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CONTRATO Nº: C-BR-T1340-P001
APOIO AO GOVERNO DO ESP NO DESENVOLVIMENTO DE CONHECIMENTO, INFORMAÇÕES E FERRAMENTAS PARA DISSEMINAR O USO DE SISTEMAS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS NO ESTADO
RELATÓRIO INICIAL
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APOIO AO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO DESENVOLVIMENTO DE CONHECIMENTO,
INFORMAÇÕES E FERRAMENTAS PARA DISSEMINAR O USO DE SISTEMAS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS NO ESTADO
RELATÓRIO INICIAL
Cliente: Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID País: Brasil
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ÍNDICE GERAL
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Ocorrências de eventos climáticos extremos na América Latina e Caribe ....... 7
Figura 2 - Comparação entre a irradiação solar brasileira e europeia ............................. 8
Figura 3 - Sistema de Compensação de Energia Elétrica ............................................... 14
Figura 4 - Evolução dos Sistemas de Microgeração e Minigeração distribuída no Brasil 16
Figura 5 - Sistemas Fotovoltaicos de Mini e Microgeração Distribuída – Possibilidades
com a Resolução Normativa nº 687/2015 ............................................................................ 18
Figura 6 - Tributação elétrica nacional. ......................................................................... 20
Figura 7 - Tarifa de Eletricidade versus Custo da Geração Solar Distribuída – Paridade
Tarifária ............................................................................................................................... 22
Figura 8 - Projeção de unidades consumidoras que receberiam os créditos ................. 23
Figura 9 - Incidência Solar Global – Média Anual por Município. .................................. 24
Figura 10 - Irradiação solar incidente em ponto teste na Avenida Rebouças em São Paulo.
............................................................................................................................................ 27
Figura 11 - Área de Concessão das Distribuidoras de Energia Elétrica no ESP ............... 28
Figura 12 - Área de Concessão das Cooperativas de Energia Elétrica no ESP ................ 28
Figura 13 - Simulação de sombreamento em 3D – software SOLergo ........................... 31
Figura 14 - Prazos de implementação da Microgeração distribuída .............................. 35
Figura 15 - Painel Solar Fotovoltaico Monocristalino .................................................... 35
Figura 16 - Inversor Fotovoltaico .................................................................................. 36
Figura 17 - Estrutura de fixação dos módulos fotovoltaicos .......................................... 36
Figura 18 - Dispositivos de proteção elétrica ................................................................ 37
Figura 19 - Tela de visualização do Sistema de Monitoramento de Energia Solar ......... 38
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Figura 20- Fluxograma de precedência das atividades .................................................. 45
Figura 21- Cronograma de andamento das atividades .................................................. 53
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Empreendimentos em Operação .................................................................... 9
Tabela 2 – Empreendimentos em Construção ................................................................ 10
Tabela 3 – Empreendimentos previstos ......................................................................... 10
Tabela 4 – Unidades Consumidoras com Geração Distribuída ....................................... 11
Tabela 5 – Crescimento da Geração de Energia ............................................................. 12
Tabela 6 - Meta inicial do Plano Estadual de Energia até 2020 ...................................... 25
Tabela 7 – Datas-marco para entrega dos produtos ...................................................... 52
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5
1. ABORDAGEM TÉCNICA METODOLÓGICA E ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE DO
CONSULTOR ........................................................................................................................... 6
1.1. Conhecimento sobre Energia Fotovoltaica e Regulação do Setor ..................... 6
1.2. Abordagem Técnica e Metodológica ............................................................... 24
1.3. Organização da Equipe do Consultor .............................................................. 43
2. PLANO DE TRABALHO............................................................................................. 44
2.1. Produtos ......................................................................................................... 46
3. ESTRUTURA DOS PRODUTOS A SEREM APRESENTADOS ........................................ 48
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5
INTRODUÇÃO
O presente documento se refere ao Relatório Inicial do contrato Nº C-BR-T1340-P001 entre
o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e o Consórcio NIPPON KOEI LAC –
COBRAPE, formado pelas empresas Nippon Koei Latin America Caribbean Co. Ltd, Nippon Koei
Lac do Brasil Ltda e Cobrape – Cia Brasileira de Projetos e Empreendimentos.
Contrato objetiva fornecer apoio ao Governo do Estado de São Paulo no desenvolvimento de
conhecimento, informações e ferramentas para disseminar o uso de sistemas de energia solar
fotovoltaica em edifícios públicos no Estado. Será realizado num prazo de 21 meses a partir
de fevereiro de 2018.
Serão realizados, no âmbito do contrato, os seguintes produtos:
• Relatório Inicial: incluindo a revisão e adequação do Plano de Trabalho.
• Primeiro Relatório: envolverá os resultados da Atividade 1 e toda a parte de
planejamento da Atividade 2 até a proposição e hierarquização das intervenções
piloto.
• Segundo Relatório: conterá os resultados completos da Atividade 3 Desenvolvimento
de mecanismos de financiamento para sistemas solares
• Terceiro Relatório: conterá os resultados das atividades 4 e 5, sendo que a atividade
5 não incluirá a realização dos seminários de apresentação dos resultados.
• Relatório Instalação: incluirá o projeto executivo, os documentos para a homologação
da instalação e o relatório da instalação finalizada
• Quarto Relatório: incluirá os resultados da realização da Campanha de conscientização
com as atas e relatórios dos seminários realizados e os resultados de monitoramento
de seis (6) meses de operação dos sistemas solares. fotovoltaicos instalados em
continuidade à Atividade 2.
• Relatório Final: incluirá os resultados de monitoramento dos doze (12) meses dos
projetos piloto dos sistemas solares fotovoltaicos, revisão e conclusão sobre a
viabilidade técnica e econômica, assim como a conclusão do trabalho de consultoria
encerrando a Atividade 2.
Este documento apresenta o Plano de Trabalho Consolidado. No primeiro Capítulo
apresentamos a abordagem técnica, metodológica e a organização da equipe de consultor ia
destacada para o serviço. No segundo capítulo apresentamos o encadeamento das
atividades, inclusive com um fluxograma de precedência, a listagem dos produtos, prazos e
valor previstos. Por fim, o terceiro capítulo encerra o produto apresentando, conforme
solicitado na Reunião de Negociação, a estrutura prevista dos produtos a serem entregues,
inclusive com o cronograma de acompanhamento conforme Estrutura Analítica do Projeto.
6
1. ABORDAGEM TÉCNICA METODOLÓGICA E ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE DO CONSULTOR
1.1. Conhecimento sobre Energia Fotovoltaica e Regulação do Setor
Na 21ª Conferência das Partes (COP21) da United Nations Framework Convention on
Climate Change (UNFCCC), em Paris, foi adotado um novo acordo com o objetivo central de
fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos
países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças.
O Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países Parte da UNFCCC para reduzir emissões
de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável. O compromisso
ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C. Em
04 de novembro de 2016 entrou, oficialmente, em vigor o Acordo de Paris, com novas metas
para combater os efeitos das mudanças climáticas.
Os cientistas acreditam que a partir desse ponto o planeta estaria condenado a eventos
climáticos extremos, como enchentes e secas cada vez mais frequentes. Esse fato traria
graves consequências para a produção global de alimentos, para o saneamento em geral,
rompimento de barragens, secas nas bacias e mananciais utilizados na geração de energia
pelas hidrelétricas, causando sérios desafios para a população e colocando em risco a
econômico do país e do mundo. Os eventos climáticos extremos são acompanhados com
certa preocupação pelos países já há algumas décadas, como pode ser observada na Figura
1 a seguir.
7
Fonte: Centre for Research on the Epidemiology of Disasters, 2016
Figura 1 - Ocorrências de eventos climáticos extremos na América Latina e Caribe
Para alcançar essa meta, a emissão de GEE precisa ser drasticamente reduzida. Cada um
dos 195 países se comprometeu a estabelecer limites nacionais e o Acordo de Paris impõe
obrigações para garantir que os compromissos sejam honrados. Todos esses impactos
poderão afetar diretamente a matriz energética brasileira, uma vez que, até o momento, a
maior fonte geradora de energia elétrica no país é proveniente das usinas hidrelétricas.
A utilização de energias renováveis vem se apresentando promissora em todo o mundo,
com um forte potencial de desenvolvimento e ampliação, frente as novas tecnologias e o
estabelecimento de legislações que acompanham tal desenvolvimento.
O Brasil e o estado de São Paulo, consecutivamente, apresentam aspectos favoráveis a
geração de energia fotovoltaica, devido às condições climáticas, incidência solar, clima,
extensão territorial e características da infraestrutura já instalada do sistema elétrico. Além
disso, as condições atmosféricas (nebulosidade, umidade relativa do ar etc) e a irradiação
solar dependem da latitude local e do período do ano. A maior parte do território brasileiro
está localizada relativamente próxima à linha do Equador, de forma que não se observa
8
grandes variações nas características de irradiação, configurando um excelente cenário para
a este tipo de geração.
Os valores de irradiação solar que incidem em qualquer região do território brasileiro
são superiores a maioria dos países da União Europeia (como Alemanha, França e Espanha),
onde os projetos de energia solar fotovoltaica são amplamente disseminados (Figura 2).
Fonte: G. M. Tiepolo, PhD Thesis, PUCPR, 2015
Figura 2 - Comparação entre a irradiação solar brasileira e europeia
O potencial técnico da energia fotovoltaica no Brasil é enorme, maior que a somatória
do potencial técnico de todas as outras fontes de energia do país, somando 28.500 GWp em
geração centralizada e 164,1 GWp em Geração Distribuída.
