Insurreiçom nº 16

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Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 16 · Primavera de 2012 A greve geral de 29 de março tivo um elevado seguimento na A vindoura greve geral tem que ser de 48 horas, tem que nossa Pátria. O proletariado galego aderiu em massa à paralisar integramente todos os setores produtivos, tem que jornada de luita, o transporte parou e o respaldo foi elevado ser combativa, tem que ser um nom unánime ao Capital. no setor serviços e na administraçom. As manifestaçons fôrom multitudinárias, superando as expetativas mais Mas as burocracias sindicais seguem inseridas na lógica da optimistas. concertaçom, a conciliaçom e a estéril negociaçom com o O clamor do povo trabalhador galego foi claro: há que mudar governo de turno e o patronato. E os partidos da esquerda as políticas económicas e sociais que os governos do PPSOE institucional centrados na agenda eleitoral das vindouras tenhem implementado nos últimos anos seguindo as autonómicas. diretrizes impostas polos organismos imperialistas. A dia de hoje as receitas que seguem emanando das direçons Mas o governo de Mariano Rajói já manifestou por ativa e por da esquerda domesticada carecem de qualquer passiva que nom vai realizar qualquer giro de 180º, que só fundamentaçom. Nom há saída no quadro do capitalismo. atende as solicitudes do patronato, da burguesia e da troika. Este nem se pode reformar nem se pode melhorar. Há que Horas depois da greve apresentou uns orçamentos mudar de modelo económico e social. A mudança nom será restritivos, adiantou que vai seguir subindo impostos e realizada polos obsoletos aparelhos políticos reformistas, cortando serviços sociais, e como sabe que a luita popular vai nem será fruto de umha maioria aritmética eleitoral. ir incrementando-se de forma paralela aos seus ataques tem anunciando que vai modificar novamente o Código Penal, A única maneira de evitar que a Galiza se converta numha mediante o endurecimento de penas para quem reivindica nas reserva de mao de obra semi-escravagista, num país sem ruas os seus direitos. futuro, inviável economicamente, tal e como nos tem atribuído o imperialismo na divisom internacional do Sabíamos e sabemos que a greve geral era insuficiente para Trabalho, é mediante um processo revolucionário. A forçar umha mudança de rumo. Que o Capital só vai atender Revoluçom Socialista Galega é a única alternativa viável. Todo as demandas populares se estas se aprofundam e alargam o resto som a mesma música com diferentes melodias. numha estratégia de combate sustentado e permanente. É pois imprescindível convocar umha nova jornada de luita O movimento de libertaçom nacional e social de género no obreira, nacional e popular contra a reforma laboral, em que se enquadra o Insurreiçom tem que acumular forças, defesa dos serviços públicos, contra o desemprego e a aglutinar energias, somar povo ao seu projeto revolucionário. precariedade laboral, contra as pensons de miséria, em prol E isto só é fatível no combate popular. A luita é o único das liberdades democráticas e os direitos laborais. caminho.

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Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano

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Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 16 · Primavera de 2012

