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Federação Brasileira de Bancos Av. Brig. Faria Lima 1.485 Torre Norte 15º andar 01452-002 São Paulo SP Brasil tel 55 11 3244 9800 fax 55 11 3031 4106 Semana de 13 a 17 de fevereiro - Ano 4, no. 128 “Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País” 1 Informativo Semanal de Economia Bancária Comentário Semanal Deixando de lado as incertezas com relação ao cumprimento da meta fiscal e à falta de convergência das expectativas de inflação para o centro da meta, o mercado financeiro brasileiro parece ter incorporado o cenário de Selic a um dígito esse ano e com permanência nesse patamar para além do final de 2012, conforme as indicações da curva de contratos futuros de DI na B&MF Bovespa. Na verdade, começam até a recuar as projeções para a Selic do final de 2013, de 10,75% a.a. na pesquisa Focus anterior, para 10,5% a.a. na pesquisa dessa semana. Também no critério Top 5 (mediana), a taxa para o final de 2013 passou de 11% para 10,63% e de 10,5% para 9,75% nos cenários de curto e médio prazos, respectivamente. Sem dúvida pesaram as informações veiculadas sobre a determinação do governo e do BC em promoverem a redução da taxa básica de juros. Para isso, estariam contribuindo: i) a redução da taxa de juros neutra; ii) o resultado rápido e eficaz das medidas macroprudenciais; iii) a postura mais flexível adotada por outros bancos centrais. Contudo, a despeito da queda induzida das expectativas, o mercado foi lembrado na divulgação do IPCA de janeiro, na sexta-feira, de que esse cenário contém riscos. Os preços dos serviços seguem pressionando a inflação e podem ter um impulso adicional com o reajuste do salário mínimo. Existem também alguns fatores que podem vir a pressionar a inflação como, por exemplo, um eventual reajuste dos combustíveis. Lembre-se, por fim, que aos poucos o cenário externo também vai melhorando, com sinais de recuperação nos EUA e, principalmente, redução do risco de ruptura na zona do Euro. O que, como já dissemos, é positivo para economia global (Brasil incluído) mas piora o cenário para a inflação doméstica. Tudo considerado, o cenário de juros de um dígito é mesmo o mais provável no momento, mas certamente sua consolidação vai demandar um controle e acompanhamento bem maiores e um ajuste fiscal que dê suporte ao novo patamar. Do contrário, esse movimento deverá ter fôlego curto, provavelmente implicando em custos e prazos de convergência maiores no futuro. A conferir. Índice Indicadores Nacionais ..................................................................................... pág. 2 Indicadores Internacionais ..................................................................................... pág. 2 Destaques da Semana ............................................................................... pág. 3 a 13 Indicadores Úteis ...................................................................................... págs. 14 e 15

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Semana de 13 a 17 de fevereiro - Ano 4, no. 128

“Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País”

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Informativo Semanal de Economia Bancária

Comentário Semanal

Deixando de lado as incertezas com relação ao cumprimento da meta fiscal e à falta de convergência das expectativas de inflação para o centro da meta, o mercado financeiro brasileiro parece ter incorporado o cenário de Selic a um dígito esse ano e com permanência nesse patamar para além do final de 2012, conforme as indicações da curva de contratos futuros de DI na B&MF Bovespa. Na verdade, começam até a recuar as projeções para a Selic do final de 2013, de 10,75% a.a. na pesquisa Focus anterior, para 10,5% a.a. na pesquisa dessa semana. Também no critério Top 5 (mediana), a taxa para o final de 2013 passou de 11% para 10,63% e de 10,5% para 9,75% nos cenários de curto e médio prazos, respectivamente. Sem dúvida pesaram as informações veiculadas sobre a determinação do governo e do BC em promoverem a redução da taxa básica de juros. Para isso, estariam contribuindo: i) a redução da taxa de juros neutra; ii) o resultado rápido e eficaz das medidas macroprudenciais; iii) a postura mais flexível adotada por outros bancos centrais. Contudo, a despeito da queda

induzida das expectativas, o mercado foi lembrado na divulgação do IPCA de janeiro, na sexta-feira, de que esse cenário contém riscos. Os preços dos serviços seguem pressionando a inflação e podem ter um impulso adicional com o reajuste do salário mínimo. Existem também alguns fatores que podem vir a pressionar a inflação como, por exemplo, um eventual reajuste dos combustíveis. Lembre-se, por fim, que aos poucos o cenário externo também vai melhorando, com sinais de recuperação nos EUA e, principalmente, redução do risco de ruptura na zona do Euro. O que, como já dissemos, é positivo para economia global (Brasil incluído) mas piora o cenário para a inflação doméstica. Tudo considerado, o cenário de juros de um dígito é mesmo o mais provável no momento, mas certamente sua consolidação vai demandar um controle e acompanhamento bem maiores e um ajuste fiscal que dê suporte ao novo patamar. Do contrário, esse movimento deverá ter fôlego curto, provavelmente implicando em custos e prazos de convergência maiores no futuro. A conferir.

Índice

Indicadores Nacionais ..................................................................................... pág. 2 Indicadores Internacionais ..................................................................................... pág. 2 Destaques da Semana ............................................................................... pág. 3 a 13 Indicadores Úteis ...................................................................................... págs. 14 e 15

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Indicadores Nacionais

Dia Indicadores Nacionais Período Consenso de

Mercado Anterior

13/02 (seg) MDIC: balança comercial 2ªSem/Fev - US$196Mi

14/02 (ter) IBGE: vendas a varejo restrito e ampliado (M/M) Dez/11 0,0% 1,3%

15/02 (qua) FGV: IGP-10 Fev/12 0,15% 0,08%

16/02 (qui) FIPE: IPC 2ªSem/Fev 0,26% 0,42%

16/02 (qui) FGV: IPC-S 2ªSem/Fev 0,65% 0,46%

17/02 (sex) IBGE: IPCA-15 Fev/12 0,56% 0,65%

17/02 (sex) IBGE: taxa de desemprego Jan/12 5,5% 4,7%

14-21/02 Ministério do Trabalho: CAGED Jan/12 119.421 -408.172

15-22/02 Receita Federal: coleta federal Jan/12 R$ 91,6Bi R$ 96,6Bi

Indicadores Internacionais

Dia Indicadores Internacionais Período Consenso de

Mercado Anterior

14/02 (ter) EUA: Índice preços de importação (M/M e A/A) Jan/12 0,3% e 7,2% -0,1% e 8,5%

14/02 (ter) EUA: Vendas a varejo antecipadas Jan/12 0,8% 0,1%

14/02 (ter) EUA: Estoque de empresas Dez/11 0,4% 0,3%

14/02 (ter) Japão: Produção industrial (M/M e A/A) Dez/11 - 4,0% e -4,1%

14/02 (ter) Z.Euro: Produção industrial (M/M e A/A) Dez/11 -1,2% e -1,2% 0,0% e 0,1%

15/02 (qua) EUA: Índice Empire State de manufatura Fev/12 14,80 13,48

15/02 (qua) EUA: Produção Industrial Jan/12 0,6% 0,4%

15/02 (qua) EUA: Utilização da capacidade instalada Jan/12 78,6% 78,1%

15/02 (qua) EUA: Ata da Reunião FOMC - - -

15/02 (qua) Z.Euro: PIB (T/T e A/A) 4T/11 -0,4% e 0,7% 0,1% e 1,3%

15/02 (qua) Z.Euro: Balança comercial Dez/11 € 4,5 B € 6,1 B

16/02 (qui) EUA: Índice e preços do produtor (M/M e A/A) Jan/12 0,4% e 4,1% -0,1% e 4,8%

