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S A E P
ISSN 2316-7602
Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná
Revista PedagógicaMatemática
6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio
S A E P
GOVERNO DO PARANÁBETO RICHA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOPAULO AFONSO SCHMIDT
DIRETORIA GERALEDMUNDO RODRIGUES DA VEIGA NETO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOELIANE TEREZINHA VIEIRA ROCHA
DIRETORIA DE POLÍTICAS E TECNOLOGIAS EDUCACIONAISEZIQUIEL MENTA
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICAANTONIO SERGIO CARNEIRO FERRAZ
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃOKATYA APARECIDA DE CARVALHO PRUST
FOTOS DA CAPADIVULGAÇÃO/SEED - PR
PALAVRA DA SUPERINTENDENTE
Prezado Leitor,
Você tem em mãos a Coleção do SAEP – Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná, em sua
edição de 2013.
Nela, você encontrará um diagnóstico da sua escola, com orientações acerca dos resultados do Sistema
de Avaliação da Educação Básica do Paraná, com dados e refl exões, composição das matrizes de
referência, itens das provas com seus respectivos conteúdos e sugestões de atividades.
O SAEP realiza provas no início e ao fi nal do ano, para que os resultados auxiliem na compreensão do
cotidiano escolar e, se necessário, defi nam novas ações, visando sempre a excelência na educação.
Esta avaliação é fundamental para a gestão educacional. Seus resultados sinalizam para os gestores
educacionais, quer no âmbito da mantenedora das unidades educacionais, defi nidora das políticas
públicas, quer no âmbito da gestão de cada escola, os resultados dos trabalhos desenvolvidos ao longo
de cada ano letivo. Tais resultados apontam caminhos e práticas de ensino que devem ser mantidos
e, também, aqueles que precisam ser revistos, melhorados e reorientados para o aprimoramento e
melhoria da qualidade da educação.
Os resultados encontrados aqui têm o intuito de fornecer a todos os estabelecimentos de ensino
subsídios para a organização e defi nição do plano de ações da escola, objetivando sempre a diminuição
das taxas de abandono, reprovação, aprovação por conselho de classe; a melhoria da profi ciência em
Leitura e interpretação de textos e a resolução de problemas de forma disciplinar e interdisciplinar.
Dito isto, desejo a todos uma boa leitura, lembrando que a melhoria da educação no estado do Paraná
deve ser um compromisso de todos nós.
Eliane Terezinha Vieira Rocha, Superintendente da Educação
SUMÁRIO
1. AVALIAÇÃO: O ENSINO-APRENDIZAGEM
COMO DESAFIO PÁGINA 08
2. INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS E ANÁLISES PEDAGÓGICAS PÁGINA 12
3. OS RESULTADOS DESTA ESCOLA PÁGINA 63
SAEP TRAJETÓRIA
O SISTEMA DE AVALIAÇÃODO PARANÁ
O Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná - SAEP foi criado em 2012 e tem
seguido o propósito de fomentar mudanças em busca de uma educação de qualidade.
No 1º semestre de 2013, os alunos das escolas estaduais do Paraná foram avaliados
nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática no 6º ano do Ensino Fundamental
e no 1° ano do Ensino Médio.
Na linha do tempo a seguir, pode-se verifi car a trajetória do SAEP e, ainda, perceber
como tem se consolidado diante das informações que apresenta sobre o desempenho
dos estudantes.
2013
269.764
N° de Alunos Previstos: 313.119 Participação (%): 86,2%Disciplinas Avaliadas: LP e MTRede de Ensino Avaliada: EstadualEtapas Avaliadas: 6° Ano EF e 1º Ano EM
08 SAEP 2013
Um importante movimento em busca da
qualidade da educação vem ganhando
sustentação em paralelo às avaliações
tradicionais: as avaliações externas, que são
geralmente em larga escala e possuem objetivos
e procedimentos diferenciados daquelas
realizadas pelos professores nas salas de aula.
Essas avaliações são, em geral, organizadas a
partir de um sistema de avaliação cognitiva dos
estudantes e aplicadas, de forma padronizada,
a um grande número de pessoas. Os resultados
aferidos pela aplicação de testes padronizados
têm como objetivo subsidiar medidas que
visem ao progresso do sistema de ensino e
atendam a dois propósitos principais: prestar
contas à sociedade sobre a efetividade dos
serviços educacionais oferecidos à população e
implementar ações que promovam a equidade e
a qualidade da educação.
A avaliação em larga escala deve ser concebida
como instrumento capaz de oferecer condições
para o desenvolvimento dos estudantes e
só tem sentido quando é utilizada, na sala de
aula, como uma ferramenta do professor para
fazer com que os estudantes avancem. O uso
dessa avaliação de acordo com esse princípio
demanda o seguinte raciocínio: por meio dos
dados levantados, é possível que o professor
obtenha uma medida da aprendizagem de
seus estudantes, contrapondo tais resultados
àqueles alcançados no Paraná e até mesmo à
sua própria avaliação em sala de aula. Verificar
essas informações e compará-las amplia a
visão do professor quanto à do estudante,
identificando aspectos que, no dia a dia,
possam ter passado despercebidos. Desta
forma, os resultados da avaliação devem ser
interpretados em um contexto específico,
servindo para a reorientação do processo de
ensino, confirmando quais as práticas bem-
sucedidas em sala de aula e fazendo com
que os docentes repensem suas ações e
estratégias para enfrentar as dificuldades de
aprendizagem detectadas.
A articulação dessas informações possibilita
consolidar a ideia de que os resultados de
desempenho dos estudantes, mesmo quando
abaixo do esperado, sempre constituem uma
oportunidade para o aprimoramento do trabalho
docente, representando um desafio a ser
superado em prol da qualidade e da equidade
na educação.
Caro(a) Educador(a), a Revista Pedagógica apresenta os fundamentos, a metodologia e os resultados da avaliação,
com o objetivo de suscitar discussões para que as informações disponibilizadas possam ser debatidas e utilizadas
no trabalho pedagógico.
AVALIAÇÃO: O ENSINO-APRENDIZAGEM COMO DESAFIO
1
SAEP TRAJETÓRIA
O SISTEMA DE AVALIAÇÃODO PARANÁ
O Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná - SAEP foi criado em 2012 e tem
seguido o propósito de fomentar mudanças em busca de uma educação de qualidade.
No 1º semestre de 2013, os alunos das escolas estaduais do Paraná foram avaliados
nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática no 6º ano do Ensino Fundamental
e no 1° ano do Ensino Médio.
Na linha do tempo a seguir, pode-se verifi car a trajetória do SAEP e, ainda, perceber
como tem se consolidado diante das informações que apresenta sobre o desempenho
dos estudantes.
2013
269.764
N° de Alunos Previstos: 313.119 Participação (%): 86,2%Disciplinas Avaliadas: LP e MTRede de Ensino Avaliada: EstadualEtapas Avaliadas: 6° Ano EF e 1º Ano EM
Revista Pedagógica 09
10 SAEP 2013
O diagrama a seguir apresenta, passo a passo, a lógica do sistema de avaliação de forma sintética,
indicando as páginas onde podem ser buscados maiores detalhes sobre os conceitos apresentados.
Para ter acesso a toda a Coleção e a outras informações sobre a avaliação e seus resultados, acesse o sitewww.educacao.pr.gov.br/saep2012
(Matriz de Referência) Página 13
Esse recorte se traduz em conhecimentos considerados essenciais que formam a Matriz de Referência para avaliação.
Para realizar a avaliação, é necessário definir o conteúdo a ser avaliado. Isso é feito por especialistas, com base em um recorte do currículo e nas especialidades educacionais.
A avaliação em larga escala surge como um importante instrumento para reflexão sobre como melhorar o ensino.
A educação apresenta um grande desafio: ensinar com qualidade e de forma equânime, respeitando a individualidade e a diversidade.
A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL EM LARGA ESCALA
(Composição dos cadernos) Página 17
Revista Pedagógica 11
Os resultados da avaliação oferecem um diagnóstico do ensino e servem de subsídio para a melhoria da qualidade da educação.
As informações disponíveis nesta Revista devem ser interpretadas e usadas como instrumento pedagógico.
A análise dos itens que compõem os testes elucida os conhecimentos desenvolvidos pelos estudantes que estão em determinado Padrão de Desempenho.
Com base nos objetivos e nas metas de aprendizagem estabelecidas, são definidos os Padrões de Desempenho.
Os conhecimentos avaliados são ordenados de acordo com a complexidade em uma escala nacional, a qual permite verificar o desenvolvimento dos estudantes.
(Escala de Proficiência) Página 19
(Composição dos cadernos) Página 17
Através de uma metodologia especializada, é possível obter resultados precisos, não sendo necessário que os estudantes realizem testes extensos.
(Os resultados desta Escola) Página 63
(Itens) Página 39
(Padrões de Desempenho) Página 37
12 SAEP 2013
2
MATRIZ DE REFERÊNCIAPara realizar uma avaliação, é necessário definir o conteúdo que se deseja avaliar. Em uma avaliação em larga escala, essa definição é dada pela construção de uma MATRIZ DE REFERÊNCIA, que é um recorte do currículo e apresenta os conhecimentos definidos para serem avaliados. A LDB nº 9 394/96 estabelece em seu Art. 9º que “A União incumbir-se-á de: inciso IV – estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum;” e em seu Art. 10º que “Os Estados incumbir-se-ão de: inciso III – elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios”. Diante da garantia legal em nosso país, Estados e Municípios têm autonomia para elaborar suas próprias orientações curriculares, desde que atendam a premissa emanada pelo Conselho Nacional de Educação.
No Paraná, as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica orientam as proposições teórico-metodológicas, considerando as especificidades do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas curriculares. Além desse documento, para a construção da Matriz de Referência do Sistema de Avaliação do Estado do Paraná - SAEP, foram utilizados, também, o Caderno de Expectativas de Aprendizagem e a Matriz de Referência da Prova
Brasil/SAEB. Para compor a Matriz foram definidas as expectativas consideradas básicas para os estudantes dos períodos escolares avaliados. Tais expectativas foram descritas sob a forma de capacidades e conhecimentos específicos, com o objetivo de garantir os requisitos estabelecidos pelo modelo de avaliação adotado e a utilização da escala de proficiência do SAEB.
É importante ressaltar que a Matriz de Referência não abarca todo o currículo e as expectativas de aprendizagem; portanto, não deve ser confundida com ele nem utilizada como ferramenta para a definição do conteúdo a ser ensinado em sala de aula. Os conhecimentos selecionados para a composição dos testes são escolhidos por serem considerados essenciais para o período de escolaridade avaliado e por serem passíveis de medição por meio de testes padronizados de desempenho, compostos, na maioria das vezes, apenas por itens de múltipla escolha. Há, também, outros conhecimentos necessários ao pleno desenvolvimento do estudante que não se encontram na Matriz de Referência por não serem compatíveis com o modelo de teste adotado. A avaliação em larga escala pretende obter informações gerais, importantes para se pensar a qualidade da educação, porém, ela só será uma ferramenta para esse fim se utilizada de maneira coerente, agregando novas informações às já obtidas por professores e gestores nas devidas instâncias educacionais, em consonância com a realidade local.
Esta seção traz os fundamentos da metodologia de avaliação externa do Saep, a Matriz de Referência, a Teoria de
Resposta ao Item (TRI) e a Escala de Proficiência.
INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS E ANÁLISES PEDAGÓGICAS
MATRIZ DE REFERÊNCIA - 6EF - SAEP
DOMÍNIOS DESCRITOR CONHECIMENTOS
I – NÚMEROS E ÁLGEBRA
D1 Reconhecer e utilizar características do Sistema de Numeração Decimal.
D2 Reconhecer números reais representados em diferentes contextos.
D3Reconhecer a decomposição ou composição de números naturais nas suas diversas ordens.
D4 Calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais.
D5 Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais.
D6Resolver problemas com números reais envolvendo diferentes significados das operações.
D7 Reconhecer/Identificar diferentes representações de um número racional.
D8Relacionar potências e raizes quadradas ou cúbicas com padrões numéricos ou geométricos.
D51 Resolver problemas que envolvam porcentagem.
TEMA
O tema agrupa por afinidade um conjunto de conhecimentos indicados
pelos descritores.
MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio
Elementos que compõem a Matriz
Descritores
Os descritores associam o conteúdo curricular a operações cognitivas,
indicando os conhecimentos que serão avaliados por
meio de um item.
(M100005A9) Na figura abaixo o triângulo MNP é equilátero e MPQ é isósceles de base MQ.
Então, a medida do ângulo x, indicado nessa figura, é igual a A) 30ºB) 40ºC) 60ºD) 900
item
O item é uma questão utilizada nos testes de uma
avaliação em larga escala e se caracteriza por avaliar um único conhecimento indicado
por um descritor da Matriz de Referência.
Revista Pedagógica 13
MATRIZ DE REFERÊNCIA - 6EF - SAEP
TEMA DESCRITOR CONHECIMENTOS
I – NÚMEROS E ÁLGEBRA
D1 Reconhecer e utilizar características do Sistema de Numeração Decimal.
D2 Reconhecer números reais representados em diferentes contextos.
D3Reconhecer a decomposição ou composição de números naturais nas suas diversas ordens.
D4 Calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais.
D5 Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais.
D6Resolver problemas com números reais envolvendo diferentes significados das operações.
D7 Reconhecer/Identificar diferentes representações de um número racional.
D8Relacionar potências e raizes quadradas ou cúbicas com padrões numéricos ou geométricos.
D51 Resolver problemas que envolvam porcentagem.
II - GRANDEZAS E MEDIDAS
D15 Resolver problemas utilizando relações entre diferentes unidades de medida.
D16 Resolver problemas envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas.
D17 Resolver problemas envolvendo o cálculo de áreas de figuras planas.
D18Resolver problemas envolvendo trocas entre cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasileiro, em função de seus valores.
IV – GEOMETRIAS
D36Identificar a localização /movimentação de objetos ou pessoas em mapas, croquis e outras representações gráficas.
D38 Identificar figuras bidimensionais por meio de suas propriedades e vice-versa.
D40 Reconhecer o círculo ou a circunferência, seus elementos e algumas de suas relações.
D41Relacionar figuras tridimensionais à sua planificação ou vistas por meio de suas propriedades e vice-versa.
D44 Reconhecer figuras tridimensionais por meio de suas características.
IV -TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
D53 Identificar informações apresentadas em tabelas ou diferentes tipos de gráficos.
D54Resolver problemas envolvendo interpretação de informações apresentadas em tabelas ou diferentes tipos de gráficos.
D56 Resolver problemas envolvendo noções de análise combinatória.
14 SAEP 2013
MATRIZ DE REFERÊNCIA - 1EM - SAEP
TEMA DESCRITOR CONHECIMENTOS
I - NÚMEROS E ÁLGEBRA
D2 Reconhecer números reais representados em diferentes contextos.
D6Resolver problemas com números reais envolvendo diferentes significados das operações.
D7 Reconhecer/Identificar diferentes representações de um número racional.
D8Relacionar potências e raizes quadradas ou cúbicas com padrões numéricos ou geométricos.
D9 Resolver problemas envolvendo equações do 1º ou do 2º grau.
