Interural 57

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3 | INTERURAL - A REVISTA DO AGRONEGÓCIO | OUTUBRO DE 2012

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Há 65 anos, Luiz Gonzaga enraizou na terra natal o verde dos olhos da morena amada. Era uma promessa de retorno e certeza de felicidade. Para o homem do campo não é diferente. O verde, em todas as suas tonalidades, aos poucos volta a ser predominante no chão brasileiro. Os pastos, as montanhas e os jardins parecem expandir-se, tamanha é a frescura e o viço desta época do ano. Nas terras agricultáveis, as máquinas trabalham em escala e preparam o solo para mais uma histórica safra.

Chegou a primavera. Junto a ela, a estação de monta e a expectativa de selecionadores e pro-dutores de gado comercial de produzir uma seara de bezerros superiores aos do ano passado. O me-lhoramento genético é basicamente isso: produzir filhos melhores que os pais.

Também é chegada a hora de os agricultores plantarem sonhos em forma de lavouras. No biê-nio 2012/2013, a expectativa é ainda maior, pois o Brasil deve experimentar mais um ano de recordes na produção. De acordo com dados compilados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção de grãos da safra 2012-13 deverá ser de 182,27 milhões de toneladas, 10% maior que a verificada no período de 2011-12, que fora de 165,7 milhões de toneladas.

Destaque para a soja, que vai alavancar o crescimento da produção com um acréscimo es-timado de 13,68 a 16,43 milhões de toneladas. Razão disso é a quebra da safra americana e, conse-quentemente, o aumento dos preços praticados nos mercados interno e externo.

Aproximam-se as festas de fim de ano e, junto a elas, o encerramento das principais exposi-ções e rankings do País. O da raça Nelore - que representa mais de 70% do rebanho brasileiro -, foi finalizado durante a 41a Expoinel, realizada em Uberaba (MG). A feira reuniu 1.085 animais, oriundos dos 100 principais criatórios do Brasil. Um show de genética, organização, difusão de modernas tec-nologias e democratização de animais superiores. Nesta edição, vocês vão conferir uma entrevista especial com Pedro Gustavo de Brito Novis, novo presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB).

Outro evento que vem se superando a cada ano é a Exposição Agropecuária de Uberlân-dia, o Camaru. Foram mais de 300 mil visitantes nos 10 dias de exposição. E foi no torneio leiteiro do Camaru que uma novilha Girolando ½ sangue produziu a extraordinária média de 76,160 kg/dia, sagrando-se campeã do evento. A doadora BB Milk Emerson Nugget Jaguar FIV é de propriedade do condomínio formado por Geraldo Marques (Estância Bom Retiro) e Eurípedes José da Silva (Fazenda Uberaba).

Não é só no torneio leiteiro do Camaru que a Fazenda Uberaba ganhou evidência. A proprieda-de é um modelo de agronegócio moderno, que trabalha integrando culturas de forma sustentável. Na economia contemporânea, de mercado cada vez mais competitivo, a fórmula de sucesso é preservar o ambiente e agregar valor aos bens produzidos.

Assim como o Rei do Baião celebrou a chegada do verde à paisagem sertaneja, havemos de celebrar esta época de pastagem nova e lavoura semeada. A crise internacional, principalmente a europeia, por hora não abala nossas perspectivas de crescimento. Precisamos ser otimistas en-quanto é tempo. Só assim os olhos da morena se mostrarão mais verdes.

Convido a todos para uma leitura sem rédeas.

Muito obrigado!

Vamos celebrar a nova safra

Gustavo RibeiroEditor

Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados.

É autorizada a reprodução total ou parcial das matérias, desde que citada a fonte.

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índice

Matéria de Capa - Fazenda Uberaba.

A maior feira de genética Nelore do plane-ta.

O Criador de Sucesso.

Primeiro clone de equino do mundo.

Camaru 2012

Shows, espaços comerciais e leilões movimentaram mais de R$ 20 mi

Morre Olavo Barbosa, o maior produtor de leite do Bra-sil..................................................................................................................................................................................9

Minas Gerais vai sediar o maior evento mundial da cafei-cultura............................................................................................................................................................10

A Katec Lallemand agora é Lallemand Brasil..........................................12Primeira propriedade financiada pelo ABC é exemplo sus-

tentável...........................................................................................................................................................14Balança comercial de lácteos: Importações de leite em pó

crescem 54% em agosto...........................................................................................................16Minas Leite ajuda a reduzir custos nas propriedades ru-

rais............................................................................................................................................................................18Mosca-dos-Estábulos: Como controlar?.........................................................20Abate de bovinos 2º trimestre cresce 5,6%, segundo IBGE........22Há margem para altas, mas.........................................................................................................24O Criador de Sucesso Das ruas para os cam-

pos............................................................................................................................................................................26Encontro de criadores UberBrahman foi uma das atra-

ções do camaru 2012..................................................................................................................30Bela Vista de Goiás realiza 3ª exposição ranqueada.....................34Maranhão adota o PMGG para melhorar produção leitei-

ra..............................................................................................................................................................................42Girolando participa da XVIII Semana de Estudos em Medicina

Veterinária...............................................................................................................................................43Representantes da Associação da Raça Holandesa visitam

a Girolando.............................................................................................................................................43Girolando terá participação expressiva na Feileite 2012...........46Fazendas Uberaba.....................................................................................................................................50Expoinel 2012.......................................................................................................................................................58Entrevista com: Pedro Gustavo de Britto Novis .................................621º Dia de Campo da Raça Senepol aborda mercado e sele-

ção..........................................................................................................................................................................66Simental brasileiro mostra potencial genético durante a

Feileite 2012 .................................................................................................................................................68Turbante JO, o primeiro equino clonado no Brasil........................72Aumenta a demanda Por carne ovina no Brasil.................................76O benefício da relação entre crianças e cachorros..............80Faturamento da agropecuária deve crescer 7,9% em 2012...84O crédito presumido de PIS/PASEP, CONFINS e a MP 522/2011...........86Presidente da Embrapa é exonerado do cargo.....................................88Você vende papel?.....................................................................................................................................90Camaru 2012 - Grandes parcerias resultam em excelentes ne-

gócios................................................................................................................................................................92Primeiro leilão de Senepol da Agropecuária Nova Vida mo-

vimenta mais de R$ 1,6 milhão.......................................................................................102Interleite Brasil 2012: cadeia do leite se reúne para discutir

tendências e competitividade...................................................................................104Um brinde à nova safra...............................................................................................................108A genética trabalhada e democratizada.......................................................112Feileite 2012.............................................................................................................................................................116Grupo une responsabilidade social à eficiência na produ-

ção........................................................................................................................................................................120

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InteRural InteRural News

7º LeilãoFazenda MutumO tradicional leilão de Gir Leiteiro da Fazenda Mutum completou sete anos em 2012. O evento é um verdadei-ro show de genética leiteira, com oferta inédita de ani-mais consagrados nas principais exposições do país. A requintada churrascaria Porcão, em Brasília – DF, foi o palco do leilão. Genética trabalhada e democratizada para todo Brasil. Confiram no nosso caderno de eventos a qualidade desse evento que movimentou a cadeia pro-dutiva do leite.

Expoinel 2012A Exposição Internacional do Nelore completou 40 anos de sucesso. A Expoinel, realizada do dia 13 ao dia 23 de setembro, no Parque de Exposições Fernando Costa, em Uberaba, MG, reuniu mais de 1.000 animais, oriundos dos principais criatórios de Nelore do Brasil. A organização do evento, a pontualidade das atividades programadas, as informações sempre precisas, os leilões, enfim, a Expoi-nel é um evento diferenciado e deve ser referência para outras exposições do País. Confira a matéria completa no caderno de Nelore.

Fazenda UberabaA equipe da InteRural também esteve presente no Cen-ter Convention, em Uberlândia (MG), no dia 14 de agosto, quando foi realizado um mega show com o cantor Da-niel. O evento reuniu milhares de amantes da música sertaneja, além de muita gente do agronegócio que foi convidada pela criadora e empresária Rossana Debs. Rossana tem um projeto muito interessante que integra entretenimento com genética. Confira como esse proje-to pode dar certo e contribuir para a pecuária nacional no Caderno de Eventos.

O Criador de Sucesso Nesta edição o nosso caderno: “O Criador de Sucesso” está de volta. Na oportunidade, conversamos com o Sr.Gilmar Goudard, criador de Sene-pol, proprietário da Estância Goudard e presidente da Associação Bra-sileira dos Criadores de Bovinos Senepol. Gilmar é uma figura. Nasceu, cresceu e viveu na cidade, na agitada vida urbana. Já morou em algu-mas cidades, mas foi Uberlândia que ele escolheu para edificar residên-cia e viver com a família. O amor pelo campo e consequentemente pelo Senepol, basicamente, aconteceu. Conheça essa interessante trajetória deste Criador de Sucesso, que carrega o sufixo Goud.

Camaru 2012:A 49º Exposição Agropecuária de Uberlândia realiza-da entre os dias 30 de agosto e 08 de setembro, reuniu importantes empresas e produtores rurais de todo país para uma grande festa de negócios. A feira contou com exposição de animais de diversas raças, provas eques-tres, torneio leiteiro, leilões, cursos, palestras, espaço do criador e outras novidades que você confere na nossa matéria de capa.

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InteRuralNota

Morre Olavo Barbosa, o maior produtor de leite do Brasil

Orostrato Olavo Silva Bar-bosa, mais conhecido como o rei do Leite, morreu no sábado, 29 de setembro, aos 89 anos. Nascido em Guaxupé/MG, era proprietário do Leite Bela Vis-ta, proveniente da Fazenda São José, localizada em Tapiratiba (SP).

Olavo foi sinônimo de tra-balho, perseverança e otimis-mo. Dentre suas muitas vir-tudes, sobressaía o altruísmo, e era inteiramente voltado às causas sociais.

Barbosa contava que co-meçou na cultura cafeeira para depois virar o maior produtor de leite do Brasil. Sua história e personalidade serviu de ins-piração para a novela “O Rei do Gado”, de Benedito Rui Barbo-sa.

Dentre um de seus feitos, podemos citar a implanta-ção do leite de garrafa, do tipo A, uma inovação frente a um mercado que sempre apostou nos saquinhos e nas caixas longa vida. Recentemente, seu sucesso lhe garantiu o prêmio Balde de Ouro da pecuária.

Barbosa vinha de forma imbatível ocupando o primei-ro lugar no Levantamento Top 100 do Milkpoint. Atualmente, o rebanho conta com aproxi-madamente 6.000 animais. Desses, 3.000 estão constan-temente em lactação e produ-zem 75.000 litros de leite por dia. O rebanho é composto de vacas holandesas de excelen-te genética, responsáveis por uma produção de 27.000.000

de litros de leite por ano.Ele se orgulhava em dizer

um dos segredos do sucesso era estar sempre presente na fazenda, acompanhando de perto o trabalho dos funcioná-rios e o processo de produção.

UM POUCO dE hiStóriAA história da Fazenda

Bela Vista teve início em 1960 quando a Fazenda São José, com 1.400 hectares, localizada nos municípios de Tapiratiba e Guaxupé, divisa de São Paulo com Minas Gerais, começou a produzir leite.

No início, toda a produção era voltada para o leite tipo B, e em poucos anos a Fazenda São José já era responsável pelo fornecimento de grande parte do leite consumido na região.

Em 1970, apenas dez anos depois, o rebanho da Fazenda São José já contava com 1.000 animais em lactação. Ainda assim, era preciso inovar e mudar os processos para con-tinuar evoluindo.

Em 1980, depois de pes-quisas realizadas nos Estados Unidos, no México e na Euro-pa, a Fazenda São José adotou o sistema free-stall, originário da Califórnia, pelo qual vacas e novilhas ficam confinadas em amplos galpões cobertos e com detalhes que facilitam o manejo e proporcionam con-forto aos animais, como faixas de piso de borracha, cama de areia e pistas de alimentação.

Quatro anos depois, em 1984, começou a construção

do complexo produtivo da Fazenda São José, e em 1987 entrou em opera-ção o maior e mais avan-çado centro de produção de leite tipo A do Brasil: o Leite Fazenda Bela Vista.

Orostrato Olavo Silva Barbosa nasceu em Guaxupé no dia 23 de abril de 1923. É fi-lho de Valeriano José da Silva e de Suzana Barbosa. Casou--se com Lenira Faria Barbosa, já falecida, que lhe deu quatro filhos: Paulo Sérgio, também já falecido, Sílvia Helena, Cristi-na e Olavinho. Com a morte de Olavo Barbosa, a expectativa é que esteja à frente de seus negócios, como ele mesmo previu, o seu neto Sergio Fer-raz Ribeiro Filho, que há anos vinha trabalhando ao lado do avô.

Olavo era conhecido por ser o rei do leite e uma liderança empenhada nas causas sociais

Olavo Barbosa

Sala de Ordenha da Fazenda Bela Vista

RogéRio CassimiRo

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Minas Gerais vai sediar o maior evento mundial da cafeicultura

InteRural Agricultura

FONtE: SEAPAMinas Gerais vai sediar o

maior evento internacional da cafeicultura em 2013. Aten-dendo à proposta do grupo mi-neiro que participa da reunião da Organização Mundial do Café (OIC) em Londres (Ingla-terra), Belo Horizonte foi elei-ta nesta segunda-feira (24) a sede do próximo encontro, que será realizado em setembro do ano que vem. A escolha por unanimidade da capital minei-ra para sediar a 50ª Reunião da OIC foi feita após a apresenta-ção do secretário, que mostrou aos membros da organização o potencial do Estado para rece-ber um evento internacional.

Será a primeira vez que o Brasil irá sediar uma reunião da OIC, que é o principal fórum intergovernamental que tra-ta das questões do café. Seus membros representam 38 pa-íses exportadores e 32 impor-tadores, que respondem por

97% da produção mundial de café e mais de 80% do consu-mo global do grão.

“A reunião da OIC em Belo Horizonte dará maior proje-ção aos cafés de Minas e do Brasil”, ressaltou o secretário, que participa da delegação brasileira com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Fa-emg), Roberto Simões, e re-presentantes do Ministério da Agricultura e Pecuária e Mi-nistério das Relações Exterio-res. A organização, mediante a atuação dos representantes governamentais e do setor privado, promove a melhoria da qualidade do café, fomen-ta a expansão do consumo mundial do grão e coordena projetos de desenvolvimento cafeeiro destinados a agregar valor e aprimorar a comercia-lização. Além disso, assegura a transparência do mercado, disponibilizando informações

objetivas e abrangentes sobre o setor global por meio de da-dos estatísticos e estudos de mercado.

O Brasil é o maior produ-tor mundial de café e Minas Gerais o líder da produção na-cional. Segundo o secretário, “essa liderança foi conquis-tada com grandes safras de cafés produzidos de acordo com as exigências dos consu-midores internacionais, uma qualidade mantida com a par-ceria do governo estadual, por intermédio de iniciativas como o Certifica Minas Café, progra-ma de certificação das pro-priedades desenvolvido pela Secretaria da Agricultura. O objetivo é estimular a busca de cafés de qualidade e de acordo com boas práticas que possam assegurar a sustentabilidade da produção conforme as exi-gências dos mercados interno e externo”, diz Elmiro Nasci-mento.

Belo Horizonte vai receber a reunião da OIC em 2013

Secretário Elmiro Nascimento (à esquerda) junto á delegação brasileira em Londres

OIC

Seus membros representam

38 países exportadores

e 32 importadores,

que respondem

por 97% da produção

mundial de café e

mais de 80% do consumo

global do grão.

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A Katec Lallemand agora é Lallemand BrasilCom nova estrutura em Aparecida de Goiânia (GO) e ampliação de negócios na América do Sul

FONtE: SEAPAInovação. Esta é a defini-

ção de uma das mais moder-nas empresas no segmento de aditivos biológicos para silagens. A Lallemand Brasil, empresa integrante do gru-po canadense Lallemand Inc., trabalha ainda na fabricação de probióticos e suplementos para ruminantes e monogás-tricos.

NOVAS iNStALAçõESPara atender aos novos

mercados, a Lallemand Brasil conta agora com novas insta-lações, mais amplas e moder-nas na cidade de Aparecida de Goiânia (GO), o que trará vários benefícios, como melhor es-trutura, equipamentos mais

modernos e com isso, uma capacidade bem maior de pro-dução.

O novo complexo indus-trial segue todos os procedi-mentos das Boas Práticas de Fabricação e está de acordo com os padrões internacionais do grupo. Com isso, a Lalle-mand Brasil se reafirma como referência de qualidade em produtos biológicos para nutri-ção animal na América do Sul.

dE KAtEC LALLEMANd PArA LALLEMANd BrASiL

A Lallemand Brasil não para de crescer e isso é com-provado pela constante evolu-ção de seus produtos dentro e fora do país.

A mudança de nome tem como objetivo padronizar as filiais de acordo com a marca matriz e principalmente pelo início das exportações da pro-dução brasileira.

NOSSO NOVO ENdErEçO E tELEFONES:

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InteRural Agricultura

FONtE: MiNiStériO dA AGriCULtUrA AdAPtAdO PELA iNtErUrAL

Primeira propriedade a obter linha de financiamento por meio do Programa Agricul-tura de Baixa Emissão de Car-bono (ABC), em julho de 2011, a Fazenda Santa Brígida, em Ipameri, Goiás, é um dos prin-cipais exemplos na prática da integração lavoura-pecuária--floresta (iLPF) do país. Além dos ganhos de produtividade, a fazenda deixa de emitir, apro-ximadamente, 2,6 mil tonela-das de gás carbônico equiva-lente por ano.

“O crédito oferecido à propriedade auxiliou esse re-sultado, como também tem ajudado produtores de todo o País. É necessário ainda desta-car que as mudanças ocorridas na fazenda de Ipameri relati-vas aos métodos de produção só foram possíveis devido às orientações dadas por pesqui-sadores da Embrapa”, explicou o ministro da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento, Men-des Ribeiro Filho.

Os dados divulgados pela Empresa Brasileira de Pes-quisa Agropecuária Cerrados (Embrapa) mostram que a pro-priedade – que utiliza o méto-

do de iLPF há seis anos – gera lucros. Na safra 2011/12, foram produzidas 14,5 mil sacas de soja, 25,5 mil sacas de milho e 5,2 toneladas de silagem. O hectare de pastagem rende em torno de R$ 500, enquanto an-tes de adotar práticas susten-táveis não passava de R$ 100.

Outros sistemas que re-duzem a emissão de CO2 na atmosfera também são uti-lizados, como a fixação de nitrogênio no solo. A prática utilizada para este fim é o Sis-tema Santa Brígida, criado pela Embrapa, um consórcio das culturas de milho, braquiária e feijão guandu anão. Além dos

Primeira propriedade

financiada pelo ABC é exemplo

sustentável

Facilidade na obtenção de crédito é mais um motivo para agropecuaristas adotarem o programa ABC

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benefícios ambientais, ainda

há a vantagem da renovação

constante do pasto, o que faz o

rebanho engordar apenas com

capim.

A fazenda tem uma área

total de 922 hectares, dos quais

450 correspondem ao cultivo

de grãos no sistema integra-

ção Lavoura-Pecuária (iLP) ou

agropastoril. A primeira ex-

periência com plantio de eu-

calipto em iLPF na proprieda-

de foi na safra de 2008/2009,

em aproximadamente quatro

hectares. Em razão do surpre-

endente desenvolvimento das

árvores, ampliou-se a área

com este sistema em mais 55

hectares nas safras posterio-

res, com média de 700 árvores

por hectare, principalmente,

em razão do cultivo de duas

safras de grãos nos dois pri-

meiros anos entre as fileiras

de árvores. Atualmente são

contabilizadas cerca de 40.000

árvores de eucalipto no local.

Se a safra for vendida como le-

nha, a forma menos valorizada

do mercado, o lucro será de R$

1 mil por hectare.

Segundo relatório ela-

borado por pesquisadores da

Embrapa Cerrados, a mitiga-

ção da emissão de gases de

efeito estufa (GEE) pode ser

relacionada ao incremento da

matéria orgânica (carbono)

do solo; à maior produção for-

rageira durante o ano todo; à

incorporação de árvores no

sistema produtivo; e à redução

da idade de abate dos bovinos.

PrOGrAMA ABC

Parte do trabalho

realizado só foi possível

a partir do empréstimo

de R$ 780,3 mil reais fei-

to a partir do Programa

ABC, do Ministério da

Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (Mapa),

com prazo de até 8 anos

para pagamento, sendo 2

anos de carência. As linhas de

financiamento são facilitadas

para produtores que adotem

práticas sustentáveis nas pro-

priedades, contando com limi-

te de crédito de até R$ 1 milhão

e taxa de juros de 5,5%, per-

centual que ficará ainda mais

baixo no Plano Agrícola e Pe-

cuário 2012/13: 5%.

De acordo com o gerente

da fazenda, Anábio Ribeiro, a

principal vantagem do pro-

grama é facilitar o acesso a

linhas de crédito específicas.

“Antes do ABC a taxa de juros

mais baixa para intensificar a

prática de iLPF na propriedade

era de 6,75%. Até o processo

para conseguir financiamento

agora é menos burocrático. Em

uma única operação posso fi-

nanciar máquinas e compra de

animais”, afirmou.

OUtrAS ANáLiSES

Em 2013, será implantado

na Embrapa Meio Ambiente,

no município de Jaguariúna

(SP), um sistema de moni-

toramento das emissões de

gases de efeito estufa, previs-

tas no Plano ABC, do Governo

Federal. Além de avaliar as

propriedades financiadas pelo

programa de crédito, as análi-

ses devem ser estendidas para

medir como o Brasil está em

relação às metas de reduzir a

emissão desses gases – com-

promisso voluntário do Brasil

feito durante a Conferência da

ONU sobre Mudanças Climá-

ticas (COP-15), realizada em

2009, em Copenhagen, na Su-

íça.

Segundo relatório elaborado por

pesquisadores da Embrapa Cerrados, a

mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE) pode ser relacionada ao

incremento da matéria orgânica (carbono) do solo; à maior produção

forrageira durante o ano todo; à incorporação

de árvores no sistema produtivo; e à redução da idade de abate dos

bovinos.

MENdES riBEirO FiLhO

Ministro da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento

“O crédito ofereci-do à propriedade

auxiliou esse resultado, como

também tem ajudado produto-res de todo o País.

É necessário ainda destacar que as

mudanças ocorri-das na fazenda de Ipameri relativas aos métodos de

produção só foram possíveis devido

às orientações dadas por pes-quisadores da

Embrapa”.

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InteRural Pecuária

Balança comercial de lácteos: importações de leite em pó crescem 54% em agostoUruguai continua sendo o maior fornecedor do país

FONtE: MiLKPOiNt AdAPtA-dO PELA iNtErUrAL

A balança comercial de lácteos em agosto apresentou

um déficit de 9.319 toneladas, 46% maior do que o valor ob-servado no mês anterior. Con-siderando os dados em valor,

o déficit foi de 34,9 milhões de dólares, 28,5% maior que julho, como pode ser observado na tabela 1.

Em relação ao mesmo período do ano anterior, as im-portações do Brasil registraram ligeiro aumento de 0,5% em vo-lume. No entanto, em termos de

valor, as importações caíram 9,8% na comparação com agos-to de 2011. Tal fato ocorreu de-vido à queda na importação de queijos, produto de maior valor

agregado na balança comercial de lácteos, que teve sua de-manda de importação reduzida de 3.700 toneladas em agosto de 2011 para 1.700 toneladas em

Tabela 1 - Balança comercial de lácteos - Agosto de 2012

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Quantidade de equivalente-leite importada mensal(em milhões de litros de leite)

Após registrar queda de 6% entre junho e julho, as im-portações de leite em pó subi-ram vertiginosamente (54%). O volume importado de leite em pó subiu de 4.947 toneladas para 7.609. O principal fornece-dor de leite em pó do Brasil foi o Uruguai, responsável por 4.325

toneladas, 57% da quantidade internalizada do produto. Os outros 43% foram importados da Argentina, que enviou 3.283 toneladas de leite em pó para o mercado brasileiro. No mês de agosto, não houve importação de produtos lácteos provenien-tes do Chile.

Quanto às exportações,

houve crescimento de 14,6% no

volume exportado e de 35,7%

em valor. Isto se deve ao subs-

tancial aumento de leite modi-

ficado exportado, que foi de 419

toneladas em agosto frente a

apenas 53 toneladas em julho.

O valor das exportações de lácteos do Uru-guai aumentou em 21% nos primeiros oito meses do ano com relação ao mesmo período de 2011, totalizando US$ 488,6 milhões com a venda de 147.654 toneladas, segundo dados do Instituto Nacional de Leite (Inale). A melhora no valor se deu por um aumento de 31% no volume exporta-do.

Por outro lado, Brasil e Venezuela, com 37% cada um, foram os dois principais destinos para os lácteos uruguaios, medidos em valor, seguidos por Rússia, com 13%. O Brasil foi o principal desti-no do leite em pó integral (68% do total) e do leite em pó desnatado (97%). A Venezuela comprou 83% dos queijos (em valor) e 30% do leite em pó integral. A Rússia foi o principal destino das ex-

portações de manteiga, comprando 72% do total em valor.

Em valor, todos os produtos cresceram, me-nos o leite em pó integral, que caiu em 2%. A man-teiga encabeçou o ranking, com um aumento de 54% nas vendas até agosto passado, seguida por queijos (42%) e leite em pó desnatado (22%).

Em volume, todos os produtos apresenta-ram aumentos. As vendas de manteiga cresce-ram 105%; as de queijos, 33%; em seguida vieram leite em pó desnatado (26%) e leite em pó integral (9%).

