Janeiro- Dezembro de 2013 · – Mitigação dos efeitos do HIV ... e parceiros na luta contra a...

ADEL-SOFALA M O Ç A M B I Q U E – Á F R I C A ________________________________________________________________________________________

Agência de Desenvolvimento Económico Local de Sofala

RELATÓRIO

Janeiro- Dezembro de 2013

(Para I Reuniao ordinária do Conselho de Direccao da ADEL)

Fevereiro de 2014

Elaborado pel Direcção Executiva da ADEL-Sofala

Rua Pêro de Covilhã, N.º 1005 RC, Matacuane; Tel. 23362142; 84-3621420; Fax 23362143;

[email protected]; www.adelsofala.org.mz

mailto:[email protected]

http://www.adelsofala.org.mz/

Relatório de actividades, ADEL-Sofala, Janeiro 2013-Dezembro 2013

1

Índice

Abreviaturas .............................................................................................................. 3

Introdução ................................................................................................................. 4

1 Serviços de Energias e Desenvolvimento Sustentável ................................ 5

1.1 Projecto SEALAS II (Energias Sustentáveis para província de Sofala) ......... 5 1.2 Programa de fogões melhorados ................................................................ 17 1.3 Viveiros comunitários .................................................................................. 20

1.4 Programa comunitário de reposição do mangal, município da Beira, Posto Administrativo de Nhangau .................................................................................. 20 1.5 Projecto de Delimitação, Inventario Florestal e Capacitação dos CGRN na província de Sofala”,– Distritos de Chibabava, Nhamatanda, Gorongosa, maringue, Marromeu e Cheringoma ...................................................................................... 22

1.6 Canalização dos 20% das receitas florestais as comunidades ................... 23

2 Serviços de micro finanças ........................................................................... 23

2.1 Poupança e Credito em Grupo (ASCA - Métodologia de uso de Associações para Poupança e Crédito Comulativo).................................................................. 23 2.2 FADEL ......................................................................................................... 24

3 Segurança alimentar e nutrição .................................................................... 25

3.1 Programa de Voluntários nacionais ............................................................. 25

4 Estudos, Planos consultorias ....................................................................... 26

4.1 Plano de Desenvolvimento da ADEL- Sofala .............................................. 26 4.2 Forno melhorado ......................................................................................... 26 4.3 Demanda do Negócio de Energias Sustentáveis ........................................ 27 4.4 Pesquisa para avaliação da eficácia do fogão poupa lenha móvel. ............ 27

4.5 Pesquisa sobre clubes ambientais nas escolas. ......................................... 27 4.6 Pesquisa sobre digestores de bio gas ......................................................... 27 4.7 Planos locais de energia pilotos – Testado em 3 bairros ............................ 28

5 Seminários, conferências e foruns ............................................................... 28

5.1 Seminário sobre Governação Interna das Associações .............................. 28

5.2 Grupo de Coordenação de Maneio Comunitário dos Recursos Naturais da Província de Sofala (GCMCRN) ........................................................................... 28 5.3 II Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local ............................ 28 5.4 Quênia, Nairobi: workshop de lançamento da Estratégia WWF ESARP Energia 2012-2015 e Consulta dos parceiros do WWF sobre o Projeto de Transformação do Setor de Energia da África Oriental ........................................ 29 5.5 Quénia, Nairobi: Fortalecendo a resiliência dos sistemas sócio-ecológicos costeiras no oeste do Oceano Índico 25 - 26 de junho de 2013 ........................... 29 5.6 FORUM Nacional dos bio-combustiveis ...................................................... 30


2

5.7 FEDESMO ................................................................................................... 30

4. Conclusões ..................................................................................................... 30

5. Perspectivas ................................................................................................... 31

Anexos..................................................................................................................... 32

Anexo 1: Lista de trabalhadores da ADEL-Sofala em Actividade ...................... 32

Anexo 2: Resumo de Actividades/ projectos em execucaco .............................. 32

Anexo 3: Projectos em carteira (com financiamento assegurado) .................... 34

Anexo 4: Relatorio do FEDESMO ................................. Erro! Marcador não definido.


3

Abreviaturas

ADEL-Sofala Agencia de Desenvolvimento Económico Local de Sofala

AMA Associação Moçambicana de Ambiente

ACB Associação Comercial da Beira

ACAMO Associação de Cegos e ambliopes de Moçambique

ASCA Associações de Poupanças e Credito Acumulativo

CLED Centros Locais de Energia e Desenvolvimento

CCD Conselho Consultivo Distrital

CGRN Comité de Gestão de Recursos Naturais

DANIDA Agencia Dinamarquesa para Desenvolvimento Internacional

DNE Direcção Nacional de Energia

DPAG Direcção Provincial de Agricultura

DPCA Direcção Provincial de Coordenação da Acção Ambiental

DPRME Direcção Provincial de Recursos Minerais e Energia

EPC Escola Primaria Completa

FAO Fundo das Nações Unidas para Agricultura

FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital

FADEL Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Económico Local

FEDESMO Fórum de Energia e Desenvolvimento Sustentável de Moçambique

FUNAE Fundo de Energia

GEF Fundo Global para o Ambiente

GTZ-PROBEC. GTZ- Programa de Desenvolvimento Rural

GIZ Agencia Alemã de Cooperação Internacional

HIV/SIDA Vírus da Inmunodeficiência Humana/Síndroma de

inmunodeficiência adquirida

IAC Instituto Agrário do Chimoio

OBC Organização de Base Comunitária

ODM Objectivos de Desenvolvimento do Milénio

OIT Organização Internacional do Trabalho

OPE Organização de Poupança e Empréstimo

ONG Organização Não Governamental

VE Organização Dinamarquesa de Energias Sustentáveis

PSC Comité Nacional de Direcção do Projecto

NORAD Agencia Norueguesa para Desenvolvimento Internacional

NNV Organização Norueguesa Amigos da Terra

SEALAS Projecto de Energias Sustentáveis para Província de Sofala

SDAE Serviços Distritais de Actividades Económicas

SPFFBS Serviços Provinciais de Floresta e Fauna Bravia de Sofala

UNOPS Secretaria das Nações Unidas para Gestão de Projectos

UEM Universidade Eduardo Mondlane

UP Universidade Pedagógica

UPCS União Provincial de Camponeses de Sofala


4

Introdução

A ADEL-Sofala, é uma organização nacional cuja missão é contribuir para o desenvolvimento

da província da Provincia de Sofala.

O presente relatório descreve as principais actividades realizadas pela ADEL-SOFALA de

Janeiro de 2013 a Dezembro de 2013, e tem como objectivo informar e partilhar junto aos

membros e Conselho de Direccao da ADEL em particular, o estado actual da agência, principais

realizações, constrangimentos e perspectivas.

No geral, as actividades realizadas que contaram com suporte de parceiros nacionais e

internacionais, membros da ADEL, tem contribuído na busca de soluções para questões

relacionadas com:

– Promoção de emprego e geração de rendimentos ao nível local;

– Actividades agro-pecuárias e grupos ou associações organizadas;

– Promoção das potencialidades económicas da província;

– Acesso a recursos financeiros através da divulgação e implementação da metodologia

ASCA, principalmente nas zonas rurais;

– Apoio aos grupos desfavorecidos com particular destaque para a mulher;

– Organização e legalização dos CGRN

– Gestão e utilização racional de recursos naturais;

– Promoção de tecnologias alternativas as comunidades;

– Mitigação dos efeitos do HIV/SIDA

A agência continua concentrar os esforços, de modo a contribuir no melhoramento das

condições de vida das comunidades vivendo ao longo do Corredor da Beira e na região Centro-

Nordeste.

Como resultado das parcerias que a agência tem actualmente, e para responder a demanda dos

serviços, encontra-se estruturada da seguinte forma:

1. Serviços de Energias e Desenvolvimento Sustentável: este departamento tem

promovido actividades relacionadas com a melhoria da produção e consumo da energia

da biomassa, principalmente para cozinhas, através da introdução de fogões melhorados

familiares e institucionais. Tem sido estratégia, a introdução de tecnologia como forma

alternativa de geração de rendimento nas famílias. Em paralelo, está-se a promover

sistemas foto voltaicos para iluminação de residências nas zonas rurais incluindo

escolas. Ainda faz parte dos serviços, o suporte a constituição de viveiros comunitários

e apoio a constituição dos comités de gestão de recursos naturais e a facilitação na

canalização dos 20% as comunidades resultante das explorações florestais. Actualmente

a agencia, é das poucas organizações especializadas na área de energias sustentáveis,

sendo um referência de boas praticas ao nível do pais.

2. Departamento de Segurança alimentar e Nutrição: tem promovido actividades com

objectivo de melhorar a agricultura e pecuária, através de treinamentos específicos e

introdução de tecnologias melhoradas, incluindo pratica na preparação de alimentos de

elevado valor nutritivo, utilizando produtos acessíveis as famílias.


