Intervencoes do trabalho social

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Alexandre Langa

Sónia Tamele

Catarina Inês Cossa

Júlia Armando

Maria Olinda da Conceição

José Magaia

Lourdes Fernanda

Pós-Laboral

Grupo Xitende

4º ano

Cadeira: Seminário e Pratica de intervenção II

Universidae Pedagógica

Maputo, 2015

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Alexandre Langa

Catarina Inês Cossa

Júlia Armando

José Magaia

Lourdes Fernanda

Maria Olinda da Conceição Tafulane

Sónia Tamele

Tema: Resumo (intervenção directa e indirecta)

Universidade Pedagógica

Maputo, 2015

Este trabalho tem carácter

avaliativo e destina-se a

cadeira de Seminário e

Pratica de intervenção II sob

orientação do Dr. António

Sarmento

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Introdução

O presente trabalho, aprofunda a diferença entre o trabalho social directo e o trabalho social

indirecto exercido pelo profissional social, com o objectivo de explicar as escolhas profissionais,

para uma análise das intervenções.

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1. A intervenção no processo do trabalho

Intervenção, por definição é a vontade de agir de uma forma voluntaria ou não, podendo ser

numa acção a fim de determinar ou mediar e ainda interpor sua vontade.

As formas de intervenção são numerosas e variadas. Os objectivos a curto e longo termo, a que o

trabalhador social se entrega no seu projecto de intervenção e que negocia com o utente ao longo

do contrato incluem a escolha das intervenções.

2. O “fazer” e o “como fazer”

Separar o que é feito da forma como é feito só é possível dentro de um objectivo de análise.

Com o feito, a forma de fazer é tão importante como o conteúdo que é feito, ao nível de como

fazer”, se inscrevem os valores e os princípios éticos aos quais o trabalhador social adere adere e

a qualidade da relação estabelecida com a pessoa.

3. Classificações das intervenções

As intervenções são divididas em directas e indirectas.

As intervenções directas são as que têm lugar numa relação de frente a frente entre o trabalhador

social e o utente, estão os dois presentes igualmente com a pessoa e, ambos são actores.

As intervenções indirectas são as que têm lugar na ausência do utente, sendo o trabalhador

social, o único actor e a pessoa é simplesmente beneficiaria.

Intervenção directa

Devido ao seu estatuto, o trabalhador social esta mandatado para levar a ajuda profissional

necessária a pessoa. Sobre ele convergem as espectativas da pessoa e do empregador.

As formas de intervenção directa são aplicadas á diferentes dimensões do trabalho social.

A intervenção directa tem 6 tipos a saber:

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1. Acolher-Apoiar-Acompanhar

O grande objectivo desta intervenção consiste no âmbito em que o trabalhador social, usa-se

como o instrumento de intercambio com o utente facilitando o procedimento de abordar a

instituição social, restaurar a confiança que tem em si próprio e a sua auto-estima e a sua melhor

compreensão do seu funcionamento na sua relação com os outros.

a) O acolhimento

Sem dúvida este é o primeiro acto social. O acolhimento, é considerado como o acto de receber

pessoas que demostram uma necessidade psicológica e afectiva.

O objectivo do acolhimento em trabalho social é facilitar à pessoa o contacto com o serviço de

acção social e torna-lo acessível.

Um espaço aberto e com características positivas, contribui muito para o serviço acessível aos

utentes e deve proporcionar o respeito pela confidencialidade relativamente aos propósitos das

pessoas e assegurar um acolhimento perso nalizado.

O acolhimento em si, deve inscrever-se num processo, num acompanhamento e o seguimento,

assim sendo, estas noções dão toda a dinâmica à inter-relação entre o trabalhador e o utente a

partir do acolhimento até ao termo da intervenção.

b) A clarificação

O objectivo desta intervenção para o trabalhador social, é o de compreender de que é que se

trata. Esta clarificação é necessária para compreender a situação, mas é também usada para que o

utente compreenda melhor a si próprio, dos outros e da situação na qual se encontra.

