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INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O

ISILDA MARINA ALMEIDA SANTOS

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO

EM DESIGN DE EQUIPAMENTO

Dezembro/2010

Isilda Marina Almeida Santos

Nº 1008346

Gonçalves & Gonçalves

Lugar da Montanheira, Vale de Estrela, N 18-1 km 2.2, 6300-230 Guarda

Tel.: 271 222 059 Fax.: 271 222 059, [email protected]

www.gg.plataformasgps.com

Relatório de Estágio 18-10-2010 a 7-12-2010

Tutor na Instituição: Isaías Esteves – Eng. Técnico Mecânico

Orientador ESTG: Professor Arlindo Ferreira

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO Isilda Santos

Design de Equipamento

Página | ii

Plano de Estágio

O plano de Estágio traçado contemplou o desenvolvimento de projectos tanto de equipamentos,

como de mobiliário contemplando ainda o desenvolvimento de projectos de Design de ambientes

de acordo com o normal funcionamento da empresa.



Página | iii

Resumo de Estágio

O presente relatório de Estágio pretende expor de forma clara e sucinta tanto a Empresa de

acolhimento, onde se desenvolveu o Estágio curricular, quanto os projectos desenvolvidos ao

longo do tempo de duração do estágio.

A empresa acolhedora, denominada Gonçalves & Gonçalves, dedica-se essencialmente ao

comércio de equipamentos industriais (mobiliário e electrodomésticos). Durante a minha

passagem pela Gonçalves & Gonçalves, no Gabinete de Projectos e Orçamentos, foram

desenvolvidos alguns projectos ao nível da implantação de equipamentos em espaços comerciais

e industriais, nos quais participei no desenvolvimento dos projectos em 3D.

O tempo de estágio foi maioritariamente dedicado a três projectos, no entanto foram executados

outros pequenos trabalhos como a elaboração de plantas 2D, em AutoCad, e ainda a actualização

da base de dados referente a produtos comercializados pela GG.

O primeiro projecto tratou-se de uma intervenção num espaço destinado á produção e

comercialização de padaria/pastelaria e ainda de refeições em self-service em Talatona, Luanda.

Este espaço aliava duas vertentes, a comercial e industrial, e para além da implantação de todos

aos equipamentos necessários foi ainda efectuado um projecto totalmente em 3D, demonstrando

ao nosso cliente a potencialidade e aspecto final do espaço.

O segundo projecto foi relacionado com a intervenção ao nível de zonas de trabalho (zona de

atendimento/gabinete e sala de reuniões), numa empresa de Reparações Eléctricas, localizada em

Pinhel. Tendo assim intervindo mais uma vez com a elaboração dos ambientes em 3D, tendo em

conta factores ergonómicos/ funcionais relacionados com a interacção do ser humano num

ambiente de escritório e factores ligados com aspectos estéticos, mas não menos importantes.



Página | iv

O terceiro e último projecto desenvolvido, durante o estagio na Gonçalves & Gonçalves, surgiu

no seguimento de uma grande projecto que estava em desenvolvimento pelo Gabinete. Tendo

sido efectuado um pedido de implantação de equipamentos por parte da Universidade Metodista

de Angola, para o funcionamento de um Hotel /Escola de Hotelaria, que estará incluído num

projecto de um parque de iniciativa Empresarial e Tecnológico em Cacuaco, Luanda. A

implantação de equipamentos foi feita ao nível de todas as áreas funcionais do Hotel, passando

pela cozinha, lavandaria, administração, ginásio, salas de aula, salas de reunião e ainda quartos e

suites.

No entanto devido à escassez de tempo, apenas foi possível efectuar um projecto mais

pormenorizado em 3D do Quarto e da Suite, pondo ainda em prática conhecimentos ao nível de

factores funcionais, pela escolha dos equipamentos e ainda factores estéticos revistos em

pequenos detalhes decorativos.

Procurando acima de tudo, em todos os projectos desenvolvidos, abordar de algum modo

conhecimentos e aptidões adquiridas ao longo do percurso académico.



Página | v

Agradecimentos

Ao longo da vida cruzamo-nos com pessoas fantásticas que nos apoiam e fazem crescer a todos

os níveis. Por isso, só tenho a agradecer a todos os que me têm apoiado principalmente no meu

percurso académico que exigiu muito esforço, muito sacrifício e muita dedicação.

Agradeço à minha família, pais, irmãos e namorado, porque antes de tudo lhes devo tudo aquilo

que sou hoje, apoiando-me a todos os níveis a ultrapassar as dificuldades principalmente nestes

últimos anos.

Tenho a agradecer à instituição de ensino, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, a quem devo

a minha formação e também a todos os professores que de alguma maneira contribuíram para ela.

Relativamente ao presente estágio, tenho a agradecer a oportunidade de poder aplicar e

desenvolver conhecimentos adquiridos ao longo da minha passagem na Gonçalves & Gonçalves.

Aproveito ainda para agradecer ao meu tutor na empresa acolhedora, Eng.º Isaías Esteves, que

me orientou no meu primeiro contacto com o mercado de trabalho ao nível de profissional de

Design.

Agradeço ainda ao meu orientador, Professor Arlindo Ferreira, que me apoiou e me orientou para

alcançar nesta última etapa, a elaboração do Relatório de Estágio.

Um sincero e sentido obrigado a todos aqueles que contribuíram directa e indirectamente, para a

pessoa que sou e profissional que espero ser.



