Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da...

15
1 Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos Agentes Locais de Inovação do Sebrae em Aracaju - SE. Margareth de Souza Costa 1 Maria Elena Leon Olave 2 Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo identificar as razões que levam às micro e pequenas empresas (MPE´s) à busca pela inovação, sob a ótica dos Agentes Locais de Inovação do Sebrae na cidade de Aracaju/SE. Para tanto, a pesquisa foi caracterizada como exploratória e descritiva, pois teve o intuito de entender como e vista a inovação por parte dos Agentes Locais de Inovação, assim como também identificar as razões econômicas, tecnológicas e sociais que levam as mesmas a procurar pela inovação. Foi realizada uma survey, com a aplicação de um questionário com 20 perguntas, abordando o perfil dos entrevistados, as razões tecnológicas, econômicas e sociais para à procura por inovação e a caracterização da inovação. A pesquisa foi respondida por um total de 17 Agentes Locais de Inovação. Os resultados da pesquisa apontaram como razões para inovar: a busca por aumento do lucro, a exigência de atualização tecnológica por parte do mercado, o aumento da concorrência, e a percepção de novas oportunidades de negócios. Palavras-chave: Agentes Locais de Inovação. Inovação. Micro e pequenas empresas. Sebrae. 1 INTRODUÇÃO As empresas de pequeno porte têm um papel fundamental para a geração de emprego e de renda em qualquer país e, com isso, para o desenvolvimento econômico. Essas empresas dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência e seu sucesso. Assim sendo, a capacitação tecnológica e a geração de inovações devem ser entendidas como artifícios importantes que garantem a sobrevivência e o sucesso desse tipo de empresas. Na visão do Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (2010), a inovação é a principal ferramenta de competitividade de uma empresa, portanto a empresa que não inova está direcionada à estagnação e, ao longo do tempo, a perder seu poder de competição. Pode-se dizer que há uma estreita relação entre inovação e competitividade, pois estas estão atreladas a maior fluxo de bens, capitais, serviços e conhecimentos (CARON, 2004). A inovação é uma ferramenta importante, porque ela se baseia em conhecimento, e as empresas que inovam costumam crescer frequentemente, mais do que aquelas que não inovam. 1 Graduada em Administração. Universidade Federal de Sergipe. e-mail:[email protected] 2 Doutora em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Sergipe. e-mail: [email protected]

Transcript of Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da...

Page 1: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

1  

 

Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos Agentes Locais de Inovação do Sebrae em Aracaju - SE.

Margareth de Souza Costa 1 Maria Elena Leon Olave2

Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo identificar as razões que levam às micro e pequenas empresas (MPE´s) à busca pela inovação, sob a ótica dos Agentes Locais de Inovação do Sebrae na cidade de Aracaju/SE. Para tanto, a pesquisa foi caracterizada como exploratória e descritiva, pois teve o intuito de entender como e vista a inovação por parte dos Agentes Locais de Inovação, assim como também identificar as razões econômicas, tecnológicas e sociais que levam as mesmas a procurar pela inovação. Foi realizada uma survey, com a aplicação de um questionário com 20 perguntas, abordando o perfil dos entrevistados, as razões tecnológicas, econômicas e sociais para à procura por inovação e a caracterização da inovação. A pesquisa foi respondida por um total de 17 Agentes Locais de Inovação. Os resultados da pesquisa apontaram como razões para inovar: a busca por aumento do lucro, a exigência de atualização tecnológica por parte do mercado, o aumento da concorrência, e a percepção de novas oportunidades de negócios.

Palavras-chave: Agentes Locais de Inovação. Inovação. Micro e pequenas empresas. Sebrae.

1 INTRODUÇÃO

As empresas de pequeno porte têm um papel fundamental para a geração de emprego e de renda em qualquer país e, com isso, para o desenvolvimento econômico. Essas empresas dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência e seu sucesso. Assim sendo, a capacitação tecnológica e a geração de inovações devem ser entendidas como artifícios importantes que garantem a sobrevivência e o sucesso desse tipo de empresas.

Na visão do Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (2010), a inovação é a principal ferramenta de competitividade de uma empresa, portanto a empresa que não inova está direcionada à estagnação e, ao longo do tempo, a perder seu poder de competição.

Pode-se dizer que há uma estreita relação entre inovação e competitividade, pois estas estão atreladas a maior fluxo de bens, capitais, serviços e conhecimentos (CARON, 2004). A inovação é uma ferramenta importante, porque ela se baseia em conhecimento, e as empresas que inovam costumam crescer frequentemente, mais do que aquelas que não inovam.

1    Graduada em Administração. Universidade Federal de Sergipe. e-mail:[email protected] 2 Doutora em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Sergipe. e-mail: [email protected]

Page 2: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

2  

 

Apesar da grande importância das pequenas empresas na economia nacional, aparentemente, ainda estas empresas apresentam uma baixa capacidade para inovar e competir no mercado globalizado (SEBRAE,2008).

