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Curso: JORNALISMO e PUBLICIDADE Disciplina: Teoria da Comunicação

Professor(a): Anna Paula Lemos

Introdução: Teoria da Comunicação,

disciplina interdisciplinar.

Objetivos de aprendizagem:

Apresentar os estudos e a aprendizagem da Teoria da Comunicação com

abordagens interdisciplinares.

Entender o que é Teoria da Comunicação e a multiplicidade de sentidos da palavra

comunicação.

Introdução:

A proposta deste material é concentrar-se em uma revisão da disciplina Teoria da

Comunicação para que você, aluno de Jornalismo e Publicidade e Propaganda,

relembre o conteúdo que é cobrado na prova do ENADE. Assim, o foco principal

serão os estudos dos Meios de Comunicação em Massa.

MAS ANTES DE QUALQUER COISA...

Você sabe o que é comunicação? Ao responder essa pergunta, múltiplos sentidos

aparecem. Você deve ter pensado em palavras como: LER, ESCREVER, ENVIAR

MENSAGEM, GRAVAR, FILMAR, FALAR.

Perceba que naturalmente se confunde COMUNICAÇÃO com INFORMAÇÃO ou

TRANSMISSÃO.

COMUNICAÇÃO ≠ INFORMAÇÃO

COMUNICAÇÃO vem do latim COMMUNICATIO, onde:

CO + MUNIS + TIO

SIMULTANEIDADE + ESTAR ENCARREGADO DE + AÇÃO-

ATIVIDADE

Assim, comunicação é uma atividade ou ação na qual se pressupõe compartilhar

algo. Em seus múltiplos sentidos, COMUNICAÇÃO pode ser conceituada como:

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Professor(a): Anna Paula Lemos

Um processo de troca entre dois agentes.

INFORMAÇÃO vem do latim INFORMATIO – Ação de modelar, de dar

forma.

“a esfera da informação é uma realidade relativa que compreende o

conjunto dos acontecimentos

que ocorrem no mundo e formam o nosso meio ambiente. Os

acontecimentos são tanto mais informativos quanto menos previsíveis e

portanto mais inesperados.(...) A informação é, por conseguinte, uma

realidade que pode ser teoricamente medida pelo cálculo de

probabilidades, sendo o valor informativo de um acontecimento

inversamente proporcional à sua

probabilidade de ocorrência (...) A informação está por isso intimamente

associada à natureza relativamente inexplicável de fenômenos, ao fato de

a razão humana não os conseguir dominar e de ocorrerem no mundo à

nossa volta sem aviso

prévio, fora do controle e do domínio da liberdade humana, de intervirem

de maneira brutal e inesperada”

(RODRIGUES, 1994: pp. 20-1).

DO QUE TRATA, ENTÃO, A TEORIA DA COMUNICAÇÃO?

São estudos acadêmicos que pesquisam os efeitos, origens e funcionamento do

fenômeno da Comunicação Social em seus aspectos tecnológicos, sociais,

econômicos, políticos e cognitivos. Englobam psicologia, filosofia e sociologia,

dependendo do tipo de abordagem e dos objetivos da pesquisa. O papel da mídia

muda de acordo com sua evolução tecnológica, o que muda também sua abrangência

e função social. Ou seja, os estudos comunicacionais estão diretamente atrelados ao

progresso da tecnologia dos meios de comunicação.

TEORIA DA COMUNICAÇÃO é, portanto, uma disciplina por natureza

INTERDISCIPLINAR.

Você verá, ao estudar os modelos apresentados neste material, que a teoria da

comunicação foi estudada por cientistas das mais diversas áreas. Vamos revisar os

seguintes estudos sobre os meios de comunicação: a teoria hipodérmica, a teoria

ligada à abordagem empírico-experimental, a teoria que deriva da pesquisa empírica

de campo, a teoria de base estrutural-funcionalista, a teoria crítica dos mass media,

a teoria culturológica, os cultural studies, as teorias comunicativas e as teorias do

jornalismo, Cibercultura. São 6 volumes, divididos em:

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Curso: JORNALISMO e PUBLICIDADE Disciplina: Teoria da Comunicação

Professor(a): Anna Paula Lemos

1. Teoria da Informação

2. Mass Communication Research.

3. Indústria Cultural, Ideologia e Poder.

4. A teoria culturológica e os Cultural Studies.

5. As teorias comunicativas e as teorias do jornalismo.

6. Cibercultura.

Leiam o conteúdo e bons estudos!

Conteúdo:

No início era o rádio!

Foi com a chegada dos meios de comunicação de massa que os teóricos da

comunicação começaram a ganhar destaque e a descrever as preocupações que

originaram as pesquisas em Teoria da Comunicação de Massa (Mass

Communication Research).

Mas que preocupações tinham os investigadores da Teoria da Comunicação de

Massa?

