Maio/Agosto - 2016 Edição 51 www.eulerhermes.com.br

Insight51

Antecipando o futuro: assinatura eletrônica e sinistros digitais

As pessoas e as empresas estão cada vez maisimersas em um mundo altamente interativo e digital. Apesar dos enormes avanços tecnoló-gicos implantados nas empresas do setor nos últimos anos, o seguro ainda é um dos seto-res mais desafiadores quando se fala em digi-talização.

A migração dos modelos de negócios tradicio-nais para esse novo ambiente exige a reinven-ção das formas de operação. Mais do que trans-ferir o negócio tradicional para o mundo virtual, é preciso quebrar paradigmas e mudar a forma de pensar o próprio negócio.

Assim, a Euler Hermes Brasil aproxima seus clientes desta realidade digital com duas novi-dades que apresentam muitas vantagens.

Assinatura eletrônicaEm parceria com a DocYouSign, a empresa está oferecendo o gerenciamento de assinaturas dos documentos da apólice eletronicamente. As vantagens para as empresas e para o meio ambiente são tantas que, certamente, com-

pensam a quebra do hábito de não ter a apó-lice em papel e, claro, contam, ainda, com toda a validade legal da apólice tradicional. A apóli-ce, que antes levava muitos dias para chegar ao segurado, hoje leva apenas alguns segun-dos quando assinada eletronicamente!

Entre os vários benefícios da assinatura ele-trônica, iniciativa na qual a Euler Hermes é pioneira no mercado de seguro de crédito no país, destacam-se:

Eficiência operacional: maior agilidade no envio dos documentos da apólice;Flexibilidade: fácil acesso; não requer instala-ção, disponível em qualquer dispositivo móvel;Segurança: práticas criptográficas mais seguras e conformidade regulatória;Sustentabilidade: substituição do papel im-presso por arquivos digitais, com menor im-pacto para o meio ambiente.

Sinistros digitaisA partir de setembro, a Euler Hermes incluiu em seu portal de gerenciamento de apólices a opção de enviar os documentos de sinistros diretamente pelo sistema, diminuindo a buro-cracia e agilizando o processo de análise.

Em um mundo cada vez mais digital e conec-tado, estas iniciativas reforçam o compromis-so da Euler Hermes com a inovação e simplifi-cação dos processos, agregando valor para clientes e parceiros.

Carina Destro Senior Operations Analyst | carina.destro@eulerhermes.com

AconteceO impacto da Olimpíada na economia brasileiraLetícia Leonello Amorim Credit Analyst | leticia.amorim@eulerhermes.com

A Olímpiada, um dos maiores eventos esportivos do

mundo tanto em público quanto em cifras, teve o Brasil como o primeiro país sul-americano a sediar os Jogos Olímpicos. Atualmente enfrentando uma série

de desafios em decorrência da sua situação

econômica e política, o Brasil não deverá, segundo especialistas do mercado, colher resultados

financeiros signifi-cativos com os Jogos, não havendo,

portanto, uma contribuição efetiva para a reversão do atual quadro de recessão em que se encontra.

Historicamente, os Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, foram os únicos que geraram um excedente financeiro, beneficiado, principalmente, pela capaci-

dade da cidade em poder confiar quase que total-mente na infraestrutura já existente, segundo o Con-selho de Relações Exteriores dos EUA. Além disso, to-dos as edições dos Jogos desde 1960 excederam o orçamento inical estimado, e a Olimpíada Rio 2016 não é exceção. O plano incluía grandes obras de infra-estrutura, muitas delas com projetos que ficaram aci-ma do orçamento. O valor geral originalmente orça-do, de R$ 36,7 bilhões, totalizou, na prática, mais de R$ 39,1 bilhões.

Segundo pesquisas do Credit Suisse, das 14 cidades que sediaram o evento desde 1960, a média de cres-cimento foi de 6,1 % nos países-sede nos anos em que

os jogos foram realizados, comparado com uma mé-dia de 5,5 % nos três anos que se antecederam, e 5,1 %, nos três anos após os Jogos Olímpicos, concluindo

que os efeitos das Olímpiadas sobre o Produto Inter-

no Bruto (PIB) nos países-sede são limitados.

Apesar dos benefícios gerados na cidade sediadora,

como investimentos na infraestrutura de transporte e mobilidade urbana, e o aumento de visitantes à cida-

de, essas melhorias não gerarão grande impacto eco-

nômico, segundo a agência de classificação de risco Moody's. Já nos setores de engenharia e construção, a agência acresentou que os possíveis benefícios já foram atingidos, dado que grande parte dos projetos foi concluída.

Portanto, ainda que a Olímpíada seja o maior evento esportivo do planeta e consiga gerar benefícios estru-turais para os países sediadores, no Brasil, o evento não será capaz de estimular a economia em 2016 na dimensão que o país necessita.

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§ Receita de € 1.301 mi estável a taxas de câmbio constantes.§ Resultado combinado de 79,8 %.§ Resultado operacional de € 170.000.000,00, com queda de 1 %.§ Solvência de 165 %.

