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Informativo Semanal de Economia Bancária – Semana de 8 a 12 de fevereiro de 2016 – Ano 8, Nº. 333
– An5 7, Nº. 313
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Federação Brasileira de Bancos Av. Brig. Faria Lima 1.485
Torre Norte 15º andar 01452-002 São Paulo SP Brasil
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Semana de 8 a 12 de fevereiro de 2016 – Ano 8, Nº. 333
Informativo Semanal de Economia Bancária
Sumário
Comentário Semanal ...................... 1
Crédito e Bancos .............................. 2
Calendário Semanal: Destaques ... 4
Semana Passada: Destaques ......... 5
Economia Internacional ................. 7
Indicadores Úteis .............................. 8
“Um sistema financeiro
saudável, ético e
eficiente é condição
essencial para o
desenvolvimento
econômico, social e
sustentável do País”
FOCUS
7,23 7,26
7,56
7,00
7,20
7,40
7,60
22/01/2016 29/01/2016 05/02/2016
IPCA 2016 (%)
-3,00 -3,01
-3,21
-3,30
-3,20
-3,10
-3,00
-2,90
-2,80
22/01/2016 29/01/2016 05/02/2016
PIB 2016 (% )
14,84
14,25 14,25
14,00
14,20
14,40
14,60
14,80
15,00
22/01/2016 29/01/2016 05/02/2016
Selic 2016 - Média (%a.a. )
Comentário Semanal
Data Indicadores Nacionais PeríodoConsenso de
MercadoAnterior
8-10/fev FERIADO - CARNAVAL - - -
12/fev FGV: IGP-M (1ª prévia) fev/16 1,17% 0,41%
algum impacto dos últimos dados
da produção industrial divulgados
na semana passada. Segundo o
IBGE, a produção industrial recuou
8,3% em 2015, o pior resultado da
série desde 2003 e também pior do
que a expectativa média dos
analistas de mercado.
A taxa Selic esperada para o final
deste ano permaneceu nos atuais
14,25% e para 2017 recuou de
12,75% para 12,50% ao ano.
Interessante observar que até a
semana passada, a expectativa
(mediana) do mercado era de que
o BC começaria a reduzir a taxa
Selic em março de 2017 (para 14%)
e agora está expectativa recuou
para janeiro do ano que vem,
provavelmente por conta das
seguidas pioras no nível esperado
da atividade econômica e pelo
risco (ao que parece crescente) de
deterioração do cenário externo. A
propósito, em seu depoimento na
Câmara dos Deputados, na manhã
de hoje, a presidente do FED, Janet
Yellen, voltou a mostrar
preocupação com a piora nas
perspectivas para a economia
mundial, em especial a China. O
discurso dela acabou reforçando a
expectativa do mercado de que
dificilmente o FED voltará a subir a
taxa de juros neste ano.
A pesquisa Focus desta semana
trouxe nova piora nas projeções do
mercado para inflação e nível de
atividade. A estimativa (mediana)
para o ano corrente subiu de 7,26%
para 7,56%, na sexta alta
consecutiva. Para 2017, a projeção
também subiu, de 5,80% para 6,00%,
já se aproximando do teto da
banda de flutuação estabelecida
em nosso regime de metas. De um
lado, há um certo consenso de que
as preocupações do BC com o
cenário externo e com a retração
da atividade doméstica devem
levar a uma estratégia mais
gradualista no combate à inflação,
possivelmente contribuindo para
este ajuste nas projeções.
