camarária, aumentando a ca-

pacidade de investimento do município.  Este acordo anunciado acaba com os litígios sobre os terrenos do Aeroporto de Lisboa, que passam para a propriedade plena do Estado enquanto o Estado assume o paga-mento do montante total de 286 milhões de euros, 277 milhões em assunção de dívida acrescidos de nove milhões em singelo, a favor do município.  Por outro lado, António Costa salienta que este acordo permite à Câmara de Lisboa assumir a gestão urbana do Par-que das Nações a partir do próximo dia 1 de agosto.

Conquistar o Estuário do Tejo deve ser um desígnio para LisboaO sucesso do evento “Tall Ships” ou a etapa da regata “Volvo Ocean Race” que teve como ponto de

chegada o estuário do Tejo em Lisboa deve fazer reflectir sobre a relação da cidade com o Tejo.

Nos anos oitenta a aspiração era a utilização da zona ribeirinha pelos lisboetas. Nessa época vivia-se

perante a jurisdição altiva da Administração do Porto de Lisboa de toda a zona ribeirinha. Era o

tempo da expressão “Lisboa de costas voltadas pra o Tejo”.

Depois, no início dos anos noventa, surge a primeira zona ribeirinha devolvida aos lisboetas ainda

que sob jurisdição da APL.

Era a época das “Docas”. Este foi o precedente para que progressivamente mais zonas ribeirinhas fossem

destinadas às pessoas para lazer ou desporto.

Mais recentemente, começam a ser desafectadas do uso portuário vastas áreas da zona ribeirinha de Lisboa e devolvidas

à jurisdição do município de Lisboa. Lisboa normaliza a sua relação com as margens do Tejo que são crescentemente

utilizadas pelos lisboetas.

Adquirida que está a margem do Tejo para Lisboa e para os lisboetas, importa partir para a conquista do Estuário do Tejo.

Lisboa tem um potencial ímpar por desenvolver e potenciar. O Estuário do Tejo é um dos maiores da Europa e tem

aliadas condições climatéricas muito favoráveis. O estuário oferece condições impares para o lazer, turismo, práticas

desportivas, desenvolvimento ambiental, económico e cultural.

Lisboa tem no Estuário do Tejo o próximo desafio de apropriação.

Este caminho de conquista do Estuário do Tejo faz-se com um programa e um plano estruturados, afirmando-o como

desígnio para a cidade, envolvendo os lisboetas, os agentes económicos e desportivos, promovendo eventos e projectos

e investimentos que utilizem este potencial, definindo objectivos e avaliando a sua concretização.

O sucesso deste desafio depende do empenho, determinação criatividade e capacidade de realização.

Agora que os lisboetas chegaram à margem do Tejo, importa que utilizem o rio.

António Prôa Presidente do Grupo Municipal do PSD

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Page 8: JDL55-Ago2012

> CAMPOLIDE

Referendo decide construção de jardim

> SÃO JOÃO DE BRITO

agosto “mistério”

Oexecutivo da Junta de Campolide de-volveu a palavra aos seus moradores para decidirem que fim dar a um ter-reno expectante da Freguesia, na Ave-nida Miguel Torga, promovendo um referendo local, que se realizou nos passados dias 9 e 10 de Julho.

De acordo com o presidente da autarquia, André Couto, “a Junta de Campolide tinha a situação sinalizada desde o início do meu mandato mas – reunidas as condições financeiras para tal – he-sitava entre um espaço verde, a equipar com mo-biliário urbano e parque infantil, e um parque de estacionamento.” Por isso, o autarca propôs a rea-

lização de um referendo para auscultar a sensibili-dade dos residentes entre as duas opções, e dirigiu uma carta anunciando a iniciativa e apelando à sua participação, porque – salienta - “se o terreno é para usufruto das pessoas, faz todo o sentido que sejam elas a decidir o que fazer com ele”.Neste contexto, os moradores dos condomínios “Nova Campolide” e “Jardins de Campolide” pro-nunciaram-se, em referendo, apurados 130 votos, dos quais 77 optaram pelo espaço verde, 49 deram o seu voto a um parque de estacionamento, e qua-tro moradores votaram em branco.O projecto para o espaço verde já está a ser elabora-do, com a colaboração da Câmara de Lisboa.

