J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de...

13
09012010 1 Mestrado em agricultura biológica Protecção das culturas Definição, conceito e tipos de pragas J. Raúl Rodrigues 09012010 J. Raul Rodrigues Porque é que uma espécie se converte em praga? 1. alterações no ambiente que favorecem a biologia da espécie biologia da espécie Impacto das plantações nos seres vivos naturais Ecossistemas (naturais) alterados Ecossistemas agrários destruídos Simplificação do ecossistema: – Fonte uniforme de alimento abundante ‐‐ permite fortes incrementos de espécies fitófagas prejuízos 09012010 J. Raul Rodrigues

Transcript of J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de...

Page 1: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

1

Mestrado em agricultura biológica

Protecção das culturas

Definição, conceito e tipos de pragas

J. Raúl Rodrigues09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Porque é que uma espécie se converte em praga?

1. alterações no ambiente que favorecem a biologia da espéciebiologia da espécie

Impacto das plantações nos seres vivos naturais

Ecossistemas  (naturais)

alteradosEcossistemas  

agráriosdestruídos

Simplificação do ecossistema:– Fonte uniforme de alimento abundante‐‐ permite fortes incrementos de espécies fitófagas prejuízos

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 2: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

2

Porque é que uma espécie se converte em praga?

Exemplo:

‐ Traça‐da‐uva

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Porque é que uma espécie se converte em praga?

Exemplo:

‐ Traça‐da‐uva

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 3: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

3

Porque é que uma espécie se converte em praga?

1. alterações no ambiente que favorecem a biologia da espéciebiologia da espécie

Adubações desequilibradas

Controlo das ervas daninhas (????)

Podas

Intensificação culturalç

Destruição do habitat e diminuição da fauna auxiliar

Etc, etc.

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Porque é que uma espécie se converte em praga?

2. Alterações na preferência pelo hospedeiro:Cigarrinhas verdes (anos 90)Cigarrinhas verdes (anos 90)

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 4: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

4

Porque é que uma espécie se converte em praga?

3. Uso irracional de pesticidas:As pragas feitas pelo HomemAs pragas feitas pelo Homem

Organismos em equilíbrio pragas chave

Pesticidas de largo espectro de acção

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Porque é que uma espécie se converte em praga?

4. Transporte através de barreiras geográficas:

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 5: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

5

Porque é que uma espécie se converte em praga?

4. Transporte através de barreiras geográficas:

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Porque é que uma espécie se converte em praga?

4. Transporte através de barreiras geográficas:Cigarrinhas douradas (Séc XXI)Cigarrinhas douradas (Séc XXI)

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 6: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

6

Porque é que uma espécie se converte em praga?

4. Transporte através de barreiras geográficas:

‐ papel das alterações climáticas?

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

2 0 0 3

3 0 %

4 0 %

5 0 %

6 0 %

7 0 %

8 0 %

9 0 %

1 0 0 %

oseí

deos

(abu

ndân

cia

rela

tiva)

E . s tip u la tu s

A . a n d e rs o n i

onal

0 %

1 0 %

2 0 %

2 0 -M a i 0 3 -J u n 1 7 -J u n 0 1 -J u l 1 5 -J u l 2 9 -J u l 1 2 -A g o 2 6 -A g o 0 9 -S e t 2 3 -S e t

Fito

2 0 0 4

6 0 %

7 0 %

8 0 %

9 0 %

1 0 0 %

ânci

a re

lativ

a)

E . s tip u la tu sA . a n d e rs o n iN . ca lifo rn icu s

âmica po

pulacio

Evolução da abundância relativa das espécies mais frequentes no pomar de Braga.Evolução da abundância relativa das espécies mais frequentes no pomar de Braga.

0 %

1 0 %

2 0 %

3 0 %

4 0 %

5 0 %

1 7 -M a i 3 1 -M a i 1 4 -J u n 2 8 -J u n 1 2 -J u l 2 6 -J u l 0 9 -A g o 2 3 -A g o 0 6 -S e t 2 0 -S e t 0 4 -O u t

Fito

seíd

eos

(abu

ndâ

Dinâ

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 7: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

7

Porque é que uma espécie se converte em praga?

4. Alterações nas preferências do consumidord í l d id i i ê i– aumento do nível de vida  maior exigência

• > custo de produção

• Melhor aparência > contaminação e custos ambientais• > consumo de prodútos químicos

• > derivados do petróleo  (transportes e normalização)

• > abandono de cultivares regionais em detrimento de• > abandono de cultivares regionais, em detrimento de outras “mais produtivas” e melhoradas

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Classificação das pragas de acordo com a sua importância no ecossistema 

agrario

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 8: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

8

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Interacções num ecossitema agrárioFactores limitantes naturais

Auxiliares entomófagosOrganismos entomopatogénicos

Pragas fitófagas

FitotecniaTécnicas culturais

Fertilização

Rega

Reguladores de crescimento

Trat. Fitos.Insecticidas

Fungicidas

Herbicidas

Planta Hospedeirae o seu

Ambiente09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 9: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

9

• Pragas primárias

• Pragas ocasionais• Pragas potenciais

• Pragas transeuntes

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

1 – pragas primárias

• Estão sempre presentes, causando danos fí i l t t dfísicos nas plantas e que se traduzem em prejuízo económico (estragos/prejuízos)

• exigem práticas de controlo frequentes

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 10: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

10

2 – pragas ocasionais

• Apenas causam prejuízos circunstancialmente t l é t id dem certos lugares, épocas ou oportunidades, 

não obstante serem residentes no ecossistema

• Normalmente encontram‐se controladas noNormalmente encontram‐se controladas noecossistema, pelos seus antagonistas efactores naturais de mortalidade

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

2 – pragas ocasionais

Acariose‐de‐nó‐curto Calepitrimerus vitis

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 11: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

11

2 – pragas ocasionais

Erinose Colomerus vitis

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

2 – pragas ocasionais

Erinose Colomerus vitis

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 12: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

12

2 – pragas ocasionais

Cochonilha‐de‐S. –José Quadraspidiotus perniciosus

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

3 – pragas potenciais

• Espécies residentes nos ecossistemas, cuja l t b i l õpresença usualmente em baixas populações, 

não causa prejuízo.– As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais

• Ex: piolhos em vinha– Aranhiço‐vermelho em macieira nos anos 50

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues

Page 13: J. Raúl Rodrigues - caodojacob.files.wordpress.com · não causa prejuízo. – As tentativas de controlar uma praga primária, podem desequilibrar a favor de pragas potenciais •

09‐01‐2010

13

4 – pragas transeuntes

• Espécies não residentes nos ecossistemas agrários pelo que o perigo está restringido àsagrários, pelo que o perigo está restringido às épocas em que ingressam no mesmo.– O ecossistema agrário é um habitat passageiro.

Ex: pragas de gafanhotos Locusta migratoria

09‐01‐2010 J. Raul Rodrigues