D13Identificar a representação algébrica que modela uma situação descrita em um texto.
D51 Resolver problemas que envolvam porcentagem.
II -GRANDEZAS E MEDIDAS
D15 Resolver problemas utilizando relações entre diferentes unidades de medida.
D16 Resolver problemas envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas.
D17 Resolver problemas envolvendo o cálculo de áreas de figuras planas.
D20 Resolver problemas envolvendo noção de volume.
D21 Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas.
III - FUNÇÕES
D23Reconhecer intervalos de crescimento/decrescimento, ponto(s) de máximo/mínimo, e/ou zeros de funções reais representadas em um gráfico.
D24Identificar a representação gráfica que modela uma situação descrita em um texto.
D25Identificar a representação algébrica de uma função do 1º grau a partir dos dados de uma tabela.
D26Identificar a representação algébrica ou gráfica de uma função do 1º grau, conhecendo alguns de seus elementos.
D27Identificar a representação algébrica ou gráfica de uma função do 2º grau, conhecendo alguns de seus elementos.
D29 Resolver problemas que envolvam função do 1º grau.
D31 Resolver problemas que envolvam função do 2º grau.
IV - GEOMETRIAS
D37Resolver problemas que envolvam a localização de pontos no plano cartesiano.
D41Relacionar figuras tridimensionais à sua planificação ou vistas por meio de suas propriedades e vice-versa.
D42 Reconhecer polígonos semelhantes usando os critérios de semelhança.
D43Reconhecer o seno, o cosseno e a tangente como razões entre os lados de um triângulo retângulo.
D45 Resolver problemas envolvendo o Teorema de Tales.
D46Resolver problemas que envolvam razões trigonométricas no triângulo retângulo.
D47 Resolver problemas utilizando as propriedades dos polígonos.
IV - TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
D54Resolver problemas envolvendo interpretação de informações apresentadas em tabelas ou diferentes tipos de gráficos.
D55 Resolver problemas que envolvam as medidas de tendência central.
Revista Pedagógica 15
16 SAEP 2013
TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM (TRI)
A Teoria de Resposta ao Item (TRI) é, em termos gerais, uma forma de analisar e avaliar os
resultados obtidos pelos estudantes nos testes, levando em consideração os conhecimentos
demonstrados e os graus de dificuldade dos itens, permitindo a comparação entre testes
realizados em diferentes anos.
Ao realizarem os testes, os estudantes obtêm um determinado nível de desempenho nos
conhecimentos testados. Esse nível de desempenho denomina-se PROFICIÊNCIA.
A TRI é uma forma de calcular a proficiência alcançada, com base em um modelo estatístico
capaz de determinar um valor diferenciado para cada item que o estudante respondeu
em um teste padronizado de múltipla escolha. Essa teoria leva em conta três parâmetros:
• Parâmetro "A"A capacidade de um item de discriminar, entre os estudantes avaliados, aqueles que
desenvolveram os conhecimentos avaliados daqueles que não os desenvolveram.
• Parâmetro "B"O grau de dificuldade dos itens: fáceis, médios ou difíceis. Os itens estão distribuídos
de forma equânime entre os diferentes cadernos de testes, possibilitando a criação de
diversos cadernos com o mesmo grau de dificuldade.
• Parâmetro "C"A análise das respostas do estudante para verificar aleatoriedade nas respostas: se for
constatado que ele errou muitos itens de baixo grau de dificuldade e acertou outros de
grau elevado – o que é estatisticamente improvável, o modelo deduz que ele respondeu
aleatoriamente às questões.
O SAEP utiliza a TRI para o cálculo de acerto do estudante. No final, a proficiência não depende
apenas do valor absoluto de acertos, depende também da dificuldade e da capacidade
de discriminação das questões que o estudante acertou e/ou errou. O valor absoluto de
acertos permitiria, em tese, que um estudante que respondeu aleatoriamente tivesse o
mesmo resultado que outro que tenha respondido com base em seus conhecimentos.
O modelo da TRI evita essa situação e gera um balanceamento de graus de dificuldade
entre as questões que compõem os diferentes cadernos e os conhecimentos avaliados em
relação ao contexto escolar. Esse balanceamento permite a comparação dos resultados dos
estudantes ao longo do tempo e entre diferentes escolas.
iiiii
iiiiiiiiiii
iiiiii
iiiii
iiiiiiiiiii
iiiiiiiiiiiiiiiii
iiiiiiiiiii
iiiii
iiiiiiiiiii
iiiiii
iiiii
iiiiiiiiiii
iiiiiiiiiiiiiiiii
iiiiiiiiiii
iiiiiiiiiii
iiiiiiiiiii
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CADERNO
CADERNO
No 6º ano do Ensino Fundamental, em Língua Portuguesa, são 77 itens, divididos em 7 blocos, com 11 itens cada.
No 1º ano do Ensino Médio, em Língua Portuguesa, são 91 itens, divididos em 7 blocos, com 13 itens cada.
iiiiiiiiiii
iiiiiiiiiiiii
iiiiiiiiiii
iiiiiiiiiiiii
iiiiiiiiiii
iiiiiiiiiiiii
4 blocos formam um caderno, totalizando 2 blocos de LP com 22 itens e 2 blocos de MAT com 22 itens, totalizando 44 itens por caderno.
4 blocos formam um caderno, totalizando 2 blocos de LP com 26 itens e 2 blocos de MAT com 26 itens, totalizando 52 itens por caderno.
Ao todo, são 21 modelos diferentes de cadernos.
Ao todo, são 21 modelos diferentes de cadernos.
= 1 item
= 1 item
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COMPOSIÇÃO DOS CADERNOS PARA A AVALIAÇÃO
Revista Pedagógica 17
18 SAEP 2013
A ESCALA DE PROFICIÊNCIA foi
desenvolvida com o objetivo de traduzir
medidas em diagnósticos qualitativos
do desempenho escolar. Ela orienta, por
exemplo, o trabalho do professor com relação
aos conhecimentos que seus estudantes
desenvolveram, apresentando os resultados
em uma espécie de régua onde os valores
obtidos são ordenados e categorizados em
intervalos ou faixas que indicam o grau de
desenvolvimento dos conhecimentos para
os estudantes que alcançaram determinado
nível de desempenho.
Em geral, para as avaliações em larga escala
da Educação Básica realizadas no Brasil, os
resultados dos estudantes em Matemática
são colocados em uma mesma Escala de
Proficiência definida pelo Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
* As capacidades envolvidas nesses conhecimentos não são avaliadas nesta etapa de escolaridade.
DOMÍNIOS CONHECIMENTOS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
6º ano EF 1º ano EM
Localizar objetos em representações do espaço. D36 D37 Identificar figuras geométricas e suas propriedades. D38, D40, D41, D44 D41 Reconhecer transformações no plano. * * Aplicar relações e propriedades. * D42, D43, D45, D46, D47 Utilizar sistemas de medidas. D15 D15 Medir grandezas. D16, D17 D16, D17, D20, D21 Estimar e comparar grandezas. D18 * Conhecer e utilizar números. D1, D2, D3, D7, D8 D2, D7, D8 Realizar e aplicar operações. D4, D5, D6 D6 Utilizar procedimentos algébricos. D51
D9, D13, D51, D23, D24, D25, D26, D27, D29, D31
Ler, utilizar e interpretar informações apresentadas em tabelas e gráficos.
D53, D54 D54, D55 Utilizar procedimentos de combinatória e probabilidade.
D56 * PADRÕES DE DESEMPENHO - 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
PADRÕES DE DESEMPENHO - 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
Geometrias
Grandezas e Medidas
Números, Álgebra e Funções
Tratamento da Informação
ESCALA DE PROFICIÊNCIA EM MATEMÁTICA
Revista Pedagógica 19
Por permitirem ordenar os resultados de
desempenho, as Escalas são importantes
ferramentas para a interpretação dos
resultados da avaliação.
A partir da interpretação dos intervalos da
Escala, os professores, em parceria com a
equipe pedagógica, podem diagnosticar
os conhecimentos já desenvolvidos pelos
estudantes, bem como aqueles que ainda
precisam ser trabalhados em sala de aula,
em cada etapa de escolaridade avaliada.
Com isso, os educadores podem atuar
com maior precisão na detecção das
dificuldades dos estudantes, possibilitando o
planejamento e a execução de novas ações
para o processo de ensino-aprendizagem. A
seguir é apresentada a estrutura da Escala
de Proficiência.
CONHECIMENTOS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
6º ano EF 1º ano EM
Localizar objetos em representações do espaço. D36 D37 Identificar figuras geométricas e suas propriedades. D38, D40, D41, D44 D41 Reconhecer transformações no plano. * * Aplicar relações e propriedades. * D42, D43, D45, D46, D47 Utilizar sistemas de medidas. D15 D15 Medir grandezas. D16, D17 D16, D17, D20, D21 Estimar e comparar grandezas. D18 * Conhecer e utilizar números. D1, D2, D3, D7, D8 D2, D7, D8 Realizar e aplicar operações. D4, D5, D6 D6 Utilizar procedimentos algébricos. D51
D9, D13, D51, D23, D24, D25, D26, D27, D29, D31
Ler, utilizar e interpretar informações apresentadas em tabelas e gráficos.
D53, D54 D54, D55 Utilizar procedimentos de combinatória e probabilidade.
D56 * PADRÕES DE DESEMPENHO - 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
PADRÕES DE DESEMPENHO - 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
Geometrias
Grandezas e Medidas
Números, Álgebra e Funções
Tratamento da Informação
ESCALA DE PROFICIÊNCIA EM MATEMÁTICA
A gradação das cores indica a complexidade da tarefa.
Abaixo do básico Básico Adequado Avançado
20 SAEP 2013
A ESTRUTURA DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA
Na primeira coluna da Escala, são apresentados
os grandes Domínios do conhecimento em
Matemática para toda a Educação Básica. Esses
Domínios são agrupamentos de conteúdos
que, por sua vez, agregam os conhecimentos
presentes na Matriz de Referência. Nas colunas
seguintes são apresentados, respectivamente, os
conhecimentos presentes na Escala de Proficiência
e os descritores da Matriz de Referência a elas
relacionados.
Os conhecimentos estão dispostos nas várias
linhas da Escala. Para cada um deles há diferentes
graus de complexidade representados por uma
gradação de cores, que vai do amarelo-claro ao
vermelho. Assim, a cor amarelo-claro indica o
primeiro nível de complexidade do conhecimento,
passando pelo amarelo-escuro, laranja-claro,
laranja-escuro e chegando ao nível mais complexo,
representado pela cor vermelha.
Na primeira linha da Escala de Proficiência,
podem ser observados, numa escala numérica,
intervalos divididos em faixas de 25 pontos, que
estão representados de zero a 500.
Cada intervalo corresponde a um nível e um
conjunto de níveis forma um PADRÃO DE
DESEMPENHO. Esses Padrões são definidos
pela Secretaria de Estado da Educação e
representados em verde. Eles trazem, de forma
sucinta, um quadro geral das tarefas que os
estudantes são capazes de fazer, a partir do
conjunto de conhecimentos que desenvolveram.
Para compreender as informações presentes na
Escala de Proficiência, pode-se interpretá-la de
três maneiras:
• Primeira
Perceber, a partir de um determinado Domínio,
o grau de complexidade dos conhecimentos a
ele associados, através da gradação de cores
ao longo da Escala. Desse modo, é possível
analisar como os estudantes desenvolvem os
conhecimentos e realizar uma interpretação que
contribua para o planejamento do professor, bem
como para as intervenções pedagógicas em sala
de aula.
• Segunda
Ler a Escala por meio dos Padrões de
Desempenho, que apresentam um panorama
do desenvolvimento dos estudantes em um
determinado intervalo. Dessa forma, é possível
relacionar os conhecimentos desenvolvidos
com o percentual de estudantes situado em
cada Padrão.
• Terceira
Interpretar a Escala de Proficiência a partir da
abrangência da proficiência de cada instância
avaliada: Estado, NRE e escola. Dessa forma, é
possível verificar o intervalo em que a escola se
encontra em relação às demais instâncias.
Revista Pedagógica 21
conhecimentos descritos para este domínio
OS DOMÍNIOS E CONHECIMENTOS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA
Geometrias
Professor, na Matemática, o estudo de Geometrias é de fundamental importância para que o aluno desenvolva vários conhecimentos, tais como percepção, representação, abstração, levantamento e validação de hipóteses, orientação espacial; além de propiciar o desenvolvimento da criatividade. Vivemos num mundo em que, constantemente, necessitamos nos movimentar, localizar objetos, localizar ruas e cidades em mapas, identificar figuras geométricas e suas propriedades para solucionar problemas. O estudo deste domínio pode auxiliar a desenvolver, satisfatoriamente, todos esses conhecimentos, podendo, também, nos ajudar a apreciar, com outro olhar, as formas geométricas presentes na natureza, nas construções e nas diferentes manifestações artísticas. Estes conhecimentos são trabalhados desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, permitindo que, a cada ano de escolaridade, os alunos aprofundem e aperfeiçoem o seu conhecimento neste domínio, desenvolvendo, assim, o pensamento geométrico necessário para solucionar problemas.
Localizar objetos em representações do espaço.
Identificar figuras geométricas e suas propriedades.
Reconhecer transformações no plano.
Aplicar relações e propriedades.
DOMÍNIOS E CONHECIMENTOS
Ao relacionar os resultados a cada um
dos Domínios da Escala de Proficiência e
aos respectivos intervalos de gradação de
complexidade de cada conhecimento avaliado,
é possível observar o nível de desenvolvimento
aferido pelo teste e o desempenho esperado
dos estudantes nas etapas de escolaridade em
que se encontram.
Esta seção apresenta o detalhamento dos
níveis de complexidade dos conhecimentos nos
diferentes intervalos da Escala de Proficiência.
Essa descrição focaliza o desenvolvimento
cognitivo do estudante ao longo do processo de
escolarização e o agrupamento dos conteúdos
básicos ao aprendizado de Matemática para
toda a Educação Básica.
LOCALIZAR OBJETOS EM REPRESENTAÇÕES DO ESPAÇO0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Um dos objetivos do ensino de Geometrias em Matemática é propiciar ao aluno o desenvolvimento da capacidade de localizar objetos em representações planas do espaço. Esta capacidade é desenvolvida desde os anos iniciais do Ensino Fundamental por meio de tarefas que exigem dos alunos, por exemplo, desenhar, no papel, o trajeto casa-escola, identificando pontos de referências. Para o desenvolvimento desta capacidade, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, são utilizados vários recursos, como a localização de ruas, pontos turísticos, casas, dentre outros, em mapas e croquis. Além disso, o uso do papel quadriculado pode auxiliar o aluno a localizar objetos utilizando as unidades de medidas (cm, mm), em conexão com o domínio de Grandezas e Medidas. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, papel quadriculado é um importante recurso para que os alunos localizem pontos utilizando coordenadas. No Ensino Médio os alunos trabalham as geometrias plana, espacial e analítica. Eles utilizam o sistema de coordenadas cartesianas para localizar pontos, retas, circunferências entre outros objetos matemáticos.