A Junta de Campolide promoveu um referendo local. Os residentes

decidiram-se pela construção de um jardim.

> EDUCAçÃOCâmara constrói 20 crechesA Câmara Municipal de Lisboa aprovou, no passado dia 18, a construção de 20 unidades de creches, com capacidade para 840 crianças, dos 0 aos 3 anos. Esta decisão camarária representa um investimento de cerca de 6 milhões de euros, constituindo, segundo responsáveis municipais, mais um estímulo à fixação de população em Lisboa. AGOSTO12

Os residentes mais velhos de São João de Brito vão ter um mês de agosto “misterio-so”. O executivo da Freguesia organizou os designados “Minis-Passeios mistério” –

alimentando o efeito surpresa - aos mais diversos locais de Lisboa e do País, sempre com as compo-nentes culturais, sociais, lúdicas entre outras, visi-tando conventos, exposições, feiras, museus, numa dinâmica sempre pautada por uma organização

previamente e cuidadosamente preparada, para que os idosos se sintam cada vez mais jovens e ac-tivos.Entretanto, no fim de Agosto inicia-se uma semana de Praia-Campo e, em Setembro, abrem as inscri-ções para as actividades do novo ano lectivo. Estas actividades de São João de Brito enquadram--se no objectivo de retirar as pessoas mais velhas da solidão e do isolamento, proporcionando um envelhecimento digno e activo.

DeGrADAçãO DO PAvIlhãO DOS DeSPOrtOS

POR vAlDemAr SAlGADO

>> Presidente da Junta de Freg. do Campo Grande

muito se tem falado ultimamente nas ocupações da Avenida da Liberdade e do Terreiro do Paço com produtos hortícolas e gado diverso, propaganda de hipermercados que têm um grande poder de infiltração na população

em geral e nos meios governamentais em particular, denegrindo a paisagem desses espaços, sujando-os e proibindo que sejam desfrutados com dignidade pelos turistas estrangeiros e nacionais. Não esqueçamos que estes espaços fazem parte integrante dos roteiros turísticos internacionais. Mas, existe um outro local, não menos digno mas completamente abandonado pela Câmara Municipal de Lisboa. Trata-se do Pavilhão Carlos Lopes, antigamente chamado Pavilhão dos Desportos de Lisboa. Inaugurado no Rio de Janeiro a 21 de Maio de 1923, para a Exposição Internacional do Rio de Janeiro, foi depois reconstruido em Lisboa e reaberto a 3 de Outubro de 1932, no local onde ainda hoje se encontra para receber a Exposição Industrial Portuguesa. A partir dessa data teve várias alterações tendo vindo a desempenhar um grande papel no desporto nacional, recebendo inclusivamente o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins realizado em 1947. Saraus de ginástica, espectáculos musicais, torneios de várias modalidades desportivas aí se realizaram com enorme satisfação para a população lisboeta que consagraram esse espaço como o eleito para as suas horas de lazer e cultura. A partir de 27 de Agosto de 1984 passou a chamar-se Pavilhão Carlos Lopes em homenagem ao grande atleta português e mundial. Este majestoso edifício possui excelentes painéis de azulejo para além de duas estátuas de pedra que representam a Ciência e a Arte que ladeiam a entrada nobre. É urgente preservar estas obras de arte. Desde 2003 que se encontra encerrado!Desde essa data que a sua degradação aumenta de dia para dia. Para quando a sua requalificação? E os milhões do Casino de Lisboa para a sua recuperação? Sempre irá ser, no futuro, o Museu Nacional do Desporto?

MADALENA PrAIA e CulturA As crianças da Freguesia da Madalena vão ter um verão repartido entre a praia e actividades culturais.Até ao próximo dia 10 de Agosto, a população mais nova daquela autarquia vai ter manhãs de praia, no Tamariz, Estoril, na praia fluvial Olhos d’Água, e tardes com um variado programa cultural. Desde visitas ao Parque do Alvito, ao Castelo de São Jorge, Museu de São Roque, Convento do Carmo até a ida a sessões de cinema, o programa de actividades da Madalena asseguram um animado período de férias às crianças a Freguesia.Paralelamente, o executivo da autarquia mantém em funcionamento todos os serviços e actividades de apoio á população da Freguesia.