Adicionalmente, no curto prazo, a
variação do IPCA de janeiro ficou
acima do teto das projeções do
mercado, também contribuindo
para uma piora nas expectativas
inflacionárias. Também houve piora
nas estimas do mercado para a
evolução da atividade econômica,
neste e no próximo ano. Para 2016,
o mercado trabalha com uma
retração do PIB de 3,21% (era de
3,01% na semana passada) e para
2017, o crescimento esperado
recuou ligeiramente, de 0,70% para
0,60%. Aqui também há uma
combinação de piora nas
expectativas de longo prazo e
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Crédito e Bancos
Resultado dos bancos do Brasil
Agenda
Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco teve lucro líquido de R$ 5,698 bilhões no
4T15, recuo de 4,2% ante o 3T15 e avanço de 3,2% ante o
4T14, com ROAE de 22,0%. Em termos recorrentes, o Itaú
Unibanco lucrou R$ 5,77 bilhões no 4T15, -5,6% ante o 3T15
e +2,0% ante o 4T14, com ROAE de 22,3%.
No 4T15, a receita com operações de crédito caiu 6,8%
frente ao 3T15, mas subiu 3,8% sobre o 4T14. Já as receitas
com derivativos e câmbio caíram 46,8% no trimestre e
4,1% na comparação anual. As despesas com PDD
caíram 52,7% na comparação trimestral e 0,8% na
comparação anual.
A carteira de crédito do Itaú Unibanco recuou 0,8% no
trimestre, mas apresentou crescimento de 4,3% em 12
meses, sendo a queda concentrado em PJ, com
variação de -1,8% no trimestre, enquanto que o segmento
de PF subiu 0,8% ante 3T15. A inadimplência do banco
subiu 0,2 p.p. no trimestre (3,5%), enquanto que o
indicador de cobertura do banco segue elevado, em
208% das operações com atraso superior a 90 dias. O
índice de Basiléia subiu de 16,1% no 3T15 para 17,8% no
4T15, reflexo também de alterações promovidas nas
circulares de risco de crédito para alinhamento às regras
internacionais.
ABC Brasil
O lucro líquido do Banco ABC foi de R$ 106,0 milhões no
4T15, crescimento de 11,0% ante o realizado em 3T15 e
28,3% acima do resultado de 4T14. O ROAE foi de 17,0%.
As operações de crédito do banco caíram 0,9% no
trimestre, mas subiram 4,7% em 12 meses, sendo que as
despesas com PDD caíram 46,3% no trimestre e subiram
11,4% anualmente. O índice de Basiléia ficou em 16,2% e
a taxa de inadimplência subiu 0,35 p.p. no trimestre,
atingindo 1,05%.
BancoData de
Divulgação
Lucro Líquido
ajustado 4T15
Banrisul 16/fev 155
Pine 18/fev -
Bco. do Brasil 24/fev 2.745
Daycoval 25/fev -
Paraná Banco 26/fev -
Indusval 10/mar -
Sofisa 13/mar -
Fonte: Bloomberg
Resultado Itau Unibanco - R$ Mi 3T14 4T14 3T15 4T15 Tri Anual
ITENS PATRIMONIAIS
Ativo Total 1.157.557 1.208.701,7 1.322.692,6 1.359.172,4 2,8% 12,4%
TVM 283.108 95.223,4 120.796,3 115.761,0 -4,2% 21,6%
Depósitos 280.975 294.773,2 300.728,7 292.610,4 -2,7% -0,7%
a Prazo 119.062 108.465,3 113.520,0 105.250,5 -7,3% -3,0%
à Vista 44.596 48.733,5 57.387,9 61.092,0 6,5% 25,4%
Poupança 113.676 118.449,4 111.450,9 111.318,8 -0,1% -6,0%
Patrimonio Líquido 90.776 95.847,7 103.352,9 106.462,4 3,0% 11,1%
DRE
Operações de crédito 17.561 18.436,3 20.531,8 19.144,0 -6,8% 3,8%
