Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4530 • Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 10 PATACAS

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JTMPequim faz aviso

“à navegação”em Hong KongO alto grau de autonomia de Hong Kong “não é um poder inerente, mas sim um poder autorizado pela liderança central” e sujeito à “super-visão” de Pequim, alertou ontem o Conselho de Estado da China, em vésperas de um protesto pró-democracia que poderá encerrar parte do centro financeiro da cidade. O “Livro Branco” sobre a políti-ca “Um país, Dois sistemas” em Hong Kong adverte que há “visões erróneas” e pes-soas “confusas” e reitera as promessas de aplicação do sufrágio universal, embora condicionada a uma selec-ção. Pequim sublinha que em 2017, o Chefe do Executivo de Hong Kong “pode ser eleito por sufrágio universal”, mas os candidatos devem ser su-jeitos a uma “pré-escolha” no comité de selecção. O Gover-no Central sublinha também que as pessoas que governam Hong Kong “devem ser, aci-ma de tudo, patriotas”. Um grupo de activistas de Hong Kong pretende promover um “referendo” online sobre re-formas políticas no próximo dia 22 de Junho. Pág. 15

Renda e comissãodesviadas para JogoUm agente imobiliário foi de-tido por suspeita de abuso de confiança. Acabou por confes-sar que usou o depósito de um apartamento e a comissão da agência nas mesas de jogo.

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Portugal longe dos favoritos no MundialNo mercado de apostas, Portu-gal é a nona equipa da lista de favoritos do Mundial e Cristiano Ronaldo terceiro, atrás de Messi e Neymar, na luta pela Bola de Ouro e melhor marcador.

Págs. 12 e 13

Indisposição de Cavacomarca comemoraçõesCavaco Silva sentiu-se mal numa intervenção nas comemorações do 10 de Junho, tendo recupe-rado “rapidamente” e apelado a um “entendimento partidário de médio prazo”.

Última

A empresa proprietária de um terreno em Coloane onde foram descobertas relíquias arqueológicas re-velou ao JTM que já está em negociações com o Go-verno sobre a preservação do local. Controlada pelo

Banco Tai Fung, a Sociedade de Fomento Predial Tak Kei, que já foi gerida por Edmund Ho, confirmou também ter autorizado as escavações no local.

Instituto Cultural negoceiapreservação de relíquias

No respeito pela amizade e história

Motoristas da Nova Era vão ganhar mais 5% Pág. 7

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Págs. 2 e 3

02 JTM | LOCAL Quarta-feira, 11 de Junho de 2014

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grandes Repórteres: Fátima Almeida e Raquel Carvalho • Redacção: Sandra Lobo Pimentel (editora), André Jegundo, Liane Ferreira, Pedro André Santos, Susana Diniz e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, António Ribeiro Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói (jtmpublicidade@yahoo.com) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: jtmagenda@yahoo.com (serviço geral)

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Susana Diniz

Relações entre Portugal, RAEM e China“nunca estiveram tão bem”O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foi celebrado ontem em Macau, com o habitual hastear da bandeira no Consulado Geral e com a romagem à gruta de Camões. As cerimónias contaram ainda com a presença do secretário de Estado José Cesário

Ouviu-se o hino e subiu a bandeira da República Portuguesa. Deze-nas de pessoas foram na manhã

de ontem ao Consulado de Portugal em Macau para assistir ao início das come-morações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A ceri-mónia contou com a presença de alunos da Escola Luso-Chinesa da Flora e uma guarda de honra dos Escuteiros Lusófo-nos de Macau.

O cônsul-geral frisou a importância da comunidade portuguesa, assumindo--a como um “activo estratégico” nas rela-ções económicas entre Portugal e a China. “A comunidade portuguesa residente em Macau, enquanto eu aqui estiver, é e será sempre uma activo estratégico”, afirmou Vítor Sereno, relembrando que a “China utiliza Macau como uma plataforma para os países de língua portuguesa, assim como utiliza Portugal como uma porta de entrada na União Europeia”.

Frisando que as relações entre Portu-gal e a China, bem como com a RAEM, “nunca estiveram tão bem”, Sereno mos-trou-se “muito satisfeito” com a evolução da cooperação, avançando que está “pen-dente um acordo de parceria na área da segurança alimentar, embora seja “fun-damental” avançar também para outros campos, como o caso da agricultura.

Só posso “mostrar trabalho”Quanto às queixas de cidadãos por-

tugueses sobre o atendimento no Con-sulado, o diplomata responde com “tra-balho”. “A única coisa que aqui tenho que mostrar é trabalho. O meu lema tem sido ao longo deste último ano tentar fa-zer mais com menos, e acho que isso tem sido claro para a maioria da população”, frisou.

O cônsul referiu ainda o recurso às novas tecnologias como um meio para

tentar “resolver os problemas” do consu-lado, embora assuma que seja necessária a contratação de mais pessoal. “Uma das coisas que disse quando cheguei e quan-do falava nessa reorganização interna era constatar a necessidade de termos um re-forço de recursos materiais e um reforço de recursos humanos”, relembrou. Por enquanto, resta a Sereno aguardar com “serenidade e tranquilidade” pela vinda do reforço, tendo “consciência de que o nosso país não atravessa condições propí-cias para a contratação de mais funcioná-rios públicos.

Para José Cesário, secretário de Esta-do das Comunidades Portuguesas que se deslocou ao território para as comemora-ções do 10 de Junho, a falta de recursos humanos no Consulado é vista de uma “forma muito simples”. “É publico que vários funcionários pediram a exonera-ção da função pública portuguesa aqui no consulado de Macau e noutros postos. Nós corrigimos uma parte dessas necessi-dades com o recurso a novas contratações através de uma empresa de ‘call center’”, frisou.

Cesário salientou, por outro lado, que

o problema é comum a outros consulados mas que o Governo português tem vindo a reforçar outras redes consulares de Por-tugal um pouco por todo o mundo. “Em 2013, atendemos 40 mil pessoas fora dos consulados, o que resultou numa apro-ximação grande e reabrimos postos que tínhamos fechado. Temos atendimento permanente em sete cidades o que não tínhamos há dois anos e começámos a trabalhar em 130 cidades, onde não tí-nhamos qualquer espécie de atendimen-to consular”, referiu, não escondendo as dificuldades, que atribui à contratação de novos funcionários.

José Cesário comentou ainda as di-ficuldades encontradas pelos “novos imigrantes” em conseguir o Bilhete de Identidade de Residente (BIR) de Ma-cau. O responsável frisou que há um trabalho permanente do Consulado com as autoridades locais para ir resolvendo “progressivamente” esses problemas. “Compreendemos que localmente haja algumas restrições à entrada de pessoas e portanto percebemos que haja aqui al-gum nível de exigência e não haja respos-tas automáticas, mas aquilo que eu sei é

que há intenção das autoridades do ter-ritório em resolver gradualmente os pro-blemas que vão surgindo”.

O secretário de Estado também enal-teceu as boas relações entre Portugal, a China e Macau. “Acho que vivemos um momento extraordinário, estão ultrapas-sados aqueles anos em que havia quei-xas sistemáticas aqui de Portugal virar as costas a Macau, temos que valorizar isso bem como a relação das autoridades chinesas com Portugal, tendo Macau no centro”.

Visita à Gruta de CamõesIntegrada nas comemorações do 10

de Junho, realizou-se também a habitual romagem à gruta de Luís Vaz de Camões. Como já manda a tradição, centenas de alunos da Escola Portuguesa, Jardim de Infância D. José da Costa Nunes e esco-las Luso-Chinesas colocaram flores em frente ao busto de um dos maiores poetas portugueses.

Para Miguel Rato e Inês Mexia foi um dia especial. “É importante esta celebra-ção para não nos esquecermos das nossas origens”, disseram os alunos do ensino primário ao JTM.

Também Maria Amélia António, pre-sidente da Casa de Portugal em Macau, frisou a importância de manter vivas as celebrações: “Depois da transferência nós fomos assumindo o máximo de ac-tividades relativas ao 10 de Junho, para não deixar cair a data”. “No dia 13 de Ju-nho temos o concerto do João Pedro Pais, também inserido nestas celebrações”, acrescentou.

Ainda no Jardim Luís de Camões, houve apresentação de danças folclóricas portuguesas, e a declamação do poema “Amor é um fogo que arde sem se ver” pelos alunos do 10.º ano da Escola Por-tuguesa, seguindo-se a voz dos alunos do 11º ano da Escola Luso-Chinesa Luiz Gonzaga Gomes com o mesmo soneto, mas em cantonense.

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Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 03

Sandra Lobo Pimentel

NOVIDADES DE CHUI SAI ON NO DISCURSO PROFERIDO NO 10 DE JUNHO

Voos entre Portugal e China “muito em breve”Na cerimónia do Dia de Portugal realizada ao final da tarde na residência consular, Chui Sai On revelou que o desejo de uma ligação aérea entre Portugal e China pode ser concretizado “muito em breve”, tópico que esteve na agenda dos dois países na recente visita de Cavaco Silva. O Chefe do Executivo sublinhou ainda o “bom fecho” da questão da Escola Portuguesa. Já Vitor Sereno referiu que a comunidade portuguesa se tem integrado de forma “tranquila e harmoniosa”, mas não deixando de “reivindicar” o que perante a lei “possa ter direito”

Alexis Tam condecorado e “empenhado”O porta-voz do Governo da RAEM recebeu ontem das mãos de José Cesário a condecoração como comendador da Ordem do Infante D. Henrique. O secretário de Estado das Comunidades referiu que Alexis Tam tem sido “um amigo extraordinário da língua e da cultura portuguesas”

Na cerimónia que teve lugar ontem ao final da tarde na residência

consular, o secretário de Esta-do das Comunidades aprovei-tou a ocasião para condecorar o porta-voz do Governo de Macau, Alexis Tam, com a co-menda da Ordem do Infante D. Henrique, que fora recen-temente outorgada pelo Pre-sidente da República Cavaco Silva.

José Cesário salientou que Alexis Tam tem sido “um amigo de Portugal, um amigo extraordinário da língua e da cultura portuguesas”, além de referir que o também chefe de gabinete de Chui Sai On tem sabido “fazer pontes, ajudar a

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Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas é dia de recepção da residência con-

sular e habituais discursos. Neste 10 de Junho não foi diferente, com o Chefe do Executivo a marcar presença, sublinhan-do a celebração “em conjunto de um momento e cerimónia tão especial”.

Chui Sai On lembrou que através da recente visita do Presidente da Repúbli-ca portuguesa à China “teve bons frutos e foi bem sucedida”, e em especial, em Macau, houve planos de futuro, “nomea-damente, no que diz respeito ao acordo de cooperação entre Portugal e Macau”.

Esse “reforço nas relações de coo-peração” passa também pela intenção manifestada de existir um voo directo entre os países, transmitindo novidades. “Posso aqui dizer que já começámos os trabalhos e penso que muito em breve vamos conseguir concretizar este objec-tivo das duas partes, favorecendo o in-tercâmbio de pessoas e de mercadorias”.

A presença de Cavaco Silva e tam-bém do ministro da educação portu-guês, Nuno Crato, permitiu um “bom fecho à questão da Escola Portuguesa de Macau (EPM)”, disse Chui Sai On, reiterando que da parte do Governo da RAEM, “queremos continuar a apoiar como temos vindo a fazer, para que a EPM possa continua a desenvolver-se. Achamos que é um projecto muito im-portante para a comunidade portuguesa e macaense e para todos os que querem estudar nessa escola e as gerações vin-douras”.

Numa referência não só à comuni-

Camisola de Ronaldo para torcer por Portugal

Vítor Sereno ofereceu a Chui Sai On uma camisola de Cristiano Ronaldo. “Como sinal da nossa franca e sã amizade gostaria de oferecer-lhe uma camisola do capitão da selecção nacional de Portugal, Cristiano Ronaldo para que juntos possamos torcer por Portugal no campeonato do mundo”, disse o cônsul-geral. O Chefe do Executivo posou depois para a foto com a camisola do jogador português, no entanto, não fez qualquer referência ao repto lançado acerca do apoio no mundial de futebol que arranca amanhã no Brasil.

dade portuguesa, mas “à comunidade macaense e todas as comunidades que aqui vivem”, Chui Sai On desejou que “continuem a contribuir para a prospe-ridade de Macau”.

“Respeitamos as relações de amizade e históricas que temos com Portugal. Va-mos trabalhar em conjunto para atingir essas metas mútuas”, concluiu.

Vitor Sereno, o primeiro a discursar, referiu que a comunidade portuguesa em Macau se soube “integrar de forma tranquila e harmoniosa, não deixando de reivindicar para si aquilo a que, no quadro e na observância do ordenamen-to jurídico, possa ter direito”.

O cônsul-geral sublinhou que a pre-sença portuguesa tem sido feita “exi-bindo uma competência, um espírito empreendedor, uma verticalidade e um profissionalismo que constituem a ânco-ra da presença de muitos compatriotas em diversos e prestigiosos cargos na ad-ministração pública, nas empresas, na academia”.

José Cesário exaltou comemorações “Impressionante é como classifico

as comemorações do Dia de Portugal aqui no território”, disse José Cesário na recepção à comunidade portuguesa e macaense e outros convidados, como Edward Tracy, presidente da Sands Chi-na, e Grant Bowie, CEO da MGM China.

“É das cerimónias mais tocantes que temos em qualquer ponto do mundo. Uma cerimónia de portugalidade, de exaltação dos nossos valores históricos e da nossa cultura”, afirmou em referên-cia à ida à Gruta de Camões.

Sobre a comunidade residente no ex-terior, o secretário de Estado referiu que “são absolutamente prioritárias as rela-

ções de Portugal com as comunidades espalhadas pelo Mundo”, salientando que “é prioridade política do governo português relativamente a essa proximi-dade, política essa que é seguida aqui no território”, numa referência ao trabalho de Vitor Sereno.

Cesário salientou ainda que a presen-ça portuguesa será mais notada quando o consulado, “nos próximos dias” reto-mar uma actividade mais próxima em Hong Kong, e quando o Instituto Portu-guês do Oriente “for irradiando a sua ac-ção por toda a Ásia”.

eliminar problemas e aproxi-mar os nossos povos”.

No discurso que proferiu, Alexis Tam demonstrou maior vontade para trabalhar no re-forço das relações entre Portu-gal e Macau. “Estou motivado e empenhado para reforçar a cooperação com as autoridades portuguesas”, disse.

O porta-voz do Governo da RAEM agradeceu o apoio dos seus colegas, não esque-cendo o Chefe do Executivo, que também esteve presente, por o ter encarregue de liderar a delegação de Macau na Co-missão Mista Portugal/Macau, que, anunciou Cesário, passa a reunir anualmente, em lugar de dois em dois anos, para o

desenvolvimento de projectos de cooperação entre ambas as partes.

“Agora, com esta condeco-ração, tenho mais responsabi-lidade de unir os dois lados, de trabalhar mais para o apro-fundamento das relações entre Portugal e Macau e para o bem da Região Administrativa Es-pecial de China e de Portugal”, sublinhou Alexis Tam.

No discurso que endereçou de seguida, Chui Sai On não se esqueceu de congratular o “co-lega” Alexis Tam pela distinção da Presidência da República Portuguesa como comendador da Ordem do Infante D. Hen-rique.

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Quarta-feira, 11 de Junho de 201404 JTM | LOCAL

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DST lança estudo sobre “residências de família”A Direcção dos Serviços de Turismo lançou um estudo sobre a viabilidade do alo-jamento em “residências de família”, recolhendo as opi-niões dos residentes acerca da matéria, para além de análise de casos e legislações relacionadas da região e do exterior. A pesquisa, “para conhecer a aceitação do pú-blico” relativamente ao aloja-mento residencial, será feita através de inquéritos on-line e de rua. Entre as questões incluídas no inquérito, a DST quer saber sobre o modo de implementação, condições, viabilidade, zonas adequa-das, influências, bem como opiniões e sugestões comple-mentares dos residentes. Os inquéritos de rua constam de entrevistas feitas nas vá-rias zonas da cidade abran-gendo também Coloane e Taipa. Após esta recolha de opiniões dos residentes, a DST garante que vai expli-car ao público o respectivo conteúdo e os residentes se-rão convidados a participar e expressar “activamente” as suas opiniões nesta pesquisa. Juntando a análise de casos e legislações relacionadas, a DST irá elaborar um relatório final que servirá de referên-cia futura para o Governo no estabelecimento da respec-tiva política. No início deste ano, a directora dos Serviços de Turismo já tinha revelado a intenção de iniciar um es-tudo de viabilidade sobre a legalização do “alojamento residencial” em Macau.