A China, país com a maior capacidade fotovoltaica instalada - hoje soma mais de 1,7
milhões de instalações - gera 45.000 MWp; a Alemanha, aparece na segunda colocação com
mais de 40.000 MWp instalada e 1,5 milhões de instalações; e, na terceira colocação o
Estados Unidos com mais de 27.500 MWp instalada e 1 milhão de instalações. Segundo o
9
relatório anual do Renewables 2017 Global Status Report (REN21)1, cerca de 75.000 MWp de
capacidade instalada foi adicionada à matriz energética global em 2016, o que equivale à
instalação de 31.000 módulos fotovoltaicos por hora durante todo o ano. Essa nova
capacidade representou um crescimento de 48% com relação ao volume instalado no ano
anterior (2015). Desta nova capacidade instalada, 85% do volume ocorreram na China,
Estados Unidos, Japão, Índia e Reino Unido.
No Sistema Interligado Nacional (SIN), o Brasil possui, no total, 4.889 empreendimentos
de geração de energia em operação, totalizando 156.407.521 kW de potência instalada, 72
empreendimentos são de geração de energia solar fotovoltaica, os quais representam menos
que 0,5% da matriz nacional.
Está previsto para os próximos anos uma adição de 20.332.581 kW na capacidade de
geração do País, proveniente dos 230 empreendimentos. Deste total, 78 empreendimentos
são de geração de energia solar fotovoltaica, com capacidade de promover a geração de
2.009.343 KW de potência. As tabelas a seguir apresentam os empreendimentos em
operação (matriz nacional-SIN), aqueles em construção e os previstos.
Tabela 1 – Empreendimentos em Operação
Tipo Quantidade Potência
Outorgada (kW) Potência
Fiscalizada (kW) %
Central Geradora Hidrelétrica 663 596.599 598.835 0,38
Central Geradora Undi-elétrica 1 50 50
Central Geradora Eólica 498 12.228.439 12.189.443 7,79
Pequena Central Hidrelétrica 429 4.967.991 4.958.365 3,17
Central Geradora Solar Fotovoltaica 72 680.325 662.325 0,42
Usina Hidrelétrica 218 101.187.088 94.486.995 60,41
Usina Termelétrica 3.006 42.867.755 41.521.508 26,55
Usina Termonuclear 2 1.990.000 1.990.000 1,27
TOTAL 4.889 164.518.247 156.407.521 100 Fonte: Banco e informações de geração da ANEEL, atualizado em 11/12/2017
1 REN21 é uma rede global de organizações diversas (governos, sociedade civil, academia,
organizações multilaterais e indústria) focados em política energética para fontes renováveis
de energia.
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Tabela 2 – Empreendimentos em Construção
Tipo Quantidade Potência Outorgada
(kW) %
Central Geradora Hidrelétrica 6 9.398 0,09
Central Geradora Eólica 131 2.970.350 28,57
Pequena Central Hidrelétrica 29 386.580 3,72
Central Geradora Solar Fotovoltaica 28 792.920 7,63
Usina Hidrelétrica 6 1.922.100 18,49
Usina Termelétrica 29 2.965.494 28,52
Usina Termonuclear 1 1.350.000 12,98
TOTAL 230 10.396.842 100 Fonte: Banco e informações de geração da ANEEL, atualizado em 11/12/2017
Tabela 3 – Empreendimentos previstos
Tipo Quantidade Potência Outorgada
(kW) %
Central Geradora Hidrelétrica 2 2.000 0,02
Central Geradora Eólica 102 2.244.910 22,59
Pequena Central Hidrelétrica 130 1.736.020 17,47
Central Geradora Solar Fotovoltaica 50 1.216.423 12,24
Usina Hidrelétrica 8 726.180 7,31
Usina Termelétrica 125 4.010.206 40,36
TOTAL 417 9.935.739 100 Fonte: Banco e informações de geração da ANEEL, atualizado em 11/12/2017
No contexto geral, o consumo de energia do país vem crescendo, apesar da oscilação em
alguns setores (residencial, industrial, comercial e outros). O consumo de energia elétrica na
rede das distribuidoras totalizou 39.131 GWh em outubro de 2017, volume 2,8% acima do
patamar registrado nesse mesmo mês no ano passado. Esse foi o melhor resultado mensal
no ano. Todas as regiões do país apresentaram taxas positivas, com destaque para o Sul
(+6,3%), CentroOeste (+3,8%) e Norte (+3,4%). O crescimento acumulado do ano atingiu 0,6%
em outubro, enquanto no acumulado de 12 meses, a variação ficou em +0,4%. O mercado
cativo das distribuidoras exibiu redução de 2,2% em outubro e de 6,2% em 12 meses. Já o
consumo livre aumentou 15,4% no mês e 19,4% em 12 meses.
Neste cenário de eventos climáticos extremos que colocam em risco a matriz nacional
de geração de energia, que ainda se concentra nas hidrelétricas e termoelétricas (somando
11
mais de 86%), a constante demanda por energia que, frequentemente, leva ao acionamento
das termoelétricas alterando, consideravelmente, os preços da energia e a necessidade atual
de buscar formas mais eficientes e limpas de geração de energia, levou o País a regulamentar
a Geração Distribuída de energia. Com a Resolução Normativa ANEEL nº 482, de 17 de abril
de 2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes
renováveis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de
distribuição de sua localidade. Trata-se da micro e da minigeração distribuídas de energia
elétrica, inovações que podem aliar economia financeira, consciência socioambiental e
autossustentabilidade.
Os estímulos à Geração Distribuída se justificam pelos potenciais benefícios que tal
modalidade pode proporcionar ao sistema elétrico. Entre eles, estão o adiamento de
investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, o ba ixo impacto
ambiental, a redução no carregamento das redes, a minimização das perdas e a
diversificação da matriz energética. Desde então, já existem mais de 18 mil unidades
consumidoras no País com Geração Distribuída.
Tabela 4 – Unidades Consumidoras com Geração Distribuída
Tipo Quantidade Quantidade de Ucs
que recebem os créditos
Potência Instalada (kW)
Central Geradora Hidrelétrica 20 238 15.190,70
Central Geradora Eólica 53 96 10.285,60
Central Geradora Solar Fotovoltaica 18.292 20.600 151.320,04
Usina Termelétrica 72 198 23.395,86 Fonte: ANEEL, 2017 (http://www2.aneel.gov.br/scg/gd/GD_Fonte.asp)
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estima-se que até o ano de 2030, a
geração de energia solar representará, em média, 10% da capacidade nacional, deste total,
3,2 % na Geração Distribuída (Tabela).
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Tabela 5 – Crescimento da Geração de Energia
Tipo 2005 2014 2025 2030
GW % GW % GW % GW %
Sistema Interligado Nacional
Hidro 71 77,2% 96 72,2% 127 60,8% 139 54,3%
Gás Natural 10 10,9% 11 8,3% 21 10,1% 21 8,2%
Carvão 1 1,1% 3 2,3% 4 1,9% 4 1,6%
Nuclear 2 2,2% 2 1,5% 3 1,4% 5 2,0%
Biomassa 3 3,3% 11 8,3% 21 10,1% 28 10,9%
Eólica 0 0,0% 5 3,8% 24 11,5% 33 12,9%
Solar Fotovoltaica (Centralizada)
0 0,0% 0 0,0% 7 3,4% 17 6,6%
Outros 5 5,4% 5 3,8% 0 0,0% 0 0,0%
Total SIN 92 100,0% 133 100,0% 207 99,1% 247 96,5%
Geração Distribuída
Biogás 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 0,8 0,3%
Solar Fotovoltaica 0 0,0% 0 0,0% 1,9 0,9% 8,2 3,2%
Total (SIN + GD) 92 100,0% 133 100,0% 208,9 100,0% 256 100,0% Fonte: EPE, 2016
A inserção da fonte fotovoltaica na matriz energética brasileira pode trazer benefícios
em todas as esferas, valendo destacar:
i) A esfera socioeconômica, a redução das despesas com energia elétrica, a atração
de novos investimentos privados e públicos, a geração de empregos locais, o
desenvolvimento de uma nova cadeia produtiva no país e o aquecimento das
economias locais, regionais e nacional. A organização Internacional do Trabalho
(OIT) e a Agencia Internacional de Energia Renovável (IRENA) contabilizam que,
em média, 30 novos empregos são gerados no setor de energia solar a cada 1
MWp instalada;
ii) A esfera ambiental, a geração de energia limpa e renovável é responsável por
contribuir para o atingimento das metas de redução de emissões de GEE do país,
apesar da matriz energética elétrica brasileira estar entre as mais limpas do
mundo, a recente entrada em operação das termoelétricas “sujou” o setor, além
de aumentar o custo da energia para os consumidores (bandeiras tarifárias). Além
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disso, a geração de energia solar favorece diretamente o meio ambiente pela não
geração da emissão de poluentes gasosos, líquidos ou sólidos durante a
operação, não gera ruídos e não possui partes móveis; e
iii) A esfera estratégica, contribui para a diversificação da matriz elétrica brasileira,
a ampliação do uso de energias renováveis no país e a redução de perdas por
transmissão e distribuição.
O avanço da Geração Distribuída no Brasil está ligado diretamente aos incentivos dados
pelo governo com a criação da Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, para a
microgeração e minigeração distribuída na qual estabelece as condições gerais para o acesso
aos sistemas de distribuição de energia elétrica. Além disso, a ANEEL emite notas técnicas e
chamados para implementar melhorias nas revisões da Resolução Normativa vigente,
promovendo o amplo debate e a aprimoramento da regulamentação, o que ocorreu em
2015, com a criação da Resolução Normativa nº 687/2015, que instituiu uma série de novas
modalidades e modelos de negócios que viabilizam a inserção da Geração Distribuída na
matriz energética brasileira.