CINZA 0 A 150 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 150 A 200 PONTOS
Alunos cuja proficiência se encontra no intervalo de 150 a 200 pontos na Escala, marcado pelo amarelo-claro, estão no início do desenvolvimento deste conhecimento. Esses alunos são os que descrevem caminhos desenhados em mapas e identificam objetos localizados dentro/fora, na frente/atrás ou em cima/embaixo.
AMARELO-ESCURO 200 A 250 PONTOS
Alunos cuja proficiência se encontra no intervalo amarelo-escuro, 200 a 250 pontos na Escala, realizam atividades que envolvem referenciais diferentes da própria posição, como, por exemplo, localizar qual objeto está situado entre outros dois. Também localizam e identificam a movimentação de objetos e pessoas em mapas e croquis.
LARANJA-CLARO 250 A 300 PONTOS
O laranja-claro, 250 a 300 pontos na Escala , indica um novo grau de complexidade deste conhecimento. Neste intervalo, os alunos associam uma trajetória representada em um mapa à sua descrição textual. Por exemplo: dada uma trajetória entre duas localidades, no mapa, o aluno verifica qual a descrição textual que representa esse deslocamento e vice-versa.
LARANJA-ESCURO 300 A 375 PONTOS
No intervalo de 300 a 375 pontos, cor laranja-escuro, os alunos já conseguem realizar atividade de localização utilizando sistema de coordenadas em um plano cartesiano. Por exemplo: dado um objeto no plano cartesiano, o aluno identifica o seu par ordenado e vice-versa.
22 SAEP 2013 | Revista Pedagógica
VERMELHO ACIMA DE 375 PONTOS
No intervalo de 375 a 500 pontos, representado pela cor vermelha, os alunos localizam figuras geométricas por meio das coordenadas cartesianas de seus vértices, utilizando a nomenclatura abscissa e ordenada.
IDENTIFICAR FIGURAS GEOMÉTRICAS E SUAS PROPRIEDADES0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
A denominação de “figuras geométricas” será utilizada de forma geral para se referir tanto às figuras bidimensionais como às tridimensionais. Em todos os lugares, nós nos deparamos com diferentes formas geométricas – arredondadas, retilíneas, simétricas, assimétricas, cônicas, esféricas, dentre muitas outras. A percepção das formas que estão ao nosso redor é desenvolvida pelas crianças, mesmo antes de entrarem na escola. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os alunos começam a desenvolver os conhecimentos de reconhecimento de formas utilizando alguns atributos das figuras planas (um dos elementos que diferencia o quadrado do triângulo é o atributo número de lados) e tridimensionais (conseguem distinguir a forma esférica de outras formas). Nas séries finais do Ensino Fundamental, são trabalhadas as principais propriedades das figuras geométricas. No Ensino Médio, os alunos identificam várias propriedades das figuras geométricas, entre as quais destacamos o Teorema de Pitágoras, propriedades dos quadriláteros dentre outras.
CINZA 0 A 125 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 125 A 200 PONTOS
No intervalo de 125 a 200 pontos, representado pelo amarelo-claro, os alunos começam a desenvolver os conhecimentos de associar objetos do cotidiano às suas formas geométricas.
AMARELO-ESCURO 200 A 250 PONTOS
No intervalo de 200 a 250 pontos, representado pelo amarelo-escuro, os alunos começam a desenvolver os conhecimentos de identificar quadriláteros e triângulos, utilizando como atributo o número de lados. Assim, dado um conjunto de figuras, os alunos, pela contagem do número de lados, identificam aqueles que são triângulos e os que são quadriláteros. Em relação aos sólidos, os alunos identificam suas propriedades comuns e suas diferenças, utilizando um dos atributos, nesse caso o número de faces.
LARANJA-CLARO DE 250 A 300 PONTOS
Alunos cuja proficiência se encontra entre 250 e 300 pontos identificam algumas características de quadriláteros relativas a lados e ângulos e, também, reconhecem alguns polígonos, como pentágonos, hexágonos entre outros, considerando, para isso, o número de lados. Em relação aos quadriláteros, conseguem identificar as posições dos lados, valendo-se do paralelismo. Com relação aos sólidos geométricos, esses alunos identificam os objetos com forma esférica a partir de um
23Matemática - 3º ano do Ensino Médio | SAEP 2013
conjunto de objetos do cotidiano e reconhecem algumas características dos corpos redondos. A partir das características dos sólidos geométricos, os alunos discriminam entre poliedros e corpos redondos, bem como identificam a planificação do cubo e do bloco retangular. O laranja-claro indica o desenvolvimento desses conhecimentos.
LARANJA-ESCURO DE 300 A 375 PONTOS
No intervalo laranja-escuro, de 300 a 375 pontos na Escala , os alunos reconhecem um quadrado fora de sua posição usual. É muito comum, ao rotacionarmos um quadrado 90 graus, os alunos não identificarem a figura como sendo um quadrado. Nesse caso, os alunos consideram essa figura como sendo um losango. Em relação às figuras tridimensionais, os alunos identificam alguns elementos dessas figuras como, por exemplo, faces, vértices e bases, além de contarem o número de faces, vértices e arestas dos poliedros. Ainda, em relação às figuras planas, os alunos reconhecem alguns elementos da circunferência, como raio, diâmetro e cordas. Relacionam os sólidos geométricos às suas planificações e também identificam duas planificações possíveis do cubo
VERMELHO ACIMA DE 375 PONTOS
Alunos que apresentam proficiência a partir de 375 pontos já desenvolveram os conhecimentos referentes aos níveis anteriores e, ainda, identificam a quantidade e as formas dos polígonos que formam um prisma, bem como identificam sólidos geométricos a partir de sua planificação (prismas e corpos redondos) e vice-versa. A cor vermelha indica o desenvolvimento destes conhecimentos.
RECONHECER TRANSFORMAÇÕES NO PLANO0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Existem vários tipos de transformações no plano. Dentre elas, podemos citar as isometrias que têm como características a preservação de distâncias entre pontos do plano, como translações, rotações e reflexões e as transformações por semelhança que preservam a forma, mas não preservam, necessariamente, o tamanho. São conhecimentos que dizem respeito às transformações por semelhança e, devido à sua complexidade, começam a ser desenvolvidas em níveis mais altos da Escala de Proficiência.
CINZA 0 A 325 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 325 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 325 A 350 PONTOS
Alunos que se encontram entre 325 e 350 pontos na Escala, marcado pelo amarelo-claro, começam a desenvolver estes conhecimentos. Esses alunos são os que resolvem problemas envolvendo escalas e constante de proporcionalidade.
AMARELO-ESCURO 350 A 375 PONTOS
O amarelo-escuro, 350 a 375 pontos, indica que os alunos com uma proficiência que se encontra neste intervalo já conseguem realizar tarefas mais complexas, pois reconhecem a semelhança
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de triângulos a partir da medida de seus ângulos, bem como comparam áreas de figuras planas semelhantes desenhadas em uma malha quadriculada, obtendo o fator multiplicativo.
VERMELHO ACIMA DE 375 PONTOS
No intervalo representado pela cor vermelha, os alunos reconhecem que a área de um retângulo quadruplica quando as medidas de seus lados são dobradas.
APLICAR RELAÇÕES E PROPRIEDADES0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
A resolução de problemas é uma capacidade cognitiva que deve ser desenvolvida na escola. O ensino da Matemática pode auxiliar nesse desenvolvimento considerando que a resolução de problemas não é o ponto final do processo de aprendizagem e sim o ponto de partida da atividade matemática, propiciando ao aluno desenvolver estratégias, levantar hipóteses, testar resultados e utilizar conceitos já aprendidos em outros conteúdos. No campo do Geometrias, espera-se que os alunos consigam aplicar relações e propriedades das figuras geométricas – planas e não planas – em situações-problema.
CINZA 0 A 300 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 300 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 300 A 350 PONTOS
O amarelo-claro, de 300 a 350 pontos na Escala, indica que os alunos trabalham com ângulo reto e reconhecem esse ângulo como sendo correspondente a um quarto de giro. Em relação às figuras geométricas, conseguem aplicar o Teorema da soma dos ângulos internos de um triângulo para resolver problemas e diferenciar os tipos de ângulos: agudo, obtuso e reto. Em relação ao estudo do círculo e circunferência, esses alunos estabelecem relações entre as medidas do raio, diâmetro e corda.
AMARELO-ESCURO 350 A 375 PONTOS
No intervalo representado pelo amarelo-escuro, de 350 a 375 pontos, os alunos resolvem problemas geométricos mais complexos, utilizando o Teorema de Pitágoras e a Lei Angular de Tales, além de resolver problemas envolvendo o cálculo do número de diagonais de um polígono e utilizar relações para o cálculo da soma dos ângulos internos e externos de um triângulo. Em relação ao estudo do círculo e circunferência, esses alunos calculam os ângulos centrais em uma circunferência dividida em partes iguais.
LARANJA-CLARO 375 A 400 PONTOS
Alunos cuja proficiência se encontra entre 375 e 400 pontos, marcado pelo laranja- claro, resolvem problemas mais complexos, envolvendo o Teorema de Pitágoras e relações métricas no triângulo retângulo.
VERMELHO ACIMA DE 400 PONTOS
Os alunos resolvem problemas utilizando conceitos básicos da Trigonometria, como a Relação Fundamental da Trigonometria e as razões trigonométricas em um triângulo retângulo. Na
25Matemática - 3º ano do Ensino Médio | SAEP 2013
UTILIZAR SISTEMAS DE MEDIDAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Um dos objetivos do estudo de Grandezas e Medidas é propiciar ao aluno o desenvolvimento da capacidade de utilizar sistemas de medidas. Para o desenvolvimento desta capacidade, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, podemos solicitar aos alunos que marquem o tempo por meio de calendário. Destacam-se, também, atividades envolvendo culinária, o que possibilita um rico trabalho, utilizando diferentes unidades de medida, como o tempo de cozimento: horas e minutos e a quantidade dos ingredientes: litro, quilograma, colher, xícara, pitada e outros. Os alunos utilizam também outros sistemas de medidas convencionais para resolver problemas.
conhecimentos descritos para este domínio
GRANDEZAS E MEDIDAS
O estudo de temas vinculados a este domínio deve propiciar aos alunos conhecer aspectos históricos da construção do conhecimento; compreender o conceito de medidas, os processos de medição e a necessidade de adoção de unidades padrão de medidas; resolver problemas utilizando as unidades de medidas; estabelecer conexões entre Grandezas e Medidas com outros temas matemáticos como, por exemplo, os números racionais positivos e suas representações. Através de diversas atividades, é possível mostrar a importância e o acentuado caráter prático das Grandezas e Medidas, para poder, por exemplo, compreender questões relacionadas aos diferentes contextos, além de sua vinculação a outras áreas de conhecimento, como as Ciências Naturais (temperatura, velocidade e outras grandezas) e a Geografia (escalas para mapas, coordenadas geográficas). Estes conhecimentos são trabalhados desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, permitindo que, a cada ano de escolaridade, os alunos aprofundem e aperfeiçoem o seu conhecimento neste domínio.
Utilizar sistemas de medidas.
Medir grandezas.
Estimar e comparar grandezas.
Geometria Analítica identificam a equação de uma reta e sua equação reduzida a partir de dois pontos dados. Reconhecem os coeficientes linear e angular de uma reta, dado o seu gráfico. Identificam a equação de uma circunferência a partir de seus elementos e vice-versa. Na Geometria Espacial, utilizam a relação de Euller para determinar o número de faces, vértices e arestas.
26 SAEP 2013 | Revista Pedagógica
CINZA 0 A 125 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 125 A 175 PONTOS
No intervalo de 125 a 175 pontos, representado pelo amarelo-claro, os alunos estão no início do desenvolvimento deste conhecimento. Eles conseguem ler horas inteiras em relógio analógico.
AMARELO-ESCURO 175 A 225 PONTOS
No intervalo representado pelo amarelo-escuro, de 175 a 225 pontos, os alunos conseguem ler horas e minutos em relógio digital e analógico em situações simples, resolver problemas relacionando diferentes unidades de uma mesma medida para cálculo de intervalos (dias e semanas, minutos e horas), bem como estabelecer relações entre diferentes medidas de tempo (horas, dias, semanas), efetuando cálculos. Em relação à grandeza comprimento, os alunos resolvem problemas relacionando metro e centímetro. Quanto à grandeza Sistema Monetário, identificam quantas moedas de um mesmo valor equivalem a uma quantia inteira dada em reais e vice-versa.
LARANJA-CLARO 225 A 300 PONTOS
Alunos que apresentam uma proficiência entre 225 e 300 pontos, marcado pelo laranja-claro, desenvolvem tarefas mais complexas em relação à grandeza tempo. Esses alunos relacionam diferentes unidades de medidas como, por exemplo, o mês, o bimestre, o ano, bem como estabelecem relações entre segundos e minutos, minutos e horas, dias e anos. Em se tratando da grandeza Sistema Monetário, resolvem problemas de trocas de unidades monetárias, que envolvem um número maior de cédulas e em situações menos familiares. Resolvem problemas realizando cálculo de conversão de medidas das grandezas comprimento (quilômetro/metro), massa (quilograma/grama) e capacidade (litro/mililitro).
LARANJA-ESCURO 300 A 350 PONTOS
No intervalo de 300 a 350 pontos, marcado pelo laranja-escuro, os alunos resolvem problemas realizando conversão e soma de medidas de comprimento (quilômetro/ metro) e massa (quilograma/grama). Neste caso, os problemas envolvendo conversão de medidas assumem uma complexidade maior do que aqueles que estão nos intervalos anteriores.
VERMELHO ACIMA DE 350 PONTOS
Percebe-se que, até o momento, os conhecimentos requeridos dos alunos para resolver problemas utilizando conversão de medidas envolvem as seguintes grandezas: comprimento, massa, capacidade. Há problemas que trabalham com outras grandezas como, por exemplo, as grandezas volume e capacidade estabelecendo a relação entre suas medidas – metros cúbicos (m³) e litro (L). Acima de 350 pontos na Escala de Proficiência, os conhecimentos relacionados a esta capacidade apresentam uma maior complexidade. Neste nível, os alunos resolvem problemas envolvendo a conversão de m³ em litros. A cor vermelha indica que estes conhecimentos foram desenvolvidos.
27Matemática - 3º ano do Ensino Médio | SAEP 2013
MEDIR GRANDEZAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Outro objetivo do ensino de Grandezas e Medidas é propiciar ao aluno o desenvolvimento da capacidade: medir grandezas. Esta capacidade é desenvolvida nos anos iniciais do Ensino Fundamental quando, por exemplo, solicitamos aos alunos para medirem o comprimento e largura da sala de aula usando algum objeto como unidade. Este é um conhecimento que deve ser amplamente discutido com os alunos, pois, em razão da diferença dos objetos escolhidos como unidade de medida, os resultados encontrados serão diferentes. E perguntas como: “Qual é a medida correta?” São respondidas da seguinte forma: “Todos os resultados são igualmente corretos, pois eles expressam medidas realizadas com unidades diferentes.” Além desses conhecimentos, ainda nas séries iniciais do Ensino Fundamental, também são trabalhados os conhecimentos de medir a área e o perímetro de figuras planas, a partir das malhas quadriculadas ou não. Nos anos finais do Ensino Fundamental, os alunos resolvem problemas envolvendo o cálculo de perímetro e área de figuras planas e problemas envolvendo noções de volume (paralelepípedo). No Ensino Médio, os alunos resolvem problemas envolvendo o cálculo do volume de diferentes sólidos geométricos (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera) e problemas envolvendo a área total de um sólido (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera).