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Page 9: JDL55-Ago2012

> FREGUESIA DA LAPA

“Nós da Juventude”abriram inscrições

> SÃO JOÃO DE DEUS

“agarra a tua vida”

A Junta da Lapa já abriu as inscrições para as crianças e jovens entre os 10 e os

18 anos para frequentarem os “Nós da Juventude”.

DESAFIOSPARA lISBOA

LISBOA em férias

Gosto muito de estar em Lisboa durante os meses de Verão. Tenho um olhar diferente, um olhar sereno e tranquilo. Dou mais atenção aos detalhes. Sinto uma Lisboa diferente. Com menos carros, com menos pessoas. Com mais pessoas

diferentes. Mais turistas. São os brasileiros,os franceses e os nórdicos que nos descobrem. É bonito e

bom para os negócios da cidade. Os lisboetas sabem receber bem. A sua hospitalidade e amizade com os que nos visitam é reconhecida. Tratamos bem quem é diferente. Na raça, na côr, na religião e no pensamento.Somos, tradicionalmente tolerantes. Sinto uma Lisboa segura, talvez mais triste que o costume com a crise que não nos larga. Mas, com esperança num futuro melhor. Em Junho e Julho, a Lisboa das flôres e das árvores floridas. Em diferentes locais da cidade, temos uma côr, um cheiro, uma imagem que não nos deixa indiferentes. Gozamos as nossas esplanadas ou os miradouros. Festejamos o rio, de dia e de noite. Ontem, tomei o meu café da manhã na Mexicana na Praça de Londres. Quase com 70 anos, é tão bom estarmos sentados nesta esplanada e os pássaros virem comer á nossa mão. O dia até nos corre melhor. E por fim, é isto. Que as férias, em Lisboa ou fora vos corram bem. E que todos os dias aproveitem o melhor que Lisboa vos pode dar. João Pessoa e Costa

Mais BaixaLisboa no verão vê partir aqueles que ainda podem ir

de férias para outras paragens e acolhe turistas que nela encontram uma oferta turística que é uma mais valia na economia da cidade.Vale por isso uma pequena reflexão esta oferta

que a cidade como espaço proporciona e a oferta cultural completa. A cidade tem vindo a melhorar a

sua paisagem urbana, a qualidade dos seus espaços públicos, a diversificar a sua oferta cultural e a tornar mais apetecível a fruição dos recantos que o seu tecido urbano oferece. As esplanadas no Terreiro do Paço, a reabilitação da frente ribeirinha e a animação cultural no Intendente são disso exemplo. Esperemos agora pela redescoberta do Arco da Rua Augusta.Mas algo falta para que a cidade ainda se anime mais, especialmente ao fim de semana e quando o comércio sofre duramente os efeitos da crise. Poder ir às compras à Baixa e ter as lojas abertas; animar a Baixa como um verdadeiro centro comercial. Até porque o comércio é, por si, dos factores que mais contribuem para que o andar a pé pela cidade, se torne a melhor maneira de a conhecer. Mesmo com um “calor de ananases”, como se queixaria o Eça. Leonel Fadigas

AGOSTO12

> ExPOSIçÃO“varinas de lisboa”O Arquivo Municipal de Lisboa organiza uma exposição de fotografias de Joshua Benoliel, o primeiro e mais importante foto-repórter português das duas primeiras décadas do século XX. A beleza e a vivacidade das varinas inspiraram pintores e escritores, sendo tema recorrente do Fado.

Aaposta da Junta de Freguesia da Lapa na promoção de condições para acompanhamento das crianças e jo-vens e de apoio ao seu sucesso esco-lar levou ao desenvolvimento do pro-jecto “Nós da Juventude” que, com a colaboração de parceiros locais, tem

colaborado com as famílias locais na formação dos seus filhos. Neste sentido, aquela autarquia já abriu as inscrições, para o ano lectivo 2012-2013, para os projectos que se destinam aos alunos dos 1º, 2º e 3º ciclos, no âmbito do programa “Nós da Juventude – Espaço Educacional da Lapa”. Assim os alunos de ambos os sexos, entre os 10 e os 18 anos, residentes na Freguesia da Lapa e que frequentem o 2º, 3º ci-clo de escolaridade ou secundário das escolas situ-adas naquela autarquia, podem inscrever-se para o próximo ano lectivo. No caso de primeira inscri-ção, os encarregados de educação têm de apresen-