A Resolução Normativa nº 687/2015 permitiu aos consumidores injetar energia elétrica
no sistema de distribuição e utilizar os créditos da geração para abater a conta de energia
por meio do sistema net-metering.
O sistema de compensação de energia elétrica conhecido pelo termo em inglês net-
metering (Figura 3 - Sistema de Compensação de Energia Elétrica), é um procedimento no
qual um consumidor de energia elétrica instala geradores em sua unidade consumidora
(como, por exemplo, painéis solares fotovoltaicos e pequenas turbinas eólicas) e a energia
gerada é usada para abater o consumo de energia elétrica da unidade. Quando a geração for
maior que o consumo, o saldo positivo de energia poderá ser utilizado para abater o consumo
em outro posto tarifário ou na fatura do mês subsequente. Diferentemente do net-metering
em outros países, no Brasil a energia injetada na rede não possui um valor monetário e,
portanto, não pode ser comercializada. Na maioria dos países onde o net-metering
14
prosperou e alavancou o setor de energia solar, o governo concedia subsídios para venda de
energia a preço diferenciado, o que facilitava bastante o retorno do investimento.
Fonte: ANEEL, 2016
Figura 3 - Sistema de Compensação de Energia Elétrica
As políticas de net-metering podem variar de acordo com os países, estados ou cidades.
Diferentemente do feed-in tariff (FIT), ou medição por tempo de uso (TOU). O sistema net-
metering pode ser implementado sem requerer nenhuma medição especial ou mesmo
qualquer acordo ou notificação prévia. O net-metering é uma política destinada a promover
o investimento privado em energia renovável.
A Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 definiu inicialmente como microgeração
distribuída uma central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual
15
a 100 kW e que utilize fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou
cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede de
distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras; e minigeração distribuída
uma central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 100 kW e menor
ou igual a 1 MW, para fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou
cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede de
distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.
O sistema de compensação de energia elétrica era um sistema no qual a energia ativa
injetada por unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída
era cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e, posteriormente,
compensada com o consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora
ou de outra unidade consumidora de mesma titularidade da unidade consumidora onde os
créditos foram gerados, desde que possua o mesmo Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou
Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto ao Ministério da Fazenda. Caso os créditos não
fossem utilizados pela unidade consumidora, os mesmos expiravam em 36 meses após a data
do faturamento da energia.
Com o aumento na procura por solicitações de acesso ao sistema de compensação de
energia elétrica (Figura 4), a ANEEL viu a necessidade de revisar a Resolução Normativa
ANEEL nº 482/2012 com a criação da Resolução Normativa ANEEL nº 687, de 24 de novembro
de 2015, alterando as potências instaladas, as formas e o prazo de utilização dos créditos
gerados pelos micros e minigeradores de energia elétrica.
16
Fonte: ANEEL, 2017. Última atualização 23.05.2017
Figura 4 - Evolução dos Sistemas de Microgeração e Minigeração distribuída no Brasil
A Resolução Normativa nº 687/2015 define como microgeração distribuída uma central
geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize
cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes renováveis de energia
elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades
consumidoras; e minigeração distribuída uma central geradora de energia elétrica, com
potência instalada superior 75 kW e menor ou igual a 3 MW para fontes hídricas ou menor
ou igual a 5 MW para cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou para
as demais fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio
de instalações de unidades consumidoras.
Algumas inovações foram incluídas na Resolução Normativa nº 687/2015 como:
empreendimento com múltiplas unidades consumidoras que é caracterizado pela utilização
da energia elétrica de forma independente, no qual cada fração com uso individualizado
constitua uma unidade consumidora e as instalações para atendimento das áreas de uso
comum constituam uma unidade consumidora distinta, de responsabilidade do condomínio,
17
da administração ou do proprietário do empreendimento, com microgeração ou minigeração
distribuída, e desde que as unidades consumidoras estejam localizadas em uma mesma
propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de
passagem aérea ou subterrânea de componentes ou equipamentos e de propriedades de
terceiros não integrantes do empreendimento.
Outra inovação foi a possibilidade de se fazer uma geração compartilhada que é
caracterizada pela reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou
permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica,
que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local
diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada.
Além das duas inovações citadas acima, a Resolução Normativa nº 687/2015 permite
fazer o autoconsumo remoto que é caracterizado por unidades consumidoras de titularidade
de uma mesma Pessoa Jurídica, incluídas matriz e filial, ou Pessoa Física que possua unidade
consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades
consumidoras, dentro da mesma área de concessão ou permissão, nas quais a energia
excedente será compensada. A seguir são exemplificados graficamente os modelos de
geração distribuída (Figura 5).
18
Fonte: ANEEL, 2016
Figura 5 - Sistemas Fotovoltaicos de Mini e Microgeração Distribuída – Possibilidades com a Resolução Normativa nº 687/2015
O prazo de validade dos créditos também foi ampliado de 36 meses para 60 meses,
mantendo as regras inicialmente estipuladas de utilização (mesmo titular situado em outro
local, desde que na área de atendimento de uma mesma distribuidora).
Além do estímulo dado pelo Governo Federal com a atualização da legislação e marco
regulatório, alguns estados (Figura 6 -6) vêm se destacando e contribuindo para o avanço da
Geração Distribuída isentando tributos fiscais com a criação de convênios autorizando a
isenção de ICMS (Convênio nº16/2015 – “Ficam os Estados do Acre, Alagoas, Bahia, Ceará,
Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro,
19
Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e
o Distrito Federal autorizados a conceder isenção do ICMS incidente sobre a energia elétrica
fornecida pela distribuidora à unidade consumidora, na quantidade correspondente à soma
da energia elétrica injetada na rede de distribuição pela mesma unidade consumidora com
os créditos de energia ativa originados na própria unidade consumidora no mesmo mês, em
meses anteriores ou em outra unidade consumidora do mesmo titular, nos termos do
Sistema de Compensação de Energia Elétrica, estabelecido pela Resolução Normativa ANEEL
nº 482, de 17 de abril de 2012.”). Nesta mesma iniciativa dos estados, destaca-se Mina Gerais
que, através do Decreto nº 47.231 de 4 de agosto de 2017, ampliou a isenção do ICMS
conforme potências definidas na Resolução Normativa nº 687 (até 5 MWp instalada).
No âmbito nacional também existem isenções para estimular a Geração Distribuída
como a isenção do PIS e COFINS sobre a energia gerada (Lei nº 13.169/2015 – “Ficam
reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para
Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a energia elétrica ativa
fornecida pela distribuidora à unidade consumidora, na quantidade correspondente à soma
da energia elétrica ativa injetada na rede de distribuição pela mesma unidade consumidora
com os créditos de energia ativa originados na própria unidade consumidora no mesmo mês,
em meses anteriores ou em outra unidade consumidora do mesmo titular, nos termos do
Sistema de Compensação de Energia Elétrica para microgeração e minigeração distribuída,
conforme regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.”) e a isenção de
ICMS na aquisição dos equipamentos fotovoltaicos e eólicos (Convênio ICMS 156/17, que
concede isenção do ICMS nas operações com equipamentos e componentes para o
aproveitamento das energias solar e eólica que especifica).
20
Fonte: ABSOLAR, 2017
Figura 6 - Tributação elétrica nacional.
Um dos pontos que travam o avanço da Geração Distribuída no Brasil é a dificuldade de
acesso às linhas de crédito de financiamento tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
Apesar de existirem linhas de crédito específicas para este tipo de projeto em bancos
privados (Santander e Votorantim) e em bancos públicos (Banco do Brasil, BNDES e Banco
do Nordeste), as elevadas taxas de juros, o curto prazo de amortização e carência acabam
inviabilizando a aquisição de crédito para esta finalidade.
Vale destacar algumas linhas de crédito específicas, como: PRONAF Mais Alimentos do
Ministério de Desenvolvimento Agrário que financia até 100% de projetos de geração de
energia com taxa de juros de 2,5% a 5,5% ao ano e prazo de amortização de 10 anos, com 3
anos de carência; FNE Sol - Banco do Nordeste, que financia até 100% dos itens
(equipamentos e serviços de instalação), taxa de juros de 6,5% a 11% ao ano e prazo de
amortização de 12 anos, com 1 ano de carência; e, o BB Agro Energia do Banco do Brasil que
financia até 100% dos itens (equipamentos e serviços de instalação), taxa de juros de 2,5% a
12,75% ao ano e prazo de amortização entre 5 e 12 anos. Na maioria dos casos em que o
21
projeto requer um financiamento de maior volume, os bancos demandam garantias reais de
até 130% do valor a ser financiado, o que representa um outro grande gargalo no incremento
da geração de energia no país. O gargalo financeiro é maior nas modalidades aprovadas pela
ANEEL quando a geração de energia é feita pensando na compensação remota, no formato
de condomínios solares ou plantas solares compartilhadas, pois nestes casos o investimento
é de maior volume.
O Governo do Estado de São Paulo em conjunto com a Agência de Desenvolvimento
Paulista lançou o programa Desenvolve SP com linhas de financiamento ou programas de
governo que possibilitam a oferta de condições ainda melhores que as praticadas pela
instituição, com taxas de juros subsidiadas ou amortizadas pelo Governo Estadual.