A clarificação é muito usada nas primeiras fases do processo e, sendo por vezes usada nas fases

seguintes da acção ou mesmo no encerramento da intervenção. As intervenções da clarificação

devem ser sempre renovadas.

A clarificação implica uma acção atenta do trabalhador social, para a qual utiliza 3 meios: a

escuta, a observação e o questionamento pertinente.

A escuta é a primeira fonte de informação.

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A observação implica a percepção das mensagens não-verbais, gestuais e corporais que

exprimem os sentimentos a pessoa.

A escuta e a percepção nem sempre são suficientes para compreender todos os dados da situação.

Questionamento pertinente aborda com a pessoa pontos que ela mesmo considerou pouco

importantes, explorar novas vias possíveis de resposta aos seus problemas.

c) O suporte

Tem como objectivo fortalecer o utente enquanto pessoa, diminuir os efeitos paralisantes da sua

ansiedade e libertar nele as forcas susceptíveis de o mobilizar para mudar a sua situação.

Quando o utente toma consciência dos seus problemas, pode sentir-se muito só, e vulnerável,

saber que os outros também se sentem da mesma maneira, pode ajuda-lo a vislumbrar soluções

com mais segurança.

Estas intervenções de apoio permitem ao mesmo tempo canalizar a agressividade que

experimentam contra si próprios noutras direcções e estimula assim as capacidades de reacção

dinâmica da pessoa. A dimensão do pequeno grupo utilizada em trabalho social oferece outras

perspectivas às intervenções de suporte.

d) A compreensão de si próprio

Permite a pessoa definir e compreender o seu próprio funcionamento relacional e afectivo e ter

noção dos efeitos do seu comportamento relativamente aos outros.

Esta forma de intervenção pode ser dividida em dois níveis:

A compreensão dinâmica do passado, da origem e do desenvolvimento da própria

personalidade.

Examinar atentadamente as antigas experiencias e particularmente as relações estabelecidas ao

longo da infância e da pequena infância com os pais e com outras pessoas significativas.

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A intervenção para promover a compreensão de si

Consiste em favorecer junto do utente a compreensão de como o seu próprio comportamento e as

suas próprias atitudes influenciam as respostas que obtêm de outras pessoas.

Esta intervenção é frequentemente utilizada em trabalho social com grupos e também aquando

das entrevistas conjuntas com vários membros de um grupo familiar.

e) O acompanhamento

Este vocábulo remete igualmente para os termos de companheiro e de amigo, que são empregues

para mostrar os laços de proximidade ente as pessoas. É recentemente usado em trabalho social.

De acordo com B. Bouquet e C. Garcette, acompanhamento social visa ajudar as pessoas em

dificuldades a resolver os problemas gerados por situações de exclusão e visa estabelecer com

elas uma relação de escuta, de apoio, de aconselhamento e de entreajuda, uma relação de

solidariedade, de reciprocidade e de empenhamento de uma parte e de outra.

O acompanhamento tem uma carga dinâmica muito importante e permite a partilha e o “fazer

com”. Trata-se de um processo que se desenvolve com o tempo.

2. Informar-Orientar-Educar

Estas intervenções são as que o trabalhador social explora prioritariamente os seus

conhecimentos e o seu saber para responder às necessidades do utente.

a) A informação

Tende a munir o utente de conhecimentos suficientes a fim de poder fazer escolhas e Fazer valer

os seus direitos com todo o conhecimento de causa.

Esta forma de intervenção é particularmente reforçada pela complexidade da legislação social e

das administrações. Quando o trabalhador socia dá informações legislativas e administrativas, ‘e

necessário assegurar-se que a pessoa compreendeu bem.

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No quadro de um trabalho de grupo, a informação sobre os recursos e sobre os equipamentos do

meio é essencial e permite aos participantes escolher um programa de actividades com

conhecimento de causa e utilizar prioritariamente os equipamentos existentes na proximidade.

b) A orientação

Em trabalho social este termo designa, por um lado, as acções destinadas a confortar uma

escolha e, por outro lado, as que facilitam o acesso aos recursos disponíveis.