INQUILINO E PATRÃO FICARAM A VER “NAVIOS”

Agente imobiliário gastoudepósito e comissão no jogoUm agente imobiliário perdeu nas mesas de jogo 124.000 dólares de Hong Kong que deveriam servir para pagar o depósito de um apartamento e a comissão da agência onde trabalhava

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um agente imobiliário de 25 anos, residente do território, por suspeitas de abuso de confiança, depois deste ter fingido que o di-

nheiro do cliente tinha sido roubado. De acordo com informações das autoridades, a agência

imobiliária onde o suspeito trabalhava ajudou um comer-ciante sul-coreano, de 31 anos, a encontrar uma fracção habi-tacional para alugar, na Taipa.

Depois de ter sido negociada uma renda mensal de 30.000 dólares de Hong Kong e o pagamento de uma comissão de 34.000 dólares de Hong Kong à agência imobiliária, o futuro arrendatário concordou com as condições.

Na segunda-feira, o ofendido entregou 124.000 dólares de Hong Kong ao suspeito, correspondentes a dois meses de caução, um de renda e a comissão da agência. No entanto, ainda no mesmo dia, o agente imobiliário assegurou que o montante tinha desaparecido.

Já sob custódia policial, o suspeito admitiu, porém, ter perdido o dinheiro nas mesas de jogo.

O caso foi entregue ao Ministério Público.

Estudante burlado com falsa conta da luz

Noutro caso, um estudante de 25 anos, do Continente Chi-nês a viver em Macau, reportou à Polícia Judiciária, um caso de burla através da Internet.

Segundo declarou, na segunda-feira foi contactado por um desconhecido afirmando que estava a ser notificado por um tribunal de Zhuhai de que tinha uma dívida.

A chamada foi depois transferida para um alegado agente da Polícia de Segurança Pública de Xangai. Este assegurou que o estudante tinha em dívida uma conta de electricidade de 100.000 renminbis, num banco do Continente chinês.

O jovem negou ter conta naquele banco, no entanto, o sus-peito disse-lhe que deveria transferir dinheiro para uma con-

ta do governo, por forma a apurar se o seu dinheiro estava de facto envolvido, ou se era um caso de furto de dados pessoais.

O estudante transferiu através da internet cerca de 27.000 renminbis e nunca mais conseguiu contactar o alegado agente da PSP, tendo o número de telefone sido desactivado.

Suspeito perdeu os 124 mil HKD no jogo

Liane Ferreira

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Proc. Liquidação do Activo nº CV1-05-0001-CFI-C 1° Juízo Cível

Requerente: Bank of China Limited, rcom sede em Pequim e sucursal na Av. Dr. Mário Soares, nº 323, Macau.Falida: Agência Comercial Peking Macau, Limitada, com sede em Macau, na Avenida da Praia Grande, nº 366-377, Edifício Keng Ou, 23º e 24º andares.

FAZ-SE SABER, que no dia 01 de Julho de 2014, pelas 10:30, na sala de diligência nº 2 deste Tribunal e no processo acima indicado, se procederá à venda por meio de propostas em carta fechada, dos seguintes bens apreendidos:

MÓVEISVerba nº 1

Quota que a falida detém na sociedade denominada Indústria Alimentares Keng Fat, Limitada, em chinês romanizado Keng Fat Iao Han Cong Si e, em inglês Keng Fat Company, Limited, registada na C.R.C.B.M. sob o nº 3425 (SO) - por MOP$35.000,00. Valor base de venda: MOP$35.000,00 (trinta e cinco mil patacas) - correspondente a 70% do seu valor nominal.

Verba nº 2Quota que a falida detém na sociedade denominada Jing Qing - Fomento Predial, Comercial e Industrial, Importação e Exportação, Limitada, em chinês romanizado Jing Qing Fa Zhan You Xian Gong Si e, em inglês Jing Qing Company, Limited, registada na C.R.C.B.M. sob o nº 12680 (SO) - por MOP$30.000,00, correspondente a 30% do seu valor nominal. Valor base de venda: MOP$30.000,00 (trinta mil patacas).

São convidados todos os interessado na compra dos bens supra descritos a entregar na Secretaria deste Tribunal, as suas propostas, até ao dia 01 de Julho de 2014, pelas 10:30, e o preço das propostas devem ser superior ao valor acima indicado devendo o envelope da proposta, conter, a indicação de “PROPOSTA EM CARTA FECHA-DA” bem como o “NÚMERO DO PROCESSO - LIQUIDAÇÃO DO ACTIVO Nº CV1-05-0001-CFI-C”.

No dia da abertura das propostas, podendo os proponentes assistir ao acto.É o Administrador de Falência, Sr. Choi Wing Ming, com domicílio profissional

em Macau, na Avenida Dr. Mário Soares, nº 323, Edifício do Banco da China, que está obrigado, durante o prazo dos editais e anúncio, a prestar informações necessárias a quem pretenda fazer proposta, podendo fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspecção.

Aos 26 de Maio de 2014.

O Magistrado do Ministério PúblicoAntónio Vidigal

O Escrivão Judicial Adjunto,Ho Lap Chi

“JTM” - 11 de Junho de 2014

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 05

Viviana Chan

EMPRESA PROPRIETÁRIA DO TERRENO ASSUME CONTACTOS COM O GOVERNO

Instituto Cultural já está a negociar preservação de relíquias em ColoaneA empresa proprietária de um terreno em Coloane onde foram descobertas relíquias arqueológicas revelou ao JTM que está em negociações com o Governo sobre a preservação do local. A Sociedade de Fomento Predial Tak Kei, que já foi gerida por Edmund Ho, confirmou também ter autorizado as escavações no local

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A Sociedade de Fomento Predial Tak Kei é a empresa proprietá-ria do terreno situado na Rua

do Estaleiro em Coloane, onde foram encontradas alegadas relíquias ar-queológicas que remontam à Idade do Bronze. Contactado pelo JTM, o actual gerente da companhia, Che Peng Chi, revelou que a empresa e o Instituto Cul-tural já iniciaram negociações com vista à eventual preservação do local.

Che Peng Chi escusou-se, no en-tanto, a revelar pormenores sobre as posições assumidas pelas duas partes sobre essa matéria, referindo apenas que as escavações arqueológicas foram realizadas com a devida autorização da companhia.

Esse dado também foi salientado ao JTM pela porta-voz do Instituto Cultu-ral, Kerria Kuok, que confirmou ainda que o Governo continua a manter con-tactos com a empresa.

De acordo com informações obtidas pelo JTM junto das Conservatórias do Registo Predial e dos Registos Comer-cial e de Bens Móveis, o terreno em causa ocupa uma área de 3.240 metros quadrados, possui natureza rústica e foi adquirido em Março de 1970 pela Sociedade de Fomento Predial Tak Kei, ao abrigo do regime de concessão por aforamento.

A empresa foi constituída em Julho de 1963, tendo como sócio maioritário o Banco Tai Fung. A estrutura do capital da sociedade integrava ainda Edmund Ho e Siu Ng Kan, que assumiram tam-

bém funções de gerentes. No entanto, o registo comercial da empresa indica que Edmund Ho renunciou ao cargo de gerente e transmitiu a sua quota de 80 mil patacas a Long Rongshen dois dias antes da criação da RAEM e da conse-quente tomada de posse como primeiro Chefe do Executivo da região.

Prometido programa de conservação “adequado”

Num comunicado divulgado on-tem, na sequência da entrega de uma petição da Associação Juventude Dinâ-mica, o Instituto Cultural indicou que vai analisar os trabalhos de investiga-

ção arqueológica da Rua do Estaleiro e “terá em consideração as opiniões das várias partes”, os mecanismos de pro-tecção patrimonial e o parecer do Con-selho do Património Cultural. Ao mes-mo tempo, assegura que o objectivo é “elaborar um programa de conservação mais adequado, incluindo diferentes formas de conservação ‘in situ’”.

Kuan Un San, directora da Asso-ciação Juventude Dinâmica, apontou o dedo à postura de Ung Vai Meng, lamentando que o presidente do Insti-tuto Cultural apenas tenha prometido estudar a questão na resposta dada ao grupo responsável pela petição. Em

declarações ao JTM, a mesma respon-sável disse temer que o Governo ve-nha a ser influenciado pelos interesses do proprietário do terreno e apelou ao Instituto Cultural para tomar todas as medidas necessárias para conservar as relíquias e o local.

No mesmo comunicado, o Instituto Cultural não deixou muitas pistas so-bre o desfecho do caso, mas recordou que o Governo dispõe de mecanismos de protecção do património cultural, com recurso à lei de Salvaguarda do Património Cultural e ao Conselho do Património Cultural, entre outros.

“Oportunamente, o Instituto Cultu-ral deliberará sobre este caso com base nos resultados das análises e das con-clusões dos estudos, das opiniões e pro-postas dos especialistas e do público e de acordo com a legislação e procedi-mento administrativo aplicáveis”, disse o organismo, frisando que terá “como prioridade a salvaguarda do patrimó-nio cultural no estudo de um programa adequado de conservação e protecção dos bens culturais valiosos da popula-ção de Macau”.

Depois de ter sido acusado de fal-ta de profissionalismo no modo como foram conduzidas as escavações, o Ins-tituto Cultural explicou que o projecto arqueológico da Rua do Estaleiro em Coloane foi desenvolvido por sua ini-ciativa, tendo sido formado um grupo de especialistas em arqueologia do In-terior da China e de Hong Kong para proceder a investigações em 2012 e 2013. Este grupo de peritos iniciou as escavações arqueológicas em Maio des-te ano.

Terminais “UnionPay”proibidos nos casinosa partir de JulhoA Autoridade Monetária de Macau (AMCM) orde-nou às joalharias e casas de penhores que funcio-nam no interior de casinos a retirada dos terminais de cartões “UnionPay”, avançou ontem a agência Bloomberg, acrescentando que a medida terá de ser cumprida até ao próximo dia 1 de Julho e visa dificultar levantamentos de dinheiro por parte dos apostadores através daqueles dispositivos portáteis. Segundo a agência, a implementação da medida foi confirmada pelo director executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Ambrose So. No entanto, o CEO da SJM defendeu que tal facto não terá impac-to nos negócios da operadora, porque os seus espa-ços de jogo não albergam casas de penhores. O JTM tentou obter um comentário da AMCM, mas sem sucesso até ao fecho desta edição. Recentemente, o Secretário para a Economia e Finanças assegurou que o Governo está a acompanhar a situação da ale-gada utilização ilegal de cartões de débito “Union Pay” da China nos casinos. No entanto, Francis Tam disse que não estava prevista qualquer acção con-creta relativamente aos referidos terminais.

Cinco taludes em “elevado risco”As obras de estabilização realizadas nos últimos anos permitiram reduzir para cinco o número de taludes com “elevado risco de derrocada”, revelou a DSSOPT

Dos cerca de 200 taludes existentes actualmente em Macau, na sua maioria localizados nas ilhas, cin-co ainda oferecem “elevado risco de derrocada”,

indicou a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), sublinhando no entanto que o número de casos do género caiu para cerca de metade nos últimos anos na sequência de obras de estabilização.

A contabilidade da DSSOPT refere ainda que os talu-des com “nível médio de risco de derrocada” passaram de cerca de 60 para 57, mas os de “baixo risco” aumenta-ram de 110 para 139.

“Apesar da redução do número de taludes com ele-vado risco de derrocada, a Administração esteve sempre atenta ao nível de segurança dos taludes e realizou con-secutivamente os trabalhos de monitorização e de esta-bilização”, garantiu o organismo liderado por Jaime Ca-rion, prometendo redobrar as acções de fiscalização após as situações climáticas adversa derivadas da época de chuvas intensas e de tufões. Paralelamente, os proprie-tários dos terrenos em regime de propriedade perfeita

onde se encontram taludes ou muros de contenções serão alertados para a necessidade de realizarem os respectivos trabalhos de inspecção e estabilização.

A DSSOPT e o Laboratório de Engenharia Civil (LECM) criaram entretanto um sistema de monitorização automática dos taludes, cujo primeiro ponto será instala-do no talude da colina da Taipa Grande. Os dados reco-lhidos serão imediatamente enviados ao sistema de mo-nitorização instalado no LECM para permitir aos serviços competentes adoptarem com a maior brevidade possível as devidas medidas de prevenção.

Quarta-feira, 11 de Junho de 201406 JTM | LOCAL

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Património de Cabo Verdena Fundação Rui CunhaA Associação de Amizade Macau-Cabo Verde vai orga-nizar amanhã, pelas 18:30, na Galeria da Fundação Rui Cunha, uma palestra intitulada “Cabo Verde Património Cultural e Natural”. A sessão será conduzida por Jorge Morbey, juntamente com João Manuel Oliveira e Álvaro Rodrigues. O programa do evento inclui ainda gastro-nomia e música ao vivo.

Docentes e alunos sugeremplanos para melhorar turismoO Instituto de Formação Turística convidou alunos e do-centes da China, Hong Kong e Macau a conduzir uma pesquisa e apresentar planos de desenvolvimento turís-tico. Os 25 estudantes e sete professores apresentaram as suas ideias, após seis dias de pesquisa. As apresentações focaram-se em temas como a incorporação de novas atracções turísticas, instalações de lazer, paisagens urba-nas e eventos. Os resultados serão reportados ao Gover-no como referência.

PME’s pedem aberturaà importação de motoristasA Associação das Pequenas e Médias Empresas apelou ao Governo para autorizar a importação de mais condu-tores profissionais. Os empresários queixam-se da falta de motoristas em Macau e frisam que não conseguem concorrer com as operadoras de jogo. Em entrevista à TDM, Lam Tak Va, responsável da associação, referiu que “as pequenas e médias empresas estão à beira do desastre, com tanta falta de condutores”. A Federação de Transportes também lamentou a inexistência de con-dutores suficientes para serviços de distribuição e pediu um aumento do limite máximo para a idade desses pro-fissionais. Sobre este aspecto, a DSAT já declarou que essa hipótese não se encontra em cima da mesa.

“Marks & Spencer” abreprimeira loja no Cotai CentralA marca britânica ‘Marks & Spencer’ anunciou a sua es-treia no mercado de Macau. A loja funcionará no Sands Cotai Central e tem abertura prevista para o final deste Verão. O plano faz parte da estratégia de crescimento da marca que prevê a abertura de mais 250 lojas internacio-nais, nos próximos três anos.

MGM anuncia doação “recorde” à OrbisA MGM Macau participou no “Orbis Raffle 2014”, pelo sexto ano consecutivo, conseguindo angariar cerca de 200 mil patacas, uma verba “recorde” que irá apoiar o trabalho da organização não governamental que comba-te a cegueira no Terceiro Mundo. O donativo será desti-nado à assistência a crianças com doenças visuais.

Retratos artísticos vão iluminar VenetianO Venetian Macau vai acolher a exposição “Faces of Li-ght”, do artista americano Stephen Bennett, entre 19 de Junho e 3 de Agosto. Com entrada gratuita, a exposição assinalará a primeira presença do pintor de retratos na China. A mostra reunirá 38 retratos pintados à mão de pessoas de diferentes culturas, de todos os pontos do mundo. Durante o período da exibição, estão ainda pro-gramados dois “workshops” com o artista, orientados para estudantes de artes visuais e crianças locais.

DSAL cria curso paragestão de instalações A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) abriu inscrições para um curso de “técnicos estagiários de gestão de instalações”, previsto para o mês de Setembro, com o intuito de dar resposta à pro-cura desse tipo de profissionais no mercado laboral. Co--organizado pela DSAL e várias empresas de Macau, o curso tem a duração de um ano e os formandos poderão receber um subsídio máximo de 9.000 patacas por mês durante a formação. O curso oferece a oportunidade de estágio durante um ano em empresas do sector.

FAMÍLIA DE ESTUDANTES QUEIXA-SE DE CASO OCORRIDO EM 2010

DSEJ defende actuação de escola em acidente com alunoA associação “Consciência de Macau” lançou o alerta para o caso de um aluno que sofreu um acidente na escola, tendo a sua família feito queixas por falta de apoio de vários departamentos do Governo. Porém, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude considera que a escola procedeu bem, reiterando que o próprio organismo deu os apoios necessários ao jovem

Viviana Chan

O caso data de 2010, altura em que um aluno, de apelido Chan, caiu no chão e sofreu uma fractura óssea enquanto estava na escola.

Apesar dos exames no Hospital Conde São Januá-rio, foram-lhe apenas administrados analgésicos e pomada. A situação do aluno piorou e, em 2013, acabou por abandonar a instituição de ensino devi-do às dores.