tar Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão da criança ou jovem, além da sua documentação, car-tão ou formulário de saúde do menor, fotografia e, nos casos a que se aplique, o documento compro-vativo da atribuição do escalão do abono de famí-lia ou do escalão da ação social escolar. Por outro lado, a “Componente de Apoio à Família – CAF” destina-se a crianças de ambos os sexos que frequentem o 1º ciclo de escolaridade da escola nº 72. Também para a CAF, os pais ou encarregados de educação devem apresentar o valor corresponden-te à mensalidade, segundo os escalões de abono de família, que oscilam, para os alunos que frequen-tem o horário compreendido entre as 8.00h e as 9.00h, entre os €5 e os €15, e para os que frequentem o horário compreendido entre as 8.00h e as 9.00h e das 17.30h e as 19.00h, entre os €7 e os €30, sendo que o segundo irmão tem um desconto de 20% e os terceiro e seguintes têm um desconto de 30%.

Contribuir para a formação e a segurança activa das crianças foi o objectivo da parti-cipação da Junta de São João de Deus na “1ª Corrida Escola Segura – Agarra a tua vida”, que assinalou o Dia Europeu da Segurança

Rodoviária, da iniciativa das equipas do programa “Escola Segura” da 5ª Divisão da PSP de Lisboa. Esta iniciativa destinou-se aos alunos dos 3º e 4º anos do 1º ciclo do Ensino Básico, num percurso com 600 metros, além de ter promovido um passeio destina-

do a alunos com necessidades educativas especiais, estimulando a sua participação na vida escolar e consolidando conhecimentos. O Regimento Sapa-dores Bombeiros também se associou a esta inicia-tiva que colocou no local uma viatura de desencar-ceramento e intervenção em acidentes rodoviários e um veículo acidentado e intervencionado. Para além da cedência de equipamento, a Junta de São João de Deus contribuiu com a disponibilização de publicidade, troféus e medalhas.

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Page 10: JDL55-Ago2012

Arrendamento socialPOR JOãO GONçAlveS PereIrA

>> Deputado do CDS/PP

2012: desvio colossal é a marca da coligaçãoPOR mArCOS SÁ

>> membro da Comissão Política Nacional do PS e Diretor do Jornal “Acção Socialista”

hoje, uma família que é confrontada com uma situação de desemprego e que tenta flexibilizar a redução dos seus gastos, muitas vezes vê na sua renda mensal o maior volume de encargos. Em situações dramáticas pode ser esse o encargo responsável pelo voto à exclusão social. Ore, é isso que o Governo, e bem, pretendeu evitar através da nova política de arrendamento social. Esta pode ser a ajuda que, num momento de austeridade, várias famílias encontram

uma saída. O Governo já tinha identificado no seu programa de emergência social a necessidade de criar uma resposta para as famílias e os jovens que, confrontados com o desemprego ou sobre-endividamento, se vêem a par com as dificuldades acrescidas em pagar a prestação ou a renda.Esta é uma resposta para todos aqueles que estão foram do universo das pessoas que se podem candidatar a habitação social. Ou seja, para as famílias que não conseguem arrendar a preços de mercado porque os seus rendimentos não o permitem. Para estes, e outros cenários semelhantes, urgia encontrar uma resposta do Estado baseada num arrendamento mais acessível para todas as famílias que atravessam com muita dificuldade este momento.Essa necessidade também era vivida diariamente pelas autarquias, e estas de uma forma imediata disponibilizaram-se para fortalecer a sua resposta social, de forma a poder chegar aos seus munícipes em mais dificuldades.Os benefícios de estender a vertente de Acção Social e o reforço de soluções de proximidade, que são particularmente valiosas por terem uma componente mais realista e um conhecimento concreto, são eixos fundamentais na sinalização de muitas situações novas e envergonhadas.Esta vontade comum, que juntou Governo e autarquias, foi o factor fundamental para obter resultados que devem-nos deixar a todos satisfeitos por centenas de famílias serem beneficiárias desta política governativa que tem uma escala nacional, mas que ao mesmo tempo mantém a proximidade para chegar a quem mais precisa.