CINZA 0 A 150 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 150 A 225 PONTOS
No intervalo de 150 a 225 pontos na Escala, representada pela cor amarelo-claro, os alunos conseguem resolver problemas de cálculo de área relacionando o número de metros quadrados com a quantidade de quadradinhos contida em um retângulo desenhado em malha quadriculada.
AMARELO-ESCURO 225 A 275 PONTOS
Alunos cuja proficiência se encontra entre 225 e 275 pontos, representado pelo amarelo-escuro, realizam tarefas mais complexas, comparando e calculando áreas de figuras poligonais em malhas quadriculadas. Em relação ao perímetro, demonstram os conhecimentos de identificar os lados e, conhecendo suas medidas, calcular a extensão do contorno de uma figura poligonal dada em uma malha quadriculada, bem como calcular o perímetro de figuras sem o apoio de malhas quadriculadas. Ainda, reconhecem que a medida do perímetro de um polígono, em uma malha quadriculada, dobra ou se reduz à metade quando os lados dobram ou são reduzidos à metade.
LARANJA-CLARO 275 A 325 PONTOS
No intervalo representado pelo laranja-claro, de 275 a 325 pontos na Escala, os alunos calculam a área com base em informações sobre os ângulos da figura e o volume de sólidos a partir da medida de suas arestas.
LARANJA-ESCURO 325 A 400 PONTOS
Alunos cuja proficiência se encontra no intervalo de 325 a 400 pontos, laranja-escuro, resolvem problemas envolvendo o cálculo aproximado da área de figuras planas desenhadas em malhas
28 SAEP 2013 | Revista Pedagógica
MEDIR GRANDEZAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Outro objetivo do ensino de Grandezas e Medidas é propiciar ao aluno o desenvolvimento da capacidade: medir grandezas. Esta capacidade é desenvolvida nos anos iniciais do Ensino Fundamental quando, por exemplo, solicitamos aos alunos para medirem o comprimento e largura da sala de aula usando algum objeto como unidade. Este é um conhecimento que deve ser amplamente discutido com os alunos, pois, em razão da diferença dos objetos escolhidos como unidade de medida, os resultados encontrados serão diferentes. E perguntas como: “Qual é a medida correta?” São respondidas da seguinte forma: “Todos os resultados são igualmente corretos, pois eles expressam medidas realizadas com unidades diferentes.” Além desses conhecimentos, ainda nas séries iniciais do Ensino Fundamental, também são trabalhados os conhecimentos de medir a área e o perímetro de figuras planas, a partir das malhas quadriculadas ou não. Nos anos finais do Ensino Fundamental, os alunos resolvem problemas envolvendo o cálculo de perímetro e área de figuras planas e problemas envolvendo noções de volume (paralelepípedo). No Ensino Médio, os alunos resolvem problemas envolvendo o cálculo do volume de diferentes sólidos geométricos (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera) e problemas envolvendo a área total de um sólido (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera).
CINZA 0 A 150 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 150 A 225 PONTOS
No intervalo de 150 a 225 pontos na Escala, representada pela cor amarelo-claro, os alunos conseguem resolver problemas de cálculo de área relacionando o número de metros quadrados com a quantidade de quadradinhos contida em um retângulo desenhado em malha quadriculada.
AMARELO-ESCURO 225 A 275 PONTOS
Alunos cuja proficiência se encontra entre 225 e 275 pontos, representado pelo amarelo-escuro, realizam tarefas mais complexas, comparando e calculando áreas de figuras poligonais em malhas quadriculadas. Em relação ao perímetro, demonstram os conhecimentos de identificar os lados e, conhecendo suas medidas, calcular a extensão do contorno de uma figura poligonal dada em uma malha quadriculada, bem como calcular o perímetro de figuras sem o apoio de malhas quadriculadas. Ainda, reconhecem que a medida do perímetro de um polígono, em uma malha quadriculada, dobra ou se reduz à metade quando os lados dobram ou são reduzidos à metade.
LARANJA-CLARO 275 A 325 PONTOS
No intervalo representado pelo laranja-claro, de 275 a 325 pontos na Escala, os alunos calculam a área com base em informações sobre os ângulos da figura e o volume de sólidos a partir da medida de suas arestas.
LARANJA-ESCURO 325 A 400 PONTOS
Alunos cuja proficiência se encontra no intervalo de 325 a 400 pontos, laranja-escuro, resolvem problemas envolvendo o cálculo aproximado da área de figuras planas desenhadas em malhas
quadriculadas cuja borda é formada por segmentos de retas e arcos de circunferências. Também calculam a área do trapézio retângulo e o volume do paralelepípedo. Em relação ao perímetro, neste intervalo, realizam o cálculo do perímetro de polígonos sem o apoio de malhas quadriculadas e do volume de paralelepípedos retângulos de base quadrada. Reconhecem que a área de um retângulo quadruplica quando as medidas de seus lados são dobradas.
VERMELHO ACIMA DE 400 PONTOS
A partir de 400 pontos na Escala, os alunos resolvem problemas envolvendo a decomposição de uma figura plana em triângulos, retângulos e trapézios retângulos e calculam a área desses polígonos. O vermelho indica que estes conhecimentos foram desenvolvidos.
ESTIMAR E COMPARAR GRANDEZAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
O estudo de Grandezas e Medidas tem, também, como objetivo propiciar ao aluno o desenvolvimento da capacidade: estimar e comparar grandezas. Muitas atividades cotidianas envolvem esta capacidade, como comparar tamanhos dos objetos, pesos, volumes, temperaturas diferentes e outras. Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, esta capacidade é trabalhada, por exemplo, quando solicitamos aos alunos que comparem dois objetos estimando as suas medidas e anunciando qual dos dois é maior. Atividades como essas propiciam a compreensão do processo de medição, pois medir significa comparar grandezas de mesma natureza e obter uma medida expressa por um número.
CINZA 0 A 175 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 175 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 175 A 225 PONTOS
Alunos cuja proficiência se encontra entre 175 e 225 pontos, representado pelo amarelo-claro, estão no início do desenvolvimento destes conhecimentos. Eles leem informações em calendários, localizando o dia de um determinado mês e identificam as notas do Sistema Monetário Brasileiro, necessárias para pagar uma compra informada.
AMARELO-ESCURO 225 A 275 PONTOS
No intervalo de 225 a 275 pontos, os alunos conseguem estimar medida de comprimento usando unidades convencionais e não convencionais. O amarelo-escuro indica o início do desenvolvimento desses conhecimentos.
LARANJA-CLARO 275 A 350 PONTOS
O laranja-claro, 275 a 350 pontos, indica que os alunos com uma proficiência que se encontra neste intervalo já conseguem realizar tarefas mais complexas relativas a este conhecimento, como, por exemplo, resolver problemas estimando outras medidas de grandezas utilizando unidades convencionais como o litro.
VERMELHO ACIMA DE 350 PONTOS
A partir de 350 pontos os alunos comparam os perímetros de figuras desenhadas em malhas
quadriculadas. O vermelho indica que estes conhecimentos foram desenvolvidos.
29Matemática - 3º ano do Ensino Médio | SAEP 2013
NÚMEROS E ÁLGEBRA E FUNÇÕES
Como seria a nossa vida sem os números? Em nosso dia a dia, nos deparamos com eles a todo o momento. Várias informações essenciais para a nossa vida social são representadas por números: CPF, RG, conta bancária, senhas, número de telefones, número de nossa residência, preços de produtos, calendário, horas, entre tantas outras. Não é por acaso que Pitágoras, um grande filósofo e matemático grego (580-500 a.C), elegeu como lema para a sua escola filosófica “Tudo é Número”, pois acreditava que o universo era regido pelos números e suas relações e propriedades. Este domínio envolve, além do conhecimento dos diferentes conjuntos numéricos, as operações e suas aplicações à resolução de problemas. As operações aritméticas estão sempre presentes em nossas vidas. Quantos cálculos temos que fazer? Orçamento do lar, cálculos envolvendo nossa conta bancária, cálculo de juros, porcentagens, divisão de uma conta em um restaurante, dentre outros. Essas são algumas das muitas situações com que nos deparamos em nossas vidas e nas quais precisamos realizar operações. Além de números e operações, este domínio também envolve o conhecimento algébrico que requer a resolução de problemas por meio de equações, inequações, funções, expressões, cálculos entre muitos outros. O estudo da álgebra possibilita aos alunos desenvolver, entre outras capacidades, a de generalizar. Quando fazemos referência a um número par qualquer, podemos representá-lo pela expressão 2n (n sendo um número natural). Essa expressão mostra uma generalização da classe dos números pares.
CONHECER E UTILIZAR NÚMEROS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
As crianças, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, têm contato com os números e já podem perceber a importância deles na vida cotidiana. Já conhecem a escrita de alguns números e já realizam contagens. Nessa fase da escolaridade, os alunos começam a conhecer os diferentes conjuntos numéricos e a perceberem a sua utilização em contextos do cotidiano. Entre os conjuntos numéricos estudados estão os naturais e os racionais em sua forma fracionária e decimal. Não podemos nos esquecer de que o domínio de números está sempre relacionado a outros domínios como o das Grandezas e Medidas. Na etapa final do Ensino Fundamental, os alunos resolvem problemas mais complexos envolvendo diferentes conjuntos numéricos, como os naturais, inteiros e racionais. No Ensino Médio, os alunos já devem ter desenvolvido estes conhecimentos.
conhecimentos descritos para este domínio
Conhecer e utilizar números.
Realizar e aplicar operações.
Utilizar procedimentos algébricos.
30 SAEP 2013 | Revista Pedagógica
CINZA 0 A 100 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 100 A 200 PONTOS
Alunos que se encontram no intervalo de 100 a 200 pontos, representado pelo amarelo-claro, desenvolveram conhecimentos básicos relacionados ao Sistema de Numeração Decimal. Por exemplo: dado um número natural, esses alunos reconhecem o valor posicional dos algarismos, a sua escrita por extenso e a sua composição e decomposição em unidades e dezenas. Eles, também, representam e identificam números naturais na reta numérica. Além disso, reconhecem a representação decimal de medida de comprimento expressas em centímetros e localizam esses números na reta numérica em uma articulação com os conteúdos de Grandezas e Medidas, dentre outros.
AMARELO-ESCURO 200 A 250 PONTOS
O amarelo-escuro, 200 a 250 pontos, indica que os alunos com proficiência neste intervalo já conseguem elaborar tarefas mais complexas. Eles trabalham com a forma polinomial de um número, realizando composições e decomposições de números de até três algarismos, identificando seus valores relativos. Já em relação aos números racionais, reconhecem a representação de uma fração por meio de representação gráfica.
LARANJA-CLARO 250 A 300 PONTOS
No laranja-claro, intervalo de 250 a 300 pontos, os alunos percebem que, ao mudar um algarismo de lugar, o número se altera. Identificam e localizam números inteiros em uma reta numérica ou em uma escala não unitária. Transformam uma fração em número decimal e vice-versa. Localizam, na reta numérica, números racionais na forma decimal e comparam esses números quando têm diferentes partes inteiras. Neste intervalo aparecem, também, conhecimentos relacionados a porcentagem. Os alunos estabelecem a correspondência 50% de um todo com a metade.
LARANJA-ESCURO 300 A 375 PONTOS
No intervalo de 300 a 375 pontos, marcado pelo laranja-escuro, os alunos desenvolveram conhecimentos mais complexos relacionados a frações equivalentes. Eles já resolvem problemas identificando mais de uma forma de representar numericamente uma mesma fração. Por exemplo, percebem, com apoio de uma figura, que a fração 1/2 é equivalente a 2/4. Além disso, resolvem problemas identificando um número natural (não informado), relacionando-o a uma demarcação na reta. Esses alunos, também, transformam frações em porcentagens e vice-versa, identificam a fração como razão e a fração como parte-todo, bem como, os décimos, centésimos e milésimos de um número decimal.
VERMELHO ACIMA DE 375 PONTOS
Acima de 375 pontos na Escala, os alunos, além de já terem desenvolvido os conhecimentos relativos aos níveis anteriores, conseguem localizar na reta numérica números representados na forma fracionária, comparam números fracionários com denominadores diferentes e reconhecerem a leitura de um número decimal até a ordem dos décimos. O vermelho indica que esses conhecimentos foram desenvolvidos.
31Matemática - 3º ano do Ensino Médio | SAEP 2013
REALIZAR E APLICAR OPERAÇÕES0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Estes conhecimentos referem-se às capacidades de cálculo e de resolver problemas que envolvem as quatro operações básicas da aritmética. Envolve, também, o conhecimento dos algoritmos utilizados para o cálculo dessas operações. Além do conhecimento dos algoritmos, é requerida a aplicação dos mesmos na resolução de problemas englobando os diferentes conjuntos numéricos, seja em situações específicas da Matemática, seja em contextos do cotidiano.
CINZA 0 A 100 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 100 A 200 PONTOS
No intervalo representado pelo amarelo-claro, de 100 a 200 pontos, em relação à adição e subtração, os alunos realizam operações envolvendo números de até três algarismos com reserva. Já em relação à multiplicação, realizam operações com reserva, tendo como multiplicador um número com um algarismo. Os alunos resolvem problemas utilizando adição, subtração e multiplicação envolvendo, inclusive, o Sistema Monetário.
AMARELO-ESCURO 200 A 250 PONTOS
Alunos, cuja proficiência se encontra no intervalo de 200 a 250 pontos, amarelo-escuro, em relação às operações, realizam subtrações mais complexas com quatro algarismos e com reserva. Realizam também multiplicações com reserva, com multiplicador de até dois algarismos. Realizam divisões e resolvem problemas envolvendo divisões exatas com divisor de duas ordens. Além disso, resolvem problemas envolvendo duas ou mais operações.
LARANJA-CLARO 250 A 300 PONTOS
O laranja-claro, intervalo de 250 a 300 pontos, indica um novo grau de complexidade destes conhecimentos. Os alunos com proficiência neste nível resolvem problemas envolvendo as diferentes ideias relacionadas à multiplicação, em situações contextualizadas. Também efetuam adição e subtração com números inteiros, bem como realizam cálculo de expressões numéricas envolvendo o uso de parênteses e colchetes com adição e subtração, além de calcular porcentagens e resolver problemas do cotidiano envolvendo porcentagens em situações simples.
LARANJA-ESCURO 300 A 350 PONTOS
Alunos, cuja proficiência se localiza no intervalo de 300 a 350 pontos, já calculam expressões numéricas envolvendo números inteiros e decimais positivos e negativos, inclusive potenciação. Eles conseguem, ainda, resolver problemas envolvendo soma de números inteiros e porcentagens, além de calcular raiz quadrada e identificar o intervalo em que está inserida a raiz quadrada não exata de um número, bem como efetuar arredondamento de decimais. O laranja-escuro indica a complexidade desses conhecimentos.