Em matéria de preços, o Inale informou que, em média, todos os produtos lácteos tiveram queda entre janeiro e agosto desse ano, uma ten-dência que se mantém desde agosto de 2011.

agosto de 2012. Esta redução no valor dos itens importados causou a diminuição do déficit mensal do saldo da balança co-mercial, que em agosto de 2011 foi de 38 milhões de dólares e em julho de 2012 reduziu-se

para 34 milhões de dólares. A análise do volume em

equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para produzir um quilo de determinado pro-duto), mostra que foram impor-tados 88,35 milhões de litros de

leite em agosto, aumento de 44,6% frente a julho e de 3,8% em relação a agosto de 2011, como pode ser visto no gráfico abaixo.

UrUGUAi

Page 22: Interural 57

24 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Pecuária

FONtE: SEAPA

O programa de Desenvol-vimento da Cadeia Produtiva do Leite em Minas Gerais (Mi-nas Leite), criado pela Secre-taria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), assiste atualmente a 1.107 fazendas no Estado e até o fim do ano deverá alcançar mais 43 propriedades. Nessas fazendas são introdu-zidas práticas gerenciais, téc-nicas e administrativas com o objetivo de aumentar a pro-dutividade e qualidade do leite diante dos crescentes custos principalmente com a alimen-tação dos animais.

De acordo com o coorde-nador do Minas Leite pela Se-apa, Rodrigo Puccini Venturin, os dados dos últimos meses

têm mostrado a importância de ações simples de manejo e re-formulação da dieta do rebanho leiteiro, que representa o item de maior peso no custo do leite.

Os principais responsá-veis são os gastos com ração concentrada, produto à base de farelo de soja e milho, que subi-ram 19,6%, e as despesas com o volumoso, formado por silagem de milho e cana-de-açúcar, que aumentaram 18,9% nos úl-

timos doze meses, segundo a Embrapa”, diz Venturin.

Por isso, o coordenador considera fundamental uma boa gestão de manejo nos pas-tos, que pode ser por meio do pastejo rotacionado. Este sis-tema consiste em áreas cer-cadas sobre o pasto, localiza-das nas proximidades do local de ordenha. De acordo com a orientação dos extensionistas é estabelecido um rodízio dos piquetes utilizados pelos ani-mais, permitindo a recupera-ção do capim no local em que as vacas se encontravam.

Durante a seca, os animais recebem nessas áreas o ali-mento, que pode ser produzido na própria fazenda, à base de cana-de-açúcar ou silagem de milho, aprimorando a qualidade

Minas Leite ajuda a reduzir custos nas propriedades ruraisSimples ações de manejo podem garantir bons lucros

“No acumulado de julho de 2011 a julho de 2012, o preço do litro de leite

se manteve em r$ 0,87, mas o custo de produção teve uma alta de 18,93%.

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25 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

da produção desse volumoso.É necessário observar

também a quantidade adequa-da para atender ao rebanho, possibilitando a redução do uso de ração, que teria de ser adqui-rida fora da propriedade.

LAVOUrA E PECUáriANas propriedades assisti-

das pelo Minas Leite, os técni-cos da Emater também reco-mendam o desenvolvimento do sistema de integração lavoura e pecuária, que pode ser conju-gado com o plantio de florestas, contribuindo para a diversifica-ção da produção e, como con-sequência, para o aumento da renda.

Venturin diz que é ne-cessário considerar também itens de gestão como o manejo da água dos animais. Por isso,

os extensionistas orientam os produtores na adoção de me-didas para a melhoria da dispo-nibilidade e do fornecimento de água. “É indispensável ter água de qualidade, sempre limpa e de boa quantidade, o mais pró-ximo possível das salas de or-denha e dos cochos de alimen-tação e dos piquetes”, destaca Venturin.

Para garantir a eficiência das ações destinadas à me-lhoria da produção de leite e da gestão dos negócios das pro-priedades, os técnicos da Ema-ter-MG recebem primeiramen-te um treinamento na Fazenda da Epamig, em Felixlândia, na Região Central do Estado. Atu-almente há 240 extensionis-tas envolvidos no trabalho nas propriedades e mais 180 se pre-param para atender ao progra-

ma lançado há seis anos e agora presen-te em todo o Estado.

A co-o r d e n a ç ã o do programa está buscan-do a maior participação dos sindicatos rurais, coopera-tivas e prefeituras. Venturin diz que a ajuda dessas instituições, mediante convênio, garante o reforço da assistência técnica às propriedades. Para partici-par do Minas Leite o produtor deve procurar um dos escritó-rios da Emater-MG.

Mais Informações: (31) 3915 8545/ 8552

Fazenda Salgado

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26 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

dANiELA MiyASAKA S. CASSOLLUCiANO MELO dE SOUzA*

A “mosca-dos-estábulos” tem causado grandes prejuí-zos econômicos na cadeia pro-dutiva da pecuária bovina em alguns estados brasileiros. O surto ocorrido recentemente no município de Santa Rosa do Viterbo (SP) não é fato isolado e já ocorreu em outros anos e em diversas regiões do Brasil. Den-tre os fatores que favorecem a reprodução dessas moscas estão as regiões de produção animal, de produção canavieira com o cultivo de vinhaça e vi-nhoto, de plantações de laranja

ou outras culturas em que se use o resíduo da cana ou ester-co de animais - principalmente granjas avícolas ou de suínos - e ainda pela falta de orientação aos produtores sobre o ciclo de vida da mosca.

O ciclo de vida da mosca dos estábulos varia de 12 a 60 dias, e está diretamente rela-cionado às características cli-máticas da região. Uma fêmea adulta pode produzir até 632 ovos, fazendo mais de 20 pos-turas em toda a vida. Depois de depositados pelas fêmeas em matéria em decomposição, os ovos eclodem de um a qua-tro dias, podendo se prolongar em ambientes de baixa tem-

peratura ou ser reduzido em locais de temperaturas mais altas. Após a eclosão, as lar-vas se alimentam de material orgânico vegetal e amadure-cem num intervalo de seis a 30 dias. A pupação pode durar até 10 dias, estando diretamente relacionada à temperatura e à umidade as quais as pupas foram expostas. Nos locais de temperaturas mais elevadas a mosca-dos-estábulos desen-volve-se continuamente, não havendo interrupção do ciclo de vida ao longo do ano. Geral-mente, os adultos vivem por até um mês. A alimentação da mosca leva aproximadamente três minutos, mas é constante

Mosca-dos-Estábulos: Como controlar?

InteRural Pecuária

Page 25: Interural 57

27 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

mente interrompida em

consequência da dor ocasiona-

da por sua picada. Nos animais,

além de transmitirem agentes

potencialmente patogênicos,

causam muito incômodo, ane-

mia e queda da produção.

Medidas de higiene pre-

ventiva compõem 90% do con-

trole dessa mosca. Em casos

de problemas com estes inse-

tos ou qualquer outro parasito,

deve-se buscar sempre o su-

porte técnico veterinário aten-

tando-se para especialistas na

área. O diagnóstico preciso das

condições que proporcionam

a reprodução das moscas bem

como a retirada dessas condi-

ções são ações imprescindíveis

ao sucesso do controle. O uso

inadequado de mosquicidas,

uso de superdoses ou subdo-

sagens e a falta de ação conjun-

ta entre os fazendeiros acabam

por dificultar o controle.

A destinação correta dos

resíduos da produção agrícola

e da pecuária é primordial para

se evitar vários problemas am-

bientais e sanitários. As mos-

cas são apenas um dos proble-

mas da não destinação correta

e do manejo incorreto de deje-

tos. Para o controle da mosca,

a redução da fonte onde ela se

prolifera é de fundamental im-

portância. Devem ser evitados

potenciais criadouros com a

remoção regular de camadas

úmidas, feno, resíduos alimen-

tares e resíduos dos estábulos.

As administrações de in-

seticidas à base de organofos-

forados e piretróides, na forma

de aerossol/pulverização den-

tro e em volta dos estábulos e

das instalações rurais propor-

cionam bom controle local. Po-

de-se utilizar o cloreto de alquil

dimetil benzil amônio (CB-30

T.A., diluindo um litro do produ-

to em 2.000 litros de água) para

a limpeza e desinfecção dessas

instalações. O controle químico

nos animais pode ser feito com

a utilização de produtos ecto-

parasiticidas organofosforados,

como clorpirifós, diclorvós, dia-

zinon, entre outros, associados

ou não aos piretroides, como

cipermetrina, deltametrina,

administrados pela via pour on

e pulverização.

No caso de produtos co-

merciais, a indicação é de usar

o Cypermil Plus, diluindo um

litro do produto em 400 litros de

água. Após a diluição, é preciso

misturar bem até perfeita ho-

mogeneização da calda, e, com

auxílio de pulverizador manual

ou elétrico, banhar toda super-

fície do animal (principalmente

nas partes baixas, patas e ab-

dômen), no sentido contrário

aos pelos, utilizando aproxima-

damente de quatro a cinco li-

tros de calda por bovino adulto.

Outro produto que tam-

bém pode ser utilizado é o Co-

losso Pulverização. Cada litro

do produto deve ser diluído em

800 litros de água limpa. Deve-

-se então banhar toda a super-

fície do animal (principalmente

nas partes baixas, patas e ab-

dômen), utilizando aproxima-

damente cinco litros de calda

por bovino adulto.

Vale lembrar que os surtos

são desequilíbrios ambientais e

que causam grandes prejuízos

aos produtores rurais. Portan-

to, seguir à risca as orientações

técnicas, associando o contro-

le físico, com limpeza, desin-

fecção do ambiente e manejo

de esterqueiras, ao controle

químico no animal e nas ins-

talações rurais constitui um

programa integrado eficaz no

combate e controle desse pa-

rasito.

*daniela Miyasaka S. Cassol é

médica veterinária da Ourofi-

no Agronegócio

Luciano Melo de Souza é mé-

dico veterinário da Unicastelo,

Parasitologista, docente e

Pesquisador, Curso de Medi-

cina Veterinária e Programa

Mestrado em Produção Animal

UNiCAStELO - Campus de

descalvado, SP.

Page 26: Interural 57

28 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Pecuária

FONtE: AGêNCiA EStAdO

O abate de 7,6 milhões de cabeças de gado no segundo trimestre de 2012 representou um acréscimo de 5,6% ante o primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), em levantamento publicado no dia 27 de setem-bro. Em comparação ao mes-mo período de 2011, a alta foi de 7,9%.

No segundo trimestre deste ano, foram abatidos 8,8 milhões de suínos, alta de 0,9% sobre o trimestre imediata-mente anterior e de 2,6% em relação ao mesmo intervalo de 2011. O abate de frangos, que somou 1,3 bilhão de animais, caiu 5,5% frente ao primeiro trimestre de 2012 e 2,8% em comparação ao mesmo período de 2011.

Já a compra de leite pela indústria foi de 5,2 bilhões de

litros no segundo trimestre, um

avanço de 2,8% sobre o mesmo

trimestre de 2011. Em compa-

ração ao primeiro trimestre

de 2012, contudo, houve queda

de 9,7% devido à entressafra.

O IBGE destaca que, neste pe-

ríodo do ano, há redução de

temperaturas e chuvas, reduz a

qualidade e a disponibilidade de

pastagens.

A compra de 8,9 milhões

de unidades de couro pelos

curtumes representou um

crescimento de 10,9% no se-

gundo trimestre de 2012, fren-

te igual intervalo de 2011. Já a

produção de ovos de galinha,

de 670,5 milhões de dúzias no

trimestre, subiu 5,8% compa-

rado ao mesmo período do ano

anterior.

Abate de bovinos no 2º trimestre cresce 5,6%, segundo iBGE

A compra de leite pela indústria

foi de 5,2 bilhões de

litros no segundo trimestre, um

avanço de

2,8% sobre o mesmo

trimestre de 2011

O abate de 7,6 milhões de cabeças de gado no segundo trimestre de 2012 representou um

acréscimo de 5,6% ante o primeiro trimestre

deste ano.

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29 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Page 28: Interural 57

30 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Pecuária

Por GUStAVO AGUiArzootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria

O momento é de recupe-

ração de preço para o boi gordo,

iniciada na última semana de agosto, após meses de pressão baixista.

A queda nas cotações ocorreu mesmo em meses onde historicamente há reto-

mada de preços, como em ju-

nho, julho e agosto.

Veja na figura 1 a evolução

dos preços da arroba e as esca-

las médias de abate em 2012.

A boa oferta de animais em julho, intensificada por um inverno chuvoso na maior par-te do país, foi o principal fator responsável pela queda nos preços.

No mês, a escala média de

abate superou os sete dias úteis em algumas situações. Compra fácil para as indústrias.

CONjUNtUrAFAVOráVEL Após esse período de

pressão de baixa, a conjuntura de preços vem sendo benefi-ciada por uma redução na ofer-ta e recuperação dos preços da carne. Foi a junção da “fome com a vontade de comer”.Figura 2.

Figura 1.Preços do boi gordo em 2012, em R$/@ à vista (eixo esquerdo), e escalas médias de abate, em dias úteis (eixo direito), em São Paulo.

Figura 2.Preço da carcaça bovina no atacado (boi casado), em R$/kg, em São Paulo.

há margem para altas, mas...

Fonte: sCot ConsultoRia – www.sCotConsultoRia.Com.bR

Fonte: sCot ConsultoRia – www.sCotConsultoRia.Com.bR

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31 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Com a alta das últimas se-manas, o preço da carne bovina no mercado atacadista, segun-do pesquisa da Scot Consulto-ria, atingiu a maior cotação do ano, R$6,91/kg na retomada do feriado de 7 de setembro.

Em trinta dias, a valoriza-ção foi de 15,1%. No mesmo in-tervalo, a alta para o boi foi de 7,2%.

Bom para a indústria, que pôde pagar mais pela arroba do

boi gordo, a fim de comprar com maior facilidade frente à restri-ção na oferta, e aumentar sua margem na comparação com os últimos meses.

Outros fatores propulso-res da alta para o boi foram o encurtamento do diferencial de base das praças pecuárias vizinhas a São Paulo de mea-dos até o fim de agosto, o que forçou reajustes dentro do es-tado, e a recuperação no preço

das proteínas de origem animal

concorrentes, sustentando a

elevação de preço da carne bo-

vina.

Fica agora a questão de

até quanto e quando a indústria

deverá subir os preços.

Em meio a isso, uma coisa

é certa: analisando historica-

mente, a margem dos frigorífi-

cos está bastante positiva nes-

te momento. Figura 3.

2003 a margem de setem-bro (média dos dez primeiros dias), de 1,6%, é uma das mais altas.

Isto significa que venden-do somente a carcaça no ata-cado o frigorífico já remunera o boi gordo. Vale ressaltar que não consideramos os custos do frigorífico (transporte, abate, comercial, etc.) nesta conta.

A expectativa para o curto prazo é de mercado sólido.

O qUE ESPErAr?Mesmo otimistas, temos

que lembrar que os últimos reajustes representam apenas

o início de uma recuperação frente aos preços do início do ano. Além disso, a oferta de gado está melhor este ano.

Desta forma, na média anual de 2012 em relação a 2011, apesar da possibilidade de uma retomada maior dos preços, não é prudente esperar uma correção do que foi perdido até o momento. Em valores reais (deflacionados) a coisa fica ain-da mais difícil.

Tendo como base os ven-cimentos do contrato de boi gordo da BVM&FBOVESPA para os preços futuros até o fim do ano, que tiveram conside-

rável correção positiva nas úl-

timas semanas, o fechamento

do preço médio anual em 2012

ficará 3,8% menor em relação a

2011, em valores nominais.

Assim, uma boa dica neste

momento é controlar o otimis-

mo e aproveitar a precificação

dos próximos meses, em geral

positivas em relação ao mes-

mo período do ano passado, e

garantir os resultados através

das ferramentas de proteção

de preço ou parcelar a venda

em lotes e fazer um bom preço

médio.

Figura 3.Margem do equivalente físico em relação ao preço pago pelo boi, em %.

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32 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

O Criador de Sucessodas ruas para os campos

InteRural Criador de Sucesso

Por GUStAVO riBEirO

O nosso Criador de Suces-so desta edição conta a história de um empresário que sempre viveu na cidade. Gilmar Gou-dard, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Se-nepol e proprietário da Estân-cia Goudard, levava uma vida totalmente urbana até se en-cantar pelo Senepol e pela sim-plicidade e harmonia da vida no campo.

Essa procura por um ho-bby, depois de se aposentar,

acabou se tornando um ne-

gócio prazeroso. Conheça um

pouco da história de Gilmar e da

grife Goud. Em pouco tempo de

estrada, a distância percorrida

na busca pelo Senepol de alto

valor genético vem apresen-

tando resultados fantásticos.

1 – Como foi o inicio de sua trajetória na pe-cuária e, claro, depois, especificamente no Sene-pol? Além desse trabalho você atua em algum outro setor?

Iniciei minha atividade na pecuária após ter ganhado de um amigo, diretor da AmBev, Eduar-do França, uma égua Mangalarga. Não tendo lu-gar para deixá-la, busquei, a priori, uma chácara. A busca resultou na aquisição de 111 ha em uma área próxima à Uberlândia. Como a área era rela-tivamente grande para apenas uma égua, decidi comprar mais alguns animais e, posteriormen-

te, comecei a criar gado da raça Brahman. Nesta oportunidade, conheci o amigo e criador Ricardo Carneiro, que me apresentou o Senepol,o que en-cantou, principalmente por suas característica apresentadas. Daí em diante, iniciei o investi-mento na raça e, hoje, posso declarar que meus negócios na pecuária estão essencialmente vol-tados para o Senepol PO (puro de origem). Além disso, mantenho meus cavalos, os quais viraram uma paixão em minha vida. Resumidamente, a criação de cavalo se tornou um hobby e a de Se-nepol um negócio que, no entanto, se apresenta cada dia mais como um “xodó”.

2 – Onde sua propriedade está localizada? Está localizada na região sul da cidade, no

campo alegre, chamada Estância Goudard. Estão me expulsando de lá, devido ao grande número de loteamentos e condomínios construídos, es-tou ficando rodeado. A outra, chamada Babilônia, se localiza no KM 32 da rodovia Uberlândia/Pra-ta.

3 – Como é a rotina na propriedade? quan-tos funcionários fazem parte da sua equipe? quais atividades são desenvolvidas na fazenda?

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33 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Na Estância Goudard, conto com quatro funcionários e nessa propriedade mantenho, basicamente, as éguas e garanhões Mangalar-ga, bem como as doadoras Senepol PO, trazendo, também, os (as) bezerros (as) Senepol pós-des-mama. Na Babilônia, a equipe é formada por três funcionários. Lá tenho “vacada” meio-sangue, que servem como receptoras, utilizando-as para meus acasalamentos e dispondo algumas dessas “barrigas de aluguel” para outros criadores Sene-pol.

4 – qual o foco da Estância Goudard? Atualmente, priorizamos a melhoria e dife-

renciação da genética do gado Senepol, buscando melhorias qualitativas à frente das quantitativas. Outro foco é manter os meus cavalos sempre prontos para uma bela cavalgada, ou ao menos ver os peões cavalgando.

5 – Por que você escolheu o Senepol? Foi influenciado por alguém? O que você busca na raça?

A raça Senepol foi indicada pelo sr. Celson Martins, mas efetivamente apresentada pelo Ri-cardo Carneiro, um grande criador e um dos pio-neiros da raça aqui no Triângulo Mineiro. Acredito que o Senepol, por suas características, fará toda a diferença na qualidade da carne na pecuária nacional. O Senepol é um taurino que acompanha a vacada a campo, o que é um grande diferencial, afinal, 95% da pecuária de corte ainda se utiliza da monta natural. Isso, sem dúvida alguma, faz com que o Senepol saia na frente das demais ra-ças taurinas que não se adaptam ao nosso clima tropical e nem acompanham a vaca a campo.

6 – Como é formado o seu plantel? Meu plantel atual é de aproximadamente

400 animais Senepol PO. A diversidade genética que tenho hoje é bem ampla e, nos últimos me-ses, tenho adquirido animais variados, me pro-porcionando uma flexibilização para o uso de grandes raçadores Senepol. Na Babilônia,tenho aproximadamente 500 cabeças de vacas meio--sangue para utilizar como receptoras.

7 – Como é feito o trabalho de reprodução na

fazenda? E como funciona a comercialização dos animais?

95% da reprodução na fazenda é realizada via transferência FIV (fertilização in vitro) ou TE (transferência de embrião). Utilizo, também, um pouco de IA (inseminação artificial) para em-prenhar as doadoras e muito pouco a monta na-tural. A comercialização ocorre 80% na fazenda, e o restante em leilões realizados por criadores amigos, em que sou convidado a participar. Na Estância Goudard, já realizamos dois leilões pre-senciais, em parceria com o Ricardo Carneiro, da Senepol Soledade, eventos que foram um suces-so total.

8 – Por que o Senepol é tido como a solução para a pecuária de corte do futuro? Você acredita nisso?

Com certeza, esse é o motivo de eu apostar no Senepol. As características da raça são excep-cionais: desmama de meio-sangue Senepol com aproximadamente 25% de incremento de peso; animal pronto para o abate em média com18 ar-robas entre os 21 e 23 meses, com um aprovei-

tamento de carcaça na ordem de 56%, contendo carne macia e pouca gordura entranhada; animal que padroniza a produção; mocha 95% de seus filhos; pelo fino; rusticidade; conversão alimentar fantástica; docilidade; super adaptado ao nos-so clima, entre outros. O que mais poderíamos esperar senão o sucesso da raça? O Senepol irá contribuir muito para a melhoria de nossa carne, em quantidade e, especialmente, em qualidade.

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34 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

9 – Nos últimos leilões de Senepol você vem investindo pesado. quais as metas da Es-tância Goudard para 2012/2013?

Como comentei anteriormente, tenho bus-cado uma genética de ponta e bem diversificada, perseguindo o que tem de melhor na maioria dos plantéis de Senepol no Brasil e no mundo. Busco, constantemente, a melhoria e a evolução na ge-nética Senepol para, como outros criadores de ponta, também fazer parte do time de elite, tor-nando-me um referencial de qualidade dentro da raça.

10 – Como você avalia a atual situação da pecuária de corte brasileira? O que pode melho-rar?

Para os criadores de corte convencionais, acho que está muito complicado, afinal a conta não fecha. É necessário buscar alternativas para a maior eficiência produtiva, o preço da arroba tem que melhorar, mas também temos que nos tornar mais eficientes, e é aí que entra a heterose, e o Senepol é uma alternativa que não pode ser descartada.

11 – Como presidente da Associação Bra-sileira dos Criadores de Bovinos Senepol (AB-CBSenepol), quais são os seus maiores desafios frente a associação? O que vem sendo feito?

Tenho desenvolvido dentro da associação, junto com nosso quadro de diretores, uma linha

de transparência na condução de processos, pre-ocupado com o intercâmbio entre os criadores, na tentativa de mostrar tanto no Brasil como no exterior o grande potencial brasileiro da raça Se-nepol. Hoje já temos o maior rebanho mundial da raça e ainda somos embrionários no paísl. Cres-cemos 40% ao ano, e isso nos motiva a trabalhar cada vez mais pela raça. Com o SRG (Serviço de Registro Genealógico), o manual do criador e o manual técnico revisado, atualizado e moderni-zado a credibilidade perante os atuais e possíveis criadores aumenta, reforçando o crescimento da raça. Acreditamos que nossa principal meta é au-mentar a união entre os criadores e dobrar o nú-mero de criadores e de animais. Ela poderá ser al-cançada com relativa facilidade se trabalharmos com empenho.

Nossa chapa foi uma coligação, tivemos um trabalho forte do nosso vice, sr. Jairo, com os criadores de São Paulo, nosso diretor de eventos sr. Guilherme, que atuou no Mato Grosso do Sul, aqui no Triângulo e Goiás. Tivemos grande apoio dos criadores locais, o que fez obtermos 100% de aprovação na urna. Isso nos traz muita responsa-bilidade na condução da associação.

12 – No dia 19 de setembro, você recebeu diversos criadores de Senepol na sua proprieda-de, para acompanharem a transmissão do Leilão Vitrine do Senepol. Como foi o evento? qual a importância dessa união entre os criadores para

InteRural Criador de Sucesso

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35 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

acompanhar o que acontece com a raça? A ideia é ter apoios múltiplos aos criadores

que organizam leilões virtuais. Fizemos o mes-mo no Camaru, com o Leilão Genética Nova Vida. Nos leilões do CP/Soledade nos reuníamos na Cachaçaria Água Doce. Sempre que nos for so-licitado o apoio logístico para melhor divulgação de qualquer evento Senepol, estaremos prontos para atender. O evento, além de tudo, se mostra como um momento de confraternização com os colegas criadores e pretendentes a entrar na raça. Acredito que a nossa contribuição acaba mar-cando presença forte no evento, proporcionando a possibilidade de ter amigos presentes lançando. Em geral, é um leilão virtual com o calor de um leilão presencial (risos). Nesse leilão também fo-mos vendedores de uma fêmea.

13 – O que mais o faz sentir realizado no seu trabalho?

Ver os bichinhos vermelhos na pastagem... (risos) um acasalamento feito que deu certo, presenciar animais diferenciados, entre outros. O grande diferencial prazeroso são as amizades. Os problemas chatos de resolver são as pequenas brigas que, vez ou outra, acontecem.

14 – Seu filho, apesar de jovem, já ingressou no agronegócio. Para você, qual é a importância da família para os negócios?

Meu filho Rafael está começando a pegar

gosto pelo negócio, nós não éramos do ramo,

nossa vida era 100% urbana, acho que ainda con-

tinua, mas aos poucos ele está encarando a pe-

cuária como negocio, mas o que realmente ele

gosta é do Senepol e de sua égua Nataly.

Meu filho Gustavo acaba de se formar em

Economia na UFU e está lutando para entrar no

mestrado, acho que ele é mais urbano e não vai

encarar a roça (risos), mas como o Senepol está

acontecendo e no futuro será um marco na pecu-

ária nacional, quem sabe...