Dentro do programa Desenvolve SP existe uma linha de crédito para Projetos
Sustentáveis que financia projetos que promovam a redução de emissões de GEE e que
minimizem o impacto da atividade produtiva no meio ambiente, inclusive de Geração
Distribuída, alinhada com a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC). O Desenvolve
SP financia até 100% dos itens (equipamentos e serviços de instalação), taxa de juros a partir
de 0,53% ao mês e prazo de amortização de 120 meses com até 24 meses de carência. Até
recentemente, o Desenvolve SP solicitava garantias reais como condição fundamental para
financiamento de projetos, e não aceitava os recebíveis (fluxo de caixa) de futuros contratos
como garantias. Desta forma, se configura a mesma condição dos bancos, ou seja, o
consumidor final só consegue acessar o recurso se possuir recursos ou ativos para custear as
garantias necessárias.
Alguns especialistas apontam a energia solar fotovoltaica como um dos melhores
investimentos a médio prazo pois conta com um retorno do investimento em torno de 5 anos
e uma vida útil dos equipamentos de 25 anos ou mais, aliado ao aumento das tarifas de
energia elétrica das distribuidoras, as bandeiras tarifárias sazonais. Atualmente, 75% dos
consumidores de energia elétrica de baixa tensão no Brasil já possuem paridade tarifária
entre a concessionária de energia versus a geração de energia solar fotovoltaica (Figura 7).
22
Quando adicionado os custos das bandeiras tarifárias, a proporção de consumidores dentro
da faixa de paridade tarifária aumenta.
Fonte: EPE, 2016
Figura 7 - Tarifa de Eletricidade versus Custo da Geração Solar Distribuída – Paridade Tarifária
A ANEEL estima um crescimento do número de consumidores que irão instalar ou
receber créditos de microgeração solar fotovoltaica no horizonte 2017-2024, chegando na
marca de 886.700 instalações fotovoltaicas no Brasil (Figura 8).
23
Fonte: ANEEL, 2017
Figura 8 - Projeção de unidades consumidoras que receberiam os créditos
A estimativa foi baseada nas tarifas de energia de cada distribuidora, nas premissas de
bandeira tarifária amarela para todo o período, os custos dos sistemas fotovoltaicos
residenciais e comerciais, a calibração dos parâmetros do modelo matemático em função da
evolução do número de microgeradores conectados na rede atualmente, modalidades de
Geração Distribuída constante da Resolução Normativa nº 687/2015, número de
consumidores e mercados residenciais e comerciais e as projeções de crescimento dos
mercados residenciais e comerciais realizadas pela EPE.
Como benefícios no avanço da Geração Distribuída é possível destacar a economia na
conta de energia elétrica, a redução com as perdas na transmissão, a economia em
investimentos de transmissão, a alta confiabilidade do sistema, a segurança dos
equipamentos fotovoltaicos, o baixo impacto ambiental e a geração de empregos
especializados, além de valorização do imóvel, quando o sistema é instalado no telhado ou
em outra configuração dentro da propriedade.
24
1.2. Abordagem Técnica e Metodológica
Para realizar o trabalho solicitado será conduzida a abordagem técnica e metodologias
apresentadas a seguir.
A definição da disponibilidade energética média (Figura 9) para o estado de São Paulo
foi realizada, inicialmente, pela Secretaria de Energia e pela Subsecretaria de Energias
Renováveis em 2013 com o levantamento do potencial da energia solar paulista.
Fonte: Levantamento do Potencial – Energia Solar Paulista, 2013
Figura 9 - Incidência Solar Global – Média Anual por Município.
Este levantamento teve o intuito de direcionar definitivamente o estado de São Paulo
na Rota do Sol, tendo como uma de suas bases institucionais o atendimento da Política
25
Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC - Estadual nº 13.798, de 9 de novembro de 2009),
visando os seguintes objetivos e compromissos: aumento da quantidade de energia gerada
por fontes renováveis, sustentáveis e de forma descentralizada; a redução das emissões de
gases de efeito estufa e de poluentes locais; a redução da dependência energética do estado
de São Paulo; a fomentação do desenvolvimento tecnológico e industrial; garantir a geração
de novos empregos e negócios; implantar o conceito de sustentabilidade às edificações; e
fomentar o desenvolvimento regional.
A meta inicialmente estabelecida no Plano Paulista de Energia é viabilizar a introdução
no estado de São Paulo, até 2020, de aproveitamentos energéticos com energia solar que
sejam equivalentes a 1.000 MW, principalmente, nos seguintes segmentos e usos finais
(Tabela 6).
Tabela 6 - Meta inicial do Plano Estadual de Energia até 2020
Segmentos e usos finais Participação
(%)
Potencia equivalente instalada 20,7
Hotéis e similares 16,2
Habitações populares (Governos) 17,0
Outras habitações 17,0
Construções eficientes 10,0
Usinas de geração elétrica 5,0
Localidades isoladas* 2,0
Comércio, pequena e média indústria 6,0
Estabelecimento de saúde e ensino 6,0 * Comunidades, sinalização, telecomunicações, instalações ambientais, de interesse social, segurança pública, iluminação pública etc
Fonte: Levantamento do Potencial – Energia Solar Paulista, 2013
A metodologia de identificação do potencial energético requer que sejam localizadas as
edificações passíveis de implantação do sistema solar fotovoltaico. Para isso, deve-se
consolidar uma base de dados com a localização georreferenciada, preferencialmente em
forma de polígonos, dos terrenos e edificações do Governo do Estado de São Paulo, de
propriedade estadual, sob responsabilidade das 25 Secretarias de Governo. Esse material
pode estar disponível em formato eletrônico shapefile em banco de dados dos gestores
26
públicos ou ser mapeado através de listas de endereços a partir de softwares de localização.
Para cada propriedade é recomendado que seja informado o tipo de uso das edificações,
consumo energético do último ano, custo operacional local (OPEX) e elevação da edificação.
Em caso de indisponibilidade de dados por parte dos órgãos do Governo do Estado de
São Paulo, em especial da Secretaria de Energia, serão propostas e validadas conjuntamente
com a Contratante, premissas para definir consumos médios das edificações por tipologia de
uso.
Além do índice solarimétrico, para o desenvolvimento dos estudos é necessário
conhecer os dados topográficos e elevação do entorno de cada edificação, em especial da
face norte, mas não necessariamente limitada a tal. A face norte apresenta a melhor radiação
solar, nos países do hemisfério sul. O objetivo é analisar se existe sombreamento durante
algum momento do ano, e quando for o caso, verificar qual o impacto na geração de energia
na edificação. Isso é possível através da elaboração de uma Modelo Digital de Elevação e da
identificação de pontos marco ao redor dos terrenos. Por meio da ferramenta Solar
Radiation, disponível no ArcGis, é possível analisar automaticamente, para todos os terrenos
e prédios públicos estaduais localizados, a existência de estruturas ou relevo que prejudique
a insolação sobre o terreno, em datas marco, como solstícios de inverno e verão, ou até para
todos os dias do ano. Desta forma é possível se estimar com precisão o potencial de geração
de energia solar em prédios nas áreas estudadas. O resultado indica a irradiação solar média
incidente, conforme Figura 10 abaixo.
27
Fonte: Consórcio Cobrape-Nippon
Figura 10 - Irradiação solar incidente em ponto teste na Avenida Rebouças em São Paulo.
Identificado este potencial por imóvel, a Empresa Consultora analisará a demanda
integrada das edificações públicas estaduais nas áreas de cada concessionária. Isso porque,
além da compensação de energia proveniente da Geração Distribuída, proporcionando
créditos para redução das contas de cada localidade, é possível fazer autoconsumo remoto
conforme determinações da Resolução Normativa nº 687/2015, e compensar energia
consumida em outros prédios públicos estaduais na mesma área de concessão.
O estado de São Paulo possui 14 concessionárias de distribuição de energia elétrica e 12
permissionárias (Figuras 11 e 12 a seguir).
28
Fonte: Levantamento do Potencial – Energia Solar Paulista, 2013
Figura 11 - Área de Concessão das Distribuidoras de Energia Elétrica no ESP
Fonte: Levantamento do Potencial – Energia Solar Paulista, 2013
Figura 12 - Área de Concessão das Cooperativas de Energia Elétrica no ESP
29
Analisadas individualmente e agregadamente, tanto por disponibilidade e capacidade de
geração em cada terreno em relação ao consumo local, quanto pelo consumo agregado em
um cenário de autoconsumo remoto, é possível hierarquizar: (i) as melhores localidades para
a instalação de Geração Distribuída; (ii) a relação consumo X geração, por concessionária;
(iii) melhor relação geração X consumo, dentro de cada concessionária.
Adicionalmente, será avaliado, para cada município do estado, a relação entre o
potencial de geração de energia diária por metro quadrado e a tarifa de energia elétrica da
concessionária local. Desta forma, será possível apontar um fator econômico de priorização
das intervenções, numa escala de planejamento.
Ainda, se for possível qualificar um consumo médio das edificações, serão analisadas a
viabilidade econômica individual de cada instalação, a partir de uma previsão de consumo,
da tarifa e da área dos imóveis. Dessa forma, será possível avaliar alternativas de localidades
com melhor potencial para a Geração Distribuída ou para autoconsumo remoto.
O trabalho realizado até este ponto consolida a avaliação do potencial do uso de módulo
fotovoltaico com Geração Distribuída para os edifícios e espaços públicos estaduais no
estado. Este primeiro passo do trabalho visa destacar as recomendações sobre como
planejar a Geração Distribuída, a hierarquização das áreas prioritárias, e os benefícios
esperados com o investimento. Esse material possibilitará ao Governo do Estado de São
Paulo (GESP) definir um plano estratégico e orçamento preliminar para promover o DG no
estado.