A greve geral de 29 de março tivo um elevado seguimento na A vindoura greve geral tem que ser de 48 horas, tem que nossa Pátria. O proletariado galego aderiu em massa à paralisar integramente todos os setores produtivos, tem que jornada de luita, o transporte parou e o respaldo foi elevado ser combativa, tem que ser um nom unánime ao Capital. no setor serviços e na administraçom. As manifestaçons fôrom multitudinárias, superando as expetativas mais Mas as burocracias sindicais seguem inseridas na lógica da optimistas. concertaçom, a conciliaçom e a estéril negociaçom com o O clamor do povo trabalhador galego foi claro: há que mudar governo de turno e o patronato. E os partidos da esquerda as políticas económicas e sociais que os governos do PPSOE institucional centrados na agenda eleitoral das vindouras tenhem implementado nos últimos anos seguindo as autonómicas. diretrizes impostas polos organismos imperialistas. A dia de hoje as receitas que seguem emanando das direçons Mas o governo de Mariano Rajói já manifestou por ativa e por da esquerda domesticada carecem de qualquer passiva que nom vai realizar qualquer giro de 180º, que só fundamentaçom. Nom há saída no quadro do capitalismo. atende as solicitudes do patronato, da burguesia e da troika. Este nem se pode reformar nem se pode melhorar. Há que Horas depois da greve apresentou uns orçamentos mudar de modelo económico e social. A mudança nom será restritivos, adiantou que vai seguir subindo impostos e realizada polos obsoletos aparelhos políticos reformistas, cortando serviços sociais, e como sabe que a luita popular vai nem será fruto de umha maioria aritmética eleitoral. ir incrementando-se de forma paralela aos seus ataques tem anunciando que vai modificar novamente o Código Penal, A única maneira de evitar que a Galiza se converta numha mediante o endurecimento de penas para quem reivindica nas reserva de mao de obra semi-escravagista, num país sem ruas os seus direitos. futuro, inviável economicamente, tal e como nos tem atribuído o imperialismo na divisom internacional do Sabíamos e sabemos que a greve geral era insuficiente para Trabalho, é mediante um processo revolucionário. A forçar umha mudança de rumo. Que o Capital só vai atender Revoluçom Socialista Galega é a única alternativa viável. Todo as demandas populares se estas se aprofundam e alargam o resto som a mesma música com diferentes melodias. numha estratégia de combate sustentado e permanente. É pois imprescindível convocar umha nova jornada de luita O movimento de libertaçom nacional e social de género no obreira, nacional e popular contra a reforma laboral, em que se enquadra o Insurreiçom tem que acumular forças, defesa dos serviços públicos, contra o desemprego e a aglutinar energias, somar povo ao seu projeto revolucionário. precariedade laboral, contra as pensons de miséria, em prol E isto só é fatível no combate popular. A luita é o único das liberdades democráticas e os direitos laborais. caminho.

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Dimitr is Christulas -farmacêutico na têmpora que lhe provocou a morte à Grécia-, Dimitris Christulas converteu retirado de 77 anos, após pagar o aluguer imediata. está dura e irreversível decisom no seu do apartamento no que vivia, chegou último ato reivindicativo. quarta-feira 4 de abril em metro à praça Os meios de comunicaçom difundírom Dimitros era um conhecido ativista de S intagma de Atenas, d iante do que as suas últimas palavras fôrom “Nom esquerda no seu bairro, comprometido Parlamento grego. quero deixar dívidas a minha filha”. com a causa da classe trabalhadora, que

ao igual que centenares de milhares de Eram as nove da manhá e sob a proteçom Mas a diferença dos centos de suicídios reformados e reformadas viu como a sua de umha árvore e acompanhado polo que se produzem anualmente no país pensom se reduziu à metade nos últimos barulho dos centos de pessoas que mediterráneo, muitos provocados pola anos por um governo entreguista e vende transitavam em horário de pico, tirou desesperaçom social gerada polas duras pátrias, submetido aos ditames da umha pistola do casaco e disparou um tiro políticas neoliberais impostas pola troika Alemanha, o FMI e a Comissom Europeia.

Dimiros Christulas levava no bolso umha me permite recorrer à força –e a fé que se nota explicando as razons do seu suicídio, um grego pegara um Kaláshnikov, eu enviando umha nítida mensagem à classe seria o segundo em fazê-lo– nom acho obreira grega, especialmente à outra soluçom que pôr fim a minha vida j u v e n t u d e , q u e r e p r o d u z i m o s desta forma digna antes de começar a integramente. remexer o lixo procurando comida para

poder subsistir."O governo de Tsolakoglou* tem aniquilado toda possibilidade de Acho que os jovens sem futuro tomarám supervivência para mim, que se algum dia as armas e pendurarám boca baseava numha respeitável pensiom que abaixo os traidores a este país na praça eu tinha pagado pola minha conta (sem Syntagma, ao igual que os italianos ajuda do Estado) durante 35 anos. figérom com Mussolini em 1945 (na praça Dado que tenho já umha idade que nom de Poreto de Milán)".