A Direcção dos Serviços de Educação e Juventu-de (DSEJ), Serviços de Saúde, bem como a própria escola, foram alvo de queixas por parte da família do aluno. De acordo com a associação “Consciência de Macau”, a instituição de ensino terá obrigado a família do aluno a entregar uma certidão de reabi-litação para pedir o pagamento do seguro, algo que a família acabou por fazer para poder receber o di-nheiro.

A família do aluno queixou-se alegando que, embora a DSEJ tenha garantido dar tratamento para o problema, não avançou com uma investigação so-bre a alegada irresponsabilidade da escola.

Questionada pelo JTM, a DSEJ indicou que a instituição seguiu os procedimentos adequados relativamente ao pagamento da compensação. Ao mesmo tempo, o organismo citou os Serviços de Saúde, dizendo que estes realizaram os tratamentos necessários e adequados que envolvem especialida-des diferentes. Para além disso, alega que, “tanto a família como o próprio aluno não cooperaram com o hospital” em relação aos tratamentos que deve-riam ser efectuados.

Em 2011, a situação do aluno não melhorou e a

família decidiu pedir para que o caso fosse transferi-do para Hong Kong, algo que os Serviços de Saúde terão rejeitado, alegando que preferiam que o pa-ciente fosse tratado no território.

Foi revelado ainda que a família do aluno rece-be subsídio do Instituto de Acção Social, mas que o montante é insuficiente para pagar as despesas do tratamento no sector privado. Nesse contexto, a as-sociação “Consciência de Macau” aponta o dedo aos departamentos em causa, acusando-os de irrespon-sabilidade, porque “já passou o período ideal para tratar os problemas”. Dessa forma, apela ao Execu-tivo para que o jovem possa ser tratado em Hong Kong o mais rapidamente possível.

Aluno foi assistido no hospital público em 2010

Aeroporto simulou “emergência em grande escala”O Aeroporto Internacional de Macau realizou ontem o exercício anual de “emergência em grande escala”. O simulacro incluiu o cenário de resposta a um incidente envolvendo aeronaves na plataforma de estacionamento, seguido de um incêndio do qual resultaram “feridos”. O exercício começou às 05:00 e foi concluído às 09:00, tendo reunido cerca de 350 participantes de vários organismos públicos e empresas ligadas ao aeroporto.

Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 07

INCENTIVOS PARA SEGURAR FUNCIONÁRIOS DA REOLIAN

Nova Era vai pagar mais 5% a motoristasA nova concessionária dos serviços de autocarros vai colocar em marcha medidas de incentivo financeiro, para garantir a permanência dos funcionários da falida Reolian, já a partir de 1 de Julho

Liane Ferreira*

Em conferências de im-prensa quase paralelas, a empresa Macau Nova

Era de Autocarros Públicos S.A., e a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) adiantaram informa-ções sobre o novo contrato de concessão de serviços assinado ontem. A nova transportado-ra anunciou o lançamento de uma “operação de charme” aos antigos funcionários da falida Reolian, prometendo o aumento de salários e atribui-ção de bónus, aquando da as-sinatura dos novos contratos laborais.

De acordo com o “Ou Mun Tin Toi”, na conferência de imprensa realizada pela nova companhia de autocarros, o director geral da Nova Era, Fang Liqun, adiantou que os salários dos motoristas vão ser aumentados em cinco por cen-to, já a partir do dia 1 de Julho.

Para além disso, tendo em conta que a falência da Reolian originou perdas no fundo de contribuições dos funcioná-rios, a Nova Era irá devolver esse dinheiro.

Fang Liqun afirmou ainda que a empresa está a conside-rar atribuir aos funcionários provenientes da empresa fa-lida, um bónus equivalente a 50 por cento do salário, quan-do assinarem contrato com a Nova Era.

Esta estratégia pretende atrair os funcionários da Reo-lian e não “roubar” funcioná-rios a outras operadores de autocarros. Fang Liqun frisou que o maior desafio enfrenta-do pela Nova Era é a falta de recursos humanos.

Durante a conferência de imprensa, foi ainda explicado que o investimento da empre-sa irá rondar os 190 milhões de patacas, nos quais se in-cluem a compra dos bens da Reolian, de mais autocarros, o pagamento de compensações aos funcionários que se des-pediram e outras despesas de operação.

O responsável da empresa admitiu que o crescimento a longo prazo e os baixos lucros são uma característica básica do sector dos transportes pú-blicos, em especial porque, ao suceder à Reolian, a Nova Era enfrenta grande pressão quan-to ao funcionamento e muitos riscos.

Fang Liqun adicionou ain-da que a empresa aceitou esta missão com o objectivo de ajudar o Governo a resolver a questão da Reolian, acreditan-

FOTO

GCS

do simultaneamente nas po-tencialidades do sector e con-fiando no investimento a longo prazo.

Já na conferência de im-prensa da Direcção dos Assun-tos de Tráfego (DSAT), foram apresentadas as especificida-des do contrato de concessão de serviços.

O director da DSAT, Wong Wan, explicou que o contrato de concessão com a Nova Era prevê que o Governo pague um montante em assistência financeira, para que a política de tarifas baixas seja manti-da. Wong Wan destacou que o montante gerado pelas tarifas ficará apenas para a operadora, no entanto, este não seria sufi-ciente para que a empresa con-tinuasse em operação. Segun-do a DSAT, em 2014 e 2015, a assistência do Governo deverá rondar os 17 milhões de pata-cas mensais.

A assistência financeira atribuída pela RAEM será dis-tribuída conforme o serviço efectivo da empresa, ou seja, trata-se da diferença entre o va-lor do serviço e as receitas das tarifas, a partir da análise do período de sequestro da Reo-lian.

O apoio do Governo terá um limite máximo de três por cento, estabelecendo que se as receitas ultrapassarem este valor, o excedente deve ser deduzido. Porém, se houver prejuízo, não irá ser atribuído nenhum subsídio, garantiu a

DSAT, sublinhando que, deste modo, os lucros da empresa são limitados.

Os responsáveis governa-mentais frisaram que o limite foi estabelecido, para que não haja um aproveitamento do erário público. Assim, também esperam que o método possa melhorar a qualidade dos ser-viços, já que os lucros da em-presa são dependentes das re-ceitas das tarifas.

Por sua vez, o director dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), André Cheong, desta-cou que o Executivo “já tinha decidido que o valor da assis-tência não podia ser superior aos gastos do Governo, duran-te o período de sequestro”.

O novo contrato também prevê o estabelecimento de um sistema de avaliação, ao qual a assistência financeira é anexa-da. Assim, se a Nova Era obti-ver menos de 50 pontos na ava-liação, a assistência é reduzida para um por cento, sendo que o valor médio de três por cento diz respeito a uma avaliação de 60 pontos ou mais. O patamar máximo poderá atingir quatro por cento, se a avaliação for igual ou superior a 90 valores.

O sistema de multas exis-tente no contrato anterior foi mantido.

Nova Era, motivo de dúvidasOs fundamentos subjacen-

tes à escolha da Nova Era, para assumir o papel da Reolian, foram alvo de diversas ques-

tões por parte dos jornalistas na conferência de imprensa de ontem.

A nova companhia de au-tocarros foi constituída a 30 de Abril deste ano contando com capital maioritário de 50 por cento da Sociedade de Trans-portes Colectivos de Macau (TCM), 49,99 por cento pelos Serviços de Reparações Mecâ-nicas de Macau e 0,01 por cento pelo Grupo Nam Kwong. No entanto, o grupo estatal chinês já controla a estrutura accionis-ta da TCM.

De acordo com o director da DSAJ, “não ponderámos a origem do capital das empre-sas”, tendo sido escolhida a nova empresa, porque a TCM tem “história” e “experiência” no sector dos transportes de Macau.

Além disso, André Cheong reiterou que neste caso, não ha-via tempo para abrir um con-curso público, pois o contrato acabava a 30 de Junho. Daí que o Governo tenha recorrido ao ajuste directo, com uma empre-sa que estava disposta a assu-mir o passivo da Reolian.

Destacando a importân-cia da capacidade financeira e da disponibilidade para criar outra empresa, o director da DSAJ asseverou ainda que era importante que continuassem a existir três transportadoras de autocarros no mercado, para que fosse evitada uma situação de monopólio.

André Cheong explicou

que o “contrato (da Nova Era) é totalmente novo e não tem nenhuma ligação com os con-tratos das outras duas opera-doras”.

Adiantando que o Governo levou em conta as recomenda-ções do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), quando elaborou o novo documento, o director dos Serviços dos As-suntos de Justiça afirmou que se a TCM e a Transmac estive-rem interessadas em alterar os seus contratos, antes do final dos mesmos, tal situação pode acontecer, já que também vai ao encontro da vontade do Go-verno.

“O Governo não estava preparado para o incidente da Reolian”, reconheceu o mesmo responsável, admitindo que o caso merece discussão, de modo a que a legislação seja al-terada e se possa salvaguardar o interesse público.

Os meios de comunica-ção social em língua chinesa questionaram várias vezes os responsáveis governamentais sobre a possibilidade de uma empresa estatal chinesa no “leme” de uma segunda trans-portadora local abrir portas para a entrada de mais mão--de-obra não residente. No entanto, os directores dos dois Serviços públicos salientaram que o Governo não permite a contratação de não residentes para os serviços de autocarros.

*Com Viviana Chan

Quarta-feira, 11 de Junho de 201408 JTM | PUBLICIDADE

BANCO CITIBANK N.A., SUCURSAL DE MACAU

BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

Síntese do Relatório de Actividade da Sucursal de Macau do Citibank

A Administração tem o prazer de anunciar os resultados financeiros auditados do Citibank NA, SUCURSAL DE MACAU (a “ SUCURSAL “) para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013.

Referente aos resultados do Ano de 2013, o lucro antes de impostos foi de MOP8,476,051. O ativo total foi MOP3,469,604,526. Depósitos de clientes ascenderam a MOP2,632,909,043.

Em nome da Administração do Citibank, eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para prestar homenagem à Comunidade de Macau e, especificamente, para nossos clientes de prestígio. Estamos empenhados em prestar serviços de qualidade a todos os clientes e manter contribuir para a sociedade de Macau.

Sr. Gavin Yu Yiu Kwong Gerente da Sucursal de Macau do Citibank NA

Síntese do Parecer dos Auditores Externos

Para o gerência do Citibank N.A. - Sucursal de Macau(Sucursal de um banco comercial de responsabilidade limitada, incorporado nos Estados Unidos da América)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Citibank N.A. - Sucursal de Macau relativas ao ano de 2013, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 15 de Maio de 2014, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2013, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações na conta da sede e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas e dos livros e registos do sucursal. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e os livros e registos do sucursal.

Para a melhor compreensão da posição financeira do Citibank N.A. - Sucursal de Macau e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Ieong Lai Kun, Auditor de ContasKPMG Macau, aos15 de Maio de 2014

CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS

VALORES RECEBIDOS EM DEPÓSITO

VALORES RECEBIDOS PARA COBRANÇA

VALORES RECEBIDOS EM CAUÇÃO

GARANTIAS E AVALES PRESTADOS

CRÉDITOS ABERTOS

ACEITES EM CIRCULAÇÃO

VALORES DADOS EM CAUÇÃO

COMPRAS A PRAZO

VENDAS A PRAZO

OUTRAS CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS

MONTANTE

-

-

-

1,165,000

189,166,765

-

-

1,950,472,621

1,950,272,421

10,980,425

Patacas

ACTIVO

CAIXA

DEPÓSITOS NA AMCM

VALORES A COBRAR

DEPÓSITOS À ORDEM NOUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO

DEPÓSITOS À ORDEM NO EXTERIOR

OURO E PRATA

OUTROS VALORES

CRÉDITO CONCEDIDO

APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO

DEPÓSITOS COM PRÉ-AVISO E A PRAZO NO EXTERIOR

ACÇÕES - OBRIGAÇÕES E QUOTAS

APLICAÇÕES DE RECURSOS CONSIGNADOS

DEVEDORES

OUTRAS APLICAÇÕES

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

IMÓVEIS

EQUIPAMENTO

CUSTOS PLURIENAIS

DESPESAS DE INSTALAÇÃO

IMOBILIZAÇÕES EM CURSO

OUTROS VALORES IMOBILIZADOS

CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO

TOTAIS

ACTIVO BRUTO

27,510,845

194,075,095

3,054,553

10,811,836

818,809,281

-

646,860

659,392,108

155,000,000

1,336,517,275

-

-

111,281,586

-

-

-

2,600,171

4,764,652

-

68,585

147,984,235

3,472,517,082

PROVISÕES, AMORTIZAÇÕES E

MENOS-VALIAS

1,944,859

899,111

-

68,585

2,912,555

ACTIVO LÍQUIDO

27,510,845

194,075,095

3,054,553

10,811,836

818,809,281

-

646,860

659,392,108

155,000,000

1,336,517,275

-

-

111,281,586

-

-

-

655,312

3,865,541

-

-

147,984,235

3,469,604,527

Patacas

PASSIVO

DEPÓSITOS À ORDEM

DEPÓSITOS C / PRÉ-AVISO

DEPÓSITOS A PRAZO

DEPÓSITOS DE SECTOR PÚBLICO

RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO

RECURSOS DE OUTRAS ENTIDADES LOCAIS

EMPRÉSTIMOS EM MOEDAS EXTERNAS

EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES

CREDORES POR RECURSOS CONSIGNADOS

CHEQUES E ORDENS A PAGAR

CREDORES

EXIGIBILIDADES DIVERSAS

CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO

PROVISÕES PARA RISCOS DIVERSOS

CAPITAL

RESERVA LEGAL

RESERVA ESTATUTÁRIA

OUTRAS RESERVAS **

RESULTADOS TRANSITADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

RESULTADO DO EXERCÍCIO

TOTAIS

SUB-TOTAIS

1,187,453,797

196,914,393

1,248,540,853

-

-

-

603,460,401

-

-

9,365,798

1,709,793

281,431

151,717,895

6,922,815

53,702,144

9,535,207

TOTAL

2,632,909,043

614,817,423

158,640,710

63,237,351

3,469,604,527

Patacas

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2013CONTA DE EXPLORAÇÃO

DÉBITO

CUSTOS DE OPERAÇÕES PASSIVAS

CUSTOS COM PESSOAL :

REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO E FISCALIZAÇÃO

REMUNERAÇÕES DE EMPREGADOS

ENCARGOS SOCIAIS

OUTROS CUSTOS COM O PESSOAL

FORNECIMENTOS DE TERCEIROS

SERVIÇOS DE TERCEIROS

OUTROS CUSTOS BANCÁRIOS

IMPOSTOS

CUSTOS INORGÂNICOS

DOTAÇÕES PARA AMORTIZAÇÕES

DOTAÇÕES PARA PROVISÕES

LUCRO DA EXPLORAÇÃO

TOTAIS

MONTANTE

14,471,476

-

-

4,440,526

387,515

147,350

317,999

3,855,709

7,163,871

-

-

819,847

8,476,051

40,080,344

MONTANTE

17,729,879

17,269,064

2,491,524

-

2,589,877

-

-

40,080,344

CRÉDITO

PROVEITOS DE OPERAÇÕES ACTIVAS PROVEITOS DE SERVIÇOS BANCÁRIOS PROVEITOS DE OUTRAS OPERAÇÕES BANCÁRIAS RENDIMENTOS DE TÍTULOS DE CRÉDITO E DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS OUTROS PROVEITOS BANCÁRIOS PROVEITOS INORGÂNICOS PREJUÍZOS DE EXPLORAÇÃO

TOTAIS

Patacas

DÉBITO

PREJUÍZO DE EXPLORAÇÃO

PERDAS RELATIVAS A EXERCÍCIOS ANTERIORES

PERDAS EXCEPCIONAIS

DOTAÇÕES PARA IMPOSTOS SOBRE LUCROS DO EXERCÍCIO

DOTAÇÕES ADICIONAIS PARA PROVISÕES CONFORME RJSF

RESULTADO DO EXERCÍCIO (SE POSITIVO)

TOTAIS

MONTANTE

-

-

-

810,791

(1,869,947)

9,535,207

8,476,051

MONTANTE

8,476,051

-

-

-

-

8,476,051

CRÉDITO

LUCRO DE EXPLORAÇÃO LUCROS RELATIVOS A EXERCÍCIOS ANTERIORES LUCROS EXCEPCIONAIS PROVISÕES UTILIZADAS RESULTADO DO EXERCÍCIO (SE NEGATIVO)

TOTAIS

CONTA DE LUCROS E PERDAS Patacas

** As Outras Reservas incluem uma reserva obrigatória no montante de 6,907,737 Patacas (antes do impostos diferidos). Porque a sucursal adopta as Macau Financial Reporting Standards (“MFRS”) na preparação das suas demonstrações financeiras anuais, as perdas de imparidade com base nas MFRS podem ser inferiores ao nível mínimo de provisões genéricas calculadas de acordo com o Aviso 18/93 da AMCM (o nível mínimo). A referida reserva obrigatória representa, pois, a diferença entre o nível mínimo e as perdas de imparidade nos termos das MFRS. Este mesmo montante, inscrito na linha “Dotações adicionais para provisões conforme RJSF” da Conta de Lucros e Perdas das contas resumidas, está reconciliado entre o “Lucro depois de impostos” e os “Resultados do ano de acordo com as regras da AMCM” na Conta de exploração das demonstrações financeiras auditadas anuais.