5

3. Departamento de microfinancas: destaca-se duas formas principais de intervenção:

Através do FADEL, que tem como principal objectivo garantir o acesso a credito

para pequenas e medias empresas da província incluindo associações de produtores

devidamente organizados;

Metodologia ASCA que tem como principal objectivo mobilizar recursos

financeiros através da actividade de poupança dos membros do grupo para melhorar

o acesso ao micro-credito, como forma de contribuir para o incremento dos

rendimentos das famílias, usando capital disponível para empréstimos gerado pelos

membros dos grupos.

Nos três pilares foram integrados aspectos transversais ligados ao desenvolvimento

comunitário, género, documentação e replicação de experiências, constituindo a metodologia

ASCA transversal a todas áreas de intervenção da agencia. Para alcançar os seus objectivos,

durante o ano de 2013, a ADEL-SOFALA contou com o apoio incondicional dos membros e

seguintes instituições parceiras:

– Governo da Província de Sofala

– VE /DANIDA;

– NORAD/NNV

– KPPMG/ITc

– GIZ

– GAPI;

– Governo dos Distritos;

– VSO

– GEF/SGP/PNUD

– MITRAB

– OIT

– DPCCA

A agência pretende a ser parceiro valido e aceite do governo e parceiros na luta contra a pobreza

ao nível da província de Sofala, continuar a promover actividades que sejam sustentáveis para

os beneficiários e para a ADEL.

No entanto, o ano de 2013, ficou marcado pelo encerramento da fase II do projecto SEALAS,

financiado pela DANIDA, através da VE, que vai ter implicações na manutenção de algum

pessoal técnico na agencia, principalmente dos assistentes do campo.

1 Serviços de Energias e Desenvolvimento Sustentável

1.1 Projecto SEALAS II (Energias Sustentáveis para província de Sofala)

O projecto SEALAS (Sustainable Energy Activities in Local Areas of Sofala) iniciou em 2004-

2009, e a II fase iniciou em 2010 e terminou em Dezembro de 2013. O objectivo ao longo prazo

do projecto é de garantir que práticas de energia sustentável sejam crescentemente integradas

em projectos de desenvolvimento para comunidades mais desfavorecidas em Moçambique


6

O projecto SEALAS desenvolve as actividades com assistencia da VE e NNV.

Estrategicamente o projecto esta a reforçou a capacidade das ONGs, OBCs, autoridades e

comunidades da província de Sofala para identificar, planear e executar actividades de energia

sustentável com foco especial nos projectos de desenvolvimento integrado e programas para

comunidades mais desfavorecidas da província de Sofala.

Para acompanhar as actividades do projecto foi constituído um Comité Nacional de

Aconselhamento do Projecto (PAC), constituído pelas seguintes instituições: ME/DNENR,

MINAG/DNTF, UEM/FAEF, FUNAE, MICOA/DNGA/MDP/DNPDR, OIT, OVE, ADEL

Em termos territoriais e tecnicamente o projecto concentrou as actividades nos CLEDs, que

constituem espaços de demonstração de projectos, participação das comunidades, na busca de

soluções locais para problemas de energias contribuindo para o desenvolvimento local. As

comunidades são assistidas e mobilizadas a partir dos comités que se estabelecem no centro e

representam uma organização de base.

Constituem objectivos do CLED criar nos distritos pilotos, locais onde as comunidades possam

tomar conhecimentos, a partir de observações e de exemplos concretos, das várias aplicações

em matérias de energias sustentáveis e mostrar as vantagens na relação custo/ beneficio e

impacto ambiental de tais empreendimentos. De seguida, procede-se a descrição das principais

características dos CLEDs que foram (in)directamente pelo projecto SEALAS:

Tabela 1: CLEDS

N CLED Ano

criacao

Situacao

legal

Principais actividades

Maringue 2007 Legalizado

junto do

Governo

local como

pessoa

colectiva e

é

constituído

por 12

membros e

mais de 300

membros

-Reflorestamento, apicultura, pecuária, produção de

fogões, sistemas fotovoltaicos, etc.

-electrificada uma escola, que passou a leccionar aulas

no curso nocturno,

-foram construídos fogões melhorados institucionais

no centro de saúde local, na EPC de Subué e nas

instalações CLED.

-7 (sete) CGRN foram legalizados e capacitados em

matéria de gestão de negócios, tendo acedido aos

fundos dos 20% dos impostos sobre as explorações

florestais.

Cerâmica 2006 Iniciou

com seis

membros

cresceu,

sendo

neste

momento

um dos

mais

fortes.

-Produção de fogões melhorados a carvão

denominados Mbaula,

-conservadores cerâmicos, segurança alimentar e

nutrição, assistência domiciliária aos

seropositivos, produção da moringa, sistemas

solares

-OPE, estando em processo de legalização.


7

Nhangau 2006 Legalizado

com 20

membros e

sub-grupos

de interesse

-Reflorestamento da zona do continente, produção,

disseminação da moringa e de plantas medicinais e

horticultura,

-massificação do uso de fogões melhorados,

apicultura, ASCA, disseminação de painéis solares

-Fiscalizacao do mangal

Associação

Florestal da

Milha Oito

(AFLOMO

2001 14

associados

-reflorestamento, venda de troncos de eucaliptos,

lenha, produção e venda de plantas como eucaliptos,

moringa, sumaúma, entre outras espécies. horticultura e produção do arroz e pecuaria

Mafambisse 2007 12

membros

fundadore

s

-A produção de mudas para reflorestamento e

fruteiras,

-Suporte as escolas em programas de acções de

promoção do meio ambiente e biblioteca

Nhamatand

a

2008 desenvolve o ASCA, com diversos grupos,

produção e venda de poupa lenha fixo.

Sub-CLED de Mucombezi

O CGRN de Mucombezi, membro do CLED, possui grupos que produzem e comercializam

carvão vegetal, de apicultura, de carpintaria, de corte e comercialização de estacas de bambu,

entre outros. O grupo de produção de mudas e de reflorestamento, produz em média por ano

60.000 plantas. No âmbito do projecto de sequestro do carbono e em parceria com a

EVIROTRADE, cada membro do grupo, recebeu uma média de rendimento de 20.000,00 MT

por ano. Foram distribuídos na comunidade de Mucombezi cerca de 28 sistemas de painéis

solares, a título de pagamento faseado, que são usados para iluminação nas residências e

carregamento de baterias de telemóveis.

CLED de Gorongosa (em implantação)

Constitui um dos novos CLEDs, tem sido desenvolvidas algumas actividades, no âmbito do

projecto, nomeadamente o ASCA, com grupos localizados na Vila Sede e em Nhambita. O

grupo da sede poupa valores bastante altos e já possui uma conta bancária, tendo sido já

legalizado como associação. Em Nhambita, para além dos grupos de poupança, funcionam em

escala reduzida, grupos de produtores de poupa lenha. O CGRN de Nhambita encontra se já

legalizado.

No Distrito de Gorongosa foram instalados pela ADEL- Sofala dois sistemas fotovoltaicos nos

postos de saúde de Kanda e Tsiquir.

CLED de Muxungue

O CLED de Muxungue surge do grupo da Associação dos Revendedores dos Sistemas

Fotovoltaicos local, suportado anteriormente pela ADEL, através dos projectos

SEALAS/AMES. Em 2011 formaliza se o CLED, que para além do grupo de revendedores de

painéis solares, inclui outros grupos e associações como o UCHOROKWE, grupo de produtores


8

e vendedores da castanha de caju, ALFALITI, associação virada a alfabetização e educação de

jovens e adultos, Associação Kubatana, ANASAV, Associação dos Naturais do Sul de Save,

Igreja Metodista Unida, Associação dos Produtores do ananás, entre outras.

Entre as actividades implementadas pelo CLED destaca-se a de produção de mudas de plantas

florestais, exóticas e fruteiras, incluindo a castanha de caju, criação de animais de pequena

espécie, incluindo a avicultura, a produção e venda de castanha de caju e do ananás e a de

alfabetização dos jovens e adultos, para além a da disseminação de sistemas fotovoltaicos.

Desde a implantação da associação, forneceram aos diversos CLEDs e comunidades, através

do projecto SEALAS, cerca de 500 componentes, entre painéis solares, baterias, lâmpadas,

lanternas e carregadores de baterias de telemóveis.

1.1.1 Campanhas de sensibilização e informação sobre conhecimento de energias sustentaveis

Objectivos das campanhas:

Promoção das vantagens do uso dos fogões poupa lenha;

Introduzir a componente ambiental e da necessidade de mudança de comportamento.