Como forma de estímulo ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas (MPE´s), foi criado o Projeto ALI (Agentes Locais de Inovação) promovido pelo Sebrae Nacional. Esse projeto, segundo o Sebrae (2008), tem como finalidade promover a inovação nas empresas de pequeno porte, por meio de assessoria dada por agentes com perfil multidisciplinar, que facilitem a busca de soluções e respostas às demandas de cada empresa atendida, no que diz respeito a seu desenvolvimento econômico- financeiro, estrutural, de serviços e de processos produtivos.

Para Tether (2003) e Sebrae (2008) o atendimento fornecido às micro e pequenas empresas (MPE´s) por parte de órgãos governamentais, favorece sua capacidade competitiva, trazendo benefícios à comunidade, da qual faz parte, colaborando também para a sustentabilidade ambiental e social.

Este projeto de pesquisa teve como objetivo identificar o perfil das pessoas que atuam como Agentes Locais de Inovação (ALIs) no Sebrae- Aracaju, além de identificar quais as razões econômicas, tecnológicas, e sociais que levam as pequenas empresas a inovar, assim como fazer uma caracterização do que significa inovação para os MPE’s em Sergipe, sempre sob a ótica dos ALIs.

2 INOVAÇÃO E A EMPRESA DE PEQUENO PORTE

A inovação é um conceito muito abordado no meio acadêmico e empresarial, uma vez que, as contínuas mudanças nas economias, obrigam as empresas de qualquer porte a procurar por melhores alternativas para suprir as necessidades do mercado, cada vez mais exigente. A literatura aborda diversos conceitos sobre inovação, alguns deles são apresentados a seguir:

Para Barbieri (1997), a inovação é um novo processo produtivo ou modificação no mesmo, mudanças no produto ou substituição por outro com as mesmas funções e/ou acrescidas de outras, geração de novos produtos e novos produtos advindos de novas tecnologias. Na visão de Dougherty (1996), a inovação pode envolver o significado de novos clientes, novos usos, nova estrutura de manufatura, nova logística, nova tecnologia de produto ou qualquer combinação desses elementos. Para Drucker (1998), a inovação é a aplicação do conhecimento para a produção de novos conhecimentos. Enquanto que para Mayo (2003), a inovação é uma forma de constante aperfeiçoamento. E na visão de Mort et al (2003), a inovação é uma aquisição de conhecimento e processo de integração.

Segundo Quandt (2009), a inovação representa a possibilidade de um desenvolvimento diferenciado e, especificamente, responde por aumentos na produtividade e pela oportunidade de novos patamares de vantagem competitiva, sendo a capacidade inovadora, portanto, um elemento crucial para a avaliação do potencial de um setor da economia.

Para Shumpeter (1997), a inovação é entendida como o conjunto de novas funções evolutivas que alteram os métodos de produção, criando novas formas de organização do trabalho e, ao

Page 3: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

3  

 

produzir novas mercadorias, possibilita a abertura de novos mercados mediante a criação de novos usos e consumos.

Para Tether (2003), a inovação é um dos principais impulsionadores da produtividade, constatando que há evidências de que as empresas inovadoras têm maior desempenho e crescem mais rapidamente que aquelas que não utilizam práticas de inovação. Este autor apresenta três conceitos diferentes para o termo inovação, já que quando se pensa em inovação, algumas vezes esse conceito é confundido. A primeira conceituação é que inovação pode ser vista como realização, a segunda é que a inovação pode ser vista como consequências ou impactos resultantes das realizações e a terceira apresenta a inovação como capacidade dinâmica, capacidade de mudar.

Atualmente o conceito mais utilizado de inovação é o do Manual de Oslo produzido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o qual afirma que inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas.

Na visão de Reis (2004), a inovação tecnológica é o principal agente de mudanças no mundo atual, sendo que através da inovação os diversos países e organizações obtêm vantagens competitivas e consequentemente, um maior crescimento e desenvolvimento sustentáveis. Portanto, a inovação tecnológica tornou-se um requisito fundamental para todas as organizações, sejam estas de micro, pequenas, médias e grandes empresas, bem como estejam envolvidas em qualquer setor de atuação. Reis (2004) afirma que para que ocorra uma inovação tecnológica deve haver a criação de um novo produto, processo ou serviço, ou ainda, mudanças em produtos, processos e serviços já existentes no mercado. Outra consideração do autor em relação à inovação tecnológica é a sua subdivisão em inovações incrementais (ou menores) e inovações radicais (ou maiores).