Minha esposa Neiva não vende, não dá, não

empresta, ou seja, não tem negócio com nossa

sede na Estância, lá é ela quem manda, cuida de

tudo, e olha que

dá muito traba-

lho. Já me deu o

recado: se você

vender, eu não

assino. Então,

meu amigo, só

me resta obede-

cer (risos). Fize-

mos um teste no

Leilão Genética

e deixamos a

Neiva dar lance

numa doadora

Senepol de nos-

so interesse, só

não a podemos

se deixar acos-

tumar, ela tem

uma mãozinha

pesada demais

( risos). Se a fa-

mília não estiver

no negocio, ou

ela o apoia mui-

to no que você

está fazendo ou

as divergências

passam a ter um

peso no relacionamento muito grande. Ou estão

juntos ou o apoiam. Na minha visão, essa é a re-

gra maior.

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36 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Brahman

Por rOdriGO SiLVA

Um fato a se comemorar! A assinatura de um convênio entre a universidade federal do Panamá e o projeto Uberbrah-man na fazenda morro alto II, traz novas expectativas para a raça Brahman.

O encontro foi uma exten-são da 49º feira agropecuária – camaru 2012, que aconteceu no mês de agosto e setembro. Único evento realizado fora do parque de exposições do sin-dicato rural, o 7º encontro de criadores Uberbrahaman reu-niu pesquisadores, criadores e personalidades.

O momento condecorou uma parceria que nasceu do interesse pelo trabalho pionei-ro realizado na fazenda morro alto II. Integrantes de um co-

mitê científi-co puderam ver de perto os resultados apresentados pelo projeto U b e r b ra m a n no congresso mundial da raça, no Panamá. “Passamos a ter interesse pela genética brahman, e a fim de testar o melhoramento genéti-co, compramos algumas doses de sêmen para começarmos os testes em nosso País”, declarou o professor Carlos Moram da universidade do Panamá.

Esse foi o pontapé inicial para o convênio firmado entre o projeto e a universidade. “O ano passado nós assinamos um convênio com a universidade do semiárido, para contribuir com o fortalecimento da bovi-

nocultura no nordeste e essa

parceria com a universidade

do panamá, demonstra uma

aliança com a nossa região,

onde as pessoas interessadas

estão buscando animais de se-

leção e qualidade.

O sucesso do projeto

Uberbrahman se resume na

palavra investimento. São 12

meses de trabalho durante o

ano, muitas técnicas únicas e

inovadoras são colocadas em

prática durante as etapas reali-

zas nas avaliações dos animais.

Encontro de criadores UberBrahman foi uma das atrações do camaru 2012O evento foi marcado pela assinatura de um convênio com o Panamá

ALdO VALENtE Selecionador

UberBrahman“Esse parceria é

boa para ambos os lados, nos teremos a responsabilidade

de cada vez mais entregar melhores

resultados e eles vão levar a genéti-ca que esperam”.

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37 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Com Rodrigo Costa GomesZootecnista, mestrado e doutorado na área de nutrição animal e pós

doutorado na área de melhoramento animal.

Essa iniciativa é positiva, em dois aspectos; primeiro pelo melhoramento genético, es-tamos trazendo um resultado advindo de um processo ge-nético de seleção dos animais melhoradores de uma raça, que vai levar a maior produtividade na pecuária brasileira.

Segundo que o encontro de criadores leva a transferên-cia de tecnologia, tudo o que hoje é aplicado aqui dentro da Uberbrahman, tem a possi-bilidade de ser passado para outros colegas que se interes-sam pelos nossos resultados e o mercado esta se interes-sando em desenvolver provas selecionadoras semelhantes a nossa.

Da prova de resistência alimentar participaram 24 ani-mais oriundos de uma prova de ganho de peso a pasto, são

animais de elite e superior. Na prova de resistência alimentar os animais são colocados em confinamento, cada animal fica dentro de uma baia especifica e estando em confinamento conseguimos medir o quanto esse animal consome de ração, sabemos o quanto é fornecido ao animal e isso é comparado com a quantidade que sobra, diariamente e durante um período aproximado de 70 dias tudo isso é pesado.

Paralelo a isso fazemos a pesagem do animal a cada 14 dias para chegarmos ao ganho de peso dele, no final conseguimos ter o consumo de ali-mento médio e diário e onde chegamos no ganho de peso médio

diário. Através dessa relação en-

tre o consumo e o ganho, sa-bemos a eficiência alimentar do animal, que seria basica-mente o quanto o animal ga-nha comendo um 1 kg de ração. Quanto mais ele ganhar peso comendo um apenas 1 kg, mais eficiente ele é.

Interural pergunta:Esses animais vieram de uma prova de

ganho de peso a pasto e depois foram confina-dos em baias, como os animais reagem a essa inversão?

Aí entra algo muito interessante, o que torno um animal eficiente, são os vários pro-cessos biológicos que trabalham no corpo do animal e isso funciona tanto em confinamento tanto a pasto e o animal sendo mais eficiente no confinamento ele também e mais eficiente a pasto. Mesmo que os processos e a dieta sejam diferentes, os processos biológicos funcionam nessas duas situações.

Interural pergunta:Isso fornece ao criador uma possibilidade

de entender o tipo de animal que ele esta crian-do?

Sim, a seleção genética feita no Brasil ao longo de 30, 40 anos, sempre focou as ativi-

dades no ganho de peso, isso levou a animais bastantes produtivos. Mas ao mesmo tempo, essa seleção para ganho de peso criou animais que consomem muito alimento, de forma que alguns animais tem apresentado um consumo excessivo, perante o que ele ganha de peso. Os resultados observados foram animais menos eficientes, então esse tipo de processo feito aqui, hoje da ao criador a chance de se chegar a um animal que ganha peso consumindo me-nos, mais eficiente, o que gera um resultado po-sitivo na diminuição do custo de produção, só para se ter uma estimativa nossas pesquisas apontam que 70% do custo de produção de uma arroba de carcaça vem do alimento, então ten-do um animal que ganhe peso com menos ali-mento isso gera uma cadeia de sustentabilida-de econômica e ambiental, porque o animal que come menos precisa de menos área de pasta-gem, menos ração e produz menos gás, o que contribui para a diminuição do efeito estufa.

Entendendo a prova

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38 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Brahman

InteRural PerguntaQual a importância para o senhor, estar hoje

presente na assinatura desse projeto?

Para mim é muito importante sempre ter dado minha colaboração ao Aldo, podemos ver pelo comportamento dele, a lucidez, autenticida-de e pelos resultados apresentados em todos os trabalhos de seleção o quanto ele é importante e merece nosso apoio.

InteRural Pergunta

Qual a sua avaliação sobre esse convênio

firmado?

As parcerias que conquistamos na vida com

pessoas sérias, honradas e justas, são de grande

valor. Que essa parceria seja vitoriosa, pois toda

raça que se cria tem seus momentos de grande

euforia e preocupação, todos os criadores devem

saber suportar os momentos de preocupação.

A PGP (prova de ganho de peso) a pasto, combinada com avaliação de eficiência alimentar em confinamento conta com a parceria da ABCZ (Associação Brasileira de Cria-dores de Zebu), ACBB (Associa-ção de Criadores de Brahman do Brasil) e AMB (Associação Mineira do Brahman), além de entidades educacionais como a UFERSA (Universidade Federal Rural do Semi Árido), que está realizando inúmeros testes de ambiência e adaptabilidade nos animais.

Para o professor Carlos Moran, os resultados obtidos pelo projeto Uberbrahman, fo-ram decisivos para a parceria feita. “A seleção do gado é mui-to importante para nós, o sê-men e os embriões disponíveis

no mercado não possuem essa seleção, vista no Uberbrahman. Essa parceria vai ser positiva nosso País. No Panamá, não tínhamos essa cultura de se-lecionamento genético, agora com esse convênio vamos uti-lizar os mesmos protocolos de seleção”, afirma o acadêmico.

Uma parceria solida, feita através de um trabalho sério, selecionado, testando e provando a mais de 8 anos. “Temos um time dedicado, são cerca de 30 especialistas e desde 2010 estamos comer-cializando sêmen com o pa-namá, eles procuram cada vez mais estreitar os laços com a Uberbrahman, isso se deve aos resultados obtidos através da nossa seleção”.

Paulo Ferola Ex-prefeito de Uberlândia

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InteRural Gir Leiteiro

assoCiação bRasileiRa dos CRiadoRes de giR leiteiRoAv. Edilson Lamartine Mendes, 215 Parque das Américas - Uberaba/MG (34)3331-8400 | [email protected] www.girleiteiro.org.br

PATROCíNIO

Bela Vista de Goiás realiza 3ª exposição ranqueadaDaniel Silvano faturou o torneio leiteiro e o grande campeonato de fêmeas do julgamento em pista

FONtE: rOSiMAr SiLVA

Portal do Gir, adaptado pela

interural

A 3ª exposição ranquea-

da de Gir Leiteiro de Bela Vista,

aconteceu do dia 22 a 28 de se-

tembro e levou para a pista 130

animais, sendo 23 machos e 107

fêmeas de muita qualidade. A

feira sediou também um dispu-

tado torneio leiteiro, que contou

com 10 vacas de cinco criado-

res. O jurado encarregado de

avaliar os animais em pista foi

André Rabelo Fernandes.

tOrNEiO LEitEirO

A Grande Campeã do tor-

neio leiteiro foi a vaca Cristal

Dsil (Teatro da Silvania X Itaca

da Olhos d`Água), com produ-

ção média de 45,313 quilos de

leite em três dias de torneio. A

reservada campeã também foi

ROSIMAR SILVA - ARqUIVO GIRBRASL

A Grande Campeã do torneio leiteiro foi

a vaca CriStAL dSiL (Teatro da

Silvania X Itaca da Olhos D`Água), com produção média de 45,313 KG/diA.

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InteRural Gir Leiteiro

a campeã na categoria Vaca Jovem, Elika Fiv Acalanto (Ja-guar Te do Gavião X Solução da Cal – 8.248 kg), que produziu a média de 34,007 kg e pertence ao criador Pedro Otoniel, do Gir Transol, de Bela Vista de Goiás.

Fantasia Fiv Dsil (Jaguar Te do Gavião X Gaveta TB – 7.276 kg) foi a campeã na categoria Fêmea Jovem com produção média de 33,647 quilos de leite e pertence também ao criador bela-vistense Daniel Silvano, da Fazenda Santo Antônio.

PiStANa pista quem faturou fo-

ram os criadores Daniel Silvano e Leo Machado. Daniel levou o título de Grande Campeã com a doadora Escreta Fiv Dsil (Enle-vo da Silvânia X Opalina – 5.820 kg), vaca em parceria com o criador Uberlandense, José Na-ves de Ávila Neto. Léo Macha-do, da Fazenda Mutum, faturou mais um Grande Campeonato de machos, com o touro Incisivo Fiv F. Mutum (Fardo Fiv Mutum X Recetada TE da Cal – 5.359 kg).

3ª EXPOSiçÃO rEGiONAL dO Gir LEitEirO dE BELA ViStA dO GOiAS

Expositor Pontos

Leo Machado 700

Daniel Antonio Silvano 683

Pedro Otoniel de Magalhães 504

Criador Pontos

Daniel Antonio Silvano 1.172

Leo Machado 789

Bruno Anderson Tannous Pires 418

Daniel Silvano (à esquerda) recebe do criador Valdevi Gui-marães o prêmio de melhor criador de Bela Vista

Pedro Otoniel e Clélia, do Gir Transol, faturam a premiação de reservada campeã do torneio leiteiro de Bela

Vista em 2012

João Veloso Filho, da Embriotec, rece-be premiação de melhor expositor

ROSIMAR SILVA - ARqUIVO GIRBRASL

ROSIMAR SILVA - ARqUIVO GIRBRASL

ROSIMAR SILVA - ARqUIVO GIRBRASL

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InteRural Girolando

assoCiação bRasileiRa dos CRiadoRes de giRolandoRua Orlando Vieira do Nascimento, 74 Vila São Cristovão - Uberaba-MG Fone: (34) 3331-6000 - [email protected]

PATROCíNIO

Maranhão adota o PMGG para melhorar produção leiteira

A Associação Brasilei-ra de Criadores de Girolando e o Instituto de Agronegócios do Maranhão (Inagro) assina-ram no dia 21 de setembro um termo de cooperação técnica para implementar o Programa de Melhoramento Genético do Girolando (PMGG) no estado. O documento foi assinado pelo vice-presidente da Girolando, Fernando Brasileiro, e pelo pre-sidente do Inagro José Ataíde. O coordenador Operacional do PMGG, Marcello Cembranelli, e diversas autoridades mara-nhenses também participaram da solenidade.

O acordo prevê a distri-buição de sêmen de touros do Teste de Progênie de Girolando para propriedades cadastradas como Rebanho Colaborador. “O Maranhão é o terceiro estado

a receber o PMGG e foi escolhido por ter boas condições para a cria-ção deste tipo de gado. Para o estado, além de aumentar a qualidade do rebanho, poderemos garantir a melhoria das condições sanitárias do plantel maranhense, uma vez que exigimos que os criadores inte-ressados tenham seu gado com vacinação em dia”, comentou o pre-sidente do Inagro, José Ataíde. O Maranhão tem

um rebanho de 200 mil cabe-ças.

Para o presidente da Fede-ração das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, o PMGG é importante iniciativa para ga-rantir condições de desenvol-vimento da indústria de bene-ficiamento de leite e de lácteos. “Precisamos aumentar esta produção para garantir que a indústria de beneficiamento de leite tenha condições de conti-nuar crescendo e este progra-ma poderá garantir o aumento da produção e melhorias dos indicadores de produtividade no estado”, disse Baldez.

Hoje o Maranhão tem 21 estabelecimentos autorizados a fabricar produtos a partir do leite de gado, como iogurte e

queijo. Há cinco anos eram ape-nas seis plantas industriais au-torizadas a trabalhar com leite e derivados.

Serão beneficiados cria-dores das bacias leiteiras do Médio Mearim, de Bacabal, das regiões Tocantina, dos Cocais, do Alpargatas (Dom Pedro, Pre-sidente Dutra e Tuntum).

“Fizemos três cursos de capacitação para inseminação artificial em parceria com o Fa-ema/Senar para preparar pro-fissionais nas bacias leiteiras que já foram mapeadas para fazer a reprodução assistida com sêmen de bois com teste progênie”, explicou o presiden-te do Inagro.

A iniciativa conta com parceria da Federação das In-dústrias do Estado do Mara-nhão (Fiema), da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão (Faema), do Servi-ço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Serviço nacional de Aprendi-zagem Rural (Senar),Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do estado do maranhão (Fun-depec), Embrapa Cocais, Uema, Associação dos Criadores do Estado do Maranhão (Ascem) e das Secretarias de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) e de Desenvolvi-mento Social e Agricultura Fa-miliar (Sedes).

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Girolando participa da XViii Semana de Estudos em Medicina Veterinária

representantes da Associação da raça holandesa visitam a Girolando

FONtE: ASSESSOriA dE iMPrENSA ASSOCiAçÃO BrASiLEirA dOS CriAdOrES dE GirOLANdO

O superintendente téc-nico da Girolando, Leandro de Carvalho Paiva, participou no dia 23 de setembro da 18ª edi-ção da Semana de Estudos em Medicina Veterinária (SEMEV), evento promovido pela Unesp de Araçatuba-SP. A SEMEV é uma semana de estudos inse-rida no calendário escolar, que possui como principal finalida-de proporcionar aos alunos de graduação e de pós-graduação, a atualização e a reciclagem profissional, através de pales-tras e mini-cursos sobre temas de essencial importância nas

áreas de Ciências Agrárias.Nesta edição, a Girolando

marcou presença com a pales-

tra proferida pelo superinten-dente técnico Leandro Paiva com o tema “O Exemplo de Su-cesso do Programa de Melho-

ramento Genético da Raça Gi-rolando”. Após a apresentação os participantes visitaram a fazenda Nossa Senhora Apa-recida, de propriedade do cria-dor e associado da Girolando em Araçatuba, Antônio Moacir Rossi, para conhecer um pou-co mais sobre a raça e sobre o trabalho de cruzamentos para produção de animais ½ Ho-landês + ½ Gir que a fazenda realiza. O evento contou com a coordenação do professor da Unesp, José Fernando Garcia, que ressaltou a importância do gado Girolando para a pecuária leiteira nacional. Em 2011, Gar-cia foi um dos palestrantes no 1º Congresso Brasileiro da Raça Girolando, realizado em Araxá--MG.

Representantes da Asso-

ciação Brasileira de Criadores

de Bovinos da Raça Holandesa

visitaram ontem (20/09) a sede

da Girolando. O superintenden-

te Técnico, Pedro Ribas, e o ge-

rente de Informática, Altamir

Marques, foram recebidos

pelo diretor da Girolando

Milton Magalhães. Du-

rante o encontro foram

definidas ações para

estreitar o relacio-

namento entre as

duas associações,

principalmente em

relação aos depar-

tamentos Técnico e de

Tecnologia da Informação.

Também participaram da

reunião o superintenden-

te Técnico da Girolando,

Leandro Paiva, o superin-

tendente Geral, Hilton Lacerda,

e o responsável pelo setor de

Tecnologia da Informação Luiz

Fernando Moura.

Representantes da Associação da Raça Holandesa visitam a Girolando

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InteRural Girolando

A sexta edição da Feira Internacional da Cadeia Pro-dutiva do Leite (Feileite) deve reunir, entre os dias 19 e 23 de novembro, dois mil animais de várias raças, e um público de 20 mil pessoas. Além de boa opor-tunidade de negócios, o evento também é uma oportunidade de acompanhar as tendências do mercado e o desenvolvi-mento da genética dos animais.

Mais uma vez, a Feilei-te contará com a participação expressiva da raça Girolando. Nesta edição, serão disponibi-lizadas 500 vagas, 100 a mais que no ano passado. Na pis-ta, a expectativa é de que 470 animais disputem os grandes campeonatos da XIX Exposi-ção Interestadual de Girolando. Fábio Nogueira Fogaça é o jura-

do que comandará os trabalhos, juntamente com os jurados au-xiliares Samuel Silva Bastos e Marcelli Antenor de Oliveira. Os julgamentos acontecerão nos dias 20 e 21 de novembro, du-rante todo o dia. Podem partici-par animais Girolando ½, ¾ e ⅝ ou PS, conforme o Regulamen-to Oficial da Associação.

A raça Girolando ainda terá Torneio Leiteiro Oficial. Se-rão disponibilizadas 30 vagas. Poderão participar da competi-ção vacas e novilhas dos graus de sangue ¼, ½, ¾ e ⅝ ou PS. Serão premiadas as primeiras colocadas de cada categoria (Novilha e Vaca), em cada grau de sangue, além da Campeã e Reservada Campeã Geral na categoria Novilha e na catego-ria Vaca. As disputas do Torneio

começam às 14h do dia 19 de

novembro e vão até às 14h do

dia 22 de novembro.

As inscrições para o pre-

enchimento das 500 vagas

disponíveis para julgamento

e para torneio leiteiro foram

abertas no dia 1 de outubro, e

vão até o dia 5 de novembro,

porém, caso as vagas sejam

preenchidas antes dessa data,

as inscrições serão encerradas.

A novidade da Girolando

na Feileite será a realização da

Jornada Técnica, abrindo a pro-

gramação da raça na feira. As

aulas acontecerão nos dias 18

e 19 de novembro. O objetivo é

capacitar criadores, estudantes

e profissionais do setor pecuá-

rio para a seleção da raça.

Girolando terá participação expressiva na Feileite 2012500 vagas foram disponibilizadas para os eventos relacionados à raça

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Agropecuaria Gaucha

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Agropecuaria Gaucha

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InteRural Capa

Fazendas Uberaba

Grupo forte e família unida:resultados comprovados.

Eurípedes josé da SilvaDiretor do Grupo Uberaba

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Por rEdAçÃO

Dentre os oito setores da economia o agronegócio foi o se-tor que teve a maior taxa de cres-cimento no PIB (Produto Interno Bruto), avançando 4,9% em rela-ção ao primeiro trimestre do ano. Só no mês de julho foram criados 23.951 empregos no segmento.

A contribuição da agrope-cuária para a formação do Brasil vai além dos números favoráveis nas exportações, na balança co-mercial e geração de empregos. O segmento foi uma das primeiras atividades econômicas a serem exploradas no Brasil e é uma grande formadora de opinião, cultura, crenças e mitos, o que lhe faz ter um papel fundamental no

desenvolvimento sociocultural brasileiro.

A Fazenda Uberaba dirigida pelo cativante Sr. Eurípedes José da Silva é um modelo de agro-pecuária que vem se moderni-zando, tanto em infraestrutura quanto em mão de obra.

POrtEirA A dENtrOA Fazenda Uberaba possui

unidades localizadas em Parao-peba (MG) e Corinto (MG) - a 120 e 230km de Belo Horizonte, res-pectivamente -, é uma referência do agronegócio na região.

A propriedade é um colos-so em meio ao cerrado da região central de Minas Gerais, com uma sede imponente e cercada de muito verde e jardins bem pla-

nejados, além de pomar, represa com criação de tilápias, baias separadas para os bezerros, la-vouras irrigadas, galpões para guardar o maquinário e espaços adequados para armazenamen-to de silagem e grãos.

Em busca de produzir ani-mais superiores, o processo de seleção da Fazenda Uberaba utiliza modernas técnicas de bio-tecnologia na reprodução. Todo esse trabalho é acompanhado e assessorado por profissionais, e por isso seguem um rigoroso pa-drão de sanidade.

A multiplicação do gado de elite é feita através do processo de FIV (fertilização in vitro). No gado de produção, é feita IA (inse-minação artificial). Na fazenda de

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58 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Corinto, onde fica o rebanho com

3.500 animais de corte (recria

e engorda) é empregada a IATF

(inseminação artificial por tempo

fixo), utilizando o sêmen de tou-

ros da central na raça Nelore PO.

A propriedade em Paraope-

ba conta com aproximadamente

40 colaboradores e mantém cin-

co fontes de renda: leite, lavoura,

silagem, genética e corte.

LEitE dE qUALidAdE

O leite de qualidade foi a

renda primeira da atividade na

fazenda. Há o controle de sanida-

de, de gordura, proteína e sólidos

para dar suporte à produção forte

das fêmeas Gir PO e Girolando,

através de ordenha mecânica.

Animais rigorosamente sele-

cionados, produtivos, rústicos,

longevos e dóceis. Futuramente,

o objetivo da Fazenda Uberaba é

produzir 15 mil litros de leite/dia

com vacas Girolando ½ sangue e

¾, além de vacas Gir PO.

AGriCULtUrA

A lavoura é irrigada com

dois pivôs centrais, com 85 hec-

tares cada, que são utilizados

para o plantio de milho, soja e

grãos. A colheita é feita de duas a

três vezes por ano.

Com a safra é fabricada a

silagem e grãos que servem de

trato para os animais e também

é revendida para diversos pe-

cuaristas do Brasil. A colheita da

soja tem a finalidade de fazer a

rotação de cultura para melhorar

a qualidade do solo. Além disso, a

soja vive um momento histórico,

pois a crescente demanda pelo

produto no mercado interno e

externo amplia as opções de co-

mercialização da safra produzida

na fazenda.

A novidade da fazenda

Uberaba é o cultivo do ‘Feno Tif-

ton 85’ produzido em uma área

irrigada de 25 HA próprio para

à matéria seca composto cinco

doses de nitrogênio e alto teor de

proteína bruta do capim Tifton

85. “A aquisição da moderna for-

rageira otimizou a produção em

Bezerras Girolando criadas a pasto.

Silagem de milho

Eurípedes e sua neta na lavoura de milho

InteRural Capa

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59 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

larga escala e a comercialização no próximo ano.”, afirma Leonar-do Malaquias, gerente e respon-sável pela administração geral da Fazenda Uberaba, em Paraopeba.

GENétiCAO trabalho com genética é

uma das mais novas fontes de renda da propriedade. A Fazenda Uberaba busca continuamente selecionar animais Gir Leiteiro PO e Girolando, com duas fina-lidades: uma delas é produzir animais com muita rusticida-de, capazes de resistir às altas temperaturas, a endo e ectopa-rasitas, a diferentes topografias, animais eficientes na conversão de alimento em leite, com úberes bem encaixados para suportar a lactação, vacas com vigor, lon-gevas e férteis; A outra é demo-cratizar essa genética altamente eficiente com pecuaristas de todo o país, através da venda de tourinhos, novilhas, matrizes e embriões, seja na fazenda, seja nos diversos leilões que o grupo

promove e participa. Dessa for-ma, a Fazenda Uberaba aumenta sua lucratividade e contribui para o crescimento da pecuária e para o aumento na produção de ali-mentos, que é um dos desafios do Brasil para os próximos anos.

Ainda assim, a Uberaba vem priorizando a sua reprodu-ção de animais Girolando ½ san-gue, produzidos com fêmeas Gir Leiteiro e Holandês de genealogia e lactação comprovadas, acasa-ladas com os melhores touros da atualidade. Citemos, como exemplo, Sansão, Teatro, Vaido-

so, Jaguar, Radar, Meteoro, Gabi-nete entre outros...

CArNENão muito distante de Para-

opeba, em Corinto funciona a ou-tra unidade da Fazenda, na qual é trabalhado um plantel diferen-ciado, com fêmeas para reprodu-ção da raça Nelore.

De acordo com José Maria, gerente e responsável pela ad-ministração geral da Fazenda Uberaba, em Corinto, “há 30 anos o rebanho vem sendo seleciona-do visando à produção de carne, com animais cada vez mais pre-

Nome: Anusha Fiv HraLactação ajustada à idade adulta: 9.088kg(C.A Sansão x Rumba TE 4.285kg de Leite)Destaque absoluto! Simples-mente a Bi-Grande Campeã da raça e Bi-Melhor Úbere Jovem na Superagro BH/2012 e Superleite Pompéu 2012.Está com a primeira lactação aberta e produção acumulada de 5.752kg em 235 dias, com média diária de 24,5kg e pico de 29kg em duas ordenhas.