Introdução de conceitos básicos relacionados com o ambiente

Sensibilizar as comunidades sobre necessidade de se organizarem para uma melhor

gestão dos problemas ambientais

Aprofundar o conhecimento sobre a situação ambiental moçambicana e mundial

Programa de Radio

Em parceria com a Radio Cidade- FM daa Radio Mocambique, forama realizadas diferentes

campanhas de sensibilizacao (debates, programas de rua) durante 3 meses que envolveu

estutantes da cidade, técnicos da ADEL e beneficiários dos diferentes projectos

Jornalismo ambiental (Segunda edicao 2013).

Os jornalistas foram convidados a submeter as publicações relacionadas com o ambiente e

energias sustentaveis ao juri constituido pela DPCA, SNJ, IICB, tendo chegado as seguintes

resultados:

Tabela 2: Resultados do concurso ambiental

Titulo do artigo Impressa Journalista Resultados

Destruicao do Mangal em

Sofala

Televisao de

Mozambique

Pedro Tomas e Carlos

Jamusse

1st lugar com

1 948 pontos

Gestao do lixo e impacto sobre

o meio ambiente

Radio

Mocambique

Nelson Jose Silvestre

Mainato 2nd lugar com

1 718 pontos

Mutindiri, a face da exploracao

insustentavel do carvao

Diario de

Mocambique

Eurico Dança 3rd lugar com

1 490 pontos

Munhava, Beira Desordem

territorial impoe convivencia

entre lixo e residents

Diario de

Mocambique

Pedro Ferrão

Como parar a pressao e Novo Jornal Antonio Janeiro

Mineracao artezanal Radio

Mocambique

Zenith Guimarães


9

1.1.2 Material de informacao produzidos

Foram distribuidos atraves dos escritorios da ADEL, durante a visita de campo e de parceiros

diversos materiais como brocuras, panfletos, jornais de informacao sobre energias sustentaveis

e outras areas de intervencao. No geral os mais procurados foram os seguintes:

Folhetos de Mbaula

Distribuidos juntos com os fogoes melhorados, fornece instrucoes do uso e cuidados;

As vantagens do fogao melhorado Mbaula quando comparado com o metalico

tradiconal

Moringa

Informacao sobre elevada nutricaco da moringa e a comparacao com frutas;

Receitas de como utilizer a moringa ( cozinhar)

Durante o projecto SEALAS mais de 100.000 material impresso foi distribuido de acordo com

a tabela seguinte:

ADEL e parceiros locais, incluindo estudades da UNIZAMBEZE produziram material

informative, no ambito da campanha “ Viva em harmonia com o ambiente”, com objectivo de

gradualmente se alterar o cenário que se vive nas praias da cidade Beira, marcada pela

excessiva poluição das aguas e dunas.

- 20 000,00 40 000,00 60 000,00 80 000,00 100 000,00 120 000,00

Improved Stoves

Moringa

Environmental Olimpic Games

Improved Kilns, Institutional Stoves and FothovoltaicSystems

Expositions

HIV AIDS, Social Services and others

https://www.dropbox.com/s/bl7w0hag0g1spq8/folheto%20moringal_GOV.pdf


10

Produzidos 9 jornais informativos (ADEL Info) e distribuidos a mais de 1000 leitores,

exemplo abaixo.

O poster foi

submetido as

seguintes

instituicoes para

busca de

parceria:

- Mcel and

Vodacom

- CDM

- DPCA – Sofala

- Restaurante

Miramar

- CMB

- RM

O CMB pretende

contribuir com

150 camisetes e

50 caixas para

lixo.

A CDM de

Mocambique

pretende

contribuir com a

pintura das caixa

de lixo e garantir

a logistica.

Os clubes

ambientais sao

solicitados para

apresentar um

modelo de caixa

para lixo usando

material

reciclado.


11


12

1.1.3 Campanhas de sensibilizacao sobre meio ambiente e uso sustentavel dos recursos naturais

Mangal plantado a 4 anos atras pelo CGRN de

Nhangau

Exposicao: Dia Mundial do

Ambiente-Nhangau

Aproximadamente 2.000

pessoas e mais de 100

instituicoes participaram nas

cerimonias centrais em

Nhangau, reconhecimento de

boas praticas de

desenvolvimento sustentavel

promovido pela ADEL e

parceiros, CGRN e o governo

da provincia

Presidente do CGRN de Nhangau explicando o

processo de plantio do Mangal.

CLED-Ceramica, Ceremonia do fim do curso sobre

cuidados domiciliarios. Mulheres sensibilizadas sobre

a importancia do uso do fogao melhorado

Campanhas com sistemas fotovoltaicos, com pontos

focais locais. Voluntarios sensibilizados e treinados

no uso e manutenção


13

Sessao cultural durante abertura de troca de experiencias entre clubes ambientais na cidade da Beira.

.

Exposicao durante a troca de experiencia entre os

clubes ambientais

Vencedoras do concurso de fogoes

melhorados na comunidade den Nhangau


14

1.1.4 Clubes ambientais

Tabela 3: Clubes ambientais

Descricao Activitidades Escolas Beneficiarios

Suporte e

assistência

as escolas na

constituição

dos Clubes

Ambientais,

através da

planificação,

e baseado na

auditorias

ambientais

Beira:

Workshop sobre conceito geral

do meio ambientes

Campanhas de sensibilização

sobre meio ambiente

Nhangau:

HIV / SIDA, Viveiros

Compostos orgânicos, teatro,

sistemas de irrigação gota a gota,

reciclagem de resíduos sólidos

Nhamatnda:

Reuse of plastic bags in nursery

Muxungue:

Sport

Maringue:

cleaning the school and

community grounds

workshop in the community

about wildfires

Reforestation

Production of the necklaces using

local seeds and seed beads for

sale

Protection of school from fire

with firebreaks

Awareness and involvement of

traditional leaders in fire

mitigation campaign

Mafambisse:

Created forest school

horticultural school

workshop on sanitation

and on environmental education

in school

Workshop about the school

program and advantage to act on

the environment

Beira:

- EPC ( ASEM-Macurungo

- EPC 7 de Abril-Chipangara

- Escola Secundaria da Ponta

Gêa

- EPC Esturro

- EPC palmeiras

Nhangau:

EPC of Nhangau

- SS of Nhangau

- Biblical Institute of Nhangau

Nhamatanda:

- PCS herois moçambicanos

- PCS of Matenga- Mucumbezi

- SS of Nhamatanda

- 3 de Fevereiro

Muxungue:

- PCM 1º de Maio

- SS Bispo Henderson

Maringue:

- SS Armando. Em. Guebuza

- EPC Maringue-Sede

- PCS Subué

- PCS of Bandar

- PCS of Furquia

- PCS of Gunbalançai

Mafambisse:

- PCS of Munhonha

- PCS of Magaia

- PCS Samora Machel

- PCS Mussassa

- SS Bloco 9

- SS of Mafambisse

Caia

- Escola primaria 4 de Outubro

Directo

306 raparigas

e 436 rapazes

Indirectly in

each school a

minimal of

1.000 students

is involved in

the EC

activities.

Giving us a

sum of more

or less 27.000.

In most of the

school the

principals

participate

during the

first

constitution

phase and

then a specific

teacher is

indicate to be

the focal point

of the school

making them

also

beneficiaries

27

Environment

Clubs have

been

constituted in

6 district and

all are

planning and

impending

activities.


15

Plantas medicinais constituem um dos foucs em todos os CLEDs e em Nhamatanda tornou-se

realidade atraves dos clubes ambientais.

EPC do Cadeiras que resultaram da

colaboracao entre o clube ambiental e

um carpinteiro local. O actual

mercado e a própria escola e os

alunos tem a possibilidade de

escolher o modelo de cadeiras

Producao domestica do carvao e

extracao do vinagre de madeira

atraves do tambor

O vinagre da madeira esta sendo

testado em famílias para in loco

constatarem a eficácia e também

esta disponível nas lojas de

energia.

Sistema de irrigacao a gota

promovidos pelos clubes

ambientais. Poupa agua e

mantem os solos humidos


16

Fogões melhorados Mbaula (Cerâmica - Dondo)

Conservador Cerâmico

O projecto está sendo implementado pelo CLED da Cerâmica, facilitados pela ADEL-Sofala.

O conservador Cerâmico é constituído por duas peças cerâmicas, sendo uma menor e outra

maior. A maior possui 1cm a mais de diâmetro em relação a menor, de modo a permitir que a

peça menor seja introduzida dentro da peca maior. No vácuo criado entre as paredes das pecas

menor e maior, é introduzida areia até preencher todo o espaço. Esta areia deve ser sempre

húmida, introduzindo água em intervalos regulares. Enquanto a água na areia evapora através

da superfície da peca maior, extrai o calor até fora do núcleo interno, refrigerando assim o

interior da peca menor que fica no interior.