32 SAEP 2013 | Revista Pedagógica
VERMELHO ACIMA DE 350 PONTOS
No intervalo representado pela cor vermelha, acima de 350 pontos, os alunos calculam o resultado de expressões envolvendo, além das quatro operações, números decimais (positivos e negativos, potências e raízes exatas). Efetuam cálculos de divisão com números racionais (forma fracionária e decimal simultaneamente). Neste nível, os alunos desenvolveram estes conhecimentos.
UTILIZAR PROCEDIMENTOS ALGÉBRICOS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
O estudo da álgebra possibilita ao aluno desenvolver várias capacidades, dentre elas a capacidade de abstrair, generalizar, demonstrar e sintetizar procedimentos de resolução de problemas. Os conhecimentos referentes à álgebra são desenvolvidas no Ensino Fundamental e vão desde situações-problema em que se pretende descobrir o valor da incógnita em uma equação utilizando uma balança de dois pratos, até a resolução de problemas envolvendo equações do segundo grau. Um dos conhecimentos básicos desta capacidade diz respeito ao cálculo do valor numérico de uma expressão algébrica, em que é utilizado o conceito de variável. No Ensino Médio este conhecimento envolve a utilização de procedimentos algébricos para resolver problemas envolvendo o campo dos diferentes tipos de funções: linear, afim, quadrática e exponencial.
CINZA 0 A 275 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 275 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 275 A 300 PONTOS
No intervalo representado pelo amarelo-claro, 275 a 300 pontos, os alunos calculam o valor numérico de uma expressão algébrica.
AMARELO-ESCURO 300 A 350 PONTOS
No intervalo de 300 a 350 pontos, indicado pelo amarelo-escuro, os alunos já identificam a equação de primeiro grau e sistemas de primeiro grau, adequados à resolução de problemas. Esses alunos também determinam o cálculo numérico de uma expressão algébrica em sua forma fatorada e resolvem problemas envolvendo: grandezas diretamente proporcionais, variações entre mais de duas grandezas, juros simples, porcentagem e lucro.
LARANJA-CLARO 350 A 400 PONTOS
O laranja-claro, de 350 a 400 pontos na Escala, indica uma maior complexidade dos conhecimentos desenvolvidos. Neste nível de proficiência, os alunos resolvem problemas que recaem em equação do segundo grau e sistemas de equações do primeiro grau e problemas mais complexos envolvendo juros simples.
33Matemática - 3º ano do Ensino Médio | SAEP 2013
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
O estudo de Tratamento da Informação é de fundamental importância nos dias de hoje, tendo em vista a grande quantidade de informações que se apresentam no nosso cotidiano. Na Matemática, alguns conteúdos são extremamente adequados para “tratar a informação”. A Estatística, por exemplo, cuja utilização pelos meios de comunicação tem sido intensa, utiliza-se de gráficos e tabelas. A Combinatória também é utilizada para desenvolver o Tratamento da Informação, pois ela nos permite determinar o número de possibilidades de ocorrência de um acontecimento. Outro conhecimento necessário para o Tratamento da Informação refere-se ao conteúdo de Probabilidade, por meio da qual se estabelece a diferença entre um acontecimento natural, que tem um caráter determinístico, e um acontecimento aleatório cujo caráter é probabilístico, avaliando-se a probabilidade de dado acontecimento. Com o estudo desses conteúdos, os alunos desenvolvem os conhecimentos de fazer uso, expor, preparar, alimentar e/ou discutir determinado conjunto de dados ou de informes a respeito de alguém ou de alguma coisa.
LER, UTILIZAR E INTERPRETAR INFORMAÇÕES APRESENTADAS EM TABELAS E GRÁFICOS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Um dos objetivos do ensino do conteúdo Tratamento da Informação é propiciar ao aluno o desenvolvimento da capacidade: ler, utilizar e interpretar informações apresentadas em tabelas e gráficos. Estes conhecimentos são desenvolvidos nas séries iniciais do Ensino Fundamental por meio de atividades
conhecimentos descritos para este domínio
Ler, utilizar e interpretar informações apresentadas em tabelas e gráficos.
Utilizar procedimentos algébricos.
LARANJA-ESCURO 400 A 425 PONTOS
Alunos cuja proficiência se localiza no intervalo de 400 a 425 pontos, laranja-escuro, resolvem problemas que envolvem grandezas inversamente proporcionais e sistemas de duas equações. No campo das sequências numéricas, identificam uma regularidade em uma sequência numérica e determinam o número que ocupa uma determinada posição na sequência.
VERMELHO ACIMA DE 425 PONTOS
Acima de 425 pontos na Escala, indicado pela cor vermelha, os alunos resolvem problemas relacionando a representação algébrica com a geométrica de um sistema de equações do primeiro grau.
34 SAEP 2013 | Revista Pedagógica
relacionadas aos interesses das crianças. Por exemplo, ao registrar os resultados de um jogo ou ao anotar resultados de respostas a uma consulta que foi apresentada, elas poderão, utilizando sua própria forma de se expressar, construir representações dos fatos e, pela ação mediadora do professor, essas representações podem ser interpretadas e discutidas. Esses debates propiciam novas oportunidades para a aquisição de outros conhecimentos e para o desenvolvimento de conhecimentos e de atitudes. Nas séries finais do Ensino Fundamental, temas mais relevantes podem ser explorados e utilizados a partir de revistas e jornais. O professor pode sugerir a realização de pesquisas com os alunos sobre diversos temas e efetuar os registros dos resultados em tabelas e gráficos para análise e discussão. No Ensino Médio, os alunos são solicitados a utilizarem procedimentos estatísticos mais complexos como, por exemplo, cálculo de média aritmética.
CINZA 0 A 125 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 125 A 150 PONTOS
No intervalo representado pelo amarelo-claro, de 125 e 150 pontos, os alunos leem informações em tabelas de coluna única e extraem informações em gráficos de coluna por meio de contagem.
AMARELO-ESCURO 150 A 200 PONTOS
No intervalo representado pelo amarelo-escuro, de 150 a 200 pontos, os alunos leem informações em tabelas de dupla entrada e interpretam dados num gráfico de colunas por meio da leitura de valores no eixo vertical.
LARANJA-CLARO 200 A 250 PONTOS
De 200 a 250 pontos, intervalo indicado pelo laranja-claro, os alunos localizam informações e identificam gráficos de colunas que correspondem a uma tabela com números positivos e negativos. Esses alunos também conseguem ler gráficos de setores e localizar dados em tabelas de múltiplas entradas, além de resolver problemas simples envolvendo as operações, identificando dados apresentados em gráficos ou tabelas, inclusive com duas entradas.
LARANJA-ESCURO 250 A 325 PONTOS
Alunos com proficiência entre 250 e 325 pontos, laranja-escuro, identificam o gráfico de colunas ou barras correspondente ao gráfico de setores e reconhecem o gráfico de colunas ou barras correspondente a dados apresentados de forma textual; associam informações contidas em um gráfico de colunas e barras a uma tabela que o representa, utilizando estimativas.
VERMELHO ACIMA DE 325 PONTOS
A cor vermelha, acima de 325 pontos, indica que os alunos leem, utilizam e interpretam informações a partir de gráficos de linha do plano cartesiano. Além de analisarem os gráficos de colunas representando diversas variáveis, comparando seu crescimento. Neste nível de proficiência, esses conhecimentos foram desenvolvidos.
35Matemática - 3º ano do Ensino Médio | SAEP 2013
UTILIZAR PROCEDIMENTOS DE COMBINATÓRIA E PROBABILIDADE0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Um dos objetivos do ensino do Tratamento da Informação em Matemática é propiciar ao aluno o desenvolvimento da capacidade: utilizar procedimentos de combinatória e probabilidade. Este conhecimento deve ser desenvolvido desde as séries iniciais do Ensino Fundamental por meio da resolução de problemas de contagem simples e a avaliação das possibilidades de ocorrência ou não de um evento. Alguns conhecimentos vinculados a esta capacidade no Ensino Fundamental são exploradas juntamente com o domínio Números e Álgebra. Quando tratamos esse conhecimento dentro do Tratamento da Informação, ela se torna mais forte no sentido do professor perceber a real necessidade de trabalhar com ela. O professor deve resolver problemas simples de possibilidade de ocorrência, ou não, de um evento ou fenômeno, do tipo “Qual é a chance?” Apesar desse conhecimento intuitivo ser muito comum na vida cotidiana, convém trabalhar com os alunos a diferença entre um acontecimento natural, que tem um caráter determinístico, e um acontecimento aleatório, cujo caráter é probabilístico. Também é possível trabalhar em situações que permitam avaliar se um acontecimento é mais ou menos provável. Não se trata de desenvolver com os alunos as técnicas de cálculo de probabilidade. Mas sim, de explorar a ideia de possibilidade de ocorrência ou não de um evento ou fenômeno. Intuitivamente, compreenderão que alguns acontecimentos são possíveis, isto é, “têm chance” de ocorrer (eventos com probabilidades não nulas). Outros acontecimentos são certos, “garantidos” (eventos com probabilidade de 100%) e há aqueles que nunca poderão ocorrer (eventos com probabilidades nulas). As aprendizagens associadas a este conhecimento são mais complexas, por isso começam a ser desenvolvidas em níveis mais altos da Escala de Proficiência.
CINZA 0 A 375 PONTOS
Os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 375 pontos, ainda não desenvolveram as aprendizagens relacionadas a este conhecimento.
AMARELO-CLARO 375 A 400 PONTOS
No intervalo representado pelo amarelo-claro, de 375 a 400 pontos, os alunos começam a desenvolver esta capacidade, calculando a probabilidade de um evento acontecer no lançamento de um dado, bem como a probabilidade de ocorrência de dois eventos sucessivos como, por exemplo, ao se lançar um dado e uma moeda.
AMARELO-ESCURO 400 A 425 PONTOS
O amarelo-escuro, 400 a 425 pontos, indica uma complexidade maior neste conhecimento. Neste intervalo, os alunos conseguem resolver problemas de contagem utilizando o princípio multiplicativo sem repetição de elementos e calculam a probabilidade de ocorrência de um evento simples.
VERMELHO ACIMA DE 425 PONTOS
No intervalo representado pela cor vermelha, acima de 425 pontos, os alunos demonstram ter desenvolvido capacidades mais complexas do que as anteriores. Resolvem problemas de contagem utilizando o princípio multiplicativo com repetição de elementos e resolvem problemas de combinação simples.
36 SAEP 2013 | Revista Pedagógica
Revista Pedagógica 37
Além disso, os conhecimentos agrupados nos Padrões não esgotam tudo aquilo que os estudantes desenvolveram
e são capazes de fazer, uma vez que são abordadas aquelas capacidades consideradas essenciais em cada
etapa de escolarização e possíveis de serem avaliadas num teste de múltipla escolha. Cabe aos docentes, através
de instrumentos de observação e registro utilizados em sua prática cotidiana, identificarem outras características
apresentadas por seus estudantes que não são contempladas nos Padrões. Isso porque, a despeito dos traços
comuns a estudantes que se encontram em um mesmo intervalo de proficiência, existem diferenças individuais que
precisam ser consideradas para a reorientação da prática pedagógica. A seguir, são detalhados os conhecimentos
específicos de cada padrão e apresentados exemplos de itens característicos de cada um deles.
AvançadoAdequado BásicoAbaixo do básico
PADRÕES DE DESEMPENHO ESTUDANTIL
Os Padrões de Desempenho são categorias
definidas a partir de cortes numéricos que
agrupam os níveis da Escala de Proficiência, com
base nas metas educacionais estabelecidas pelo
SAEP. Esses cortes dão origem a quatro Padrões
de Desempenho – Abaixo do básico, Básico,
Adequado e Avançado –, os quais apresentam o
perfil de desempenho dos estudantes.
Desta forma, estudantes que se encontram em um
Padrão de Desempenho abaixo do esperado para
sua etapa de escolaridade precisam ser foco de
ações pedagógicas mais especializadas, de modo
a garantir o desenvolvimento dos conhecimentos
necessários ao sucesso escolar, evitando, assim, a
repetência e a evasão.
Por outro lado, estar no Padrão mais elevado
indica o caminho para o êxito e a qualidade da
aprendizagem dos estudantes. Contudo, é preciso
salientar que mesmo os estudantes posicionados
no Padrão mais elevado precisam de atenção,
pois é necessário estimulá-los para que progridam
cada vez mais.
38 SAEP 2013
até 200 pontos
ABAIxO DO BÁSICO
As capacidades matemáticas que se evidenciam
neste Padrão de Desempenho são elementares para
este período de escolarização. No campo numérico,
os estudantes demonstram ter desenvolvido no
conjunto dos números naturais as capacidades de:
localizar esses números na reta numérica graduada
em intervalos unitários; reconhecer a escrita por
extenso de números naturais e a sua composição
e decomposição em dezenas e unidades,
considerando o seu valor posicional na base
decimal; calcular o resultado de uma subtração com
números de até quatro algarismos, com reserva;
calcular o resultado da adição de até três parcelas
envolvendo números de até quatro algarismos;
calcular o resultado da multiplicação de um número
formado por um algarismo por outro de até três
algarismos; além de resolver problemas envolvendo
adição ou subtração, estabelecendo relação entre
diferentes unidades monetárias (representando
um mesmo valor ou em uma situação de troca,
incluindo a representação dos valores por numerais
decimais) em diversos contextos sociais. Também
resolvem problemas envolvendo soma de números
naturais ou racionais na forma decimal, constituídos
pelo mesmo número de casas decimais e por
até três algarismos e efetuam multiplicação com
reserva, tendo por multiplicador um número com
um algarismo.
No campo Geométrico, eles reconhecem a forma
do círculo e identificam figuras planas a partir
de sua imagem pelos lados e pelo ângulo reto,
identificam também a forma ampliada de uma figura
simples em uma malha quadriculada e medem o
comprimento de um objeto com o auxílio de uma
régua. Já no campo Tratamento da Informação,
esses estudantes leem informações em tabelas de
dupla entrada e interpretam um gráfico de colunas,
por meio da leitura de valores do eixo vertical.
Cabe ressaltar que a leitura de informações em
tabela, neste Padrão, não requer necessariamente
que haja a compreensão da relação entre dados
e informações. Percebe-se, ainda, neste Padrão,
que esses estudantes resolvem problemas:
relacionando diferentes unidades de uma mesma
medida para cálculo de intervalos (dias e semanas,
horas e minutos) e de comprimento (m e cm);
lêem horas e minutos em relógio digital, além de
identificarem a localização ou a movimentação de
objetos, tomando como referência a própria posição.
O desafio que se coloca nesta fase é o de viabilizar
condições para que os estudantes possam vencer
as próximas etapas escolares, encontrando
significado para cada objeto matemático de seu
estudo. É preciso levá-los a perceber o espaço
em que vivem, através da percepção, do sentido,
da movimentação no espaço em que ocupam. Da
mesma forma, é importante trabalhar mecanismos
que lhes permitam relacionar informações que
circulam em diferentes esferas sociais e mobilizar
conhecimentos de forma autônoma para interpretar
a diversidade matemática que constituiu/integra/
estrutura a sociedade.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
6º ano Ensino Fundamental
Calcular o resultado de uma adição, de três parcelas, de números
naturais é a capacidade exigida pelo item. A operação apresentada
no item envolve uma reserva das unidades para a ordem das dezenas.