Pivô com capacidade de irrigar área de 85 ha

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60 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Capa

coces. Hoje, o plantel é formado

por 1.600 matrizes, 1.500 bezer-

ros, 50 touros registrados e 350

novilhas de reposição, totalizan-

do um rebanho de aproxima-

damente 3.500 reses Nelore PO.

Parte desses animais (fêmeas)

é descartada e repassada para a

Fazenda de Paraopeba, onde são

utilizadas como receptoras das

prenhezes do gado de elite”.

O trabalho de reprodução

nesta fazenda é 100% IATF (In-

seminação Artificial em Tempo

Fixo) utilizado pelos touros da

central. “É o que nos garante uma

qualidade de bezerros superiores

e com alcance de 240 kg para os

machos e 225 kg para as fême-

as entre o 7º e 8º mês de idade.

Colocando-nos na vanguarda da

pecuária de cria”, acrescenta José

Maria.

Após a apartação das reses,

as melhores fêmeas ficam na fa-

zenda de Corinto para recria. Os

bezerros machos seguem para

Paraopeba e são confinados.

Posteriormente, quando atingem

a idade de 24 meses, com 19 ar-

robas em média, o procedimen-

to termina e são levados para

o Frigorífico de Belo Horizonte.

São abatidos e distribuídos para

a ‘rede Uberaba’. O rendimento é

satisfatório com 58% para cada carcaça e com uma espessura

de 5 a 7 milímetros de gordura.A engorda desse rebanho

é feita em pastos planos e com dimensão total de 1.700 hectares dividida em piquetes de 30 hec-tares cada. Na fase final de en-gorda são confinados para atin-gir o peso de 19 arrobas com 24 meses de idade. “Esse conjunto de processos é o que se torna um diferencial no mercado brasileiro, por ser considerado um gado de alta qualidade e bem procurado pelo mercado de carne em frigo-ríficos”, declara José Maria.

trOPA dE ELitEO time de pista da Fazenda

Uberaba, que também compõe o grupo de doadoras, é formado por 60 animais Gir Leiteiro PO de elite. Animais recordistas de valorização, produção e campe-ões das principais exposições do país, de genética de consagrados criatórios das principais famílias da raça, como: Profana, Nefrita, Dengosa, Efalc, Restinga, Luziada, Heureca, Virna, entre tantas ou-tras mães com lactações acima de 10.000 kg de leite. Na linha alta, os líderes do sumário Embrapa/ABCGil.

O Girolando é a raça brasi-leira mais eficiente para a produ-ção de leite a pasto em qualquer parte dos trópicos. Assim como

Hoje, o plantel é formado por

1.600 matrizes, 1.500 bezerros, 50 touros registrados

e 350 novilhas de reposição,

totalizando um rebanho de

aproximadamente 3.500 reses

NELOrE PO.

Rebanho Nelore PO a pasto na Fazenda Uberaba de Corinto, MG

Pista de trato da fazenda Uberaba de Paraopeba, MG

José Maria e Thaisa Silva (administradora das Faz. Uberaba)

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61 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

o Nelore é imbatível na produção

de carne nas condições climáti-

cas, geográficas e econômicas do

Brasil.

O plantel Girolando da Fa-

zenda Uberaba é a junção do

melhor Holandês com o melhor

do Gir Leiteiro, resultando em

animais altamente produtivos e

prontos para serem multiplica-

dos e revolucionar a pecuária lei-

teira. Hoje o rebanho é composto

por 80 doadoras de alto valor ge-

nético e 1.500 bezerras Girolando

¼ e ¾. Uma das estrelas da se-

leção é a recordista nacional de

valorização Girolando, no grau

de sangue ¼: Castanhola MAMJ,

doadora com filhos em centrais e

filhas ⅝, todas com lactação aci-

ma de 9.000kg de leite. E não para

por aqui: no rebanho da fazenda

Uberaba você encontra Patati-

va Markowicz, Grande Campeã

e Melhor Úbere Adulto Nacional

2007. Além delas, vemos Júlia Te-

atro FiV Pedra, BB Milk Nuggeet

Jaguar, Betânia Engenho da Rai-

nha, Amêndoa Sambo Vila Rica,

entre várias outras campeãs de

pista e de produção.

MEtA:SUStENtABiLidAdE

A meta da Fazenda Ube-

raba para os próximos anos é

aumentar a produção de leite do

gado Gir e Girolando de elite. Para

isso, vem investindo em genéti-

ca de ponta e em acasalamentos

direcionados dentro do próprio

rebanho. Para tanto, oferece aos

seus funcionários cursos e novas

técnicas de manejo e nutrição,

que se mostram eficazes no au-

mento da produtividade.

O aumento na produção

de leite só se dá com o aumento

na produção de alimento para o

gado. Já esperando isso, a fazen-

Nome: Halba da CabanhaReservada Grande Campeã da Expoagro 2012.Doadora em condomínio com Paulo Ricardo Maximiano.

Nome: Castanhola Herdeiro MAMJ(Herdeiro de BrasíliaXBandeija Bela Vista)

Recordista nacional de valorização Girolando ¼.

1ª Lactação: 9,614kg Oficial.2ª Lactação: 10.031,34kg em 219 dias com média de

45,80kg/dia e pico de 64,40kg Oficial.

Doadora em condomínio com a Tropical Genética.

O plantel Girolando da Fazenda Uberaba

é a junção do melhor Holandês com o MELhOr

do Gir Leiteiro, resultando em

animais altamente produtivos e

prontos para serem multiplicados e revolucionar a

pecuária leiteira. Hoje o rebanho é composto por 80

dOAdOrAS de alto valor

genético e 1.500 BEzErrAS

Girolando ¼ e ¾.Maria de Loudes apresentando um animal no leilão Divas do Girolando

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62 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Capa

da construiu duas estruturas,

com capacidade para armaze-

nar, cada uma, 1.420 toneladas de

grãos. “Tudo isso num ambiente

limpo e com pré-secador. O que

poderá suprir a demanda interna

da fazenda e atender o mercado

externo”, pondera Thaisa Silva,

advogada e administradora das

Fazendas Uberaba.

Com o gado de corte na pro-

priedade de Corinto, “A meta é

aumentar a produção de bezer-

ros, manter a qualidade da carne

e diminuir o tempo de engorda

para o abate e assim garantir a

venda do seu produto com me-

lhor renumeração.” (José Maria).

A FAMíLiA UBErABA

Nos diversos leilões

de Girolando e Gir Leiteiro que

acontecem por todo o Brasil, não

é raro encontrar a família Ube-

raba junta, unida, participando e

se relacionando com os amigos

e, consequentemente, com o

mercado. É bonito de se ver. O pa-

triarca, Sr. Eurípedes, não escon-

de a felicidade. “A minha família

realmente participa na empresa.

A minha esposa que me acom-

panha, apóia e auxilia em todas

as metas. E os filhos. Adriana é

diretora e administradora da rede

Uberaba com 30 lojas, um Frigo-

rífico e 5 supermercados. Thaisa,

advogada e que tomou frente das

questões administrativas e fi-

nanceiras das Fazendas. Marcelo,

atual Prefeito de Paraopeba/MG

e também meu assessor. Viviane

e Érica são médicas.”

Família Uberaba

Marcelo e Eurípedes. Tradição passada de pai para filho.

InteRural Capa

Outra meta é manter a qualidade do gado de elite da Fazenda

Uberaba, que é reconhecida como o

celeiro das campeãs, além de promover dois ou três leilões por ano e participar de outros,

organizados pelos nossos amigos que

também democratizam genética.

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63 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Eurípedes acrescenta que, além da família, o que mais o faz realizado em seu trabalho e o motiva a continuar na luta é tra-balhar com o que gosta. “Eu gosto de todas as atividades dos meus negócios, trabalho com prazer. Tenho uma equipe que me apoia com dedicação e carinho. É uma imensa satisfação de que tudo que mais desejei, com esforço e dedicação, está se consolidando, porque sabemos que nada vem facilmente.”, conclui o Diretor do Grupo Uberaba.

trABALhO NO CAMi-NhO CErtO

A Fazenda Uberaba já colhe os louros do seu rigoroso trabalho de seleção e melhoramento ge-nético do Girolando e Gir Leiteiro. No mês de setembro, durante a 49º Exposição Agropecuária de Uberlândia - Camaru 2012, uma excepcional matriz de proprieda-de da Fazenda Uberaba em con-domínio com Geraldo Marques, da Estância Bom Retiro, sagrou--se campeã do torneio leiteiro. A

novilha Girolando ½ sangue, BB

Milk Emerson Nugget Jaguar FIV

produziu a média diária de 76,160

kg, ultrapassando em 1,53% o

antigo recorde da categoria, re-

gistrado no Camaru. Com isso, os

proprietários da novilha levaram

para casa uma pick-up Peugeot

Hoggar, 0Km.

O trabalho da Fazenda

Uberaba é executado de manei-

ra séria, profissional, dedicada e

valorizando sempre seus par-

ceiros. Com essa receita o grupo

vem consolidando seu espaço na

pecuária nacional. A cada expo-

sição, leilão e eventos do agro-

negócio fica mais evidenciado a

qualidade dos animais que car-

regam a genética Uberaba. É a

certeza de que a seleção está no

caminho certo.

tel.: (31) 3454-7999tel.: (31) 9745-6429

e-mail:[email protected] Eurípedes e o sócio Geraldo Marques com a doadora BB Milk Emerson Nugget

Jaguar FIV, campeã do torneio leiteiro do Camaru 2012

Leopoldo, Eurípedes, Gabriel Vila Verde e José Naves Neto. que turma!

Família Uberaba na Megaleite 2012

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Por: ALiNE FErNANdES - GE-rENtE dE COMUNiCAçÃO ABCN – Adaptado pela interu-ral

A MAiOr FEirA dE NE-LOrE dO PLANEtA

A 41º Exposição Interna-cional do Nelore aconteceu de 13 a 23 de setembro, no Parque Fernando Costa, em Uberaba – MG e superou todas as ex-pectativas dos organizadores, com destaque para o recorde de 1.085 animais em pista, de aproximada-mente 100 exposito-res.

Quem levou o Grande Campeonato Macho foi NASiK FiV dA PErBONi e a Gran-de campeã fêmea foi a riMA FiV ELLArA, o título de Reservado Grande Campeão ficou com ESPArtAGO FiV FNt e a BrAVESh FiV AGrO jB foi a reservada grande Campeã. A Rima Agropecuária fez dobradinha de melhor cria-

InteRural Nelore

Expoinel2012

Uma história com mais de quarenta anos de sucesso!

dor e expositor na categoria Nelore Padrão.

O Título do Grande Cam-peonato Macho - Mocho fi-cou com o GABAritO FiV dA MAPA e o Reservado Grande Campeão foi o FriCASSE MA-

ChAdiNhO. O título do grande campeonato fêmea - Mocho ficou com a elegante ArAtA-

CA FiV ANGiCO e a reservada grande campeã foi a charmosa PEdritA dA FSPEdrO. O gran-de dia terminou com mais uma dobradinha na categoria Nelore Mocho com Sr. Udelson Nunes Franco, da Fazenda Angico le-

vando o título de me-lhor criador e exposi-tor da Expoinel 2012.

Segundo An-dre Locatelli, gerente executivo da Asso-ciação dos Criadores de Nelore do Brasil, o sucesso e o recor-de dos animais em pista foi resultado de um trabalho de toda a equipe que coorde-

na o ranking “houve uma dedicação muito grande da equipe técnica, coordenado pelo Marcos Pertegato, que fez

Banda Militar na Abertura da Expoinel

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65 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

um trabalho muito importante de captação com os criadores e tratadores e felizmente conse-guimos superar a nossa meta e contamos com o apoio dos cria-dores de nelore mocho, que foi muito importante”.

Desde o ano passado, a exposição passou a ser ain-da mais decisiva na disputa dos campeonatos nacionais e estaduais, isso porque para o Ranking Nacional a Expoinel é de participação obrigatória, mas foi a partir do ano-calen-dário 2010-2011 que o resultado alcançado na Expoinel Inter-nacional passou a poder ser considerado também na dis-puta dos Rankings Regionais – o que significa que a pontu-ação alcançada no evento pode substituir um dos resultados alcançados dentro da região de

disputa. Os Grandes Campeões nacionais e estaduais da raça trouxeram muitas alegrias e emoções a todos os presentes com muitas lágrimas de feli-cidades. Resultados dos julga-mentos e grandes campeões em blogdonelore.org.br.

Volume de negócios na Expoinel 2012 cresce 15%

Sem considerar o tradi-cional Leilão Mata Velha, que excepcionalmente não foi rea-lizado nesta edição da Expoinel, o faturamento dos leilões reali-zados na exposição, apresenta-ram crescimento acima de 15% em relação à edição anterior.

Esta edição também foi marcada pela posse da nova diretoria da Nelore Brasil, que aconteceu na cerimônia de abertura do evento, no dia 15 de setembro. Felipe Picciani en-

Pista de Julgamento Expoinel 2012

Alberto e Beto Mendes - Fazenda do Sabiá

Crianças se divertem com teatro

Espaço do Chefe Paulo, o mais concorrido da Expoinel 2012. Uma delícia de churrasco sem fumaça.

José Augusto da Silva Barros e Rodrigo Lopes Cançado

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InteRural Nelore

tregou oficialmente a presidên-cia para Pedro Gustavo de Brito Novis, que ressaltou: “imple-mentaremos novos projetos e iniciativas visando trazer mais benefícios e defender os inte-resses dos Neloristas de todo o país, desde o selecionador de genética, até o produtor de boi gordo para o abate.”

2º MOStrA CiENtíFiCA EXPOiNEL

Realizada pela Universi-dade do Boi e da Carne, a Mos-tra Científica Expoinel busca reunir trabalhos de renomados pesquisadores e de estudantes de ciências agrárias, em temas como genética, nutrição, re-produção, manejo e bem estar animal, qualidade da carne, sustentabilidade, e outros as-suntos de interesse para o se-tor. O objetivo da Mostra é a in-teração entre o setor produtivo e o meio científico, estimulando a adoção de tecnologia e a apli-cação do conhecimento na ati-vidade pecuária nacional.

Além da apresentação dos trabalhos científicos, foram promovidas também palestras técnicas visando a difusão do conhecimento e de tecnologias para a produção pecuária.

Neste ano quase 200 alu-nos de diversas universida-des estiveram no parque de exposições Fernando Costa e participaram do Tour Técnico Expoinel os estudantes visita-ram cinco estações onde foram abordados temas da pecuária de corte. Durante a tarde assis-tiram palestras que trouxeram temas sobre novas tecnologias que podem auxiliar o produtor na evolução dos seus índices zootécnicos.

Felipe Picciani, Eduardo Biagi, Pedro Gustavo de Britto Novis e Gabriel Garcia Cid

Jurados e assessores da Expoinel 2012

Beto Mendes e João Maurício Dantas Leite

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PrOjEtO NELOrE SOLi-dáriO

Há 5 anos, a ACNB, em parceria com o Grupo Marfrig, e com o apoio do Museu do Zebu, promove o Projeto Nelore Soli-dário – uma iniciativa de cunho social que entrega anualmente uma tonelada de carne bovina para entidades beneficentes de Uberaba. É uma das princi-pais ações de responsabilidade social da Expoinel e já soma a doação de cinco toneladas de carne bovina, que beneficiaram centenas de crianças, adoles-centes, idosos, deficientes fí-sicos e dependentes químicos. Nos últimos cinco anos mais de 7.500 pessoas já foram bene-ficiadas pelo programa e mais de 10 entidades são atendidas

anualmente; 2012 é o sexto ano do Projeto e uma tonelada de carnes foram doadas.

PrOjEtO SAÚdE BrASiLO Projeto organizado pela

ACNB com o apoio do Museu do Zebu e Grupo Marfrig, tem por objetivo apresentar a cadeia produtiva da carne aos alunos do ensino infantil e fundamen-tal, preparando assim os cida-dãos e consumidores do futuro. Os participantes assistiram a uma peça de teatro, que virou um jeito gostoso e divertido de conhecer a carne. O conteúdo da apresentação teatral faz re-ferência à alimentação e saúde dos animais, à importância da inspeção sanitária nos aba-tedouros e pontos-de-venda,

além de técnicas de reprodu-ção, noções de conservação do meio ambiente e responsabi-lidade social, a importância de se preservar a natureza, pro-duzindo carne de uma maneira sustentável.

Após a peça, todos rece-beram um delicioso espetinho de carne Nelore Natural, e fa-zem um passeio pelos pavi-lhões dos animais na exposi-ção. Nos últimos dez anos mais de 26 mil alunos participaram do Projeto Saúde Brasil e este ano realizamos a 13 ª edição, com mais de 1500 alunos par-ticipantes.

A Nelore do Brasil agra-dece especialmente nossos criadores que fizeram a maior exposição de Nelore do Brasil.

Patrícia Franco Maria Cristina Bertelli

Expoinel 2012

Tour Técnico da Mostra CientíficaLeilão inédito de Cavalos! Nelore com muita raça

Cassiano Terra Simão da Cass Nelore recebendo premiação

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InteRural Nelore

Assessora de imprensa: ALiNE FErNANdES – ACNB

jornalista responsável: GUStAVO riBEirO

PErGUNtAS:1 – Conte um pouco da sua

história na pecuária. Sua ori-gem e como iniciou seu traba-lho com a seleção de Nelore.

A pecuária faz parte da minha história de vida, pois desde que nasci passei todas as minhas férias na fazenda do meu avô sr. Renato Novis no Recôncavo Baiano, BA. No início da década de 90 (1993) os negócios da família chegaram em São Paulo com a compra da Fazenda Guadalupe. Desde 2002 acompanho os negócios da família e foi a partir de 2009 que passei a atuar como res-ponsável pelos investimentos agropecuários da família, após 18 anos de atuação no mercado financeiro.

Participei da Diretoria da ACNB na gestão Felipe Picciani e participo da Diretoria da As-sociação Paulista dos Criadores de Nelore (APCN), na gestão Evaldo Rino Ribeiro.

2 – Como você avalia a atual situação da pecuária de corte brasileira? O que precisa melhorar?

Acredito que as perspec-tivas para a pecuária brasileira, para a raça Nelore e consequen-temente para a ACNB, são prós-peras. A população mundial cresce e precisa ser alimenta-da. Segundo Organização as Nações Unidas para a Agricul-tura e Alimentação (FAO), nas próximas décadas o Brasil será uma das nações responsáveis para atender a crescente de-manda global por alimentos, principalmente o complexo das carnes. A agropecuária brasi-leira continua se posicionando como uma das grandes “fábri-cas” de alimentos para o mun-do. O Brasil tem terra disponí-vel, condições naturais ótimas, material genético de qualidade, tecnologia disponível e apti-dão para a produção animal e vegetal. Com tudo isso o país é capaz de ser eficiente, susten-tável e competitivo em termos de mercado. Nós produtores, temos que fazer a nossa parte, mas entendemos que os desa-fios devem ser compartilhados entre produtores, governo e so-ciedade. Há pontos em que cabe a nós cobrarmos a participação e os investimentos públicos, e pontos em que o setor precisa se mobilizar e implementar o seu plano de ação. Não tenho dúvidas de que o agronegócio

se manterá na condição de um dos principais carros chefes do país. No entanto, não pode-mos esquecer da dificuldade de acesso ao crédito, gargalos de infraestrutura que trazem prejuízos imensuráveis para a agropecuária brasileira, além da falta de organização da re-lação dos produtores com os frigoríficos e vice-versa, que ainda evolui a passos lentos.

3 – Quantos associados possuem hoje a ACNB? E quan-tos animais registrados?

A ACNB possui cerca de 2.500 associados. A entidade não faz o Registro Genealógi-co da Raça. Ela é uma entida-de promocional que tem por objetivo reunir os criadores, defender seus interesses, pro-mover e fomentar a raça. O Re-gistro Genealógico é delegado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento à ABCZ – Associação Brasileira dos Criadores de Zebu.

4 – Quais são os maiores desafios da sua gestão frente à Associação dos Criadores de Nelore do Brasil?

Como fiz parte da Dire-toria anterior da ACNB estou alinhado com o trabalho que vem sendo realizado e preten-

Entrevista com: Pedro Gustavo de Britto Novis Presidenteda ACNB

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69 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

do dar continuidade a todas as iniciativas que a Associação já desenvolve, visando consolidar e ampliar ainda mais projetos como o Programa de Qualidade Nelore Natural e desenvolver melhores relações com enti-dades sejam elas públicas ou privadas.

Em paralelo, vou procurar ouvir as demandas dos nossos associados, representados pe-las Associações Regionais do Nelore conveniadas à ACNB, para implementar novos pro-jetos e novos serviços. Estarei empenhado principalmente em destacar a importância e os benefícios que se pode obter com o uso de genética Nelore PO selecionada.

5 – Em sua opinião quais as maiores conquistas da ACNB em seus 58 anos de fundação?

É muito difícil relacionar aqui as maiores conquistas ou contribuições da entidade para o setor. São mais de 58 anos de um trabalho sério e consisten-te. Ao longo destes anos tive-mos momentos distintos e di-versas medidas, cada uma em seu tempo, tiveram grande im-portância. Sem dúvida a cria-ção do ranking , na gestão do Duda Biagi, em 1993, foi muito importante para a Associação. A criação do Programa de Qua-lidade Nelore Natural também é de grande relevância para a

evolução da pecuária brasileira.

6 – Há uma crescente demanda internacional por material genético de Nelore brasileiro, seja por: sêmen, ani-mais vivos ou embriões. Como aproveitar esse pujante merca-do sem ficar preso à burocracia governamental? Existe algum programa de incentivo à ex-portação?

De fato, temos identificado bastante demanda pela genéti-ca Nelore brasileira e acredita-mos haver aí um grande poten-cial de mercado. Basta apurar o número de visitantes do exte-rior que participam das expo-sições realizadas em Uberaba, por exemplo. A maioria dos

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países da América do Sul já uti-liza material genético do zebu brasileiro. Países da América Central também têm demons-trado interesse, e esta pode ser a porta de entrada da genética brasileira para outros países do mundo. A ACNB participa do projeto Brazilian Cattle Gene-tics, promovido pela ABCZ com o apoio da APEX, que tem feito um trabalho muito importante de divulgação e prospecção de negócios no exterior. Sabemos que há entraves burocráticos e descasamento entre os pro-tocolos sanitários do Brasil e de alguns países potenciais importadores. O Brazilian Cat-tle tem procurado identificar estes entraves e implementar gestões afim de que os mes-mos sejam resolvidos, para que possamos nos beneficiar plenamente deste potencial de mercado.

7 – Como a ACNB pode ajudar os pecuaristas a dribla-rem o momento difícil na con-juntura econômica mundial para que a atividade permane-ça rentável?

Comentamos nas ques-tões anteriores que, mesmo com as intempéries que atin-gem a economia mundial, acre-ditamos que o cenário para

o agronegócio brasileiro seja positivo. É fato que a atividade pecuária se tornou uma ativi-dade empresarial, sendo assim, precisa de gestões eficientes com resultados. Neste senti-do, através de projetos como o Programa de Qualidade Nelore Natural, o Circuito Boi Verde de Julgamentos de Carcaças e a Universidade do Boi e da Carne, a ACNB tem procurado orientar e valorizar as iniciativas bem sucedidas, utilizando-as como exemplo para outros produ-tores. Atualmente, a entida-de tem a representatividade, tanto do elo produtor, como do elo consumidor de genética, e sendo assim, tem condições de desenvolver um trabalho ex-tremamente consistente, con-tribuindo efetivamente para a melhoria da atividade pecuária nacional.

8 – Na sua gestão como ficará os programas ligados a raça, como: PQNN (Programa de Qualidade Nelore Natural), Circuito Boi Verde de Julga-mento de Carcaças, Univer-sidade do Boi e da Carne, o Programa de Melhoramento Genético da raça Nelore entre outros?

A intenção é dar conti-nuidade a estes projetos, am-

pliando-os e consolidando-os, conforme mencionado ante-riormente. Através destas ini-ciativas temos ampliado muito a participação na ACNB de pro-dutores de animais comerciais para o abate. Considero isso muito importante e pretendo continuar caminhando neste sentido.

9 – Há uma nova tendên-cia praticada por importantes selecionadores do mercado de elite, que é a venda de touri-nhos e matrizes para rebanhos comerciais. Qual a importância desse novo movimento? É um sinal de que a genética de ponta está sendo democratizada?

Acredito que, mais do que uma tendência dos selecio-nadores, isso é reflexo de uma evolução de mercado. Os pro-dutores de bezerros e os produ-tores que praticam o ciclo com-pleto na atividade já têm em mente, e “na ponta do lápis”, as vantagens de se utilizar gené-tica selecionada. Desta forma, a demanda por reprodutores PO selecionados, com algum tipo de prova ou estimativa de desempenho de seus descen-dentes, tem se ampliado muito. Este processo de disseminação de genética superior é a base para a pecuária de corte mo-derna, produtiva e sustentável.

Felipe Picciani, Eduardo Biagi, Pedro Gustavo Novis e Gabriel Garcis Cid

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AF_21x28.indd 1 10/08/2012 20:01:16

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InteRural Senepol

1º dia de Campo da raça Senepol aborda mercado e seleçãoThell de Castro – Assessoria CRV Lagoa adaptada pela InteRural

Na primeira edição do Dia de Campo da Raça Senepol do Centro de Performance CRV Lagoa, diversos especialistas analisaram as tendências do mercado e aspectos relaciona-dos à seleção genética para um público de 110 participantes. O evento foi realizado no dia 15 de setembro, no Confinamen-to Savegnago, em Sertãozinho (SP).