Nota*Fai mençom ao primeiro governo colaboracionista com o III Reich encabeçado polo general Georgios Tsolakoglu entre 30 de abril de 1941 e 2 de dezembro de 1942.Atualmente Grécia tem um governo de coaligaçom encabeçado por Lukás Papadimos –um alto funcionário do capitalismo internacional, que até há uns meses era vice-presidente do Banco Central Europeu-, configurado polo “socialdemocrata” PASOK, a direita de Nova Democracia e a extrema direita de LAOS.No seu texto Dimitris Christulas compara o atual governo grego com o que entregou o país aos nazis durante a II Guerra Mundial

Os vínculos entre crise económica e incremento das doenças que se calcula pode ver-se obrigado a desembolsar um pensionista mentais e os suicídios é umha evidência indiscutível. Só nos com umha doença crónica, após desaparecerem os subsídios aos primeiros cinco meses de 2011 suicidárom-se 40% mais de gregos e medicamentos– a liquidez para afrontar as despesas mínimas de gregas que no mesmo período de 2010, segundo fontes do Ministério manutençom nom atingem para ter umha vida digna: o litro de leite de Sanidade. custa à volta dos 1,5 euros; quatro iogurtes, outro tanto; o IVA do As pessoas reformados tenhem assistido a umha reduçom anual da gasóleo de aquecimento já está em 18%, e a taxa imobiliária sua pensom de 15% desde que se iniciou a crise. Com umha reforma encarece as faturas da contribuiçom e deixa sem luz em caso de falta média de 550 euros, e umhas despesas em medicamentos de 150 –a de pagamento.

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Passárom já quarenta anos dos foi mais além, nom se cingiu às meras militar (a Frente Armada da UPG em 1974 transcendentais acontecimentos que se reivindicaçons economicistas senom que se comandada polo egrégio revolucionário desenvolvêrom ao longo daquele 1972 no luitou por fazer dano ao sistema que Moncho Reboiras).nosso país. Acontecimentos que marcam um explorava e oprimia ao povo trabalhador. A

A eclosom dum movimento nacional e de antes e depois no devir histórico da luita de solidariedade com o proletariado viguês classe próprio assentou os alicerces do classes na formaçom social em qual agimos e vinha de diferentes formas desde os distintos projeto vital a desenvolver para a nossa que conhecemos sob o nome de Galiza. pontos da naçom: greves em Ferrol, cortes emancipaçom nacional e social de género, a de tránsito nas principais entradas ao País,

Pode-se avaliar sem lugar a dúvidas que em Revoluçom Galega. As valiosas experiências fornecimento de produtos de primeira essência, no fundamental, nestes quatro de luita de rua, exercício da solidariedade, de necessidade desde Ourense, etc. decénios só mudou a forma de dominaçom confrontaçom entre classes irreconciliáveis, que emprega a burguesia para manter a sua A classe obreira galega começava a agir já formam parte do imaginário coletivo. Som posiçom privilegiada sobre a maioria social como tal, percebeu a sua própria válidas e necessárias na situaçom de crise explorada, ontem sob a pressom da bota singularidade, o proletariado reconhecia o sistémica do capitalismo que o conjunto do militar da ditadura fascista, e hoje, sob umha seu quadro nacional de luita contra o povo trabalhador galego está a sofrer na ditadura encoberta num regime parlamentar capitalismo que afogava o modo de vida da atualidade. Há que pôr em prática aquelas burguês com um chefe de Estado nomeado grande maioria social. Assim, cada 10 de experiências ao calor da forja onde batem @s polo ditador genocida Franco. março celebramos o Dia da Classe Obreira ferreir@s por um mundo melhor, sem

Galega para continuar a formar a consciência opressores nem cadeias. Naquele 10 de março de 1972 o capital do nosso ser social e nacional, o único sujeito demostrou a sua incapacidade para conter as po l í t i co com capac idade para a Desde 1972 até 2012 estám encerrados demandas obreiras e populares utilizando o transformaçom do atual estado de cousas quarenta anos de luita da classe obreira engano e o sofisma como ferramentas de cara a umha sociedade nova na que impere a galega contra os seus inimigos de classe, a dissuasom e tivo que recorrer à sua principal justiça social. burguesia e os seus servis defensores. @s arma de defesa, a repressom fascista. Houvo revolucionári@s galeg@s devemos manter

A década de 1970 supujo um ponto de dous irmaos de classe assassinados acesso o facho de luita mostrando os inflexom para a autoorganizaçom do povo –Amador e Daniel– e dúzias de operári@s exemplos da entrega militante dos luitadores trabalhador galego desde parámetros