O estudo desenvolvido por Teixeira et al (2011), relata que as empresas de pequeno porte são de fundamental importância para o desenvolvimento econômico e social no Brasil, especialmente para a geração de empregos, o que pode ser comprovado pelos dados apresentados pelo Sebrae em 2010. As autoras anteriormente citadas, ainda afirmam que em Sergipe não é diferente. De acordo com os dados do Sebrae (2010), as MPE’s representam 98,7% do total de empresas do Estado, e o setor de comércio é quem mais gera postos de trabalho. Segundo este mesmo estudo, no período de 2000 a 2008 o número de micro e pequenas empresas aumentaram de 4,1 milhões para 5,7 milhões. Um aumento que refletiu também no número de contratações com carteira assinada nesses negócios: de 8,6 milhões para 13,1 milhões.

3 AS ENTIDADES TECNOLÓGICAS DE APOIO AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ( MPE´s): UMA VISÃO DO SEBRAE

Existem várias entidades preocupadas com o desenvolvimento e abertura de novas empresas. O Sebrae desde 1972 atua como promotor de desenvolvimento das MPE’s. Até 1989 a razão social da entidade era Centro Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (CEBRAE),

Page 4: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

4  

 

mantido pelo Ministério da Indústria e Comércio e representado nos Estados pelo CEAGs – Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa. Naquela época tinha como meta promover a capacitação gerencial e garantir crédito aos empreendedores de todo o país (SEBRAE, 2010).

Em 1990, foi sancionada a Lei 2318, que criou o novo Sebrae, desvinculado do Ministério da Indústria e Comércio e transformado em serviço social autônomo. O Sistema Sebrae é composto por 27 unidades regionais e pelo Sebrae Nacional que tem como missão: “fomentar o surgimento e o desenvolvimento das micro e pequenas empresas, através de ações educadoras, melhorando seu resultado, estimulando o espírito empreendedor e fortalecendo seu papel socioeconômico”. (SEBRAE, 2010)

O Sebrae é a entidade designada formalmente para tratar do desenvolvimento e abertura de novos negócios no Brasil. Outras entidades, no entanto, também têm colaborado com a missão do Sebrae – entre elas o SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio, o SENAI- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, os Centros Tecnológicos, as Associações Comerciais e Industriais, os Sindicatos, enfim, todas as entidades envolvidas com o segmento das MPEs. (SEBRAE, 2010)

Segundo o Sebrae (2008), as micro e pequenas empresas achavam que falar sobre inovação tecnológica era algo sofisticado e próprio de grandes organizações, ou seja, distante de sua realidade e necessidade. Hoje, a maioria das empresas que procuram o Sebrae, ainda buscam ajuda na modernização, o que caracteriza ações de tecnologia e inovações simples (incrementais).

De acordo com o Sebrae (2011), a instituição tem se voltado às micro e pequenas empresas, identificando números significativos de atendimentos com resultados de melhoria de processo, produto e métodos de gestão, além de crescente presença de projetos de inovação, principalmente de novos produtos.

Deve ser destacado, segundo o Sebrae (2011), que ele se utiliza dos serviços de terceiros, o que, de alguma forma, é uma estratégia de agregação de conhecimento à empresa de forma otimizada, pois se utiliza da capacidade de infra-estrutura de C&T (Ciência e Tecnologia) instalada no país, reduzindo-se os custos fixos de manutenção de equipes especializadas nas empresas de pequeno porte. Dessa forma, as universidades e seus departamentos, institutos públicos e privados, banco de dados, empresas de consultoria e infraestrutura tecnológica são consideradas fontes de informação relevantes. Em geral, estes arranjos institucionais são criados e/ou mantidos através da provisão de recursos (financeiros) públicos que permitem que a oferta de serviços acima mencionada ocorra a um preço mais baixo do que de mercado (GODINHO e VEDOVELLO, 2003).

4 METODOLOGIA

A pesquisa foi caracterizada como exploratória e descritiva, pois teve como objetivo verificar como é entendida a inovação tornando-a um diferencial competitivo nas empresas que foram assistidas pelos ALIs, assim como identificar as razões (econômicas, tecnológicas e sociais) que levam a inovação por parte das empresas de pequeno porte.

Page 5: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

5  

 

O método utilizado para realizar esta pesquisa foi o Survey, pois é frequentemente empregado nos estudos descritivos. A escolha do método é adequada ao objetivo geral do estudo que busca identificar as principais razões que levam as micro e pequenas empresas a inovar, na visão dos Agentes Locais de Inovação do Sebrae em Aracaju/SE.

Foram realizadas visitas por parte das pesquisadoras à Sede do Sebrae em Aracaju, para conseguir um contato inicial com os Agentes Locais de Inovação dessa cidade. Nessas visitas, as pesquisadoras ficaram sabendo que os agentes só se reúnem uma vez por mês e que nem sempre todos comparecem. Por esta razão e por sugestão das diretoras do projeto ALI do Sebrae, foi enviado um questionário de pesquisa via e-mail aos 25 Agentes Locais de Inovação que atuam na cidade de Aracaju. O envio dos questionários aconteceu na última semana de Junho de 2013, obtendo-se resposta somente de 17 Agentes Locais de Inovação. As respostas correspondem a 68% do total dos ALIs que atuam em Aracaju/SE.