No ciclo de palestras, o primeiro tema abordado foi “Mercado”, durante a palestra

ministrada por Cristiano Leal, gerente de produto Corte Tau-rinos da Central. Robison Car-reira, responsável técnico pelo Centro de Performance CRV Lagoa, falou sobe o trabalho do CP CRV Lagoa, com destaque para o Grow Safe, sistema que permite a mensuração da efici-ência alimentar.

A Médica veterinária do criatório Soledade Senepol, de Uberlândia (MG), Ana Rita apresentou conceitos relativos à seleção de fêmeas e repro-

dução. Já o tema “Pecuária de

Resultado” foi discutido em

palestra por Ricardo Carneiro,

proprietário da Soledade. Em

seguida, foi promovida uma

apresentação de animais da

raça.

Durante o evento, foram

sorteadas 40 doses de sêmen,

sendo 20 do touro Gypsy FIV,

cujo premiado foi Vinícius Au-

gusto Jacomini, e 20 do touro

Poroho, que foram para Jocomo

E. A. da Silva. O Dia de Campo foi

encerrado com uma confrater-

nização entre os participantes.

Os apoiadores do Dia de

Campo foram os criatórios So-

ledade Senepol e Tufubarina

Senepol, enquanto os parceiros

foram Confinamento Savegna-

go, Associação Brasileira dos

Criadores de Bovinos Senepol,

Fri-Ribe, Coimma, Siltomac,

Tru-Test, Ourofino, Riviera,

Oxen, Coan Consultoria, Aval e

WA.

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73 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

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74 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Feileite 2012

InteRural Simental

Por CONtAtOCOM - adaptado pela equipe interural

A qualidade do Simental de dupla aptidão no Brasil ex-perimenta um grande salto ge-nético nos últimos anos. Essa evolução na herança biológica e produtiva será apresentada durante a Feileite 2012 - Feira Internacional da Cadeia Produ-tiva do Leite, realizada no Cen-tro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), nos dias 19 a 23/11. O melhor dos exempla-res top premium dos principais selecionadores do Brasil, estará

na pista de julgamento, no tor-neio leiteiro e no leilão da raça.

Investimentos recentes em controle leiteiro oficial das vacas e em sistemas métricos de informações, para inclusão da capacidade de produção de leite no Programa de Melhora-mento Genético, que a Asso-ciação desenvolve, respondem pelo rápido crescimento do plantel da raça no País. “Te-mos vários exemplos de vacas adultas produzindo acima de 50 quilos de leite/dia e foi assim que chegamos a criar novilhas produzindo até 45 litros de leite

na primeira cria”, lembra Alan Fraga, presidente da Associa-ção Brasileira dos Criadores das Raças Simental e Simbrasil - ABCRSS. “Primeiro fizemos grandes matrizes e agora es-tamos fazendo grandes touros para a pecuária leiteira e com o diferencial de também serem ótimos na produção de carne. Nossos animais além de produ-zir muito leite, obrigatoriamen-te, são positivos para a produ-ção de carne.

Para este ano, a ABCRSS prevê a inscrição de 80 animais da mais alta qualidade gené-

Maior exposição nacional indoor do setor lácteo apresenta a evolução biogenética atual de exemplares top premium da raça Simental

Simental brasileiro mostra potencial

genético durante a

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75 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

tica. Além dos excelentes re-sultados alcançados no torneio leiteiro e na pista de julgamen-to, os criadores de Simental de dupla aptidão (carne e leite) de-verão computar bons negócios e o interesse de muitos pecu-aristas pela raça. “Ainda esta-mos definindo os juízes que irão fazer a pista. Como em 2011, acontecerá a final do Ranking Nacional do Torneio Leiteiro da Raça Simental - após as etapas de Itapetinga/SP, Uberara/MG e Castro/PR – e vamos trazer a nata do leite para cá”.

A Feileite é de extrema importância para a raça Simen-tal, pois representa uma gran-de vitrine onde é possível de-monstrar todas as qualidades e características de uma raça de dupla aptidão (carne e lei-te), fazer excelentes negócios e despertar o interesse de pecu-aristas de todo o país pela raça. Vale ressaltar a participação da raça em um valioso evento que ocorre durante a Feileite: o Concurso de Sólidos promovi-

do pela DPA – Dairy Partners Americas, e trata-se de uma iniciativa criada para mostrar a grande importância que os só-lidos têm para a cadeia láctea.

A raça Simental sempre se destaca neste concurso pelo alto índice de sólidos em seu leite. “Nosso leite apresenta 20% a mais de sólidos (gordu-ra) em relação ao produzido por outras raças leiteiras, o que significa maior valorização do produto no laticínio, que chega a pagar 20% a mais pelo litro”,

frisa Fraga.Nas competições da As-

sociação Brasileira de Produ-tores de Leite (ABPL), onde um ranking é elaborado a partir da medição da qualidade do leite produzido por vacas de diver-sas raças, o Simental tem figu-rado nas primeiras posições. Com o Brasil se consolidando como exportador de produtos lácteos é importante enfatizar que o leite com maior teor de sólidos torna o país mais com-petitivo.

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76 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Simental

Associação do Simental e Simbrasil vai certificar marcas de carne e lançará selo de qualidadeProposta é que pecuaristas e frigoríficos tenham liberdade de oferecer marcas próprias enquanto a entidade estabelece critérios para garantir origem e produto final

Por CONtAtOCOM

Até o final de 2012, a Asso-ciação Brasileira dos Criadores das Raças Simental e Simbrasil (ABCRSS) deve concluir estu-do inédito que permite à enti-dade realizar a certificação de marcas de carne produzidas a partir de animais com sangue Simental. A ABCRSS pretende lançar um selo de qualidade para atestar a origem e o pro-duto final que será fornecido ao consumidor. A intenção é fomentar a iniciativa de produ-tores e frigoríficos na criação de marcas de carne preservando a identidade do Simental e Sim-brasil.

Projeto piloto encomen-dado pela ABCRSS à Beef & Veal Consultoria (Botucatu/SP) foi concluído na segun-da quinzena de agosto com a apresentação de resultados e degustação da carne. Coorde-nado pelo consultor Roberto Barcellos foram avaliadas 35 novilhas Simbrasil de 20 meses com 16 arrobas e rendimento de carcaça de 52%. O abate foi pro-gramado no Frigol, em Lençois Paulista (SP) tendo a engorda dos animais ocorrida no Sitio Serra D’água (Botucatu/SP). O produto final está sendo testa-do por consumidores da cidade em parceria com a boutique Confraria da Carne.

Segundo o presidente da ABCRSS, Alan Fraga, a entidade está estruturada para realizar o processo de certificação, e de-verá, agora, definir os padrões para o uso da marca Simental nos projetos de produção e co-mercialização de carne pre-mium. O programa das raças Simental e Simbrasil será de âmbito nacional.

“A experiência que fize-mos deu um sinal de como a ABCRSS deve se posicionar no mercado. A ideia é fomentar as iniciativas privadas e regionais – formando mini-clusters, ten-do a associação a responsabili-dade de credenciar, certificar e qualificar o produto para o con-sumidor. E temos projeto não apenas para a carne, mas para o leite e subprodutos oriundos de animais Simental”.

Segundo Barcellos o vo-lume de animais envolvidos no projeto, durante este início será

apenas por iniciativas pon-tuais, conforme o andamento das pesquisas. Ele acredita que o projeto tem “um enorme po-tencial e deve ser definido com machos castrados e fêmeas jo-vens com terminação em con-finamento, e presença mínima de 50% de sangue Simental ou superior como é o caso do Sim-brasil”.

A ABCRSS está em fase de negociações com Roberto Bar-cellos para estabelecer o pro-cesso da certificação e do lan-çamento do selo de qualidade. A entidade estuda também como será o protocolo de produção e a auditoria de fazenda. Em prin-cípio a proposta é que a Beef & Veal Consultoria acompanhe a rotina antes e após a porteira e as etapas de recepção de ani-mais, frigorifico, abate, lacração de carcaças, quarteio, desossa, embalagem, expedição e ponto de venda.

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77 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

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78 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Por KAriNA MAMEdE

Com a intenção de manter o seguimento genético de um animal de qualidade, a In Vitro Brasil realizou a clona-gem do cavalo manga-larga Turbante JO. Após contar com a experiên-cia e os resultados posi-tivos com a transferên-cia nuclear de bovinos, a empresa apresentou, no dia 10 de setembro, o nascimento do primeiro clone de equino no país.

A técnica de transferência

nuclear tem um potencial eleva-

do, por manter no mercado ani-

mais com características mar-cantes da raça e resistentes ao

meio externo, ou seja, exemplares de alto va-lor genético. Pensando assim, surge uma nova biotecnologia com o nascimento do clone Turbante TN, que via-bilizará para o Brasil um segmento merca-dológico inovador.

A clonagem de equinos, no Brasil, ini-cia-se já com um po-tencial de crescimento

significativo, uma vez que o in-

equino clonado no BrasilUm marco científico para o país, que viabiliza aos criadores resgatar uma genética que estaria inviável

FOTOS LARISSA SANTOS

InteRural Equinos

assoCiação dos CRiadoRes de Cavalos do CamaRuAv. Juracy Junqueira Rezende 100Bairro: Pampulha CEP: 38408-656

PATROCíNIO

turbante jO, o primeiro equino clonado no Brasil

in vitRo bRasil

Conhecido como pai da raça Mangalarga, o garanhão Turbante JO in vitRo bRasil

“Se estivessem vivos, avô e neta

teriam 24 anos de diferença, enquanto

o Turbante TN é apenas 24 horas

mais velho que sua neta” Grupo In Vitro

Brasil.

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79 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

teresse em realizar tal procedi-mento ocorre devido ao tempo que um garanhão ou uma égua gastam para se comprovar bons reprodutores. Quando o animal tem um número consistente de filhos, muitas vezes já está mui-to velho e até impossibilitado de se reproduzir. Em alguns casos se tornaram grandes campeões quando já tinham sido castra-dos. Contudo, nota-se que a clo-nagem de cavalos permite que estes animais possam voltar a contribuir geneticamente para a raça.

A In Vitro Brasil foi procura-da há um ano pelo neto do sr. José Oswaldo Junqueira, que contava com o material genético arma-zenado do Turbante JO. Assim, investidores do setor, acreditan-do no potencial de um cavalo que foi muitas vezes campeão, con-trataram a empresa para realizar a clonagem do animal.

Avaliado em US$1 milhão, o garanhão Turbante JO nasceu em 23 de dezembro de 1969, na fazenda Santa Amélia, de José Oswaldo Junqueira, na cidade

de São José do Rio Pardo (SP), e

morreu em 1998. O animal teve

seu material genético guarda-

do por 15 anos e, desde então, é

considerado grande exemplar da

raça.

Turbante possuía caracte-

rísticas bem definidas, teve sua

progênie marcada com o selo

racial, foi por várias vezes cam-

peão em todo o Brasil e produziu

mais de 200 descendentes pre-

miados. O animal é conhecido

como o pai da raça Mangalarga e

possui a inscrição no livro “Guin-

ness” como o garanhão do sécu-

lo, com 1.678 filhos registrados.

Por ser complexo, o pro-

cesso de clonagem envolveu

mais de 15 veterinários especia-

listas da área na In Vitro Brasil.

Eles trabalharam juntos tanto na

clonagem do Turbante JO como

na de sua neta Cascata JO, que

nasceu 24 horas após o primeiro

clone, nomeada Cascata TN. Cascata JO, neta de Turbante JO

Clone Cascata TN, o segundo clone de equino no país

Clone Turbante TN in vitRo bRasil

in vitRo bRasil

in vitRo bRasil

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80 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

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82 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

FONtE: rAqUEL MAriA CUry rOdriGUES (FArMPOiNt)

De janeiro a agosto desse ano, o Brasil importou do Uru-guai 2.977 toneladas de carne ovina, crescimento de 33,84% quando comparado ao mesmo período de 2011. Os cortes que o Brasil prioritariamente impor-tou são peças não desossadas congeladas e carnes desossa-das congeladas. Além delas, houve um quantidade signi-ficativa de carcaças e meias carcaças frescas, refrigeradas e congeladas. No total, em agos-to, o Brasil importou 413,4 tone-ladas (Gráfico 1).

De acordo com o Inac (Instituto Nacional de Carnes do Uruguai), no período de 01 de janeiro a 08 de setembro de 2012, as exportações totais de carne ovina expressa em peso com osso do Uruguai foram de 9.424 toneladas, 8,4% a mais do que no mesmo período do ano anterior, quando foram expor-tadas 8.691 toneladas. Os prin-cipais mercados foram, em or-dem de importância, Mercosul, União Europeia (UE) e China, concentrando 69% do total.

O número de cabeças abatidas nos estabelecimen-tos habilitados a nível nacional foi de 506.803 com as ovelhas

representando 23% do total, os capões 12% do total e os cordei-ros, 59% do total.

Devido a retenção de ma-trizes e o consumo crescen-te de carne ovina não só nas churrascarias como também nos supermercados, as expor-tações ao Brasil aumentaram esse ano.

De acordo com a Emater/RS, embora o inverno tenha sido rigoroso, foi baixa a mor-talidade dos animais. Portanto, deverá haver boa oferta no final deste ano. O índice de natalida-de do rebanho ovino também foi alto e houve baixa morta-lidade de cordeiros nascidos.

InteRural Ovino

Aumenta a demanda por carne ovina no BrasilCom a falta de ofertada país importa 33,8% a mais de carne ovina uruguaia em comparação com 2011

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83 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

O estado corporal dos ovinos debilitados ao longo do inver-no está em recuperação, pois

o campo nativo reiniciou a bro-tação e as pastagens cultiva-das aprestam boa produção de

massa verde, propiciando boas condições de engorda e desen-volvimento dos cordeiros.

Em agosto, o quilo da peça

não desossada congelada cus-

tou US$ FOB 6,38 e o quilo da

carne desossada congelada

US$ FOB 8,29. A média de pre-

ços das peças não desossadas

no período de janeiro a agosto

desse ano foi de US$ FOB 5,47

e das carnes desossadas foi de

US$ FOB 8,44 (Gráfico 2).

Em 2011, a média de preço

por quilo das peças não desos-

sadas congeladas fechou em

US$ FOB 6,70 e das carnes de-

sossadas congeladas em US$

FOB 8,41, o que demonstra pou-

ca variação de preço compara-

do aos valores desse ano.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

Meses

ton.

de

carn

e ov

ina

urug

uaia

impo

rtad

a

600

500

400

300

200

100

0

Gráfico 1 - quantidade de carne ovina importada do Uruguai de janeiro a agosto de 2012 (Dados MDIC, elaboração FarmPoint).

Gráfico 2 - Valores por kg das peças não desossadas congeladas e das carnes desossadas congeladas de janeiro a agosto de 2012 (Dados MDIC, elaboração FarmPoint).

10

9

8

7

6

5

4

3

8,949,38

6,84

8,648,27

8,748,45

8,29

6,01

4,36 4,28

6,12

5,3 5,88

6,38

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

5,41Valo

r (U

S$ F

OB

)

Peça não desossadas e congeladas Carnes desossada congeladas

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84 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Ovino

Em valores totais (não

apenas para o Brasil), as ex-

portações de carne ovina uru-

guaia no período (01 de janeiro

a 08 de setembro de 2012) fo-

ram de US$ 40,004 milhões,

6,6% a menos que no mesmo

período do ano anterior, quan-

do foram exportados US$

42,846 milhões. O valor gerado pelos países que formam a UE, o Mercosul, junto com a Jordâ-nia, representa 74% do total ex-portado em dólares.

ArGENtiNA E ChiLEA Argentina exportou

para o Brasil de janeiro a agosto 190 toneladas de carne ovina, crescimento de 102,88% com-parado ao ano passado e o Chile exportou 114 toneladas, queda de 57,21% comparado ao ano passado.

O principal exportador de carne ovina para o Brasil é o Uruguai, porém, desde 2011, o Brasil retomou as importações argentinas e chilenas buscan-do suprir a demanda constante pelo produto.

Elaboração FarmPoint com dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e INAC (Instituto Nacional de Carnes do Uruguai).

Paleta de Cordeiro

rAqUEL MAriA CUry rOdriGUES

Page 83: Interural 57

85 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

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86 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural PET

Por KARINA MAMEdE

Há tempos o cachorro é conhecido como o melhor amigo do homem, e a relação de afetividade é ainda maior quando se trata da afinidade com as crianças. Esses bichi-nhos são grandes companhei-ros da garotada, e um detalhe que muitos desconhecem é que os cães podem cooperar, e muito, no desenvolvi-mento dos pequenos.

Algumas pes-quisas apontam que a convivência com animais de estima-ção, principalmente com os cães, pode melhorar a qualidade de vida. Os cachorros ajudam a evitar o es-tresse, melhoram a autoestima e aumen-tam a empatia.

O cão de estimação re-quer alguns cuidados que as crianças lhes podem assistir. Auxiliadas pelos pais, elas de-senvolvem maior autonomia para lidar com situações com-plicadas, e isso aumenta a res-ponsabilidade. No contato com

animais, os jovens aprendem a observar mais as coisas ao seu redor, além de crescer o sentimento de solidariedade, o carinho e, principalmente, a sensibilidade. Para a psicóloga da enfermaria da ala pediátrica do Hospital de Clínicas da Uni-versidade Federal de Uberlân-dia, Natália Oliveira, esse con-tato é muito enriquecedor. “O cachorro ajuda no desenvolvi-

mento da criança na parte psi-comotora, cognitiva e até mes-mo social. Auxilia a melhorar a relação com outros animais e com as pessoas ao seu redor, principalmente com a família”, acrescenta.

A idade ideal para ganhar

um cachorro é a partir dos qua-tro anos, por ser o momento em que as crianças substi-tuem os objetos inanimados por animais de estimação, ou seja, quando estão começando a ter mais sensibilidade. Esse convívio ensina os jovens a ver que suas atitudes acarretam reações, sejam elas positivas - com representações de carinho -, ou negativas, quando irrita-

dos ou maltratados. É importante ressaltar ainda que algumas pesquisas apontam o benefício aos recém--nascidos, que ao conviver com esses bichinhos, adquirem um reforço para o sis-tema imunológico.

Um dos bene-fícios que também ajuda no desenvolvi-mento dos jovens é

lidar com a dor e a perda, uma vez que a criança tem uma sensação de alegria quando ganha o animal, aprende a cui-dar, acompanha o crescimento dos bichinhos e se entristecem quando eles morrem. Com isso, exercita na garotada o limite de

O benefício da relação entre

crianças e cachorrosAdultos que conviveram com animais

de estimação na infância possuem um sistema imunológico reforçado

rENAtAVArALtA

MédicaVeterinária

“Já foi comprovado cientificamente

que recém nasci-dos que convivem

com animais de estimação, têm o seu sistema

imunológico refor-çado, portanto não

há o que temer!”

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87 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

sofrimento e a necessidade de preservar a vida.

O amor existente entre homens e animais foi por mui-tas vezes retratado na ficção, nos filmes que demonstram o carinho e afeto entres ambos. Dirigido por Rod Daniel, em 1989, “K-9, um policial bom pra cachorro” descreve a história do policial Michael Dooley (Ja-mes Beluchi) que precisa de ajuda para capturar um narco-traficante e, para isso, ganha de um conhecido o Jerry Lee, um pastor alemão que vai ajudá-lo, mas só trabalha quando quer, apesar disso, o cão acaba por mudar a vida do detetive.

Como Jerry Lee, outros cachorros agradaram as pes-soas e conquistaram a telinha. A comédia “Beethoven”, de Brian Levant, de 1992, retrata a família Newton, que ao depa-rar com um pequeno São Ber-nardo decide adotá-lo até que o verdadeiro dono apareça (e dão ao cão o nome de Beetho-ven). A partir desse instante, eles vivenciam muitas alegrias e confusões, e o espírito de le-aldade nasce quando um vete-rinário pretende utilizar o cão para uma experiência. O re-sultado do filme foi tão positivo que acarretou uma série de ou-tros, utilizando o mesmo ani-mal. “Sempre ao seu lado” re-trata a história de um professor universitário, Parker Wilson (Richard Gere), que encontrou na estação de trem um filhote da raça Akita, de nome Hachi, escrito na coleira. Ele leva o ca-chorro para casa, mesmo sa-bendo que a sua esposa não iria gostar, e assim o cão acompa-nha Parker, diariamente, até a estação, retornando no horário da volta do novo dono, até que

Um animal inteligente, obediente e que desempenha uma vocação para o trabalho, o seu temperamento é confiante, amigo e afável.

O Labrador é um cão com-panheiro, caçador, guia de de-ficientes e o mais indicado para cão terapia, além de ser educa-do, brincalhão e amigo.

Embora conhecido como cão de guarda, ele é amigável com pessoas estranhas, possui um senso agudo de território, mas a ausência de agressivida-de provem do seu equilíbrio. É corajoso, determinado, sociável e protetor.

Animal desta raça é dócil e sensível, pode ser considerado teimoso, mas não agressivo e se ensinado com delicadeza e persuasão, aprende e executa o que sabe. Fiel ao dono e com um forte instinto protetor de crianças.

O cachorro Sheepdog é conhecido pela sua inteligência, agitação, fácil adestramento e obediência. Um ótimo com-panheiro para as crianças, das quais se torna grande amigo.

Além de ser uma compa-nhia agradável, ele demons-tra coragem e equilíbrio. O cão desta raça é confiável, gentil e afetuoso.

golden retriever

boiadeiro bernes

collie depelo comprido

sheepdog

bulldog

labrador

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88 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

algo inesperado acontece. Dentre os supracitados,

outros filmes com cães também ganharam grande destaque, como: “Marley e Eu”, “Bolt, su-percão”, “RinTinTin”, “Um hotel bom pra cachorro”, “Confusões para cachorro”, “101 Dálmatas”, “A Dama e o Vagabundo”, “Sol-tando os cachorros”, “Todos os cães do Natal”, “Procura-se um amor que goste de cachorros”, “Neve pra cachorro”, “Spot - um cão da pesada”.

CUidAdOS ESSENCiAiS COM O CÃOziNhO

Ter um cachorro em casa envolve prazer e alegria, mas traz algumas responsabilida-des, para que ele se mantenha saudável e feliz. Para a veteri-nária Renata Varalta, do Brinca-lhão Pet Center, quando ganhar um cão ainda filhote, dedique muita atenção e carinho ao animal, para que ele se acos-tume com a família, pois “nada melhor do que viver em um lar rodeado de amor e afeto. Ter seus direitos assegurados de uma vida digna e, além de tudo, poder cultivar uma linda histó-ria de amizade e exercitar seu amor incondicional”, ressalta.

A primeira atividade a ser desenvolvida é pensar num nome para o cãozinho, o qual será para sempre utilizado. Ou-tro detalhe importante é elogiar quando o animal fizer suas ne-cessidades no local certo, mas repreendê-lo se perceber que está fazendo em um lugar ina-propriado, para que o animal possa entender o ambiente adequado para isso.

Em seguida, é importan-te que o cachorro seja levado a um veterinário para avaliar suas condições de saúde, iniciar

Conhecido com o cão in-cansável, o Fox Paulistinha é ativo, alerta, esperto e inteli-gente. Embora apresentar certa desconfiança com estranhos, é muito gentil com os amigos.

Afetuoso e leal, o Poodle é também, muito ativo, equilibra-do e inteligente. É um cachorro ágil e bastante criativo.

É um cão alegre, com-panheiro, afetuoso, atrevido e confiante. Ele se adapta bem a locais menores, desde que saia para passear com frequência, embora ser de pequeno porte, ele é corajoso e muito alerta.

Um animal que adora brin-cadeiras é alegre e muito ativo, mesmo que não pareça ele pode se tornar um excelente cão de guarda.

Com o temperamento for-te e sagaz, ele é amável e dócil, além de muito alegre. Ele preci-sa de forte educação enquanto pequeno cedo, mas se adapta a diversas condições.

Este animal possui cer-ta teimosia, e precisa de muito controle, mas graças a sua na-tureza afetiva ele é brincalhão, feliz e ativo, considerado como uma maravilhosa companhia.

fox paulistinha

poodle toy

shih tzu

west highland white terrier

bichon frise

beagle

InteRural PET

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89 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Com uma audição sensível e um latido agudo, ele é um ex-celente cão de alerta. É um ani-mal inteligente, forte, afetuoso e carinhoso com as crianças.

São cães muito admirá-veis, ativos, enérgicos e equili-brados. Todos os tipos de Sch-nauzer são cães excelentes, mas o miniatura é o mais popu-lar entre os demais.

Possui uma natureza enérgica, e por isso é um pouco turbulento, mas é trabalhador, brincalhão, corajoso, disciplina-do, afetuoso, leal e adora a com-panhia das crianças.

a vermifugação e outros pro-cedimentos. Um dos métodos indispensáveis para o bem--estar do cão é a vacinação. Ela deve ser realizada pelo médico veterinário, que vai verificar se, além das vacinas de praxe, será necessário ministrar ou-tras medicações. Depois disso, ele disponibilizará a carteiri-nha comprovando que o animal está protegido. Outro detalhe a ser ressaltado é que o bichinho só pode ter contato com outros animais após o esquema de imunização.

A vermifugação do cão tem inicio quando o filhote pos-sui duas semanas de vida, e vai até os seis meses. A partir daí, as medicações são apenas para evitar doenças e contami-nações. Durante a vida do ca-chorro, ele pode ser acometido por parasitas que se alojam no interior do organismo, conhe-cidos como endoparasitas, e os ectoparasitas como as pulgas, carrapatos e piolhos. Por isso, é importante que animal seja sempre acompanhado por um médico veterinário, para todo o controle parasitário.