@ e luitadoras que nos precedêrom, dar a ferid s dos estaleiros ferrolanos que nacionais e de classe. Umha parte

conhecer a rebeldia expressada polo nosso reivindicavam melhoras nas suas condiçons importante dos obreiros mais destacados

povo a qual é continuamente negada pola de vida e de trabalho a peito descoberto e nas luitas de março e setembro do 72 fôrom

historiografia espanhola e os seus meios providos só de pedras para defender-se ante os artífices dos denominados gérmolos

propagandísticos de alienaçom que querem os fuzis da polícia de choque espanhola. sindicais do sindicalismo nacional e de

converter-nos num povo resignado e classe, afastando-se do sucursalismo das O sangue derramado nas ruas de Ferrol submisso. Há que conservar e seguir centrais sindicais de ámbito estatal, que tingírom de vermelho umha semente que formando a consciência que acordou no 72 e dariam lugar ao Sindicato Obreiro Galego em meses depois começou a germolar no fazê-la crescer com novas e originais 1975. Mas nom só se praticava a setembro viguês de luita proletária, onde se achegas adequadas à atual realidade da luita autoorganizaçom nacional no campo obreiro, desenvolveu a greve geral mais importante de classes porque o combate pola única senom que também se dava no estudantil (a na história da Galiza ao ficar paralisada a causa verdadeira na Galiza de hoje, a fundaçom de Estudantes Revolucionários comarca durante quinze dias. A luita por um emancipaçom do povo explorado, continua Galegos foi em dezembro do 72), no convénio digno para o setor da automoçom mais vigente do que nunca.associacionismo cultural, e incluso, na faceta

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A luita obreira nom é delito

bono 2 euros

O concelho limiao de Trás Miras semelha ser a Os USA estám empregando drones na estám em construçom, e mesmo já em opçom com mais possibilidades para que o agressom contra a Síria, no combate à período de prova, novos modelos muito mais Pentágono instale a base europeia de drones insurgência afgá nesse país e também no letais. Está o espia Wasp III, que já emprega a que atualmente está situado em Sigonella Paquistám. Igualmente emprega esta arma USAF, e que pesa meio quilo e mede menos de como base de provas. contra o Irám que há uns meses –em 30 centímetros. Atinge os três quilómetros de

dezembro de 2011- capturou um sofisticado altura e vai equipado com cámaras e um A saturaçom do espaço aéreo da base italiana drone (um RQ-170 Sentinel) na sua fronteira localizador GPS. Também está em onde já tivérom lugar diversos acidentes e sul, assim como em boa parte da geografia do desenvolvimento o Nano Hummingbird, cuja fôrom patentes as dificuldades de globo para espiar e combater forças populares envergadura é de 16 centímetros e pesa 18 operatividade durante a agressom militar a e governos nom submetidos ao imperialismo. gramas.Líbia no ano passado, é a principal razom para Som já milhares o número de vítimas geradas mudar de emprazamento. Trás Miras encaixa por esta arma do século XXI. Só se precisa de duas pessoas para operar um no perfil que procura o complexo militar drone: um piloto e um técnico de sensores. industrial imperialista pola situaçom Recentemente o governo narco-terrorista Ambos trabalham de forma remota, desde geográfica estratégica para a conca colombiano solicitou aos Estados Unidos estas bases que podem estar no mesmo país do que mediterránea, golfo Pérsico e norte de África, armas para combater as guerrilhas descola a aeronave ou nom. A maior base de e também polo seu espaço aéreo livre de revolucionárias que combatem esse regime drones, da Força Aérea dos USA, está no passo de avions comerciais. oligárquico. Diversas fontes consideram que deserto de Nevada. Os pilotos de drones nom

já operam desde as bases militaeres que tem se exponhem ao inimigo, como o fam os Segundo fontes jornalisticas da imprensa na Colômbia. soldados de infanteria que entram em burguesa galega a operaçom já conta com o combate. visto e praz do construtor Northrop Grumman Também o sionismo emprega drones no seu que analisárom sobre o terreno as idóneas combate contra as organizaçons patrióticas e Umha macro-base no coraçom da condiçons de Trás Miras. revolucionárias palestinianas. Límia