Os estudantes que optaram pela alternativa A, 7,3%, erraram a soma
9+6, pois consideraram 14 como resultado e não somaram a reserva
na ordem das dezenas.
Já os estudantes que marcaram a alternativa B, 76,3%, o gabarito,
demonstram ser capazes de efetuar corretamente uma adição de
três parcelas com uma reserva.
Parece que o grupo de estudantes que marcou a alternativa C, 6,8%,
efetuou o cálculo modificando a terceira parcela 106 para 116; ou,
consideraram a reserva igual a 2.
Do total dos estudantes avaliados, aqueles que optaram pela
alternativa D, 8,1%, provavelmente consideraram uma reserva na
terceira ordem que não existe.
(M050248B1) Resolva a operação abaixo.
2 439 + 1 210 + 106
O resultado dessa operação éA) 3 744B) 3 755C) 3 765D) 3 855
76+24percentual de acerto
76,3%
A B C D
7,3% 76,3% 6,8% 8,1%
Revista Pedagógica 39
Itens
Calcular o resultado da multiplicação de números naturais é a
capacidade avaliada neste item. Os estudantes devem multiplicar
um número de três algarismos por outro de um algarismo com
uma reserva.
O grupo de 5% de estudantes que marcaram a alternativa A
adicionaram 2 a 117, tornando evidente que não sabem calcular o
produto dessa operação.
Os 8,8% dos estudantes que assinalaram a alternativa B fizeram a
multiplicação e consideraram a reserva, mas falharam ao multiplicar
na ordem das centenas.
Os 8,2% dos estudantes que marcaram a alternativa C fizeram a
multiplicação, porém não considerou a reserva.
A alternativa D foi escolhida por 76,4% dos estudantes que
fizeram a opção correta. Eles demonstram ser capazes de resolver
multiplicação em que o multiplicador é formado por um algarismo
cuja resolução envolve uma reserva.
(M050497A9) Resolva a operação abaixo.
117 x 2
O resultado dessa operação éA) 119B) 134C) 224D) 234
76+24percentual de acerto
76,4%
A B C D
5% 8,8% 8,2% 76,4%
40 SAEP 2013
Revista Pedagógica 41
de 200 a 250 pontos
BÁSICO
Neste Padrão, as capacidades matemáticas que
mais se evidenciam são as relativas aos significados
atribuídos aos números naturais, seja em um
contexto social ou escolar. Os estudantes que se
encontram neste Padrão demonstram reconhecer
e utilizar características do Sistema de Numeração
Decimal, tais como identificar números naturais em
um intervalo dado e reconhecer a composição/
decomposição na escrita decimal em casos
mais complexos, reconhecer o princípio do valor
posicional e reconhecer a lei de formação de uma
sequência de números naturais, com auxílio de
representação na reta numérica, além reconhecer
a representação numérica de uma fração com o
apoio de representação gráfica. Esses estudantes
resolvem uma divisão exata por número de até dois
algarismos e uma multiplicação cujos fatores são
números de até dois algarismos.
Em relação à resolução de problemas, demonstram
domínio nas situações envolvendo conversão de
kg para g ou relacionando diferentes unidades de
medida de tempo (mês/trimestre/ano); envolvendo
trocas de unidades monetárias, com um número
maior de cédulas e em situações menos familiares;
envolvendo mais de uma operação; envolvendo o
cálculo de intervalo de tempo transcorrido entre dois
instantes, dados horas inteiras, sem a necessidade
de transformação de unidades.
No campo Geométrico, eles identificam as
propriedades comuns e diferenças entre sólidos
geométricos (número de faces), identificam os lados
e conhecem suas medidas; identificam figuras
planas, dentre um conjunto de polígonos, pelo
número de lados; identificam a planificação do cubo;
além de identificar a localização ou movimentação
de objeto em representações gráficas, situadas em
referencial diferente ao do estudante.
No campo Tratamento da Informação, esses
estudantes começam a localizar informações em
gráficos de colunas duplas. Leem gráficos de
setores e resolvem problemas que envolvem a
interpretação de dados apresentados em gráficos
de barras ou em tabelas.
As capacidades pertinentes ao campo Grandezas
e Medidas também aparecem, neste Padrão,
demonstrando que os estudantes compreendem
o procedimento para medir o comprimento de
um objeto com a utilização da régua graduada,
calculam a extensão do contorno de uma figura
poligonal dada em uma malha quadriculada;
comparam e calculam áreas de figuras poligonais
em malhas quadriculadas; estimam um comprimento
utilizando unidade de medida não convencional.
Eles também conseguem ler horas e minutos em
relógio digital e analógico. Reconhecem a duração
de um intervalo de tempo, e sabem relacionar dias,
semanas, horas e minutos. Também conseguem
reconhecer as cédulas do Sistema Monetário
Nacional que representam uma quantia de dinheiro
inteiro e identificam trocas de moedas em valores
monetários pequenos.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
6º ano Ensino Fundamental
Este item avalia a capacidade de identificar propriedades comuns e
diferenças entre poliedros e corpos redondos, relacionando figuras
tridimensionais com suas planificações. O suporte que o acompanha
apresenta quatro planificações para os estudantes identificarem
aquela que é referente ao cubo.
A alternativa A aponta a resposta correta e foi escolhida por 55,3%
dos estudantes avaliados. Se o estudante sabe que todas as faces
do cubo são quadradas, fica fácil selecionar a sua planificação, ou
seja, aquela que é formada por seis quadrados.
A alternativa B apresenta a planificação que tem o círculo na
sua representação. Essa constatação faz concluir que a figura
tridimensional relativa à planificação será um corpo redondo. Esse
indício é o suficiente para que essa opção seja descartada. No
entanto, um grupo de 16,6% dos estudantes marcou essa alternativa.
A figura de número 3, que correspondente à alternativa C, é a
planificação de uma pirâmide. Por ter faces triangulares, não pode
dar origem ao cubo. No entanto, 15,1% dos estudantes assinalaram
essa alternativa.
Os 11,7% dos estudantes que escolheram a alternativa D não
consideraram os critérios descritos e associaram a planificação do
cone (corpo redondo) com o cubo.
(M050001EX) As planificações abaixo formam sólidos geométricos e estão representadas pelas figuras 1, 2, 3 e 4.
A planificação que melhor representa o cubo é a figura A) 1B) 2C) 3D) 4
55+45percentual de acerto
55,3%
A B C D
55,3% 16,6% 15,1% 11,7%
(M050001EX) As planificações abaixo formam sólidos geométricos e estão representadas pelas figuras 1, 2, 3 e 4.
A planificação que melhor representa o cubo é a figura A) 1B) 2C) 3D) 4
42 SAEP 2013
O item avalia a capacidade dos estudantes de
calcularem o resultado da divisão de um número
natural, formado por três algarismos, por outro de
dois algarismos.
Uma possível estratégia para a resolução desta
operação é utilizar o algoritmo da divisão Euclidiana;
esta estratégia de raciocínio exige dos estudantes
a compreensão acerca dos conhecimentos sobre a
decomposição dos números, ou seja, compreender
que o dividendo é decomposto em 5 centenas, 5
dezenas e 8 unidades e que o divisor é formado
por 1 dezena e 8 unidades. Outra possibilidade é
a utilização do cálculo mental, observando que 10
x 18 = 180 e, consequentemente, 30 x 18 = 3 x 180
= 540; assim conclui-se que 31 x 18 = 540 + 18 =
558 e que, portanto, a divisão indicada produz por
quociente o 31. Nesse procedimento, os estudantes
estariam reconhecendo a multiplicação como a
operação inversa de divisão.
É importante que os estudantes do 6º ano tenham
a compreensão sobre o significado da operação
de divisão e sua relação com a operação de
multiplicação, para que possam compreender e
atribuir significado ao algoritmo operatório. Os
estudantes que marcaram a alternativa
D (58,5%) provavelmente desenvolveram a
capacidade avaliada pelo item. Os estudantes que
marcaram a alternativa C (19,7%), provavelmente
dividiram corretamente 55 por 18, mas erraram
na divisão de 18 por 18, encontrando, assim,
equivocadamente 30 como resposta para essa
operação, demonstrando compreender o algoritmo
da divisão, mas errando nos fatos fundamentais.
Já os estudantes que optaram pelas alternativas
A (7,3%) ou B (12,2%) provavelmente erraram nos
fatos fundamentais.
(M050102B1) Resolva a operação abaixo.
558 ÷ 18
O resultado dessa operação éA) 20B) 21C) 30D) 31
58+42percentual de acerto
58,5%
A B C D
7,3% 12,2% 19,7% 58,5%
Revista Pedagógica 43
44 SAEP 2013
de 250 a 300 pontos
ADEqUADO
Neste Padrão, há maior expansão do conhecimento matemático necessário à série, tanto
no que tange à ampliação do leque de capacidades relativas à resolução de problemas
quanto na complexidade que exige dos estudantes melhor desempenho ao lidar com o
Sistema de Numeração Decimal.
Neste Padrão, os estudantes demonstram capacidade em calcular o resultado de uma
expressão numérica envolvendo soma e subtração com uso de parênteses e colchetes;
calcular o resultado de uma divisão por números de até dois algarismos, inclusive com
resto; estabelecer relação entre frações próprias e impróprias e as suas representações
na forma decimal, assim como localizá-las na reta numérica. Há evidência também da
consolidação de capacidades relativa ao conjunto dos números racionais; constata-se que
esses estudantes comparam números decimais com diferentes partes inteiras, localizam
esses números na reta numérica, identificam fração como parte de um todo, sem apoio
da figura, além de resolver problemas que envolvem proporcionalidade requerendo mais
de uma operação, calcular porcentagens simples e reconhecer que 50% corresponde à
metade. Ainda no campo Numérico, esses estudantes demonstram resolver problemas:
utilizando multiplicação e divisão, em situação combinatória; envolvendo as operações
de adição e subtração com reagrupamento de números racionais dado em sua forma
decimal; de soma e subtração de números racionais (decimais) na forma do Sistema
Monetário Brasileiro, em situações complexas; simples de contagem, envolvendo o
princípio multiplicativo.
Consolida-se também nesse Padrão a capacidade de reconhecer o gráfico de colunas
correspondente a dados apresentados de forma textual e a capacidade de resolver
problemas que envolvem a interpretação de dados apresentados em gráficos de barras
ou em tabelas. Além disso, são capazes de relacionar os gráficos de setores com os
gráficos de colunas.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
6º ano Ensino Fundamental
Revista Pedagógica 45
Os estudantes também conseguem calcular a medida do contorno (ou perímetro) de uma
figura geométrica irregular formada por quadrados justapostos desenhada em uma malha
quadriculada; reconhecer que a medida do perímetro de um polígono, em uma malha
quadriculada, dobra ou se reduz à metade, quando os lados dobram ou são reduzidos
à metade; reconhecem o m² como unidade de medida de área. Já conseguem ler horas
e minutos em relógio analógico, em situações mais gerais. Assim como no nível anterior,
sabem relacionar dias e semanas e horas e minutos, mas avançam para outras unidades,
como meses, trimestres e ano, e sabem, também, efetuar cálculos simples com essas
unidades de medida de tempo. Eles resolvem problemas envolvendo conversão de
unidades de medida de massas (Kg/g), tempo (dias/anos), temperatura, comprimento (m/
Km, cm/ mL) e capacidade (mL/ L) e estimam medidas de grandezas, utilizando unidades
convencionais (l);
Em relação ao Padrão anterior, constata-se que no campo Geométrico esses estudantes
identificam as posições dos lados de quadriláteros (paralelismo) e identificam poliedros
e corpos redondos, relacionando-os às suas planificações e identificam os elementos de
uma circunferência.
A capacidade avaliada neste item é a de reconhecer um diâmetro
de uma circunferência. Para resolver esse item, o estudante precisa
saber que um diâmetro de uma circunferência é um segmento que
contém o centro da circunferência e cujas extremidades situam-se
sobre ela.
A alternativa A foi escolhida por 10,4% dos estudantes. Esses
estudantes, provavelmente, confundiram raio com diâmetro.
A alternativa B, que é a correta, foi a mais procurada, sendo escolhida
por 43,5% dos estudantes. Esses estudantes parecem distinguir
corretamente corda, raio e diâmetro de uma circunferência.
A alternativa C foi escolhida por 29,1% dos estudantes.
Aparentemente, esses estudantes sabem que a medida do diâmetro
é o dobro da medida do raio de uma circunferência. Por esse motivo,
consideraram que a união de dois raios quaisquer era um diâmetro.
A alternativa D foi escolhida por 14,9% dos estudantes, o que sugere
que eles confundiram diâmetro com corda de uma circunferência.
(M090464A9) Janaína recebeu as 4 figuras abaixo para identificar os elementos da circunferência.
R
Q F
N
G
O
H
J
P
L
K
Figura I Figura II Figura III Figura IV
O diâmetro se encontra representado na A) figura I.B) figura II.C) figura III.D) figura IV.
43+57percentual de acerto
43,5%
A B C D
10,4% 43,5% 29,1% 14,9%
46 SAEP 2013
O item avalia a capacidade dos estudantes de resolverem problemas
envolvendo conversão entre as unidades de medida de comprimento
centímetro e milímetro.
Para resolver esse item, é necessário que os estudantes
compreendam a relação existente entre os múltiplos e submúltiplos
do metro, ou seja, que cada unidade de comprimento é 10 vezes
maior que a unidade imediatamente inferior, isto é, as sucessivas
unidades variam em fatores de 10. Os estudantes que marcaram
a alternativa B (48,8%) provavelmente compreenderam que cada
centímetro corresponde a 10 milímetros e, portanto, a medida de 17
cm corresponderia a 170 milímetros.
Os estudantes que marcaram a alternativa A (28,5%) provavelmente
desconsideraram a relação existente entre as unidades de medida
envolvidas e associaram 17 centímetros a 17 milímetros. Já os
estudantes que optaram pelas alterntivas C (12,3%) ou D (8,8%)
provavelmente confundiram as ordens dos submúltiplos do metro.
Os estudantes, desde muito cedo, têm contato com os aspectos
relacionados à medida, estabelecendo informalmente comparações
de tamanhos. Porém, o uso de uma unidade padronizada auxilia no
processo de comunicação e formalização para a construção desse
conhecimento. Espera-se, portanto, que os estudantes nessa etapa
de escolarização sejam capazes de resolver problemas envolvendo
a conversão de unidades de medida de comprimento.
(M050032EX) O lápis de Carol mede 17 centímetros.Quantos milímetros mede esse lápis?A) 17 B) 170 C) 1 700 D) 17 000
48+52percentual de acerto
48,8%
A B C D
28,5% 48,8% 12,3% 8,8%
Revista Pedagógica 47
48 SAEP 2013
acima de 300 pontos
AVANÇADO
As capacidades matemáticas características deste Padrão exigem dos estudantes um
raciocínio numérico e geométrico mais avançado para a resolução de problemas. Eles
identificam mais de uma forma de representar a mesma fração, reconhecem frações
equivalentes e identificam fração irredutível como parte de um todo sem apoio de figura;
resolvem problemas que envolvem proporcionalidade requerendo mais de uma operação;
identificam um número natural (não informado), relacionando-o a uma demarcação na
reta numérica.