É justo sublinhar que para esta vontade comum também contribuíram as entidades bancárias, resultando num projecto que abarca Portugal de norte a sul, do interior ao litoral, presente em 108 municípios.Ao contrário do que estávamos infelizmente habituados no anterior Governo, este é um projecto que não cria mais estruturas, pelo contrário associa as que temos; Um projecto em que o Estado não tem de gastar um único euro;Assim, em estreita articulação com os municípios, conseguiu-se em muito pouco tempo disponibilizar cerca de 1000 imóveis – numa resposta que ambiciona chegar a 2.000 imóveis até ao final do ano – com rendas cerca de 30% mais baixas que as praticadas no mercado livre.Pensemos o exemplo de uma família ou de um jovem com um encargo de 500 euros mensais em habitação. Com o arrendamento social 30% mais barato, um imóvel nestas condições pode ficar próximo dos 350 euros. De 500 para 350 euros, temos uma redução de 150 euros mensais que podem muito bem representar o apoio de que muitas famílias precisam para se reorganizarem ou fazer face a este período difícil.Uma redução de 30% que também dá resposta aos jovens a quem, sobretudo no começo de vida em conjunto, um apoio destes é tão importanteEsta política governativa disponibiliza imóveis de várias tipologias, respondendo à procura dos mais diversos perfis e necessidades familiares. Sejam famílias jovens, sejam famílias mais numerosas, salvaguardando como regra de preferência as famílias com pessoas com deficiência, com idosos, ou com filhos dependentes a cargo.Quando vários sectores têm problemas semelhantes e tudo aponta para uma mesma solução, não podem hesitar: deverão unir-se, articular-se e cooperar na sua construção. Este é um bom exemplo de exercício da política!É assim que Portugal vencerá a crise: gerindo bem os seus recursos, aproveitando as convergências de interesses, e apostando nas parceiras sociais.Esta medida reforça o Estado Social e dá corpo a um novo espírito português: mais solidário, mais coeso, e mais sustentável.

AGOSTO12

há dois anos o debate do Estado da Nação ficou marcado pela proposta do líder do CDS-PP para que o então primeiro-ministro, José Sócrates, se demitisse.Nesse dia e já sem a maioria parlamentar dos anteriores quatro anos, José Sócrates antecipou a possibilidade de um cenário de crise política que viria a ocorrer em 2011, com o chumbo do PEC IV, advertindo que alguns partidos pretendiam manter o país sob a

ameaça de uma crise política.Desafiava na altura Paulo Portas: “Senhor primeiro-ministro, o senhor é passado, já não recupera, os portugueses não o veem como solução, veem como problema, acham que quem nos trouxe a esta crise não é capaz de nos tirar da crise, ponha a mão na consciência, perceba o mal que fez e tenha um gesto de humildade e saia”.Importa recordar que já com a direita no governo, o desvio das contas públicas do

ano 2011 teve injustamente um bode expiatório: o governo socialista.Felizmente já estamos em 2012 e o Governo já não tem espaço político para mais desculpas nem invenções diabólicas. Este ano a receita fiscal está a cair 2,4% e os gastos estão a subir acima do orçamentado, contribuindo para o agravamento do défice. Descobriu-se finalmente que este Governo de Direita é nominalmente responsável pelo desvio colossal das contas públicas.No recente debate sobre o Estado da Nação o Governo foi confrontado com a sua obsessão pela austeridade, que fez de Portugal um país severamente pobre, com um desemprego recorde e uma economia em franca recessão, sem que se vejam melhorias nas contas do Estado.Permitam-me que hoje faça, humildemente, um desafio a Paulo Portas: - “Percebam o mal que fizeram, pois está na altura de porem a mão na consciência e no mínimo mudarem de políticas!”