O fogão é feito de um forro cerâmico cabido dentro de uma caixa

de metal e tem um potencial para reduzir o consumo de carvão

usado na preparação de alimento entre 30 a 50 %. Neste fogão

queima-se entre 25 e 40% menos de carvão vegetal que nos

tradicionais. Com assistência da ADEL, estão a trabalhar no

CLED- Cerâmica, oleiros e latoeiros. Para incrementar o número

de fogões, foram formados mais 4 latoeiros. Uma loja localizada

na Munhava, contribui para a venda dos fogões. Os fogões são para

serem vendidos na cidade da Beira e outras cidades do País.

Iluminação de compartimentos escuros por difracção da luz solar durante o dia utilizando

garrafas plásticas


17

1.1.5 Treinamentos e sessoes em energias e assuntos relacionados

Tabela 4: Capacitacoes

Tema

H M

Producao e distribuicao de fogoes melhorados 38 85

Meio Ambiente

Autoridades locais treinadas em leis sobre meio ambiente,

floresta, lideranca, gestao de recursoa naturais e de negocios

186 91

Genero 4.000

Sistemas fotovoltaicos 73 30

Comite de Gestao de Recursos Naturais 43 43

Microfinancas 12 46

Viveiros 51 70

Legalizacao e constituição 146 154

Estudo de base 260 135

Desenvolvimento de parceria 250 160

Fortalecimento instuticional 7 5

Advocacia 12 18

GENERAL TOTAL 5.940 (100%) 1.078 4.837

18,23% 81,77%

1.2 Programa de fogões melhorados

Para o programa de fogões melhorados a agência recebe fundos dos seguintes projectos:

VE/SEALAS, NNV/NORAD, GIZ e FUNAE. Nestas parcerias, a ADEL – Sofala continua a

promover fogões poupa lenha fixo e moveis para zonas peri-urbanas, fogões institucionais para

centros internatos, através de treinamento de membros das comunidades, que por sua vez fazem

a divulgação/ venda do produto nos seus lugares de residência, tornando-se fonte alternativa de

rendimentos para as famílias.

As actividades na construção de fogões poupa lenha familiares e institucionais, constituiriam

uma mais-valia para os beneficiários, pois os utentes destes fogões passaram a poupar mais

Fogão poupa lenha fixo familiar Fogão poupa lenha móvel familiar


18

dinheiro com a redução de gastos na aquisição de lenha, por um lado, e os produtores

melhoraram a sua renda com o negocio da venda dos fogões, por outro, para alem da

contribuição na preservação do meio ambiente e na saúde dos utentes, com a redução do abate

de arvores para lenha e inalação do dióxido de carbono.

1.2.1 Construção de fogões melhorados institucionais

Tabela 5 : Fogões institucionais construídos, respectivos locais e beneficiarios

Nr Instituição – local Nr de

beneficiári

os

NR.

Bocas

01 Instituto Industrial e Comercial da Beira – Beira (com alpendre

completo)

148 4

02 EPC de Nhangau – Beira (1 alpendre completo) 784 4

03 EPC-Cerâmica – Beira (sem alpendre) 1.135 2

04 EPC da Milha 3 (com alpendre) 380 2

05 EPC de Savane – Dondo (sem alpendre) 1.164 6

06 EPC de Mussassa – Mafambisse – Dondo (ampliação do

alpendre)

1.705 4

07 EPC 1 de Junho – Nhamatanda (ampliação do alpendre) 1.275 4

08 Escola Familiar Rural de Barada – Buzi (com alpendre) 75 3

09 Escola Familiar Rural de Estaquinha – Buzi (com alpendre – 2

alpendres, e masculino e 1 feminino)

536 6

10 Escola Profissional Familiar Rural de Mangunde – Chibabava

(sem alpendre)

72 3

11 Escola Familiar Rural de Gorongosa (com alpendre) 270 4

12 Escola Profissional de Agro – Pecuária Murraça - Caia –

Murraça (com alpendre)

151 4

TOTAL 7.695 46

Na sequência do Concurso nr 065/BIO-

FM/FUNAE/UGEA?2011, para fornecimento

e instalação de fogões melhorados em alguns

centros internatos e escolas profissionais de

Sofala, lançado pelo Governo através do

FUNAE, foi estabelecido um acordo/ contrato

entre o FUNAE e a ADEL- Sofala para o

fornecimento dos referidos fogões. Foram

efectuadas viagens de consignação, que

permitiram a apresentação aos beneficiários do

parceiro que iria construir os fogões. A mesma

viagem permitiu igualmente a definição dos

locais específicos nas instituições onde seriam

construídos os fogões, o levantamento das

medidas exactas das panelas e a definição do

agrupamento das bocas.


19

Porque o acordo previa a capacitação dos beneficiários em matérias de uso e manutenção dos

fogões, em cada local foram capacitados beneficiários a seguir discriminados, entre estudantes,

professores e cozinheiros, para garantirem a preservação dos fogões, contribuindo para a sua

maior duração.

Tabela 6: Tabela de activistas treinados em cada instituição

Nr Instituição Beneficiários treinados

H M Total

1 EPC de Nhangau 6 5 11

2 EPC de Savane 4 8 12

3 IIC da Beira 12 0 11

4 EP1 da Cerâmica 7 7 14

5 EPC de Inhamizua – Cerâmica 5 4 9

6 EPC de Mussassa – Mafambisse 2 9 11

7 EPC de 1 de Junho – Nhamatanda 6 9 15

8 EP Rural de Gorongosa 4 6 10

9 EP Rural de Mangunde – Chibabava 7 7 14

10 EP Rural de Estaquinha – Buzi 5 7 12

11 EP Rural de Barada – Buzi 6 7 13

12 E Profissional de Murrça – Caia 7 7 14

Total 71 76 147

Comentários gerais

A recepção tardia dos fundos, em conseqüência da necessidade de se providenciar a

documentação necessária para o visto do Tribunal Administrativo, condicionou para o início

atempado do projecto, no entanto este exercício tornou se uma grande mais valia, pois a ADEL

pois passou a dispor de um “Cadastro Único para realização de obras do Estado”,

documento indispensável para a realização de qualquer actividade que possa contribuir para a

geração de rendimentos para a Agência, incluindo projectos financiados por instituições

internacionais ou ONGs.

A questão da segurança dos locais onde foram construídos os fogões, em virtude de muitas

escolas não possuírem guardas a tempo inteiro, tem sido motivo para a vandalização de alguns

fogões, como já aconteceu nas escolas da Milha III, Cerâmica/ Inhamizua e Nhangau. Em todos

esses locais foi feita a reposição e reparação dos elementos vandalizados.

O futuro da maior parte dos fogões mostra se incerto, pois o PM/ JAM que forneciam os gêneros

alimentícios que eram neles confecciomados, cessaram de faze lo, apenas os centros internatos

continuam usar integralmente os fogões.

Tabela 7: Fogões produzidos nos últimos 3 trimestres de 2013 e numero actual de

produtores de fogões melhorados poupa lenha moveis e poupa carvão

Local Poupa lenha móvel Poupa carvão Produtores envolvidos

Gorongosa 209 25

Caia 300 100 20

Mafambisse 180 60

Muxungue 22 20

Sena 3.300 40


20

Murraça 15 18

Cerâmica 2.870 1.715 32

Buzi- sede 1.981 28

Chibabava 81 12

Chemba 52 2

Chokwe 230 20

Total Sofala 9.240 1.815 277

Com a introdução dos projectos com o AMES e do programa de seqüestro do carbono,

seguramente que haverá uma subida exponencial de produtores e da produção.

1.3 Viveiros comunitários

Na perspectiva de garantir a reposição da floresta que tem sido abatida para obtenção da

madeira e produção de carvão, e com suporte financeiro da VE/SEALAS, NNV/NORAD e

UNOPS/GEF, foram abertos viveiros que estão sob gestão das comunidades locais, e contam

com assistência técnica da ADEL e dos SDAE, nomeadamente:

Viveiro comunitário da Associação Florestal de Milha 8 – Dondo: produzidos 1.000

mudas de Moringa, vendidos 500 e distribuídos 500 aos membros da Associação e a

comunidade no geral; Produzidos 10.000 plantas de Eucaliptos, que foram transplantadas

no campo definitivo; Plantados 100 colmos de bambus, a partir dos rizomas das plantas

regeneradas;

Viveiro comunitário de Maringue: Treinado o CGRN de Ntundankulo em procedimentos

básicos de produção de plantas no viveiro desde preparação do substrato, enchimento de

vasos, sementeira e rega das plantas; Estabelecido um viveiro comunitário com espécies

nativas (Panga-panga, Chanfuta e Umbila), com assistência técnica do SDAE-Maringue.

Viveiro comunitário de Savane no distrito de Dondo, reflorestados 5 ha de essências

nativas (panga-panga, chanfuta, umbila, acácias).

1.4 Programa comunitário de reposição do mangal, município da Beira, Posto Administrativo de Nhangau

O projecto financiado pelo SGP/GEF-PNUD, concluiu com a fase II no em Dezembro de 2013.