Esta intervenção também destina-se a permitir as pessoas o acesso dos recursos existentes em

termos de equipamento, de direitos sociais e de recursos materiais.

c) O acesso aos direitos

O direito é um sistema de prescrições vindas de consensos, de vontades e de relações de força e

institui uma ordem social geral e global no seio da sociedade, definindo regras objectivas e

poderes aos indivíduos.

A multiplicação e a sobreposição dos dispositivos de acção social, complexificaram os serviços

ao ponto de os tornar incompreensíveis e inacessíveis aos principais interessados.

d) A assistência material

Esta intervenção, permite ao utente remediar momentaneamente uma situação financeira

precária ou beneficiar dos serviços excepcionais reservados as pessoas e famílias em

dificuldades.

Entre os demais trabalhadores sociais, são os assistentes sociais de serviço social que são os

mediadores privilegiados aquando dos pedidos de assistência material.

A assistência social, situa o utente numa posição de dependência perante os organismos que

acordam auxílio e perante o trabalhador social encarregue de transmitir o seu requerimento.

A maioria dos grupos de adultos encontra meios de financiamento das suas actividades, seja por

intermédio das subvenções dos organismos competentes.

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e) A educação

É difícil precisar e definir as intervenções educativas dos trabalhadores sociais pois o campo é

muito vasto e cobre práticas e profissões diversificadas e dispersas.

Tipos de intervenções educativas em trabalho social:

Transmissão de um saber e de um saber-fazer;

Redução, reinserção social;

Praticas educativas críticas;

3. Persuadir-Influenciar

Se é verdade que toda a pessoa em relação com uma outra exerce e sofre influências pelo jogo

das comunicações e das inter-relações, é também verdade que a influência de uma pessoa sobre a

outra pode ser voluntaria, orientada e escolhida.

Evidentemente, os trabalhadores sociais exercem também sobre as pessoas influenciam menos

conscientes, e reciprocamente sofrem influências da parte dos utentes.

a) O conselho

Esta forma de intervenção tern por objectivo influenciar a pessoa para que organize a sua vida e

as suas atividades, da forma mais adequada as referencias do trabalhador social ou do organismo

que representa.

Quando o trabalhador social dá um conselho, a pessoa encontra-se confrontada com o seguinte

dilema: seguir o conselho mesmo não estando de acordo com ele e então assegurar-se em relação

a benevolência futura e a aprovação do trabalhador social; ou não seguir o conselho e tomar a

sua própria decisão, correndo o risco de desagradar e mesmo de entrar em conflito com o

trabalhador social do qual tern, todavia, necessidade. .

b) A confrontação

Esta intervenção consiste em confrontar a pessoa com as consequências dos seus actos e, dai em

diante, preveni-la das consequências que este ou aquele tipo de comportamento acarretara.

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Esta confrontação com as ulteriores consequências dos seus actos ou decisões mostra-se útil no

caso de pessoas ou de famílias cuja capacidade de se projectar no futuro e de imaginar o futuro e

muito limitada. Os trabalhadores sociais encontram frequentemente pessoas que vivem o dia-a-

dia e que são mesmo incapazes de planificar o seu futuro imediato.

Não se pode esquecer, todavia, que este tipo de intervenção tern sempre como objectivo influenciar o utente para que este tome decis6es com conhecimento de causa e para que seja responsável pelos seus actos.

c) A persuasão

Esta intervenção tenta influenciar a pessoa a um nível mais elevado do que os dois precedentes.

Trata-se com efeito de a convencer a concentrar-se nas propostas do trabalhador social. Este

utilizara então todo o seu poder de convicção: poderá fazer apelo ao raciocínio lógico, mostrar os

argumentos favoráveis as propostas que sustenta e pesar os prós e os contras das soluções

possíveis, sendo as suas propostas largamente vantajosas.