A partir da hierarquização proposta, e da visibilidade das instalações para fins
educacionais, na Atividade 2 serão selecionadas cinco edificações para a elaboração dos
projetos específicos e a seleção, por parte da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo,
para a instalação de dois projetos piloto. Para cada um dos projetos piloto será elaborado
um estudo definitivo sobre a viabilidade técnica e econômica da implantação da Geração
Distribuída.
30
Serão realizadas vistorias específicas em cada edificação para refinamento da avaliação.
In loco, serão verificadas as condições de telhado, carga máxima de peso, configuração
elétrica da rede local, identificar fatores que possam mitigar risco de falhas, atualização do
consumo mensal por um ano, área disponível, perfil de uso do imóvel, condição de
sombreamento, priorizar intervenções que possam minimizar o aquecimento dos módulos
fotovoltaicos; será estudado o zoneamento municipal, com o objetivo de confirmar o risco
de novas edificações que causem sombreamento e confirmação da seleção dos projetos
pilotos.
Em cada um dos empreendimentos será utilizado um software especializado em energia
solar (Figura 13) para definição da estimativa de geração de energia solar produzida e média
anual de geração de energia elétrica. Inúmeros recursos são disponibilizados pelo programa
computacional para avaliar o desempenho operacional dos sistemas, como cálculo da
irradiação solar local com base em dados de agencias nacionais e internacionais (INPE e
NASA); produção de energia em função dos parâmetros de operação; posição dos módulos
fotovoltaicos na planta arquitetônica; cálculo do retorno de investimento; e elaboração
automática da documentação do sistema. O software é dedicado à realidade normativa e
fiscal brasileira. O software possui em seu banco de dados informações climáticas e as tarifas
elétricas de consumo por localidade, os dados técnicos dos equipamentos por fabricante e
modelo (módulos fotovoltaicos e inversores) e gera a documentação técnica necessária para
a homologação da planta fotovoltaica na concessionária de energia elétrica local.
31
Fonte: Consórcio Cobrape-Nippon
Figura 13 - Simulação de sombreamento em 3D – software SOLergo
Serão considerados também os custos de operação e manutenção, calculados a partir da
localidade do empreendimento, local de instalação do sistema fotovoltaico e quantidade de
equipamentos instalados. Será realizada uma avaliação de viabilidade econômica
considerado todos os custos envolvidos e a economia projetada. Cada projeto seguirá as
determinações da Resolução Normativa nº 687/2015 e as Normas Técnicas particulares de
cada concessionária de energia.
Os sistemas fotovoltaicos apresentam um rendimento que deve ser otimizado em função
da inclinação e orientação dos módulos fotovoltaicos em relação ao norte, levando-se em
consideração, também, a posição do sol ao longo do ano. Uma vez que, o rendimento do
sistema fotovoltaico é variável durante o ano, deve-se levar em consideração a correção do
posicionamento dos módulos fotovoltaicos visando maximizar a produção de energia,
aspecto fundamental para a viabilidade econômico-financeira do sistema.
32
Estudos mostram que a geração de energia média anual de sistemas fotovoltaicos é
otimizada quando este é orientado para o norte geográfico e com inclinação próxima à
latitude do local de instalação, principalmente para zonas de altas latitudes. Contudo, a
condição estrutural encontrada nos telhados e coberturas para a instalação não é sempre
adequada. A orientação e inclinação atendem e priorizam às necessidades da engenharia e
arquitetura e, quando os módulos fotovoltaicos são instalados, nem sempre a sua posição
otimiza a produção energética máxima potencial.
A escolha do local em que o arranjo fotovoltaico deverá ser instalado é um dos fatores
determinantes para o melhor desempenho do sistema. Nesse sentido, será realizado pela
Empresa Consultora um estudo preciso do ângulo de inclinação e orientação azimutal dos
módulos. O software Solergo indica, para cada situação, a posição ideal de inclinação dos
módulos fotovoltaicos e a avaliação da inclinação disponível na estrutura existente,
permitindo entender o impacto de cada inclinação para a produção esperada de energia.
Se tecnicamente viável, a estrutura a ser instalada atenderá a inclinação fixa de melhor
rendimento de produção energética anual. Mas o que se percebe é que existe uma faixa
relativamente ampla de inclinações e orientações azimutais do arranjo dos módulos nos
quais as perdas anuais não ultrapassam 2% da energia produzida pela posição de maior
eficiência.
Mesmo para inclinações e orientações do arranjo técnico dos módulos fotovoltaicos
diferentes das condições consideradas ideais, a energia anual pode apresentar os mesmos
resultados ou perdas mínimas frente ao desempenho anual. Esses fatores são importantes
nas análises de viabilidade econômica dos sistemas de microgeração.
Neste sentido, o custo de instalação dos microgeradores fotovoltaicos pode ser
reduzido. Será estudado o impacto nos custos quando da necessidade de realizar
modificações no telhado de uma edificação existente, ou mesmo na instalação de suportes/
estruturas de fixação dos módulos, para garantir as condições ideais. Contudo, nem sempre
se justifica instalar estruturas metálicas para alterar a inclinação do sistema fotovoltaico com
relação à inclinação do telhado. Muitas vezes, o custo da estrutura não compensa o ganho
33
energético gerado. Assim, com frequência, a inclinação do telhado é adotada e os módulos
fotovoltaicos são instalados diretamente sobre o telhado.
No Brasil, as inclinações ideais de instalação se aproximam de zero. Nestes casos, o
acúmulo de sujeira sobre os módulos é maior, prejudicando o rendimento do sistema.
Estudos mostram que o acúmulo de sujeira nos módulos pode reduzir em cerca de 20% a
energia mensal produzida, o que indica a necessidade de manutenção contínua.
O acúmulo de sujeira é o terceiro principal fator ambiental que influencia os valores de
geração dos sistemas fotovoltaicos. A geração também é influenciada pelo nível de irradiação
solar e a temperatura dos módulos. A ausência de nuvens e temperaturas amenas permitem
o melhor resultado. Durante o período de monitoramento dos projetos piloto estes três
fatores serão relevantes para a análise dos resultados.
Atualmente, existem duas tecnologias que prevalecem na fabricação dos módulos
fotovoltaicos: policristalinas e monocristalinas. As células monocristalinas possuem um custo
mais alto de fabricação e sua eficiência é superior em relação as policristalinas, resultando
em células menores e consequentemente módulos fotovoltaicos menores. As células solares
que são produzidas a partir da tecnologia policristalina são menos eficientes, o que resulta
em células e módulos fotovoltaicos maiores. A tecnologia proposta a ser aplicada é de
módulos monocristalinos.
Por fim, um relatório consubstanciado para cada um dos cinco projetos específicos será
elaborado, destacando todos os critérios de avaliação técnicos e econômicos, além dos
benefícios sociais, ambientais esperados, ainda que não sejam economicamente
considerados. Será calculado o tempo de payback do investimento como critério de seleção,
além de avaliada a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Valor Presente Líquido (VPL) de cada
empreendimento.
34
Com o documento entregue à Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, serão
analisadas conjuntamente e definidas duas instalações a serem realizadas e monitoradas.
Para sugestão dos projetos piloto serão considerados como limitadores os recursos
disponíveis para a aquisição de equipamentos presentes no TR.
A partir disso, será consolidado o Projeto Técnico dos pilotos escolhidos e emitida uma
ART específica para cada localidade. Estes serão entregues junto das solicitações de acesso
para homologação das plantas em cada concessionária.
Apenas após a emissão do parecer de acesso pela concessionária local (homologação),
os equipamentos serão adquiridos e instalados.
A Figura 14 a seguir ilustra os trâmites necessários referentes ao processo de micro e
minigeração distribuída com os prazos estipulados pela ANEEL.
BOX: Avaliação Ambiental
Não é necessário um estudo ambiental para plantas com potência instalada menor
ou igual a 5MW, incluindo empreendimentos de micro e minigeração de energia elétrica
distribuída, nos termos das Resoluções Normativas nº 482/2012 e nº 687/2015 da Agência
Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, só será exigida autorização para supressão de
vegetação nativa ou para instalação em áreas de proteção de manancial, se necessária.
Este critério também será parte da avaliação técnica para implantação dos pilotos.
35
Fonte: ANEEL, 2015
Figura 14 - Prazos de implementação da Microgeração distribuída
O consórcio irá fornecer e instalar módulos fotovoltaicos monocristalinos (Figura 15)
visando um maior aproveitamento da área útil disponível, gerando mais energia para os
prédios do GESP.
Fonte: Jinko Solar, 2017
Figura 15 - Painel Solar Fotovoltaico Monocristalino
36
Os inversores de tensão CC/CA (Figura 16) a serem fornecidos seguirão as exigências das
concessionárias e todos com certificação INMETRO.
Fonte: PHB, 2016
Figura 16 - Inversor Fotovoltaico
As estruturas de fixação dos módulos fotovoltaicos (Figura 17) serão definidas após a
visita técnica pois dependem do tipo de telha, inclinação do telhado ou instalação em solo.
Todas serão fornecidas em alumínio anodizado com alta resistência à corrosão.
Figura 17 - Estrutura de fixação dos módulos fotovoltaicos
37
Além dos equipamentos citados acima, os dispositivos de aterramento e proteção
(Figura 18) contra descargas atmosféricas são apropriados para a instalação ao tempo e
conforme as normas vigentes de segurança / proteção.
Figura 18 - Dispositivos de proteção elétrica
Os módulos fotovoltaicos serão instalados em arranjos fixos, preferencialmente em
azimute 0, isto é, direcionados para o norte geográfico e preferencialmente na melhor
inclinação em termos de rendimento de produção energética, sendo selecionada a posição
no telhado ou solo para esse atendimento, ou instalados suportes para adequação das
inclinações, quando economicamente viáveis. Não serão realizadas adequações estruturais
nos telhados.