Promoveu um conjunto de acções de educação ambiental, estabelecimento de um viveiro,

Moringa

Viveiro comunitário de Cerâmica –

Dondo: produzidas 1000 Moringas e 250

Acácias vermelhas, onde quase todas plantas

foram distribuídas ou oferecidas as

comunidades incluindo venda a interessados.

Viveiro comunitário de Mafambisse;

Produzidas 1.000 plantas de Moringa e

distribuídas as comunidades locais e as

Escolas Primarias de Messassa e Munhonha;


21

reflorestamento do mangal e gestão comunitária dos recursos naturais locais. O projecto tinha

os seguintes objectivos:

Recuperar parcialmente parte da área do mangal destruído;

Montar um viveiro de espécies florestais e estabelecer uma mancha florestal;

Melhorar a fiscalização comunitária e institucional

Estão envolvidos no projecto, 30 membros da comunidade divididos em três grupos de trabalho,

tendo ate ao momento realizado o seguinte:

Reflorestados aproximadamente 300 ha de Mangal (Ceriops tagal e Rizophora

mucronata) nas zonas abertas ao longo da faixa costeira da região do Posto

Administração de Nhangau (Rio Ladrão, Rio Mutamba e Chissape);

Reconhecimento pelas autoridades locais e provinciais do CGRN como fiscais

comunitários;

Estabelecido um viveiro comunitário com mais de 15.000 plántulas de espécie exótica

(Casuarina equisetifolia), que arborizaram uma área de 6 ha na zona costeira.

Estabelecimento de um fundo rotativo para financiar pequenos negócios que beneficiam

directamente os membros do CGRN.

Realizado um workshop de planificação participativa das actividades do projecto;

Providenciado incentivo alimentares aos membros envolvidos na reposição do magal;

Em elaboração de um estudo sobre a sistematização de informação relevante sobre o

Reflorestamento do Mangal;

Realizadas diversas campanhas de educação ambiental e saúde na comunidade;

Estabelecido um viveiro comunitário para a produção de plantas nativas, exóticas

incluindo fruteiras;

Fornecido equipamento de apicultura ao grupo de produção do mel;

Suporte técnico a organização dos grupos de poupança e crédito rotativo;

Apoio a construção de uma ponte de madeira, que estabelece a ligação entre áreas do

mangal e o mar

Divulgadas pela impressa nacional e local, o projecto de reflorestamento a nível

nacional como uma boa prática

Visitas de estudos envolvendo estudantes das universidades locais e de outras

províncias, incluindo estudantes das escolas secundárias e primárias

Estabelecidas actividades alternativas de geração de rendimento

Viveiro comunitário de Nhangau Áreas reflorestadas com mangal


22

1.5 Projecto de Delimitação, Inventario Florestal e Capacitação dos CGRN na província de Sofala”,– Distritos de Chibabava, Nhamatanda, Gorongosa, maringue, Marromeu e Cheringoma

O projecto foi financiado pela iTC e implementado pela ADEL, produziu os seguintes

resultados:

Capacitados membros dos CGRN dos distritos abrangidos pelo projecto;

Legalizado o CGRN de Mutindiri e criadas as condições para acesso aos 20% dos

impostos de exploração florestal, para projectos comunitários em Mutindiri;

Delimitadas áreas comunitárias, elaborados mapas participativos e esboços topográficos

da Comunidade de Mutindiri;

Realizado um inventario florestal e elaborado um Plano de Maneio Florestal

Simplificado para a Comunidade de Mutindiri;

Produzida (e em implementação) 1 (uma) agenda comunitária com uma carteira de

projectos para a comunidade de Mutindiri;

Mapa para aprovacao

Os treinamentos em associativismo, liderança e outras mateiras, poderá contribuir para a

melhoria do funcionamento dos comités de gestão como órgãos associativos, a partir da

observância do preceituado sistemas de funcionamento deste tipo de instituições.

A agenda comunitária obtida do processo de preparação social e respectivos projectos

identificados, permitem melhor planificação das actividade de exploração dos recursos na

comunidade. Qualquer investidor que queira entrar na comunidade, em função dos projectos

identificados, poderá ter uma orientação mais segura em função das opções apresentadas;

Esta sendo implantado um viveiro comunitário em Mutindiri, no âmbito do uso e gestão

sustentável dos recursos naturais, como resultado da parceria entre a ADEL – Comunidade de

Mutindiri e Governo distrital e em cumprimento de uma das recomendações do plano de maneio

produzido durante o inventario florestal realizado nesta mesma comunidade;

As áreas comunitárias e os próprios CGRN

legalmente reconhecidos, poderão permitir uma

maior segurança das suas terras e dos seus

recursos, permitindo um uso sustentável dos

mesmos (por terem a consciência de que os

recursos são deles), por um lado e poderá permitir

uma negociação com possíveis investidores que

queiram implementar projectos na zona, com a

comunidade a adoptar uma posição de maior

vantagem, por ser dona do espaço, por outro lado.

O comité de gestão, a partir do seu

reconhecimento, poderá aceder a financiamentos,

apoios e créditos, por se tratar de uma pessoa

colectiva reconhecida


23

1.6 Canalização dos 20% das receitas florestais as comunidades

O programa foi iniciou em Novembro de 2006, prolongando-se a presente data e tem contado

com o financiamento da FAO,NNV, SEALAS beneficiou os distritos de Gorongosa, Maringue

e Caia cujo objectivo principal foi organizar as comunidades em CGRN, representativos, para recepção

dos 20 % das taxas florestas. O Tem sido realizado as seguintes actividades:

Divulgacao do diploma ministerial 93/2005 as autoridades dos distritos

Formacao e legalização dos comités

Capacitacao na área de gestão de negócios

2 Serviços de micro finanças

2.1 Poupança e Credito em Grupo (ASCA - Métodologia de uso de Associações para Poupança e Crédito Comulativo)

A situação actual dos grupos de poupança é satisfatória, dado o número crescente dos grupos

que vão surgindo espontaneamente como resultado da divulgação do programa pelos

promotores e pela intervenção do técnico. Um dos grandes avanços é a criação das OPE nas

comunidades de Cerâmica e Gorongosa (Bancos Comunitários Pilotos) cuja legalização em

curso junto ao Banco de Moçambique.

A Componente de Poupança e crédito - Micro finanças têm vindo expandir, facilitar a criação

de grupos em metodologia de ASCA e gestão básica de negócios incluindo assistência aos

grupos de poupança e no processo de distribuição, assim como actividades de monitoria e

avaliação. Este programa é transversal a todos os projectos da ADEL. São objectivos do

programa os seguintes: Criar capacidades e condições para

implementação de sistemas de

poupanças e crédito

Desenvolver uma cultura de poupança

e crédito ao nível das comunidades

como forma simples, rápida e acessível

de micro finanças

Melhorar as condições de vida com

surgimento de actividades económicas

e de geração de rendimentos

A agência facilitou a transferência de mais

de 30.000.000 MT aos CGRN, no âmbito dos

20% de taxas pagas pelos exploradores

florestais. Apesar de alguns problemas

relacionados com a gestão do fundo ao

nível local, o dinheiro tem contribuindo

para a dinamização da economia local,

manifestado pelo aumento do número de

pequenas camionetas que ajudam no

transporte. No entanto prevalece a

necessidade de revisão da lei.


24

Tabela 8: Dados do ASCA

Situacao dos grupos de poupanca e credito

Comunidades Groupos Mulheres Homens Poupado Circulacao

1 Beira, Nhangau 34 510 230 984.350,00 1.105.830,00

2 Cerâmica 17 370 120 318.430,00 490.285,00

3

Dondo Savana

Milha 8

20 589 98 174.900,00 214.810,00

4 Tica, Muda Mufo 8 68 37 220.760,00 296.418,00

5 Nhamatanda sede 21 693 284 834.513,00 1.094.750,00

6 Xiluvo 8 247 73 5.108.590,00 6.098.075,00

7

Metuchira

lomaco, Pita

5 70 38 949.615,00 1.009.638,00

8 Gorongosa 21 279 92 1.169.800,00 1.290.270,00

9 Búzi 6 70 22 154.600,00 173.398,00

10 Maringue 20 317 148 803.128,00 1.240.720,00

11 Muxungue 8 256 98 205.182,00 350.000,00

12 Mafambisse 10 68 52 - -

T O T A L 179 3.562 1.301 8.865.663,00 13.364.194,00

Total Beneficiarios directos 4.863

2.2 FADEL

AS indormacoes disponíveis datam de Junho de 2006 em que na província de Sofala, foram

financiados no âmbito do FADEL 26 operações de credito, num montante total de cerca de 4.2

milhões Mtn. Na sua maioria beneficiaram as actividades relacionadas com comercio (

comercialização agrícola e fornecimento de bens de primeira necessidade) em cerca de 53%

dos fundos desembolsados no período, seguido da área de serviços com 38% conforme mostra

a tabela Financiamento por tipo de actividade

Actividade N de

operações

% Montante MTN %

Agricultura 1 4 56,121, 1

Comercialização agrícola 7 28 1,050,000 25

Comercialização do pescado 1 4 500,000 12

Carpintaria geral e naval 2 8 260,000 6

Comercio geral 5 20 605,000 14

Confecções e vestuário 2 8 150,000 4

Hotelaria, turismo e serviços 7 28 1,625,000 38

Total 25 100 4,246,121 100

A cidade da Beira absorveu mais de metade dos financiamentos, quer seja em numero de

aplicações quer seja em volume de credito, conforme evidencia o facto de 56% das operações

financiadas num montante correspondente a 57% dos fundos desembolsados, pertencer a

referida urbe. Cerca de 16% dos financiamentos beneficiaram camponeses organizados em

associações nos distritos de Caia, Gorongosa e Nhamatanda.


