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Vermelho, corrigido quanto à fertilidade pelos resultados da análise da terra e exi- gência da cultura. Em cada parcela foi transplantada uma muda e as aplicações do formulado contendo algas foram duas: por ocasião da instalação do ensaio e 15 dias após. Na avaliação, efetuada aos 40 dias após o transplante, coletou-se a parte aérea e te aérea e raízes, número de folhas e com- primento de raízes. tados obtidos. Observe que a aplicação do extrato contendo algas e potássio in- avaliada por meio do número de folhas, comprimento e massa verde de raízes e massa verde da parte aérea. Quanto às doses aplicadas, pode-se concluir que o uso de 0,10 L.100 L -1 , em duas épocas: transplante e 15 dias após, mostrou-se a adequada. Mais experimentos Também no UniPinhal, em ensaio re- alizado em canteiros sob estufa e em sis- tema orgânico de produção, estudou-se a resposta da alface var. Elisa e rúcula ( Eru- ca sativa) cultivada a formulado comercial Figura 1 – Massa verde (g.planta -1 ) e comprimento de raízes (em cm) e número de folhas obtidas em ensaio com alface (Lactuca sativa) var. Elisa e algas marinhas (Ascophyllum nodosum), UniPinhal, Espírito Santo do Pinhal (SP). Figura 2 – Massa verde de parte aérea (g.planta -1 ) obtida em ensaio com alface (Lactuca sativa) var. Elisa e algas marinhas (Ascophyllum nodosum), UniPinhal, Espírito Santo do Pinhal (SP) INFORME TÉCNICO 38 Agosto 2017 ALGAS Figura 3 – Massa verde de parte aérea (g.planta -1 ) obtida em ensaio com alface (Lactuca sativa) var. Elisa e rúcula (Eruca sativa) var. cultivada e algas marinhas (Ascophyllum nodosum) composto de algas marinhas. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com 10 repetições e dois tratamentos: controle e formulado comer- cial contendo 8,00% de extrato da alga marinha Ascophyllum nodosum. Cada parcela constou de 1 m 2 de can- teiro adubado com esterco bovino curtido, cinzas de madeira e termofosfato. As ava- liações foram efetuadas na parte central de cada unidade experimental, tomando- -se a massa verde de duas plantas. Os resultados mostraram que a adi- ção das algas marinhas propiciou aumen- tos de 32,5% em alface e 29% na rúcula. Fique atento Aspectos relevantes no emprego de algas marinhas na adubação são: épo- ca, forma e dose de aplicação, os quais dependem do formulado escolhido pelo produtor. Há apresentações na forma só- lida, solúvel em água ou não, e líquida. Quando o produto é sólido não so- lúvel, uma das recomendações é colocar no transplante das mudas incorporan- do aos canteiros, ou não, e em cobertura. As doses, que variam com a formula- ção, estão entre 10 g por planta a 60 g/m². Para formulados sólidos solúveis, as indi- cações são: via foliar (0,1 a 2 L.100 L -1 ) ou fertirrigação: 02 - 04 kg/ha. As apli- cações devem ser feitas em duas épocas: na ocasião do transplante e 14 dias após, para alface e rúcula. Vale destacar, ainda, que o agricul- tor, ao receber a indicação de uso, deve se respaldar de informações quanto ao emprego do produto e seguir as reco- mendações técnicas. As algas beneficiam o número de folhas e a produtividade da alface INFORME TÉCNICO ALGAS

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Vermelho, corrigido quanto à fertilidade pelos resultados da análise da terra e exi-gência da cultura.

Em cada parcela foi transplantada uma muda e as aplicações do formulado contendo algas foram duas: por ocasião da instalação do ensaio e 15 dias após. Na avaliação, efetuada aos 40 dias após o transplante, coletou-se a parte aérea e

te aérea e raízes, número de folhas e com-primento de raízes.

tados obtidos. Observe que a aplicação do extrato contendo algas e potássio in-

avaliada por meio do número de folhas, comprimento e massa verde de raízes e massa verde da parte aérea.

Quanto às doses aplicadas, pode-se concluir que o uso de 0,10 L.100 L-1, em duas épocas: transplante e 15 dias após, mostrou-se a adequada.

Mais experimentos

Também no UniPinhal, em ensaio re-alizado em canteiros sob estufa e em sis-tema orgânico de produção, estudou-se a resposta da alface var. Elisa e rúcula (Eru-ca sativa) cultivada a formulado comercial

Figura 1 – Massa verde (g.planta-1) e comprimento de raízes (em cm) e número de folhas obtidas em ensaio com alface (Lactuca sativa) var. Elisa e algas marinhas (Ascophyllum nodosum), UniPinhal, Espírito Santo do Pinhal (SP).