Para esta pesquisa, as variáveis foram agrupadas de acordo com três dimensões:

• Perfil dos Entrevistados: são os aspectos relacionados às características pessoais e funcionais dos Agentes Locais de Inovação de Aracaju/SE; • Razões para inovação: são os aspectos relacionados com as razões econômicas, tecnológicas e sociais que levam as pequenas empresas a inovar, sob a ótica dos Agentes Locais de Inovação de Aracaju; • Caracterização da inovação: são os aspectos relacionados com as práticas que definem ou caracterizam uma inovação como, por exemplo: clima favorável à inovação, percepção de inovação, motivações a buscar inovação, características da inovação, formas de fazer a inovação, processo de inovação, fatores facilitadores da inovação, fatores inibidores da inovação e técnicas voltadas para a inovação, na visão dos ALIs (Agentes Locais de Inovação) do Sebrae em Aracaju.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Esta seção apresenta a análise dos resultados encontrados na pesquisa de campo, a qual aconteceu através da coleta de dados com 17 questionários respondidos pelos Agentes Locais de Inovação que atuam em Aracaju.

De acordo com a análise dos dados, no que compete ao perfil das pessoas que atuam como Agentes Locais de Inovação em Aracaju pôde-se verificar que dentre os dezessete respondentes, a maior parte corresponde ao sexo feminino (9) e está dentro de uma faixa etária compreendida entre 25 e 29 anos, sendo que o maior número de respondentes possui graduação, sobressaindo nesse item os ALIs que possuem graduação e pós graduação – MBA, mestrado e/ou doutorado. A faixa salarial das pessoas que atuam como ALIs está entre 3 a 5 salários mínimos. A grande maioria dos agentes possui experiência (88,23%), quer seja com estágios na área administrativa, docência e até mesmo na área de consultoria de empresas. Os profissionais envolvidos diretamente com a inovação dedicam-se a grande maioria (88,23%), integralmente ao projeto ALI. A figura 1 apresenta o resumo do perfil das pessoas que atuam como ALIs no Sebrae em Aracaju.

Page 6: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

6  

 

Figura 1: Perfil dos Agentes Locais de Inovação que atuam em Aracaju/SE Fonte: Pesquisa de campo (2013)

Quando perguntado aos entrevistados quais as razões econômicas que levam as MPE’s a procurar por inovação foram citadas: a busca por aumento no lucro e o aumento de mercado. Todavia, a busca por aumento do lucro (70,58%), é a primeira razão econômica citada pelos pesquisados, assim como também foi relatado que o aumento do lucro é conseguido através de um bom planejamento empresarial.

Na visão de Tellechea (2013), uma das razões econômicas que leva as empresas a inovar é o lucro obtido e apurado na exploração de certa atividade econômica. Para este autor, o lucro é a razão que motiva aos empreendedores a empreender e aos inovadores a inovar, especialmente por intermédio de uma empresa ou espécie jurídica, a que seja mais apropriada para tal propósito.

Quando perguntado pelas razões tecnológicas que levam as MPE’s a inovar, os ALIs pesquisados afirmaram que a decisão na hora de adotar alguma inovação tecnológica decorre da necessidade da micro e pequena empresa desenvolver-se e, conseguir um posicionamento competitivo frente às outras MPE’s que não buscam inovar, principalmente na área tecnológica. Os resultados apresentados demonstram que a manutenção da competitividade face à concorrência (41,17%) e a exigência do mercado atual (58,83%) são responsáveis pelas razões tecnológicas que levam as micro e pequenas empresas a inovar de acordo com a visão dos ALIs, correspondendo, respectivamente, a 7 e 10 pessoas. Este resultado revela a forte preocupação do micro e pequeno empresário por maior eficiência.

A alternativa “desenvolvimento de novos produtos” não foi apontada por nenhum entrevistado, pois segundo eles não condiz com a realidade aracajuana. A percepção dos ALIs é de que o empresariado de Aracaju não está preocupado no desenvolvimento de novos produtos, mas sim, está preocupado em aperfeiçoar os seus serviços.

Segundo Araújo e Ferreira (2012), para que a tecnologia possa ser considerada como um fator determinante da competitividade de uma empresa faz-se necessário que ela afete

0,00%  

20,00%  

40,00%  

60,00%  

80,00%  

100,00%  

120,00%  

Idade  -­‐  25  e  29  anos  

Sexo  -­‐  Feminino  

Graduação   Dedicação  integral  

Tem  experiência  profissional  

Faixa  de  3  a  5  salários  mínimos  

Perfil  dos  ALIs  

Page 7: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

7  

 

significativamente a sua vantagem competitiva. A inovação na micro e pequena empresa é mais que promover melhorias de gestão necessárias e fundamentais para a boa engrenagem do mundo corporativo. É, sobretudo, um diferencial competitivo, que muitas vezes, define o sucesso de um empreendimento.