25

Financiamento por distritos Distrito N de operações % Montante MZM %

Beira 14 56 2,400,000,000 57

Buzi 1 4 95,000,000 2

Caia 3 12 545,000,000 13

Cheringoma 1 4 300,000,000 7

Chibabava 1 4 70,000,000 2

Dondo 1 4 300,000,000 7

Gorongosa 1 4 350,000,000 8

Nhamatanda 3 12 185,120,968 4

Total 25 100 4,246,120,968 100

Ate a presente data a agencia ainda não recebeu os ganhos provenientes da operação do credito.

3 Segurança alimentar e nutrição

As actividades nesta componente tem os objectivos os seguintes:

Desenvolver a capacidade de participação das ONGs nas actividades de segurança

alimentar

Promover apoio aos indivíduos, comunidades em produzir culturas de valor nutricionais

altas;

Incrementar os rendimentos de indivíduos e famílias afectadas ou infectadas por HIV

& SIDA através de actividades geradoras de rendimento;

Fortalecer a capacidade de indivíduos e famílias para identificar, adquirir e preparar

comida apropriada para indivíduos infectados por HIV & SIDA;

As actividades do projecto cobriram o corredor de desenvolvimento da Beira. Foi a partir de

projecto que a agencia, fortaleceu a componente e micro-finanças, na metodologia ASCA,

actualmente transversal a todas as actividades. Actualmente esta componente conta com o

suporte da VSO na promoção de hortas caseiras e produção de culturas alimentares fora da

época.

3.1 Programa de Voluntários nacionais

Tabela 9: voluntários que colaboram com ADEL

Área de Intervenção Distritos Homens Mulheres Total

Programa de conservação da

Biomassa – Promoção de fogões

melhorados PL

Beira, Dondo,

Nhamatanda, Caia,

Maringue

6 6 12

Promoção de Sistemas foto voltaicos Beira, Dondo,

Maringue

15 - 15

Reflorestamento Beira 26 4 30

Promoção de FMPC Mbaula Dondo, Nhamatanda 11 5 16

Credito e Poupança 19 3 22

HIV Sida / Género Beira, Dondo,

Nhamatanda

53 24 77

Total de voluntários 130 42 172


26

No âmbito do voluntariado o ano de 2013 foi marcado com as seguintes realizações:

Cooperação com 8 estudantes universitários para serviços sociais sendo:

a) Assistência jurídica a crianças órfãs

b) Ensaio do projecto de limpeza de computadores para portadores de HIV SIDA

Estabelecimento do centro de recursos de voluntários

4 Estudos, Planos consultorias

4.1 Plano de Desenvolvimento da ADEL- Sofala

Em parceria com VE a agencia, elaborou o plano de desenvolvimento organizacional, com

duração de 5 anos, com objectivo melhorar o desempenho interno da ADEL, que cobre a área

de melhoramento dos recursos humanos, administração, gestão de projectos, incremento da

participação dos membros entre outras áreas.

4.2 Forno melhorado

O forno melhorado permite produzir carvão em aproximadamente 24 horas, utilizando as

ramadas das árvores e pode-se obter múltiplos produtos, que podem incrementar o rendimento

familiar, nomeadamente: o carvão vegetal ; vinagre de madeira ou ácido pirolenhoso que pode

ser usado na preservação da madeira e na agricultura Tar ou alcatrão de madeira: poderá ser

usado na preservação de madeira. No âmbito da parceria ADEL/IAC, foi realizado um estudo

pratico (ensaios) para comprovar a eficácia do vinagre de madeira, que visava determinar a

eficácia do vinagre de madeira como fungicida na cultura de tomate - variedade Rio Fuego. O

estudo teve os seguintes objectivos:

Comprovar o poder fungicida do vinagre da madeira;

Contribuir para o aumento de alternativas para o combate aos fungos nas Solanaceae

Identificar alternativas de pesticidas orgânico barato;

Os resultados foram divulgados em seminário nacional, em 2007, que mostraram-se bastante

satisfatórios. Tem sido feito treinamentos nos CLEDs e a campanhas de sensibilização para que

os camponeses/pequenos agricultores adiram a este produto como alternativa aos

fertilizantes/fungicidas químicas. Foram realizadas actividades orientadas a divulgação da

experiência a diferentes instituições, nomeadamente aos exploradores florestais,

concessionários e madeireiros, aos SPFFBS, a DED/PPP a DPAS.

Campo de ensaio de tomate-IAC Campo de ensaio de tomate-IAC Forno melhorado


27

4.3 Demanda do Negócio de Energias Sustentáveis

A pesquisa foi elaborada pela estudante Helle Momsen Fredulland da Rokisdile University

Center para defesa da sua tese em mestrado, centrou-se na analise da possibilidade do sucesso

de negócios de produtos de energias sustentável versus, a fraca capacidade de geração de

renda.

O estudo concluiu que para o sucesso de pequenos empreendimentos no mercado de energias

sustentáveis em Moçambique seria necessário encontrar estratégias para ultrapassar os

constrangimentos do mercado como limitado acesso a informação, baixa sensibilização com

relação aos sistemas fotovoltaicos, deficiente distribuição; segundo o estudo uma das principais

estratégias seria criar parcerias com diferentes atores no mercado de energias sustentáveis.

4.4 Pesquisa para avaliação da eficácia do fogão poupa lenha móvel.

A pesquisa foi realizada pela Berkeley Air Monitoring Group e a TESE na comunidade da

Cerâmica e Inhamizua, como parte integrante na documentação necessária para o programa de

sequestro de carbono em negociação com Bangue desde 2010.

100 “CCT - Testes de Cozinha Controlada” com fogões poupa-lenha móveis,

envolvendo 10 mulheres da cerâmica.

70 “KPT – Testes de Desempenho da Cozinha” com os fogões três pedras em Inhamizua

As informações serviram para o programa de sequestro de carbono em execução na ADEL

desde 2012.

4.5 Pesquisa sobre clubes ambientais nas escolas.

Elaborado relatório a situação actual do acesso a informação de EA através dos clubes

ambientais, com o objectivo de apresentar uma proposta de modelo de clube ambiental. Durante

a pesquisa foram inquiridos 20 professores e 110 alunos de 7 escolas. O estudo revelou o

seguinte:

56% Nunca ouviram falar de clubes ambientais;

60% Tem conhecimento deficiente sobre mudanças climáticas

88% Das escolas não tem exemplo para questões ambientais1

4.6 Pesquisa sobre digestores de bio gas

Realizada por um estudante dinamarquês da Rokisdile University Center com apoio da VE,

visava investigar as possibilidades de uso de biogas para famílias. Envolveu membros do

CLED Nhamatanda, quintaleiros, parceiros e instituições do governo.

Dar continuidade a pesquisa sobre o potencial do uso de bio gás através da integração

dos dados colhidos pelos PLE com os actores do sector agrícola.

Identificou como podem ser usadas pela ADEL as diferentes limitações e oportunidades

nas famílias para instalar digestores de bio gas e contribuir para a mitigação do impacto

negativo na saúde, ambiente e outros causados pelo uso da lenha (bio massa).

1 Das 7 escolas inquiridas somente 1 tinha exemplo prático na área ambiental

http://berkeleyair.com/


28

4.7 Planos locais de energia pilotos – Testado em 3 bairros

Elaborados três planos pilotos (Cerâmica – Canhandula; Nhamatanda – Bairro 4; Mecumbezi

– 5º Bairro) com participação de 15 jovens universitários (Unizambeze, UCM, e UP) e 30 de

escolas secundárias distritais sob a tutela de consultora tailandesa contratada Pela VE / ADEL

Sofala.

Estabelecida capacidade técnica de elaboração de PLE na agência

Apropriados os PLEs pelas comunidades envolvidas, havendo necessidade de combina-

los.