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Índice

Plano de Estágio .......................................................................................................................... ii

Resumo de Estágio .....................................................................................................................iii

Agradecimentos ........................................................................................................................... v

Índice de Figuras ...................................................................................................................... viii

Índice de Gráficos ....................................................................................................................... x

Índice de Quadros ....................................................................................................................... xi

Índice de Anexos ....................................................................................................................... xii

Lista de Abreviaturas ................................................................................................................ xiii

Capítulo I - CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DA INSTITUIÇAO ACOLHEDORA

1.1Enquadramento Histórico.................................................................................................... 1

1.2 Estrutura Organizacional .................................................................................................... 4

1.3 Fornecedores...................................................................................................................... 5

1.4 Certificação ....................................................................................................................... 5

1.5 Projectos ............................................................................................................................ 6

Capítulo II - TRABALHO DESENVOLVIDO

2.1 Padaria/Pastelaria/Restaurante Self-service J. Fredy – Talatona/ Luanda ............................ 8

2.1.1 Zona de Cozinha/ Fabrico e Armazenamento ............................................................ 10

2.1.2 Zona Self-service ....................................................................................................... 13

2.1.3 Zona de Balcão ......................................................................................................... 15



Página | vii

2.2 ELECTROFARO, Reparações Eléctricas - Pinhel ............................................................ 20

2.2.1 Zona de Atendimento ................................................................................................ 21

2.2.2 Gabinete .................................................................................................................... 23

2.2.3 Sala de Reuniões ....................................................................................................... 26

2.3 Hotel Kaop Park – Cacuaco /Luanda ................................................................................ 28

2.3.1 Mobiliário Especial ................................................................................................... 31

2.3.2 Quarto - Design de Ambientes................................................................................... 35

2.2.3 Suite – Design de Ambientes ..................................................................................... 42

Capítulo III - CONCLUSÃO

Bibliografia

Anexos



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Índice de Figuras

Figura 1 - Cozinha / Zona de Lavagem 10

Figura 2 - Zona de Confecção 11

Figura 3- Zona de Confecção (equipamentos de apoio) 12

Figura 4- Elementos de Self-Service (Quente e Refrigerado) 13

Figura 5 - Aspecto Geral da Zona de Self-Service 14

Figura 6- Zona de Atendimento (Balcão/ Vitrinas/ Expositores (Retro Balcão / Retro de Pão) e

Equipamentos de Apoio ao Bar) 15

Figura 7- Zona de Balcão, Detalhe de Equipamentos e Electrodomésticos de Apoio ao Bar 16

Figura 8 - Detalhe Mesas e Cadeiras 17

Figura 9 - Disposição das Mesas e Cadeiras na Sala ao Longo das Paredes Envidraçadas. 18

Figura 10- Zona de Sala com Mesas de Tamanho Superior e Detalhe Decorativo 19

Figura 11- Zona de atendimento, Balcão e Armário Baixo 21

Figura 12 - Sala de Espera Inserida na Zona de Atendimento 22

Figura 13 - Gabinete / Zona de Trabalho (com sugestão para a colocação de monitor) 24

Figura 14 - Gabinete / Zona Lúdica 25

Figura 15 - Sala de Reuniões Aspecto Geral e Acabamento dos Equipamentos. 26

Figura 16 - Apresentação do Projecto Kaop Park 28

Figura 17 - Cabeceira - Acabamento em Carvalho (quarto) 31

Figura 18 – Cabeceira - Acabamento em Zebrano (suite) 31

Figura 19 - Móvel (Secretária e Porta malas) Acabamento em Carvalho (quarto) 32



Página | ix

Figura 20- Móvel (Secretária e Porta malas) Acabamento em Zebrano (suite) 32

Figura 21 - Mesa de Apoio Televisao em Lacado Branco (suite) 33

Figura 22 - Mesa Baixa de Centro em Acrílico 34

Figura 23 - Aspecto Geral do Quarto 35

Figura 24- Ensaio Estético de Vinil Decorativo (aspecto final) 36

Figura 25- Ensaio Estético de Vinil Decorativo 1 37

Figura 26- Ensaio Estético de Vinil Decorativo 2 38

Figura 27- Detalhe da Fenestração do Quarto e Suite 39

Figura 28- Resultado Final da Implantação de Equipamentos e Ambiente em Geral 1 40

Figura 29 - Resultado Final da Implantação de Equipamentos e Ambiente em Geral 2 40



Figura 32 - Aspecto Geral da Zona de Dormir - Suite 42

Figura 33- Aspecto geral da Suite - Zona de Estar e Zona de Dormir 43

Figura 34 - Detalhe da Zona de Dormir 44

Figura 35 - Aspecto Geral da zona de Estar 45

Figura 36 - Zona de Estar - Detalhe dos Painéis Decorativos 46

Figura 37 - Aspecto final da Zona de Estar com Decoração 47



Página | x

Índice de Gráficos

Gráfico 1- Volume de Vendas Total 3

Gráfico 2 - Efectivos Médios de Pessoal 4



Página | xi

Índice de Quadros

Quadro 1- Quadro de participação de Capital Noutras Sociedades 2



Página | xii

Índice de Anexos

Anexo I – Certificado de Qualidade (ISSO 9001:2000) a

Anexo II- Exemplo de Projecto 2D e 3D, Gonçalves & Gonçalves b

Anexo III – Projecto 2D- Padaria/Pastelaria J. Freddy - Talatona Luanda c

Anexo IV- Implantação ELECTROFARO d

Anexo V- Desenho 2D- Hotel Kaop Park (piso 0) e

Anexo VI- Desenho 2D- Hotel Kaop Park (piso 1 e 2) f

Anexo VI- Desenho 2D- Hotel Kaop Park (piso 3 a 5) g



Página | xiii

Lista de Abreviaturas

2 D- Duas Dimensões

3 D- Três Dimensões

GG- Gonçalves & Gonçalves

Capítulo I

CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DA INSTITUIÇÃO ACOLHEDORA



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1.1 Enquadramento Histórico

A Gonçalves & Gonçalves, Lda. é uma empresa de cariz familiar, fundada em 1977 por José

Gonçalves e José Gonçalves de Almeida tendo como objecto social o comércio a retalho. Ao

longo dos anos foi assumindo um papel relevante no mercado de electrodomésticos do Distrito da

Guarda e no mercado de equipamentos e mobiliários para as mais distintas actividades comerciais

e industriais. À data da sua constituição a Guarda era um mercado caracterizado por uma oferta

escassa e pelo isolamento em relação às grandes cidades do país, mais desenvolvidas e com

agentes económicos dotados de uma agressividade comercial bastante grande. A conjugação

destes factores, ausência de concorrência localizada e a dificuldade dos nossos concorrentes do

litoral actuarem neste Distrito, permitiram um rápido crescimento e vinculação no mercado.

Em meados da década de 80, o crescimento verificado justificou a abertura do capital da empresa

a dois funcionários que se haviam notabilizado pelo esforço e empenho. Em 1986 é feita a

escritura que formaliza a entrada de dois novos sócios, José Matos da Silva e José Júlio dos

Santos.