Nota: Cópia da divulgação da informação financeira está publicada no http://citigroup.com/citi/macau e está disponível para consulta pública durante o horário comercial em:Citibank, N.A. Sucursal de MacauAvenida Comercial de Macau, nº 251a- 301, AIA Tower, 11º Andar, Unit 1102 -1103, em Macau

O Gerente de Sucursal de Macau O Chefe da Contabilidade Gavin Yu Betty Chan

Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 09

Análise de Rui Cardoso*

Figurada jornada:JUNINHO

“Se não é ele o Sporting não seria vencedor. A equipa marcou os golos, não mais do que isso, mas quem segurou esta vitória realmente foi o Juninho”, considera Rui Cardoso

Leão “com sorte” em partida “com três equipas”O Sporting sofreu para levar de vencida a equipa do Ka I. Os “leões” do território derrotaram o adversário, por 2-1, numa partida marcada por vários erros do árbitro

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JTM

Proibido perder pontos

Foi um Sporting algo incaracterís-tico, pelo menos

tendo em conta ao que tem vindo a fazer ao lon-go do campeonato, mas que mesmo assim foi o suficiente para conseguir os três preciosos pon-tos. “Até esta jornada o Sporting tem construído o seu futebol mais defen-sivo, e depois sai em con-tra-ataque. Quando vai lá à frente é mortífero. Neste jogo não se encon-trou. Se o Sporting tem vindo a ganhar os jogos porque procura a sorte, neste jogo foi a sorte que encontrou a vitória do Sporting”, considerou Rui Cardoso.

No entender do técnico,

o Ka I apresentou-se mui-to bem em campo, “com trocas de bola que baralha-ram” o adversário, acaban-do o Sporting por inaugu-rar o marcador “contra a corrente do jogo”.

Com o ampliar do marcador, a formação verde-e-branca acabou por não mostrar o futebol que tão bons resultados tem conseguido ao longo da temporada. “O Spor-ting quis ser mais do que aquilo do que aquilo que tem sido. Uma equipa compacta, coesa, fecha-da a defender e a jogar em contra-ataque. Penso que é este o modelo que terá que fazer”, referiu Cardoso. Valeu também ao Sporting a inspiração

Benfica e Sporting têm nesta penúltima jornada dois adversários do meio da tabela que não serão fáceis de bater. Tanto as “águias” como os “leões” estão proibidos de perder pontos antes da derradeira jornada que irá decidir o novo campeão da Liga de Elite

Vão ser “dois bons jo-gos que nos vão levar ao Estádio da Taipa”,

considera Rui Cardoso. O Benfica defronta o CPK, no sábado, enquanto que o Spor-ting joga, um dia depois, fren-te à Polícia.

“O CPK não tem muito senão manter-se no meio da tabela e prestigiar todo o tra-balho que tem vindo a fazer até agora. O Benfica não pode perder pontos, vamos ver até ponto este CPK pode trazer aqui alguma surpresa para o campeonato”, disse Rui Car-doso.

As “águias” do território têm algumas ausências no plantel, mas existem soluções no plantel para o clube cum-prir os seus objectivos. “Acre-dito que o Benfica vai ser vencedor atendendo à grande equipa que tem, forte e coe-sa. O CPK não tem essa força toda como equipa, mas tenho que realçar todo o trabalho que os jogadores estrangeiros têm tido. Não acredito que possam enfrentar esta grande equipa do Benfica”, referiu o

técnico.Um dia depois entra o

Sporting em campo, frente à tradicionalmente difícil equipa da Polícia. “Vai ser mais uma final, não pode perder pontos. Se for o Sporting que nos tem vindo a mostrar uma equipa coesa e fechada, à espera do erro do adversário, pode vir a vencer este jogo”, disse Rui

Cardoso. No entanto, o trei-nador alerta que os “leões”, apesar de terem capacidade para vencer a Polícia, deve-rão mostrar uma postura di-ferente relativamente à par-tida frente ao Ka I.

Monte Carlo e Ka I têm a vida facilitada nesta jornada frente a Lai Chi e Kei Lun, res-pectivamente.

*com Pedro André Santos

Polícia não vai facilitar a vida aos “leões”

Sporting sofreu para vencer o Ka I nesta jornada

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ARQ

UIVO

do seu guarda-redes Ju-ninho, com uma série de boas intervenções que confirmaram a vitória leonina.

Rui Cardoso deixou ainda duras críticas à arbitragem, que clara-mente não esteve ao ní-vel exigido para um jogo deste calibre. “Houve três equipas que quise-ram ter protagonismo, uma delas não deve fazê--lo. O árbitro não teve mão neste jogo, puxou amarelos por tudo e por nada. Perdeu o contro-lo de jogo, os jogadores exaltaram-se. Nestes jo-gos cruciais acho que de-vem meter o melhor ár-bitro que há”, sublinhou Cardoso.

Quarta-feira, 11 de Junho de 201410 JTM | PUBLICIDADE

MOP

ACTIVO ACTIVO BRUTO ACTIVO LÍQUIDOPROVISÕES,

AMORTIZAÇÕES EMENOS - VALIAS

BALANÇO ANUAL EM 31 DEZEMBRO DE 2013

(Publicações ao abrigo do artigo 76 do RJSF aprovado pelo Decreto-Lei nº. 32/93/M, de 5 de Julho)

Síntese da actividade da Sucursal Offshore de Macau, no exercício referente ao período de01.01.2013 a 31.12.2013

No decurso do exercício de 2013, o BPI criou as condições para reembolsar mais 780 milhões de euros de obrigações subordinadas de conversão contingente (CoCo), subscritas pelo Estado português em Junho de 2012, com a maturidade de cinco anos, no quadro do programa de capitalização do Banco imposto pela Autoridade Bancária Europeia (EBA). Uma parte do citado montante – 280 milhões de euros – foi efectivamente paga em 2013; para os restantes 500 milhões, a autorização de reembolso, solicitada, com segura fundamentação, em Dezembro de 2013, só veio a ser deferida já no primeiro trimestre de 2014, reduzindo para 420 milhões de euros a dívida remanescente, ou seja, 28% do montante inicial. Alcançado este limiar em menos de um ano e meio, o Banco elegeu agora como objectivo prioritário o reembolso integral dos Cocos até ao final do exercício de 2014, antecipando em 12 meses o compromisso assumido em 2013 com a Comissão Europeia e em três anos a meta acordada em 2012 com a EBA e o Estado português.

Depois do reembolso acima referido, o Banco apresenta um rácio de capital core tier 1 de 13.1%, de acordo com o normativo de Basileia III, transposto para a União Europeia através da Directiva CRD IV, o que compara com um mínimo de 8%, exigido na avaliação de activos a realizar pelo BCE, reflectindo, nessa perspectiva, um excesso de capital de 968 milhões de euros.

A confortável posição do BPI no que respeita ao capital é reforçada por um desempenho muito seguro e transparente no âmbito do controlo e gestão de Riscos, em especial o risco de crédito. Os resultados comparados mostram, uma vez mais, que o Banco continua a evidenciar, neste domínio, um dos melhores desempenhos entre os principais bancos ibéricos, podendo sublinhar-se, a título ilustrativo, que o rácio de crédito em risco do BPI (5.1%) correspondia, em Dezembro de 2013, a menos de metade da média do sistema bancário português. Os exercícios de avaliação e controlo da carteira de crédito realizados pelo Banco de Portugal em 2013 confirmaram, por outro lado, um elevadíssimo grau de adequação da cobertura de riscos por imparidades, a exemplo do que se tinha verificado em todos os testes anteriores. No final do ano, as imparidades cobriam integralmente o crédito vencido a mais de 90 dias.

O BPI continua igualmente a manter uma situação muito equilibrada na gestão da sua liquidez: o crescimento dos depósitos (+3.2%) e a queda da carteira de crédito consolidada, levaram a uma nova redução do diferencial de liquidez comercial, situando-se o rácio de transformação em 96%, o valor mais baixo entre os principais bancos portugueses. Os recursos obtidos junto do BCE ascendiam no final do ano a 4 mil milhões de euros, dispondo ainda de 5.5 mil milhões de euros em activos elegíveis para novas operações da mesma natureza, enquanto as necessidades líquidas de refinanciamento de dívida de médio e longo prazo, excluindo CoCos são apenas de 1.1 mil milhões de euros até 2018.

O lucro consolidado do BPI no exercício de 2013 situou-se em 66.8 milhões de euros, num quadro excepcionalmente difícil a que tem estado sujeita a actividade bancária desde 2008, com os persistentes efeitos estruturais da crise económica, reflectidos num volume de imparidades incomum e num nível anormalmente baixo das taxas de juro, aos quais se vêm acrescentar novos custos extraordinários, decorrentes da intervenção das autoridades.

É hoje indiscutível que, entre os seus pares, o BPI resistiu melhor à crise e dela sairá mais forte em termos relativos. No conjunto dos últimos três anos, foi o único dos grandes bancos portugueses que apresentou resultados positivos, tem os melhores rácios de capital do sistema, o melhor conjunto de indicadores de risco de crédito da Península Ibérica e uma adequada cobertura das responsabilidades com pensões, sendo ainda, entre os bancos cotados, o único que não emitiu dívida garantida pelo Estado para gerir a liquidez.

No prosseguimento das orientações definidas nos anos anteriores, pela sua Sede, a Sucursal Offshore de Macau do Banco BPI S.A. prosseguiu a sua actividade, durante 2013, mantendo, em particular, o seu contributo no que se refere à preferência dos seus clientes Não Residentes, maioritariamente portugueses, os quais, continuaram a eleger o Banco BPI, de entre os demais, como o seu Banco de confiança e, de entre as várias soluções financeiras disponibilizadas pelo BPI, a manter as suas preferências e a confiar as suas poupanças, sobretudo, em Depósitos a Prazo.

No final de 2013, os Recursos Totais de Clientes do Banco BPI ascendiam a 31 568 milhões de euros, sendo o segmento de Não Residentes responsável por uma carteira de recursos de 4 413 Milhões de Euros (+0.9% face a 2012) da qual, encontravam-se afectos à Sucursal de Macau, na forma de Depósitos a Prazo de vários tipos e diferentes maturidades, 1 975.1 Milhões euros, equivalentes a MOP 21 788.7 Milhôes representando um crescimento de 9,9% face ao valor dos mesmos em 2012.

Em 31 de Dezembro de 2013, o Balanço da Sucursal atingiu um total de Activos de MOP 21 989,4 Milhões (+9,7% face a 2012) representado, quase na totalidade, por Aplicações junto da Sede do Banco e noutras Sucursais ou Filiais do Grupo, no quadro da gestão centralizada de recursos do Grupo.

Os Custos Operativos da Sucursal evidenciaram um crescimento, atingindo um total de MOP 2 851.7 mil (+12.9% face a 2012).

No prosseguimento da politica do Grupo BPI, a Sucursal Offshore de Macau manteve a sua estreita colaboração com a sua sede, em Lisboa, nomeadamente, no apoio ao desenvolvimento das suas relações com o Banco da China, Sucursal de Macau, no quadro dos acordos firmados com aquele Banco e a sua sede em Beijing, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento das acções destinadas a suportar o papel de Macau no quadro da relação global entre a RPC e Portugal bem como, com os PALOP, designadamente com Angola, através da subsidiária do Grupo naquele país, o Banco de Fomento Angola.

No final, os nossos agradecimentos às Autoridades da RAEM, em particular, à Autoridade Monetária de Macau, pelo seu continuado suporte à actividade da Sucursal Offshore de Macau do Banco BPI no respeito e cumprimento das suas directivas ou orientações às Instituições Financeiras estabelecidas na RAEM.

Macau, 29 de Abril de 2014

Direcção da Sucursal

CAIXA DEPÓSITOS NA AMCM VALORES A COBRAR DEPÓSITOS À ORDEM NOUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO DEPÓSITOS À ORDEM NO EXTERIOR OURO E PRATA OUTROS VALORES CRÉDITO CONCEDIDO APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO DEPÓSITOS COM PRÉ-AVISO E PRAZO NO EXTERIOR ACÇÕES, OBRIGAÇÕES E QUOTAS APLICAÇÕES DE RECURSOS CONSIGNADOS DEVEDORES OUTRAS APLICAÇÕES PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS IMÓVEIS EQUIPAMENTO CUSTOS PLURIENAIS DESPESAS DE INSTALAÇÃO IMOBILIZAÇÕES EM CURSO OUTROS VALORES IMOBILIZADOS CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO

TOTAIS

3,003.96

272,379.1757,558,965.78

-

21,931,221,650.50

501,527.48971,378.86

67,055.14216,097.96

21,990,812,058.85

489,096.21 971,378.86

1,460,475.07

3,003.96

272,379.17 57,558,965.78

-

21,931,221,650.50

12,431.27 0.00

67,055.14 216,097.96

21,989,351,583.78

PASSIVO SUB-TOTAIS TOTALDEPÓSITOS À ORDEMDEPÓSITOS C/PRÉ-AVISODEPÓSITOS A PRAZODEPÓSITOS DO SECTOR PÚBLICORECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIORECURSOS DE OUTRAS ENTIDADES LOCAISEMPRÉSTIMOS EM MOEDAS EXTERNASEMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕESCREDORES POR RECURSOS CONSIGNADOSCHEQUES E ORDENS A PAGARCREDORESEXIGIBILIDADES DIVERSASCONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃOPROVISÕES PARA RISCOS DIVERSOSCAPITALRESERVA LEGALRESERVA ESTATUTÁRIAOUTRAS RESERVAS RESULTADOS TRANSITADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORESRESULTADO DO EXERCÍCIO

TOTAIS

21,788,651,612.00

3,781.34

344,700.88

33,957,300.00

9,178,776.30102,800,305.10

21,788,651,612.00

348,482.22216,097.96

145,936,381.4054,199,010.20

21,989,351,583.78

MOP

CONTA DE EXPLORAÇÃO

DÉBITO MONTANTE CRÉDITO MONTANTECUSTOS DE OPERAÇÕES PASSIVASCUSTOS COM PESSOAL REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS DE

GESTÃO E FISCALIZAÇÃO REMUNERAÇÕES DE EMPREGADOS ENCARGOS SOCIAIS OUTROS CUSTOS COM O PESSOALFORNECIMENTOS DE TERCEIROSSERVIÇOS DE TERCEIROSOUTROS CUSTOS BANCÁRIOSIMPOSTOSCUSTOS INORGÂNICOSDOTAÇÕES PARA AMORTIZAÇÕESDOTAÇÕES PARA PROVISÕESLUCRO DE EXPLORAÇÃO

TOTAIS

535,660,519.40

1,122,965.3020,597.4061,726.9062,718.30

1,583,692.40153,118,864.20

61,289.90

95,490.20

54,199,010.20745,986,874.20

PROVEITOS DE OPERAÇÕES ACTIVASPROVEITOS DE SERVIÇOS BANCÁRIOSPROVEITOS DE OUTRAS OPERAÇÕES BANCÁRIASRENDIMENTOS DE TÍTULOS DE CRÉDITO E DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRASOUTROS PROVEITOS BANCÁRIOSPROVEITOS INORGÂNICOSPREJUÍZOS DE EXPLORAÇÃO

TOTAIS

588,622,726.70

157,364,147.50

745,986,874.20

Síntese do parecer dos auditores externos

À Gerência do Banco BPI, S.A. – Sucursal Offshore de Macau

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Banco BPI, S.A. – Sucursal Offshore de Macau relativas ao ano de 31 de Dezembro de 2013, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório datado de 29 de Abril de 2014, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2013, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações da conta corrente com a sede e reservas e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas a que acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas.