“O ambiente de risco global continua instável, e os caminhos de recuperação serão diferentes de um país para outro”, disse Wilfried Verstraete, presidente do Conselho da Euler Hermes. “Nesse contexto, a Euler Hermes permanece atenta a qualquer sinal, negativo ou positivo, que nos obrigue a ajustar nossa postura de subscrição com a mesma agilidade que tivemos no passado. Além disso, o nosso novo programa, 'Acce-lerate', conduzirá a nossa transformação do negócio. Estamos fortalecendo nosso investimento no atendi-mento ao cliente e a realocação de recursos entre produtos, regiões e prioridades tecnológicas, garantindo que ouviremos cada vez mais os clientes e responderemos às suas necessidades em tudo o que faremos.”

Grupo Euler Hermes: resultados do terceiro trimestre 2016

Gestão da Apólice

Atenção ao novo Código de Processo CivilJuliana Cristina Barbosa Legal and Claims | juliana.barbosa@eulerhermes.com

Este artigo objetiva apresentar algumas das principais modificações constantes do Projeto de Lei do Senado

n. 166, de 2010 – renumerado na Câmara dos Depu-tados como PL n. 8.046, de 2010, lembrando que o atual Código de Processo Civil brasileiro havia sido

instituído pela Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.

Como é de conhecimento geral, o novo Código de

Processo Civil entrou em vigor em 18 de março de

2016, tendo como objetivo principal dar mais celeri-dade à tramitação das ações cíveis com redução dos

recursos, diminuição das formalidades e criação de

uma ferramenta específica para tratar das ações repetitivas.

Em uma análise simplificada, que obviamente não aborda tudo o que restou alterado, buscamos tratar dos principais pontos modificados pelo novo Código de Processo Civil que podem influenciar o mercado segurador no Brasil.

Como inovação, o novo Código trouxe o negócio jurí-dico processual, que é a possibilidade das partes con-vencionarem o procedimento que atenda às especi-ficidades da demanda, desde que a ação verse sobre direito disponível. Isso quer dizer que podem estipu-lar calendário processual, distribuição do ônus da pro-va, realizar pacto de impenhorabilidade ou de não

execução provisória.

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A princípio, parece absurdo ou minimamente peri-goso à aplicação prática do negócio jurídico proces-sual, mas o artigo 190 do novo Código permite que o

juiz se recuse a aplicar o convencionado pelas partes se houver nulidade ou inserção de cláusulas abusivas, por exemplo, na hipótese de contrato de adesão.

Já o artigo 189, IV, do novo Código merece a nossa atenção, pois possibilita a adoção de atos de coerção

atípicos ou autônomos, o que quer dizer que, de

acordo com a especificidade da demanda judicial, o magistrado poderá deferir meios coercitivos não

previstos no Código, como proibir a comercialização

de um produto para forçar a execução.

A redação do Código de Processo Civil de 1973 suge-ria que a denunciação à lide era obrigatória; já o novo Código traz de forma clara a faculdade de se propor essa demanda incidental e permite que aquele que tenha por lei ou contrato o direito de regresso o rei-vindique por ação própria.

Apesar da flexibilidade, o novo Código trará às segu-radoras um mundo de possibilidades, acompanhado de grandes desafios, principalmente na interpretação e na aplicabilidade dos dispositivos, mas, com a devi-da observância das demais normas do ordenamento jurídico brasileiro, o mercado segurador fará dessa

nova ferramenta um novo aliado.

Análisede Risco

A tempestade perfeita e o Seguro de CréditoPaulo Cesar Salatino Executivo de Desenvolvimento de Negócios | paulo.salatino@eulerhermes.com

O país vive uma mistura infeliz: consumo em baixa, desemprego e inadimplência em alta. A queda de 4 % no consumo das famílias, no ano passado, foi provo-cada por um coquetel amargo: juros altos, elevação da inflação, falta de crédito e piora nos indicadores de emprego e renda. O desemprego chegou a 9,5 % no começo do ano e, conforme a Serasa Experian, o número de brasileiros inadimplentes saltou de 57,9 milhões em dezembro de 2015 para 60 milhões em março deste ano – 41 % da população com mais de 18 anos.

Tudo isso inibe os gastos, o que esfria o comércio, faz

cair a produção da indústria e realimenta o desemprego e a queda na renda; esta última com

previsões de recuperação, em 2022. A crise pesa

ainda mais sobre setores como o de bens de capital,

responsável pela produção e equipamentos, que caiu 46 % em comparação ao auge da crise mundial de

2008.

E o que podemos fazer dentro desse processo malé-

volo que se apoderou de nosso país? O desafio, neste

momento, é romper esse ciclo perverso que combina queda na renda e no consumo, elevação do

desemprego e redução nos investimentos.

Certamente, ficar esperando que o governo reedite incentivos como em anos anteriores é acreditar em

fadas e duendes; não existe margem fiscal para que isso aconteça nem vontade política de levar adiante medidas que garantam o fôlego na economia.