Esta forma de intervenção não e, em si mesma, nefasta ou a banir da pratica profissional; tudo

depende do contexto, da situação da pessoa, dos interesses opostos e conflituosos que podem

existir entre diferentes membros de urna família ou de um grupo, da avaliação que e feita pelo

trabalhador social e dos objectivos de trabalho que segue.

4. Controlar - Exercer uma autoridade

Nesta rubrica, agrupamos as intervenções que tern como objectivo impor ao utente obrigações e

limites assim como exercer sobre ele uma certa vigilância. Agrupamos aqui as intervenções

seguintes: 0 trabalho de acompanhamento, as exigências e os limites e controlo.

A autoridade tern a sua origem no seu estatuto e no seu papel; esta constantemente presente em

todas as formas de Intervenção que evocamos. Não deve ser confundida com a termo

"autoridade" que significa - na linguagem corrente - uma atitude de tirania, de impor a sua

vontade em detrimento das outras.

E impossível ajudar alguém contra a sua vontade. O utente pode por vezes aceitar uma

intervenção que não solicitou mas pode também recusar toda a intervenção do trabalhador social

ou resistir-lhe activamente. Dos trabalhadores sociais são par vezes confrontados com pessoas

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que não vem aos encontros propostos, que não abrem a porta aquando das visitas ao domicílio e

que se opõem activa ou passivamente as sugestões e propostas. O Utente tem somente ele o

poder de por o trabalhador social numa posição de fracasso, quaisquer que sejam as suas

competências e 0 seu desejo de ajudar". Parece-nos importante relembra-lo quando abordamos o

exercício da autoridade do trabalhador social.

a) O trabalho de acompanhamento

Entendemos as visitas ao domicílio ou os diálogos efectuados com as pessoas que já não são

acompanhadas regularmente pelo trabalhador social, mas cuja situação instável ou frágil faz

temer dificuldades periódicas.

Este trabalho de acompanhamento e exercido mais particularmente junto das pessoas das quais

se receia que não possam tomar a iniciativa de fazer o pedido de ajuda junto do trabalhador

social em caso de dificuldade.

b) As exigências e as limites

Uma das formas que toma o exercício da autoridade dos trabalhadores sociais e a do papel

parental. A relação com o utente constrói-se então sobre o modelo familiar, exercendo o

trabalhador social a sua autoridade como urn "born pai de família" ou como uma "boa mãe de

família", este modelo familiar" e particularmente utilizado na intervenção junto de crianças, de

adolescentes e de jovens, mas este papel e também utilizado com adultos.

Este tipo de intervenção e frequentemente praticado a fim de estimular e de mobilizar a pessoa,

de a fazer agir. Todavia, as exigências impostas devem ser medidas em relação ao que é possível

e realizável, tanto no plano físico como no plano intelectual ou afectivo.

c) O controlo

No quadro de uma dimensão de trabalho de grupo, a imposição de limites tem também outras

características. Trata-se com frequência de condicionar os membros do grupo quando 0 seu

comportamento ou os seus discursos tem um carácter fortemente destrutivo para com eles

mesmos ou para com os outros. Por vezes, quando se trata de grupos de crianças ou de

adolescentes, são impostos limites quanta a utilização do material e dos locais para que estes não

sejam deteriorados e não sirvam de alvo a agressividade ou ao vandalismo.

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Quando os limites e as exigências são impostos pelos próprios participantes do grupo, uns

relativamente aos outros, a frustração que dai resulta reveste características e significados

diferentes do que quando são impostos pelo trabalhador social.

c) O controlo

As intervenções de controlo cujo objectivo e a dissuasão exercem-se, na maioria dos casos, no

quadro de urn mandato legal. A autoridade exercida pelo trabalhador social tem a sua origem na

lei e esta legitima as suas intervenções de controlo. Colocam o problema da normalização, isto é,

de fazer aderir o utente as normas sociais que exigem discreto tipo de comportamento. Isto,

antes, bem entendido, que outra estruturaras se ocupem do assunto pela repressão, pela prisão ou

pela hospitalização em meio psiquiátrico.