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Faltam as respostas da CMLCrescem os problemas em Lisboa

POR mODeStO NAvArrO

>> Deputado municipal do PCP na Assembleia municipal de lisboa

Relvas e Sócrates: frutos do sistemaPOR luíS mIGuel lArCher

>> Professor universitário

Na 5ª edição do orçamento participativo, foi reduzida a dotação de 5 milhões de euros para 2,5 milhões. Porém, isso não impede a Câmara de falar de 659 propostas, com 55 000 post it s e mais 121 propostas concretas. 2,5 milhões de euros a distribuir por duas categorias de financiamentos, até 150 000 euros, e de 150.001 euros até 500 000 euros, dá para pensar onde ficará a maioria das propostas e ideias;

mas, enfim, vale mais pouco do que nada, o que poderá acontecer qualquer dia, por este andar reduzido e redutor que assombra o que era bom à partida.Sobejam problemas diários na cidade, por exemplo na limpeza e higiene urbana, com os tormentos na recolha do lixo. Lisboa esteve à beira do caos e do aparecimento de doenças, com a indigência do vereador do pelouro, Sá Fernandes, que agora só negoceia com os grandes empreendedores, que nem pode ouvir falar de lutas dos trabalhadores, que não sabe criar condições para a resolução de problemas de limpeza e higiene urbana, antes os agrava; que, na recolha de resíduos sólidos, não dirige de modo a que, por exemplo, o papel e o cartão sejam retirados com a periodicidade necessária; os contentores ficam cheios, várias semanas, dentro das casas. Obviamente, para algum lado irão materiais que durante esse tempo não têm lugar nos contentores, ou ficarão noutros contentores, na perda ambiental que era tão incómoda, em tempos idos, para o senhor vereador Sá Fernandes.Para além de propostas de rotundas e de negócios para ocupação de zonas

nobres da cidade, da parte da maioria PS na CML não há palavras para falar dos munícipes e dos problemas reais da cidade, das vias que ficam mais esburacadas, entre outras coisas mais, nem das medidas danosas do governo PSD/CDS-PP para a cidade, na saúde, no desemprego, nas áreas concretas que agravam o quotidiano da população de Lisboa.O senhor presidente da Câmara e a sua maioria PS voam muito lá por cima e, um dia, quando descerem à terra, porventura terão algumas surpresas. Mas isso que interessa, se, por enquanto, podem continuar a fazer desenhos de altas cavalarias e de propaganda a expensas do orçamento municipal?Só que Lisboa precisa de outras atitudes e de realismo e eficácia na acção da Câmara. E, num ano de mandato que resta, nada indica que irão fazer o que não fizeram em três, ou em cinco anos, a bem dizer.

Já agora, a propósito disso, de parecer e não ser, queremos falar da falta de vontade da Câmara Municipal e do Vereador Sá Fernandes para resolução da situação no Departamento de Reparação e Manutenção Mecânica. Trouxemos à Assembleia Municipal uma recomendação fundamentada num abaixo-assinado subscrito por mais de cem trabalhadores do departamento, que foi aprovada por unanimidade. São problemas sérios, a carecerem de decisão eficaz do vereador Sá Fernandes e da Câmara. Agora, queremos obter respostas concretas para melhoria do funcionamento do DRMM e medidas que possibilitem melhores condições para os trabalhadores ao serviço do município de Lisboa.

este caso Relvas é um problema sistémico do ensino, e não um problema de natureza moral ou jurídica. No limite, diria que é um problema do sistema de ensino de facto versus o sistema de ensino da legislação vigente e do Ministério da Educação. É aborrecido porque, uma vez mais, vem mostrar as fragilidades do nosso ensino que enfermou a aprendizagem de gerações de portugueses e que continuará, ao que se vê, a enfermar a aprendizagem de outras tantas gerações.

Isto é o mesmo que o nível das notas dos diversos exames nos diversos ciclos, a iliteracia dominante no meio escolar, a mudança continuada dos programas e até a mudança de paradigma do ensino que está, de forma revivalista, a mudar da compreensão e lógica para decorar conceitos e fórmulas. Ou seja, Relvas e Sócrates são fruto de um sistema de ensino existente e de uma falta de noção incrível do que ele é na realidade. Se há algo que tenho a elogiar, pelo menos, é que tudo decorre do célebre princípio constitucional de educação para todos. No passado, como no presente, este simulacro de democracia era o mal menor. Apesar de nem todos os alunos terem as mesmas condições, de estrutura escolar, familiar, de material escolar e professores competentes, dizia-se, com alguma simplicidade, que era fruto da globalização. E começou-se a achar natural que a melhor preparação fosse