Concluída a instalação, será realizado o monitoramento por 12 meses de cada piloto.
Para isso, será utilizado um Sistema de Monitoramento de Energia Solar (Figura 19) embutido
no equipamento chamado data logger. O sistema monitora a planta e envia os dados via
internet que podem ser acompanhados em tempo real em qualquer local via internet e/ou
aplicativo disponível para sistema Android e iOS.
Neste monitoramento é possível acompanhar em tempo real a geração de energia
fotovoltaica da planta, além de verificar os dados armazenados até os últimos 365 dias. Além
dos dados de geração é possível acompanhar a economia diária, a quantidade de emissão de
CO2 evitada e uma correlação com a quantidade de árvores preservadas pela geração de
energia elétrica limpa.
38
Figura 19 - Tela de visualização do Sistema de Monitoramento de Energia Solar
A partir dessas curvas de perda de eficiência dos módulos serão rodados cenários de
geração de energia potencial, decorrente do histórico de dados climáticos da região dos
Projetos Piloto e comparados com o resultado obtido e esperado.
O monitoramento será acompanhado por 12 meses, com a apresentação de dois
relatórios semestrais, o primeiro a partir de 6 meses da instalação e o segundo a partir de 12
meses da instalação. Os dados apresentados nesses relatórios serão: geração de energia
elétrica por mês, geração de energia elétrica acumulado por semestre, geração de energia
elétrica acumulado anual (quando aplicável), comparativo de geração de energia elétrica via
software x fatura de energia elétrica mensal (a localidade deverá fornecer ao consórcio as
faturas de energia elétrica referentes a esse período), a economia de energia no decorrer
desse período e os valores em reais (R$) de redução na fatura de consumo.
39
Também será executada a operação e manutenção dos módulos, sempre que necessário,
com, no mínimo, uma ação de limpeza dos módulos a cada 2 meses (período seco) ou 3
meses (período chuvoso), ou por observação de necessidade.
A análise do monitoramento de produção energética será realizada em comparação com
os dados diários de temperatura e horas de insolação por dia dos postos de monitoramento
climatológicos mais próximos. Para adequada interpretação dos resultados em termos
energéticos médios de longo prazo é necessário realizar uma comparação das condições
climatológicas deste ano medido com a média climática da região. Isto porque, se no período
medido forem verificadas condições atípicas de maior ou menor insolação, de maior ou
menor temperatura, a previsão da média de geração de energia de longo termo pode ser
corrigida.
Serão realizadas análises estatísticas sobre as perdas de eficiência de produção
energética por temperatura e por tempo de insolação em função dos dados disponíveis do
monitoramento.
Se possível, será desenhada uma curva de perdas por temperatura e outra curva de
perdas de eficiência por horas de insolação, ou outro dado disponível nas estações
climatológicas. Ainda, o relatório produzido pelos técnicos nas manutenções de limpeza
pode indicar a exclusão de dados em casos de relevante redução da capacidade de geração
por sujeira depositada nos módulos fotovoltaicos, possivelmente procedentes de vegetação
próxima ou intempérie.
Espera-se conseguir avaliar o impacto dos principais fatores de redução da capacidade
de produção e corrigir a previsão de longo prazo de geração de energia fotovoltaica para os
projetos piloto. É possível, ainda, que tal resultado proporcione um fator de correção a ser
aplicado em todos os projetos esperados em função das condições climáticas locais.
Ao final será possível confirmar e corrigir os dados de geração energética esperados, os
custos de manutenção, que podem se mostrar relevantes, a revisão do fornecimento de
créditos esperados e aprovar ou revisar a estratégia proposta para o GESP.
Em paralelo, no momento de monitoramento, serão elaborados três produtos:
40
1- Identificação e desenvolvimento de mecanismos de financiamento para sistemas
solares de módulos fotovoltaicos em Geração Distribuída;
2- Manual sobre dimensionamento, instalação, operação e manutenção de sistemas
fotovoltaicos para entidades públicas; e
3- Campanha de conscientização e promoção da geração distribuída de energia
fotovoltaica no setor público e a importância dessa iniciativa para a formação da
consciência ambiental para as próximas gerações.
A identificação de mecanismos de financiamento se inicia pela localização dos atuais
mecanismos já disponíveis tanto em bancos públicos quanto privados e formas de acesso.
Serão identificadas potenciais linhas de financiamento que podem vir a ser estimuladas
a incluir critérios para promover a Geração Distribuída.
Serão consideradas as áreas de aquisição de equipamentos já nacionalizados, de locação
de equipamentos já instalados, de contratação de instalação, de certificação de empresas e
demais áreas da cadeia econômica da Geração Distribuída.
O manual, conterá os limites e padrões técnicos para as instalações, definirá códigos e
padrões para a certificação e treinamento de instaladores pessoa física e jurídica. Os padrões
e limites técnicos serão definidos a partir das normas técnicas da ABNT (NBR 5410:2004 –
Instalações elétricas de baixa tensão; NBR 16149:2013 – Sistemas Fotovoltaicos,
características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição) e INMETRO
(Portaria nº 04, de 04 de janeiro de 2011) destinadas à instalação de microgeração e
minigeração fotovoltaica.
Serão utilizados como modelos para os padrões de certificação e definição de
treinamento os manuais das concessionárias. Também será estudada a metodologia do
SENAI nos cursos de capacitação em Instalador de Sistemas de Microgeração Fotovoltaica,
Eficiência Energética, Energia Solar Fotovoltaica e Designer de Sistemas para Microgeração
Fotovoltaica já em execução. Será elaborada uma agenda adequada para o treinamento
teórico e prático dos instaladores, inclusive com reciclagem periódica quando alterações
tecnológicas futuras demandarem.
41
A campanha de conscientização e promoção será priorizada como público alvo o setor
público, ainda que a campanha possa ser aplicada para o setor privado também. A campanha
envolverá o planejamento e preparação da divulgação dos resultados do trabalho elaborado
em mídia e em ações práticas. Serão consideradas apenas mídias espontâneas para a
execução de ações e planejadas possíveis inserções em mídias pagas. Serão produzidos
releases e matérias de divulgação de resultados. Serão preparados 4 sub-produtos:
Seminários; Resumo Executivo, Folder e Exposição.
O Seminário será estruturados com apresentação em Power Point, materiais didáticos
desenvolvidos especificamente para o evento, incluindo resumo executivo e especificações
das instalações. Serão realizadas três apresentações do Seminário, sendo um na capital de
São Paulo e os demais nas proximidades dos projetos piloto, ou no interior do estado. Os
seminários terão duração aproximada de 4 horas, considerando duas horas de apresentação
sobre o projeto, intervalo para coffee break e uma hora e meia de debate com os
participantes.
Será produzido material a título de Resumo Executivo do projeto apresentando o passo
a passo do trabalho e os principais resultados obtidos. O Resumo executivo, também abrange
os resultados dos estudos de caso, indicando a localização, os resultados parciais ou finais
dos projetos piloto e a tecnologia implementada.
Será produzido um modelo de folder, em versão preparada para a impressão em gráfica,
para a produção e distribuição pelo GESP. O folder conterá indicação sucinta e didática sobre
a importância, caminho crítico, resultados da implantação de sistemas de geração energética
fotovoltaica, baseado nos resultados dos projetos piloto, e fontes de recursos. No mesmo,
será indicada a disponibilidade on-line dos trabalhos, caso haja entendimento de dar
visibilidade ao material produzido por parte da Contratante.
Será planejada uma exposição sobre a energia fotovoltaica. Inicialmente, propõe-se que
a exposição seja segregada em dois temas: (i) histórico da tecnologia de geração fotovoltaica,
origens, presente e futuro; e (ii) diversidade de usos atuais e futuros. A exposição será
42
planejada em nível de concepção não cabendo à contratada fornecer material ou
implementar a instalação proposta.
Ainda, a Campanha promocional envolve a definição e estrutura de ação continuada de
divulgação, baseada nos sub-produtos e em ações de imprensa local e especializada para a
divulgação dos resultados do trabalho. A seguir, em box, detalha-se aspectos da campanha
de conscientização a ser elaborada.
Objetivos Conscientizar a opinião pública para a importância da energia renovável e a necessidade de tornar a matriz energética do Estado de São Paulo mais sustentável com a Geração Distribuída por sistema solar fotovoltaico em instalações públicas e privadas. Divulgar resultados de projetos de sucesso e seus benefícios para a sociedade e para o meio ambiente, a fim de promover sua replicação nos setores público e privado.
Anúncio do resultado da licitação a. Divulgação de release e notas para colunas, alinhado com o BID e com o GESP, sobre o resultado da licitação e planos de execução dos projetos. Entrevistas coletivas do BID/GESP para apresentação do projeto à imprensa geral e especializada (utilização computação gráfica com simulação do projeto para geração de imagens para uso de imagens em televisão; b. Agendamento de entrevistas individuais de representantes do GESP à imprensa especializada, nos setores de energia e meio ambiente.
Acompanhamento do projeto Visita da imprensa ao projeto piloto para verificação do andamento das obras.
Campanha publicitária a. Realização de campanha publicitária para conscientização da sociedade sobre as vantagens da Geração Distribuída de energia elétrica no setor público por meio da geração solar fotovoltaica, destacando os benefícios da tecnologia para a sociedade e para o meio ambiente. Mensagens-chave: diversificação da matriz energética do GESP; desenvolvimento da indústria local de energia solar fotovoltaica; capacitação tecnológica, diminuição da poluição com redução das emissões de dióxido de carbono (CO2); b. Veiculação de anúncios nos principais tipos de mídia: TV, rádio, jornais, revistas e sites informativos (de interesse geral e especializado), redes sociais (influenciadores digitais) e mídia externa; e c. Realização de pesquisa para avaliação de resultados da campanha.