5. Estabelecimento de relações - Criar novas oportunidades

Nesta rubrica incluiremos as diversas intervenções dos trabalhadores sociais que tem como

objectivo alargar o horizonte relacional das pessoas, amplificar os seus quadros de vida e de

referências e permitir-lhes o acesso a novas experiencias procurando enriquece-las e dar-lhes

prazer. Nestas intervenções, 0 trabalhador social tem sobretudo um papel de facilitador e dedica-

se a estimular e a motivar 0 utente para que este experimente novas formas de vida social. Para

tal, pode recorrer concomitantemente a outras formas de intervenções descritas: apoio,

informação, educação e conselho.

a) Estabelecimento de relações

Trata-se de facilitar ao utente o alargamento do seu quadro relacional, de lhe permitir uma

aprendizagem progressiva consoante as suas necessidades e as suas capacidades - da

comunicação com outras pessoas e com outras instituições.

A relação estabelecida com 0 trabalhador social pode também ser aproveitada para lhe facilitar as

suas relações com as instituições e com os equipamentos do bairro, da cidade e com os que estão

Ligados ao seu meio de trabalho; por exernplo, o contacto com o centro social, 0 pedido de

alojamento junto dos serviços competentes e a diligência junto do conselho de empresa para a

inscrição dos filhos nas atividades de férias.

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b) A abertura e a descoberta

Estas intervenções são destinadas a estimular o utente para que explore, em si próprio e no seu

meio, outras possibilidades, outras forcas, outras pessoas e grupos e outras experiencias ate aqui

insuspeitas ou desconhecidas.

Em si mesmo, pode descobrir capacidades latentes ate aqui não consideradas: capacidades

artísticas; capacidades manuais de criação, capacidades intelectuais capacidades de organização,

de planificação, de animação e de liderança: capacidades técnicas.

6. Estruturar uma relação de trabalho com o utente

As intervenções que tendo em a estruturar uma relação de trabalho com o utente tern por

objectivo munirem-se dos meios para levar a born termo a mudança que se propõem alcançar.

Consiste ern munirem-se dos meios para que a relação de ajuda corn a pessoa possa construir-se,

e para que os objectivos de mudança possam ser elaborados, continuados e, se possível,

alcançados.

Definimos o trabalho social em termos de método e de processo, mas, para que urn processo se

desenvolva, e preciso tempo e espaço.

a) A estruturação no tempo

Quando se trata de um trabalho com um grupo, regra geral, as reuniões tem lugar de 15 em 15

dias ou todas as semanas, de outra forma o espaçamento demasiado longo 'entre duas reuni6es

poderia alimentar 0 desenvolvimento dos sentimentos de posse e afectar a dinâmica interna do

grupo.

A duração dos encontros pode também ser estipulada com antecedência.

Frequentemente, os diálogos individuais variam entre 3̸̸̸4 de hora a 1 hora, mas duram por vezes

menos e raramente mais, pois a disponibilidade e a concentração exigidas do trabalhador social

tern limites que devem ser respeitados.

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A duração de uma reunião de grupo será, pelo contra rio, preestabelecida mais facilmente. Será

também mais longa que uma entrevista individual e poderá variar entre 1 hora e meia a 2 horas,

por vezes um pouco mais.

b) A utilização do espaço

Enquanto intervenção destinada a estruturar uma relação de trabalho, a escolha do lugar de

encontro com a pessoa tem urna influência directa na relação que se instaura entre 0 trabalhador

social e a pessoa.

Quando se trata de um grupo, o local de reunião tem um significado importante.

c) A focalização em objectivos de trabalho

Centrar-se em objectivos específicos de trabalho, definir objectivos a atingir e as tarefas a

realizar e uma outra forma de estruturar uma relação de trabalho com 0 utente".

Esta centralização num ponto particular não quer dizer que a avaliação diagnostica será

efectuada de forma superficial ou truncada, nem que as outras dificuldades serão deixadas de

lade e esquecidas, nem que 0 trabalhador social fará urn activismo descontrolado. Um exemplo

pode ilustrar estes propósitos.

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