Quando os entrevistados foram questionados sobre as razões sociais para que as micro e pequenas empresas de Aracaju busquem inovar, foi apontado um ambiente organizacional favorável com 35,29% dos respondentes. A motivação, a criatividade, o espírito inovador interno correspondem a 11,76% das respostas. Dentre os que responderam “outros” (52,94%), o que corresponde a 9 pessoas, afirmaram que a principal razão social que leva as MPE’s a buscarem inovação é o aumento da concorrência externa, como forma de diferenciação e necessidade. De acordo com os ALIs, nas MPE’s de Aracaju, observa-se uma inovação por imitação, ao invés de uma atitude mais proativa que leva à procura por novas ideias. Para muitos microempresários é desconhecido falar de inovação social.

Segundo Siqueira (2009), a motivação é considerada uma razão social para inovar. Para o autor, a inovação é a aplicação da criatividade na solução de um problema ou na criação de algo que atenda as necessidades ou desejos do mercado. A seguir a figura 2 resume as razões econômicas, tecnológicas e sociais identificadas na pesquisa de campo.

Figura 2: Razões para inovar na visão dos ALIs Fonte: Pesquisa de campo (2013)

Com relação à caracterização da inovação, tentou-se nesta dimensão, conhecer o real significado de inovação para as pessoas que atuam como Agentes Locais de Inovação. A seguir a figura 3 apresenta os resultados.

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%

Razões econômicas - Aumento do lucro

Razões tecnológicas - Exigência do mercado

Razões sociais - Ambiente favorável

Razões para inovar na visão dos ALIs

Page 8: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

8  

 

Figura 3: Caracterização da inovação Fonte: Pesquisa de campo (2013)

A dimensão em questão foi subdividida nos seguintes subtópicos: clima favorável à inovação, percepção de inovação, motivações pela busca de inovação, características da inovação, formas de fazer a inovação, processo de inovação, fatores facilitadores da inovação, fatores inibidores da inovação e técnicas voltadas para inovação.

Clima favorável à inovação: Quando perguntado aos ALIs, se as MPE’s que eles assessoram mantêm um clima ou ambiente favorável à inovação, 58,83% afirmaram que não possuem um clima favorável à inovação, enquanto que 41,17% afirmaram que o clima é favorável à inovação. Segundo Caron (2003) a competitividade e a dinâmica das empresas dependem diretamente de um clima regulador propício ao investimento, à inovação e ao empreendimento.

Percepção de inovação para a MPE, na visão dos ALIs: Quando perguntado aos ALIs sobre como percebem a inovação, 53% afirmaram que a inovação é uma atividade imprescindível, enquanto que 47% afirmaram que a inovação tem média ou baixa importância. Segundo a pesquisa Deloitte (2007), os empresários associam a inovação à capacidade de expansão de seus negócios, dentro e fora dos próprios mercados de atuação. Na avaliação sobre a dinâmica do mercado, a inovação é entendida como um fator decisivo especialmente para se diferenciar da concorrência.

Motivações que levam as MPE’s a buscar inovação: Quando os ALIs foram questionados com relação as motivações que levam as micro e pequenas empresas de Aracaju a buscarem inovação, foram encontrados os seguintes resultados: a busca por maior lucratividade (52,94%), exigência dos clientes e o atendimento à legislação ou normas (35,30%), respectivamente. Para os ALIs, atender aos requisitos legais não caracteriza a inovação, mas é condição para que as micro e pequenas empresas estejam em um patamar a partir do qual, possam realmente tirar vantagem das inovações. Muitas vezes, o esforço para atender aos requisitos legais também resulta em um choque de gestão e modernidade que contribuem para tornar a empresa mais preparada e aberta à inovação. (SEBRAE, 2010).

0,00%  10,00%  20,00%  30,00%  40,00%  50,00%  60,00%  70,00%  

Clima  não  favorável  à  inovação  MoPvação  para  inovar-­‐  Lucro  

Fatores  facilitadores  -­‐  Recursos  Fatores  inibidores  -­‐  Falta  de  informação  

Formas  de  inovação  -­‐  Tecnologia  CaracterísPcas  inovadoras  -­‐  Máquinas  

Inovação  -­‐  Imprescindível  

Caracterização  da  inovação  

Page 9: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

9  

 

Para Carneiro (2007), as MPE’s inovam principalmente para aumentar a eficiência e produtividade, por conta das oportunidades de mercado e para reagir à concorrência. A busca por maior lucratividade e a exigência dos clientes também estão entre os fatores que motivam a inovação.

A figura 4 a seguir apresenta os resultados da pesquisa.