16/02 (qui) EUA: Novos pedidos de seguro-desemprego Fev/12 365 mil

16/02 (qui) EUA: Construção de casas novas (M/M) Jan/12 671 mil (2,1%) 657 mil (-4,1%)

16/02 (qui) EUA: FED da Filadélfia Fev/12 9,0 7,3

17/02 (sex) EUA: Índice de preços ao consumidor (M/M e A/A) Jan/12 0,3% e 2,8% 0,0% e 3,0%

17/02 (sex) EUA: Indicadores antecedentes Jan/12 0,5% 0,4%

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Destaques da Semana

Crédito e Bancos

Circular 3.576 Na última sexta-feira, o Banco Central publicou a circular 3.576, que trata de ajustes técnicos na Circular 3.569, publicada em dezembro de 2011, e que tratava da remuneração dos compulsórios sobre depósitos a prazo, da lista de ativos aplicáveis para dedução da parcela sem remuneração e das instituições elegíveis a receber recursos. Em linhas gerais, nos ajustes realizados o BC: i) alongou o cronograma de decaimento da remuneração da parcela recolhida em depósitos a prazo; ii) introduziu um prazo final para a medida, definindo um cronograma de saída; iii) elevou o universo de instituições elegíveis, assim como o valor possível a ser alocado para cada instituição; iv) determinou que os bancos que recebam recursos mantenham a relação de crédito atual, para permanecerem como elegíveis e; v) ampliou a abrangência das instituições passíveis de dedução da exigibilidade de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões, para R$ R$ 5 bilhões a R$ 15 bilhões.

As principais modificações estão abaixo.

i) limitação da remuneração dos valores recolhidos sob a forma de compulsório sobre recursos a prazo em quatro etapas:

• 80% a partir de 24 de fevereiro de 2012; • 75% a partir de 20 de abril de 2012; • 70% a partir de 22 de junho de 2012; e • 64% a partir de 24 de agosto de 2012.

ii) definição de cronograma para o retorno da remuneração:

• 73% a partir de 21 de fevereiro de 2014; • 82% a partir de 25 de abril de 2014; e • 100% a partir de 20 de junho de 2014.

iii) fixação de novos critérios de elegibilidade para que instituições figurem na condição de cedentes, vendedoras, depositarias ou emissoras nas operações objeto de dedução dos recolhimentos compulsórios:

• a proporção entre operações de crédito e de arrendamento mercantil em relação aos ativos totais fica fixada em 20%;

• apuração da elegibilidade inicial é definida em duas datas de referência (junho de 2011 e em dezembro de 2011); e • obrigatoriedade de manutenção da proporção entre operações de crédito e de arrendamento mercantil sobre ativos totais para permanência na condição de elegível.

iv) fixação de novo limite de valor para que as instituições cessionárias, compradoras, depositantes ou adquirentes possam negociar com cada contraparte. Esse limite é definido como o maior entre:

• 2% da exigibilidade da instituição cessionárias, compradoras, depositantes ou adquirentes; • 50% do PR-I da instituição cedentes, vendedoras, depositarias ou emissoras; • R$ 100 milhões.

v) redução da exigibilidade em R$ 1 bilhão para as instituições cujo PR-I esteja entre R$ 5 bilhões e R$ 15 bilhões.

Sem dúvida, as mudanças são positivas e vão no sentido de evitar a elevação do risco para o setor financeiro, já que a “penalização” com remuneração zero poderia levar a aplicação em carteiras de crédito sem os mesmos critérios de qualidade requeridos, e evitar a elevação dos custos de captação do setor, no caso da instituição preferir arcar com custos do compulsório não remunerado ao invés de ampliar suas carteiras de crédito. Além disso, a medida poderia elevar a dependência destas IFs do funding originado do compulsório. Assim, a definição de um cronograma de saída mostra o caráter temporário da solução e a necessidade de restabelecimento das condições normais de funding do mercado. De todo modo, a medida dará tempo aos bancos de menor porte de se financiarem nesse período de importantes mudanças regulatórias que afetariam suas fontes de financiamento, como a Res. 3.533, o decaimento do limite para captação via DPGEs, a própria crise internacional e os eventos negativos que surgiram no mercado de cessão, que abalaram a confiança dos bancos que atuam no segmento de aquisição de carteiras.

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A medida dará tempo ainda para que se reforce o controle das cessões de crédito e de operações de pré-pagamento, para que o funding desses bancos volte a funcionar normalmente e sem a necessidade de medidas de incentivo e de induções artificiais. Nesse sentido, vale ressaltar o prazo para a implementação completa e eficiente da Central de Cessões de Crédito, a C3. Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco teve Lucro Líquido de R$ 3,68 bi no 4T11, queda de 3,3% ante o 3T11 e de 5,4% ante o 4T10, quando houve reversão de R$ 1,57 bi em provisões contra a inadimplência. Em termos recorrentes, o Itaú Unibanco lucrou R$ 3,75 bilhões no 4T11, queda de 5% ante o 3T11 e aumento de 10,2% ante o 4T10, com ROE de 21,8%.

A melhora na margem financeira, sobretudo com clientes (crédito), não foi suficiente para compensar o aumento das despesas de provisões, de +10% T/T e +39% A/A, o que reduziu o resultado bruto da intermediação financeira (-2% T/T; -3,3% A/A). Já o aumento das receitas com prestação de serviços, notadamente em cartão, e o controle nas despesas de pessoal e administrativas, melhoraram o resultado final e também o índice de eficiência do banco, para 47,3%, melhor desde o 2T10. Em 2011 o Itaú teve lucro recorrente de R$ 14,6 bi +12,4% ante 2010, mas com ROE de 22,4%, de 23,5% em 2010. A melhora do índice de eficiência também foi observada no acumulado do ano. A melhora reflete o comportamento contido dos gastos, com aumento de apenas 6% nas despesas de pessoal ante 2010, efeito da redução no número de colaboradores no ano, e alta de apenas 2,1% nas despesas administrativas. O banco segue perseguindo a meta de melhora da eficiência, finalizado o processo de integração com o Unibanco. O pequeno aumento nas despesas, frente seus pares, foi coberto pela alta de 10% nas receitas de prestação de serviços, notadamente cartões (+18%) e derivadas de operações de crédito e garantias (+17%), em detrimento do acréscimo de apenas 1% nas tarifas de conta corrente. O desempenho do banco não foi melhor dado o aumento de 27% nas despesas de provisões, que reduziu o avanço do resultado bruto da intermediação financeira para apenas 8% em 2011. A carteira de crédito do Itaú cresceu 3,9% no tri e 18,3% no ano, sendo +16% em PF e +18% em PJ. Destaque para o crescimento das operações com grandes empresas, de 3,8% no tri e 21% no ano, acima

do desempenho das micro, pequenas e médias empresas, de 2,2% no tri e 13% no ano, dinâmica oposta à observada em 2010 e 2009.

Em PF os destaque foram o crédito imobiliário (+6,8% T/T; +67% A/A) e crédito pessoal (+5,4% T/T; +47% A/A). O crédito imobiliário atingiu participação de 9,1% no total da carteira de PF, de 6,4% em 2010. Para 2011, o banco espera avanço de 16% a 20% na carteira de crédito.