No campo Geométrico, constata-se que esses estudantes identificam elementos de
figuras tridimensionais, reconhecem o quadrado fora da posição usual e identificam a
localização de um objeto, tendo por referência pontos com posição opostas à sua e
envolvendo combinações.
Neste Padrão, os estudantes efetuam operações com horas e minutos, fazendo redução de
minutos em horas; reconhecem o significado da palavra “perímetro”, realizam conversão e
soma de medidas de comprimento (m/Km) e massa (g/Kg), estimam medidas de grandeza
utilizando unidades de medida convencionais (L) e resolvem problemas de situações de
troco envolvendo um número maior de informações e operações.
Os estudantes que se encontram neste Padrão consolidaram as capacidades relativas ao
campo Tratamento da Informação nos padrões anteriores a este, demonstrando serem
capazes de fazer leituras e interpretação de tabelas de até dupla entrada e gráficos de
barra e setores.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
6º ano Ensino Fundamental
Revista Pedagógica 49
até 225 pontos
ABAIxO DO BÁSICO
Neste Padrão de Desempenho, as capacidades
matemáticas que se evidenciam são as relativas aos
significados dos números nos diversos contextos
sociais, a compreensão dos algoritmos da adição de
números de até três algarismos com reagrupamento,
da subtração de até quatro algarismos com reserva,
da multiplicação de até dois algarismos e da divisão
exata por números de um algarismo, além do
reconhecimento de figuras bidimensionais pelos
lados e pelo ângulo reto, e da planificação do cone e
do cubo. Os estudantes diferenciam entre os diversos
sólidos, os que têm superfícies arredondadas;
localizam pontos usando coordenadas cartesianas em
um referencial quadriculado; identificam a localização
ou a movimentação de objetos em representações
gráficas, com base em referencial igual ou diferente
da própria posição. Constata-se, também, que esses
estudantes lidam com os algoritmos das operações
aritméticas; localizam números na reta numérica;
reconhecem a escrita por extenso de números
naturais e a sua composição e decomposição em
dezenas e unidades, considerando o seu valor
posicional na base decimal; resolvem problemas
envolvendo a soma ou subtração de números
racionais na forma decimal, constituídos pelo mesmo
número de casas decimais e por até três algarismos
e resolvem problemas envolvendo a soma de
números naturais. Esses estudantes reconhecem as
características do Sistema de Numeração Decimal.
Ainda, neste Padrão, os estudantes já demonstram
conhecimentos básicos relativos à literacia estatística,
conseguem ler e interpretar informações elementares
e explícitas em um gráfico de colunas, por meio da
leitura de valores do eixo vertical, e ler informações
em tabelas de coluna única e de dupla entrada. O
ganho em relação aos estudantes do 5º ano reflete-
se na capacidade de identificar dados em uma lista de
alternativas, utilizando-os na resolução de problemas,
relacionando-os, dessa forma, às informações
apresentadas em gráficos de barras e tabelas. São
capazes, ainda, de resolver problemas envolvendo as
operações, usando dados apresentados em gráficos
ou tabelas, inclusive com duas entradas. Neste Padrão
de Desempenho, os estudantes também demonstram
compreender a ação de medir um comprimento
utilizando régua numerada e estabelecer as relações
entre as unidades de medida de comprimento (metros
e centímetros). Eles também estabelecem relações
entre diferentes medidas de tempo (dias e semanas,
horas e minutos) e realizam cálculos simples com
essas medidas. Leem horas e minutos em relógios
analógicos e digitais. Realizam trocas de moedas
em valores monetários pequenos e identificam
cédulas que formam uma quantia de dinheiro inteira,
identificam a forma ampliada de uma figura simples
em uma malha quadriculada, resolvem problemas de
cálculo de área com base na contagem das unidades
de uma malha quadriculada, reconhecem a quarta
parte de um todo, estimam medida de comprimento
usando unidades convencionais e não convencionais,
além de resolverem problemas envolvendo as
operações envolvendo o Sistema Monetário Brasileiro.
As capacidades matemáticas que se evidenciam
neste Padrão são elementares para esta série e o
desafio que se apresenta é o de viabilizar condições
para que os estudantes possam vencer as próximas
etapas escolares.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
1º ano Ensino Médio
O item avalia a capacidade dos estudantes de
resolverem problemas envolvendo a interpretação
de informações apresentadas em um gráfico
de colunas.
Para resolver esse item os estudantes devem
compreender que o total de legumes vendidos no
mercado durante o final de semana é dado pela soma
da quantidade de quilogramas vendida de cada
um dos legumes apresentados no eixo horizontal
do gráfico. Dessa forma, devem identificar essas
quantidades no eixo vertical orientando-se pela
altura das colunas e pelas linhas de grade principal
para, posteriormente, somá-las. Os estudantes que
marcaram a alternativa C (69,4%) provavelmente
desenvolveram a capacidade avaliada pelo item.
Os estudantes que assinalaram a alternativa A
(13,2%), provavelmente, não compreenderam o
comando para a resposta do item e associaram o
valor relativo à coluna mais alta do gráfico ao total de
legumes vendidos. Já os estudantes que optaram
pela alternativa B (7%), possivelmente, somaram os
valores relativos às duas primeiras colunas desse
gráfico, demonstrando que não se apropriaram do
enunciado do item. Os estudantes que marcaram
a alternativa D (9,8%) provavelmente erraram ao
adicionar os valores relativos à quantidade de
legumes representada no eixo vertical.
(M060004E4) O gráfico abaixo mostra a quantidade em quilogramas de legumes vendidos no mercado de Luís, durante um final de semana.
60
70
50
40
30
20
10
0Cenoura Batata Cebola
Legumes
Berinjela Abobrinha
Qua
ntid
ade
em q
uilo
gram
as
Qual foi o total de legumes vendidos nesse mercado durante esse final de semana?A) 60 kgB) 90 kgC) 190 kgD) 210 kg
69+31percentual de acerto
69,4%
A B C D
13,2% 7% 69,4% 9,8%
50 SAEP 2013
de 225 a 300 pontos
BÁSICO
Neste Padrão, amplia-se o leque de capacidades relativas ao campo numérico e o algébrico
começa a se desenvolver. No conjunto dos números naturais, esses estudantes: identificam
esses números em um intervalo dado; reconhecem a lei de formação de uma sequência;
resolvem uma divisão exata por números de até dois algarismos e uma multiplicação
cujos fatores também são números de até dois algarismos; resolvem problemas utilizando
a multiplicação, reconhecendo que um número não se altera ao multiplicá-lo por um;
resolvem problemas envolvendo várias operações; resolvem problemas de soma,
envolvendo combinações e de multiplicação, envolvendo configuração retangular; assim
como, resolvem problemas de contagem em uma disposição retangular envolvendo mais
de uma operação; problemas que envolvem proporcionalidade, também envolvendo mais
de uma operação; problemas utilizando multiplicação e divisão em situação combinatória;
problemas de contagem utilizando o princípio multiplicativo. Eles, também, efetuam
cálculos de números naturais que requer o reconhecimento do algoritmo da divisão
inexata; identificam a localização aproximada de números inteiros não ordenados, em uma
reta em que a escala não é unitária; reconhecem a representação numérica de uma fração
com apoio de representação gráfica; comparam números racionais na forma decimal com
diferentes partes inteira; calculam porcentagens; localizam números racionais (positivos
e negativos), na forma decimal, na reta numérica; estabelecem a relação entre frações
próprias e impróprias e as suas representações na forma decimal; resolvem problemas
de soma ou subtração de números decimais na forma do Sistema Monetário Brasileiro.
Esses estudantes demonstram uma compreensão mais ampla do Sistema de Numeração
Decimal, eles reconhecem a composição e decomposição na escrita decimal envolvendo
casos mais complexos; calculam expressão numérica envolvendo soma e subtração com
uso de parênteses e colchetes; calculam o resultado de uma divisão por um número de
dois algarismos, inclusive com resto; reconhecem a modificação sofrida no valor de um
número quando um algarismo é alterado e identificam fração como parte de um todo,
sem apoio da figura. No campo algébrico, esses estudantes identificam equações e
sistemas de equações de primeiro grau que permitem resolver um problema; calculam
o valor numérico de uma expressão algébrica, incluindo potenciação, além de resolver
problemas envolvendo subtração de números decimais com o mesmo número de casa.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
Revista Pedagógica 51
1º ano Ensino Médio
No nível básico, os estudantes de 9°ano também conseguem estimar comprimento
utilizando unidade de medida não convencional e calcular a medida do perímetro com
ou sem apoio da malha quadriculada. Também realizam conversões entre unidades de
medida de comprimento (m/km), massa (Kg/g), tempo (mês/trimestre/ano, hora/minuto,
dias/ano), temperatura e capacidade (mL/L). Esses estudantes leem horas em relógios de
ponteiros em situações mais gerais (8h50min), resolvem problemas de cálculo de área
com base em informações sobre ângulos de uma figura, além de atribuir significado para
o metro quadrado. Eles resolvem problemas incluindo o Sistema Monetário Brasileiro,
além de comparar áreas de figuras poligonais em malhas quadriculadas e calculam a
medida do volume por meio da contagem de blocos. No campo geométrico, os estudantes
reconhecem diferentes planificações de um cubo; identificam as posições dos lados de
quadriláteros (paralelismo); relacionam poliedros e corpos redondos às suas planificações;
localizam pontos no plano cartesiano; identificam algumas características de quadriláteros
relativas aos lados e ângulos; reconhecem alguns polígonos (triângulos, quadriláteros,
pentágonos, hexágonos) e círculos; reconhecem que a medida do perímetro de um
polígono, em uma malha quadriculada, dobra ou se reduz à metade, quando os lados
dobram ou são reduzidos à metade; identificam propriedades comuns e diferenças
entre sólidos geométricos através do número de faces e associam uma trajetória à sua
representação textual. Neste Padrão, percebe-se, ainda, que esses estudantes localizam
informações em gráficos de colunas duplas; resolvem problemas que envolvem a
interpretação de dados apresentados em gráficos de barras ou em tabelas; leem gráficos
de setores; identificam a localização ou movimentação de objeto em representações
gráficas, situadas em referencial diferente ao do estudante; identificam gráficos de colunas
que corresponde a uma tabela com números positivos e negativos; localizam dados em
tabelas de múltiplas entradas; reconhecem o gráfico de colunas correspondente a dados
apresentados de forma textual; identificam o gráfico de colunas correspondente a um
gráfico de setores; leem tabelas de dupla entrada e reconhecem o gráfico de colunas
correspondente, mesmo quando há variáveis representadas, e reconhecem o gráfico
de linhas correspondente a uma sequência de valores ao longo do tempo (com valores
positivos e negativos).
52 SAEP 2013
O item avalia a capacidade dos estudantes de
resolverem problemas envolvendo noção do
volume de um paralelepípedo.
Para resolver esse item, os estudantes devem
calcular a medida do volume do cubo de aresta
40 cm (64 000cm³) que foi montado com a
utilização dos cubinhos de 10 cm de aresta. Em
seguida, devem igualar a medida do volume do
paralelepípedo (40 x h x 80) montado também
a partir dessas peças com a medida do cubo
de aresta igual a 40 cm e encontrar a medida
da altura h desse prisma. Os estudantes que
marcaram a alternativa A (70,2%) provavelmente
desenvolveram a capacidade avaliada pelo item.
Os estudantes que optaram pela alternativa B
(16,6%) provavelmente associaram a medida da
altura h à medida da largura do paralelepípedo,
demonstrando não compreender a relação
existente entre a medida do volume dos sólidos
envolvidos no enunciado do item. Já os
estudantes que marcaram a alternativa C
(8,7%) provavelmente encontraram a quantidade de
cubinhos ( 64 000 1 000) utilizado na construção
dos sólidos envolvidos no problema. Os estudantes
que escolheram a opção D (3,8%) provavelmente
subtraíram a quantidade de cubinhos (64) da
soma das medidas da largura com o comprimento
do paralelepípedo.
(M090266A9) Vanessa tem um jogo formado por cubinhos com 10 cm de aresta. Com esses cubinhos, ela montou um cubo grande, com 40 cm de aresta. Após montar esse cubo, ela usou as mesmas peças para montar o paralelepípedo representado abaixo.
40cm
h80cm
Qual é a medida da altura h desse paralelepípedo?A) 20 cmB) 40 cmC) 64 cm
70+30percentual de acerto
70,2%
A B C D
70,2% 16,6% 8,7% 3,8%
Revista Pedagógica 53
Este item avalia a capacidade de reconhecer,
em um conjunto de quatro triângulos, um par de
triângulos semelhantes. Apresentado em contexto
matemático, este item apresenta os triângulos com
indicação de ângulos e em diferentes disposições.
Ele está situado no nível crítico da escala de
proficiência e foi considerado de dificuldade média
pelos estudantes.
O item foi corretamente respondido por metade dos
estudantes (55,8%), que assinalaram a alternativa
B. Para isso, os estudantes poderiam reconhecer,
pelas medidas dos ângulos apresentados, que
a comparação seria feita apenas por pares de
triângulos, observando que apenas dois triângulos
(I e IV) apresentavam lados homólogos de medidas
proporcionais (6 para 4 e 9 para 6).
Os estudantes que escolheram a alternativa A
(9,5%) não conseguem reconhecer os elementos
associados à semelhança, sendo atraídos, talvez,
por triângulos de mesma posição no plano.
Os estudantes que assinalaram a alternativa C
(10,8%) podem ter associado a semelhança à
presença de ângulos retos, sem considerar as
condições necessárias entre as medidas dos lados.
Os estudantes que indicaram a alternativa D como
resposta (16,6%) não conseguiram dar sentido à
situação de semelhança, apontando dois triângulos
que apresentam medida 4 em um dos lados.
O mesmo pode ter ocorrido com os estudantes
que marcaram a alternativa E (6,8%), mas, neste
caso, a falta de sentido para o problema levou
esses estudantes a uma resposta aleatória.
(M100020C2) Observe os triângulos que Tatiane desenhou.
Quais desses triângulos são semelhantes?A) I e II.B) I e IV.C) II e III.D) II e IV.E) III e IV.
55+45A B C D E
9,5% 55,8% 10,8% 16,6% 6,8%
percentual de acerto
55,8%
54 SAEP 2013
Esse item avalia a capacidade de os estudantes
resolverem problemas utilizando o Teorema
de Pitágoras.
Para acertar esse item, os estudantes devem
identificar que o desenho feito por Laís é um
trapézio retângulo, que esse polígono pode ser
decomposto em um retângulo de dimensões 4
cm por 3 cm e em um triângulo retângulo cujos
catetos medem 4 cm e 3 cm e que a hipotenusa
mede L cm. Dessa forma, para encontrar a medida
do lado L desse trapézio, basta aplicar o Teorema
de Pitágoras (L² = 4² + 3²). Os estudantes que
marcaram a alternativa B (52,5%) demonstram ter
desenvolvido a capacidade avaliada.
Os estudantes que marcaram a alternativa A
(15,8%), possivelmente, atentaram-se para os
lados de medida L cm e 4 cm e, por comparação,
concluíram de forma equivocada que esses lados
possuem medidas iguais.