Figura 4 Motivações que levam as MPE’s a inovar Fonte: Dados coletados pela autora (2013)

Processo de inovação nas MPE’s: Quando perguntado aos ALIs sobre o processo de inovação para a MPE, todos afirmaram que o processo de inovação é considerado pontual – ocasional – reativo. O que indica que a inovação é feita de forma que satisfaça o micro e pequeno empresário. Segundo o Manual de Oslo, o processo de inovação é centrado no aperfeiçoamento e no desenvolvimento de novos meios de fabricação, comercialização, distribuição e tem como objetivo minimizar os custos através da maximização da eficiência dos meios disponíveis.

Fatores facilitadores da inovação nas MPE’s: Quando questionados sobre os principais fatores facilitadores da inovação nas MPEs em Aracaju/SE, a grande maioria dos ALIs respondeu que os recursos (52,94%) são considerados fatores facilitadores, seguido de liderança (29,41%). Muitas das vezes o micro e pequeno empresário tem uma ideia inovadora com relação a produtos, processos, mas não possui condição financeira, nem técnica para desenvolvê-la. A limitação de recursos contribui para as taxas de insucesso no lançamento de novos produtos, porém com o suporte do Sebrae, a situação pode ser revertida, como afirmado pelos Agentes Locais de Inovação.

Segundo Araújo e Ferreira (2012), os fatores facilitadores da inovação tecnológica nas MPE’s promovem melhorias de gestão, necessárias e fundamentais para a boa engrenagem no mundo corporativo. A figura 5 apresenta os fatores facilitadores da inovação nas MPE’s de Aracaju na perspectiva dos ALIs:

0,00%  

10,00%  

20,00%  

30,00%  

40,00%  

50,00%  

60,00%  

Oportunidade     Exigência  do  cliente  

Legislação  ou  normas  

LucraPvidade  

Page 10: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

10  

 

Figura 5. Fatores facilitadores da inovação nas MPE’s Fonte: Dados coletados na Pesquisa (2013)

Fatores inibidores da inovação nas MPE’s: Quando perguntado aos ALIs sobre os principais fatores inibidores da inovação nas MPE’s em Aracaju/SE, a grande maioria respondeu que a falta de informação sobre tecnologia (47,05%), seguido da rigidez organizacional (35,30%). Para Caron (2003) o baixo nível tecnológico dos produtos em MPE´s e o desconhecimento de fontes de informações são considerados os principais problemas vivenciados pelos empresários quando os mesmos pensam em inovar. A seguir a Figura 6 espelha esses resultados.

Figura 6- Fatores inibidores da inovação nas MPE’s Fonte: Dados coletados pelas autoras (2013)

0,00%   10,00%   20,00%   30,00%   40,00%   50,00%   60,00%  

Recursos  

Liderança  

Encorajamento  

Cultura  pró-­‐aPva  

Tempo  

0,00%  

5,00%  

10,00%  

15,00%  

20,00%  

25,00%  

30,00%  

35,00%  

40,00%  

45,00%  

50,00%  

Outros   Escassez  de  serviços  

Elevados  custos  

Falta  de  tempo  

Rigidez   Falta  de  informação  

Page 11: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

11  

 

5 CONCLUSÕES

De uma maneira geral, esta pesquisa buscou entender as principais razões que levam as micro e pequenas empresas a buscarem inovação, sob a ótica dos Agentes Locais de Inovação de Aracaju/SE. Para isso, buscou responder às questões de pesquisa, retratando uma amostra da realidade de Aracaju, ainda escassa em trabalhos científicos sobre esse tema.

Devido ao fraco desenvolvimento das micro e pequenas empresas e a baixa disponibilidade de recurso usual, ao orientar a empresa, os ALIs priorizam as ações de resultado mais imediato, incentivam a inovação gradual para reduzir os riscos e privilegiam o uso e não a geração de conhecimento. Dessa forma, pode-se dizer que a gestão da inovação é a ferramenta essencial para que a inovação aconteça com o máximo de aproveitamento e impacto e mínimo de erros e riscos.

Os Agentes Locais de Inovação são capacitados nos conceitos de inovação, em técnicas voltadas à busca de soluções inovadoras para que assessorem os micro e pequenos empresários na alavancagem da inovação. Para permitir uma avaliação do processo de inovação pelos ALIs, foi desenvolvida pelo Sebrae uma medida do grau de inovação nas MPE’s. Os Agentes Locais de Inovação têm o papel de propor e implementar a inovação, de acordo com as necessidades e as características de cada empreendimento. Os profissionais são orientados a simplificar o processo de inovação e a sensibilizar os empresários sobre a importância de inovar, traduzindo a teoria em prática concreta.