Para a melhor compreensão da posição financeira do Banco BPI, S.A. – Sucursal Offshore de Macau e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeirasresumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Quin VaAuditor de ContasDeloitte Touche Tohmatsu – Sociedade de Auditores

Macau, aos 29 de Abril de 2014

CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS MONTANTEVALORES RECEBIDOS PARA COBRANÇAVALORES RECEBIDOS EM CAUÇÃOGARANTIAS E AVALES PRESTADOSCRÉDITOS ABERTOSACEITES EM CIRCULAÇÃOVALORES DADOS EM CAUÇÃO COMPRAS A PRAZO VENDAS A PRAZOOUTRAS CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS

216,097.96216,097.96

MOP

CONTA DE LUCROS E PERDAS

DÉBITO MONTANTE CRÉDITO MONTANTE 54,199,010.20

54,199,010.20

PREJUÍZO DE EXPLORAÇÃOPERDAS RELATIVAS A EXERCÍCIOS ANTERIORESPERDAS EXCEPCIONAISDOTAÇÕES PARA IMPOSTOS SOBRE LUCROS DO EXERCÍCIODOTAÇÕES ADICIONAIS PARA PROVISÕES CONFORME RJSFRESULTADO DO EXERCÍCIO (SE POSITIVO)

TOTAIS

54,199,010.20

54,199,010.20

LUCRO DE EXPLORAÇÃOLUCROS RELATIVOS A EXERCÍCIOS ANTERIORESLUCROS EXCEPCIONAISPROVISÕES UTILIZADASRESULTADO DO EXERCÍCIO (SE NEGATIVO)

TOTAIS

MOP

MOP

FOTO

JTM

JTM | LOCAL 11

Fátima Almeida

PSICÓLOGA VAI PROFERIR PALESTRA NO CLUBE C&C

“Há falta de informação sobre bullying”Quarta-feira, 11 de Junho de 2014

Depois de ter constatado que muitas situações de agressão, sobretudo pressões psicológicas, tendem a não ser identificadas como casos de “bullying”, a psicológica Goreti Lima vai ministrar uma palestra sobre o tema para dar a conhecer algumas estratégias que possam minimizar este fenómeno que é crescente. Radicada em Macau, a também professora universitária sublinha que é necessário um programa de prevenção sistemática e continuado, uma vez que só com tempo se mudam comportamentos e alerta que é necessário ter em conta os três vértices deste triângulo: vítima, agressor e espectadores

Se bater em alguém é facilmente identificado como uma agressão, pressionar ou humilhar muitas ve-

zes confunde-se erradamente com uma brincadeira. Os casos de “bullying” têm crescido, mas continua-se a “constatar que há uma certa falta de informação” sobre este fenómeno, alerta a psicóloga clínica e professora universitária Goreti Lima. “Comecei a ver que há determina-dos tipos de comportamentos que as pes-soas não consideram bullying, porque dizem que é feitio da pessoa, mas a outra também é livre e não tem que tolerar estes comportamentos”, afirma a profissional, que na próxima terça-feira proferirá uma palestra sobre o tema no Clube C&C.

“É um problema que aparentemente é crescente, uma questão que se tem falado mais, também devido à comunicação so-cial reportar, sobretudo esta nova forma que é o ciberbullying. O bullying digital funciona na medida em que a pessoa está camuflada, não há um confronto, está atrás de um computador e exerce-se esse tipo de agressão, e por isso tem-se fala-do mais sobre esta forma”, especifica ao JTM.

Pela sua experiência a trabalhar com crianças e jovens, através de acções de formação em escolas, e nas consultas, como psicóloga clínica, Goreti Lima no-tou não só que as pessoas não conseguem identificar todos os tipos de bullying como também, muitas vezes, são incapa-zes de se defender, o que lhes pode cau-sar várias patologias, como ansiedade ou depressão. “É urgente prevenir, ensinar às pessoas a imporem os seus limites de forma respeitosa e respeitável. Ouve-se várias vezes dizer e até mesmo às crian-ças: ‘se ele te fez assim faz-lhe da mesma maneira para a próxima’, mas este com-portamento não resolve o problema, e será uma bola de neve”, preveniu.

Neste sentido torna-se importante obter noções sobre os comportamentos e os respectivos efeitos deste fenómeno. “Infelizmente ainda não podemos dizer que é possível parar, mas este fenómeno pode ser minimizado se houver confian-ça de utilizar estratégias, e saber nestas situações identificar quais são as carac-terísticas de um possível agressor”, disse exemplificando. “Muitas vezes é alguém mais velho, mais forte ou que tem uma posição hierárquica superior. É preciso estar alerta para este tipo de coisas, por-que as pessoas exercem poder e nós aca-bamos por permitir, ou porque se trata, por exemplo, do nosso chefe, professor, o padre, o irmão mais velho, o tio, o treina-dor, mas este tipo de coisas não são tole-ráveis”.

Prevenção séria e sistemática

Quando a vítima não sabe defender--se por ter medo “este fenómeno gera uma imensa ansiedade, stress, receio e vergonha”, que “acaba por levar a pes-soa ofendida a patologias psicológicas”, explicou a psicóloga. “O bullying muitas

vezes causa perturbações graves na víti-ma. O agressor tem a tendência para ser superior e para exercer pressão, mas uma pessoa que é repetidamente assolada, acaba por sentir stress constante e pode incorrer numa situação de ansiedade cró-nica e situar-se dentro da patologia das perturbações da ansiedade, e/ou de hu-mor como depressões”.

O que muitas vezes esconde o “bullying” é a autoridade que a socie-dade atribui a certas posições. Este é um dos factores que leva à não identificação de vários casos que se incluem no ramo do “bullying”. “Pode acontecer com um familiar, um amigo da família, um treina-dor, um chefe de escuteiros, entre outros exemplos, em que em termos de posição são hierarquicamente superiores e abu-sam verbalmente e não só, humilham ou ridicularizam repetidamente uma pessoa que está a um nível inferior. E nós deixa-mos passar, até porque às vezes conside-ramos: ‘se é teu superior e diz isso quer que tu melhores, ou tem razões para isso’, mas na verdade há formas e formas de nos tratarmos uns aos outros”, explica Goreti Lima, elaborando. “Há aqui um factor que é o respeito mútuo e a isso nós chamamos estilo de comunicação asser-tivo, ou seja, eu posso dizer tudo o que quiser a alguém sem ser de uma forma intrusiva ou de humilhação”.

A psicóloga frisa ainda que há outro factor: a vergonha e a culpa por parte da vítima. “Ninguém gosta de admitir que está de facto em posição de inferioridade, que anda a ser abusado, humilhado, ain-da por cima por alguém que já tem um papel conquistado junto da família ou no

círculo social. Para uma criança ou um jo-vem, é muito complicado denunciar uma situação ou uma pessoa que está bem conotada no seio familiar... E que muitas vezes faz ameaças”, expôs.

Para conseguir minimizar os casos de “bullying” é necessário começar uma prevenção efectiva, que tanto assenta na identificação de pequenos sinais - por exemplo uma criança recusar a ir a locais onde anteriormente gostava de estar, in-sónias, medos aparentemente despropor-cionados -, como no desenvolvimento de estratégias de comunicação e emoções. “Tem que começar a ser feita prevenção, de como as pessoas se podem relacionar e isto é simples, num sistema de comuni-cação em que a base é o respeito”, referiu.

No que diz respeito à prevenção, Go-reti Lima sublinha que é necessário um programa sistemático para que através da repetição se possa mudar comporta-mentos. “Quando me refiro à prevenção nas escolas é um programa sério, que tem de ser continuado e repetido, porque para mudar mentalidades têm de haver repetição. Não basta uma palestra, que é bom para alertar, mas para se implemen-tar um trabalho de fundo e para mudar comportamentos e hábitos tem que ser um programa implementado em que as pessoas treinem estes novos comporta-mentos”.

No fundo, é fazer com que a “vítima ganhe autoconfiança para poder res-ponder adequadamente, bem como a coragem de denunciar ou pedir ajuda, e a pessoa que tem tendência para agres-sividade ter aquilo que nós chamamos controlo e inteligência emocional para

perceber que não pode abusar dos outros só porque lhe apetece”.

Silêncio dos espectadores

magoa a vítima Ao contrário do que se possa pensar,

o “bullying” desenrola-se num triângulo, que além da vítima e do agressor inclui num dos vértice os espectadores. A psi-cóloga não esquece o terceiro elemento do fenómeno, já que o silêncio de quem assiste ou sabe das agressões pode tam-bém marcar a vítima de maneira profun-da, mas o mais importante, pode ajudar. “Muitas vezes o bullying reveste-se da forma de humilhação e o pior de tudo isto são os espectadores que assistem e que com medo que o agressor se vire con-tra eles preferem passar despercebidas, com receio de tomar uma posição” frisa.

O “curioso”, explica, é que “quando falamos com pessoas que são vítimas de abusos, quer seja de violência doméstica, bullying, pedofilia, em todos estes tipos de abusos a pessoa agredida muitas ve-zes se queixa nem é bem do agressor - se bem que ele que exerce uma pressão marcante - mas do silêncio de quem as-siste e nada faz, mas pactua”. “Também se sabe que não denunciam porque têm medo, está tudo justificado, mas a vítima sente ainda mais o silêncio dos amigos”, enfatiza.

O “bullying” é um tema com o qual Goreti Lima tem vindo a lidar durante a sua carreira como psicóloga - formada pelo Instituto de Psicologia Aplicada de Portugal, e mestre em Saúde Comporta-mental pela Universidade de Hong Kong - mas não deixou de surpreender quando no Verão se deparou com um relatório da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) que indicou que 88% dos inqui-ridos já foi alvo de “bullying” ou assistiu a este tipo de violência.

Antes deste inquérito, Goreti Lima, registada nos Serviços de Saúde de Ma-cau e na Ordem dos Psicólogos de Portu-gal, já tinha reparado que as pessoas têm alguma dificuldade em se fazer respeitar e algumas gostam de ridicularizar o ou-tro, mas o relatório da APAV alarmou-a, aumentando a necessidade de fazer ain-da mais para que as pessoas conhecem os seus limites. Há cerca de quatro anos co-meçou a ministrar algumas acções de for-mação de assertividade, de como comu-nicar efectivamente com as pessoas com respeito e de forma a serem respeitadas.

“Pensei: o que é que eu quero ver mais no mundo? Liberdade, sorrisos e mais paz, no fundo um mundo que as pessoas sejam livres mas com responsabilidade”, referiu. “Há uma missão grande de pas-sar estes conhecimentos, para que pessoa se faça respeitar, não tem nada que andar ansiosa ou nervosa porque tem uma ca-racterística diferente da outra pessoa ou porque não concorda com ela”, frisou.

Depois de ver os dados da APAV e de ter lidado com casos de “bullying”, no âmbito da sua profissão e das acções de voluntariado em que participa, Gore-ti Lima acredita que este fenómeno não pode ficar em silêncio.

Quarta-feira, 11 de Junho de 201412 JTM | DESPORTO

Campeão do mundo nas duas primeiras edições em que parti-cipou, o Uruguai demorou uma

eternidade a voltar à ribalta do futebol. Nada de espantar num país de peque-nas dimensões, com cerca de apenas 3,3 milhões de habitantes, onde não é fácil repor gerações de qualidade.

Todavia, em 2010, na África do Sul, a garra charrua voltou a mostrar-se – não foi campeã mas terminou no pódio, com um futebol atractivo, feito de entrega e talento. E o melhor jogador da competi-ção foi mesmo um uruguaio, Diego For-lán.

Quatro anos depois, as esperanças da selecção no regresso ao país onde pro-vocou o maior escândalo da história da competição, o famoso Maracanazo, já não estão nos ombros do dianteiro louro de 34 anos mas sim no seu colega de ata-que, Luis Suárez.

Melhor marcador da qualificação da CONMEBOL com 11 tentos – apesar de a “Celeste” ter necessitado de disputar um play-off com a Jordânia –, o goleador surge no Brasil como uma das principais estrelas da competição, isto apesar de ter sofrido uma intervenção cirúrgica ao joelho no final da Liga inglesa.

E não é para menos: ainda recente-mente se tornou no primeiro sul- ameri-cano a conquistar o troféu de melhor jo-

gador da Premier League, numa votação efectuada pelos seus pares, depois de uma época de excelência com a camisola do Liverpool – e já se diz que está na lista para se tornar no próximo galáctico no Real Madrid.

Além disso, já é, aos 27 anos, o arti-lheiro-mor da selecção do seu país, com 38 golos. Elegante com a bola nos pés, é um perigo quando surge solto na grande área, uma vez que faz golos de qualquer posição e é bastante instintivo – tem a perfeita noção onde a bola vai cair, sendo letal nas recargas.

Resta apenas saber se a sua forte per-sonalidade – ou mau feitio, como lhe queiram chamar – não o vai impedir de ser uma das estrelas no Brasil: desde que, aos 15 anos, agrediu um árbitro à cabeçada, que as sucessivas asneiras lhe têm travado o passo. De qualquer forma, o “Conejo” (alcunha que ganhou devido aos proeminentes dentes da frente) ain-da está a tempo de chegar mais longe.

O êxito depois da farraLuis Alberto Suárez Díaz nasceu em

Salto, localidade do Nordeste Uruguaio, mas cedo se mudou com a família para a capital Montevideu. Tinha então sete anos e aos nove sofreu a desilusão de ver o pai abandonar o clã, tornando-se a avó o garante da família.

Se desde cedo começou a mostrar o seu talento nas ruas da capital, a verdade é que o jovem Luis parecia mais interes-

sado na vida boémia – o álcool e as saí-das nocturnas reflectiram-se no seu ren-dimento. Foi então preciso um dos seus treinadores no Nacional de Montevideu lançar-lhe um ultimato: “Ou começas a treinar e a centrar-te na tua vida ou vais embora.”

O toque a despertar deu resulta-do e pouco tempo depois, aos 18 anos, estreou-se na primeira equipa do clube uruguaio, num jogo da Taça dos Liber-tadores. Tinha prometido à namorada Sofía Balbi que, com a sua dedicação ao futebol, o dinheiro nunca faltaria – e foi com Sofía, que se mudou para Barcelona pouco antes de ser contratado pelo Gro-ningen e com ela se relacionou à distân-cia, e se casou em 2009.

A união já deu dois frutos: Delfina, nascida em 2010, e Benjamín, em 2013. “Fazem-me pensar mais e acalmam-me. Penso imenso neles quando estou em campo”, confessou o jogador depois de cumprir dez jogos de castigo devido à dentada que dera a um adversário.

Ao serviço do Liverpool – que o con-tratou ao Ajax, elevando o montante das suas transferências para 34 milhões de euros –, Suárez garantiu a independên-cia financeira: com o contrato que o liga aos “reds” até 2018 ganha cerca de 12,6 milhões de euros/ano só em salários.

“El Pistolero”, outra das suas alcu-nhas, está avaliado em 52 milhões de euros mas não é de excluir que um Mun-dial possa elevar a fasquia. JTM/DN

Nuno Coelho

CurtasAVIÕES VÃO TRANSMITIRJOGOS DO MUNDIALTodos os jogos do Mundial do Brasil vão ser, pela primeira vez, transmitidos em aviões durante os voos, numa ini-ciativa do canal Sport 24. Um total de nove companhias aéreas inscreveram--se no serviço, incluindo a Lufthansa, Emirates, Etihad, Turkish Airlines, entre outras. A transmissão será produzida pela equipa de produção de TV da FIFA antes de ser adaptado pela empresa IMG Media para os voos comerciais.

GANA GOLEIA COREIA DO SULCOM “HAT-TRICK” DE AYEWO Gana, adversário de Portugal no Gru-po G, goleou a Coreia do Sul por 4-0, no último encontro de preparação para o Mundial. O suplente Jordan Ayew foi a grande figura do encontro, ao en-trar aos seis minutos, para o lugar do lesionado Waris Majeed, e conseguir um “hat-trick”, com tentos aos 11, 53 e 89 minutos. Asamoah Gyan apontou o outro tento do conjunto africano, que defronta Portugal na última ronda do Grupo G, a 26 de Junho.

FIFA TESTA TECNOLOGIA DA LINHA DE GOLOA FIFA apresentou no Maracanã a tec-nologia da linha de golo, que vai utili-zar pela primeira vez num Campeona-to do Mundo. A “Goal Control” consiste em sete câmaras apontadas à linha de golo que vão detectar se a bola entra ou não na baliza, enviando um sinal para o relógio do árbitro, em caso de golo. “Fizemos 2400 testes e funcio-nou. É fiável a 100%”, garantiu Johan-nes Holzmüller da FIFA.