Figura 2 – Massa verde de parte aérea (g.planta-1) obtida em ensaio com alface (Lactuca sativa) var. Elisa e algas marinhas (Ascophyllum nodosum), UniPinhal, Espírito Santo do Pinhal (SP)

INFORME TÉCNICO

38 Agosto 2017

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S

Figura 3 – Massa verde de parte aérea (g.planta-1) obtida em ensaio com alface (Lactuca sativa) var. Elisa e rúcula (Eruca sativa) var. cultivada e algas marinhas (Ascophyllum nodosum)

composto de algas marinhas. O delineamento experimental foi em

blocos ao acaso com 10 repetições e dois tratamentos: controle e formulado comer-cial contendo 8,00% de extrato da alga marinha Ascophyllum nodosum.

Cada parcela constou de 1 m2 de can-teiro adubado com esterco bovino curtido, cinzas de madeira e termofosfato. As ava-liações foram efetuadas na parte central de cada unidade experimental, tomando--se a massa verde de duas plantas.

Os resultados mostraram que a adi-ção das algas marinhas propiciou aumen-tos de 32,5% em alface e 29% na rúcula.

Fique atento

Aspectos relevantes no emprego de algas marinhas na adubação são: épo-ca, forma e dose de aplicação, os quais dependem do formulado escolhido pelo produtor. Há apresentações na forma só-lida, solúvel em água ou não, e líquida.

Quando o produto é sólido não so-lúvel, uma das recomendações é colocar no transplante das mudas incorporan-do aos canteiros, ou não, e em cobertura.

As doses, que variam com a formula-ção, estão entre 10 g por planta a 60 g/m². Para formulados sólidos solúveis, as indi-cações são: via foliar (0,1 a 2 L.100 L-1) ou fertirrigação: 02 - 04 kg/ha. As apli-cações devem ser feitas em duas épocas: na ocasião do transplante e 14 dias após, para alface e rúcula.

Vale destacar, ainda, que o agricul-tor, ao receber a indicação de uso, deve se respaldar de informações quanto ao emprego do produto e seguir as reco-mendações técnicas. •

As algas beneficiam o número de folhas e a produtividade da alface

INFORME TÉCNICO

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CULTIVO DE ALFACE EM TELADOBAIXO CUSTO E ALTA EFICIÊNCIAMônica Bartira da [email protected] Marla Silvia DiamanteLuan Fernando Ormond Sobreira RodriguesEngenheiros agrônomos e doutorandos em Agronomia/Horticultura, UNESP-BotucatuSantino Seabra JuniorDoutor em Agronomia e professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat)

Uma situação de estresse vegetal existe quando as condições am-bientais se afastam daquelas con-

sideradas ótimas para o crescimento e de-senvolvimento da cultura.

Visando minimizar esses efeitos ao longo dos anos, foram desenvolvidas e aprimoradas técnicas de produção. En-

-tegido de hortaliças ganhou notoriedade entre os produtores por propiciar maior facilidade em manejar as condições am-bientais, quando comparadas ao sistema

convencional a campo aberto. Contudo, esta técnica não é tão recen-

te quanto se pensa. Existem registros so-bre o cultivo de hortaliças em ambien-

e início da década de 90 tornou-se am-plamente utilizada.

Por meio dessa tecnologia, alguns fa-tores ambientais podem ser manejados, como a radiação solar, o vento e a chu-

das plantas. Dentre esses fatores, a radiação so-

lar se destaca por ser a principal fonte de energia para as plantas, sendo a maior parte desta convertida em calor, ativan-do o processo transpiratório e alterando a temperatura dos tecidos vegetais, com consequências no metabolismo da plan-ta. Essas consequências vão depender da cultura.

O caso da alface

Em alface, a intensa radiação solar, al-tas temperaturas e elevada demanda eva-porativa do ar no verão, além do grande volume de chuvas que incidem na maior

produção, reduzindo o crescimento e es-timulando o pendoamento precoce e o acúmulo de látex nas nervuras das fo-lhas, o que dá origem ao sabor amargo, depreciando o produto.

Contudo, cabe lembrar que a falta de luminosidade também pode ser prejudi-cial ao crescimento, reduzindo o seu po-tencial produtivo.

Sendo assim, para que essa técnica

as condições ambientais locais, as exigên-cias das cultivares e os efeitos do mate-rial utilizado nos fatores edafoclimáticos

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obter o sucesso esperado do cultivo em ambiente protegido.

As principais vantagens dos ambien-tes protegidos ‘tipo telados’ são: redução do impacto da gota de chuva na folha da planta, redução da temperatura do ar, do solo e da intensidade luminosa, além de proteção a ventos e granizos.

Telados

As telas podem ser usadas das mais variadas formas, cores e porcentagens de sombreamento. Em casa de vegetação são usadas em cobertura única ou associadas

-namente.

Também podem ser utilizadas em forma de túnel ou, ainda, de telado sim-ples. A forma como ela deve ser emprega-da vai depender das condições climáticas de cada região e do objetivo do produtor.