Podemos, então, encontrar formas de mobilização do capital privado para ampliar os recursos destinados à economia formal e, com isso, destravar a retomada do crescimento e incrementar novos negócios. A inércia somente fará com que as empresas se insiram nesse aprofundamento da crise, fazendo com que se tornem cada vez mais parte da estatística negativa que tomou conta de nosso país.

O Seguro de Crédito como forma de garantir o rece-bimento de seus recebíveis torna-se uma ótima fer-

ramenta no mercado doméstico e de exportação: sua empresa vende, inclusive ampliando o prazo de fatu-ramento e torna-se mais competitiva, aumentando vendas e fidelizando clientes. Sabendo que seu risco

está protegido pelo Seguro de Crédito, o seu foco pas-sa a ser outro, sua empresa volta-se para a conquista de novos mercados com condições mais competitivas

e gera mais receitas de vendas.

Conte conosco da Euler Hermes e navegue tranquilo

no seu dia a dia. Conquiste, amplie, contrate, mostre eficiência e saiba que, quando o mercado se normali-zar, sua empresa estará em condições vantajosas para

enfrentar novas surpresas.

Você, empresário, com sua coragem, com seu em-preendedorismo, conseguiu, apesar dos problemas

mercadológicos, encontrar soluções inteligentes para o seu negócio, e a Euler Hermes Seguro de Crédito sente-se parte disso.

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“Quando o jogo e a estratégia mudam rapidamente, não basta se contentar com o possível. É preciso fazer o seu melhor.” — Mario Sergio Cortella

A frase de Mario Sergio Cortela, em seu livro Qual é a tua obra? – Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética (Vozes, 2012), remete a uma refle-xão entre fazer o possível e fazer o melhor. Hoje, vive-mos em um mundo extremamente competitivo e, para atingir a excelência, sem dúvida, é preciso fazer o melhor; isso é o que promove a diferença.

As Olimpíadas mostram ótimos exemplos dessa pos-tura, que envolve superação, disciplina, foco, colabo-ração, ações que podem inspirar as pessoas a buscar a excelência todos os dias. Por isso, as lições do es-porte são fascinantes e servem como estímulo para se aprender e aplicar esse aprendizado no ambiente de trabalho.

Cada atleta faz seu planejamento com quatro anos de antecedência. Os treinos são exaustivos. A disci-plina é o motor para a construção da visão de futuro. A busca pelo melhor exige sacrifício e muita dedi-cação. O nadador Michael Phelps é um bom exem-plo. Mesmo com um passado de conquistas, ele bus-cou se superar. No mundo corporativo não é diferen-te: tudo muda rapidamente e exige que se coloquem em prática novas estratégias. É preciso humildade para mudar e se adaptar.

Outro exemplo que merece destaque é o de Thiago Braz, medalhista de ouro no salto com vara. Ele en-frentou muitas adversidades durante sua trajetória, mas manteve o foco, assumiu riscos na tentativa de superar seus desafios e manteve o desejo intenso de

O que aprender com as Olimpíadas!

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O jornal Insight é uma publicação gratuita da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. cujo conteúdo tem caráter meramente informativo. As informações fornecidas neste exemplar não implicam recomendação de uso nem garantia de sua aplicabilidade por parte da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A.

Colaboradores Euler Hermes: Carina Destro , Juliana Cristina Barbosa, Letícia Leonello Amorim, Paula Paschoal, Paulo Cesar Salatino e Sheila Saraiva

Projeto gráfico, textos e editoração:Nexis Comunicação

Revisão:Viviane Akemi Uemura

Expediente

chegar à excelência. No ambiente de trabalho, para dar um salto de qualidade, é necessário sair da zona de conforto, arriscar-se no desconhecido e aprender fazendo. Acreditar e estar disposto ao aprendizado contínuo é o caminho para a excelência.

O time de vôlei masculino do Brasil é outra fonte de inspiração. A palavra superação merece destaque nesse caso. O técnico Bernardinho, em reportagem à revista semanal IstoÉ, cita: “Quando acharam que era impossível, o Brasil foi lá e fez”. Quando há colaboração, respeito, equilíbrio e cumplicidade em um time, o efeito é transformador. No dia a dia, precisamos ter a inteligência emocional necessária para lidar com os momentos de pressão e de crise, e o alinhamento de todos com o mesmo objetivo proporciona a conquista do sucesso.

As Olimpíadas provocam e inspiram o desejo de fazer o melhor, de tornar cada experiência uma oportunidade de crescimento. O esporte é um ótimo exemplo em que a prática impulsiona a excelência. Faça disso algo que o inspire; busque no esporte algo que o faça feliz e transforme o possível no melhor que você pode fazer!

De bem com a Vida

“Nós somos o que repetidamente

fazemos. Excelência, portanto, não é

um ato, mas um hábito.”

— Aristóteles

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Paula Paschoal Human Resources | paula.paschoal@eulerhermes.com

“A felicidade é quando o que você

pensa, o que você diz e o que você

faz estão em harmonia.”

— Gandhi