Material educativo e exposições a. Elaboração de material impresso e audiovisual (ex: cartilhas, folders e Vídeos), sobre energia solar e geração distribuída, contendo informações sobre regulamentação,
43
aspectos técnicos, benefícios obtidos e custos de implantação, a serem distribuídos em escolas, espaços e prédios públicos estaduais; e b. Realização de exposições em espaços públicos estaduais sobre a energia solar e a geração distribuída, com demonstração da tecnologia e seus benefícios para a economia e o meio ambiente. Apresentação da Cooperação Técnica BID/GESP. Distribuição de material educativo impresso e audiovisual.
Seminário a. Apresentação dos resultados da Colaboração Técnica BID/GESP e resultados dessa contratação, com destaque para os estudos de caso do projeto piloto selecionado. b. Entrevista coletiva à imprensa com apresentação resumida dos projetos e seus respectivos resultados.
1.3. Organização da Equipe do Consultor
A equipe para a realização desse trabalho está organizada em dois grupos: a equipe de
planejamento e a equipe de instalação e operação. Ainda que seja premente a total
comunicação e alinhamento entre os dois grupos.
Fazem parte da equipe de planejamento os profissionais:
Equipe Chave
Cargo/função Profissional
Chefe da Equipe: Perito em Energia solar e engenharia elétrica Aurélio de Andrade Souza Neto
Especialista em regulamentação Jorge Pessôa Maranhão
Especialista em sistema solar fotovoltaico Rodrigo Coto Poppi
Especialista em comunicação Eliane Bastos Velloso
Equipe Complementar
Cargo/função Profissional
Coordenador executivo Sávio Mourão Henrique
Coordenadora administrativa Nathalia Schmuziger
Tecnólogo em sistemas fotovoltaicos Carlos Eduardo Miranda Mano
Geoprocessamento Renato Machado
Apoio para estudos de planejamento Ricardo Tierno
Apoio para estudos de viabilidade Cláudio Evaldo de Sousa Júnior
Apoio para estudos de geração Priscilla Melleiro Piagentini
Para a instalação os demais profissionais necessários serão alocados.
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2. PLANO DE TRABALHO
O trabalho será realizado em 5 atividades:
• Atividade 1. Avaliação do potencial do uso de Módulo Solar Fotovoltaico com
Geração Distribuída em edifícios e espaços públicos estaduais do ESP;
• Atividade 2. Estudo e demonstração da viabilidade técnica e econômica dos
projetos-piloto de Geração Distribuída;
• Atividade 3. Desenvolvimento de mecanismos de financiamento para sistemas
solares PV em Geração Distribuída;
• Atividade 4. Apoio a autoridades e entidades públicas no estabelecimento de
diretrizes e manuais sobre os processos de instalação de sistemas solar
fotovoltaico em edifícios públicos estaduais, assim como o estabelecimento de
códigos e padrões; e
• Atividade 5. Campanha de conscientização para promover a Geração Distribuída
de energia solar fotovoltaica no setor público.
O fluxograma a seguir (Figura 20) apresenta o encadeamento lógico da realização do
trabalho e os elementos chave que cada uma deve seguir.
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Figura 20- Fluxograma de precedência das atividades
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2.1. Produtos
Serão apresentados os seguintes produtos:
Relatório Inicial: incluindo a revisão e adequação do Plano de Trabalho, conforme
primeiros contatos com o cliente. Será consolidado e detalhado o cronograma com base na
data da ordem de serviço. Serão incluídas as informações de custos para cada atividade e a
lista do grupo de trabalho, contendo tanto a identificação dos profissionais do Consórcio,
quanto aqueles profissionais designados para o acompanhamento e avaliação dos trabalhos
realizados. Valor do produto: R$ 199.144,00 (20% do contrato). Previsão de entrega 15 dias
após a assinatura do contrato.
Primeiro Relatório: envolverá os resultados da Atividade 1 e toda a parte de
planejamento da Atividade 2 até a proposição e hierarquização das intervenções piloto para
avaliação da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo. Valor do produto: R$ 149.358,00
(15% do contrato). Entrega prevista para até 6 meses da assinatura do contrato.
Segundo Relatório: terá os resultados completos da Atividade 3 Desenvolvimento de
mecanismos de financiamento para sistemas solares PV em Geração Distribuída. Valor do
produto: R$ 149.358,00 (15% do contrato). Previsão de entrega para até 8 meses da
assinatura do contrato.
Terceiro Relatório: conterá os resultados das atividades 4 e 5, sendo que a atividade 5
não incluirá a realização dos seminários de apresentação dos resultados. Valor do produto:
R$ 149.358,00 (15% do contrato). Previsão de entrega para até 12 meses da assinatura do
contrato.
Relatório Instalação: incluirá o projeto executivo, os documentos entregues na
concessionária de energia para a homologação da instalação, as devidas aprovações e o
relatório de instalação constante na Atividade 2a. Valor do produto: R$ 90.000,00. Previsão
de entrega para até 8 meses da assinatura do contrato.
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Quarto Relatório: incluirá os resultados da realização da Campanha de conscientização
com as atas e relatórios dos seminários realizados e os resultados de monitoramento de seis
(6) meses de operação dos sistemas solares fotovoltaicos instalados em continuidade à
Atividade 2. Valor do produto: R$ 59.358,00 (Relatório de Instalação e Quarto Relatório
somam 15% do contrato). Previsão de entrega para até 14 meses da assinatura do contrato.
Relatório Final: incluirá os resultados de monitoramento dos doze (12) meses dos
projetos piloto dos sistemas solares fotovoltaicos, revisão e conclusão sobre a viabilidade
técnica e econômica, assim como a conclusão do trabalho de consultoria encerrando a
Atividade 2. Valor do produto: R$ 199.144,00 (20% do contrato). Previsão de entrega para
até 21 meses da assinatura do contrato.
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3. ESTRUTURA DOS PRODUTOS A SEREM APRESENTADOS
A seguir são apresentadas a estrutura de informações a serem produzidas, a forma de
organização e linha de raciocínio dos produtos subsequentes deste contrato. Observa-se que
a mesma estrutura pode ser transportada para uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto).
Produto 2: Primeiro Relatório – Atividade 1 e início da Atividade 2
Mapeamento das concessionárias de energia do Estado de São Paulo
Levantamento dos preços de energia por município em baixa e média tensão.
Levantamento dos índices solarimétricos máximos por municípios (média anual)
Levantamento e validação dos dados de localização geográfica dos prédios e áreas
públicas disponíveis.
Correção de localização e endereços.
Tabulação e adequação dos dados de área, tipo de uso, usuários e consumo e
classificação energética de cada edifício ou terreno.
Elaboração do Modelo Digital de Elevação (MDE) do Estado de São Paulo
Sobreposição dos pontos ou áreas selecionadas ao MDE e cálculo do índice solarimétrico
específico de cada edificação
Definição de orçamento básico por porte de projeto
Definição de preço médio por m² e kWh em diferentes portes de investimento
Tabulação de dados para avaliação econômica das instalações
Matriz de risco para hierarquização
Hierarquização quanto ao maior benefício econômico individual e autoconsumo remoto
Hierarquização baseada no custo de oportunidade de investimento previsto no Edital
Seleção das 5 melhores edificações
Visita de campo
Detalhamento dos 5 projetos
Aplicação da Metodologia Solergo
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Produto 3: Relatório 2 – Atividade 3
Identificação dos órgãos e mecanismos de financiamento
Identificação de mecanismos financeiros como: linhas de crédito, acordos de compra de
energia, contratos de arrendamento mercantil entre outros, disponíveis para o
financiamento de projetos fotovoltaicos e/ou sustentabilidade.
Formas de acesso aos mecanismos financeiros identificados.
Definição de potenciais mecanismos financeiros e critérios de Geração Distribuída a
serem estimulados e incluídos nos mecanismos de financiamento de projetos fotovoltaicos.
Produto 4: Relatório 3 – Atividade 4 e início da Atividade 5
Manual de Padrões Técnicos para Instalações de projetos fotovoltaicos em prédios
públicos do Estado de São Paulo.
- Análise e definições de padrões de dimensionamento, instalação, operação e
manutenção de sistemas fotovoltaicos a partir das normas técnicas da ABNT e INMETRO.
- Análise e definições de padrões de dimensionamento, instalação, operação e
manutenção de sistemas fotovoltaicos a partir das normas técnicas das concessionárias
distribuidoras de energia elétrica.
- Definição de padrões técnicos de dimensionamento, instalação, operação e
manutenção de sistemas fotovoltaicos complementares para garantia da qualidade das
instalações.
- Manual de padrões técnicos consolidado.
Manual de treinamento e certificação de instaladores
- Levantamento e análise da grade curricular do curso de capacitação em Instalador
de Sistema de Microgeração Fotovoltaica e de Designer para Sistemas para Microgeração
Fotovoltaica do SENAI.
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- Verificação e Adequação do programa aos critérios de instalação das
concessionárias, ABNT e INMETRO.
- Elaboração de agenda e de grade curricular de treinamento teórico e prático.
- Definição de critérios de reciclagem periódica.
- Manual de treinamento e certificação de instaladores consolidado.
Preparação da Campanha de Conscientização da Geração Distribuída de Energia Solar
Fotovoltaica no Setor Público.
- Elaboração de Plano de Comunicação da campanha promocional.
- Definição do público alvo, potencial de multiplicação, áreas de atuação e objetivos.
- Definição das ações de comunicação propostas:
- Estrutura dos seminários.