Embora formalmente a base de Trás Miras O Ministério espanhol de Defesa já assinou Umha arma letal contra os povos em estaria sob mando operativo do Exército do Ar um acordo com a NATO para integrar-se no luita espanhol a instalaçom militar estaria p rograma AGS (A l l i ance Ground Os drones son pequenas computadoras com controlada polos Estados Unidos e a NATO.Surveillance), o que dá luz verde para o asas. Podem ser programados para gravar projeto de Trás Miras. vídeo, para espiar conversas e atacar As instalaçons que se projetam construir nos

objet ivos lançando mísse is . Som vindouros anos contariam com um Bases em meio mundo computadores letais. Em 10 anos, os USA aeródromo com cinco quilómetros de pista, Os Estados Unidos contam com bases de passárom de ter 50 a 7.000, atesourando um centro de mando para processar a drones em Etiópia, ilhas Seychelles e Camp 70% das existências mundiais. Nos últimos informaçom facilitada pola aeronaves, um Lemonnier, em Djibouti. Também tem anos, o Pentágono tem reservado umha polígono industrial, umha base secundária da construído umha em Katroun, cidade situada partida anual de 5.000 milhons de dólares NASA, a base europeia do programa Bams, a mil quilómetros ao sul de Trípoli (Líbia). A para comprar estas aeronaves. umha base para a UAV do exército espanhol e estas quatro de caráter “secreto” há que também umha base de UAV da Junta para acrescentar as de Afeganistám e Paquistám. Os dous modelos mais comuns som o vigiláncia e guarda-costas.

Predator e o Reaper.O governo Obama tem previsto construir A construçom da base custaria mais de 250 novas bases em diferentes pontos do planeta. O Predator usa-se, sobre todo, para milhons de euros e albergaria milhares de Além de Trás Miras tenhem em projeto reconhecimento, embora pode ir cargado com soldados ianques.instalar umha base nas ilhas Cocos, ou dous mísseis Hellfire. Mede 8 metros de Keeling, um território sob soberania longo. Atinge os 217 quilómetros por hora e Evitemos base ianque na Galizaaustraliana configurado por 27 ilhas de coral e tem umha autonomia de 700 quilómetros. A instalaçom militar numha comarca tam dous atolons, com uns 600 habitantes. Cada modelo custa 14 milhons de euros. deprimida como esta zona da Límia, Situadas no meio do océano Índico, a metade envelhecida e despovoada, vai contar com o de caminho entre a Austrália e Sri Lanka som O Repaer, conhecido como “caçador apoio dos setores populares sob a o ponto chave para a vigiláncia do mar da assassino”, mede 11 metros. Pode ir justificaçom da criaçom de postos de China. carregado com os mísseis Hellfire e com trabalho. As notícias já espalhadas pola

bombas guiadas por laser. Atinge os 370 imprensa burguesa falam da criaçom de Atualmente os Estados Unidos reconhecem quilómetros por hora e tem umha autonomia 7.000 postos de trabalho diretos e 20.000 que contam com bases de drones em Edwards de 1.800 quilómetros em voo. Cada modelo indiretos, no que é umha clara exageraçom e Maryland (USA), em Catar e na ilha de custa 37 milhons. que procura facilitar o apoio social e evitar Guam, no Pacífico. oposiçom popular.

Estes som os drones convencionais. Porém

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Perante as alarmantes notícias aparecidas nalguns meios de A Límia, como boa parte das comarcas do interior da Galiza, está imprensa, destacando a possibilidade da instalaçom em sobre-empobrecida por um modelo de “desenvolvimento” território galego de umha base da USAF de avions nom- dependente submetido aos ditames de organismos alheios, tripulados, NÓS-Unidade Popular quer manifestar que: como a Uniom Europeia, que provocárom a destruiçom da sua

economia agro-gadeira.1- A instalaçom de bases militares estrangeiras em território A soluçom a sua grave situaçom passa por um plano integral e galego é um ataque intolerável à nossa soberania, mas também endógeno económico, nom por convertê-la na quinta base à segurança do nosso território, porquanto o converte num militar de avions nom tripulados dos Estados Unidos.objetivo estratégico no caso de confronto militar.