O saldo de PDD/Carteira de Crédito passou de 7,4% para 7,5%, reflexo das maiores despesas de provisões em relação à carteira. Mas, o aumento da inadimplência de 4,7% para 4,9%, maior desde o 1T10, resultou em nova queda dos indicadores de cobertura. O comportamento da inadimplência foi inverso no tri, crescendo mais em PF (+0,3 p.p.), para 6,6% e ficando estável em PJ, em 3,5%. Os

Resultado Itau Unibanco - R$ Mi4T10 3T11 4T11 Tri Anual 2010 2011 2011/2010

ITENS PATRIMONIAIS

Ativo Total 750.340 836.994 851.332 1,7% 13,5% 750.340 851.332 13,46%

TVM 186.562 185.584 187.880 1,2% 0,7% 186.562 187.880 0,71%

Depósitos 202.688 220.675 242.636 10,0% 19,7% 202.688 242.636 19,71%

a Prazo 116.416 129.115 144.469 11,9% 24,1% 116.416 144.469 24,10%

à Vista 26.443 26.069 28.933 11,0% 9,4% 26.443 28.933 9,42%

Poupança 57.899 63.334 67.170 6,1% 16,0% 57.899 67.170 16,01%

Patrimonio Líquido 60.879 68.206 71.347 4,6% 17,2% 60.879 71.347 17,19%

DRE 11.872 12.461 -100,0% -100,0%

oper credito 13.842 15.862 15.285 -3,6% 10,4% 51.633 59.103 14,47%

tvm + compulsorio 6.563 11.670 8.609 -26,2% 31,2% 22.858 35.420 54,96%

captação + repasses 8.533 17.839 11.850 -33,6% 38,9% 31.673 48.868 54,29%

Margem Financeira 12.031 12.948 12.991 0,3% 8,0% 44.350 49.170 10,87%

Com Clientes 10.817 11.812 11.966 1,3% 10,6% 40.320 45.384 12,56%

com Mercado 1.214 1.136 1.025 -9,8% -15,6% 4.030 3.786 -6,05%

Despesa com PDD (R$ mi) 3.918 4.972 5.453 9,7% 39,2% 15.692 19.912 26,89%

Prestação de Serviços e Tarifas 4.493 4.820 5.088 5,6% 13,2% 17.282 19.047 10,21%

Despesa de Pessoal 3.263 3.471 3.308 -4,7% 1,4% 12.590 13.357 6,09%

Desp Administrativas 3.852 3.584 3.833 6,9% -0,5% 13.807 14.099 2,11%

Lucro Líquido (R$ mi) 3.890 3.807 3.681 -3,3% -5,4% 13.323 14.621 9,74%

LL Recorrente (R$ mi) 3.400 3.940 3.746 -4,9% 10,2% 13.024 14.641 12,42%

RENTABILIDADE E PRODUTIVIDADE

LL por ação (R$) 0,86 0,84 0,82 (0,02) (0,04) 2,94 3,23 0,29

LL ajustado por ação (R$) 0,75 0,87 0,83 (0,04) 0,08 2,88 3,23 0,35

ROAE (%) 26,30 22,70 21,40 (1,30) (4,90) 24,10 22,30 (1,80)

ROAE Recorrente (%) 23,00 23,50 21,80 (1,70) (1,20) 23,50 22,30 (1,20)

ROAA Recorrente (%) 1,90 1,90 1,80 (0,10) (0,10) 2,00 1,80 (0,20)

Margem Financeira Anualizada (%) 9,30 8,10 7,40 (0,70) (1,90) 8,80 7,80 (1,00)

Eficiencia 51,90 47,50 47,30 (0,20) (4,60) 49,1 47,7 (1,40)

CRÉDITO

Operações de crédito¹ (R$ mi) 335.476 382.236 397.012 3,9% 18,3% 335.476 397.012 18,34%

PF 127.128 141.475 147.573 4,3% 16,1% 127.128 147.573 16,08%

PJ 193.951 221.660 228.761 3,2% 17,9% 193.951 228.761 17,95%

Grandes Empresas 115.348 134.751 139.907 3,8% 21,3% 115.348 139.907 21,29%

Micro, Pequenas e Médias 78.604 86.908 88.854 2,2% 13,0% 78.604 88.854 13,04%

Exterior 14.397 19.102 20.678 8,3% 43,6% 14.397 20.678 43,63%

Despesa PDD/Carteira de crédito(%) 1,21 1,34 1,40 0,06 0,19 5,24 5,48 0,24

Saldo de PDD/Carteira de crédito(%) 7,50 7,40 7,50 0,10 - 7,50 7,50 -

Taxa de inadimplência (Atraso > 90dias) 4,20 4,70 4,90 0,20 0,70 4,20 4,90 0,70

Basiléia (%) 15,40 15,50 16,40 0,90 1,00 15,40 16,40 1,00

Cobertura > 60 dias 150,0 131,0 126,0 (5,00) (24,00) 150,00 126,00 (24,00)

Cobertura > 90 dias 177,00 156,00 153,00 (3,00) (24,00) 177,00 153,00 (24,00)

Variação

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atrasos totais de 15 a 90 dias, indicador antecedente da inadimplência, passaram de 4,3% para 4,4% da carteira no 4T11, porém, mostrando queda de 0,3 p.p. em PF e alta de 0,3 p.p. em PJ. O índice de Basiléia subiu para 16,4% no 4T11, de 15,5%, efeito também da revisão da medida de maior requerimento de capital para operações de longo prazo (Circular 3.515 do Banco Central), além da homologação pelo BC de emissão de R$ 1,2 bilhão em letras financeiras subordinadas.

Caixa

A Caixa lucrou R$ 1,6 bilhão no 4T11, aumento de 25,3% no tri e de 20% ante o 4T10, com ROE de 39,1%, entre os maiores da instituição. A Caixa ampliou o resultado da intermediação financeira (+6,9% T/T; +6,6% A/A), efeito do aumento nas receitas de crédito (+4% T/T; +40% A/A) e de TVM (+15% A/A, mas com queda no tri), acima do aumento do custo de captação (+30% A/A, também recuo no tri) e do maior provisionamento (+5% T/T; +67% A/A), efeito basicamente do crescimento da carteira de crédito, tendo em vista a estabilidade da taxa de inadimplência. Já as maiores receitas de serviços e tarifas (+5% T/T; 18% A/A), dado o acelerado crescimento das operações da instituição, compensaram em parte da alta nas despesas de pessoal (+12% T/T; +12,6% A/A) e administrativas (+5% T/T; +15% A/A), mas não evitaram uma piora do índice de eficiência da instituição que atingiu 74,2%, entre os piores recentes. Em 2011 a Caixa lucrou R$ 5,18 bilhões, aumento de 38% ante o ano de 2010, com ROE de 29,6%, de 26,3% em 2010. O aumento de 43% nas receitas de crédito e de 23% em TVM, compensaram o avanço de 35,6% nas despesas de captação e de 68% com provisões e ampliaram em 14,8% o resultado bruto da intermediação financeira. Já o aumento de 23,7% das receitas de serviços e tarifas, notadamente na administração do FGTS e cartão, compensou boa parte da alta de 17% nas despesas de pessoal (salários e encargos) e de 20% nas administrativas (manutenção, serviços e terceiros). O aumento de 37% nas outras receitas operacionais, com maiores ganhos com comissões e taxas, reversão de provisões operacionais e atualização monetária, contribuiu para ampliar o resultado final.

A carteira de crédito encerrou 2011 em R$ 249 bi, aumento de 10% no tri e 39,8% em 12 meses, acelerando ante os dados anterior. A carteira de Habitação (60% do total e 75% do mercado imobiliário nacional) subiu 8,3% no tri e 41% em 12 meses (44%

nos 12 meses findos em setembro), para R$ 152 bi. Destaque ainda para a expansão acelerada das demais linhas, como PJ (+15,6% T/T; +55% A/A), PF (5% T/T; +30% A/A) e saneamento e infraestrutura (+22% T/T; +45% A/A). A inadimplência se mantém baixa e gravita no patamar de 2%, favorecida pelo segmento de habitação (1,7%) e PJ (1,4%) e o saldo de provisões permanece em 6,3% da carteira.