Os banhos dos bichinhos devem ser feitos nos locais especializados, em interva-los semanais, quinzenais ou, no máximo, mensais. Se optar por realizá-los em casa, o pro-duto utilizado precisaser es-pecífico para cães, e o correto é que ele aconteça no período

mais quente do dia e com água mor-

na. Aconselha--se que a hi-g i e n i z a ç ã o das orelhas, olhos, dentes e unhas seja fei-

ta por um ve-

terinário. É recomendado que os escovem e os sequem com toalhas ou secador, para ani-mais de pelos médios e gran-des. Quanto à tosa, o tempo de intervalo entre elas depende da raça do animal, e são feitas para a higienização e embele-zamento.

Uma dieta balanceada é fundamental para manter o cãozinho saudável! A adminis-tração do alimento segue al-guns critérios, até aproximada-mente os 45 dias de vida deve receber apenas o leite materno, após este período ele precisa dispor de água fresca e filtra-da à vontade, de uma ração de qualidade e adequada para filhotes de pequeno porte até um ano de vida - raças maiores depois de 24 meses -, e adulto a partir deste período, além

de ser proibido ofertar doces, balas, frituras, embutidos, en-latados, farinhas, frutas cítricas. É importante ressaltar que a alimentação caseira não possui todos os nutrientes essenciais para o cachorro, sendo a ração o mais indicado.

O local escolhido para o animal de estimação dormir pode ser casinhas, cestos ou almofadas, mas devem ser hi-gienizadas com frequência.

lhasa apso

schnauzer miniatura

boxer

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90 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Mercado

Cenário é positivo para grande parte da produção brasileiraFONtE: CNt

O Valor Bruto da Produção (VBP) do setor agropecuário deve crescer 7,9% neste ano e atingir R$ 351,8 bilhões. A projeção é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Bra-sil (CNA). Segundo a entidade, a valorização das cotações da maioria dos produtos agrope-cuários no mercado internacio-nal, reflexo da quebra de safra em importantes países produ-tores, deve impulsionar o VBP, que no ano passado foi calcula-do em R$ 326,3 bilhões.

A CNA observa que o au-mento da demanda externa por produtos agropecuários, impulsionado pela antecipação dos embarques, também con-tribuiu para a expectativa de crescimento do VBP em 2012. O faturamento bruto das lavouras deve crescer 8,9% e alcançar

R$ 216,9 bilhões. Já o VPB das carnes deve atingir neste ano R$ 134,9 bilhões, valor 6,2% su-perior ao ano passado (R$ 127 bilhões).

No caso da soja, carro--chefe do agronegócio brasi-leiro, a projeção é de aumento de 19,4% no valor da produção,

para R$ 67 bilhões, apesar da quebra de 11,8% na safra bra-sileira, provocada pela estia-gem no início deste ano. A CNA atribui a expansão do VBP da soja ao aumento das cotações da oleaginosa, principalmente após a confirmação de quebra da safra norte-americana, alia-

Faturamento da agropecuária deve crescer 7,9% em 2012

lavoura de soja

lavoura de soja

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91 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

do ao aumento da demanda.Segundo o estudo da CNA,

a redução de 8% na produção de cana-de-açúcar, em função do ritmo lento da colheita nos primeiros meses e do atraso na moagem nas indústrias, fez com que os preços do produ-to aumentassem 31,5%, o que favoreceu o incremento da re-ceita. A CNA projeta que o VBP da cana deve chegar a R$ 39 bi-lhões, o que representa um au-mento de 20,9% frente aos R$ 32,3 bilhões recebidos em 2011.

A colheita da safra recor-de de milho e alta de 9,1% nos preços recebidos pelos produ-tores levou a CNA a projetar aumento de 38,2% na receita dos produtores, que deve atin-gir R$ 33,4 bilhões, ante os R$ 24,2 bilhões registrados no ano passado. “A queda da produção norte-americana do cereal e a notícia de que os Estados Uni-dos irão reduzir as exportações impulsionaram a demanda pelo

produto brasileiro, favorecendo a alta dos preços no mercado interno”, observam os técnicos da CNA.

As projeções para o café são de queda de 15,3% no fatu-ramento, apesar da colheita da safra recorde de 50,48 milhões de sacas de 60 quilos, volume 16,1% acima do colhido na safra passada. A estimativa é de que o VPB do café recue para R$ 19,1 bilhões, ante os R$ 22,5 bilhões do ano passado. “O avanço da colheita e a melhora nas con-dições climáticas trouxeram para o mercado a expectativa de aumento de oferta, provo-cando uma redução de 27% nos preços do grão.”

CArNESNo caso das proteínas ani-

mais, a estimativa é de queda de 5,4% no faturamento da car-ne bovina, que deve atingir R$ 54,7 bilhões, ante os R$ 57,8 bi-lhões do ano passado. Já para a carne de frango a projeção é de aumento de 33,5% no valor da

produção, que deve atingir R$ 37,5 bilhões. Os técnicos da CNA atribuem o bom desempenho da avicultura ao aumento de 30,8% nos preços recebidos. “O aumento do custo de produção, puxado pela alta do milho e da soja, tem feito com que os pro-dutores reduzam a produção de aves e consequentemente há uma queda de oferta de produ-to no mercado”.

Na suinocultura, as esti-mativas são de queda de 11% no faturamento do setor, “o que se deve à redução da demanda, que não assimilou o aumento do preço da carne”. Os técnicos da CNA lembram que as expor-tações em agosto apresenta-ram aumento de 25% em rela-ção ao volume embarcado em julho, o que contribuiu para di-minuir a oferta no mercado in-terno. Segundo a CNA, enquan-to a produção de carne suína cresce 2% neste ano, a receita dos produtores deve cair 9,2% e alcançar R$ 9,47 bilhões.

Carne de porco

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92 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

InteRural Mercado

O crédito presumido de PiS/PASEP, CONFiNS e a MP 522/2011

Em 1º de dezembro de

2011, foi publicada a Medida

Provisória nº 552 (“MP 552”),

(posteriormente convertida

na Lei nº 10.655/2012), que

alterou os artigos

1º e 8º da Lei n°

10.925/2004.

Referida nor-

ma vedava a possibili-

dade de aproveitamento,

tanto nas operações

internas quanto nas

exportações, de créditos pre-

sumidos da Contribuição ao

Programa de Integração Social

e ao Programa de Formação do

Patrimônio do Servidor Público

(“PIS/PASEP”) e da Contribui-

ção para o Financiamento da

Seguridade Social (“COFINS”)

pelas pessoas jurídicas do se-

tor da agroindústria que ad-

quirissem mercadorias desti-

nadas à alimentação humana

ou animal não sujeitas à in-

cidência do PIS/PASEP e da

COFINS – como é o caso

das mercadorias

produzidas por

pessoa física.

O crédi-

to presumido

em questão, previsto na Lei n°

10.925/2004, é um benefício

que consiste na possibilidade

de dedução de um percentu-

al do valor do bem adquirido

do montante de PIS/PASEP e

COFINS a ser pago pela pessoa

jurídica.

Com a exclusão da possi-

bilidade de utilização de crédito

presumido, os valores devidos

a título de PIS/PASEP e CO-

FINS aumentaram, elevando

consideravelmente os custos

e, consequentemente, o preço

dos produtos, o que acabou por

afetar diretamente a competi-

tividade das pessoas jurídicas

do setor da agroindústria, em

especial no mercado externo.

A MP 552 prejudicou tam-

bém o produtor rural pessoa

física, pois, ao vedar o uso de

crédito presumido na aquisição

de produtos de pessoas físicas,

tornou-se mais vantajosa a

aquisição de produtos de pes-

soas jurídicas, face à possibi-

lidade de aproveitamento dos

créditos de PIS e COFINS.

Quando da conversão da

MP 552 na Lei n° 12.655, em

maio de 2012, foi suprimido o

dispositivo que vedava o direito

ao crédito presumido de PIS/

PASEP e COFINS pela agroin-

dústria, desonerando nova-

mente os produtos adquiridos

de pessoas físicas e restabele-

cendo a sua competitividade no

mercado. No entanto, as pes-

soas jurídicas que adquiriram

produtos de pessoas físicas en-

tre dezembro de 2011 e maio de

2012 - período em que a MP 552

vigorou com sua redação origi-

nal - acabaram por acumular

prejuízos.

Em virtude disso, foi pro-

mulgado o Decreto Legislati-

vo n° 247/2012, tornando sem

efeito as relações jurídicas

decorrentes dos atos pratica-

dos com base na MP 552. Com

isso, as pessoas jurídicas que

deixaram de utilizar o crédito

presumido no período mencio-

nado poderão fazê-lo agora, re-

cuperando, assim, os prejuízos

anteriormente causados pela

MP 552.

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InteRural Política

Presidente da Embrapaé exonerado do cargo

FONtE: MiLKPOiNt Adaptado pela interural

O Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento aceitou no domingo, 30 de se-tembro, o pedido de exonera-ção do presidente da Embrapa, Pedro Antônio Arraes Pereira. De acordo com informações do órgão, o nome do substituto deve ser comunicado nos pró-ximos dias.

A diretora de Adminis-tração e Finanças da Embrapa, Vânia Beatriz Rodrigues Casti-glioni, assumirá o posto interi-namente. Em sua segunda ges-tão, Arraes foi reconduzido ao cargo no órgão em 16 de agosto deste ano. Ele tomou posse da presidência da empresa pela primeira vez em julho de 2009.

A saída de Arraes do car-go foi o desfecho de uma longa e silenciosa crise, cujo enredo interno vai além das críticas e diagnósticos divulgadas em ar-tigos - a maioria deles no jornal

O Estado de S.Paulo, alertando para a falta de rumo da empre-sa.

A falta de resposta da em-presa a essas críticas pode ser interpretada como uma forma de manter sob controle a infor-mação essencial: pesquisado-res, cientistas e técnicos pas-saram a exercer forte oposição à gestão de Arraes, conside-rada por eles responsável pela perda gradual da capacidade da Embrapa de acompanhar o desenvolvimento tecnológico aplicado aos produtos em seu universo de atuação.

iNChAdAA Embrapa gasta de 70 a

80% de seu orçamento com a folha de pagamentos - perdeu importância na agenda empre-sarial brasileira. O empresário nacional busca as soluções inovadoras no exterior. A ne-gligência com a obtenção de patentes e a omissão no pro-grama de melhoramento de se-mentes são outras acusações à gestão agora encerrada, com números expressivos: 60% das sementes de soja, 70% de milho e 80% de algodão, são de pro-gramas de melhoramento ge-nético privados.

Sobram acusações de censura a manifestações de pesquisadores inconformados

com o isolamento a que se di-zem submetidos em razão da crítica à perda da visão estra-tégica. O processo gerencial, segundo os críticos de Arraes, é pouco oxigenado pela falta de renovação de pessoas e méto-dos, enfraquecendo a empresa diante dos desafios de um ce-nário globalizado e altamente competitivo.

Alguns departamentos estratégicos da empresa foram submetidos a comandos bu-rocráticos e outros, como o de Administração Financeira, es-tão sob o mesmo comando há mais de uma década.

Outra crítica remete à nova estrutura para gestões de projetos internacionais de coo-peração, com recursos do Ban-co Mundial, entre outras ins-tituições. O Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, que centraliza os programas e projetos da Embrapa, não par-ticipa diretamente da coorde-nação e desconhece até o total de recursos captado.

Por fim, uma das críticas mais contundentes é à coorde-nação de programas de pesqui-sa da Embrapa ser feita no ex-terior. Os sites das plataformas da empresa têm sua logomarca e a do governo federal, mas es-tão hospedados num servidor em Los Angeles.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (Embrapa) vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi criada em 26 de abril de 1973. A missão da Embrapa é viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimen-

to e inovação para a sustentabilidade da agricul-tura, em benefício da sociedade brasileira.

As informações são de João Bosco Rabello, de O Estado de São Paulo e da Empraba, adapta-das pela Equipe AgriPoint.

A

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InteRural Coluna

Na edição de setembro da INTERURAL, eu defendi de for-ma conceitual a importância das associações de raça, pois agora, vou fazê-lo de forma téc-nica e comercial. Se fizermos um breve histórico do compor-tamento do mercado de vacas de leite é fácil visualizar que ele está mudando rapidamente.

Eu me lembro, claramen-te, que, quando comecei a par-ticipar da comercialização de vacas de leite, inicialmente, o cliente tinha como foco de exi-gência quase que exclusiva-mente o potencial leiteiro da vaca, avaliado, na maioria das vezes, com o acompanhamen-to de uma única ordenha, “o leite no balde”. Com a evolução de nossa história começamos a adicionar a exigência de que os animais fossem registrados, em muitas vezes, com o único intuito da obtenção de isenção de impostos nas transações in-terestaduais. O que chegava a gerar, em alguns casos, episó-dios constrangedores, para não dizer grotescos.

Felizmente a história evo-lui, “a história sempre evolui”, e os produtores começaram a exigir animais registrados livro fechado, para obter um maior nível de segurança na origem dos animais, maior segurança em sua genealogia. No entanto, esta condição, por si só, já tem se mostrado insuficiente. A exi-gência do controle oficial das mães já está na ordem comum. Mas “a história não para de evo-luir”, e, não tenham dúvidas, as exigências também não irão parar de aumentar.

Aí, mais uma vez, é que

Você vende papel?

Autor:Eduardo Lopes

Médico VeterinárioCriador de Gado

holandêsPoitara Genética

entra a função de uma associa-ção de raça institucionalmente forte. Pois será ela que irá refe-rendar, homologar e, portanto, valorizar o seu produto, o seu trabalho. Precisamos ter em mente, com total firmeza de pensamento, que uma asso-ciação de raça forte protege de forma honesta e natural quem trabalha bem, quem está efe-tivamente contribuindo para a evolução do agronegócio leite do país.

Somente através dos ser-viços técnicos das associações é que teremos organização suficiente para consolidarmos nossas genealogias profundas, garantirmos segurança nos parentescos e confiabilidade nas informações produtivas, lineares e auxiliares. Somente a associação de raça pode pro-ver estes elementos e, portanto, garantir a credibilidade de seu produto. Na verdade, nós não devemos apenas vender vacas, devemos vender credibilidade, para minimizarmos frustrações comerciais.

No período de 2000 a 2007, eu tive a oportunidade de comercializar muitas vacas holandesas, PO, com grandes famílias, o que naturalmen-te exigia a apresentação dos detalhes desta genealogia, e, frequentemente, me deparava com uma situação comercial equivocada. Após a seleção dos animais pelo cliente, no campo, nós íamos ao escritório para que eu pudesse apresentar para ele o registro do animal e, portanto, sua genealogia, sua história. Não raro, o cliente, com a finalidade de depreciar minha iniciativa, suponho, dispensa-va o registro com a seguinte afirmativa, “Eu não estou com-prando papel”. Ao que eu pron-tamente retrucava, “pois eu estou vendendo papel”, na ver-dade estou vendendo a história vistoriada, fiscalizada, regis-trada e homologada de nossos animais. Homologada por uma associação institucionalmente forte, competente e moralmen-te inquestionável.

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Shows, espaços comerciais e leilões movimentaram mais de R$ 20 mi

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POr KAriNA MAMEdE

Uma das mais tradicionais

feiras agropecuárias do país, o

Camaru completou, neste ano

de 2012, a sua 49ª edição. Pro-

movida pelo Sindicato Rural de

Uberlândia (SRU), a feira contou

com muitas novidades para os

visitantes, associados, exposi-

tores e criadores. Dispondo de

uma estrutura segura e bem

planejada, proporcionou (para

aproximadamente 300 mil pes-

soas que passaram pelo parque

de exposição) mais conforto e

tranquilidade.

O Camaru 2012 movi-

mentou mais de R$ 20 milhões

e dispôs de uma agenda de

shows recheada de grandes

atrações, que mantiveram a

arena do parque sempre mo-

vimentada. O SRU organizou

exposições de animais, com

julgamento das raças Brah-

man, Nelore, Guzerá e Gir Pa-

drão, além de Torneio Leiteiro com exemplares Gir Leiteiro e Girolando, outros bovinos e equinos.

Com data privilegiada, o Camaru acontece no mesmo período da fase final dos julga-

mentos de animais de corte e leite no país. Dessa forma, uma boa colocação no evento pode ser decisiva na classificação fi-nal do ranking brasileiro.

Neste ano, algumas modi-ficações foram realizadas. Uma delas foi a construção do muro que circunda todo o parque de exposições - detalhe que au-mentou a segurança -, uma vez que inibiu a entrada de pessoas que tentavam burlar os vigi-lantes, invadindo o espaço. Ou-tra modificação foi no tocante aos shows, que voltaram a ser realizados na arena central e ofereceram uma comodidade maior para o público. O local fi-cou aconchegante e possibili-tou mais flexibilidade para as pessoas. Com essa estrutura, a pista ficou ampla, houve a cria-ção do “Espaço do Criador”, uma área vip open bar, em frente ao palco, e camarotes.

“A demanda do CAMArU 2012 foi muito grande, os organizadores

já estudam possibilidades para atender

um NÚMErO dE PESSOAS

AiNdA MAiOr EM 2013”

Assessoria do Sindicato Rural de

Uberlândia

Autoridades reunidas no encerramento do Camaru 2012

Julgamento do grande campeonato de Girolando

InteRural Capa

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Este local foi criado com o

intuito de acomodar os produto-

res e investidores do agronegó-

cio. Proporcionou aos criadores

mais conforto durante as ativi-

dades do Camaru 2012, diutur-

namente. Ele contou com uma

área exclusiva de 480 metros

quadrados, com dez estandes

de empresas do ramo, que ob-

jetivaram a comodidade em um

espaço requintado, com bebidas

e alimentação de qualidade.

Foi um serviço pioneiro

que aproximou os criadores às

empresas do segmento, apre-

sentando resultados positivos

com novas negociações. A Fa-

zenda Santa Paula, capitane-

ada por José Naves de Ávila,

apresentou seus produtos para

pessoas de diversas regiões do

Brasil. “Foi uma proposta mui-

to interessante, ideal para em-

presas do agronegócio” acres-

centa. A Opção Agronegócio

movimentou cerca de R$ 450

mil com uma parceria iniciada

no Espaço do Criador. “O nosso

objetivo é participar novamente

no próximo ano, que tem tudo

para ser ainda melhor que este”,

afirma o gerente comercial Mai-

coTomazini.

Quando se pensa nos critérios de avaliação da base exterior, na rela-ção da forma do animal e sua função desempenhada, ou seja, uma análise de conformação que avalia as principais caracte-rísticas raciais e suas represen-tações, pode-se comprovar que o Camaru 2012 contou com os melhores julgadores, analisan-do excelentes exemplares das raças bovinas e equinas.

O Julgamento da raça Brahman reuniu expositores de várias regiões do país e as-sociados da Uberbrahman, que prestigiaram a exposição com o melhor plantel do segmen-to. A fêmea Grande Campeã foi Miss Querença 4460, da Fazen-da Querença, de Inhaúma (MG).

Na categoria macho, Muzzi Ebano, da Fazenda Córrego da Areia, de Itapecerica (MG), le-vou a premiação. O criador que se destacou na liderança (com 798 pontos) foi Wilson Lemos de Moraes Júnior, da Fazenda Nova Pousada.

A raça Guzerá, atualmen-te, encontra no Brasil um dos maiores plantéis, se comparado com o restante do planeta. Por isso, também ganhou destaque no Camaru 2012. Os animais selecionados como Grandes Campeões foram da Fazenda Santa Cecília de Uberaba (MG): a fêmea Fagulha da Origen e o macho Ator Fiv de Amar. Com esses resultados, quem levou

ESPAçO dO CriAdOr jULGAMENtOS

Momento de confraterni-zação da Fazenda Santa Paula no Espaço do Criador

Leilão Virtual Senepol Nova Vida no Espaço do Criador

Milton Neto da Tropical Genética recebe premiação de João Domingos

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102 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

a melhor pontuação, tanto no quesito Expositor como Criador foi Ana Claudia Mendes Souza, da Fazenda Santa Cecília.

Conhecida em todo o país, a raça Nelore ainda passa por melhoramentos genéticos, ponto que é muito influenciado pelos julgamentos. Pensando assim, o SRU trouxe mais uma vez para o Camaru a apreciação destes animais. A Jazira 2 TE da Mafra, da Fazenda São Joaquim, de Santa Vitória (MG), foi a Gran-de Campeã, e o macho que levou o título foi Elano Fiv FNT, da Fa-zenda Nova Trindade, de Ubera-ba (MG). Classificado como Me-lhor Expositor, Carlos Alberto Mafra Terra, da São Joaquim, foi o vencedor, e Pedro Venâncio Barbosa, da Fazenda Cristal, de Pará de Minas (MG), ficou em primeiro lugar no item Criador.

Já os animais da raça Gir fizeram o costumeiro: abrilhan-taram as pistas de julgamento. Como melhor Criador e Exposi-tor, José Luiz Junqueira Barros, da Fazenda Café Velho, de Cravi-nhos (SP), teve o trabalho reco-nhecido e fez jus a tal prêmio. Os Grandes Campões da categoria macho e fêmea vieram de seu plantel: Esperança Dobi e Gabão BI.

Tratando-se de equinos, a 13ª Exposição Especializada do

Cavalo Mangalarga Marchador de Uberlândia aconteceu no Camaru 2012 e trouxe para a ci-dade criadores de todo o país. Os animais foram julgados no que-sito marcha, morfologia e ativi-dades funcionais. Na sequência, belos exemplares de Paint Hor-se e Quarto-de-Milha também participaram das provas.

O Torneio Leiteiro do Ca-maru 2012 foi uma atração à parte. A competição aconteceu entre os dias 4 e 7 de setembro, e premiaria com um carro zero quilômetro o proprietário do animal Gir Leiteiro ou Girolando que mais se aproximasse (ou ultrapassasse) o recorde em sua

categoria, apurado nos últimos dois anos do evento. Em 2010, a grande Campeã foi a novilha Caçamba Bolton Boa Fé, um exemplar de propriedade da Gi-rolando Muquém, que produziu média de 62,9 kg de leite por dia.

Já no ano de 2011, o carro foi para o proprietário do animal da raça Gir Leiteiro, Hassia Fiv F Mutum, de propriedade da Fa-zenda Mutum, de Léo Machado, que produziu 47,8 kg de leite por dia, superando em 47% o recor-de de 2010, na categoria até 36 meses.

Em 2012, quem levou a melhor foi a novilha meio-san-gue BB Milk Emerson Nugget Jaguar FIV, de Geraldo Antônio de Oliveira Marques e Eurípedes José da Silva. A excepcional do-

tOrNEiO LEitEirO

Milton Neto e Antonelli no pavilhão do torneio leiteiro Camaru 2012

Thiago Fonseca (presidente do SRU) entrega premiação para Eurípedes José da Silva, campeão do torneio leiteiro do Camaru 2012

Momento de ordenha no pavilhão do torneio leiteiro

InteRural Capa

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103 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

adora produziu a média diária de 76,1 kg, ultrapassando em 1,53% o antigo recorde. Os vencedores levaram para casa um Peugeot Hoggar.

De acordo com Diogo Ro-drigues da Cunha, “o Torneio Leiteiro do Camaru já se con-solidou como uma vitrine para as principais raças leiteiras do país. O animal vencedor torna--se destaque nacional e, por isso, ocorre uma procura muito grande por parte de produtores que desejam participar da ex-posição”, declara o Coordenador de Eventos Agropecuários do SRU.

Mantendo o nível de uma exposição conceituada, não po-deria faltar no Camaru 2012 as provas equestres. Com essa vi-são, o SRU trouxe duas modali-dades para a feira agropecuária: a Team Penning e os Três Tam-bores, com um rigoroso critério de avaliação, que selecionou Grandes Campeões.

Para a competição de Team Penning, os prêmios foram uma moto zero quilômetro e R$ 15 mil. Os vencedores Rodrigo Bar-bosa e seus companheiros Fred

e Mauri representaram com garra o Haras Santíssima Trin-dade.

Quem levou a moto zero quilômetro nos Três Tambores, prova feminina, foi Rafaela, de Uberaba (MG), com o animal Shum Prit. As premiadas nas categorias Livre e Iniciante, Ste-phanie Dumont (na égua Kyra) e Rebeca Hayachy (no equino Duc Luc Doc) receberam, pelo desempenho, R$ 1 mil e 70% do valor das inscrições, respecti-vamente.

Quem gosta de adrenalina e muita emoção acompanhou o Rodeio Profissional do Cama-ru 2012, promovido pela equipe JR Rodeios. Neste ano, o evento contou com uma estrutura bem planejada de arquibancada e um camarote dedicado a possibili-tar às pessoas com necessida-des especiais assistirem às me-lhores montarias, em um local privilegiado.

Com show pirotécnico inovador, os cowboys foram recebidos com muita anima-ção pela equipe organizadora e o público uberlandense, que acompanhou fervorosamente

PrOVAS EqUEStrES

rOdEiO

Prova de marcha

Paulo e Daniela (Java Agropecuária)

Magnólia (Faz. Valinhos) e Maria Helena (Faz. São Domingos)

Gilberto Americano, Antoneli e Milton Neto

Rainha do Camaru 2012, Gilmar Moreira, da Serra do Salitre (MG) campeão do Rodeio e Ricardo Monteiro, proprietário da Autus Chevrolet

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cada etapa do rodeio. Neste ano, os peões concorreram a um carro zero quilômetro para o 1º colocado e duas motos para o 2º e 3º colocados (uma para cada). Os demais competidores que se classificaram entre os cinco

melhores ganharam um prêmio em dinheiro.

O peão que conseguiu pa-rar os oito segundos sobre o touro e obteve o melhor desem-penho em todas as etapas foi Gilmar Moreira, de Serra do Sa-litre (MG), que voltou para casa à bordo de uma picape Chevrolet Montana. O segundo lugar ficou por conta do Reginaldo Marque-zan de Catanduva (SP) e o ter-ceiro, o uberlandense António Carlos.