Já aqueles que optaram pela alternativa C (14,8%)
demonstram não ter se apropriado dos conceitos
geométricos necessários para a resolução do
item e indicaram que o lado de medida L possui a
mesma medida da base maior do trapézio.
Os estudantes que marcaram a opção D (16,2%),
provavelmente, reconheceram que o lado de
medida L equivale à hipotenusa do triângulo
retângulo cujos catetos medem 4 cm e 3 cm,
porém equivocaram-se ao relacionar a medida da
hipotenusa à soma das medidas dos catetos.
52+48percentual de acerto
52,5%
A B C D
15,8% 52,5% 14,8% 16,2%
(M090756A9) Observe abaixo o desenho que Laís fez representando o piso do laboratório de informática de sua escola.
4 m
3 m
L
6 m
Nesse desenho, qual é a medida do lado L?A) 4 mB) 5 mC) 6 mD) 7 m
Revista Pedagógica 55
56 SAEP 2013
de 300 a 350 pontos
ADEqUADO
As capacidades características deste Padrão de Desempenho evidenciam uma maior
expansão dos campos numéricos e geométricos. Os estudantes neste Padrão de
Desempenho demonstram compreender o significado de números racionais em
situações mais complexas, que exigem deles uma maior abstração em relação a esse
conhecimento. Eles identificam mais de uma forma de representar numericamente uma
mesma fração; transformam fração em porcentagem e vice-versa; localizam números
decimais negativos na reta numérica; reconhecem as diferentes representações decimais
de um número fracionário, identificando suas ordens (décimos, centésimos e milésimos);
calculam expressões numéricas com números decimais positivos e negativos; efetuam
cálculos de raízes quadradas e identificam o intervalo numérico em que se encontra uma
raiz quadrada não exata; efetuam arredondamento de decimais; resolvem problemas
com porcentagem e suas representações na forma decimal; resolvem problemas
envolvendo o cálculo de grandezas diretamente proporcionais ou envolvendo mais de
duas grandezas; além de resolverem problemas envolvendo noção de juros simples e
lucro. Esses estudantes, também, ordenam e comparam números inteiros negativos;
identificam um número natural não informado na reta numérica e calculam expressões
numéricas com números inteiros. Neste Padrão, percebe-se um salto cognitivo em relação
ao estudo da Álgebra, esses estudantes, além de identificar a equação e a inequação do
primeiro grau adequada para a solução de um problema, resolvem problemas de adição
e multiplicação, envolvendo a identificação de um sistema de equações do primeiro grau
com duas incógnitas e problemas envolvendo o cálculo numérico de uma expressão
algébrica em sua forma fracionária. No campo geométrico, os estudantes identificam
elementos de figuras tridimensionais; resolvem problemas envolvendo as propriedades
dos polígonos regulares inscritos (hexágono), para calcular o seu perímetro; localizam
pontos em um referencial cartesiano; classificam ângulos em agudos, retos ou obtusos
de acordo com suas medidas em graus; reconhecem um quadrado fora da posição
usual; avaliam distâncias horizontais e verticais em um croqui, usando uma escala gráfica
dada por uma malha quadriculada, reconhecendo o paralelismo; contam blocos em um
empilhamento; sabem que em uma figura obtida por ampliação ou redução os ângulos
não se alteram; identificam a localização de um objeto requerendo o uso das definições
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
1º ano Ensino Médio
Revista Pedagógica 57
relacionadas ao conceito de lateralidade, tendo por referência pontos com posição
oposta a do observador e envolvendo combinações; calculam ampliação, redução ou
conservação da medida de ângulos informada inicialmente, lados e áreas de figuras
planas; além de realizarem operações, estabelecendo relações e utilizando os elementos
de um círculo ou circunferência (raio, corda, diâmetro) e solucionam problemas em
que a razão de semelhança entre polígonos é dada, por exemplo, em representações
gráficas envolvendo o uso de escalas. Os estudantes, neste Padrão, também analisam
gráficos de colunas representando diversas variáveis, comparando seu crescimento;
leem informações fornecidas em gráficos envolvendo regiões do plano cartesiano;
compreendem o significado da palavra perímetro e realizam conversão e soma de
medidas de comprimento e massa (m/Km, g/Kg).
O item avalia a capacidade de resolver uma
situação envolvendo as propriedades dos ângulos
internos de triângulos, em contexto matemático.
Ao assinalar a alternativa A, 34,5% dos estudantes
acertaram o item. Para isso, reconheceram que
se o triângulo MNP é equilátero, cada um de
seus ângulos internos mede 60°, o que implica
determinar que o ângulo externo ao vértice P vale
120°. Em seguida, pelo fato de o triângulo MPQ
ser isósceles de base MQ, obtém-se facilmente o
ângulo representado pela incógnita “x”, dividindo-
se 60° (suplemento do ângulo externo do triângulo)
por dois.
Os estudantes que escolheram a alternativa B
(22%) provavelmente se enganaram no momento
de dividir a medida do ângulo externo do triângulo
(120°), fazendo a divisão por três, ao invés de dois,
pelo fato de a situação tratar de um polígono de
três lados.
Já aqueles que escolheram a alternativa C como
resposta (23,8%) se limitaram a reconhecer que cada
ângulo interno de um triângulo equilátero mede
60°, não continuando a resolução para o cálculo
da medida dos ângulos do triângulo isósceles.
Poucos estudantes assinalaram a alternativa D
(18,7%). Esses estudantes demonstram não terem
se apropriado da situação do problema, sendo
atraídos pela medida, bastante presente em sala
de aula, do ângulo reto.
(M100005A9) Na figura abaixo o triângulo MNP é equilátero e MPQ é isósceles de base MQ.
Então, a medida do ângulo x, indicado nessa figura, é igual a A) 30ºB) 40ºC) 60ºD) 900
34+66percentual de acerto
34,5%
A B C D
34,5% 22% 23,8% 18,7%
58 SAEP 2013
(M100044C2) O fluxo de veículos no centro de uma metrópole brasileira varia ao longo do dia. Pela madrugada, há uma diminuição no tráfego. De manhã, verifica-se um aumento do fluxo de veículos, permanecendo constante ao longo da tarde. Por volta das 18 h, esse fluxo volta a aumentar até que, a partir das 21 h, há novamente uma diminuição na circulação de veículos nesse centro urbano.Qual é o gráfico que melhor descreve essa situação?
A) B)
C) D)
E)
Revista Pedagógica 59
Este item avalia a capacidade de os estudantes identificarem
o gráfico que melhor representa uma situação descrita em
um texto. Essa capacidade dialoga com a matriz do ENEM em
relação ao conhecimento de modelar e resolver problemas que
envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando
representações algébricas.
Para resolver esse item, os estudantes devem mobilizar seus
conhecimentos acerca de leitura e interpretação de gráficos
incluindo as noções de crescimento e decrescimento. Após uma
leitura atenta do enunciado, os estudantes devem usar suas
capacidades para identificar, a cada intervalo de tempo citado no
texto, a inclinação correta dos segmentos de reta que vão compor o
gráfico. Aqueles que assinalaram a alternativa B (35,1%) identificaram
o gabarito, demonstrando que já desenvolveram a capacidade
avaliada. Essa capacidade é aferida pelo descritor H20 da matriz do
ENEM, descrita como interpretar gráfico cartesiano que represente
relações entre grandezas.
Os estudantes que assinalaram as demais alternativas,
possivelmente, ainda não se apropriaram do conceito de crescimento
e decrescimento no que diz respeito a representações gráficas ou
não conseguiram depreender as informações apresentadas no texto.
A capacidade de identificar o gráfico que expressa uma situação
descrita em um texto está diretamente ligada à leitura crítica de
dados apresentados em gráficos, pois uma vez capaz de fazer
essa associação, esses estudantes estão aptos para traduzir as
informações apresentadas nesses gráficos para a sua própria
linguagem, gerando, assim, um entendimento da ideia que está
sendo apresentada. Espera-se, portanto, que os estudantes dessa
etapa de escolarização tenham consolidado essa capacidade.
35+65A B C D E
16% 35,1% 12,2% 15,7% 20,5%
percentual de acerto
35,1%
60 SAEP 2013
acima de 350 pontos
AVANÇADO
Neste Padrão, os estudantes demonstram resolver
problemas envolvendo equação do 2° grau e
sistema de equações do 1° grau. Eles também
resolvem problemas envolvendo juros simples;
localizam frações na reta numérica; reconhecem
o valor posicional de um algarismo decimal e a
nomenclatura das ordens; efetuam adição de
frações com denominadores diferentes; resolvem
problemas com números inteiros positivos e
negativos não explícitos com sinais e conseguem
obter a média aritmética de um conjunto de valores.
Embora o cálculo da média aritmética requeira um
conjunto de capacidades já desenvolvidas pelos
estudantes em séries escolares anteriores, que
utilizam, na prática, essa ideia para compor a nota
bimestral ou em outros contextos extraescolares,
o conceito básico de estatística, combinado com
o raciocínio numérico, só é desempenhado pelos
estudantes neste nível da escala. Eles também
calculam expressões com numerais na forma
decimal com quantidades de casas diferentes,
efetuam cálculos de divisão com números racionais
nas formas fracionária e decimal simultaneamente,
além de calcular o resultado de expressões
envolvendo, além das quatro operações, números
decimais (positivos e negativos, potências e
raízes). No campo geométrico, há um avanço
significativo no desenvolvimento das capacidades,
os estudantes resolvem problemas envolvendo:
a Lei Angular de Tales; o Teorema de Pitágoras;
propriedades dos polígonos regulares, inclusive por
meio de equação do 1º grau. Eles também aplicam
as propriedades de semelhança de triângulos na
resolução de problemas; reconhecem que a área
de um retângulo quadruplica quando seus lados
dobram; resolvem problemas envolvendo círculos
concêntricos; resolvem problemas utilizando
propriedades de triângulos e quadriláteros;
identificam propriedades comuns e diferenças
entre figuras bidimensionais e tridimensionais,
relacionando estas às suas planificações, além
de identificar o sólido que corresponde a uma
planificação dada, reconhecer a proporcionalidade
entre comprimentos em figuras relacionadas por
ampliação ou redução e calcular ângulos centrais
em uma circunferência dividida em partes iguais.
No nível avançado da escala, os estudantes utilizam
o raciocínio matemático de forma mais complexa,
conseguindo identificar e relacionar os dados
apresentados em diferentes gráficos e tabelas
para resolver problemas ou fazer inferências.
Analisam gráficos de colunas representando
diversas variáveis. Eles também calculam a medida
do perímetro de polígonos sem o apoio de malhas
quadriculas e calculam a área de figuras simples
(triângulo, paralelogramo, retângulo, trapézio). Em
relação ao conceito de volume, esses estudantes
conseguem determinar a medida do volume do
cubo e do paralelepípedo pela multiplicação das
medidas de suas arestas e realizam conversões
entre metro cúbico e litro.
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
1º ano Ensino Médio
Revista Pedagógica 61
O item avalia a capacidade dos estudantes de resolverem problemas
envolvendo função do 2º grau.
Para acertar esse item os estudantes devem igualar a função
a 56 toneladas e em seguida resolver essa
igualdade, encontrando o número de dias necessário para a produção
atingir essa quantidade. Os estudantes que marcaram a alternativa C
(30,9%) provavelmente desenvolveram a capacidade avaliada.
Os estudantes que marcaram a alternativa A (15%) possivelmente
aplicaram incorretamente a fórmula de Bhaskara e encontraram 63
como resultado, além de não terem se atentado para o fato de que
o tempo deveria estar localizado entre o intervalo . Já
os estudantes que optaram pela alternativa B (19,4%) provavelmente
fizeram uma interpretação equivocada do enunciado do item e
consideraram o menor tempo do intervalo como
solução para o problema. Os estudantes que marcaram a alternativa
D (20,8%) possivelmente não se apropriam do enunciado do item.
Aqueles que optaram pela alternativa E (13,4%) provavelmente
fizeram uma interpretação equivocada do problema e calcularam o
crescimento máximo dessa produção de tomates (yv) considerando
a função .
(M100275ES) O crescimento da produção de tomate em uma plantação é expressa, em toneladas, em
função da quantidade de dias t, por P(t) = + 50t – 2 275, com 70 t 100.
Em quantos dias essa produção atinge 56 toneladas?A) 63B) 70C) 74D) 130E) 169
30+70A B C D E
15% 19,4% 30,9% 20,8% 13,4%
percentual de acerto
30,9%
62 SAEP 2013
Revista Pedagógica 63
3
Os resultados desta escola no SAEP 2013 são apresentados sob seis aspectos, sendo que quatro deles estão impressos
nesta revista. Os outros dois, que se referem aos resultados do percentual de acerto no teste, estão disponíveis no
Portal Dia a Dia Educação, pelo endereço eletrônico www.educacao.pr.gov.br. O acesso aos resultados no Portal da
Avaliação é realizado mediante senha enviada ao diretor da escola.
OS RESULTADOS DESTA ESCOLA
64 SAEP 2013
RESULTADOS DISPONÍVEIS NO PORTAL DA AVALIAÇÃO
• Percentual de acerto por descritor:
Apresenta o percentual de acerto no teste para cada um dos conhecimentos avaliados.
Esses resultados são apresentados por NRE, escola, turma e estudante.
• Resultados por estudante:
É possível ter acesso ao resultado de cada estudante na avaliação, sendo informados os
conhecimentos que ele possui desenvolvidos em Matemática, nos anos avaliados. Essas
são informações importantes para o acompanhamento de seu desempenho escolar.
RESULTADOS IMPRESSOS NESTA REVISTA
• Proficiência média
Apresenta a proficiência média desta escola. É possível comparar a proficiência
com as médias do Paraná do seu Núcleo Regional de Educação (NRE). O objetivo é
proporcionar uma visão das proficiências médias e posicionar sua escola em relação
a essas médias.
• Participação
Informa o número estimado de estudantes para a realização do teste e quantos,
efetivamente, participaram da avaliação no seu NRE e na sua escola. Percentual de
estudantes por Padrão de Desempenho.
• Percentual de estudantes por Padrão de Desempenho
Permite acompanhar o percentual de estudantes distribuídos por Padrões de
Desempenho na avaliação realizada pelo estado.
• Percentual de estudantes por nível de proficiência e Padrão de Desempenho
Apresenta a distribuição dos estudantes ao longo dos intervalos de proficiência no Paraná, no
seu NRE e na sua escola. Os gráficos permitem identificar o percentual de estudantes para
cada nível de proficiência em cada um dos Padrões de Desempenho. Isso será fundamental
para planejar intervenções pedagógicas, voltadas à melhoria do processo de ensino e à
promoção da equidade escolar.
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO
COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO TÉCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO
COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES
COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE
COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO
COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA
COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE
COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃOHENRIQUE DE ABREU OLIVEIRA BEDETTI
COORDENADORA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGNEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação
SAEP – 2013/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
v. 1 ( jan./jun. 2013), Juiz de Fora, 2013 – Anual.
MELO, Manuel Fernando PalWácios da Cunha e; OLIVEIRA, Lina Kátia Mesquita de; REZENDE, Wagner Silveira, SALES, Luciana Netto de.
Conteúdo: Revista Pedagógica – 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio – Matemática
ISSN 2316-7602
CDU 373.3+373.5:371.26(05)