ABC Brasil

O ABC teve lucro recorrente de R$ 60,6 milhões no 4T11, o maior dos últimos anos, sendo 4,6% superior ao do 3T11 e 12,2% ao do 4T10. O ROE recorrente foi de 16,4%, entre os maiores do banco. O ABC ampliou a margem financeira no tri, reflexo principalmente da queda de 44% das despesas de provisões. Antes da PDD, a margem financeira líquida recuou para 5,5%, de 5,7% no 3T11. Na comparação anual, as maiores receitas com operações de crédito (+19%) e com TVM (+15,6%) superaram os maiores custos de captação (+28%), ampliando a margem financeira. Já o aumento das despesas de pessoal (+14,5% T/T e +26%

Resultado CEF - R$ Mi 4T10 3T11 4T11 Tri Anual 2010 2011 2011/2010

ITENS PATRIMONIAIS

Ativo Total 400.613,5 506.478,0 510.214,0 0,7% 27,4% 400.614 510.214 27,36%

TVM 108.575,3 114.694,0 119.738,0 4,4% 10,3% 108.575 119.738 10,28%

Depósitos 215.182,3 256.696,0 259.829,0 1,2% 20,7% 215.182 259.829 20,75%

a Prazo 54.207,4 69.203,0 68.165,0 -1,5% 25,7% 54.207 68.165 25,75%

a Vista 19.626,2 20.989,0 22.943,0 9,3% 16,9% 19.626 22.943 16,90%

Poupança 129.429,6 144.402,0 150.363,0 4,1% 16,2% 129.430 150.363 16,17%

Patrimonio Líquido 18.305,5 18.028,0 19.561,0 8,5% 6,9% 18.306 19.561 6,86%

DRE 3.225,0 3.859,6 3.718,3 -3,7% 15,3%

Operações de Crédito 5.535,2 7.494,0 7.785,0 3,9% 40,6% 19.573,7 27.967,2 42,88%

TVM 4.063,6 5.768,6 4.674,6 -19,0% 15,0% 15.381,9 18.896,4 22,85%

Despesa de Captação 5.196,0 7.532,0 6.773,3 -10,1% 30,4% 19.117,0 25.923,7 35,61%

Despesa com PDD (R$ mi) 1.177,7 1.871,0 1.968,0 5,2% 67,1% 4.050,0 6.814,8 68,27%

Prestação de Serviços e Tarifas 2.832,9 3.173,0 3.337,0 5,2% 17,8% 10.220,4 12.646,2 23,74%

Despesa de Pessoal 2.826,2 2.846,0 3.183,0 11,8% 12,6% 9.954,0 11.642,3 16,96%

Desp Administrativas 1.699,6 1.866,0 1.956,0 4,8% 15,1% 6.075,3 7.282,8 19,88%

LL Recorrente (R$ mi) 1.348,0 1.291,0 1.617,0 25,3% 20,0% 3.764,4 5.182,3 37,67%

RENTABILIDADE E PRODUTIVIDADE

ROAE Recorrente (%) 38,50 31,70 39,10 7,40 0,60 26,30 29,60 3,30

ROAA Recorrente (%) 1,35 1,10 1,30 0,20 (0,05) 1,01 1,10 0,09

Eficiencia 73,00 72,10 74,20 2,10 1,20 70,10 70,40 0,30

CRÉDITO

Operações de crédito¹ (R$ mi) 178.515,2 227.029,0 249.549,0 9,9% 39,8% 178.515 249.549 39,79%

PF 26.908,0 33.200,0 34.981,0 5,4% 30,0% 26.908 34.981 30,00%

PJ 28.532,0 38.323,0 44.293,0 15,6% 55,2% 28.532 44.293 55,24%

Saneamento Infraestrutura 12.013,0 14.299,0 17.404,0 21,7% 44,9% 12.013,0 17.404,0 44,88%

Habitação 108.330,0 141.208,0 152.871,0 8,3% 41,1% 108.330,0 152.871,0 41,12%

Despesa PDD/Carteira de crédito(%) 0,69 0,86 0,83 (0,04) 0,14 2,68 3,25 0,57

Saldo de PDD/Carteira de crédito(%) 6,22 6,30 6,30 - 0,08 6,22 6,30 0,08

Taxa de inadimplência (Atraso > 90dias) 2,00 2,00 2,00 - - 2,00 2,00 -

Basiléia (%) 15,44 13,50 13,30 (0,20) (2,14) 15,44 13,30 (2,14)

Variação

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Informativo Semanal de Economia Bancária

A/A) reduziu o lucro final e elevou o índice de eficiência (quanto menor, melhor), para 37,9% no tri, mas ainda em nível reduzido.

Em 2011 o ABC lucrou 236 milhões, aumento de 16,7% ante o ano de 2010, com ROE de 16,6%, de 15,8% em 2010. O aumento das receitas com crédito (+23%) e TVM (+33%) superaram as maiores despesas de captação (+62%) e de provisões (+18%). Já as maiores receitas de prestação de serviços (+16%), compensaram em parte o forte aumento das despesas de pessoal (+24%) e administrativas (+13%).

Praticamente composta por empresas, a carteira de crédito do ABC (inclui garantias prestadas) segue crescendo de forma comedida, 2,6% no tri, sendo 5,9% no segmento Middle, menos representativa que o segmento Corporate (expansão de 2,1% no 4T11). Em 12 meses a carteira cresceu 10,9% e vem desacelerando, sendo 21,8% no segmento Middle e 9% no Corporate. O nível de atraso >90 dias/carteira de crédito do banco segue em nível reduzido, de 0,21% no 4T11. O Saldo PDD/Carteira de Crédito é de 1,7%. O índice de Basiléia atingiu 15,6%, de 15,8% no 3T11.

Banco Central: Indicadores de Condições de Crédito

No Boletim Regional da semana passada, o BC atualizou a pesquisa de indicadores das condições de crédito na Economia Brasileira. Essa é a quarta publicação da sondagem, baseada na experiência de outros países, como a Senior Loan Survey do Federal Reserve. Ela busca captar a percepção dos agentes com relação às condições atuais e futuras de crédito e identificar tendências para o mercado de crédito bancário. Ela é dividida em três partes: percepção para a oferta de crédito, para a demanda e a efetiva aprovação. A avaliação para cada segmento varia de 2 p.p. a -2 p.p., sendo separada em cinco classes: consideravelmente superior, moderadamente superior, basicamente inalterada, moderadamente inferior e consideravelmente inferior conforme as condições percebidas. Ou seja, quando mais perto de 2 p.p. mais forte seria a percepção para o crédito (oferta, demanda ou aprovações) e quanto mais próximo de -2 p.p. mais fraca seria a percepção. Foi realizada uma média entre as respostas de 46 Conglomerados/instituições financeiras pesquisadas.

O destaque na pesquisa realizada entre 12 e 23 de dezembro foi a evidente melhora nas condições de demanda reportadas pelos bancos, ante setembro, em praticamente todos os segmentos, mas com destaque para o crédito ao consumo e imobiliário. A melhora pode até estar relacionada ao final de ano, com recebimento do 13º salário e pagamento de dívidas. Houve apenas certa moderação nas condições de demanda de crédito para as MPME, mas que permanece favorável desde o início da pesquisa.