4- A esquerda independentista e socialista galega, afirmando-se 2- A utilidade principal dos chamados avions nom-tripulados por nas suas convicçons anti-imperialistas e antimilitaristas, nom parte dos EUA tem sido a da prática da espionagem e do pode mais que manifestar a sua mais profunda oposiçom à assassinato de civis e militares em conflitos bélicos, mas instalaçom no concelho de Trás Miras, na comarca da Límia, também em países onde nom existe umha situaçom de guerra desta base militar e anuncia que, no caso de este projeto for declarada, violando sem qualquer recato as convençons avante, vai opor-se ao seu funcionamento com todos os meios internacionais. Com a construçom desta base, a Galiza passaria ao seu alcance.a ser umha das principais plataformas a partir das quais atua a maior organizaçom terrorista do mundo: o exército dos EUA. 5- A mobilizaçom social é imprescindível para evitar que a Galiza

se converter numha plataforma de agressom aos povos do 3- O apelo que se fará por parte de algumhas instáncias em mundo por parte do Pentágono, a NATO e o exército espanhol.relaçom à criaçom de postos de trabalho como argumento para defenderem esta instalaçom militar é umha mostra da Direçom Nacional de NÓS-UPdegradaçom moral e da plena submissom aos ditados do militarismo imperial norte-americano. Galiza, 20 de fevereiro de 2012

A nossa Pátria necessita soberania para poder resolver os graves problemas económicos e sociais que padece, derivados da dependência política que padece por parte do Estado espanhol.

A base de Trás Miras situa a Galiza no controlar a luita popular pola nossa que nom cumpre o empraçamento de Huelva, epicentro da estratégia militarista dos Estados emancipaçom e libertaçom. que mesmo linda co Parque de Doñana”. Unidos pondo em perigo a nossa segurança ao converter-nos em cúmplices dos crimes A base ocuparia terrenos de Trás Miras e O agora ex-militante do BNG afirmava que o imperialistas, e portanto no alvo de legítimas Sarreaus, à beira de um espaço protegido de Governo devia ser “justo em questons deste açons de represália contra os ataques que alto valor ecológico, a poucos quilómetros de tipo porque do contrário teremos a sensaçom tenham sido organizados desde ai. umha zona de proteçom de ambas. de que a Galiza sempre perde quando se trata

de captar projetos que podem gerar postos de A instalaçom de umha base ianque em Trás De momento tem sido NÓS-UP a única força trabalho e dinamismo económico em Ourense Miras reforçará a ocupaçom militar política que tem manifestado de forma e na Galiza”. Igualmente solicitava a estrangeira do nosso País, a militarizaçom da explícita umha rotunda oposiçom a este necessidade de que as “três organizaçons Límia e da Galiza, o incremento do controlo projeto militarista. Pois em março de 2011, o políticas atuemos como umha só voz neste social da dissidência popular, basicamente daquela senador do BNG José Manuel Pérez tema, e despossuídos de práticas partidistas. das organizaçons revolucionárias e Bouza, solicitou em Madrid a base para Trás Quando há que defender os interesses de independentistas, por parte das agências de Miras “porque segundo parece é o único que Galiza devemos aunar forças”.espionagem norte-americanas que cumpre com todos os requisitos que precisa a destinarám centenares de agentes para empresa para levar a cabo este projeto. Algo

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iniciativa antes das palestras da Escola de Formaçom que nesta ocasiom se intitulava “Olhando para a América insurgente”. A primeira foi ministrada polo dirigente estudantil José Miguel Ramos, e a segunda por Carlos Morais, secretário-geral de Primeira Linha.José Miguel analisou a atual situaçom e orientaçom da revoluçom cubana após sintetizar a história contemporánea da ilha. Carlos Morais avaliou a atual situaçom da esquerda latinoamericana e caribenha logo de realizar um percorrido histórico da luita de classes e anti-imperialista desde o século XIX até a atualidade.

Guardia civil irrompe polo quarto ano consecutivo na EFOs corpos repressivos do Estado interrompêrom de novo polo quarto ano consecutivo o transcurso da Escola de Formaçom de BRIGA e AGIR. Quando na manhá do sábado vários veículos com participantes no encontro juvenil se dirigia a Compostela desde o vizinho concelho de Teu, três veículos da Guardia Civil ordenárom a detençom dos carros à margem da estrada para identificar todas as pessoas que iam dentro deles.

Com esta prática repressiva a Guardia Civil pretende atualizar o As entidades estudantil e juvenil do MLNG realizárom no concelho de seus ficheiros alegais de jovens rebeldes sob a coartada de um Teu, na comarca de Compostela, nos dias 30, 31 de março e 1 de “controlo de segurança cidadá” em plena estrada.abril, a nona ediçom do encontro formativo e de convívio da Este tipo de condutas demonstram mais umha vez que sobra juventude revolucionária galega.polícia, sobra guardia civil, e sobram efetivos mantidos a costa do povo trabalhador. Um roteiro polas branhas compostelanas do Sar foi a primeira

Sexta-feira 23 de março o centro social Lume! de Vigo comemorou o Dia do direito universal dos povos à rebeliom armada, com umha homenagem a Alfonso Cano.