Ao longo dos anos a Gonçalves & Gonçalves, Lda. demonstrou uma capacidade invejável para

atrair funcionários jovens e capazes de renovar os métodos e práticas da empresa. Tendo vindo a

usufruir de uma capacidade invulgar de se renovar, promovendo a mistura entre o saber adquirido

dos mais velhos e a garra e vontade de vencer dos elementos mais jovens. Somos, ao dia de hoje,

uma equipa jovem mas experiente. A mistura de gerações atravessa todos os departamentos e

unidades da empresa. Desde 1992, com a entrada de dois novos elementos no capital da empresa,

Rui Jorge Almeida Gonçalves (1992) e Nuno Miguel Almeida Gonçalves (1998), que este

fenómeno se verifica mesmo ao nível dos sócios e gerência.

De acordo com a evolução e mutação constante do mercado a GG tem vindo a desenvolver

práticas de melhoria contínua com um objectivo comum de profissionalizar a estrutura. Pelo que

em Outubro de 2002, procederam ao rearranjo da estrutura societária e criaram uma empresa



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onde aglutinaram todas as participações no capital, nascendo a Plataforma SGPS, S.A.

(quadro1).

DATA NOME DA EMPRESA CAP.SOCIAL PART

.%

VALOR

PART.

1989 Toiguarda, Lda 784.196,54€ 55% 411.508,27€

1990 Predial Oppidana, Lda. 2.493,99 33,3% 830,50€

1992 S.A.S., Lda. 100.000,00€ 45% 45.000,00€

1997 Alfafrio, Lda. 149.639,37€ 55% 82.301,65€

1987 Iral Comercial, Lda. 29.927,87€ 12,5% 3.740,98€

1996 Refrescante, Lda. 24.939,89€ 85% 21.198,91€

1996 Garagem D. José, Lda. 750.000,00€ 55% 412. 500,00€

1997 Carvalho Homem C. Ass., Lda. 9.975,96€ 20% 1.995,19€

1998 Escola Condução Est. Guarda,

Lda.

154.627,35€ 06% 9.277,64€

1999 CIAAG-Com.Int.Autom. E

Aces., Lda.

100.000,00€ 55% 55.000,00€

1999 Marques & Gonçalves, Lda. 10.000,00€ 55% 5.500,00€

1999 Predial da Montanheira, S.A. 200.000,00€ 9% 18.000,00€

2002 Predial da Montanheira, S.A.

(aquisição 82%)

Aq.82% 82% 164.000,00€

2000 Alto Leomil – Comércio

Combustíveis, Lda.

5.000,00€ 70% 3.500,00€

2001 Checo Car- Comercio Veic.

Autom., Lda.

100.000,00€ 55% 55.000,00€

2002 PLIE GUARDA, S.A. 50.000,00€ 10% 5.000,00€

2003 C.D.V – Comércio e Distrib.

Veículos Lda.

400.000,00€ 0.3% 1.250,00€

Quadro 1- Quadro de participação de Capital Noutras Sociedades

Fonte: Apresentação GG



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O seguinte gráfico representa claramente o crescimento da empresa expresso em volume de

negócios nos últimos anos (gráfico 1).

Gráfico 1- Volume de Vendas Total


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1.2 Estrutura Organizacional

Ao nível da estrutura da empresa, neste momento conta com 37 colaboradores dos quais 34

pertencem ao quadro da empresa e 3 tem contrato de trabalho a tempo certo (gráfico 2).

Gráfico 2 - Efectivos Médios de Pessoal


50 5

1

50 5

2

48

44

38

37

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

Efe

ctivo

s M

éd

ios d

e P

esso

al

ANO

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009



Página | 5

1.3 Fornecedores

No que toca à escolha dos fornecedores os critérios definidos são bastante rigorosos, devendo

para isso os fornecedores possuir uma qualidade superior, produtos tecnologicamente avançados

e capacidade para acompanhar a dinâmica do mercado.

No intuito de fornecer soluções integradas são seleccionados de um vasto conjunto de

fornecedores, escolhidos de acordo com os critérios enumerados.

1.4 Certificação

Estando presentes no mercado do Distrito da Guarda há mais de vinte anos e de modo a

acompanhar e participar activamente na evolução deste território. O esforço desta instituição foi

sempre no sentido de corresponder às necessidades dos clientes, procurando de forma incessante

as melhores soluções disponíveis e adaptando a organização às exigências, crescentes, do

mercado. Durante este percurso foram imensas as alterações introduzidas à forma de trabalhar,

tendo consciência que o valor que acrescentado depende da coordenação e capacidade de gestão

dos fornecimentos efectuados. Tendo por isso iniciado o processo de certificação da qualidade

dos processos utilizados no desenvolvimento da actividade (Anexo I- Certificado De Qualidade

(ISO 9001:2000).

Considerando que a Gonçalves & Gonçalves está preparada para dar resposta às necessidades,

expectativas e exigências dos seus clientes, acreditam poder fazer melhor e não vão furtar

esforços a este objectivo, recorrendo a todos os instrumentos que estejam disponíveis.

Tendo como objectivos:

Satisfazer as necessidades dos clientes;

Aumentar a produtividade;

Promover a realização sócio profissional dos trabalhadores.



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1.5 Projectos

O seu sonho, para ser economicamente viável, tem de ser pensado, projectado e executado com

rigor. Um espaço profissional deve obedecer a uma lógica que importa respeitar, criando assim a

base para o êxito que todos ambicionamos.

A forma como lê o mercado em que actua é única, tornando exclusivo o método de

desenvolvimento do seu negócio. Pensar um espaço para desenvolver uma actividade industrial,

comercial ou de carácter social é o primeiro passo para o êxito da mesma. O equilíbrio entre a

capacidade a instalar e as necessidades do mercado a que vai dar resposta, a disposição do

equipamento no espaço de forma a que as tarefas necessárias à realização da actividade sejam

desenvolvidas da forma mais eficaz e a promoção de uma certa harmonia entre o espaço, os

utilizadores finais e o próprio explorador do mesmo só é possível através da interacção entre a

empresa fornecedora e o cliente explorador do espaço.

Na Gonçalves & Gonçalves, Lda. o projecto é o cerne da questão, não só vendem equipamentos,

executam ideias que ajudam a converter num negócio que todos acreditam ser de êxito.