dada nos grandes centros urbanos, nos colégios elitistas e que em populações desfavorecidas ou no interior os alunos tivessem mau aproveitamento e um limite à sua vocação escolar.Este simulacro de igualdade, ou esta injustiça, foi aceite como dado adquirido e cedeu a primeira página a questões corporativas quanto o peso dos sindicatos, a excepção de horas de ensino e mil e uma leis que protegeram a profissão do docente. Não os alunos. Por ridículo que pareça muitas das universidades privadas foram a única oportunidade para estes alunos terem acesso ao ensino superior. Ou seja, juntou-se a sua falta de preparação com professores turbo, professores convidados sem preparação pedagógica, o fascínio pelo lucro e… resultado: falta de prestígio do ensino superior e do valor dos “canudos”.Por isso, seria possível o caso Relvas e milhares de casos na história próxima de falta de qualidade no ensino e inaptidão de universidades e institutos ou escolas superiores, sem a falta de qualidade “escrita” desta legislação e a existência desta universidade? Claro que não. O irritante é que a reflexão produzida sobre a resposta a dar à falta de literacia e de formação dos portugueses está no caminho certo, e tudo vai regredir porque não se conseguiu implementar no terreno o conceito de aprendizagem para a vida.

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ficha técnica Director francisco Morais BarrosEditor colunas de Opinião - comunicação Unipessoal, Lda.

R. D. Estefânia, nº 177, 2º C, 1000-154 Lisboa PortugalJornalista Estagiário antónio Serrano costa

Tel 21-8884039 | NIPC 508360900 | Nº de Registo na ERC 125327 | Depósito Legal: 270155/08 | Tiragem mínima: 15.000 exemplares | Periodicidade: MensalAs opiniões expressas nos artigos de Opinião são exclusiva responsabilidade dos seus autores

Dep. comercial carlos Loureiro ( 912563145 - [email protected] )Repórter Fotográfico Miguel Reis airesPropriedade francisco Morais Barrosimpressão Grafedisport

Oexecutivo do Campo Grande cele-brou um protocolo de cooperação com a 18ª Esquadra da PSP que prevê o reforço do policiamento da autar-quia, recorrendo às ciclo-patrulhas

para reforçar a segurança dos residentes.No âmbito do Programa Integrado de Policia-mento de Proximidade, que tem por objectivo reforçar o policiamento através de equipas ve-

locipédicas, a 18ª Esquadra alarga a sua zona de actuação, dando maior visibilidade à sua actuação e estabelecendo um maior e melhor contacto com a população. Por seu lado, a Jun-ta de Freguesia do Campo Grande contribui para a concretização desta medida de reforço da qualidade de vida na autarquia apoiando a aquisição de duas bicicletas, que ficam afectas ao patrulhamento na sua área de jurisdição.

A Junta dos Anjos convidou o artista plás-tico Odeith [.com] para executar duas obras de graffiti na Freguesia, como forma de requalificar alguns muros da

autarquia que se encontravam degradados. A Rua de Santa Bárbara foi uma das artérias que mereceu a produção artística, que reproduz uma vista da Avenida Almirante Reis, no iní-cio do séc XX. O segundo local situa-se na Rua dos Anjos, em pleno Intendente, evidenciando uma conjugação de hiper-realismo – reprodu-ção do Prémio Valmor, 1908 – com free style. Noutra vertente, a Comissão Social da Fregue-sia dos Anjos, em parceria com a Santa Casa, promoveu a Feira da Saúde. Esta iniciativa, de 24 a 27 de Julho, debruçou-se especialmente sobre o tema do álcool, com diversos rastreios de saúde, sessões de sensibilização e também a presença de entidades que trabalham com a problemática do alcoolismo. Antes, os Anjos, no âmbito da Comissão Social de Freguesia, realizaram mais uma actividade de exercício físico gratuita, dando a conhecer o Miradou-ro Monte Agudo e informação sobre desporto. Para celebrar o Dia dos Avós, o grupo de volun-tariado da Freguesia “AnjoSolidário” organi-zou actividades para avós e netos, promoven-do o reforço dos laços intergeracionais, com a colaboração dos idosos do Centro de Dia Nos-sa Senhora dos Anjos da Santa Casa.

A Junta do Alto do Pina viu as suas instala-ções e equipamentos, como a carrinha da

Freguesia, serem vandali-zadas com graffitis, pela se-gunda vez num espaço de

tempo de três meses. De acordo com o presidente de Junta, Fernando Braamcamp, os actos de vandalismos estão a ser investigados pela polícia, até porque implicam “gastos avul-tados, que poderiam ser aplicados em actividades de apoio à população, sobretudo numa altura de grandes carências económicas e sociais”.