Resultado ABC Brasil - R$ Mi 4T10 3T11 4T11 Tri Anual 2010 2011 2011/2010

ITENS PATRIMONIAIS

Ativo Total 9.798 11.642 10.511 -9,7% 7,3% 9.798 10.511 7,27%

TVM 1.094 1.465 1.439 -1,8% 31,5% 1.094 1.439 31,52%

Depósitos 2.936 3.045 3.316 8,9% 12,9% 2.936 3.316 12,92%

à Vista 183 149 189 26,6% 3,2% 183 189 3,22%

a Prazo 2.931 3.092 3.164 2,3% 7,9% 2.931 3.164 7,94%

Patrimonio Líquido 1.348 1.460 1.500 2,7% 11,3% 1.348 1.500 11,25%

DRE 1,62%

Operações de Crédito 199,1 277,3 237,1 -14,5% 19,1% 747,6 917,4 22,72%

TVM 46,6 69,3 53,8 -22,4% 15,6% 176,1 234,0 32,93%

Despesa de Captação 79,4 258,8 101,8 -60,7% 28,1% 332,5 539,0 62,10%

Despesa com PDD (R$ mi) 12,7 24,6 13,8 -43,9% 8,5% 44,4 52,4 18,01%

Prestação de Serviços e Tarifas 34,7 30,0 34,8 16,0% 0,4% 108,1 125,3 15,96%

Despesa de Pessoal 25,7 28,2 32,3 14,5% 25,9% 92,1 114,1 23,94%

Desp Administrativas 16,1 16,6 16,0 -3,6% -0,5% 57,6 64,9 12,63%

LL Recorrente (R$ mi) 54,0 58,5 60,6 3,6% 12,2% 202,2 236,0 16,71%

RENTABILIDADE E PRODUTIVIDADE

LL por ação (R$) 0,40 0,44 0,45 0,01 0,05 1,50 1,76 0,26

LL ajustado por ação (R$) 0,40 0,44 0,45 0,01 0,05 1,50 1,76 0,26

ROAE Recorrente (%) 16,30 16,20 16,40 0,20 0,10 15,80 16,60 0,80

ROAA (%) 2,20 2,10 2,20 0,10 - 2,20 2,20 -

Margem Financeira Anualizada (%) 5,40 5,70 5,50 (0,20) 0,10 5,30 5,60 0,30

Eficiencia 37,90 36,40 37,90 1,50 - 37,6 37,7 0,10

CRÉDITO

Operações de crédito¹ (R$ mi) 11.588 12.529 12.855 2,6% 10,9% 11.588 12.855 10,93%

Corporate > R$ 250MM 10.024 10.729 10.950 2,1% 9,2% 10.024 10.950 9,24%

Middle 1.565 1.800 1.905 5,9% 21,8% 1.565 1.905 21,76%

Despesa PDD/Carteira de crédito(%) 0,11 0,20 0,11 (0,09) (0,01) 0,4 0,4 (0,02)

Saldo de PDD/Carteira de crédito(%) 1,62 1,69 1,73 0,04 0,11 1,62 1,73 0,11

Taxa de inadimplência (Atraso>90dias) 0,11 0,19 0,21 0,02 0,10 0,11 0,21 0,10

Basiléia (%) 16,00 15,80 15,60 (0,20) (0,40) 16,00 15,60 (0,40)

Variação

0,36

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0,5

0,73

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0,350,38

0,50

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1

Últimos três meses Próximos três meses

Grandes Empresas MPME Crédito ao Consumo Crédito Habitacional

Indicadores das Condições de Crédito - DemandaSetembro 2011

0,5

0,09

0,48

0,380,35

0,29

0,75

0,88

0

0,2

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0,6

0,8

1

Últimos três meses Próximos três meses

Grandes Empresas MPME Crédito ao Consumo Crédito Habitacional

Indicadores das Condições de Crédito - DemandaDezembro 2011

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A despeito da melhora importante na demanda, com relação às condições de oferta não foram percebidas grandes alterações e a percepção ainda é negativa para todos os segmentos, inclusive o imobiliário, que vinha com melhor desempenho nos últimos levantamentos. Essa pior avaliação ainda deve estar relacionada à desaceleração da economia brasileira e um maior critério nas concessões, como prevenção contra a inadimplência.

A resultante, medida pelos indicadores de aprovação de crédito, seguiu mais as condições de oferta e piorou em praticamente todos os segmentos, mantendo apenas o viés positivo no segmento imobiliário. De todo modo, a despeito da percepção geral mais desfavorável, os números não sinalizam grandes movimentos, permanecendo dentro da faixa de 1 p.p. a -1 p.p., até onde são verificadas condições moderadamente superiores/inferiores.

Fed - Senior Loan Survey O Federal Reserve também publicou na semana anterior, a pesquisa de sentimento de crédito trimestral de janeiro de 2012, com 56 bancos locais e mais 23 bancos estrangeiros que atuam nos EUA. Em geral, os dados da oferta de crédito sinalizam que os bancos mantiveram facilitadas as condições de crédito durante o período e as condições estão próximas dos melhores patamares praticados pelos bancos. A escala mostra a diferença entre o porcentual dos bancos que reportaram condições iguais ou mais apertadas de crédito menos o porcentual de bancos que reportaram condições mais favoráveis de crédito. Para empresas, houve pequeno ajuste para cima no sentido de maior aperto nas condições, mas que devem representar apenas uma estabilidade nas condições flexíveis anteriormente praticadas.

Também para o consumidor, as condições de crédito permanecem entre os patamares mais flexíveis já observados na pesquisa, inclusive no setor imobiliário residencial.

No que se refere à demanda, apesar dos níveis melhores do que no pior momento da crise, o ritmo de recuperação da demanda por crédito é fraco, especialmente no segmento de consumo. No

-0,45

-0,77

-0,38

-0,7

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0,00

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Últimos três meses Próximos três meses

Grandes Empresas MPME Crédito ao Consumo Crédito Habitacional

Indicadores das Condições de Crédito - OfertaSet/11

-0,64 -0,68-0,58 -0,58

-0,19 -0,19-0,25

-0,38

-0,8

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-0,2

0

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0,6

0,8

Últimos três meses Próximos três meses

Grandes Empresas MPME Crédito ao Consumo Crédito Habitacional

Indicadores das Condições de Crédito - OfertaDez/11

-0,14

-0,32

0 0

-0,24

-0,12

0,25

0,50

-0,4

-0,2

0

0,2

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0,8

Últimos três meses Próximos três meses

Grandes Empresas MPME Crédito ao Consumo Crédito Habitacional

Indicadores das Condições de Crédito - Aprovação

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segmento comercial e industrial há uma recuperação após a piora no período anterior. Nesse caso, a escala mostra a diferença entre o porcentual dos bancos que reportaram condições mais fortes de demanda (substancialmente fortes/ moderadamente fortes) e o porcentual dos bancos que reportaram condições fracas de demanda (substancialmente fracas /moderadamente fracas).

Já para os consumidores, a demanda mostra ainda um patamar muito próximo da estabilidade nas condições gerais.

Em paralelo à pesquisa de condições de crédito, o FED publicou novos dados na semana passada, que indicam uma recuperação gradual nas linhas de financiamento na economia local, sobretudo as linhas não rotativas. No segmento rotativo, as condições seguem desfavoráveis, apenas com certa estabilização no movimento de desalavancagem da população local.