Assim, neste estudo, observou-se o perfil dos entrevistados, as razões para a inovação e a caracterização da inovação. O perfil das pessoas que atuam como Agentes Locais de Inovação em Aracaju predominam as mulheres entre 18 e 29 anos, com nível superior completo e atuando como ALI de 1 a 2 anos. A maioria dos ALIs possui experiência, dos que não possuem são jovens entre 18 e 24 anos. Por fim, quanto ao perfil dos ALIs, a grande maioria dedica-se ao projeto integralmente.

Quanto às razões para a inovação, vale destacar as seguintes razões: econômicas, tecnológicas e sociais. Observou-se que a razão econômica que leva as micro e pequenas empresas de Sergipe a inovar é o aumento do lucro que é conseguido através de um bom planejamento empresarial. Já a razão tecnológica é a exigência do mercado atual, pois para um mercado cada vez mais competitivo é essencial que uma MPE busque inovações que atendam às exigências dos clientes e assim conseguir manter a sua sobrevivência. E, por fim, as razões sociais que levam as micro e pequenas de Sergipe a inovar é a necessidade, o aumento da concorrência externa, como forma de diferenciação e a percepção de novas oportunidades aplicadas em outros estados.

De uma forma geral, procurou-se observar, como as micro e pequenas empresas enxergam a inovação, sob a ótica dos ALIs. As respostas apontaram que a maioria dos ALIs consideram que as MPE’s ainda não possuem um ambiente favorável à inovação. Porém, quando perguntado sobre a percepção da inovação nas MPE’s, os mesmos afirmaram que a consideram imprescindível. Com relação às motivações, a busca por maior lucratividade foi o fator mais citado. Para essas MPE’s a inovação ou a mesma é garantida, através da compra e uso de novas máquinas e equipamentos. O processo da inovação é assegurado pelos ALIs

Page 12: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

12  

 

como pontual- ocasional- reativo. Por fim, quanto aos fatores facilitadores e inibidores para inovar nas MPE’s, a maioria dos ALIs entrevistados afirmaram, que os recursos, principalmente os tecnológicos, facilitam a inovação, e a falta de informação é o principal inibidor quando se fala em inovação.

Na visão dos ALIs, a inovação na micro e pequena empresa em Aracaju, nem sempre requer altos investimentos, mas sim criatividade e determinação, levando-se em conta que a mesma é de fundamental importância para a competitividade das empresas e para o desenvolvimento do país.

De forma a engendrar o processo de desenvolvimento pautado na inovação, é plausível considerar o projeto ALI um bom instrumento. É fundamental aproveitar a experiência acumulada com as edições do projeto anteriores para identificar as dificuldades e colocar em pauta os ajustes para os projetos seguintes.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, B. S.; FERREIRA, A. S. M. Inovação e desenvolvimento sustentável: estudo de caso em duas empresas atendidas pelo Projeto Agente Local de Inovação do SEBRAE. Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, 2012.

BARBIERI, J. C. Organizações inovadoras: estudos e casos brasileiros. Rio de Janeiro: FGV, RJ, 1997.

CAIXETA, R. P. O processo de Fusão e Aquisição (F&A): um estudo de caso em uma micro e pequena empresa (MPE). In: EnANPAD – Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 2010, Florianópolis, Anais... Santa Catarina, 2010.

CAMPOS, L. B. P. Análise multi-casos das dimensões da inovação em empresas de pequeno porte. In. ENEGEP – Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2011, Belo Horizonte, Anais...Minas Gerais, 2011.

CARON, A. Inovações tecnológicas nas pequenas e médias empresas industriais em tempos de globalização - O Caso do Paraná. Curitiba, 2003. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) Universidade Federal de Santa Catarina, PR, 2003.

CARNEIRO, P.C. Gestão da inovação em pequenas e médias empresas. Belo Horizonte, 2007. Tese (Mestrado em Engenharia Química) Instituto de Educação Tecnológica, BH, 2007.

CAVALCANTI, G. A.; TAVARES, I. A. J. Efeitos do processo de inovação tecnológica nas micro e pequenas empresas da indústria de confecções em João Pessoa-PB. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2005.

COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

Page 13: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

13  

 

DRUCKER, P. Innovation & Entrepreneurship. New York: Harper & Row, 1998.

FIATES, G. G. S.; SERRA, F. A. R.; FERREIRA, M. A. P. Ambiente interno de inovação: um estudo em empresas de base tecnológica de pequeno porte. In: EnANPAD- Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 2008, Rio de Janeiro, Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2008.

FROIS, E. S.; PARREIRAS, F. S. Análise do processo de inovação tecnológica em uma incubadora universitária sob a perspectiva do modelo de Cambridge. UFMG: 2003.

GARNICA, L. A.; JUGEND, D. Estímulo à inovação em empresas de base tecnológica de pequeno porte: uma análise da Lei Federal Brasileira de inovação. Revista da Micro e Pequena Empresa, Campo Limpo Paulista, v. 3, n. 1, p. 82-98, 2009.