Como se pode ver no Anexo II – Projecto de um Gabinete 2D e 3D, um exemplo de um projecto

de implantação de um gabinete em 2D e 3D, mas têm ainda a possibilidade de efectuar projectos

completos de gás, electricidade, águas e esgotos.

Capítulo II

TRABALHO DESENVOLVIDO

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Ao longo do presente estágio foram desenvolvidos diversos trabalhos e projectos, essencialmente

ao nível de espaços comerciais e industriais, tanto em 2D como 3D, tendo desenvolvido três

projectos, nos quais empenhei grande parte do tempo de estágio.

Inicialmente e para termos um melhor conhecimento a cerca da actividade e funcionamento da

empresa tivemos uma breve formação relativamente ao sistema interno da empresa, o “Citrix”1,

onde pudemos aceder e actualizar a base de dados dos equipamentos comercializados, como é o

caso especifico do “Navision”2.

Tendo assim, efectuado a actualização da base de dados, de algumas das muitas marcas

comercializadas pela Gonçalves & Gonçalves, como por exemplo a FAGOR, FRIEMMO,

SAMMIC, ALITAL E JMS, na vertente de equipamentos industriais.

Para a actualização da base de dados interna da Gonçalves & Gonçalves foi necessário recorrer á

utilização de um programa de tratamento de imagem (Photoshop CS3) de modo a alterar fundo,

tamanho e formato das imagens, tendo em conta que estas imagens ficarão disponíveis na base de

dados e serão posteriormente utilizadas em propostas e orçamentos.

Como já referi, desenvolvi três projectos que passo a expor de seguida mais

pormenorizadamente.

1 Citrix – É o sistema interno adoptado pela empresa, consiste numa network que liga todos os

colaboradores a uma só rede permitindo uma fácil transacção e partilha de informações. 2 Navision – É uma das aplicações do Citrix na variante de orçamentação e projecto.



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2.1 Padaria/Pastelaria/Restaurante Self-service J. Fredy – Talatona/ Luanda

Inicialmente foi-nos fornecido o levantamento do espaço efectuado por um arquitecto de Luanda,

no entanto, as informações recebidas eram inconsistentes com a realidade pelo que tivemos que

entrar novamente em contacto e pedir mais informações relativamente ao espaço e sua

disposição.

O cliente, por intermédio do Arq. Luís Gaspar, solicitou que tivéssemos em atenção algumas

exigências como a implantação de equipamentos Self-service, a intervenção na zona de confecção

passando pela implantação de todos os equipamentos necessários à produção de pastelaria e

padaria e uma zona mais ampla destinada à zona de sala e balcão de atendimento com vitrinas de

confeitaria e geladaria.

Segundo exigência do cliente, teríamos, portanto, que intervir em quatro zonas distintas, a zona

de cozinha (confecção/ armazenamento de frio e secos), zona de self-service, zona balcão e zona

de sala.

Efectuando inicialmente um desenho em 2D com a implantação de todos os equipamentos que

viriam a ser instalados (consultar Anexo III – Desenho 2D, J. Freddy) de modo a obtermos a

confirmação da correcta disposição de equipamentos e do espaço em si, procedemos

posteriormente à elaboração do espaço em 3D de modo a mostrar ao cliente a potencialidade do

espaço de acordo com a implantação e equipamentos seleccionados.

Na elaboração do projecto em 3D, foram utilizados alguns blocos fornecidos pelas próprias

marcas e outros desenvolvidos por antigos estagiários, no entanto, na ausência de blocos para a

elaboração do espaço, houve a necessidade de criar alguns equipamentos com base nas descrições

técnicas e estéticas constantes em catálogos e tabelas das marcas, como foi o caso das mesas e

cadeiras, algumas bancadas, a câmara frigorífica e o estrado para armazenamento de secos.



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De acordo com o espaço existente, tivemos de considerar alguns factores, como a localização

geográfica do espaço e o facto de conter duas frentes completamente envidraçadas, o que

condiciona bastante o ambiente térmico do espaço; no entanto, a entrada de luz natural é óptima e

como tal posicionámos neste espaço a zona de sala.

Na zona de balcão considerámos a actividade que viria a ser desenvolvida no estabelecimento e

portanto, nesta zona, teriam que existir equipamentos e electrodomésticos de apoio tanto ao

café/bar, como máquina de café e respectivo moinho, máquina de gelo, máquina de lavar copos e

bancadas tanto de apoio a cafetaria (com módulo de gavetas e tulha de borras3), como ainda uma

bancada de lavagem e ainda de exposição dos produtos confeccionados.

Para além da confecção de pastelaria e padaria, o cliente vai ainda dispor no mesmo espaço de

um serviço de refeições em self-service, de acordo com exigência do cliente.

3 Tulha de borras – compartimento utilizado em cafetaria para a dispensa de borras de café.



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2.1.1 Zona de Cozinha/ Fabrico e Armazenamento

Este espaço, por sua vez, vai estar dividido em três zonas distintas, uma zona de cozinha, com

equipamento para lavagem e confecção, uma zona de fabrico com os equipamentos de produção

tanto para padaria quanto para pastelaria e uma zona de armazenamento composta por uma

câmara de frio e um espaço de armazenamento de secos.

Na zona da cozinha foram colocados todos os equipamentos destinados à lavagem, como se pode

constatar na Figura da figura 1; tendo sido implantadas duas bancadas, uma de lavagem com

máquina de lavar louça e ainda uma bancada de apoio e um móvel mural, para arrumação.

Figura 1 - Cozinha / Zona de Lavagem

Fonte: Elaboração Própria



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Na zona de cozinha ainda está contemplada a colocação de alguns equipamentos para a

confecção de alimentos, fogão, fritadeira e fry top4, observar Figura da figura 2.

Figura 2 - Zona de Confecção


4 Fry top- Grelhador, nome comercial utilizado.



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Na zona de Fabrico foram colocados equipamentos para confecção de padaria e pastelaria, como

um forno, (devido à falta de espaço, o mesmo forno servirá para padaria e para pastelaria e estará

acoplado á zona de confecção (consultar ilustração da Figura 2)), uma batedeira, uma

amassadeira, uma bancada refrigerada de apoio a esta zona, um lava mãos e um balde de detritos

(consultar ilustração da Figura 3).