Calendário Semanal: Destaques

As divulgações das vendas a varejo, IPCA-15 e taxa de desemprego são os destaques da semana. Também serão divulgados outros dados de inflação (IPC-S e IGP-10 da FGV e IPC da FIPE), mercado de trabalho (CAGED), índice de atividade (IBC-Br), coleta de impostos federais e balança comercial. A pesquisa de vendas no varejo deve trazer fraco desempenho da pesquisa restrita, porém a ampliada deve apresentar resultado melhor conforme os dados coincidentes, impulsionada pelas vendas de veículos e materiais de construção. Case se confirme o fraco resultado nas vendas no varejo, esse será mais um indicativo de que o crescimento do PIB no 4T2011 pode ficar próximo a zero. Na sexta-feira, dia 17, o IBGE divulgará o IPCA-15 de fevereiro. O indicador deve recuar tanto frente ao resultado de janeiro (0,65%) quanto ao de Fevereiro de 2011 do IPCA(0,56%). Projetamos alta de 0,52% no IPCA-15 em fevereiro. A mediana das expectativas do mercado (Bloomberg) indica alta de 0,56% (min=0,49%, max=0,64%). No acumulado em 12 meses, dado o alto valor registrado em fev11, 0,97%, o indicador recuará novamente, de 6,44% para 5,96%, segundo as nossas projeções. A desaceleração do IPCA-15 em fevereiro será causada pela moderação dos preços dos alimentos (no domicílio). Por outro lado, os preços dos serviços e monitorados devem pressionar o indicador. Os preços dos serviços terão influencia da elevação nos preços das mensalidades escolares enquanto os monitorados refletirão o reajuste nos preços das passagens de ônibus.

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Credito Total

Rotativo

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Credito EUA - Var 12

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0,97

0,60

0,77 0,70

0,23

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0,27

0,53

0,42 0,46

0,56

0,65

5,00

5,50

6,00

6,50

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jan

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no

v-1

1

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IPCA-15 (%)

Variação Mensal Acum. 12 meses

Fonte: IBGE Elaboração:

0,52*

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Também na sexta-feira será divulgada a taxa de desemprego de janeiro. Por razões sazonais, o desemprego subirá em janeiro frente dezembro (4,7%). Projetamos alta para 5,6% em janeiro, pouco acima do consenso do mercado 5,5% (min=5,2%, max=5,9%). A taxa de desemprego deve apresentar altas até março, quando a taxa atingirá a máxima do ano, 6,3%. A partir daí a taxa de desemprego começará a recuar, encerrando o ano em 5,2%.

No exterior, a divulgação de dados de atividade (PIB, produção industrial) e inflação são os destaques da semana. Nos Estados Unidos serão divulgados de atividade (vendas no varejo, indicadores de estoques, índice Empire Manufaturing de atividade, produção industrial, utilização da capacidade instalada, índice de atividade do FED Filadélfia, índice antecedentes), inflação (índice de preços de importados, índices de preços ao consumidor (IPC) e produtor (IPP)), fluxo de capitais estrangeiros, pedidos de auxílio desemprego, construção de novas residências e licenças para novas construções. Na Zona do Euro, a divulgação do PIB do 4T2011 será o grande destaque. Além do PIB, também serão divulgados a pesquisa ZEW de sentimento econômico, balança comercial e conta corrente. No Japão os destaques são o PIB do 4T2011, a produção industrial e a decisão sobre a taxa de juros do país.

Semana Passada: Destaques Inflação Os dados de inflação (IPCA e IGP-DI) divulgados na semana passada mostraram aceleração da inflação na passagem de dezembro para janeiro. A despeito da

alta, ambos indicadores iniciam 2012 menos pressionados que no ano passado.

O IPCA registrou alta de 0,56% em janeiro, após elevação de 0,50% em dez11 e 0,83% em jan11. Esta foi a primeira divulgação com a nova ponderação no indicador. O resultado de janeiro ficou ligeiramente acima do consenso do mercado, 0,55% (min=0,45%, max=0,63%) e da nossa projeção (0,54%). Com relação ao resultado de fevereiro, a taxa deve recuar ante o valor de janeiro. No acumulado nos últimos 12 meses a inflação voltou a recuar, de 6,50% em dezembro para 6,22% em janeiro.

Apesar da moderação nos preços dos alimentos no domicílio (de 1,15% para 0,68%) e produtos industriais (de 0,14% para -0,04%), a aceleração nos preços dos monitorados (de 0,19% para 0,47%) e serviços (de 0,51% para 1,05%) puxaram a elevação no IPCA. Cabe lembrar a mudança na classificação de alguns subitens, conforme descrito no relatório de inflação do 4T11. Destaque para a adição da alimentação no domicílio e passagem aérea no segmento serviços,

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2Taxa de desemprego (%s/ajuste)

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Fonte: IBGE Elaboração: FEBRABAN

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IPCA IGP-DI

Inflação mensal (%)

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Fonte: FGV e IBGE Elaboração: FEBRABAN

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IPCA (%)

Variação Mensal Acum. 12 meses

Fonte: IBGE Elaboração: FEBRABAN

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“Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País”

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Informativo Semanal de Economia Bancária

saindo respectivamente dos segmentos alimentos e monitorados.

Os núcleos do IPCA continuam pressionados, mas estão cedendo gradativamente no acumulado em 12 meses. Os núcleos IPCA-EX1 e IPCA-EX2 aceleraram em janeiro. O IPCA-EX1, que exclui alimentos no domicílio e monitorados, registrou alta de 0,57% em janeiro, ante elevação de 0,49% em dezembro. Já o IPCA-EX2, que exclui 10 itens dos alimentos e combustíveis (veículos e doméstico) passou de 0,41% em dezembro para 0,52% em janeiro. O IPCA-EX1 acumula alta de 6,93% em 12 meses enquanto o IPCA-EX2 acumula alta de 6,43% no mesmo período.

Para o próximo mês, o IPCA deve recuar ante janeiro. O recuo nos preços dos alimentos determinará a dinâmica de queda na inflação. Os produtos industriais aprofundarão a queda nos preços, puxado pelo recuo nos preços do grupo vestuário. Os serviços pressionarão novamente o resultado, devido aos reajustes das mensalidades escolares. Entretanto, a nova ponderação do grupo educação (de 6,94% para

4,37%) deve contribuir para uma alta menos acentuada desse grupo em fevereiro. Os preços dos monitorados também devem pressionar em fevereiro, impulsionado pelos reajustes de tarifas de ônibus e água e esgoto. Dada as considerações acima, projetamos alta de 0,51% no IPCA em fevereiro, o que implicará em novo recuo na taxa no acumulado em 12 meses, para 5,91%, segundo as nossas projeções. O IGP-DI apresentou alta de 0,3% em janeiro após recuo de 0,16% em dezembro. O resultado ficou abaixo do consenso do mercado, que indicava alta de 0,33% (min=0,20%, max=0,50%). Com o resultado o indicador acumula alta de 4,3% em 12 meses, recuando de 5,0% em dezembro.

Entre os três indicadores que compõem o IGP-DI, o IPA avançou 0,01% em janeiro ante queda de 0,55% em dezembro. O IPC-DI registrou alta de 0,81% após subir 0,79% no mês anterior. Já o INCC-DI teve alta de 0,89% frente alta de 0,11% em dezembro. Embora tenha deixado para trás o período de deflação, as altas no IGP-DI nos próximos meses devem ser moderadas, afastando o risco da volta a inflação de dois dígitos. O mercado projeta alta de 4,86% no IGP-DI em 2012. Atividade Econômica A moderação da atividade econômica continua preocupando empresários de diferentes segmentos (serviços, comércio e construção). A indústria automobilística também tem enfrentando um momento difícil, agora, além da produção, as vendas tiveram forte arrefecimento em janeiro. Por fim, diferentemente do apontado pelo IBGE, a pesquisa da CNI continua indicando arrefecimento da atividade industrial no país.