GIL , A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009

GODINHO, M.; VEDOVELLO, C. Business Incubators as a Technological infrastructure for supporting innovative Firms Activities. Internatioanal Journal of Entrepreneurship and Innovation Management, v. 3, n. ½, p. 4-21, 2003.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

LEI COMPLEMEMTAR 123. Manual comentado da lei geral da microempresa e empresa de pequeno porte. FIEMG: Minas Gerais, 2006.

MAIA, A. F. S. Inovação em micro e pequenas empresas: uma análise do caso brasileiro. 2012. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, 2012.

MEZA, M. L. F. G. O Processo de Gestão de Inovação alinhado à Estratégia de Competição numa Micro e Pequena Empresa: O Caso da Cristófoli Biossegurança. In. EnANPAD, 2009, Recife, Anais... Pernambuco: ANPAD, 2009.

MOURA, I. F.; SOARES, E. L. F. Programa ALI: um instrumento para a criação de uma cultura de inovação em Manaus. Revista T&C Amazônia, v. 2, n. 1, p. 1-14, Manaus, 2005.

Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento. (2005). Manual de Oslo: proposta de diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação tecnológica (P. Garchet, Trad.).

PADULA, A. D.; ALVES, A. C.; ZEN, A. C. Inovação no Setor Vinícola: o Caso da Vinícola Miolo Wine Group. In. XXXV EnANPAD. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2011.

PEREIRA, F.; MAGNUS, L. Fatores de inovação para a sobrevivência das micro e pequenas empresas no Brasil. 2009. Dissertação (Pesquisa) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

Page 14: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

14  

 

PETTER, R. R.; ANDRADE, P. P. A. Fatores determinantes na adoção de inovação em micro e pequenas empresas: um estudo comparativo. Revista CAP. v. 5, n. 5, p. 85 – 92, Paraná, 2011.

QUANDT, C. O. Inovação Tecnológica. In: Empreendedorismo Tecnológico. Instituto de Engenharia do Paraná: Curitiba, 2009.

REIS, D. R. Gestão da inovação tecnológica. São Paulo: Manole, 2004.

RICHARDSON, R. J.; PERES, J. A. S.; WANDERLEY, J. C. V.; CORREIA, L. M.; PERES, M. H. M. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

SAMPAIO, Y.; LEON, M. E.; PEREIRA, T. L. Condicionantes de Inovação Tecnológica em Processos: Uma Análise em Pequenas e Médias Empresas Alimentícias em Aracaju-SE. Dissertação (Pesquisa). São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, 2012.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Pesquisa GEM 2008. Disponível em <http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?noticia=8258159&canal=289>. Acesso em: 02 jun. 2013.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Inovação e competitividade nas MPEs brasileiras. São Paulo: Sebrae, 2009.

SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2010a). Anuário do trabalho na micro e pequena empresa. 3ª ed. Brasília, DF: Autor, 2010.

SEBRAE PARANÁ. ALI: Uma metodologia de fomento à inovação em micro e pequenas empresas. Acesso em 20/12/2011. Disponível em http://www.sebraepr.com.br/gc/images/Ali.pdf. Acesso: 02 jun 2013.

SEBRAE - Manual operacional. Projeto Agentes Locais de Inovação. Sergipe: Sebrae, 2012. 65 p.

SIQUEIRA, J. Inovação: o desafio permanente. Disponível em http://criatividadeaplicada.com/2009/03/29/inovacao-o-desafio-permanente. Acesso em: 08 ago 2013.

SCHUMPETER, J. A. A Teoria do Desenvolvimento Econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. Tradução de Maria Sílvia Possas. São Paulo: Nova Cultural, 1997.

TEIXEIRA, R. M.; NETO, A. T. S. Mensuração do grau de inovação de micro e pequenas empresas: estudo em empresas da cadeia têxtil-confecção em Sergipe. Dissertação (Pesquisa). Revista de Administração e Inovação. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, 2011.

Page 15: Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma Visão dos ... · dependem cada vez mais da capacitação tecnológica e da geração de inovações para garantir a sua sobrevivência

 

15  

 

TELLECHEA, R. Empreender, inovar e administrar: uma união indefectível. Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/empreender-inovar-e-administrar-uniao-indefectivel/69453/#. Acesso: 08 ago 2013

TETHER, B. S. What is innovation? CRIC Working paper nº 12. Manchester: CRIC, 2003.

TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Gestão da inovação. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, RS, 2008.

VEDOVELLO, C.; FIGUEIREDO, P. N. Incubadora de inovação: que nova espécie é essa? RAE-eletrônica, v. 4, n. 1, Art. 10, jan./jul. 2005.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo:

Atlas, 2000.

VERGARA, S. C. Métodos de coleta de dados no campo. São Paulo: Atlas, 2009a.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2007.