1.500 Famílias (500 de cada bairro) tiveram conhecimento do PLE os seus objectivos

estratégias através da sensibilização levada a cabo pelos estudantes locais

5 Seminários, conferências e foruns

5.1 Seminário sobre Governação Interna das Associações

O evento teve lugar na Cidade da Beira e foi organizado pelo MASC (Mecanismo de Apoio a

Sociedade Civil) teve como objectivo apoiar e incentivar as organizações da sociedade civil a

adoptarem melhores práticas de governação das suas associações.

Debruçou-se sobre os conceitos de gestão e governação, princípios de boa governação e a

relação entre a governação e a gestão. Fez-se ainda a dissertação sobre os 3 Níveis de Gestão e

a boa Governação, a saber: institucional, organizacional e operacional.

5.2 Grupo de Coordenação de Maneio Comunitário dos Recursos Naturais da Província de Sofala (GCMCRN)

Com vista a garantir o uso sustentável dos recursos naturais, criou-se o Grupo de Coordenação

de Maneio Comunitário dos Recursos Naturais da Província de Sofala (GCMCRN) do qual a

ADEL-Sofala faz parte. Objectiva-se duma forma geral:

Melhorar o desempenho das instituições no Maneio Comunitário dos Recursos Naturais;

Estabelecer a coordenação inter-sectorial, de vários actores que intervêm no maneio

comunitário dos recursos naturais;

Harmonizar as abordagens, metodologias, procedimentos e intervenções, no maneio

comunitário dos recursos naturais.

O grupo tem realizado reuniões periódicas, onde tem abordado vários temas relacionados com

a exploração dos recursos naturais na província de Sofala.

5.3 II Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local

O Forum foi realizado em Foz do Iguaçu, Brasil,de 29 de outubro a 01 de novembro de 2013.

Em outubro de 2011, 1.300 participantes de 47 países se encontraram em Sevilha durante o I

Fórum Mundial de Agências de Desenvolvimento Local “Território, Economia e Governança

Local: novos olhares para tempos de mudanças”, no qual compartilharam e trocaram práticas e

instrumentos territoriais para o Desenvolvimento Econômico Local (DEL), bem como


29

debateram a respeito da relação das estratégias nacionais de desenvolvimento local com o

debate global, sobre desenvolvimento humano sustentável e a necessidade de construir e de

fortalecer políticas públicas próprias para o desenvolvimento local. Como conjugar esse debate com práticas e com instrumentos operacionais para a superação da

brecha entre a conceitualização e a aplicação na realidade? Esse é um desafio que adquire cada

vez mais importância e atenção, assim como o demonstram alguns eventos globais, como a

Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio+20 (Junho de 2012),

Africité (Dezembro 2012) e o Fórum Social Mundial (Janeiro 2012/Março2013), entre outros. Por esses motivos, o objetivo geral do II Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local

é dar continuidade à relação estratégica entre o conceito de enfoque territorial para o

desenvolvimento, a sua relação com as políticas de descentralização e desconcentração

nacional, e os instrumentos específicos capazes de integrar no terreno as três dimensões do

desenvolvimento humano sustentável. Os resultados foram: i) avançar no diálogo global sobre o DEL graças à participação e

unificação de experiências e pontos de vista da ampla diversidade de atores; ii) identificar

políticas públicas de sucesso em DEL baseadas no território como boas práticas; iii) estabelecer

um sitema de intercâmbio e dados sobre o DEL; iv) estabelecer parcerias para maior incidência

na agenda global, por meio de uma pauta de atividades em conjunto; e v) sensibilizar os

governos para que adotem, nas suas políticas públicas, os conceitos de desenvolvimento

econômico local e desenvolvimento territorial como incentivo eficaz para a melhoria das

condições de vida da população.

5.4 Quênia, Nairobi: workshop de lançamento da Estratégia WWF ESARP Energia 2012-2015 e Consulta dos parceiros do WWF sobre o Projeto de Transformação do Setor de Energia da África Oriental

Data: 21 - 23 de janeiro de 2013

Objetivo:

Como os países da África Oriental e Austral podem conseguir o acesso acelerado a serviços

energéticos modernos, garantindo a transformação social sustentável ea integridade ambiental?

Como podemos garantir que esse acesso acelerado à energia moderna é sustentável através do

aproveitamento dos recursos energéticos renováveis? Quais são as chaves para o sucesso e onde

estão as principais barreiras para conseguir um acesso à base de energia renovável a serviços

modernos de energia para todos na região leste e sul da África?

5.5 Quénia, Nairobi: Fortalecendo a resiliência dos sistemas sócio-ecológicos costeiras no oeste do Oceano Índico 25 - 26 de junho de 2013

Um consórcio de parceiros que compõem a Secretaria Nairobi Convenção , IUCN ESARO ,

WIOMSA e CORDIO foi fundada em setembro de 2012 para desenvolver um programa com

foco em melhorar a resiliência dos sistemas sócio- ecológicos costeiros na região ocidental do

Oceano Índico. Este programa baseia-se nas experiências dos manguezais para o Futuro

iniciativa estabelecida pelo Escritório Regional da Ásia IUCN ( ARO) e do PNUD em 2006.


30

Desenvolvimento do programa envolve das consultas dos envolvidos e da colaboração com o

governo e organizações não-governamentais desde o início. Após a aprovação pelas Partes

Contratantes da Convenção de Nairobi durante a Sétima Conferência das Partes, realizada em

Maputo, Dezembro de 2012, uma série de consultas às partes interessadas têm sido realizadas ,

tanto a nível nacional como regional. Desenvolvimento do programa também foi informado por

uma análise detalhada socio- ecológica situação, bem como uma definição de escopo inicial das

instituições e partes interessadas. Através deste processo, um documento detalhado programa

foi desenvolvido delineando o Programa-Quadro , bem como a abordagem de implementação .

5.6 FORUM Nacional dos bio-combustiveis

Para além da WWF, que é a instituição financiadora ou do secretariado, estiveram presentes

representantes da ADECOR, RADEZA, ADEL- Sofala, ORAM, ACOSADE, ME/ DNER,

Justiça Ambiental, entre outras. A agência já beneficiou de troca de experiencia, aos projectos,

de biocombustível, promovido perla ADPPP, em Cabo Delgado.

5.7 FEDESMO

No âmbito da parceria com VE, NNV, e parte integrante da estratégia de expansão de boas

práticas do projecto SEALAS pelo pais, a ADEL, esta a suportar tecnicamente e

financeiramente o FEDESMO, Fórum de Energias e Desenvolvimento Sustentável de

Moçambique.

O FEDESMO é uma pessoa colectiva de direito privado, de natureza associativa, apartidária,

de interesse socioeconómico, cultural, ambiental e politico na promoção de energias e

desenvolvimento sustentáveis, sem fins lucrativos, dotada de personalidade jurídica, autonomia

administrativa, financeira e patrimonial.

O FEDESMO, constituído oficialmente no dia 6 de Setembro de 2011, conta actualmente com

os seguintes membros inscritos, nomeadamente: Kulima- Maputo, Kulima- Beira,

LIVANINGO, RADEZA, ACUDES, ASA, Kueza Simukai-Manica, ADEL, APCE, ACUDES,

FOPROSA, CADM, APOCAVES, VIDEC, DPA/ SPFFB- Sofala, DPCA- Sofala, AIPDC,

ABIODES, Kulima- Inhambane, DPCA- Inhambane, FOPROI- Inhambane, DPA- Inhambane,

Associação de Educação de Adultos de Inhambane Se Richile, DPRME- Gaza, AGRIZINHA-

Gaza, SINTICIM- Inhambane, Associação de Oleiros de Macopolane, APIDEM, FUNAE,

DPRME- Sofala. ( Anexo 4, Relatorio do FEDESMO)

4. Conclusões

Partindo somente de um parceiro ( UNOPS/PDHL) a ADEL, foi capitalizando outros

parcerios nacionais e internacionais, tornando a agencia, referencia na província de Sofala

e no pais, constituindo actor importante na área de energias sustentáveis, micro-financas,

organização comunitária, constituição de micro-empresas;

Apesar do fim do SEALAS II, o ano de 2013, mostrou-se bastante positivo na medida que

foi possível atrair novos parceiros em diversas áreas de intervenção e mais de 100 activistas

que tornaram possível alcançar os resultados;


31

A agencia consolidou-se com infra-estruturas proprias localizadas na cidade da Beira,

Nhamatanda, Maringue , incluindo campos de demonstração registados em nome da ADEL;

Foram capacitadas mais de 10.000 pessoas em diferentes áreas, com destaque para a

metodologia de poupança e credito, associativismo, produção de fogões melhorados,

educação ambiental, reflorestamento, técnicas agrícolas, DEL, gestão básica de

negócios,etc;

A introdução de novas tecnologias e produtos ao nível das comunidades tem enfrentado

algumas resistências fazendo com que leve o seu tempo para que eles sejam massificados;