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Segmentos do IPCA (%)

Monitorados Alimentos Serviços IndustriaisFonte: IBGE Elaboração: FEBRABAN

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Acum. 12 meses (%)

IPCA IPCA-EX1 IPCA-EX2Fonte: IBGE Elaboração: FEBRABAN

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IGP-DI (% Acum 12 meses)

Fonte: FGV Elaboração: FEBRABAN

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Informativo Semanal de Economia Bancária

A piora na confiança dos empresários preocupa, pois os setores de comércio e serviços sustentaram a expansão do PIB nos últimos anos. Já os empresários da construção estão aos poucos retomando a confiança. O índice de confiança de serviços (ICS) recuou 0,9% na comparação jan12/dez11 e 1,0% em jan12/jan11. O índice de confiança do comércio (ICOM) recuou 5,2% em jan12/dez11 e 5,3% em jan12/jan11. O indicador da confiança da construção (ICST) avançou 2,5% em jan12 ante dez11, mas recuou 8,5% na comparação jan12/jan11.

Os índices de confiança iniciaram 2012 abaixo do nível de confiança registrado em janeiro de 2011. O recuou nos indicadores ocorreu devido à moderação da atividade ao longo do ano passado. Para o restante de 2012, os segmentos devem recuperar gradativamente a confiança, isso é o que sinaliza os índices de expectativa. Os índices de expectativa dos serviços, comércio e construção avançaram 7,8%, 6,8% e 7,2% respectivamente em janeiro ante dezembro. As medidas de estímulo à economia devem contribuir para a recuperação da confiança dos empresários dos segmentos.

Contrariando a expectativa do mercado, que esperava alta na utilização da capacidade instalada (UCI), a pesquisa da CNI de dezembro mostrou queda na utilização da capacidade, para 81,3% de 81,4% em novembro. O mercado esperava alta para 81,7% (min=81,4%, max=82%). Em dez10 o NUCI estava em 82,5%. A queda indica que a indústria continua registrando moderação na atividade.

A despeito do fraco desempenho do setor industrial em 2011, houve elevação do emprego e massa salarial real no ano passado. O faturamento real das empresas também avançou. Em 2011 a massa salarial real cresceu 5,2%, após alta de 6,0% em 2010. O emprego subiu 2,2% após alta de 5,5% em 2010. A elevação da massa salarial provoca aumento os custos para empresas, impondo nova barreira à recuperação do setor. O setor automobilístico iniciou 2012 com fraco desempenho. Além da produção, as vendas tiveram desempenho moderado. A produção de automóveis totalizou 212 mil unidades em janeiro (média diária 9.625 unidades) frente 262 mil unidades em dezembro (média diária 11.908 unidades) e em jan11 (média diária 12.465 unidades). A moderação na produção é devido à adequação entre oferta e demanda, tentando assim reduzir os estoques de veículos.

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Índice de Confiança

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Fonte: FGV Elaboração: FEBRABAN

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UCI (% dessazonalizado)

2008 2009 2010 2011

Fonte: CNI Elaboração: FEBRABAN

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As vendas tiveram forte recuo em janeiro ante dezembro. As vendas somaram 268 mil unidades em janeiro (média diária 12.194 unidades) após 348 mil unidades em dezembro (média diária 15.837 unidades). Em jan11 haviam sido vendidas 245 mil unidades (média diária 11.660 unidades). Setor Externo Os dados do setor externo divulgados na semana passada mostraram forte entrada de recursos no país em janeiro, fato que contribuiu para a apreciação do real. A moderação nos preços das commodities internacionais deve continuar contribuindo para a queda da inflação no país. Influenciado pelas captações externas no mês passado, o fluxo cambial voltou a registrar entrada de dólares no país, após três meses de saída da moeda americana. Em janeiro o fluxo cambial foi positivo em US$ 7,3 bilhões, após saída de US$ 1,9 bilhão em dez11 e entrada de US$ 15,5 bilhões em jan11. O fluxo positivo causou a apreciação da taxa de câmbio em janeiro, que valorizou 8% frente dezembro (de US$/R$ 1,87 em 02 de janeiro para 1,74 em 31 de janeiro).

O resultado foi alcançado devido ao elevado fluxo financeiro no mês, que somou US$ 6,9 bilhões em operações financeiras (investimentos em ações, títulos de renda fixa, empréstimos, remessas de lucros e recursos para o setor produtivo). O fluxo comercial ficou positivo em US$ 381 milhões. Dados preliminares (até o dia 3) indicam que o mês de fevereiro deve repetir a tendência de janeiro. No período a entrada de dólares superou a saída em US$ 3,8 bilhões, as operações financeiras somaram US$ 3,6 bilhões enquanto as operações comerciais totalizaram US$ 134 milhões. O fluxo de dólares para o país deve pressionar para nova apreciação da taxa de câmbio em fevereiro. As commodities exportadas pelo Brasil voltaram a registrar alta em janeiro, porém, estão abaixo do patamar de jan11. O Índice de Commodities Brasil (IC-Br) registrou alta de 0,57% em janeiro frente dezembro, após três meses seguidos de queda. Na comparação com jan11, o indicador recuou 4,5%. O menor preço das commodities exportadas é outra variável que auxiliará na queda da inflação em 2012. Segundo o relatório de inflação (4T2011) do BACEN, a transmissão das altas nos preços das commodities para o IPCA tem o seu efeito máximo no terceiro mês após a divulgação do IC-Br. As altas nos preços das commodities metálicas (3,2%) e agropecuárias (0,8%) puxaram a elevação no IBC-Br em janeiro. Já as commodities de energia recuaram 3,7% em janeiro ante dezembro.

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Fluxo Cambial (US$)

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Cenário Internacional e Mercados

Estados Unidos Os dados divulgados na semana passada reforçam a melhora no mercado de trabalho e na condição fiscal dos Estados Unidos. O mercado de trabalho continua apresentando sinais de recuperação. O número de pedidos de auxílio desemprego recuou em 15 mil pedidos, para 358 mil (expectativa +3 mil), na semana até 4 de fevereiro. Na semana anterior foram solicitados 373 mil pedidos. A média móvel em quatro semanas recuou em 11 mil pedidos, para 366.250, o menor nível desde abril de 2008. Até a semana do dia 28 de janeiro, 3,515 milhões de pessoas recebiam o seguro desemprego. O déficit orçamentário somou US$ 27,41 bilhões em janeiro (expectativa US$ 46,4 bi). No primeiro quadrimestre do ano fiscal 2012, encerrado em janeiro, o déficit orçamentário norte-americano foi de US$ 349,15 bilhões, abaixo do déficit de US$ 418,76 bilhões registrado em igual período do ano fiscal de 2011. Já o déficit comercial voltou a crescer. O déficit atingiu US$ 48,8 bilhões, de US$ 47 bi em novembro. As exportações subiram 0,7% em dezembro enquanto as importações avançaram 1,3%. O aumento do déficit foi causado pela alta nos preços do petróleo e nas importações de carros e aviões. No acumulado de 2011, o déficit comercial ficou em US$ 558 bilhões, acima do déficit de US$ 493 bilhões em 2010, maior déficit desde 2008. O destaque do resultado anual foi o aumento de 14,5% nas exportações, ligeiramente abaixo da meta do governo (15%).