MEXICANOS FORAMDE TÁXI PARA O TREINOA selecção do México teve de improvisar para se deslocar ao centro de treinos, já que o autocarro da equipa ficou sem ba-teria. Dessa forma, os jogadores mexica-nos tiveram de recorrer a vários táxis para se transportarem, situação que atraiu curiosos à porta do hotel e obrigou o exército brasileiro a fechar a avenida.

LÖW GARANTE NEUER FRENTE A PORTUGALJoachim Löw, seleccionador da Ale-manha, acredita que vai poder utilizar Manuel Neuer no jogo com Portugal, dentro de uma semana, em Salvador da Baía, a contar para a primeira jor-nada do Grupo G. “O médico garante que o nosso guarda-redes estará apto a jogar”, reve-lou o técni-co, acres-centando: “ C o n f i o que pode-rá jogar com Portugal.”

LUIS ALBERTO SUÁREZ DÍAZ

O goleador com mau feitioPrimeiro sul-americano eleito como melhor jogador da Premier League inglesa, o avançado uruguaio carrega a responsabilidade de manter a selecção charrúa no topo depois do pódio em 2010 e apesar da operação ao joelho a que foi submetido recentemente

Data de nascimento:24/01/1987 (27 anos)

Naturalidade: Salto (Uruguai)

Altura: 1,81 m

Peso: 81 kg

Clube actual: Liverpool (Inglaterra)Trajecto: Nacional de Montevideu

(2005), Gronigen (2006/07); Ajax (2007/08) a 2010/11), Liverpool (des-

de 2010/11)

Títulos: Copa América (2011); Liga uruguaia (2005/06); Liga holandesa

(2010/11); Taça da Holanda (2009/10) Supertaça holandesa (2007); Taça da

Liga Inglesa (2011/12)

Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 JTM | DESPORTO 13

PESQUISA DA BET365 COLOCA RONALDO ATRÁS DE MESSI E NEYMAR

Sondagem coloca Portugal longe dos favoritosPortugal é a nona equipa da lista de favoritos do Mundial e Cristiano Ronaldo é ultrapassado por Messi e Neymar na luta pela Bola de Ouro e de melhor marcador, para o mercado de apostas desportivas

A página online Bet365, uma dos mais utiliza-das em todo o mundo,

coloca a selecção portuguesa longe dos possíveis vencedo-res da prova que se vai reali-zar no Brasil.

Portugal apresenta uma “odd” de 29.00 por cada euro apostado, um valor bem mais alto do que o dos principais favoritos. O Brasil, candidato número 1, tem uma probabili-dade de 4.00 e é seguido pela Argentina, com 5.00, a Ale-manha, com 7.00, e a Espa-nha, actual campeã mundial, que apresenta 7.50.

A Costa Rica é mesmo a selecção que tem menos pro-babilidades de levantar o tro-féu no dia 13 de Julho e, por isso, oferece uma “fortuna” de 2.501 por cada euro apos-tado.

Para chegar à final, que se vai disputar no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, a selecção lusa tem uma odd de 13.

Quanto ao Grupo G, em que Portugal está envolvido, a Alemanha é clara favorita ao primeiro lugar, mas Por-tugal deverá acompanhar os germânicos no apuramento para os oitavos-de-final.

A qualificação da equipa das “quinas” oferece 1.44, en-quanto a da Alemanha garan-te um lucro quase irrelevante (1.12). A passagem do Gana vale 3.75 e os Estados Unidos aparecem como a menos pro-vável a marcar presença na próxima fase, com 4.00.

A nível individual, para o mercado de apostas, Cristia-no Ronaldo, jogador do Real Madrid, perde em todos os níveis para Lionel Messi (Ar-gentina) e Neymar (Brasil), ambos futebolistas do Barce-lona.

O argentino é o principal candidato a melhor marcador da prova, com uma “odd” de 8.50, seguido do jogador “ca-narinho”, com 11.00, e só de-pois aparece o “capitão” da selecção lusa, com 15.00.

Nesta luta, Hélder Postiga e Hugo Almeida são os outros jogadores Portugal que apa-recem como opções, embora com probabilidades milioná-rias, com 101 e 151, respecti-vamente.

Cenário semelhante acon-tece na Bola de Ouro, mas com Messi e Neymar a trocarem de posição e novamente com Ro-naldo como o “outsider”, na terceira posição.

Aqui, o mercado de apos-tas aponta Neymar como favorito (7.00) à frente de Messi (8.00) e o número 7

da selecção nacional (10.00). O médio João Moutinho é o outro jogador português que aparece nesta lista, mas com um número bem mais eleva-do do que o seu compatriota (101.00).

Na “luva do ouro”, prémio que consagra aquele foi con-siderado o melhor guarda--redes, Rui Patrício aparece distante dos principais candi-datos e é considerado o oitavo favorito a conquistar o troféu.

O guardião do Sporting, que deverá ser o titular de Portugal no Mundial, apre-senta uma “odd” de 17.00, uma probabilidade bem mais alta que o germânico Manuel Neuer, o favorito com 5.50.

Júlio Cesar, responsável pelas redes do Brasil, surge como segundo favorito e paga

6.00, enquanto que o espanhol Casillas também entra na cor-rida, com 7.00.

Eurosondagem coloca CR7 como favorito

Cristiano Ronaldo será o melhor jogador do Mundial deste ano com palco no Brasil. Esta é, pelo menos, a opinião da maioria dos entrevistados na sequência de um estudo da Eurosondagem, para a Sport TV, TSF, Diário de Notícias, O Jogo e Jornal de Notícias. De acordo com os resultados, 54,9% dos inquiridos estão plenamente convencidos de que o extremo do Real Madrid e capitão da selecção nacional terá um melhor desempenho do que os do argentino Mes-si e do brasileiro Neymar no Campeonato do Mundo. Ao

mesmo tempo, os inquiridos aconselham na sua maioria o seleccionador nacional Paulo Bento a não colocar Cristiano Ronaldo em campo na estreia lusitana diante da Alemanha, se o madeirense não estiver a cem por cento.

Portugal no quarto lugarSegundo uma simulação

do torneio realizada pela empresa de videojogos EA Sports, a selecção nacional portuguesa irá ficar no quar-to lugar do Campeonato do Mundo. A Alemanha será Campeã do Mundo após ven-cer o Brasil (2-1). Portugal eli-mina a Rússia (2-0) e a Nigéria (4-3), perdendo nas meias- fi-nais com os brasileiros (0-1) e com a Espanha (1-3) no jogo no terceiro lugar. P.A.S.

Paulo Bento não assina empate com a Alemanha O seleccionador português garantiu que não assinava já um empate com a Alemanha, na estreia no Mundial, considerando, por outro lado, que é desonestidade intelectual colocar Portugal junto aos principais favoritos

Não assino empates antes dos jogos. Até posso ficar satisfeito no final de um jogo, mas antes não”, garantiu Paulo Bento, na conferência de

imprensa de antevisão da partida com a República da Irlanda.

Questionado sobre a entrevista do seleccionador es-panhol Vicente del Bosque na qual coloca Portugal entre os principais favoritos ao título mundial, Paulo Bento considerou o seu congénere “uma pessoa extremamen-te educada, extremamente simpática”, mas alertou que estão nesse lote também a Colômbia, o Chile e algumas equipas africanas, recusando colocar a equipa das “qui-

nas” junto às potências mundiais.“O mais grave é que parece-me que alguns, por re-

cados ou por algum excesso de confiança, considerem Portugal favorito ao título ao pé de outras selecções. Isso só se faz por pouca informação ou por desonestidade intelectual. Portugal tem um primeiro grande objectivo e não sairemos daqui, que é passar a fase de grupos. A partir daí, lutaremos com todas as equipas pelo melhor resultado. Por mais que me obriguem, eu não saio deste objectivo, porque quem tem de gerir expectativas desta equipa sou eu e mais ninguém”, frisou o técnico luso.

O seleccionador lamentou ainda o facto de ter tido al-

gumas contrariedades ao longo do estágio, que o obriga-ram “a perspectivar de uma maneira diferente” a prepa-ração, sobretudo devido às lesões de Cristiano Ronaldo, Pepe e Raul Meireles, garantido que, à parte destes três casos, há também “a preocupação de gerir a equipa em termos tácticos e físicos”.

Sobre o surto de dengue em Campinas, onde Portu-gal terá o seu “quartel-geral” no Brasil, Paulo Bento dis-se que não lhe parece que “haja motivos para alarme ou para preocupação”, enquanto sobre a instabilidade so-cial no Brasil acredita que a FIFA “estará com o controlo de tudo”. JTM/Lusa

Estudo da Bet365 coloca Portugal no 9º lugar na lista de favoritos

Quarta-feira, 11 de Junho de 201414 JTM | ROTEIRO

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21:00

FOX MOVIES

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CINETEATROS1 Maleficient (3D)19:15

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TORRE DE MACAUMalefiecient (3D)14:30 • 16:30 • 19:30• 21.30

GALAXYTHEATER VÁRIOSThe Amazing Spider - Man 2 (3D) - 14:10 • 16:10

THEATER 6Godzilla (3D) - 14:20

THEATER VÁRIOSOverheard 3 - 14:30 • 15:40 • 18:1018:50 • 20:40 • 21:20 • 22:50

THEATER VÁRIOSX-Men: Days of Future Past (3D) - 15:40 • 16:30 • 16:4018:10 • 18:50 • 20:40 • 21:20 • 22:50

THEATER VÁRIOSMaleficient (3D) -14:20 • 14:40 • 17:00 • 19:00 • 20:5521:15 • 23:00 • 23:50

THEATER VÁRIOSEdge of Tomorrow - 15:25 • 16:40 • 18:10 • 19:10 • 20:35 • 23:10

www.iacm.gov.mo

ANÚNCIO

Concurso Público “Fornecimento de dois sanitários móveis ecológicos

em plataforma ao IACM ”

Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão de 02 de Maio de 2014, se acha aberto o concurso público para o “Fornecimento de dois sanitários móveis ecológicos em plataforma ao IACM”.

O Programa de Concurso e o Caderno de Encargos podem ser obtidos, dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro n.º 163, r/c, Macau.

O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 4 de Julho de 2014. Os concorrentes ou seus representantes legais devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM e prestar uma caução provisória no valor de MOP40.000,00 (quarenta mil patacas). A caução provisória pode ser efectuada na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita no rés-do-chão do mesmo edifício, por depósito em dinheiro, cheque ou garantia bancária, em nome do “Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais”.

O acto público do concurso realizar-se-á na Divisão de Formação e Documentação deste Instituto, sito na Avenida da Praia Grande nºs 762 – 804, Edf. China Plaza, 6º andar, pelas 10:00 horas do dia 9 de Julho de 2014.

O IACM realizará uma sessão de esclarecimento sobre o concurso às 10:00 horas do dia 20 de Junho (sexta-feira) de 2014 no mesmo local.

Aos 15 de Maio de 2014.

O Presidente do Conselho de Administração Vong Iao Lek

POLÍCIA JUDICIÁRIA

Édito de 30 dias

Faz-se público que tendo Jamnian Francisco, Premkamol requerido os subsídios por morte, de funeral e outras compensações pecuniárias, por falecimento do seu cônjuge, Novo Francisco, Jose, que foi investigador principal, 2º escalão da Polícia Judiciária, todos os que se julgam com direito à percepção dos subsídios e outras compensações acima referidos, devem requerer a esta Polícia, no prazo de trinta dias, a contar da data da publicação do presente édito no Boletim Oficial da Região Adminstrativa Especial de Macau, a fim de deduzirem os seus direitos, pois que não havendo impugnação, será resolvida a pretensão do requerente, findo que seja esse prazo.

Polícia Judiciária, aos 4 de Junho de 2014.

O Director, Wong Sio Chak

Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 JTM | ACTUAL 15

Terá constituído surpresa para muitos a decisão de Juan Carlos de Espanha de ab-dicar a favor do filho, notoriamente gasta

que está, pela erosão que tem sofrido, a institui-ção monárquica que de algum modo reinven-tou, adaptando-a ao seu tempo.

Franco criou uma solução de transição en-tre regimes, pensando no seu desaparecimento. Nisso, muito mais avisado foi que o seu vizinho português.

Mas foi o jovem monarca que teve de recriar esse papel, fazendo a leitura da sua época. O que resultou com eficácia - critério supremo em política.

Mas os novos tempos não se quedaram na admiração do então jovem monarca, apesar de ter defendido a recém-nascida democracia, con-tra o projecto de uma nova ditadura.

Décadas decorreram e, com elas, alterou-se na Europa e em vastas áreas do mundo a noção da legitimidade política.

As populações compreendem mal, na Euro-pa de hoje, o sentido de instituições não eleitas, porque as pessoas sentem-se cada vez mais im-plicadas em decisões que não querem ver dele-gadas.

Mais informação conduziu a uma inédita proximidade entre cidadão e poder, com a nova consciência também de que as decisões dos go-vernantes afectam muito concretamente o quo-tidiano de cada um.

A austeridade que se vive no velho conti-nente e, como reacção, a recente mobilização popular através de uma Europa em crise, é dis-so exemplo evidente.

Mudando o quadro social, é a consciência política que se transforma e evolui também.

E assim, o que legitimou Juan Carlos há quatro décadas - um decisivo apoio popular - poderá agora faltar a Filipe: muitos espanhóis querem um referendo sobre a monarquia.

Se ao herdeiro do trono for dada a oportuni-dade de provar o que vale como Chefe de Esta-do terá, de novo, de reinventar o papel de mo-narca constitucional, desta vez no século XXI.

Como aliás os seus pares belga e holandês que inauguraram recentemente também uma nova geração de figuras reinantes, numa Euro-pa totalmente irreconhecível, tão profundas as modificações sociais e políticas, em relação ao ciclo precedente.

******As famílias reais europeias são chamadas

ao papel - ingrato, hoje mais do que ontem - de “modelo” para os restantes cidadãos.

Papel tanto mais difícil nos nossos dias quanto os media tudo invadem, deixando pou-ca margem de privacidade às pessoas normais que são afinal essas figuras públicas.

Quando o excesso de intromissão é dema-siado óbvio e chega (raramente) aos tribunais, já a família real em questão “perdeu”, até em respeitabilidade, porque o mal está feito.

******O que espera Filipe como rei?Numa fórmula breve e naturalmente fácil,

direi que lhe compete o dificílimo papel de re-conciliar a Espanha consigo própria. Como?

Desde logo, contrariando a força centrífuga dos separatismos, no interior das diferentes au-tonomias - a começar pela Catalunha.

Depois, curar a Espanha das grandes fractu-ras da crise. O desemprego é alarmante...

E combater os privilégios - de abusivo aces-so a facilidades reservadas a poucos - os happy few! - numa sociedade que se quer igualitária.

*Ex-embaixador de Portugal nas Coreias, ASEAN e Indonésia. Docente da Universidade de S. José.

Quando o Rei abdica...

OBSERVATÓRIOCarlos Frota*

Apesar da sua implementação ser um sucesso “amplamente reconhecido”, a política “Um país, Dois sistemas” tem enfrentado “novos problemas” em Hong Kong, onde há “muitas visões erróneas”, refere um documento do Governo Central chinês. Num claro “aviso à navegação”, Pequim lembra ainda que tem o poder de supervisionar o alto grau de autonomia da RAEHK

CHINA

Autonomia de Hong Kong “não é um poder inerente”

O Departamento de Comunica-ção do Conselho de Estado do Governo Central chinês publi-

cou ontem um “Livro Branco” sobre a aplicação da política “Um país, Dois sistemas” em Hong Kong, sublinhan-do que “algumas pessoas” da região vizinha ainda têm uma visão incor-recta sobre o princípio idealizado por Deng Xiaoping. O documento destaca que, “apesar das novas circunstân-cias”, aquela política é “uma compo-nente básica do Estado chinês”.

No “Livro Branco”, Pequim apela ao entendimento completo e preciso do significado da política “Um país, Dois sistemas”, sublinhando que “o alto grau de autonomia de Hong Kong não é um poder inerente, mas sim um poder autorizado pela lide-rança central”. “O elevado grau de autonomia da RAEHK não é plena autonomia, nem um poder descen-tralizado”, acrescenta.

De acordo com a imprensa estatal chinesa, o Governo Central frisa que “tem o poder de supervisão sobre o alto grau de autonomia” da RAEHK, conferido no quadro de uma política que “alcançou um sucesso ampla-mente reconhecido”, mas também “tem vindo a enfrentar novas situa-ções e novos problemas”.