Comandante em Chefe da guerrilha revolucionária colombiana após o falecimento de Manuel Marulanda e assassinado 4 de novembro do ano passado polo estado narco-terrorista de Manuel Santos.

Após umha ceia revolucionária com ementa colombiana tivo lugar um ato onde se incidiu nas origens do 26 de março e na figura de Alfonso Cano, dando leitura a um conto e poesias farianas.

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Hoje comemoram-se quatro anos da redivivo em homenagem o camarada gosto e a honra de conhecê-lo podemos dar desapariçom física do nosso Comandante obreiro antioquenho torturado até a morte testemunha do seu caráter democrático Manuel Marulanda Vélez. Todos os frentes e polo regime conservador laureanista. como condutor de guerr i lhas: o colunas farianas, todos os guerrilheiros e comandante Manuel confiava na direçom milicianos bolivarianos, milhares de Contam já numerosos escritos, de pena coletiva, no debate produtivo, no diálogo e a revolucionários de América e do mundo, fariana e alheia, que Manuel, sendo ainda construçom desde a base.obreiros, camponeses e gentes do comum, um novel comandante das nascentes FARC, lembramos hoje o imortal condutor da dedicou-se ao estudo sistemático dos Embora a inquina com a que a imprensa guerra popular colombiana. clássicos da estratégia guerreira e do oficial o tratou, e do osco talante

marxismo-leninismo. A consciência da guerreirista que lhe adjudicárom, o A sua memória é umha constante em cada importáncia de estes saberes para o comandante máximo das FARC-EP foi a c i o n a r d a n o s s a o r g an i z a ç om desenvolvimento da luita colombiana sempre um amigo da paz. Lançou múltiplas revolucionária. Ele foi o principal arquiteto converteu-no em um erudito da revoluçom, mensagens de diálogo e reconciliaçom à de cada umha das etapas dela, desde as mas nom por vao capricho livresco, senom institucionalidade oligárquica do nosso país suas afastadas origens como resistência de para o desenvolvimento efetivo de umha em procura de umha saída política civilizada massas no agreste Tolima da violência tática e estratégia para a revoluçom o conflito, sem que fora nunca escuitado a chulavita, até a sua consolidaçom como um colombiana. consciência polos verdadeiros responsáveis verdadeiro Exército do Povo na luita por desta guerra tam prolongada.atingir o poder político e pô-lo ao serviço A estatura militar que atingiu foi tal, que um das maiorias nacionais e da construçom da dos seus mais acérrimos adversários, o Hoje, a quatro anos da sua desapariçom Nova Colômbia. general Álvaro Valencia Tovar, em gesto física, enquanto as FARC-EP confrontamos

galhardo, descreveu-no desta maneira: em titánica luita a embestida furiosa do Génio em Marquetália, génio em "Tirofijo é o guerrilheiro mais hábil que tem imperialismo norte-americano, dos seus Riochiquito, génio nos Llanos, invencível produzido o país, (...) Tirofijo é a figura aliados británicos e sionistas, e dos seus diretor da resistência ao Plano Patriota, fijo mais importante que tem produzido a lacaios crioulos, rendemos-lhe homenagem morder o pó da derrota a mais de quatro guerrilha no mundo, guardadas as a Manuel, ao nosso insigne comandante da geraçons de Generais apátridas que proporçons com Ho Chi Min ou qualquer de guerra de guerrilhas móveis, sabendo que adiantárom a guerra suja contra o nosso eles, combatentes guerrilheiros, ideólogos somos partícipes da sua mais grande obra povo, defendendo interesses antinacionais. comunistas que assumírom o liderado como na luita pola construçom de umha Nova

chefes revolucionários e nom como Colômbia, democrática, popular e O camarada Manuel representou em si guerrilheiros. O mesmo general Giap de socialista. Por isso somos FARC-Exército do mesmo a umha geraçom inteira de Indochina nom se lhe compara. Tirofijo é Povo.camponeses que se atrevérom a responder em realidade um mestre da guerra de à violência oficial consuetudinária e a guerrilhas pura. (...) Tirofijo é militar Os filhos e as filhas de Marquetália levantar-se contra umha ordem e um combatendo. E se ele se complementa com gritamo-lo aos quatro ventos: regime político injusto. um homem como Jacobo Arenas, pois Contra o imperialismo, pola Pátria!