Figura 3- Zona de Confecção (equipamentos de apoio)




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2.1.2 Zona Self-service

Nesta zona foram colocados dois equipamentos de self-service (consultar ilustração da figura 4),

tendo em conta que um é refrigerado e o outro quente, tivemos ainda que levar em consideração a

colocação de duas vitrinas expositoras refrigeradas verticais e uma mesa armário de apoio a esta

zona.

Uma visão do aspecto geral da zona de self-service está ilustrada na figura 5.

Figura 4- Elementos de Self-Service (Quente e Refrigerado)




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Figura 5 - Aspecto Geral da Zona de Self-Service




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2.1.3 Zona de Balcão

Esta é uma zona de trabalho que vai servir de apoio à sala, contendo um balcão, composto por

uma vitrina refrigerada para pastelaria, por uma vitrina refrigerada para gelados e um elemento

balcão caixa, todos os equipamentos são da linha Passion da marca Jordão (Cooling Systems).

A disposição dos equipamentos está ilustrada na figura 6.

Figura 6- Zona de Atendimento (Balcão/ Vitrinas/ Expositores (Retro Balcão / Retro de Pão) e Equipamentos

de Apoio ao Bar)




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Na parede posterior ao balcão de atendimento colocámos uma mesa de lavagem, uma mesa de

cafetaria, com máquina e moinho de café, como se pode observar no detalhe da figura 7.

Colocámos ainda um retro-balcão e um retro de pão, tendo em conta uma das actividades do

espaço, como se pode observar na figura 6.

Figura 7- Zona de Balcão, Detalhe de Equipamentos e Electrodomésticos de Apoio ao Bar




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2.1.4 Zona de sala

Nesta zona, a mais rica do espaço, aquela em que pudemos apostar mais na estética, tanto na

escolha do mobiliário, mesas e cadeiras (observar Figura 8), como nos materiais a aplicar. Em

termos de materiais aplicados procurámos ir de encontro com as raízes do local tentando, acima

de tudo, manter um aspecto geral sóbrio, sem demasiada decoração e com alguns apontamentos

de cor vibrante; como se pode observar na ilustração da figura 9, o aspecto geral do espaço ao

nível da decoração e cores.

Figura 8 - Detalhe Mesas e Cadeiras




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O espaço apresenta boas condições, tendo em conta as duas frentes envidraçadas ao longo das

quais foram dispostas as mesas, aproveitando a luz natural (observar figura 9).

Figura 9 - Disposição das Mesas e Cadeiras na Sala ao Longo das Paredes Envidraçadas.


Devido aos condicionalismos arquitectónicos, o espaço requeria um “corredor” de passagem de

acesso a uma das saídas, pelo que optámos pela implantação de mesas de tamanho superior junto

à mesma, introduzindo um elemento decorativo na parede posterior a essa zona, fazendo uma

ligação com o restante espaço, como se pode observar na ilustração da figura 10.



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Figura 10- Zona de Sala com Mesas de Tamanho Superior e Detalhe Decorativo




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2.2 ELECTROFARO, Reparações Eléctricas - Pinhel

Por intermédio de um comercial da G&G, chegou-nos um pedido para a elaboração de um

projecto de implantação de equipamentos para uma empresa de reparações eléctricas,

denominada ELECTROFARO, e sitiada na cidade de Pinhel.

O cliente requeria a nossa intervenção em três espaços, espaço de atendimento, um gabinete e

uma sala de reuniões.

De acordo com o levantamento efectuado, foram elaboradas plantas dos espaços e posterior

implantação dos equipamentos exigidos pelo cliente, como se pode ver no desenho 2D (consultar

Anexo IV).

No entanto, no que diz respeito ao desenho 3D, procurámos dar um toque mais acolhedor e mais

personalizado, acrescentando algumas peças de mobiliário como: sofás; mesas de apoio;

candeeiros entre outros elementos, de modo a mostrar ao nosso cliente a potencialidade do seu

espaço.



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2.2.1 Zona de Atendimento

Nesta zona, a nossa intervenção foi basicamente ao nível da implantação de um balcão, de uma

cadeira e um armário baixo de apoio, conforme ilustração da figura 11.

Figura 11- Zona de atendimento, Balcão e Armário Baixo


Neste caso, a nossa função foi atribuir a este espaço maior conforto, tornando-o mais acolhedor

através dos materiais, das cores e da inserção de algumas peças de mobiliário, como sofás e mesa

de apoio, de modo a proporcionar aos clientes uma sala de espera agradável (observar Figura 12).



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Figura 12 - Sala de Espera Inserida na Zona de Atendimento


A informação disponibilizada sobre este espaço era insuficiente, por exemplo, não sabíamos se

havia iluminação natural; só nos foi dado conhecimento de algumas cotas referentes à parede

posterior ao balcão e à parede adjacente.

O cliente escolheu praticamente todos os equipamentos, a linha do balcão, das cadeiras dos

armários. A partir destes elementos foram escolhidas as cores e equipamentos extra (sofá/mesa de

apoio e bengaleiro).



Página | 23

2.2.2 Gabinete

Neste espaço também contámos com algumas restrições, pois, os equipamentos também foram

todos seleccionados pelo cliente, e mais uma vez, a nossa função foi fazer uma correcta

distribuição dos equipamentos, proporcionando um espaço agradável, confortável e uma zona de

trabalho projectada com conhecimento das especificidades de um espaço de trabalho destinado a

escritório.

A zona de trabalho foi posicionada levando em consideração as duas entradas de luz natural e os

dados do levantamento do espaço. Baseado nestes elementos, tornou-se relativamente simples

projectar o espaço, tendo sido proposta ao cliente, uma solução ergonómica, com abundante

luminosidade natural e com a localização dos equipamentos de modo a evitar a incidência de luz

directa no monitor do computador, evitando, deste modo, os tão indesejados e nefastos reflexos

no monitor. A disposição deste espaço está esquematizada na ilustração da figura 13.



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Figura 13 - Gabinete / Zona de Trabalho (com sugestão para a colocação de monitor)


Neste mesmo espaço, a título de sugestão ao cliente, inserimos ainda uma zona mais lúdica para

receber de uma forma mais informal, como se pode observar na Figura 14.



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Figura 14 - Gabinete / Zona Lúdica

Fonte: Elaboração Própria.



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2.2.3 Sala de Reuniões

Relativamente a este espaço também possuíamos pouca informação, nomeadamente no que toca

ao espaço em geral, aberturas para o exterior e outros aspectos construtivos.