Além do rodeio e das ativi-dades do agronegócio, o Cama-ru 2012 contou com uma exce-lente programação musical, que reuniu expoentes da música brasileira. Para o estudante Lu-cas Martinelli, que acompanhou os shows na exposição deste ano, “o local foi ideal e não teve tumultos, o som, a iluminação, os telões e a acústica estavam perfeitos. Foi feita uma ótima seleção de bandas, as apresen-tações estavam animadas e o público acompanhou com muito

entusiasmo. Tudo isso superou as minhas expectativas”, acres-centa.

Na primeira noite de show, 30 de agosto, Gusttavo Lima co-mandou a festa, levando alegria e animação para os ouvintes. Comemorando o aniversário de 124 anos da cidade, no dia 31, a entrada foi franca e Fátima Leão agitou os presentes. Nesta data comemorativa, o parque de ex-posições recebeu um público flutuante de aproximadamente 70 mil pessoas. No dia seguin-te (1º de setembro), Milionário e José Rico se apresentaram e, em seguida, Paula Fernandes - a cantora sertaneja recordista de vendas de DVDs e discos - su-biu ao palco e realizou uma bela apresentação.

Em 2 de setembro, Cristia-no Araújo animou a galera com o melhor do sertanejo universi-tário, juntamente com o cantor revelação Nando Moreno. Dando segmento aos shows, na quinta--feira seguinte (6), a atração foi o uberlandense Alexandre Pires.

Leonardo e Eduardo Cos-

ShOWS

Show do Milhonário e José Rico

Paulo Roberto Andrade Cunha e Eliane (Faz. Genipapo)

Silvio queiroz (Presidente ABCGil) e sua esposa

InteRural Capa

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ta foram os responsáveis por balançar o público no feriado da Independência (7 de setem-bro). No sábado (8), com uma viola sertaneja de raiz e letras atuais, João Carreiro e Capataz movimentaram o arrasta-pé na arena juntamente com a dupla Israel e Rodolfo.

Encerrando o Camaru 2012, no dia 9 de setembro, os palhaços Patati e Patatá levaram para a criançada um show re-pleto de brincadeiras e músicas infantis.

Promovido pelo Clube Amigos da Terra, juntamente com SRU, foram ministradas algumas atividades no Cama-ru 2012 com uma programação destinada para formação, re-ciclagem e melhoramento dos produtos rurais. Os cursos, clí-nicas e oficinas, desenvolvidos na ocasião contaram com pro-fessores e técnicos da Univer-sidade Federal de Viçosa, profis-sionais do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Em-presas e Empresa de Assistên-cia Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais.

De 30 de agosto a 9 de se-tembro, houve mini-cursos so-bre produção de queijo, tortas salgadas, conservas, doces cris-talizados, dentre outros. Tam-bém aconteceram oficinas so-bre cooperativismo e gestão de pequenas propriedades rurais. Outro tema que foi abordado, na forma de seminário, no dia 5, foi: “Como ganhar dinheiro com sustentabilidade ambiental”.

CAPACitAçÃO dE PrOdUtOrES rUrAiS

João Machado (Faz. Aprazivel) e Paulo Roberto (Faz. Genipapo)

Wagner Jacinto , Winston Dumond e Milton A. Magalhães Jr.

Léo Machado, Silvio queiroz e Thiago Bianchi Silveira

Silvio queiroz recebendo título de cidadão honorário de Uberlândia

Thiago Fonseca em discurso sobre o sucesso do Camaru 2012

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BrAhMAN

Grande Campeã:Miss querença 4460Criador e Expositor: Querença Emp. Rural Agric. Pec. LTDA Fazenda: Querença - Inhaúma (MG)

Grande Campeão:Muzzi EbanoCriador e Expositor: Ricardo Muzzi Guimarães Fazenda: Córrego Da Areia - Itapecerica (MG)

Melhor Criador e Expositor: Wilson Lemos De Moraes Júnior

GÚzErA

Grande Campeã:

Fagulha da OrigenCriador: Marcos Aurélio Coelho Sampaio Expositor: Ana Cláudia Mendes SouzaFazenda: Santa Cecília - Uberaba (MG)

Grande Campeão:Ator Fiv de AmarCriador e Expositor: Ana Cláudia Mendes SouzaFazenda: Santa Cecília - Uberaba (MG)

Melhor Criador e Expositor: Ana Cláudia Mendes Souza

NELOrE

Grande Campeã:jazira 2 te da MafraExpositor: Carlos Alberto Mafra TerraFazenda: São Joaquim – Santa Vitória (MG)

Grande Campeão:Elano Fiv FntExpositor: Paulo Afonso Frias Trindade JuniorFazenda: Nova Trindade – Uberaba (MG)

Melhor Expositor: Carlos Alberto Mafra Terra

Melhor Criador: Pedro Venancio Barbosa

Gir

Grande Campeã:Esperança dobiCriador e Expositor: José Luiz Junqueira BarrosFazenda: Café Velho – Cravinhos (SP)

Grande Campeão:Gabão BiCriador e Expositor: José Luiz Junqueira BarrosFazenda: Café Velho – Cravinhos (SP)

Melhor Criador e Expositor: José Luiz Junqueira Barros

tOrNEiO LEitEirO

GirOLANdO

Campeã Categoria Novilha ½ sangue

BB Milk Emerson Nugget jaguar FiV Proprietário: Geraldo Antônio de Oliveira Marques /Eurípedes José da Silva

Gir LEitEirO

Campeã:Zafira JmmaProprietário: José Mário Miranda Abdo

jULGAMENtOS

InteRural Capa

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FONtE: rOBSON rOdriGUESPECPRESS IMPRENSA AGRO-PECUáRIA

A Agropecuária Nova Vida, de Ariquemes (RO), deu início a um grande projeto para ofere-cer opções genéticas da raça Senepol em escala. A estreia ocorreu com a promoção do Megalei-lão Genética Senepol, no dia 1 de setembro, que ofertou 89 fêmeas PO e POI prenhas ou insemi-nadas. A qualidade foi o ponto alto do evento, que contou, inclusive, com linhagens raras no Brasil. O gado foi distri-buído em lotes duplos e individuais, disputados por quase 30 investidores. Cada exemplar saiu pela média de R$ 18.463, que juntos respon-deram por um faturamento de R$ 1,643 milhão.

O Grupo Estância Bahia, responsável pela organização, computou a participação de criadores de São Paulo, Acre, Mato Grosso, Goiás, Mato Gros-so do Sul, Rio de Janeiro e Mi-nas Gerais, além de Rondônia.

Segundo o técnico da Asso-ciação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol (ABCBS), Dulcimar Menezes, que foi convidado para comentar as linhagens, esse resultado pode

ser considerado um divisor de águas na trajetória do Senepol. “Esse resultado demonstra que o Senepol está bem consolida-do na pecuária brasileira. Não chegou como modismo e sim para ficar. É um marco para a

raça”, comentou ao final do evento.

Há cinco anos, a Agropecuária Nova Vida passou a controlar as vendas, que eram reali-zadas quase que exclu-sivamente em dias de campo ou em visitas à propriedade, com vistas à ampliação do plantel. “Ao ver o quanto a raça evoluiu ao longo desses 12 anos, atentamos para

a necessidade de promover uma abertura genética maior, oferecendo as nossas melhores linhagens em volume e quali-dade”, argumentam os irmãos Ricardo Arantes e João Arantes

EventosInteRural Eventos

A família Arantes mais uma vez inova no mercado de Senepol

Primeiro leilão de Senepol da Agropecuária Nova Vida movimenta mais de r$ 1,6 milhão

ROSIMAR SILVA

riCArdO ArANtES e

jOÃO ArANtES NEtO

“Ao ver o quanto a raça evoluiu ao longo desses 12

anos, atentamos para a necessidade de promover uma abertura genética maior, oferecendo

as nossas melhores linhagens em volu-

me e qualidade”.

Matrizes Senepol Nova Vida

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Neto, que revelam: “nesse pe-ríodo, sem saber, já havíamos comercializado quase 1.000 re-produtores e mais de 500 ma-trizes”.

A estratégia do leilão foi certeira. Em pouco mais de cinco horas, todos os animais foram comercializados. Parti-ciparam criadores tradicionais e novos investidores, como as fazendas Saudade, de Uberlân-dia (MG), São Victor e Vale Ale-gre, de São Paulo. As últimas duas, inclusive, destacaram-se dentre os principais investido-res, a primeira com 13 animais, e a segunda com 12. O cantor sertanejo, ator e compositor Almir Sater, que cria Senepol na Fazenda Morraria, em Ma-racajú (MS), também entrou na disputa, levando duas matri-zes e 50% de uma doadora da Agropecuária Nova Vida. O lote de maior cotação saiu por R$ 72 mil, arrematada por um criador de Goiás.

Pontos de apoio estrate-gicamente foram criados pela Nova Vida, uma em Uberlân-dia (MG), que sediava uma das principais exposições agrope-cuária do Estado, o Camaru - 2012; e outro em Campo Grande (MS), que ajudaram a otimizar as vendas.

PiONEirA NO SENEPOL Foi no ano 2.000 que o

pecuarista João Arantes Jú-nior, fundador da Agropecuá-ria Nova Vida, em Ariquemes (RO), aventurou-se em terras norte-americanas, em busca do taurino adaptado que tanto ouvia falar. Visitou fazendas em diferentes sistemas de cruza-mentos e enxergou um grande potencial do gado de pelagem curta e avermelhada na pecu-ária brasileira. O momento era promissor, o país trilhava ca-minho para a liderança mundial nas exportações de carne bo-vina, e não pensou duas vezes ao adquirir 72 fêmeas, entre no-vilhas e doadoras, que partiram numa viagem da Flórida/EUA para Porto Velho (RO).

Segundo os filhos Ricardo Arantes e João Arantes Neto, para o pai, não fazia sentido ser pioneiro se não pudesse com-partilhar a descoberta com ou-tros criadores. Mesmo em um período em que as biotecnolo-gias reprodutivas eram pouco utilizadas, ele produziu 2.000

prenhezes a partir das 72 fê-meas adquiridas.

Em apenas um ano e meio, o objetivo foi alcançado, feito que surpreendeu criadores no Brasil e no mundo. À época, a Agropecuária Nova Vida tinha acabado de fundar a associação representativa da raça no Brasil e resolveu comunicar os nas-cimentos à associação ameri-cana, o que gerou certo receio e desconfiança. “E não era por menos. Estávamos anuncian-do um volume maior do que rebanho americano da raça. Quase que imediatamente, criadores e o próprio diretor da entidade americana, vieram à fazenda para averiguar a faça-nha. Ficaram impressionados com a qualidade dos bezerros e disseram que os brasileiros rapidamente teriam o melhor gado Senepol do mundo”, re-lembram.

A propriedade deu início a um amplo trabalho de dissemi-nação, comercializando genéti-ca, inclusive, para o exterior. A notícia rapidamente ultrapas-sou fronteiras, revertendo a po-sição de importadora para ex-portadora de genética Senepol. “Já comercializamos material genético para vários criadores da América Latina, em especial da Bolívia, Venezuela, Paraguai e Colômbia”, conclui João Aran-tes Neto.

Cada exemplar saiu pela média de r$ 18.463, que juntos responderam por um faturamento de r$

1,643 milhão.

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InteRural Eventos

interleite Brasil 2012: cadeia do leite se reúne para discutir tendências e competitividadeFONtE: BiA OrtOLANi, dA EqUiPE MiLKPOiNt

Com a presença de 756 pessoas, o Interleite Brasil 2012 - 12º Simpósio Internacional sobre Produção Competiti-va de Leite - foi realizado em Uberlândia/MG entre os dias 11 e 13 de setembro. O even-to foi concebido com o intui-to de combinar sistemas de produção, mercado, tecnolo-gia, inovação e gestão, sendo um marco sinalizador para o futuro do setor lácteo. Com-petitividade foi a palavra de ordem que permeou em quase todas as apresentações. Cerca de 90% do público foi composto de produtores de leite, técnicos e pessoas ligadas ao setor de laticínios. Dezesseis estados da federação tinham representan-tes, sendo 80% de MG, GO e SP.

1º ENCONtrO MiLK-POiNt PArA A iNdÚStriA dE LAtiCíNiOS

Antes da abertura oficial do Simpósio, no dia 10/09, o Mi-lkPoint promoveu o 1º Encontro MilkPoint para a Indústria de Laticínios, com a participa-ção de 77 representantes dos principais laticínios atuantes no Brasil. Eles assistiram pa-lestras do estrategista global do Rabobank, Tim Hunt, que apresentou o cenário mundial e tendências, como uma possí-vel recuperação dos preços no mercado internacional. O pro-fessor Andrew Novakovic, da Universidade de Cornell, trouxe também informações impor-tantes como os novos concei-

tos para a gestão de riscos no que se refere à volatilidade dos custos de insumos e dos preços do leite nos Estados Unidos.

“É importante que a indús-tria esteja alinhada com o que acontece no setor, pois qual-quer transformação que venha a ocorrer tem que passar pela a indústria”, disse Marcelo Perei-ra de Carvalho, coordenador do MilkPoint e do Interleite Brasil 2012. “O encontro de laticínios foi importante por proporcio-nar uma visão sistêmica do se-tor. Se trabalharmos de forma isolada, não vamos chegar em lugar nenhum. Precisamos de ações pré-competitivas” disse Jacques Gontijo, presidente da Itambé e patrocinador master do Interleite Brasil 2012.

iNtErLEitE BrASiL 2012Durante o discurso de

abertura do evento, Carvalho pontuou as mudanças que vem acontecendo na cadeia do leite como a redução de medidas de apoio ao produtor em países como Estados Unidos e Europa, o crescimento econômico dos países emergentes e o nivela-mento entre vários países do mundo. “O cenário de baixos

custos de produção não existe mais e está ocorrendo perda de competitividade, precisamos olhar para dentro da porteira da fazenda, bem como em medi-

das mais amplas que garan-tam a competitividade.”

No caso do Brasil, apenas o potencial de produção não é mais suficiente para termos competitividade. “Precisa-mos fazer a lição de casa e esse é o objetivo do Interleite”, disse Carvalho.

Gontijo contextualizou o momento delicado pelo qual passa o setor leiteiro, com o

aumento de preços dos insu-mos, indústrias com margens apertadas e os grandes volu-mes importados pelo Brasil. “Quando temos dificuldades, devemos prestar atenção nas oportunidades que surgem”, disse.

As palestras de merca-do do primeiro dia deixaram a mensagem da necessidade de uma agenda de longo prazo. “Se o objetivo brasileiro é partici-par do mercado mundial e fazer valer nosso potencial produti-vo, temos que trabalhar a efi-ciência, sistemas de produção, logística, tributação, qualidade do leite, legislação trabalhista,

Andrew Novakovic (com microfone) e Tim Hunt, du-rante a sessão de perguntas do 1º Encontro MilkPoint

para a Indústria de Laticínios

Público participante do Interleite Brasil 2012

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agregação de valor na indús-tria, poder de barganha e ou-tros fatores que afetam a nossa competitividade”, disse Car-valho. As apresentações abor-daram as perspectivas para o mercado mundial de lácteos, as mudanças que estão ocorrendo e a capacidade do Brasil de vol-tar a ser exportador.

E para assistir o produtor, nos dois dias subsequentes, pesquisadores e técnicos re-nomados proferiram palestras técnicas que abordaram temas como práticas genômicas no

melhoramento genético, ma-nejo de pastagens tropicais, nutrição de precisão, sucessão familiar, gestão de sistemas de confinamento e formulação de dietas. Nos painéis de produ-tores, casos de sucesso foram mostrados, como a utilização de tricross de raças europeias, integração de sistemas de la-voura e pecuária da Sekita Agropecuária e uso de pastejo irrigado nos Estados Unidos e também na realidade do Ceará e Goiás.

O evento então teve um final surpreendente, com a

palestra do produtor Nivaldo Michetti. A apresentação emo-cionou o público por apresentar sua história, mostrando como o leite mudou sua vida. Michetti relatou momentos de dificul-dades vividos no início de sua trajetória no leite e disse de for-ma sábia: “Miséria não é nada comparada à falta de perspec-tiva”. “A partir do momento que você acredita que pode, você já mudou de vida. O leite é uma escravidão, mas é uma escra-vidão que liberta!”, falou em um tom motivador.

Michetti disse que ser produtor de leite lhe proporcio-na vantagens como ser 100% honesto, ter uma renda mensal, conseguir fazer uma previsão de cresci-mento e ter liquidez. “A especialização e profissionalização conduz ao êxito”, disse.

No encerra-mento, o modera-dor Luis Fernando Laranja Da Fonseca, da Fazenda San-ta Andréa, resolveu

quebrar o protocolo a deixar o microfone aberto para comen-tários, mas antes deu seu de-poimento pessoal: “O Nivaldo conseguiu tocar cada um de uma forma trazendo o tema li-berdade, ganhei minha hora”. E assim, uma participante com-pletou: “Eu não ganhei apenas uma hora, eu ganhei a mudan-ça da minha vida hoje”.

PrêMiO iMPACtO 2012A entrega do troféu do

Prêmio Impacto foi realizada durante a abertura do Interleite Brasil 2012. João Ricardo Alves Pereira, professor da Universi-dade Estadual de Ponta Grossa, foi o vencedor da edição com 25% dos votos da segunda fase. A premiação é uma iniciativa do MilkPoint e tem como obje-tivo valorizar profissionais que contribuem com a melhoria da atividade leiteira no Brasil.

João Ricardo Alves Perei-ra é zootecnista formado pela UNESP em 1991, mestre em Nutrição Animal e Pastagens pela ESALQ/USP (1995) e dou-tor em Zootecnia pela UNESP/Jaboticabal (1999). Atualmente é professor adjunto da UEPG - PR e professor no curso de Pós Graduação na PUC-PR.

Com disputa bem acirra-da, João Ricardo levou o prêmio

Nivaldo Michetti

Da esquerda para direita: Tatiana Prestes de Barros Araujo (Elanco), Eduardo Valias(Nutron Alimentos) João Ricardo Alves Pereira (homenageado), Marcelo Pereira Carvalho

(MilkPoint), Ricardo Cruz (Dow AgroSciences Pastagens) e Jacques Gontijo (Itambé)

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com muita sa-tisfação. “É uma honra bastante grande receber o prêmio e partici-par dentre tantos profissionais de relevância. O Prê-mio reconhece as pessoas que estão fazendo um tra-balho mais próxi-mo do campo. As vezes não temos a extensão como uma atividade meritória, e o prê-mio oportuniza isso”, disse ao re-ceber o prêmio.

A premiação só foi viabi-lizada pelo engajamento das empresas Itambé (Patrocina-dora Master), Dow AgroScien-cies Pastagem, Elanco, Kera e Nutron (Apoiadoras).

EMPrESASO evento ainda contou

com um lounge aconchegante onde as empresas patrocina-doras Itambé, Bayer, Elanco, Sebrae, DowAgroSciences Pas-tagem, OCB, Sistema OCEMG SESCOOP/MG, Nutron, MSD Saúde Animal, SENAR/MG,

Sulinox, CRV Lagoa, Vallee, Be-raca, Produquímica e PwC. Poli-triz e Totvs apresentaram seus produtos e serviços ao público participante.

Entre os apoiadores esta-vam a Prefeitura de Uberlândia, Conavet, Agropecuária Santa Andréa, Rabobank, Sindicato Rural de Uberlândia, Centrolei-te, Calu, Capal e revistas espe-cializadas no segmento.

“O Interleite Brasil 2012 captou o momento de transfor-mação pelo qual o setor passa. Trouxemos uma mensagem de otimismo realista: o momento é

complicado, mas é preciso ana-lisar o longo prazo, como disse Makoto Sekita em sua apre-sentação. Há casos de sucesso, de gente que está fazendo um trabalho muito bom no campo, com alta produtividade, sus-tentabilidade e, acima de tudo, rentabilidade. Tenho certeza que quem assistiu ao evento saiu de lá com uma nova visão”, completou Carvalho.

O Interleite Brasil 2013 já está com data marcada: 10 a 12 de setembro de 2013, em Uber-lândia/MG, devendo ter um foco em gestão.

InteRural Eventos

Foi também na Interleite 2012, que aconte-ceu a homenagem do prêmio Top 100, onde são consagradas as fazendas que produziram as maiores quantidades de leite no país.

Um dos premiados foi o Grupo Boa Fé Ma Shou Tao, que tem a frente, Jônadan Ma, diretor executivo da empresa. O grupo participa efeti-vamente de leilões, adquirindo e comercializan-do animais de qualidade genética superior. Além das seleções de animais renomados, o trabalho na fazenda é realizado com base na exigência do

mercado, ou seja, preocupação máxima com o

bem estar do rebanho aliado à produtividade.

Seguindo estes passos, a Agropecuária Boa

Fé tornou-se referência na cadeia do leite.

O prêmio Top 100 é conquistado pelo Grupo

Ma Shou Tao desde o ano de 2000 e nesta 12ª edi-

ção da Interleite não foi diferente. “A premiação

serve para ranquear os produtores do Brasil. Isto

é reflexo de um trabalho realizado com determi-

nação”, afirma Jônadan Ma.

GrUPO BOA Fé rECEBE PrEMiAçÃO NO tOP 100

Lounge - espaço empresarial

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Por GUStAVO riBEirO

Em botânica, floema é o tecido das plantas encarregado de levar a seiva do caule até a raiz. Tratando-se de agronegó-cio, consultoria e nutrição em plantas, a Floema é uma em-presa referência no Triângulo Mineiro pelo trabalho profis-sional que desenvolve, maxi-

mizando a produção dos princi-pais agricultores da região.

A Floema se destaca nes-se mercado agrícola, pois há mais de sete anos oferece aos seus clientes um atendimento diferenciado, focado e perso-nalizado em Proteção e Nutri-ção de Plantas. Com isso, con-segue proporcionar a eles todos os tipos de soluções para qual-

quer cultura plantada. Hoje, a empresa trabalha com uma li-nha muito nobre e completa de produtos, com um portfólio for-mado por marcas consagradas e que fornecem tranquilidade ao agricultor. A Floema é repre-sentante oficial da Basf, Ihara, FMC, Sipcam UPL e Arysta Li-feScience no segmento de Pro-teção de Plantas.

No parte de Nutrição de Plantas, a Floema trabalha com empresa Stoller do Brasil, uma multinacional americana, com 76 anos de existência, e com 40 anos no Brasil. É líder mun-dial no segmento de fisiologia e nutrição de plantas. A Floema, com muito trabalho e dedica-ção máxima, está entre os três maiores distribuidores Stoller do Brasil. Na área de sementes de milho com biotecnologia de ponta, destaca-se com seu tra-balho junto a empresa Dekalb, empresa do Grupo Monsanto, líder mundial em biotecnologia.

InteRural Eventos

Um brindeà nova safra

Floema reúne agricultores em clima festivo e saúda a nova safra

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Com esse portfólio de pro-dutos de qualidade, com total segurança e uma assistência técnica diferenciada, a Floema proporciona ao produtor, co-modidade e confiança. Essa é a essência do trabalho da em-presa, atestada por seus clien-tes, como a família Cadelca, o maior produtor de grãos do Es-tado de Minas Gerais.

De acordo com o Enge-nheiro Agrônomo responsável pelo grupo Cadelca, João Fran-cisco da Silva, a parceria com a Floema sempre foi positiva. “Temos parceria com a Floema desde a sua fundação. Amizade e sinceridade nos negócios faz parte da identidade da empre-sa. A parceria com eles, para nós, é fundamental. Acredito que esta safra e a próxima se-rão muito boas para nós agri-cultores, e o grupo Cadelca já está com tudo alinhado com a Floema para termos uma safra muito produtiva”, declara o en-genheiro.

FLOEMA EM FEStAPara comemorar a chega-

da de mais uma safra, a Floema preparou uma festa para seus clientes. O evento foi realiza-do nas instalações da própria empresa e reuniu os principais nomes da agricultura da região. A festa foi regada a muito chope

gelado, acompanhada de chur-rasco, um excelente carneiro, e, o mais importante, de boas rodas de conversa sobre terra, grãos, mercado, produtividade e, é claro, amizade. Prova disso foi a atenção pelo ambiente fa-miliar e amigo entre os partici-pantes.

Para Mário Sérgio Zanot-to, engenheiro agrônomo com mais de 32 anos de atuação no segmento e sócio-proprietário da Floema, as festas da empre-sa visam promover entreteni-mento com negócios. “A Floema tem uma característica de unir festa com oportunidade. Então, nós fazemos, em média,quatro churrascos de confraterniza-ção como este por ano. Um na pré-safra, um durante a safra, outro pós-colheita e um entre esses períodos, para manter e diferenciar o vínculo com nos-sos clientes e fornecedores”. Marinho Zanotto destaca ainda que “dentre as outras, esta fes-ta é a mais importante, porque é uma ‘pré-turbina’ de safra, época em que todo mundo está se preparando, com os ânimos em alta, mercado em um bom momento... por isso o entusias-mo é grande”.

Estiveram presentes os principais agricultores da re-gião, como: Família Cadelca, Usina Aroeira, Júlio César Pe-

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InteRural Eventos

reira, Irso Vaini, Beto Guima-rães, Luciano Mendonça, Do-mingos Mastontonio, Daniel, Claudionor Nunes, Grupo Eldo-rado, Edvaldo, Antonio Carlos e Etevaldo Stabile, Wallis e Fer-nando, Marcelo Resende e es-posa, Fausto e Reinaldo Pereira, Edmo e Rodrigo Nicodemus, Nilson Pereira, Dr. Honério,

Adilson José Pereira, Omar Bonatto Guima-rães, Adevanir de Lima e seu filho Engº Agroº Sandro Lima entre ou-tros importantes agri-cultores da região. Jun-tando as terras dessa seleta turma que par-ticipa da festa da Flo-ema, temos em torno de 100.000 hectares de terra, produzindo ali-

mento para milhares de brasi-leiros.