chega a ser o binómio de ouro da guerrilha" Contra a oligarquia, polo Povo! No seu abraço profundo com Jacobo Arenas (do livro: Sueños y Montañas de Arturo Camarada Manuel Marulanda Vélez: encarnou-se a necessária aliança obreiro- Alape). Presentes e combatendo! camponesa e o horizonte comunista que Até a vitória!Marulanda acolheu com a sabedoria da sua Questionador permanente da realidade raizame labrega. A identidade com o seu circundante, nunca promoveu a disciplina a Secretariado do Estado Maior das FARC-EPpovo ratificou-se na adopçom do seu nome paus, senom que foi um defensor acérrimo de guerra: o camponês Pedro Antonio Marín da verdadeira disciplina comunista, a Montanhas da Colômbia, 26 de março de converteu-se num Manuel Marulanda, plenamente consciente. Os que tivemos o 2012

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Edita: Capítulo Galiza do Movimento Continental BolivarianoTiragem: 1.000 exemplaresEncerramento de ediçom: 10 de abril de 2012Blogue: www.ccb-galiza.orgCo-e: [email protected]

mentres a sociedade se encontre dividida em classes, mentres exista a exploraçom do homem polo homem. Mas para rematar com esta exploraçom nom é possível prescindir da guerra, que desencadeiam sempre e em todas partes as classes exploradoras, dominantes e opressoras. Há guerra e guerras. Está a guerra aventureira, que serve aos interesses dumha dinastia e ao gosto dumha banda de salteadores, que satisfaz as ambiçons dos heróis

do ganho capitalista. E está a guerra –a única legítima na sociedade

capitalista– contra os opressores e escravizadores do povo. Só os

utopistas e os filisteus podem condenar por princípio semelhante guerra".

A direçom política e militar na luita de massa do povoProletari nº7, 27 de junho (10 de julho) de 1905

"Mas a insurreiçom armada é um aspeto especial da luita política, submetido a leis especiais, que devem ser profundamente analisadas. Karl Marx exprimiu esta verdade dum modo tangível ao escrever que "a insurreiçom armada é, como a guerra, umha arte". Marx destaca entre as regras mais importantes desta arte as seguintes:1. Nom jogar nunca à insurreiçom e, umha vez começada, saber firmemente que há que levá-la a cabo.2. Há que concentrar no lugar e no momento decisivos forças muito superiores, porque do contrário o inimigo, melhor preparado e organizado, aniquilará aos insurretos.3. Começada a insurreiçom, deve-se proceder com a maior energia e passar obrigatória e incondicionalmente à ofensiva. "A defensiva é “Quem admitir a luita de classes nom pode menos que admitir as a morte de toda insurreiçom armada".guerras civis, que em toda sociedade de classes representam a 4. Há que esforçar-se por surpreender ao inimigo, há que aproveitar continuaçom, o desenvolvimento e o recrudescimento –naturais e o momento no qual as suas tropas estiverem dispersas.

em determinadas circunstáncias inevitáveis– da luita de classes. 5. Há que esforçar-se por obter triunfos diários (mesmo poderia

Todas as grandes revoluçons o confirmam. Negar as guerras civis dizer-se a cada hora, se se tratar dumha cidade), ainda que fossem ou esquecê-las seria cair num oportunismo extremo e renegar da pequenos, mantendo por cima de todo a "superioridade moral".revoluçom socialista”. Marx resume as aprendizagens de todas as revoluçons, no que à

insurreiçom armada se referir, citando Danton, o maior mestre de O programa militar da revoluçom proletária tática revolucionária que se conheceu até hoje: audácia, audácia,

Escrito em setembro de 1916 sempre audácia".

Conselhos dum ausenteEscrito em 8 (21) de outubro de 1917"A socialdemocracia nunca considerou a guerra, e tampouco a

Publicado 7 de novembro de 1920 no Pravda nº 250considera agora, desde um ponto de vista sentimental. Condena sem reservas as guerras como meio bestial para resolver os conflitos da humanidade, sabe que as guerras serám inevitáveis

Telmo, Miguel liberdade!