Com os elementos disponíveis, foi elaborada uma imagem 3D, com o intuito de demonstrar o

tipo e posicionamento dos equipamentos, e aspecto geral do espaço relativo à solução proposta.

De acordo com exigência do cliente teríamos apenas que colocar uma mesa de reuniões para

aproximadamente seis pessoas e respectivos lugares, e ainda três módulos de armários, um

módulo direito, um módulo esquerdo e um central com portas de vidro, como se pode observar na

ilustração da figura15.

Figura 15 - Sala de Reuniões Aspecto Geral e Acabamento dos Equipamentos.




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Neste espaço, apostámos ainda na decoração da parede posterior à mesa de reuniões, com um

vinil decorativo, com imagem alusiva à cidade de Pinhel (Igreja dos Frades/Pinhel), apostando

ainda nos materiais e harmonia de cores fazendo uma interligação harmoniosa com os restantes

espaços onde intervi.



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2.3 Hotel Kaop Park – Cacuaco /Luanda

O hotel Kaop Park situado em Angola, Luanda no município de Cacuaco, vai estar inserido num

projecto empresarial e tecnológico de iniciativa privada da Sociedade de Desenvolvimento de

Projectos Imobiliários e ocupará uma área de 170.000 m ², conforme ilustração da figura 16.

Figura 16 - Apresentação do Projecto Kaop Park

Fonte: www.kaoppark.com



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“Este projecto prevê a instalação de 53 armazéns, um centro de escritórios e um condomínio de

nove edifícios com apartamentos T3, num total de 216 apartamentos, estando prevista a

conclusão da construção de dois deles no primeiro trimestre de 2011. Neste centro de escritórios

vai funcionar uma Incubadora de Empresas, instituições bancárias, salas de reunião/formação, um

anfiteatro, posto médico, farmácia, restaurantes e escritórios.

Carina Neves garantiu que a primeira fase do projecto deve estar concluída em Dezembro do ano

corrente. (…) "A intenção da empresa é garantir empregos às populações que residem nos

arredores do município de Cacuaco e contribuir para a estratégia de gestão urbana do

Governo", explicou, adiantando que, do seu ponto de vista, o projecto não só vai beneficiar

empresas, como também vai favorecer as populações de baixo rendimento, com a construção de

casas sociais para os trabalhadores. A empresa apresentou à administração de Cacuaco uma

proposta na qual manifesta a pretensão de também requalificar algumas habitações, tornando-as

mais modernas, apetrechando-as com um parque infantil, chafariz, um contentor sanitário e uma

creche para os filhos dos trabalhadores.

No mesmo recinto, onde nasce o Kaop Park, haverá um hotel de cinco estrelas, com 104 quartos

e uma escola para formação em hotelaria (…)”5

De acordo com a importância e envergadura deste projecto, este foi sem dúvida o mais aliciante e

também o mais moroso, exigindo um aprimoramento dos equipamentos e ambientes apostando

em detalhes.

Foi-nos proposto, por parte da Universidade Metodista de Angola, a implantação de todos os

equipamentos de cozinha, lavandaria, restaurante, bar, recepção, ginásio, administração do piso 0

(Anexo V), das salas de aula e salas de conferência do piso 1 e 2 (Anexo VI) e ainda dos quartos

e suites dos pisos 3 a 5 (Anexo VII).

5 http://jornaldeangola.sapo.ao/15/0/n...ta_em_projecto 07-12-10



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A minha colaboração neste projecto passou pelo desenvolvimento do projecto 3D do espaço e

equipamentos para os quartos e suites configurando uma proposta de design de ambientes e

equipamentos para estes espaços.

Tendo ainda em conta, que praticamente todos os equipamentos constantes nestes desenhos são

de produção especial, nomeadamente as cabeceiras, com mesas-de-cabeceira já incluídas, mesas

de apoio, móvel secretária e porta malas.

Os equipamentos foram projectados para serem comuns tanto ao quarto quanto à suite, tendo

havido algumas alterações relativamente a cores, acabamento e materiais aplicados, visto que os

espaços por terem um carácter diferente assim o exigiram.



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2.3.1 Mobiliário Especial

Cabeceira

A cabeceira a aplicar na parede posterior às camas foi projectada com base na medida das mesas-

de-cabeceira e dos sommiers6 que integram o conjunto, acrescentando uma margem de 300 mm

de modo a estes poderem ser afastados, consultar Anexo VIII, Mobiliário Cotado.

As mesas-de-cabeceira foram concebidas para estar acopladas à cabeceira formando uma só peça,

ao nível dos materiais a cabeceira apresenta a possibilidade de ter acabamento diferente, carvalho

ou zebrano e as mesas em lacado branco (ver Figura 17/18).

Relativamente ao sistema de abertura das gavetas, após alguma ponderação, concluímos que seria

uma boa opção o “sistema de click”7 que permite ter uma superfície lisa e sem a necessidade de

recorrer á aplicação de puxador.

6 Sommiers- estrado com colchão.

7 “Sistema de click”- sistema de abertura de gavetas/portas por meio de uma mola.

Figura 17 - Cabeceira - Acabamento em

Carvalho (quarto)


Figura 18 – Cabeceira - Acabamento em Zebrano

(suite)




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Secretária com Porta Malas

Ergonomicamente foi feita uma pesquisa ao nível das medidas básicas a aplicar na concepção

deste equipamento de acordo com a sua função. Uma das suas funções é tornar-se numa área de

trabalho e como tal tem que estar adaptada a essa função procurando assim considerar medidas

antropométricas.

Esta peça de mobiliário é muito versátil visto que conjuga numa só peça três funções, secretária

(área de trabalho), porta malas e mini bar, como se pode ver na peça desenhada, ver Anexo VIII,

Mobiliário Cotado.

Este factor demonstrou-se de elevada importância principalmente no projecto do quarto onde a

área disponível era mais reduzida, tendo neste caso concreto, tomado mais uma função,

transformando-se também em móvel de apoio para a televisão.

Por questões estéticas foram colocadas, na zona de porta malas, umas ripas de metal, que apesar

da sua colocação se dever a um factor estético pode-se antever uma potencialidade funcional,

tendo em conta que podem proteger esta superfície do desgaste.