Com todos esses ingre-dientes, a festa foi bastante animada. Muito churrasco de porco, vaca, carneiro, frango e chope gelado (que refresca-va o calor de Uberlândia, sem chuva há 50 dias). Era diversi-

dade para agradar quaisquer gostos. Uma verdadeira festa de negócios, descontraída e in-formal, mas com um objetivo claro: estreitar laços e trocar informações entre agricultores, fornecedores e toda a equipe da Floema. A festa deixa um gosto de quero mais. E se as perspec-tivas excelentes se confirma-rem, e a safra mais uma vez quebrar recordes, a fartura e a alegria serão presenças confir-madas na próxima festa.

Confira os depoimentos de quem acredita e sempre acre-ditou na Floema:

FLOEMA AGrAdECE:Agradecemos, do fundo

dos nossos corações, a pre-sença de todos. Agradecemos

CLAUdiONOr NUNES:

Há mais de sete anos que

sou parceiro da Floema, e o

ponto forte de trabalhar com

eles é justamente isso: a parce-

ria. São companheiros do agri-

cultor, atendem bem às nossas

demandas, de forma profissio-

nal e atualizada. É uma parceria

muito válida, e fico muito satis-

feito com a forma com que sou

atendido, em qualquer situação.

jOÃO FrANCiSCO dA SiL-

VA – GrUPO CAdELCA

Temos parceria com a

Floema desde a sua fundação.

Amizade e sinceridade nos

negócios é uma característi-

ca muito positiva da Floema. A

parceria com eles, para nós, é

fundamental. Acredito que esta

safra e a próxima serão muito

boas. Assim, o grupo Cadelca já

está com tudo alinhado com a

Floema para termos uma safra

muito produtiva.

jÚLiO CéSAr PErEirA jUNiOr – FAzENdA POMBO

Parceria desde a funda-ção da Floema. O Marinho é um cara diferenciado, ele e sua equipe fazem toda a diferen-ça. As pessoas que trabalham aqui vão à fazenda e sempre agregam conhecimento. Esse é o maior diferencial deles, as pessoas que aqui trabalham. Quando tenho alguma dúvida, eu ligo para eles, pois possuem uma equipe extremamente qualificada, e o que me falam eu acolho e funciona.

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também a oportunidade e os votos de credibilidade que vo-cês depositam em nós. Que continuem sempre a acreditar na Floema, pois nós podemos levar a vocês um diferencial muito grande, não só em tra-balho e serviço, mas a credibili-dade que nós temos em levar o máximo de qualidade e profis-sionalismo à lavoura que está sendo produzida. Contem sem-pre com a gente.

Boa Safra! Que deus pro-teja a todos nós.

Muito obrigado!Família Floema:Marinho, Henrique, Sér-

gio, Gustavo, Dinho, Wellisson, Marquinhos, Michel, Breno, Frederico, Malu ,Vânia, Toqui-nho, Flaviana e Wal.

AdiLSON jOSé PErEirA:O principal para se ter su-

cesso na agricultura é gostar de plantar. Muita gente visa somente ao dinheiro, mas isso não é tudo. É mais prazeroso ver uma coisa bonita, que você gosta de fazer, do que ter algo que só lhe dê renda e não faça você realizado. Somos par-ceiros da Floema desde a sua fundação. Tem 30 anos que eu conheço o Marinho e confio plenamente no trabalho dele. Minha relação com a Floema sempre foi de amizade, pro-fissionalismo e confiabilidade entre ambas as partes. Parceria muito positiva, com excelentes resultados, pois sempre utiliza-mos produtos de alta tecnolo-gia, que geram efeitos reais na lavoura.

OMAr BONAttO G.Trabalhamos com a Flo-

ema há sete anos e a parceria sempre foi muito positiva. São muito companheiros, pontuais, transparentes e sempre pron-tos para atender o agricultor com informações técnicas e re-almente funcionais.

rOdriGO (NOVA PONtE)Há cerca de seis anos tra-

balhamos com a Floema, e a assistência deles é muito boa. Compra-se a assistência e, depois,os produtos. Eles estão presentes nas nossas lavouras de soja, milho e cana. Em to-dos os setores o trabalho deles é excelente. Trabalho muito técnico e pontual. Ser parceiro da Floema é ter tranquilidade na produção, pois tudo é con-duzido sem problemas e, caso apareçam, eles sempre estão prontos para resolvê-los.

ENGº AGrOº jÚLiO tOU-riNhO- COOrdENAdOr rE-GiONAL – StOLLEr

A Floema surgiu de um projeto-piloto de trabalhar ex-clusivamente com a Stoller. A partir desse projeto, a Floema cresceu muito e a Stoller tam-bém. É uma parceria na qual as duas partes ganham, de mãos dadas conquistamos um importante nicho de mercado que é este aqui, o do Triângulo Mineiro. A cultura da soja e do milho está em alta nesta sa-fra, então precisamos produzir muito e com qualidade. Para isso, a Floema está totalmente preparada e capacitada para atender a qualquer demanda dos produtores, com produtos modernos, tecnológicos e de resultados comprovados.

ENGº AGrOº rAMON BUENO rtV–BASF

A Basf tem parceria com a Floema há quase três anos. Apesar do pouco tempo, o crescimento é significativo: aumentamos, ano após ano, a carteira de clientes, e todos muito satisfeitos com o traba-lho. A Floema tem uma iden-tidade com os produtores de oferecer mais que produtos. Oferecem serviços, parceria e pós-venda. É disso que a gen-te precisa. Nossa escolha pela Floema(e vice-versa) foi muito bem sucedida.

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InteRural Eventos

Por GUStAVO riBEirO

A necessidade de redu-zir os custos de produção, sem perder produtividade, aumenta a demanda por animais com

grande capacidade de con-versão alimentar e de grande rusticidade. Isso se traduz em aumento na produção de leite de leite em condições adversas.

A eficiência que o Gir Lei-teiro vem demonstrando, a cada dia, seja nas exposições, leilões ou no pasto, coloca a raça em evidência e em cres-

cimento acelerado. Quem sem-pre acreditou no potencial da raça, hoje colhe os frutos desse trabalho duro, mas prazeroso.

Um exemplo incontestá-vel de amor e fé ao Gir Leiteiro

é o da Fazenda Mutum. Uma história de luta pela raça, tra-dição passada de pai para filho em uma fazenda localizada no coração do Brasil, próxima à capital nacional e que virou re-ferência no mundo na criação de Gir Leiteiro.

Falando da capital nacio-nal, foi lá que a Fazenda Mutum

promoveu a sétima edição de um dos leilões mais tradicio-nais da pecuária de leite do país.

7º LEiLÃO Gir LEitEirO FAzENdA MUtUM

O tradicional leilão da Fa-zenda Mutum este ano chegou à sua sétima edição com a cer-teza de ter sido melhor que o do ano passado e pior que o do próximo ano. O remate cresce a cada edição, na qualidade de animais, no número de inves-tidores e na democratização da genética de um dos mais importantes criatórios de Gir Leiteiro do Brasil. De acordo com Léo Machado, proprietário da Mutum, durante esses sete anos de leilão o que marca, aci-ma de tudo, são as novas ami-zades. “Fiz muitas amizades ao longo desses anos, a satisfação de superar, em cada evento, o ano anterior nos faz extrema-mente realizados.”

Para um leilão de tama-nha importância, o local para a sua realização não poderia ser abaixo de extraordinário. A Churrascaria Porcão, um dos mais nobres restaurantes em sistema de rodízio do país, foi o palco do leilão, que aconteceu no dia 11 de setembro, a partir das 21 horas, com transmissão pelo Canal Rural. Quem esteve à frente dos negócios foi a Pro-grama Leilões.

A genética trabalhada e democratizada7º Leilão Gir Leiteiro Fazenda Mutum:trabalho consagrado e de referência

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Foram ofertados 26 lo-tes do que existe de melhor no Gir Leiteiro. Animais do gabarito da Fécula TE F. Mu-tum (líder do ranking geral ABCGil 2010/2011), Filipina TE F. Mutum (líder do ranking 2011/2012), Fita TE F. Mutum (maior produção do ranking ge-ral ABCGil 2009/2010), Hássia FIV F. Mutum (Grande Campeã e Melhor Úbere Feileite 2011), entre tantas outras doadoras consagradas que fazem parte do time de pista da Mutum.

Como todo bom criador afirma, animais superiores sempre serão disputados pelo mercado e terão seu preço. Dito e feito. O 7º Gir Leiteiro Fazenda

Mutum registrou uma excelen-te média.

A rEFErêNCiA dA rAçADentre tantos lotes de al-

tíssima qualidade, destaque-mos a venda de 50% da Filipina TE F. Mutum, animal que, no biênio 2011/2012, venceu to-das as exposições de que par-ticipou. Foi consagrada Grande Campeã da raça na avaliação de 12 diferentes jurados, nas pistas mais pesadas do Brasil, entre elas a Expozebu e a Megaleite.

Filipina correspondia ao lote 09 do leilão e era aguarda-da ansiosamente pelos criado-res e investidores de genética leiteira. A voz marcante de João

Gabriel e os comentários técni-cos e conexos de Luiz Ronaldo de Paula aumentavam a expec-tativa de quem acompanhava o remate. Quem levou a melhor e arrematou essa matriz modelo foi o jovem e arrojado criador José Naves de Ávila Neto, de Uberlândia (MG), titular da Fa-zenda Santa Paula. José Neto investiu em 50% das cotas da doadora.

“Ficamos muito contentes com o resultado das vendas, pois as pessoas que compram nos ligam mostrando a satisfa-ção com a aquisição dos nossos produtos, falando dos resulta-dos positivos que estão tendo em suas fazendas. Acho que, de

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InteRural Eventos

tudo, o que mais glorifica o nos-so trabalho é ver que a genética Mutum está se proliferando nas fazendas de outros amigos. Es-tou muito feliz com o leilão, os amigos compareceram, pres-tigiaram e compraram”, avalia Léo, emocionado após o suces-so de mais um leilão.

Trabalhos como o da Fa-zenda Mutum devem ser refe-rência para os pecuaristas do nosso país. Não só no que tange ao manejo do gado e às práticas de produção e reprodução, mas, acima de tudo, no valor dado aos novos amigos e parceiros. No desprendimento de comer-cializar o que há de melhor no seu plantel e alegrar-se de es-ses animais se sobressaírem no plantel de outros criadores, a pecuária se engrandece com a dedicação, seriedade, profissio-nalismo e amizade de pessoas como o sr. Leonídio Machado, Léo Machado e Bruno Macha-do, a tríade vencedora que co-manda a Fazenda Mutum.

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122 | Interural - a revIsta do agronegócIo | outuBro de 2012

Feileite 20126ª Feira internacional da Cadeia Produtiva do LeiteMais de 20.000 pessoas e 2.000 animais reunidos para o maior encontro indoor da pecuária leiteira na América Latina

dA rEdAçÃO

A Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite é uma excelente oportunidade para quem deseja investir na pecu-ária leiteira, buscar parceiros e atualizar seus conhecimentos.

Realizada no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo a feira se destaca por ser o maior evento indoor da pe-cuária leiteira, na América La-tina. Um ambiente ideal para a geração de negócios e para a discussão de inúmeras ideias e conceitos que possam fortale-cer ainda mais o mercado leitei-ro nacional, mas principalmente dar aos pequenos e médios pro-dutores subsídios para crescer, e aos grandes, ferramentas para promoverem uma gestão ainda mais eficiente.

O evento reúne mais de 2.000 animais de raças leiteiras, provenientes de criatórios de todo País. São esperados mais

de 20 mil visitantes, dentre pe-cuaristas, profissionais liberais e técnicos, executivos, estudan-tes, zootecnistas, veterinários, agrônomos, consultores, tra-tadores e outros interessados no setor. Estrangeiros também prestigiam a feira, das Américas do Sul, do Norte e Central, além da Europa, Ásia e África. Todos os setores da cadeia produtiva do leite estarão presentes na maior feira indoor do setor lei-teiro da América Latina.

A Feileite possui uma ex-tensa programação: julgamen-tos, concursos leiteiros, leilões e cerca de 100 eventos para-lelos, como: palestras, cursos, workshops, Jornadas Técnicas, treinamentos e muito mais.

Como os demais setores do agronegócio, a pecuária lei-teira também sabe dar espetá-culos de primeira grandeza!

SEtOrES dA FEirA:w Nutrição Animal;

w Genética;w Produtos Veterinários;w Adubos e Fertilizantes;w Sementes;w Defensivos Agrícolas;w Latícinios;w Máquinas , Equipamen-

tos;w Implementos Agrícolas;w Órgãos de Pesquisa e

Desenvolvimento;w Insumos para Agrope-

cuária;w Balanças, Troncos e Co-

chos;w Bancos, Montadoras e

Seguradorasw Universidades;w Tecnologia e Informá-

tica;

PÚBLiCO ViSitANtEA Feileite reúne anualmen-

te um público altamente sele-cionado. Em sua quarta edição, a feira estima receber mais de 20 mil visitantes entre pecuaristas, profissionais liberais e técnicos,

InteRural Eventos

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executivos, estudantes, zootec-nistas, veterinários, agrônomos, consultores, tratadores e outros interessados no setor.

Dentre os participantes, destaque para o grande número de visitantes estrangeiros. São 19,83% da América do Norte, 11,17% da América Central, 5,41% da Europa, 12,61% da Ásia, 1,80% da Ásia e 46,65% da América do Sul.

jULGAMENtOSOs julgamentos na Feileite

acontecem do dia 19 ao dia 23. Serão avaliadas as raças: Guze-rá; Gir Leiteiro; Girolando; Holan-dês Vermelho e Branco; Simen-tal; Holandês Preto e Branco; Jersey e Búfalos.

Na raça Gir Leiteiro, a AB-CGil já definiu quem serão os ju-rados responsáveis pelos julga-mentos: Fabio Miziara, Marcelo Ricardo de Toledo e Nívio Bispo avaliaram alguns dos melhores exemplares de Gir Leiteiro do país.

A raça Jersey, levará 200 animais para a Feileite. A As-sociação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil considera a Fei-

leite o evento mais impor-tante para a raça, devido à realização da Exposição Nacional, principal mo-mento da raça que, este ano, completa sua 31ª edição. Além disso, na opinião da entidade, é o local onde está presente a nata das raças leiteiras do Brasil. Para coroar um momento tão impor-tante, a associação contratou o juiz canadense Callum McKiven, que estará à frente dos julga-mentos de machos e novilhas, dia 22 de novembro, às 14 horas, e de vacas em lactação, no dia 23, às 14 horas.

LEiLõES Até o final do mês de se-

tembro, o Agrocentro, empresa organizadora da Feileite, já ha-via confirmado a realização de oito leilões durante a feira. Des-tes, quatro são de Gir Leiteiro, dois de Girolando, um de Jersey e um de Holandês. Todos oferta-rão animais e genética apurada dessas raças leiteiras, oriundos de criatórios tradicionais, além de exemplares provados na pró-pria pista e nos torneios leiteiros da 6ª edição da feira.

Os leilões estão agendados para todos os dias da feira, que ocorrerá de 19 a 23 de novembro, no Centro de Exposições Imi-grantes, na capital paulista. São eles: Leilão Made In Brazil, Lei-lão 50 anos de Seleção Estância Silvania, Leilão Cinco Estrelas, Mulheres do Gir Leiteiro (todos estes de Gir Leiteiro), Leilão Na-ção Girolando, Leilão Genética da Capital (ambos de Girolando); Leilão Estrela Nacionais da Raça Holandesa e Leilão Estrelas do Jersey.

O PONtO dE ENCONtrOA Feileite é o ponto de en-

contro da cadeia produtiva do leite no mês de novembro, é também a última exposição nacional realizada em 2012, e reúne o que há de melhor nas raças leiteiras selecionadas no país. Quem está empenhando em aumentar a produtividade, melhorar as técnicas de manejo, saber de saúde e nutrição ani-mal e trocar experiências não pode perder a maior feira indoor da América Latina.

PErFiL dOS ViSitANtES PÚBLiCO iNtErNACiONAL

Julgamentos Holandês na Feileite

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MasseyNúmero 1do mundo para TPI.5 Touros da C.R.I. entre os TOP 10.

Granja Cichelero 133 LocustCampeã do Torneio Leiteiro da raça Holandesa na 35ª Expointer, RS.

Produziu 66,716 quilos de leite em três ordenhas.

Filha do touro Locust da Bateria da C.R.I. Genética.

Baroneza Jurist Santa LuziaBi Grande Campeã Nacional Girolando 3/4 Megaleite 2011 e 2012.

Filha do touro Jurist da Bateria da C.R.I. Genética.

ToystoryRecordista mundial

de de produção:2 milhões de doses

e 81.301 fi lhas.O touro que mais

registrou fi lhas na Associação do Paraná

em 2011.

Chácara Cristalina Gelada Alvin

Campeã Vaca Vitalícia e Vaca Leiteira, 2ª Melhor Úbere

e 3ª Melhor Fêmea da Agroleite 2012.

Filha do touro Alvin da Bateria da C.R.I. Genética.

Rag Poesia Bond 382Grande Campeã Agroleite 2012.Filha do touro Regancrest Juror BOND da Bateria da C.R.I. Genética.

Wilpe Toystory Eli 666Reservada Campeã 3 Anos Sênior da Agroleite 2012.Filha do touro Toystory da Bateria da C.R.I. Genética.

Germina Zoraide Locust

Recordista da raça Holandesa no Brasil com média de produção

de 100,43 kg/dia no torneio leiteiro da Camaru em Uberlândia, MG.

Filha do touro Locust da Bateria da C.R.I. Genética.

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MasseyNúmero 1do mundo para TPI.5 Touros da C.R.I. entre os TOP 10.

Granja Cichelero 133 LocustCampeã do Torneio Leiteiro da raça Holandesa na 35ª Expointer, RS.

Produziu 66,716 quilos de leite em três ordenhas.

Filha do touro Locust da Bateria da C.R.I. Genética.

Baroneza Jurist Santa LuziaBi Grande Campeã Nacional Girolando 3/4 Megaleite 2011 e 2012.

Filha do touro Jurist da Bateria da C.R.I. Genética.

ToystoryRecordista mundial

de de produção:2 milhões de doses

e 81.301 fi lhas.O touro que mais

registrou fi lhas na Associação do Paraná

em 2011.

Chácara Cristalina Gelada Alvin

Campeã Vaca Vitalícia e Vaca Leiteira, 2ª Melhor Úbere

e 3ª Melhor Fêmea da Agroleite 2012.

Filha do touro Alvin da Bateria da C.R.I. Genética.

Rag Poesia Bond 382Grande Campeã Agroleite 2012.Filha do touro Regancrest Juror BOND da Bateria da C.R.I. Genética.

Wilpe Toystory Eli 666Reservada Campeã 3 Anos Sênior da Agroleite 2012.Filha do touro Toystory da Bateria da C.R.I. Genética.

Germina Zoraide Locust

Recordista da raça Holandesa no Brasil com média de produção

de 100,43 kg/dia no torneio leiteiro da Camaru em Uberlândia, MG.

Filha do touro Locust da Bateria da C.R.I. Genética.

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Grupo une responsabilidade social à eficiência na produçãoComprometimento com o meio ambiente e com o ser humano traz resultados positivos para a família Cabo Verde

O mês de setembro coroou a atuação do Grupo Cabo Verde no agronegócio e no de-senvolvimento sociocul-tural do Brasil. O traba-lho realizado dentro das fazendas que compõem essa empresa é reco-nhecido nacionalmente pelas técnicas inovado-ras no campo, além da preocupação contínua com as questões sociais que envolvem a preser-vação do meio ambiente, além da contribuição voluntária para a melhoria na qualidade de vida de pessoas menos favorecidas.

Com este pensamento, a história do Grupo Cabo Verde

trilha um caminho de sucesso

há mais de 50 anos.

LEiLõES VirtUAiS CON-SAGrAM A ALtA GENétiCA

Contando com animais di-

ferenciados das raças Gir Leitei-

ro e Girolando, os gestores José

Coelho Vitor e Maurício Coelho,

das Fazendas São José do Can Can e Santa Luzia, respectiva-

mente, prepararam, nos dias 16 e 30 de setembro, dois leilões virtuais, que contaram com a asses-soria da BMB Boi e da lei-loeira Nova Sat. A trans-missão dos dois eventos foi feita pelo AgroCanal.

O 1° leilão Virtual Fazenda Santa Luzia, re-alizado em 16 de setem-bro, contou com o que há

de melhor em genética focada na produção. A fazenda é, atu-almente, uma das maiores pro-dutoras de leite do país, com en-trega de 15 mil kg de leite por dia e animais premiados nas princi-

InteRural Eventos

Coral da E. M. Silas Figueiredo

Número de dança das alunos da E. M. Oilda Valéria Silveira Coelho

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pais exposições agropecuárias.O leilão foi um grande su-

cesso, ofertando 30 vacas em lactação, seis novilhas prenhes e 40 bezerras, com 100% de li-quidez.

Já no último dia do mês, o 3° Leilão Virtual Fazenda São José do Can Can trouxe para os investidores a rusticidade aliada à eficiência na produção de leite, características consagradas no Gir Leiteiro do Grupo Cabo Ver-de, que é referência no mercado.

José Coelho Vitor colocou à disposição de outros criado-res 15 vacas em lactação, 30 novilhas prenhas e 15 bezerras oriundas de um plantel premia-do. Mais uma vez, o ponto alto do evento foi a liquidez e a genética Cabo Verde democratizada para diversas regiões do país.

SOLENidAdE NA E. M. OiLdA VALériA SiLVEirA CO-ELhO

Localizada no interior da Fazenda Santa Luzia, a Esco-la Municipal Oilda Valéria Sil-veira Coelho foi palco, no dia 28 de setembro, da solenidade de inauguração da Estação de Tratamento de Efluentes (E.T.E) – “Honorato Paulino da Silva”, Estação de Tratamento de Água (E.T.A) – “Benedito Carlos de Souza”, Biodigestores e Sala de Informática – “Magali de Fátima Reis Pinto”.

O projeto faz parte de uma parceria com a Prefeitura de Passos (MG), através da Se-cretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, do CeCafe e do Instituto Dona Oilda, para atuar nas questões sociais voltadas para as famílias em torno da fa-zenda, assim como estudantes e funcionários da escola.

Com programação monta-da das 9h30m até 12h, os pre-sentes na solenidade conhece-ram as novas instalações que servirão de exemplo para outras fazendas implantarem um con-ceito de propriedade autossus-tentável.

O prefeito da cidade, José Hernani Silveira, explica que “o Grupo Cabo Verde é essencial e fundamental para o município. Não só pelo fato de levar o nome da cidade no seu trabalho, como também levar um pouco daqui-lo que eles têm, de parceria com seus trabalhadores, com os alu-nos, com os professores, e isso vem engrandecer o nome de Passos. Ter essa parceria com a prefeitura é importante porque vemos a criação de uma escola em tempo integral sendo for-mada. Isso é importante para o crescimento dos alunos”.

Maurício Silveira ressalta: “é um grupo que tem se preo-cupado não só em crescer nos negócios, mas também desen-volver nossa cidade e o meio so-cial que convivemos”.

iMPOrtâNCiA dAS OBrAS

Maurício Coelho, presi-dente do Instituto Dona Oilda, remete aos ensinamentos de sua mãe, que leva o nome da escola e do instituto, à preocu-pação com as questões sociais. “Hoje, inauguramos a Estação de Tratamento de Esgoto (E.T.E), na qual todo o efluente gerado pela comunidade rural da pro-priedade e da escola passará a ser tratado, preservando o leito dos córregos onde eram lança-dos esses resíduos. A Estação de Tratamento de Água (E.T.A) tem capacidade para tratar 25 mil

E.T.E - Honorato Paulino da Silva - Estação

E.T.A - Benedito Carlos de Souza - Estação

Biodigestores

Laboratório de Informática

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litros de água por hora. Todos esses implementos vem para atender a demanda atual da fa-zenda e dos futuros empreen-dimentos. Os três biodigestores instalados vão tratar dejetos da suinocultura, gerando bioferti-lizantes para as capineiras e gás para abastecimento energético da propriedade”, completa.

Com mais de 30 anos de funcionamento, a E. M. Oilda Va-léria Silveira Coelho conta com mais de 140 alunos, do infantil ao 9° ano, em período integral. No evento, também foi inaugu-rado o laboratório de informá-tica. “Os computadores são fer-ramentas que fazem a inclusão digital dos alunos. O intuito do projeto é ganhar uma dimensão que transcenda este município e que atue em diversas outras escolas”. Foi com essas pala-vras que o diretor do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), Ronaldo Taboa-do, iniciou o discurso durante a solenidade.

A escola faz parte do pro-grama “Criança do Café na Es-cola”, criado pelo CeCafé para incentivar as novas práticas de ensinamentos viabilizados pela internet. De acordo com os da-dos do Instituto Dona Oilda, fo-ram investidos R$ 30 mil para a compra de 10 computadores,

aparelho de DVD e televisão.Durante a solenidade, es-

tiveram presentes o Secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Cássio Soares; vereado-res; a família Silveira Coelho; se-cretários municipais; diretoras de escolas municipais; diretores de departamentos da prefeitura e produtores rurais, bem como representantes de órgãos e en-tidades de diversos segmentos.

Para agradar os visitan-tes, a banda do 12ª Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais (BPMMG), o coral da E. M. Silas Figueiredo, que faz parte dos projetos sociais do Instituto Dona Oilda, fizeram apresen-tações musicais, assim como alunos da Oilda Silveira Coelho. Para fechar com chave-de-ou-ro, houve também uma apre-sentação de dança feita pelas alunas do instituto.

Rosa Maria Cardoso Beraldo, Ronaldo Taboado, José Hernani Silveira, José Vítor e Maurício Coelho

Prefeito de Passos - José Hernani Silveira

Ronaldo Taboado, diretor do CeCafé

12° BPMMG

Rosa Maria Cardoso Beraldo, titular da Secretaria Municipal de Educação, Cultura,

Esporte e Lazer

InteRural Eventos