- Estrutura do resumo executivo.
- Proposta de exposição sobre energia solar fotovoltaica.
- Planejamento para releases informativos para imprensa, entrevistas, visitas
de campo e atuação em redes sociais.
- Modelo de folder.
Produto 5a: Relatório Instalação
Elaboração do projeto executivo.
Emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
Solicitação do ponto de conexão à distribuidora de energia.
Mobilização da equipe de instalação.
Adequações à rede elétrica da instalação (se necessário).
Instalação dos módulos fotovoltaicos, inversores e interligação do sistema fotovoltaico
ao quadro de distribuição de energia elétrica principal.
Solicitação de vistoria de inspeção pela distribuidora de energia.
Troca do medidor de energia pela distribuidora de energia.
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Startup do sistema fotovoltaico.
Produto 5: Relatório 4 – Atividade 5 parcial e Atividade 2 (resultado do monitoramento
dos primeiros 6 meses)
Resultados da campanha de conscientização realizadas até o momento:
- Relatório do seminário (ata, lista de presença, apresentação e relatório fotográfico)
Relatório do monitoramento de 6 meses:
- Geração de energia elétrica por mês
- Geração de energia elétrica no semestre
- Comparação entre a energia elétrica gerada e economizada
- Acompanhamento da viabilidade econômica
- Relatório das manutenções realizadas
Produto 6: Relatório Final – Atividade 5 parcial e Atividade 2 (resultado do
monitoramento dos primeiros 12 meses; atualização e conclusão final do trabalho de
consultoria).
Resultados da campanha de conscientização realizadas:
- Relatório dos seminários (ata, lista de presença, apresentação e relatório
fotográfico)
- Resumo Executivo
Relatório do monitoramento de 12 meses:
- Geração de energia elétrica por mês
- Geração de energia elétrica no ano
- Comparação entre a energia elétrica gerada e economizada
- Acompanhamento da viabilidade econômica
- Relatório das manutenções realizadas
Relatório final:
- Consolidação da avaliação de viabilidade econômica dos projetos piloto .
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- Avaliação da produção energética frente as condições climatológicas de insolação e
temperatura.
- Revisão da previsão de geração energética ao longo do tempo.
Relatório final consolidado.
Com base na Estrutura Analítica de Projeto (EAP) extraída dos itens e do encadeamento
lógico de cada relatório foi elaborado o cronograma da Figura 21 a seguir para o
acompanhamento do projeto. São identificadas na Tabela 7 a seguir as datas marco para a
entrega dos relatórios deste trabalho, tendo como data de partida 22 de fevereiro de 2018,
data da assinatura do contrato.
Tabela 7 – Datas-marco para entrega dos produtos
Entregas das Atividades PRAZO DATA PREVISTA DATA DA ENTREGA
RELATÓRI INICIAL 15 dias 09/03/2018 27/02/2018
1º RELATÓRIO 6 meses 21/08/2018
2º RELATÓRIO 8 meses 20/10/2018
RELATÓRIO DE INSTALAÇÃO 8 meses 20/10/2018
3º RELATÓRIO 12 meses 17/02/2019
4º RELATÓRIO 14 meses 18/04/2019
RELATÓRIO FINAL 21 meses 14/11/2019
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Figura 21- Cronograma de andamento das atividades
fev/18
Produto 1: Relatório Inicial
1) Reunião de Partida
2) Incorporação de Comentários
3) Consolidação do Plano de Trabalho
4) Entrega de Relatório Inicial
2 - Primeiro Relatório
2.1 Mapeamento das concessionárias de energia do Estado de São Paulo
2.2 Levantamento dos preços de energia por município em baixa e média tensão
2.3 Levantamento dos índices solarimétricos máximos por municípios (média anual)
2.4 Levantamento e validação dos dados de localização geográfica dos prédios e áreas
públicas disponíveis
2.5 Correção de localização e endereços
2.6 Tabulação e adequação dos dados de área, tipo de uso, usuários, consumo e
classificação energética de cada edifício ou terreno
2.7 Elaboração do Modelo Digital de Elevação (MDE) do Estado de São Paulo
2.8 Sobreposição dos pontos ou áreas selecionadas ao MDE e cálculo do índice
solarimétrico específico de cada edificação
2.9 Definição de orçamento básico por porte de projeto
2.10 Definição de preço médio por m² e kWh em diferentes portes de investimento
2.11 Tabulação de dados para avaliação econômica das instalações
2.12 Matriz de risco para hierarquização
2.13 Hierarquização quanto ao maior benefício econômico individual e autoconsumo
remoto
2.14 Hierarquização baseada no custo de oportunidade de investimento previsto no
Edital
2.15 Seleção das 5 melhores edificações
2.16 Visita de campo
2.17 Detalhamento dos 5 projetos
2.18 Aplicação da Metodologia SOLergo
Produto 3: Segundo Relatório
3.1 Identificação dos órgãos e mecanismos de financiamento
3.2 Identificação de mecanismos financeiros como: linhas de crédito, acordos de
compra de energia, contratos de arrendamento mercantil entre outros, disponíveis para
o financiamento de projetos fotovoltaicos e/ou sustentabilidade
3.3 Formas de acesso aos mecanismos financeiros identificados
3.4 Definição de potenciais mecanismos financeiros e critérios de GD a serem
estimulados e incluídos nos mecanismos de financiamento de projetos fotovoltaicos
Produto 4: Terceiro Relatório
4.1 Manual de Padrões Técnicos para Instalações de projetos fotovoltaicos em prédios
públicos do Estado de São Paulo
4.1.1 Análise e definições de padrões de dimensionamento, instalação, operação e
manutenção de sistemas fotovoltaicos a partir das normas técnicas da ABNT e INMETRO
4.1.2 Análise e definições de padrões de dimensionamento, instalação, operação e
manutenção de sistemas fotovoltaicos a partir das normas técnicas das técnicas das
concessionárias distribuidoras de energia elétrica
4.1.3 Definição de padrões técnicos de dimensionamento, instalação, operação e
manutenção de sistemas fotovoltaicos complementares para garantia da qualidade das
instalações
4.1.4 Manual de padrões técnicos consolidado
4.2 Manual de treinamento e certificação de instaladores
4.2.1 Levantamento e análise da grade curricular do curso de capacitação em Instalador
de Sistema de Microgeração Fotovoltaica e de Designer para Sistemas de Microgeração
Fotovoltaica do SENAI
4.2.2 Verificação e adequação do programa aos critérios de instalação das
concessionárias, ABNT e INMETRO
4.2.3 Elaboração de agenda e de grade curricular de treinamento teórico e prático
4.2.4 Definição de critérios de reciclagem periódica
4.2.5 Manual de treinamento e certificação de instaladores consolidado
4.3 Preparação da campanha de conscientização da Geração Distribuída de Energia Solar
Fotovoltaica no Setor Público
4.3.1 Elaboração de Plano de Comunicação da campanha promocional
4.3.2 Definição do público alvo, potencial de multiplicação, áreas de atuação e objetos
4.3.3 Definição das ações de comunicação propostas:
4.3.3.1 Estrutura dos seminários
4.3.3.2 Estrutura do resumo executivo
4.3.3.3 Proposta de exposição sobre energia solar fotovoltaica
4.3.3.4 Planejamento para releases informativos para empresa, entrevistas, visitas de
campo e atuação em redes sociais
4.3.3.5 Modelo de folder
Relatório Instalação
5.1 Elaboração do projeto executivo
5.2 Emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
5.3 Solicitação do ponto de conexão à distribuidora de energia
5.4 Mobilização da equipe de instalação
5.5 Adequações na rede elétrica da instalação (se necessário)
5.6 Instalação dos módulos fotovoltaicos, inversores e interligação do sistema
fotovoltaico ao quadro de distribuição de energia elétrica principal
5.7 Solicitação de vistoria de inspeção pela distribuidora de energia
5.8 Troca do medidor de energia pela distribuidora de energia
5.9 Startup do sistema fotovoltaico
Produto 5: Quarto Relatório
6.1 Resultados da campanha de conscientização realizadas até o momento
6.1.1 Relatório do seminário (ata, lista de presença, apresentação e relatório
fotográfico)
6.2 Relatório do monitoramento de 6 meses:
6.2.1 Geração de energia elétrica por mês
6.2.2 Geração de energia elétrica no semestre
6.2.3 Comparação entre a energia elétrica gerada e economizada
6.2.4 Acompanhamento da viabilidade econômica
6.2.5 Relatório das manutenções realizadas
Produto 6: Relatório Final
7.1 Resultados da campanha de conscientização realizadas
7.1.1 Relatório do seminário (ata, lista de presença, apresentação e relatório
fotográfico)
7.1.2 Resumo Executivo
7.2 Relatório do monitoramento de 12 meses:
7.2.1 Geração de energia elétrica por mês
7.2.2 Geração de energia elétrica no ano
7.2.3 Comparação entre a energia elétrica gerada e economizada
7.2.4 Acompanhamento da viabilidade econômica
7.2.5 Relatório das manutenções realizadas
7.3 Relatório final:
7.3.1 Consolidação da avaliação de viabilidade econômica dos projetos piloto
7.3.2 Avaliação da produção energética frente as condições climatológicas de insolação
e temperatura
7.3.3 Revisão da previsão de geração energética ao longo do tempo
7.3.4 Relatório final consolidado
jul/19 ago/19 set/19 out/19 nov/19fev/19 mar/19 abr/19 mai/19 jun/19set/18 out/18 nov/18 dez/18 jan/19abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18
D-5
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D-1
D-2
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N° Fornecimento de ProdutosMeses
mar/18