Ao nível dos materiais aplicados foi na mesma linha das cabeceiras, tampo superior em lacado

branco, e acabamento geral em zebrano (na suite) e em carvalho (no quarto), como se pode ver

nas ilustrações 19/20.

Figura 18 - Móvel (Secretária e Porta malas)

Acabamento em Carvalho (quarto)


Figura 19- Móvel (Secretária e Porta malas)

Acabamento em Zebrano (suite)




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Mesas de Apoio

As mesas de apoio constantes neste projecto foram apenas inseridas na suite (de

aproximadamente 40 m2), devido ao facto de contarmos com uma área de acção maior do que no

quarto (consultar Anexo VIII, Mobiliário Cotado).

Uma das mesas consiste numa mesa de apoio para a televisão em lacado branco (observar Figura

21) e outra consiste numa mesa baixa de centro em acrílico, como se pode constatar pela

ilustração da Figura 22. Ambas as peças estão inseridas na suite mas numa zona de estar,

fisicamente separada da zona de dormir por divisórias feitas com armários.

Figura 20 - Mesa de Apoio Televisão em Lacado Branco (suite)




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Figura 21 - Mesa Baixa de Centro em Acrílico




Página | 35

2.3.2 Quarto - Design de Ambientes

Tal como referi anteriormente, os equipamentos desenvolvidos foram inseridos tanto no quarto

quanto na suite, no entanto o espaço disponível no quarto era menor, tendo apenas uma área de

aproximadamente 20 m2, permitindo apenas a colocação de algumas peças de mobiliário básicas,

observar ilustração da figura 23.

Figura 22 - Aspecto Geral do Quarto




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Tentámos para o efeito final distribuir da melhor maneira o mobiliário básico de modo a obter um

conjunto harmonioso, tendo em conta que este espaço tem um cariz mais simples do que a suite.

Segundo uma das exigências do nosso cliente teríamos que inserir no ambiente a aplicação de

alguns elementos decorativos como quadros, candeeiros entre outros. Em alternativa aos quadros

apostámos na aplicação de vinil decorativo com imagem alusiva à cultura de Angola, dos quais

constam os seguintes ensaios estéticos, observar ilustrações das figuras 24/25 e 26.

Figura 23- Ensaio Estético de Vinil Decorativo (aspecto final)




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Figura 24- Ensaio Estético de Vinil Decorativo 1




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Figura 25- Ensaio Estético de Vinil Decorativo 2


Tentámos levar em consideração tanto a função do espaço como factores relacionados com o

clima e cultura do local, acima de tudo, não podemos esquecer que o hotel está inserido num

parque empresarial e tecnológico com os seus valores relacionados com o progresso e evolução

tecnológica.

Considerando que este espaço apresenta aberturas muito estreitas para o exterior (observar

ilustração da Figura 27), o que se adequa ao clima árido sentido nesta zona da costa Angolana, no

entanto se em termos térmicos esta solução é boa, em termos da recepção de iluminação natural

torna-se bastante limitadora.



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Figura 26- Detalhe da Fenestração do Quarto e Suite


De acordo com o projecto de arquitectura que nos foi enviado tínhamos a considerar que grande

parte das paredes, tanto da suite como do quarto, teriam revestimento em madeira. Relativamente

ao facto de existirem pequenas fontes de iluminação natural condicionou a escolha das cores e

acabamento da madeira das paredes, do mobiliário e restantes objectos, procurando cores mais

claras e luminosas.

Até chegar ao resultado final que foi proposto ao nosso cliente procedemos a algumas alterações

a nível estético, pelo que uma das alterações mais significativas foi a modificação do tipo de

madeira, passando a ser utilizado carvalho em vez do zebrano que era uma das exigências iniciais

do cliente, visto numa vista geral do espaço o aspecto “riscado” o que limitava a escolha de

outros padrões e imagens para o espaço.

Numa fase inicial verificámos que existia um conflito de informação devido ao tipo de madeira

com o padrão “listrado” dos tecidos.

O resultado final deste espaço exigiu bastante ponderação ao nível estético e bastantes

experiências de cores e materiais, conforme a ilustração das figuras 28, 29, 30 e 31.



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Figura 27- Resultado Final da Implantação de Equipamentos e Ambiente em Geral 1


Figura 28 - Resultado Final da Implantação de Equipamentos e Ambiente em Geral 2




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2.2.3 Suite – Design de Ambientes

A nossa intervenção neste espaço foi ao nível do mobiliário e ambiente em geral, apesar do

mobiliário ser comum ao quarto o tipo de material, cor e acabamento é diferente.

Neste caso, mantivemos a tipologia de material escolhido pelo cliente, o zebrano, no entanto ao

nível do resto da decoração, materiais têxteis e cores tivemos que ser mais contidos e manter tudo

mais sóbrio, como se pode constatar na ilustração da Figura 32.

Figura 31 - Aspecto Geral da Zona de Dormir – Suite




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Este espaço apresentava um maior potencial a explorar, tendo em conta que contávamos com

uma área de intervenção de cerca de 40m2, no entanto, fisicamente, o espaço estava parcialmente

dividido, através da colocação de dois armários com uma altura igual ao pé direito da divisão.

Portanto, no mesmo espaço tivemos duas zonas distintas, uma zona de dormir e uma zona de

estar, observar ilustração da Figura 33.

Figura 32- Aspecto geral da Suite - Zona de Estar e Zona de Dormir




Página | 44

Zona de Dormir

A zona de dormir consiste apenas no conjunto formado pela cabeceira e sommiers; ao nível da

decoração foram colocados candeeiros nas mesas-de-cabeceira e na parede posterior à cabeceira.

Foi sugerida a aplicação de um papel de parede, com um padrão em relevo em tons de branco,

como se pode verificar na ilustração da Figura 34.

Figura 33 - Detalhe da Zona de Dormir


Ao manter a madeira zebrano nos móveis, houve necessidade de apostar numa decoração onde

não abundassem padrões e cores, optando por um tom sólido (grená) para aplicar em todos os

têxteis, formando um apontamento de cor (observar ilustração da Figura 34).



Página | 45

Zona de Estar

A zona de estar foi englobada na suite, de modo a atribuir ao espaço mais conforto, tendo em

conta que o espaço disponível era o ideal.