China Dados divulgados na semana passada reacenderam a preocupação quanto a desaceleração chinesa. O forte aumento do superávit comercial em janeiro para US$ 27,3 bi, de US$ 16,5 bi em dez11, expectativa US$10,6 bilhões, provocado pela queda nas importações, retornou o medo de um hard landing. As exportações caíram 0,5% na comparação jan12/jan11 enquanto as importações recuaram 15,3% no mesmo período. Em dezembro as exportações e importações avançavam 13,4% e 11,8%, respectivamente, na comparação anual. O resultado de janeiro foi influenciado pelo Ano Novo Chinês, quando o país reduz a atividade econômica. Ainda como consequência do Ano Novo, a inflação acelerou no início de 2012. A inflação ao consumidor (IPC) avançou 4,5% em jan12/jan11 (expectativa 4,1%). Frente dezembro, o índice subiu 1,5%, após alta de 0,3% no mês anterior. A alta nos alimentos puxou a elevação no índice. Já a inflação ao produtor (IPP) registrou alta de 0,7% na comparação jan12/jan11 (expectativa 0,6%). Em dezembro o índice teve elevação de 1,7%. Frente dezembro, o IPP recuou 0,1% em janeiro, após queda de 0,3% no mês anterior.

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Índice Commodities Brasil (IC-Br)

Variação A/A ÍndiceFonte: BACEN Elaboração: FEBRABAN

Código

Variação (%) Acumulado (%)

Semanal 1 mês 12 meses

Ibovespa IBOV -1,9 8,2 -2,7

Petrobras PETR4 -4,5 2,0 -11,0

Vale VALE5 -2,7 9,4 -12,1

BANCOS

Santander SANB11 0,1 12,1 -9,5

Itaú Unibanco ITUB4 1,3 2,3 0,5

Bradesco BBDC4 -2,6 -1,0 0,3

Bco. Do Brasil BBAS3 -4,5 5,6 -11,8

BIC BICB4 -3,9 -2,9 -32,3

Banrisul BRSR6 -3,9 9,8 23,9

Daycoval DAYC4 8,5 17,6 -8,6

Panamericano BPNM4 -1,9 10,8 21,9

ABC ABCB4 1,7 10,4 3,5

Cruzeiro do Sul CZRS4 -0,6 -0,7 -9,3

Sofisa SFSA4 -1,2 -10,7 -33,4

Pine PINE4 -3,8 -1,1 -7,0

Paraná Banco PRBC4 -1,2 4,2 -12,2

Indusval IDVL4 -2,8 4,2 -12,0

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Informativo Semanal de Economia Bancária

Indicadores Úteis

Indicadores do Mercado 10/02/12 03/02/12 10/01/12 Var. (p.p.)

semanal e mensal

Meta Selic (% a.a.) 10,50 10,50 11,00 0,00 p.p./ -0,50 p.p.

Juros DI de Janeiro de 2013 (%a.a.) 9,29 9,50 10,00 -0,21 p.p. / -0,71 p.p.

Juros DI de Janeiro de 2014 (%a.a.) 9,67 9,95 10,49 -0,28 p.p./ -0,82 p.p.

Juros US$ 180 dias (Swap cambial – taxa % anualizada) 1,71 -0,21 10,75 1,92 p.p. / -9,04 p.p.

Juros US$ 360 dias (Swap cambial – taxa % anualizada) 2,26 2,24 2,40 0,02 p.p. / -0,14 p.p.

Taxa de câmbio (Ptax) 1,73 1,72 1,80 0,58% / -3,89%

Fed Funds (%) 0,25 0,25 0,25 0,00 p.p./0,00 p.p.

T-BOND (10 anos - %) 1,99 1,92 1,97 0,07 p.p./ 0,02 p.p.

T-BOND (30 anos - %) 3,14 3,12 3,02 0,02 p.p./ 0,12 p.p. Fonte: Bloomberg e Banco Central do Brasil

FOCUS – Indicadores Selecionados

2012 2013

10/02/12 03/02/12 10/01/12 Tendência* 10/02/12 03/02/12 10/01/12 Tendência*

IPCA (%) 5,29 5,29 5,30 = 5,00 5,00 5,00 =

PIB (% de crescimento) 3,30 3,30 3,27 = 4,10 4,20 4,20 ▼

Meta Selic (%a.a.) 9,50 9,50 9,50 = 10,50 10,75 10,25 ▼ Fonte: Banco Central do Brasil * comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado do Bacen.

Pesquisa FEBRABAN de Projeções e Expectativas 2012 2013

Saldo das Operações de Crédito Nov/11 Dez/11 Jan/12 Var. (p.p)

Mensal Jan/12

Operações de Crédito Total (% crescimento) 15,5 16,1 16,5 0,4 15,8

Operações de Crédito - PF (% crescimento) 14,6 15,0 15,5 0,5 14,8

Operações de Crédito - PJ (% crescimento) 15,1 15,2 15,3 0,1 14,9

Taxa Média de Inadimplência Total (%) 5,1 5,1 5,3 0,2 5,1 Fonte: Pesquisa FEBRABAN de Projeções e Expectativas de Mercado

Indicadores de Crédito – Evolução Recente Dez/11 Nov/11 Dez/10 Var.

(mensal e 12 meses)

Saldo Total das Operações de Crédito (R$ bi) 2.029,6 1.984,7 1.705,9 2,26% e 18,98%

Saldo das Operações de Crédito com PF (CRTJ R$ bi) 505,2 504,2 417,3 0,20% e 21,06%

Saldo das Operações de Crédito com PJ (CRTJ R$ bi) 554,8 541,4 462,7 2,48% e 19,90%

Taxa Média de Inadimplência Total (%) 5,5 5,6 4,5 -0,1 p.p. e 1,0 p.p.

Taxa Média de Inadimplência PF (%) 7,3 7,3 5,7 0,0 p.p. e 1,6 p.p.

Taxa Média de Inadimplência PJ (%) 3,9 4,0 3,5 -0,1 p.p. e 0,4 p.p.

Fonte: Banco Central do Brasil

Page 15: Informativo Semanal de Economia Bancária€¦ · Informativo Semanal de Economia Bancária Comentário Semanal Deixando de lado as incertezas com relação ... 17/02 (sex) IBGE:

Federação Brasileira de Bancos Av. Brig. Faria Lima 1.485

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Semana de 13 a 17 de fevereiro - Ano 4, no. 128

“Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País”

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Informativo Semanal de Economia Bancária

Spread Bancário Dez/11 Nov/11 Dez/10 Var.(p.p.)Mensal

Spread Bacen Total (p.p.) 26,9 28,2 23,5 -1,3

Spread FEBRABAN Total (p.p.) 19,0 19,8 17,1 -0,8

Spread Bacen PF (p.p.) 33,7 34,6 28,5 -0,9

Cheque Especial – pré 177,9 177,9 161,6 0,0

Crédito Pessoal – pré 38,1 38,6 31,8 -0,5

Aquisição de Veículos – pré 16,2 17,2 12,9 -1,0

Aquisição de Outros Bens – pré 55,7 45,1 36,4 10,6

Spread FEBRABAN PF (p.p.) 26,6 27,3 23,3 -0,7

Spread Bacen PJ (p.p.) 17,9 19,2 17,0 -1,3

Desconto de Duplicatas – pré 26,5 30,2 28,3 -3,7

Capital de Giro – pré 14,4 16,3 15,4 -1,9

Conta Garantida – pré 100,3 100,5 86,6 -0,2

Aquisição de Bens – pré 3,6 3,8 4,9 -0,2

Spread FEBRABAN PJ (p.p.) 12,8 13,6 12,3 -0,8

Fonte: FEBRABAN e Banco Central do Brasil

Diretoria de Assuntos Econômicos [email protected] Rubens Sardenberg – Economista-chefe Jayme Alves – Economista sênior Thiago Pereira – Economista pleno Rachel Peixoto – Economista júnior