“Algumas pessoas ainda têm um entendimento confuso ou desequili-brado sobre ‘Um país, Dois sistemas’ e a Lei Básica. Muitas visões erróneas que actualmente grassam em Hong Kong sobre a sua economia, socieda-de e desenvolvimento da estrutura política são atribuíveis a isso”, adver-te o Governo Central.

O relatório sublinha ainda, por um lado, que a “autoridade” da Constitui-ção da China e da Lei Básica de Hong Kong “deve ser firmemente salva-guardada” e, por outro, que enquanto “lei fundamental do país, a Constitui-ção é aplicável em todo o território da República Popular da China, incluin-do a RAEHK”. Por isso, as pessoas que governam Hong Kong “devem ser, acima de tudo, patriotas”.

“Todas as provisões da Lei Básica estão correlacionadas uma com a ou-tra e não devem ser compreendidas

de maneira isolada”, realça o Conse-lho de Estado, para deixar novo aler-ta: “Se for enfatizado um aspecto e ig-norado outros, haverá ambiguidade e até interpretações contenciosas, o que dificultará gravemente a implemen-tação da Lei Básica”.

Nesse sentido, Pequim conside-ra que “os sistemas e mecanismos relacionados com a implementação da Lei Básica devem ser melhorados para aumentar a sua autoridade”. “Em particular, é necessário exercer bem o poder empossado no Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular, como definido na Lei Básica, e garantir que o relacionamento entre o Governo Central e a RAEHK seja le-vado à órbita jurídica e institucional, com o fim de alcançar a paz e a ordem duradouras em Hong Kong”, indicou a Rádio Internacional da China, citan-do o documento.

Eleição do Chefe do Executivo“cada vez mais democrática”

O “sistema político democrático” de Hong Kong tem sido promovido “constantemente” desde a transfe-rência de soberania em 1997, garante também o Conselho de Estado chi-nês, vincando que a eleição do Che-fe do Executivo “tornou-se cada vez mais democrática” e “a agenda para o sufrágio universal está estabelecida”.

Um despacho da agência Xinhua sobre a publicação do “Livro Branco” indica designadamente que a “Lei Básica estipula explicitamente que o Chefe do Executivo e todos os mem-bros do Conselho Legislativo devem ser eleitos por sufrágio universal, tor-nando o sufrágio universal um objec-tivo legítimo”.

Recordando uma decisão tomada a 29 de Dezembro de 2007 na 31ª ses-são do Comité Permanente da 10ª As-sembleia Nacional Popular, a agência noticiosa oficial chinesa salienta que “a eleição do 5º Chefe do Executivo da RAEHK em 2017 pode ser imple-mentada pelo método de sufrágio uni-versal”, método que poderá ser depois estendido à eleição de “todos os mem-bros” do Conselho Legislativo.

No mesmo documento, Pequim

assevera ainda que, “após o retorno à pátria, Hong Kong fez novas conquis-tas”, sendo que “os direitos e as liber-dades fundamentais dos seus residen-tes estão totalmente protegidos”.

Porém, o Governo Central consi-dera que “é preciso ficar alerta para a tentativa de forças externas” no sentido de “utilizarem Hong Kong para interferir nos assuntos internos da China”. Importa por isso, segundo Pequim, “evitar e repelir as tentativas feitas por um número muito peque-no de pessoas que agem em conluio com forças externas para interferir na implementação de ‘Um país, Dois sis-temas’ em Hong Kong”.

“Apoio sólido” à prosperidade económica

A vertente económica também não ficou fora do “Livro Branco”, com o Governo Central a destacar o facto de ter vindo a oferecer ao longo dos anos um “apoio sólido” à prospe-ridade e estabilidade de Hong Kong, ajudando a “enfrentar várias dificul-dades e desafios”, “neutralizar ris-cos” e “reforçar a competitividade da região”.

Segundo a Xinhua, Pequim recor-da que “conseguiu garantir a esta-bilidade económica e financeira” de Hong Kong durante a crise financeira asiática em 1997 e a crise financeira em 2008, sem esquecer o apoio na luta contra a SARS em 2003, que afectou “severamente” a economia da antiga colónia britânica, “através do forne-cimento grátis de grande quantidade de aparelhos médicos e promovendo comércio e investimento entre os dois lados”, bem como do lançamento da política de vistos individuais.

“O Governo Central chinês tam-bém tomou medidas para consolidar a posição de Hong Kong como um mercado offshore de renminbis e en-corajou o registo de empresas conti-nentais na Bolsa de Valores de Hong Kong. A parte continental fez grandes esforços para garantir o fornecimen-to de alimentos, produtos agrícolas e secundários, água, electricidade e gás natural para Hong Kong”, remata a Xinhua.

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Quarta-feira, 11 de Junho de 201416 JTM | OPINIÃO

A caldeirada das pistolas e dos colégiosno lume brando dos interesses internacionais

UM ARTIGOFrancisco José Leandro*

Os media com projecção global deram conta das declarações de um alto funcionário da po-

lítica norte-americana a propósito do rapto de 200 meninas numa Escola da Nigéria. Referia-se esse alto funcioná-rio, à inaceitabilidade da insegurança nos estabelecimentos de ensino no interior na Nigéria, acusando direc-tamente o Presidente Goodluck Jona-than de se poupar a esforços no senti-do de manter a segurança nos lugares mais remotos no interior do seu país, pressionando-o a aceitar ajuda inter-nacional para a localização e resgate das estudantes.

Sabemos que a Nigéria se debate com, pelo menos, dois grandes tipos de conflitos. Por um lado, a Norte, a violência inter-religiosa com o objecti-vo de instalar a “Sharia” e, consequen-temente, promover a educação exclu-sivamente em escolas islâmicas, como forma de combater o dito “avanço avassalador da violência cristã”. Por outro, a Sul, o conflito no Delta do Ní-ger, que envolve o desequilíbrio social e os interesses de diferentes grupos em torno da exploração dos recursos naturais, da degradação ambiental e da exclusão social. Entre as diferen-tes actividades está, naturalmente, a exploração do petróleo envolvendo empresas exploradoras e de empresas segurança norte-americanas.

Sejamos claros. Por um lado, a si-tuação na Nigéria é muito difícil, não só devido à acção dos Islamitas Nige-rianos do Boko Haram, que actuam como grupo terrorista desde 2002, mas também ao Movimento para a Emancipação do Delta do Níger e à Força Popular de Voluntários do Del-ta do Níger que, fundamentalmente, contestam o modo como a presença americana se faz sentir nesta zona do mundo. Por outro lado, curiosamente, os EUA são um dos Estados do mun-do desenvolvido onde a violência nas escolas registou um dos maiores níveis à escala global, em especial no que se refere à utilização de armas de fogo. Também, nesta última perspec-tiva, apesar dos esforços da adminis-tração norte-americana neste último mandato, os interesses dos grupos associados à produção e comércio das chamadas “light weapons”, dominam o discurso das liberdades fundamen-tais em relação ao livre comércio e ao direito individual de utilização deste

mesmo tipo de armas.Independentemente dos problemas

de ordem interna associados à gover-nação da Nigéria, creio que o caso me-rece cuidadosa ponderação e, sobretu-do, não é tempo de apontar as pistolas aos titulares do poder. De facto, urge colocar de lado as desconfianças mú-tuas, fruto de diferentes percepções de uma luta contra um inimigo co-mum. Pelo contrário, é tempo de agir, de passar das meras tricas políticas de circunstância e de actuar num sério e concertado esforço internacional para exterminar os radicalismos violentos, que destroem todos os projectos de

desenvolvimento, que goram o futuro às gerações que hoje procuram o seu lugar ao sol. Nem o discurso políti-co, nem o lume brando dos interesses internacionais devem ignorar a mais ignóbil ameaça ao Estado moderno, protagonizada pelos autores de uma mensagem imposta pela violência das armas, que cala a vontade colectiva e que nega todas as legítimas opções de futuro: o terrorismo, seja ele qual for.

*Professor Doutor. Docente na Universidade de São José e no Instituto de

Estudos Europeus de Macau. Escreve habitualmente neste espaço às quartas-feiras.

É tempo de agir, de passar das meras tri-cas políticas de circunstância e de actuar num sério e concertado esforço interna-cional para exterminar os radicalismos violentos, que destroem todos os pro-

jectos de desenvolvimento, que goram o futuro às gerações que hoje procuram o

seu lugar ao sol

Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 JTM | OPINIÃO 17

Dito

(...) “É inaceitável que que se façam negócios públicos com gente anónima. A provedoria do CCAC e os organismos internacionais que vigiam a transpa-rência com que se comprometeu a re-gião deviam ter aqui uma palavra” (...)

• • • HÁ 20 ANOS

In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau” 11/06/1994

DEZANOVE CONDECORADOSO Governador atribuiu 16 conde-corações a título individual e três a instituições de Macau no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Por-tuguesas. O Centro Hospitalar Conde São Januário, a Associação Industrial de Macau e a Escola de Pilotagem de Macau foram as instituições agracia-das, respectivamente, com as meda-lhas de Mérito Filantrópico, Mérito Industrial e Comercial e de Mérito Cultural. A título individual, o gover-no agraciou com a medalha de Dedica-ção Laura Santos, Marcos Lei, Noémia Baptista, Fernanda Morais Moita, An-tónio Caetano Ramos e António Hui. Com a medalha de mérito profissional foram distinguidos Chang Meng Tin, José Afrânio Almeida, tenente-coro-nel Armando Aparício, padre Antó-nio Tam, tenente-coronel Carmelino Mesquita e Cheong Pui Fong. Além da Associação Industrial de Macau, os empresários Susana Chou e Eric Yeung receberam a medalha de mérito industrial e comercial, tendo o gover-nador atribuído a Lei Man a medalha de mérito desportivo.

DESCERRADAS ESCULTURAS DE LAGOA HENRIQUESO governador e o secretário de Estado Paulo Teixeira Pinti inauguraram um monumento de Lagoa Henriques, que o escultor descreveu como um “hino à natureza, ao amor e à amizade”. O monumento é composto por dois con-juntos escultóricos em bronze separa-dos algumas dezenas de metros um do outro e a sua inauguração inseriu--se no âmbito das comemorações ofi-ciais do 10 de Junho em Macau. Lagoa Henriques disse à agência Lusa que na concepção do monumento das ruínas de S. Paulo procurou “sensibilizar os homens de hoje de que, além das tec-nologias, é muito importante defen-der a sensibilidade, o amor e amiza-de e estabelecer uma reaproximação à natureza”. “O primeiro elemento é uma rapariga que visitou as ruínas de S. Paulo, desceu a extensa escadaria e sentou-se a descansar num banco baixo, tendo a seu lado, por estarmos no ano do cão, um cão chinês que afa-ga”, explicou o escultor. “No segundo elemento, afastado alguns metros do primeiro, surge o encontro entre o Oci-dente e o Oriente, ou seja, uma jovem chinesa oferece a flor de lótus, símbolo de amor e da amizade, a um ociden-tal, estando os dois enquadrados pelo círculo perfeito, que simboliza a totali-dade”, referiu.

Nenhum dos que, no final de Novembro de 1975, estáva-mos atentos à evolução da

situação política em Espanha esque-ceu dois momentos históricos vivi-dos nessa altura na Praça do Oriente, em Madrid: o do anúncio feito pelo próprio Franco - já muito debilitado pela Parkinson que o invadia - a de-clarar solenemente que, restaurada que fora a Monarquia de acordo com os resultados do referendo nacional, o novo Rei de Espanha seria D. Juan Carlos de Borbon e Borbon; e o se-gundo momento, o do gigantesco co-mício ali realizado meses depois pelo Movimento Falangista Fuerza Nueva quando a multidão ouviu o seu Secre-tário Geral, Blas PiÑar, começar o seu discurso com estas palavras dramá-ticas: “Que muera El-Rey! Que muera, porque El-Rey es un traydor que, en lugar de dar seguimiento a la política nacional del Caudillo, intenta transformar el pays en una democratia!” Como, tranquila-mente, pouco a pouco transformou.

D. Juan Carlos teve um reinado difícil, atravessado por vários proble-mas graves que, um a um foi conse-guindo resolver de acordo com o ju-ramento de servir os espanhóis que prestara na cerimónia da sua coroa-ção. Não tendo sido, possivelmente, um grande Rei foi unanimemente considerado muito bom rei.

Antes de tudo por ter mantido a unidade - “La España Una” - de um país composto por várias antigas na-ções, muitas delas, como hoje, com ambições separatistas. Vivesse então a Espanha em regime republicano e ter-se-ia retalhado inevitavelmente em várias repúblicas autónomas (e entre si rivais) como hoje se viesse a acontecer. É o que toda a gente sabe (embora muitos activistas da esquer-da prefiram não o dizer) incluindo o antigo secretário geral do PSOE, Fili-pe Gonzalez.

Seguidamente, por ter orienta-do com serenidade e determinação a transição do regime dictatorial ante-

No Reino da Espanha

rior para uma democracia pluralista e representativa, com a colaboração preciosa do Primeiro Ministro que es-colhera, Adolfo Suarez, há pouco fale-cido, um dos mais notáveis estadistas do século passado.

Além disso, soube conduzir com êxi-to maior do que o das outras potências coloniais a descolonização dos territó-rios de África que ainda lhe restavam.

E, finalmente, por se ter tornado em pouco tempo numa figura nacio-nal respeitada e querida por todos os espanhóis (muitos dos quais se dizem mais “donjuanistas” que mo-nárquicos) por ele mesmo ter tudo - qualidades e defeitos – que eles têm e apreciam: alegres, expansivos, des-contraídos, espontâneos, um tanto “atiradiços” e sempre espelhando o orgulho nacional.

Afinal, por ser “muy Borbon”, que o é de pai e mãe ao contrário do novo monarca que Borbon é só de pai pois é grego por parte de sua mãe, filha dos últimos reis da Grécia, Paulo e Frede-rica.

Como símbolo e garante que era da unidade nacional, fica na História a sua discreta, mas firme interven-ção naquele quixotesco episódio da tentativa de ocupação do Palácio das Cortes com vista à restauração do re-gime anterior por uma força militar comandada pelo Tenente Coronel Te-jero Molina, prontamente desarmado e levado a tribunal por ordem do Rei. Tivesse o caso acontecido em Repú-blica e a Espanha arriscaria uma nova Guerra Civil.

Por tudo isto e porque, tendo sido criado em Portugal até aos 17 anos quando o Generalíssimo o chamou

para ser educado para Rei, continua a considerar Portugal a sua segunda Pátria. Neste sentido, lamento, natu-ralmente, que tenha abdicado.

Lamento mas, não fiquei preocu-pado pois, como seu pai, também o novo Rei foi formado para reinar. A exemplo do que recentemente tam-bém o foram para suceder a seus pais, o Grão Duque do Luxemburgo e os novos reis da Holanda e da Bélgica; e o estão a ser os próximos soberanos dos países escandinavos, da Tailân-dia e do Japão, bem como o Príncipe William, Duque de Cambridge (por óbvia “disfunção política” de seu pai) quando a Rainha Isabel II de Inglater-ra decidir abdicar. Pena que, em Por-tugal…

E é esta uma das grandes vanta-gens - da grande superioridade - da Monarquia pois, como disse um dia o Prof. Oliveira Salazar - “republicano nunca o fui, monárquico nunca o dis-se”… - “Felizes os povos que (como agora a Espanha) não precisam de es-colher”.

Há tempos, um jornalista per-guntou à Rainha da Dinamarca para que serviam ainda as Monarquias no mundo actual; respondeu-lhe, sim-plesmente, que era para proteger os povos dos maus governos. Dá que pensar.

D. Juan Carlos foi educado para ser rei ao longo de duas dezenas de anos, o mesmo tempo que levou a formar Filipe para lhe suceder. E foi por isso que, quando anunciou que ia transmitir-lhe a coroa, pode dizer tranquilamente ao país que seu filho estava perfeitamente preparado para lhe suceder.

O Duque de Bragança, Chefe da Família Real Portuguesa, escreveu um dia que, “os príncipes são educa-dos para servir”. Como ele próprio foi e está a educar os seus filhos. Talvez que um dia… Quem o sabe é D. Se-bastião.

*Docente. Anterior presidente do Instituto Politécnico de Macau.

POSTAIS DAS ILHASLuiz Oliveira Dias*

Duas histórias, dois destinos

O senhor Aurélio, com oficina de estofador na Da-maia, teve algumas dificuldades de caixa por causa da crise. Ele foi ao banco pedir guita, que lhe foi

dada mas só em parcelas e com fiador. Isto foi para aí em 2011, e o senhor Aurélio foi receben-

do os empréstimos a troco, cada vez, de apresentação da fiança.