Foi evidente a Incapacidade técnica da agência para cobrir toda a província de Sofala com

projectos de desenvolvimento, por isso, a opção de trabalhar através dos CLEDs;

Para divulgação das actividades da agencia, foram produzidos diversos materiais como

panfletos, folhetos, camisetes;

Estabeleceram-se parcerias com órgãos de comunicação para cooperar na divulgação das

acções da ADEL e parceiros, incluindo a publicação de artigos;

Ate ao presente ano a agencia não recebeu lucros provenientes das operações do FADEL;

5. Perspectivas

ADEL devera continuar a contactar os parceiros internacionais e locais com vista a angariar

recursos financeiros, técnicos que sirvam para apoiar e consolidar diversos projectos

identificados e /ou em execução na província de Sofala;

Os CLEDs devem ser os espaços, que permitem aos membros das comunidades identificar,

planear os diferentes projectos identificados ao nível local. Neste sentido os técnicos da

ADEL, devem garantir a capacitação dos actores locais em assuntos relacionados com a

elaboração de projectos, gestão básica de negócios entre outros;

Estabelecer ligações entre grupos de poupanças e instituições de micro-financas locais e

produtos de energias sustentáveis, micro empresas, associações locais;

Melhorar o sistema de monitoria dos actividades da agencia, buscando informação mais

qualitativa;

Realizar lobbie para estabelecer as ligações entre as actividades da agência com os planos

de desenvolvimento distrital e provincial;

Operacionalizar o Plano de Desenvolvimento da ADEL, de forma a melhorar o desempenho

técnico, atrair mais projectos e parceiros e garantir a permanecia de técnicos na instituição;

Garantir o maior envolvimento dos membros dos membros na agencia através de reuniões

regulares, vista a projectos, circulação permanente de informação.


32

Anexos

Anexo 1: Lista de trabalhadores da ADEL-Sofala em Actividade

N Nome do funcionário Designação do posto Formação

académica Observação

01 Abdul Setimane Técnico de

capacitação Licenciado em

física Em actividade

02 Estija Chico Administração Em actividade

03 Carolina Delgado Assessora de micro-

financas

Em actividade 04 João Lampião Nzinza Motorista Básico Em actividade 05 Hamid Taybo Director executivo Licenciado em

Geografia Em actividade

06 Rodolfo Assane Gestor de projectos Técnico médio Em actividade

07 Zaituna Usta Secretaria executiva Técnica média Em actividade

08 Vânia Filipe Contabilista Licenciada em

Auditoria e

Contabilidade

Em actividade

09 Paissa Jeque Motorista Em actividade

10 Lino Domingos Técnico de

microfinanças

Licenciado em

Desenvolvimento

regional

Em actividade

11 Valdmar Cote Tecnico de projectos Tecnico Medio Em actividade

12 Abel Joia Coordenador do

FEDESMO

Engenheiro Em actividade

13 Jose Nteia Viverista Em actividade

14 Rosario Jorge Guarda Em actividade

15 Cardoso Lencaste Guarda Em actividade

16 Jose Simbe Guarda Em actividade

17 Mateus Jemuse Guarda Em actividade

Anexo 2: Resumo de Actividades/ projectos em execucaco

N Projecto2

Área/

actividades

Parceiro Território de

intervenção

Grupo alvo

01 Programa

Comunitário de

reposição do

mangal

Meio ambiente

e geração de

rendimento

GEF Município da

Beira, Posto

Administrativo

de Nhangau

Comitê de Gestão de

Recursos Naturais de

Nhangau

02 Rede dos

CLEDs

Energia, meio

ambiente e

geração de

VE

Danida

Beira,

Nhamatanda,

Gorongosa,

CLEDs, CGRN,

associações e grupos

organizados

2 Estrategicamente, privilegiamos a integração dos diferentes projectos, nos respectivos territórios de intervenção.


33

renda para as

comunidades

Dondo,

Maringue,

Buzi,

Chibabava e

Caia

03 Lobing e

advocacia com

os midia

Meio ambiente/

educaçao

ambiental

através dos

midias

VE7

Danida

Província de

Sofala e mais

tarde todo o

país

Profissionais dos

mídias (jornalista)

04 Southern

African Carbon

Facility

Limited

(SRCF)

Redução de

emissões de

CO2 através do

uso de fogões

melhorados

Bangüê e

ISLAM

Província de

Sofala

Grupos e indivíduos

produtores de fogões

melhorados poupa

lenha móvel

05 Programa

comunitário de

Reposição do

Mangal da

Cerâmica

Reflorestament

o do mangal e

geração de

renda dos

grupos

envolvidos e da

comunidade

VSO Mangal de

Canhandula/

cerâmica –

Dondo/ Beira

Membros da

comunidade de

Canhandula e CLED

da Ceramica

06

FADEL3

Credito para

PMEs e

associações de

produtores

GAPI Província de

Sofala

Pequenas empresas,

Clientes individuais e

associações de

produtores

07 Reflorestament

o da Cidade da

Beira/ parceria

com a

AJUMAC –

Associação dos

Jovens do

Macuti

Arborização/

reflorestamento

da Cidade da

beira

Cidade

de

Bristol -

Inglaterr

a

Bairros da

Cidade da

Beira,

incluindo

Nhangau

Famílias e

comunidades em geral

do território (para o

reflorestamento e

plantio de arvores de

fruta e de sombra)

08 Fornecimento e

Instalação de

Fogões

Melhorados

Fornecimento à

província de

Manica de 680

poupa carvão,

800 poupa

lenha e 20

fogoes

institucionais

FUNAE

– Fundo

de

energia

Província de

Manica – todos

os distritos

Instituições e famílias

seleccionadas pelo

dono da obra

(projecto)

09 Fornecimento

de Fogões

Institucionais a

6 instituições

Fornecimento

de 6 fogões (20

bocas)

institucionais e

DPCA –

Dir.

prov.

Acção

Distritos de

Chemba e

Chibabava

Utentes dos hospitais

e estudantes internos

dos c

centros internatos

3 Fundo avaliado em 400.000,00 USD. Deste montante 300.000,00 USD, constitui a contribuição das ADELs

(Maputo, Manica e Sofala).


34

publicas

(postos de

saude, centros

internatos e

cadeias)

capacitação dos

beneficiários

em matérias de

uso e

manutençao

Ambient

al

10 Mitigação do

HIV Sida a

nível do

Corredor da

beira

VSO/

Lotter

FUNDE

D

Nhamatanda,

Dondo e Beira

PVHS e Cerâmicas

Órfãs e Vulneráveis

(COV)

11 FLEGT –

Programa de

Aplicação da

Legislação

Florestal,

Governaçao e

Comercio

Apoiar as

comunidades

locais na

observância da

legislação

florestal

FAO/

FLEGT

Caia,

Nhamatanda,

Gorongosa,

Maringue,

Dondo,

Chibabava

CGRN, instituições

locais do Estado,

concessões e outros

envolvidos na

exploração e uso dos

RN

Anexo 3: Projectos em carteira (com financiamento assegurado)

N Projecto Área Parceiro Território de

intervenção Grupo alvo

01 Gestão

Integrada para

Prevenção e

Mitigação do

Impacto das

Queimadas

Meio ambiente,

geração de renda

FUNAB –

Fundo do

Ambiente

Gorongosa – Posto

Administrativo de

Nhamaze (Kanda)

– Localidade de

Chitunga

Grupos de

famílias da

zona de

Chitunga

02 Programa de

Massificação

de Fogões

melhorados

Massificação de

fogões

melhorados

poupa lenha

moveis e poupa

carvão (Mbaula)

GIZ -

AMES

Província de

Sofala (Beira,

Dondo, Buzi, Caia

e Gorongosa)

Associações e

grupos de

produtores de

fogões

melhorados

03 Projecto de

Fortalecimento

dos Comitês

Gestão de

Recursos

Naturais

Fortalecimento

dos CGRN e

promoção da

observância da

legislação pelos

CGRN,

comunidades e

exploradores dos

recursos naturais

VE/

Danida

Caia, Beira,

Dondo,

Nhamatanda,

Gorongosa,

Membros dos

CGRNs,

Governos

locais e OCBs

04 Programa

Integrado de

Lobies para a

observância da

NNV Província de

Sofala

Membros dos

CGRN,


35

Energias

Sustentáveis

para as

Comunidades

legislação no

âmbito da

exploração e uso

dos RN,

promoção do

acesso às

energias

sustentáveis e

geração de renda

autoridades

administrativas

e comunitárias

locais,

05 Conservação da

Biodiversidade

Micro reservas

florestais(500

hetacres em

Nhamatanda)

IUCN Nhamatanda Comunidades

localizadas no

território das

micro reservas

Somente o 5 projecto não foi aprovado os outros todos já stão actualmente em execução.

Janeiro- Dezembro de 2013 · – Mitigação dos efeitos do HIV ... e parceiros na luta contra a...

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