> CAMPO GRANDEFreguesia com mais segurança

> ANJOSGraffitti decora ruas

> ALTO DO PINAvandalismo repetido

A Junta da Graça organizou um calen-dário de verão muito animado para as crianças da Freguesia. Durante o mês de Agosto, apoiando as famílias

e proporcionando actividades lúdico-cul-turais para os mais novos, a Junta da Graça tem em funcionamento o ATL. Por outro lado, o executivo desta autarquia organi-zou, durante todo o mês de Julho, a acção Praia-Campo, para crianças e jovens resi-dentes, que beneficiaram de idas à praia, piscina e visitas diversa, como ao navio escola Sagres, aproveitando a regata dos maiores veleiros do Mundo. Para os mais velhos, a Graça já abriu as inscrições para a edição 2012 da Praia-Campo Sénior que irá realizar--se em Setembro. Os interessados deverão contactar a Junta de Freguesia pelo número 218863191 ou então deslocarem--se às instalações da Freguesia na Rua Josefa de Óbidos.

FREGUESIA DA Sé Arte CONtemPOrâNeAO Executivo da Junta de Freguesia da Sé apoia o evento sobre arte contemporânea, a levar a efeito durante o mês de Setembro pelo Centro Cultural Pedro Hispano na Sala do Risco no Largo de Santo António da Sé. Por outro lado, com o apoio da Associação Mãos e Projectos, o executivo da Sé continua a apoiar as famílias mais carenciadas da freguesia, disponibilizando-lhes produto social do Pingo Doce, duas vezes por semana.

SÃO NICOLAU SOlIDArIeDADe eNtre GerAçõeSA Freguesia de São Nicolau participou na iniciativa “2012 - Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações”, a convite da representação em Portugal da Comis-são Europeia. Neste evento, a Freguesia reuniu várias dezenas de idosos e crianças num lanche convívio no jardim do Largo Jean Monet, onde o bailarino Bruno Alexandre da Companhia de Dança Olga Roriz e professor de uma turma de dança para idosos da Freguesia de São Nicolau deu uma aula de dança para todos, frisando a necessidade de um envelhecimento ativo e à solidariedade entre gerações

ENCARNAçÃO CONtrA O DeSPerDíCIO A Freguesia da Encarnação, a par da Freguesia de Santa Catarina e do Lisboa Clube Rio de Janei-ro, aderiram ao movimento “Zero Desperdício”, indo assim ao encontro de crescentes necessi-dades de muitos residentes. Desde o início de Julho que a Junta da Encarnação, com a parceira com Santa Catarina e com o Clube local, distri-bui às pessoas com maiores carências alimentos disponibilizados pela Tasquinha do Celeiro, de segunda-feira a Sábado das 17h30 às 18h30, na sede do lisboa Clube Rio de Janeiro, na Rua da Atalaia nº 120-1º. Esta actividade é desenvolvida com a maior descrição, e tem tido uma grande adesão, cujos beneficiários aumentam diaria-mente. Entretanto, até dia 10 de Agosto, está a decorrer a acção praia-campo infância, propor-cionando a 47 crianças dos 6 aos 12 anos férias na praia, com o apoio da Câmara de Lisboa. Para os jovens entre 13 e 18 anos, o projecto Intervir BAD organiza, na mesma data, a praia-campo para 30 jovens.

Pé de Página

lIxADOSPOR FrANCISCO mOrAIS BArrOS

Pedro Passos Coelho “lixou” todos os laranjinhas, quando mandou “lixar” as eleições, por que, o que importa, é Portugal.O primeiro-ministro tem toda a razão. Mas, ao “lixar-se” para as eleições, Passos

está a “lixar” uma legião de social-democratas que

vivem à mesa do orçamento público. Central ou autárquico.E Passos sabe que quem se “lixar” nas autárquicas, vai fazer tudo para o “lixar” nas legislativas.Estão todos lixados!

A Junta do Campo Grande celebrou um protocolo com a PSP

para reforçar o policiamento da Freguesia.

> GRAçACrianças com verão animado

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