Apesar de ainda ser um espaço com uma considerável dimensão, mantivemo-nos na mesma linha

da zona de dormir, aplicando peças de mobiliário com linhas simples e actuais e os mesmos tons

fazendo a ligação dos dois espaços, como se pode observar na ilustração da ilustração da Figura

33, onde se pode constatar a interligação harmoniosa dos dois espaços.

Ao nível de mobiliário, para além do sofá de três lugares, que estava contemplado na

implantação, foram adicionados mais alguns itens, como a mesa de televisão; a mesa baixa de

centro e restantes peças de decoração, observar ilustração da Figura 35.

Figura 34 - Aspecto Geral da zona de Estar




Página | 46

Como já referi mantivemo-nos na mesma linha, simplicidade dos padrões e cores e apostámos

numa decoração sóbria e que demonstrasse a preocupação na interligação harmoniosa dos

espaços. Como tal na parede posterior ao sofá optamos pela colocação de uma peça única, feita

de propósito para este espaço, com vários painéis aplicando os materiais utilizados, o zebrano e o

lacado branco intercalado com alguns painéis de espelho (conforme ilustração da Figura 36),

numa tentativa de mais uma vez de embelezar e unificar o espaço, (conforme ilustração da Figura

37).

Figura 35 - Zona de Estar - Detalhe dos Painéis Decorativos




Página | 47

Figura 36 - Aspecto final da Zona de Estar com Decoração


Capítulo III

CONCLUSÃO



Página | 48

O desenvolvimento de projectos em contexto de trabalho revelou-se bastante enriquecedor,

considerando que, após o estágio, obtemos uma preparação académica mais identificada com as

actividades a desenvolver em contexto de trabalho. Não é novidade para ninguém que, em

contexto de trabalho, adquirimos e desenvolvemos novas competências, para além das adquiridas

em contexto académico.

O nível de exigência nesta fase, é completamente diferente, pois, é-nos exigido uma outra

postura, consciência e avaliação relativamente a determinados conceitos e problemas.

Por outro lado, ao longo do Estágio deparei-me com algumas dificuldades, relativamente a

algumas lacunas em termos de conceitos mal consolidados ao longo do percurso académico, ou

por inexistência de unidades curriculares que abordem determinados conceitos que são

valorizados no mercado de trabalho, como por exemplo ao nível da orçamentação.

Num primeiro contacto com a normal actividade do Gabinete de Projectos e Orçamentos pude ter

consciência do funcionamento, dos processos e ainda das relações entre os membros da empresa,

e destes com os clientes.

Uma das dificuldades com que me deparei desde inicio, foi a escassez, e por vezes a inexistência,

de informação relativamente aos projectos, normalmente dimensões, o que constitui um factor

aparentemente limitador, pois, a falta de informação conduz a que alguns factores importantes

não sejam imediatamente levados em consideração. Por outro lado, estas limitações constituem

sempre um desafio acrescido, pois, os pontos fracos de um projecto devem ser devidamente

explorados de forma a permitir a identificação de oportunidades de diferenciação em relação ao

comum; este constitui um grande desafio para o profissional de design.

Numa fase inicial de um projecto contando apenas com algumas medidas, levantamento

normalmente em 2D (á mão), tornou-se necessário procurar informações relativamente a normas

de Arquitectura, nomeadamente altura de portas, medidas standard ou recomendadas para janelas

e outros pormenores Arquitectónicos.



Página | 49

Como tal, e para superar estas barreiras, foi essencial a consulta de um manual, que serviu de

apoio, e ajudou a colmatar as lacunas existentes no levantamento, pois, dois dos projectos

desenvolvidos eram localizados em Angola e todas as informações recebidas eram-no por meio

de intermediários, o que dificultava, mais uma vez, o desenvolvimento dos projectos.

Outra grande dificuldade sentida ao longo do Estagio foi ao nível da elaboração dos projectos em

AutoCad, apesar de ter tido unidades curriculares tanto de AutoCad 2D como 3D, foi realmente

ao longo do estágio que me deparei com mais dificuldades obrigando-me a investigar e procurar

respostas.

Em suma, apesar das dificuldades, e estas fazem parte de qualquer actividade profissional, julgo

ter realizado um trabalho válido, quer do ponto de vista académico quer do ponto de vista

profissional. Da minha parte, não tenho dúvidas em afirmar que, após este estágio, sinto-me

muito mais competente para exercer a actividade profissional.



Página | 50

Bibliografia

Documentada:

NEUFERT, Peter e Ludwing Neff. Casa Apartamento Jardim – Projectar com

Conhecimento. Construir correctamente. – Editora Gustavo Gili, Barcelona, 2007.

OLIVEIRA, Adriano. Autocad 2009. Um novo conceito de modelagem 3D e

Renderização. Editora Erika, São Paulo, 2008.

PANERO, Julius e Martin Zelnik. Las Dimensiones Humanas en los Espacios Interiores.

Estandares Antropométricos. Editora Gustavo Gili, Barcelona 2002.

GIBBS, Jenny. Design de Interiores. Guia Útil para Estudantes. Editora Gustavo Gili,

Barcelona 2010.

KROEMER, K.H.E e E. Grandjean. Manual de Ergonomia. Adaptando o Trabalho ao

Homem (5ª Edição). Editora Bookman, Brasil 2005.

Josidio, Philip. Architecture Now! Bars And Restaurants. Editora Taschen, 2009

Digital8:

www.kaoppark.com

www.jornaldeangola.sapo.ao/15/0/n...ta_em_projecto

8 Sites consultados no mês de Outubro e Novembro.

http://www.kaoppark.com/



Anexos



Página | a

Anexo I

Certificado De Qualidade (ISO 9001:2000)




Página | b



Página | c

Anexo II

Exemplo de projecto 2D e 3D




Página | c

Implantação de gabinete 2D/3D



Página | d

Anexo III

Projecto 2D

Padaria/Pastelaria J.FREDY - Talatona Luanda




Página | e

Anexo IV

Implantação ELECTROFARO




Página | f

Anexo V

Desenho 2D-Hotel Kaop Park (piso 0)




Página | g

Anexo VI

Desenho 2D-Hotel Kaop Park (piso 1 e 2)




Página | h

Anexo VII

Desenho 2D-Hotel Kaop Park (piso 3 a 5)




Página | i

Anexo VIII

Mobiliário Cotado

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