1. Quem se comunica com quem? (Fontes e receptores)

2. Por que comunicar? (Funções e propósitos)

3. Como se dá a comunicação? (canais, linguagens e códigos)

4. A comunicação diz o que? (conteúdos, referências, tipos de informação)

5. Quais os efeitos da comunicação?

O termo comunicação de massa, que surge no final dos anos 30, estabelece o

processo de comunicação com as seguintes características:

Distribuição e recepção em grande escala.

Fluxo da comunicação em uma única direção.

Relação desigual entre os emissores e receptores.

Impessoal e anônima.

Relação de mercado ou calculista.

Conteúdo fabricado, reutilizado e repetido de formas idênticas.

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Curso: JORNALISMO e PUBLICIDADE Disciplina: Teoria da Comunicação

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Os receptores da comunicação em massa são entendidos como “grandes

agregados de espectadores dispersos e passivos, sem oportunidade para

responderem ou participarem de maneira genuína”.

O que é ou quem é A MASSA?

Herbert Bloomer (1939) foi quem primeiro definiu MASSA como um novo tipo de

formação social na sociedade moderna. Diferente de GRUPO, MULTIDÃO ou

PÚBLICO. Vejamos as características que Bloomer aponta para cada uma das

coletividades:

GRUPO: Em um grupo todos os membros se conhecem, estão conscientes de sua

pertença ao grupo, partilham os mesmos valores, a estrutura de relações é estável no

tempo, e interagem para obter determinado fim.

MULTIDÃO: É maior, mas ainda restrita e com fronteiras observáveis em um dado

espaço. É temporária e raramente se forma de novo com a mesma composição.

PÚBLICO: Relativamente ampla, muitíssimo dispersa e estável. Tende a formar-se

à volta de um assunto ou causa da vida pública, o seu primeiro fim é propor um

interesse ou opinião e conseguir uma mudança política.

MASSA: O termo captou várias características das novas audiências para o cinema

e o rádio que não estavam cobertos por nenhum dos outros três conceitos. A nova

audiência era tipicamente maior que qualquer grupo, multidão ou público. Era

largamente dispersa e os seus membros não se conheciam uns aos outros ou não

conheciam quem os levou a existir como audiência. Não tinha consciência e nem

identidade próprias e era incapaz de atuar em conjunto de maneira organizada para

atingir objetivos. Era marcada por uma composição variável dentro de fronteiras

mutáveis. Não atuava para si própria, mas sofria a intervenção externa (portanto, era

objeto de manipulação). Era heterogênea, em grande número, de todos os extratos

sociais e grupos demográficos, mas também homogênea na sua escolha de um

objetivo particular de interesses e de acordo com a percepção dos que gostariam de

manipular.

Leituras indicadas:

No jornalismo não há fibrose: a ruína das fontes, o denuncismo e a

opinião pública. (versão no browser)

"A TV digital no imaginário tecnológico: identidades, mediação e

sociabilidade nas fantasias do telejornalismo on line ". (versão em pdf)

(versão no browser)

"Os jornalistas e as reconstruções de vidas: problemas epistemológicos

na elaboração do discurso biográfico". (versão em pdf) (versão no

browser) Apresentado no GT de Jornalismo da Intercom 2002.

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Curso: JORNALISMO e PUBLICIDADE Disciplina: Teoria da Comunicação

Professor(a): Anna Paula Lemos

“Celebridades e heróis no espetáculo da mídia” (versão em pdf) (versão

no browser) IN: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. Intercom.

São Paulo. 2002.

“Estética, pluralidade e cidadania nas tevês universitárias” (versão em

pdf) (versão no browser) IN: Trama 3. Ed. Sette Letras. 2002.

“O repórter de TV foi atropelado: discurso, mediação e construção da

notícia”. (versão em pdf) (versão no browser) IN: Trama. Ed. Sette Letras.

2001.

“Rousseau, o herói épico de seu tempo”. (versão em pdf) (versão no

browser) IN: Revista Cadernos. DP de Ciências Jurídicas da PUC-Rio.

1996.

Bibliografia recomendada:

Bibliografia Básica:

MATTELART, Armand e Michelle. História das Teorias da Comunicação.

São Paulo: Edições Loyola, 1999.

TEMER, Ana Carolina Rocha Pessoa. Para entender as teorias da

comunicação. Uberlândia: Aspectus, 2004.

WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação de Massa. São Paulo: Martins

Fontes, 2003.

Bibliografia Complementar:

MARTIN B., Jesus. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e

hegemonia. RJ: Ed. UFRJ, 2009.

COHN, Gabriel. (Org.) Comunicação e Industria Cultural. SP: T.A.Queiroz,

1987.

MOLES, Abraham A.; ADORNO, Theodor et al. Organização: COSTA

LIMA, Luiz. Teoria da Cultura de Massa. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

PEREIRA, José Haroldo. Curso básico de teoria da comunicação. Rio de

Janeiro: Quartet, 2007.