Vantagens

Manter a produção o ano todo é um dos gargalos em algumas regiões do País. Desta forma, o emprego de tecnologias, como o cultivo protegido em telados, per-mite que agricultores produzam o ano todo, oferecendo ao mercado produtos com boa qualidade visual e alta produ-

tividade, em períodos de baixa oferta e elevada cotação dos preços, contribuin-do para uma boa rentabilidade - poden-do até dobrar a produção, quando com-parada ao campo aberto.

Esses aspectos contribuíram para que a adoção do sistema de produção em am-biente protegido crescesse mundialmente em mais de 400% nas últimas duas déca-das, passando de 700 mil hectares para 3,7 milhões.

cultivo protegido de hortaliças no Bra-

sil, estimando-se, até 2015, cerca de 30 mil hectares implantados, sendo o País com a maior área nesse sistema na Amé-rica do Sul (Comitê Brasileiro de De-senvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura - Cobapla).

Cuidados

Como toda técnica de produção, a utilização de ambientes protegidos de-manda cuidados diferenciados, a come-çar pela escolha da estrutura utilizada.

O telado pode ser uma estrutura de teto plano e resistente, construída com esteios de madeira, metal ou alvenaria, que são amarrados no topo por uma ma-lha de arame ou cabos para sustentar as telas esticadas.

É necessário dimensionar bem os es-teios, a ancoragem e os arames ou cabos de sustentação, utilizando materiais me-tálicos galvanizados, costurando correta-mente nas emendas e amarrando corre-tamente no perímetro das telas.

A altura e a área coberta podem va-riar conforme o objetivo. Na região cen-tro-oeste, por exemplo, os telados podem ser instalados com pé direito de 3,5 m, sendo mais comum o uso de sombrites e aluminet. Já na região nordeste o pro-dutor pode optar pelo uso de túneis com telas brancas a 40 cm de altura.

O modelo de telado utilizado para

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As telas podem ser usadas das mais variadas formas, cores e porcentagens de sombreamento

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folhosas possui estrutura de madeira ser-rada (maçaranduba), que pode ser subs-tituída por esteios de eucalipto ou sabiá. Sua cobertura é de tela sombrite com 30% de sombreamento.

Custo

O custo é bem reduzido, por sua es-trutura bastante simples, utilizando o mesmo princípio de uma barraca de cam-ping, sendo travada por meio de arames

-mente.

O custo de implantação de telados de outros modelos também é relativa-

ser ainda menor, incluindo gastos com mão de obra.

50 m 50% tem valor aproximado de R$ 832,00, a tela de sombreamento 50% 04 m x 50 m por volta de R$ 355,00 e a tela de sombreamento 80% 04 m x 50 m, R$ 798,00.

De maneira geral, as telas alumini-zadas e as coloridas possuem um custo maior em relação à tela preta, e quanto maior a porcentagem de sombreamen-to, mais alto é o valor.

Durabilidade

A durabilidade desse material vai de-pender das condições climáticas da re-gião. Onde a intensidade e velocidade do vento são altas, pode ocorrer maior desgaste dos telados. Contudo, em locais com pouco vento o telado pode durar de quatro a cinco anos, podendo chegar a oito anos, se bem manejado.

Os telados são constituídos a partir

poliamidas, poliésteres, polietileno, poli-

podendo ainda apresentar várias colo-rações e densidades de sombreamento.

Da mesma forma que na plasticultu-ra, há ainda o incremento de aditivos que atuam como anti-UV, aumentando a du-rabilidade da tela. Os principais tipos de

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térmicos, atérmicos, antigotejo, anti-ne-blina, antipoeira, inseticidas e pigmen-tos (branco ou preto).

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fornecem, em média, 15% da radiação difusa ao ambiente, não interferindo nos processos fotossintéticos, sendo ampla-mente comercializadas por promoverem o sombreamento.

Esses materiais são metalizados em alumínio em ambas as faces, o que per-

-lar, obtendo assim menores temperatu-ras no verão e maiores no inverno, não se esquecendo que fornecem proteção con-tra geadas, difusão da luz e aumento da

Já as telas de sombreamento preta, também denominadas de “malhas quen-tes”, quando utilizadas nos cultivos em locais de temperatura e luminosidade elevadas, fazem com que a variação de luminosidade seja positiva, reduzindo a intensidade da energia radiante, melho-rando sua distribuição, diminuindo a fo-torrespiração das plantas, propiciando maior produtividade e qualidade das fo-lhas para consumo quando comparadas com o cultivo a céu aberto.

Isso ocorre porque o uso de ambien--

ticos ou sombrite apresentam função de reguladores da temperatura. Entretanto, essas condições vão depender de cada re-gião e época de cultivo.

Mais opções

das malhas quentes, as malhas coloridas (Chromatinet) têm se destacado por pos-O cultivo protegido em telados

permite a produção o ano todo

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INFORME TÉCNICO

42 Agosto 2017

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