O último empréstimo estava para ser entregue em Maio mas, por razões que não vêm ao caso, o fiador, dessa vez, esquivou-se a dar a garantia. Desesperado, o senhor Au-rélio forjou a assinatura do fiador e entregou-a no banco.

A coisa soube-se, a última tranche do empréstimo já não lhe foi dada e o senhor Aurélio vai ver o Mundial no refeitório da Penitenciária de Lisboa.

Agora, outro caso. Uma reputada empresa portuguesa aproveitou a mudança de gerência e reconverteu-se na ex-portação de desculpas para todo o mundo.

Tendo-se verificado um aperto de cash-flow, a impor-tante firma recorreu ao banco internacional FMI & Filhos. Este disponibilizou o financiamento e exigiu que fosse em

parcelas e com caução. Tudo se passou mais ou menos bem até à última: o fiador decidiu não dar aval à firma.

No entanto, o CEO da firma, com dolo, fez-se ao piso para receber a última tranche, garantindo que ela esta-va avalizada. Não estava, era uma declaração falsificada, como até um tribunal veio dizê-lo em comunicado.

Que aconteceu ao CEO falsário? Também foi preso? Népias, até se queixa de não ir ver o Mundial ao Brasil

por estar muito ofendido.

JTM/DN

Maria Caetano, in “Ponto Final”, a propósito da concessão de serviços de transportes públicos à

“Macau Nova Era de Autocarros Públicos, S.A.”

UM PONTO É TUDOFerreira Fernandes

Quarta-feira, 11 de Junho de 201418 JTM | LAZER

Iludir com ilusões

• Chaves Mágico” reuniu mágicos portugueses entre os dias 5 e 8 deste mês. Refira-se a presença de mágicos galegos nas Galas de palco e “close-up” com destaque para o jovem TXEMA, chegado da Coreia, onde apresentou, com agrado, o número premiado no Festival Internacional de Ilusionismo MagicValongo em 2012.

• David Sousa, vice-campeão do mundo FISM/2006, de partida marcada para as Ilhas Marguerita foi um es-pectador entre os muitos que encheram o Salão do Casino Solverde de Chaves para assistir à Gala Internacional deste 3º Encontro “Chaves Mágico”, patrocinado pela autarquia local.

• Portugal vive momentos de preocupante crispação política quer no Estado, no Governo ou na Oposição. O recente chumbo do Tribunal Constitucional, eu leigo chamaria reposição da legalidade, tem merecido diversos e ásperos comentários internos e indevidos e atrevidos comentários externos. Dúvida de Mágico: será que o silêncio de Cavaco Silva, quebrado só no passado dia 6 depois de tanto ruído, se ficou a dever ao “jet lag” provocado pela sua recente viagem à China, com passagem “de médico” por Macau?

ENTRADA LIVREACardinal*

Dicas

Um dos mais considerados ilusionis-tas no pós II Guerra mundial e que depois se passeou como estrela do

Ilusionismo por vários países da Europa, e ainda com passagens por África, Estados Unidos, Brasil e Canadá foi, sem dúvida, o alemão Helmut Ewald Schreider, nascido em Stuttgart em 1863.

Este alemão tornar-se-ia famoso no mundo do espectáculo mágico com o nome de Kalanag.

Curiosamente, numa das suas digres-sões e durante pouco mais de um mês, participou nos seus espectáculos um dos mais brilhantes ilusionistas do Século XX - Fred Kaps que não se adaptaria ao for-mato do espectáculo de Grandes Ilusões, preferido por Kalanag, e viria a abandonar a digressão.

Helmut Ewald Schreider inicia-se para o espectáculo de entretenimento, numa primeira fase, produzindo filmes sendo que, nesta área, são-lhe atribuídos cerca de 200 produções. Há, todavia, em Kalanag, um interesse crescente pelo Ilusionismo que vai desenvolvendo, na Alemanha, principalmente com espectáculos para as forças militares, em com-bate. É desta forma, que conquista as simpatias do regime nazi e de figuras do-minantes como o Marechal Hermann Goering (Göring), um viciado em morfina, líder do Partido Nazi, funda-dor da Gestapo em 1933, apontado como o preferido sucessor de Adolf Hitler, e que viria a cair em desgraça em meados de 1942 pela falência da sua Luftwaffe.

Kalanag, o mágico que iludiu muitas vidas com ilusões

Hitler era um habitual espectador dos espectáculos de Kalanag, por convite do marechal Goering, beneficiando Kalanag de contrapartidas, traduzidas em honra-rias tal como o ser nomeado “Hitler’s Mi-nister of Magic” permitindo-lhe, por essa via, tomar decisões censórias, diante da Imprensa proibindo a publicação de textos que abordassem a revelação de segredos (de truques) de ilusionismo.

Diz-se que num desses espectácu-los, Kalanag, com Hitler na plateia como espectador, o espantou ao “adivinhar” que ele, Hitler, trazia consigo, na carteira, um valor, em dinheiro, de 150 marcos. O Fuhrer desafiado a constatar essa arrojada e surpreendente afirmação, confirmaria, espantado, diante de uma plateia estupe-facta, a “adivinhação” de Kalanag.

Finalizada a guerra, Kalanag, o mágico da Alemanha nazi vencida, tenta iludir a sua ligação ao regime com ilusões, num espectáculo de magia agendado para o ge-neral George Patton, que, no entanto, não viria a concretizar, por fundados receios de vir a ser detido, tendo em conta o seu pas-sado, conotado com o regime nazi.

Diz-se que Kalanag, ilusionista admira-do e protegido por gente de várias gostos

políticos em convulsão à época, conseguiu viajar para Inglaterra disfarçado de oficial americano e, aí, recuperar a credibilidade mágica bastante e capaz de relançar a car-reira.

O seu talento emerge e impõe-se de forma indelével. De Dante plagia o nome do espectáculo Sim Sala Bim, iludindo, mais uma vez, o passado.

Em Outubro de 1947 actua para as for-ças britânicas, no Garrisson Theatre, man-tendo o seu espectáculo com êxito, duran-te cerca de três meses.

Apresenta-se em Dusseldorf e Ham-burgo também com grande sucesso. Se-gue, em 1949, para Espanha com tonela-das de equipamento e mais 15 assistentes. Em 1951, regressa a Londres, conseguin-do, em 1960, estrear-se em Nova Iorque, no programa de TV mais popular e visto na altura, Ed Sullivan. Ainda nos anos 60, viajou por África e Brasil, somando êxitos.

Em Dezembro de 1963 nas proximida-des de Munique, Kalanag viria a falecer, traído pela falência do seu coração. Finali-zava-se uma vida a iludir com ilusões.

* Ilusionista - Coordenador do MagicValongo Festival

Internacional de Ilusionismo

Edith Labelle dá aulas na “net”

A bela Edith Labelle já foi uma “ring girl” dos

famosos combates do “Ultimate Fighting

Championship”, conquistando uma

legião de fãs entre 2007 e 2009. Apesar de se ter “reformado”, a modelo do Canadá continua a

deslumbrar em sessões fotográficas, mas as lutas não foram esquecidas. Via “YouTube”, Edith dá agora

aulas de jiu-jitsu, uma arte marcial japonesa, conseguindo angariar

alunos de diversas partes do mundo.

Príncipe William e Beckham lançam campanha a favor de animaisO príncipe William, segundo na linha de sucessão da coroa britânica, juntou-se ao ex-futebolista David Beckham, para lançar uma nova campanha que visa aproveitar o poder do desporto para combater o tráfico ilegal de produtos feitos a partir de animais em perigo de extinção. Além de William e Beckham, a campanha “WhoseSideAreYouOn” conta com o apoio do campeão de ténis Andy Murray, o ex-jogador de críquete indiano Rahul Dravid e o ex-jogador de râguebi sul-africano Francois Pienaar.

Demi Lovato escolhe roxopara novo “look” Demi Lovato enriqueceu a lista de mudanças de visual, ao pintar o cabelo, mais uma vez, com cores invulgares. A cantora de 21 anos optou pelo roxo e o prateado na sua nova mudança de “look” que deu a conhecer através das redes sociais, antes da sua participação no programa ‘Seth Meyers’, da NBC. Só este ano, a cantora do sucesso “Neon Lights” exibiu um “look” moreno/loiro sombreado, rapou metade do cabelo e pintou-o ainda de cor-de-rosa.

Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 JTM | LAZER 19

Gente Gira Envie as suas fotos para: gente.gira@yahoo.com

O que falta em Macau? por Michael Stephen

Na minha opinião vive-se me-lhor em Macau do que em qualquer outro país ou terri-

tório da Ásia. Há emprego, dinheiro, condições de vida, hospitais, escolas e algum tempo para actividades de lazer. No entanto, também há sem-pre alguns pontos menos bom a apontar. Por um lado,

penso que deveria haver uma maior preocupação com o ambiente e a qualidade do ar. Penso que o Governo está muito preocupado com o desenvolvimento ur-bano, mas não se interessa em crescer em qualidade. Todos os residentes compreendem a importância dos casinos para o desenvolvimento económico do territó-rio, mas muita gente está preocupada com a qualidade

do ar e da água. Na minha opinião, a estratégia de cres-cimento não está bem pensada, porque hoje em dia já é possível organizar um desenvolvimento urbanístico sem estragar demasiado o ambiente. Se em Macau há dinheiro para tudo, seria interessante pedirem a opi-nião de especialistas, já que internamente não conse-guem gerir o problema.

Um aniversário

azulMariana Soares celebrou

o seu aniversário com os pais no restaurante

“Coppa Steakhouse Sands”. Ao chegarem

ao restaurante, a família reparou que todos tinham escolhido a cor azul para

o evento, o que provocou algumas gargalhadas. No final todos acabaram por se divertir bastante, num

aniversário azul! O primeiro dia do resto da vidaAdriano Rodrigues, estudante finalista do Instituto Politécnico de Macau,

partilhou nas redes sociais esta fotografia tirada no dia da graduação. Segundo contou ao GENTE GIRA, foi um momento bastante especial pois traduziu o esforço

dos alunos e o princípio de uma nova vida!

Bons momentos na gala de finalistasJoana Cernadas é finalista da Escola Portuguesa de Macau e participou na Gala de

Finalistas no fim-de-semana. A fotografia foi tirada com a professora Margarida, muito querida da turma, por ter sido a primeira docente da primária!

Apagar as velas na noite de TaipéÂngelo Jorge e alguns amigos juntaram-se para celebrar o aniversário

do amigo David, em Taiwan. Na foto surgem o Justin, Ray, Jay, Kevin e o aniversariante numa festa animada no “Myst Club” em Taipé.

20 JTM | ÚLTIMA Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 • Fecho da Edição • 02:0 0 horas

CERIMÓNIAS OFICIAIS DO 10 DE JUNHO NA GUARDA

Cavaco pede diálogo e acordo partidário

O Presidente da República alertou ontem, para o “preço muito elevado” que se poderá pagar se o entendimento partidário continuar adiado, apontando o período até à discussão do Orçamento para 2015 como o indicado para “o tempo de diálogo”

António Vitorino com a mais alta condecoração

O Presidente da República condecorou mais de três dezenas de personalidades, entre as quais o ex-comissário europeu e antigo secretário-adjunto do Governo de Macau, António Vitorino (com a Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo), o presidente do Banco Lloyds, António Horta Osório, o empresário Zeinal Bava, o ensaísta Eduardo Lourenço, o Prof Manuel Braga da Cruz, a jornalista Maria João Avilez e a título póstumo, o economista António Borges, entre outros.

Presidente nunca perdeu a consciência

O Presidente da República sentiu esta manhã uma “reacção vagal”, da qual “recuperou rapidamente”, nunca tendo perdido a consciência, disse à Lusa o médico que o assistiu. “O senhor Presidente da República sentiu uma reacção vagal, da qual recuperou rapidamente, nunca tendo perdido a consciência e sempre manifestou intenção de concluir o seu discurso”, declarou à Lusa o major-general médico José Duarte, da Força Aérea, que assistiu o chefe de Estado.

Adiar por mais tempo um enten-dimento partidário de médio prazo sobre uma trajectória de

sustentabilidade da dívida pública e sobre as reformas indispensáveis ao re-forço da competitividade da economia é um risco pelo qual os portugueses poderão vir a pagar um preço muito elevado”, afirmou Cavaco Silva, na ses-são solene das comemorações do 10 de Junho.

“O tempo de diálogo que se estende agora até à discussão do próximo Orça-mento do Estado será o mais indicado para que as forças políticas caminhem no sentido da concretização do direito à esperança dos portugueses, numa pers-petiva temporal mais ampla, situada para além de vicissitudes partidárias ou de calendários eleitorais”.

Repetindo uma mensagem que tem deixado ao longo dos últimos meses, o Chefe do Estado reiterou ser funda-mental que se evitem “erros do pas-sado” para não voltar a uma situação como aquele que o país viveu.

“Repito: devemos estar atentos”, sublinhou, recordando que só através de um crescimento económico susten-tável se poderão resolver os problemas de forma “estável e consistente, numa perspetiva de médio prazo”.

Além disso, continuou, importa lutar por uma distribuição mais equi-tativa dos rendimentos e de políticas públicas orientadas para o combate à pobreza e à exclusão e para a promoção da mobilidade social.

“Ao longo destes anos difíceis, os

portugueses deram prova de um notá-vel sentido patriótico de responsabili-dade. Têm agora o direito a exigir que os agentes políticos atuem de modo idêntico. Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer para alcan-çarmos a sociedade mais justa e de-senvolvida com que sonhámos há 40 anos”, insistiu.

Evitar a degradação das Forças ArmadasNo seu discurso às Forças Armadas

no âmbito das comemorações do Dia

de Portugal,o Presidente alertou para a necessidade de o Governo garantir os meios e recursos que evitem a degrada-ção da capacidade operacional das For-ças Armadas e salientou a importância de preservar o moral e motivação dos militares.

O Chefe do Estado referiu expressa-mente as “legítimas expectativas” dos militares quanto ao processo de imple-mentação do Hospital das Forças Ar-madas e ao “trabalho conjunto”, entre o Governo e as chefias militares, quanto à revisão do Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR).

Na sua qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas, Cavaco Silva lembrou a participação dos mi-litares na I Grande Guerra (em França e África), salientando que o resultado dessa participação reflectiu as decisões tomadas nos “corredores de Lisboa” por dirigentes políticos que “ignora-ram os avisados conselhos” dos chefes militares.

JTM/Lusa

“Distância de zonas pedonais” justifica novo local de bomba de gasolinaA construção de uma bomba de gasolina na Almirante Marques Esparteiro, em frente ao “Hotel Regency”, foi justificada pela “distância de zonas habitacio-nais” e reduzida “concentração pedonal”, referiu a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transporte (DSSOPT). O Executivo havia concedido o espaço para a companhia “Caltex” na Areia Preta, mas acabou por ser alterado para a referida zona, na Taipa, por motivo de obras do Metro Ligeiro, facto que provocou insatisfação nos moradores. Apercebendo-se das intenções da cons-trução das bombas de gasolina num espaço que é considerado como uma zona verde, um pequeno grupo de moradores decidiu fazer ontem um protesto no local para revelar a sua discórdia com o projecto. Em comunicado, a DSSOPT refere que “a troca do terreno foi concretizada com base na análise e avaliação geral dos diversos aspectos pertinentes à escolha do local para a construção do posto de abastecimento de combustí-veis e nos pareceres favoráveis das entidades consultadas”. Em termos de segurança, o projecto teve em conta “o afas-tamento entre a actual paragem de autocarros e o futuro posto de abastecimento de combustíveis”, estando agendada a execução de um passeio com uma largura de quatro a cinco metros para separação. No que refere às zonas verdes envolventes, deve o concessionário, segundo os termos contratuais, “executar dentro da área do terreno concedido uma zona verde com uma área de 296 m2”, acrescenta o comunicado.

Calendário do Mundial do JTM chega sexta-feira às bancas O Jornal Tribuna de Macau vai oferecer a todos os seus leitores um calendário com-pleto dos jogos do Campeonato do Mundo, que será publicado com a edição de sexta--feira do JTM. O calendário apresenta o horário local de todos os jogos e será num formato de fácil consulta, simplificando a vida a todos aqueles que queiram acompa-nhar a competição. Os jogos do Mundial, recorde-se, serão transmitidos nos vários canais da TDM-Teledifusão de Macau. A iniciativa do JTM conta com o apoio do Instituto do Desporto, TDM e CESL-Asia.