Resultado com derivativos e câmbio 13.109 13.396,7 24.131,3 12.848,3 -46,8% -4,1%
Operações de captação no mercado 20.048 (15.678,8) (21.122,7) (17.024,1) -19,4% 8,6%
Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa 14.369 (4.420,6) (9.262,3) (4.384,0) -52,7% -0,8%
Receitas de prestação de serviços 13.287 7.361,9 7.681,0 8.201,2 6,8% 11,4%
Despesas de pessoal 1.083 (4.202,6) (5.175,2) (4.835,2) -6,6% 15,1%
Administrativas 4.741 (4.252,9) (4.205,2) (4.570,7) 8,7% 7,5%
Lucro/Prejuízo do período 6.558 5.519,8 5.944,9 5.698,0 -4,2% 3,2%
LL Recorrente (R$ mi) 4.352 5.660 6.117 5.773 -5,6% 2,0%
RENTABILIDADE E PRODUTIVIDADE
LL por ação (R$) 0,99 0,92 1,00 0,96 (0,04) 0,04
Lcr/Aç básico antes itens extraord (recorrentes) 1,00 0,94 1,03 0,97 (0,06) 0,03
ROAE (%) 24,50 24,00 23,30 22,00 (1,30) (2,00)
ROAE Recorrente (%) 24,70 24,70 24,00 22,30 (1,70) (2,40)
ROAA Recorrente (%) 1,90 1,90 1,90 1,70 (0,20) (0,20)
Eficiencia 45,50 46,20 44,20 45,50 1,30 (0,70)
CRÉDITO
Operações de crédito¹ (R$ mi) 503.345 525.519 552.342 548.073 -0,8% 4,3%
PF 178.280 186.212 186.128 187.556 0,8% 0,7%
PJ 285.813 285.816 293.686 288.393 -1,8% 0,9%
Grandes Empresas 203.042 201.692 208.947 205.704 -1,6% 2,0%
Micro, Pequenas e Médias 82.771 84.124 84.739 82.689 -2,4% -1,7%
Exterior 39.252 53.491 72.528 72.125 -0,6% 34,8%
Despesa PDD/Carteira de crédito(%) 0,96 (0,83) (0,78) (0,83) (0,05) (0,00)
Saldo de PDD/Carteira de crédito(%) 5,02 5,13 6,19 6,24 0,05 1,11
Taxa de inadimplência (Atraso > 90dias) 3,20 3,10 3,30 3,50 0,20 0,40
Basiléia (%) 16,60 16,90 16,10 17,80 1,70 0,90
Cobertura > 90 dias 181,00 193,00 214,00 208,00 -6,0 15,0
Variação
Diretoria de Assuntos Econômicos
Rubens Sardenberg – Economista-chefe
Jayme Alves – Economista sênior
Caroline Dallava – Economista
Claudia Martins – Economista
Informativo Semanal de Economia Bancária – Semana de 8 a 12 de fevereiro de 2016 – Ano 8, Nº. 333
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Pesquisa FEBRABAN
A Pesquisa FEBRABAN de Projeções Macroeconômicas e
Expectativas de Mercado, feita entre os dias 28 de janeiro
e 02 de fevereiro com 25 instituições financeiras, mostrou
que as projeções para a atividade econômica de 2016
seguem recuando, ainda refletindo a baixa confiança
das famílias e empresários, pelo aumento da taxa de
desemprego e pelo elevado nível da inflação corrente. A
retração prevista para o PIB se acentuou de -2,8% para -
3,0%. Para 2017, as perspectivas são de crescimento, de
0,6%.
Por setores, a maior contribuição negativa para o PIB
segue na Indústria, cuja retração projetada para 2016
piorou, ao passar de -3,6% na pesquisa anterior para -4,7%
nesta pesquisa, enquanto as expectativas para 2017
indicam recuperação, com crescimento de 0,6%; parte
relevante do desempenho do setor está relacionada aos
investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), para o
qual a projeção continua em -8,1% nesta pesquisa.
As previsões para inflação voltaram a subir. Após o IPCA
atingir 10,67% em 2015, a previsão para 2016 avançou de
6,51% para 7,10%, enquanto a previsão para o IGP-M
avançou de 6,50% para 7,20%. Para 2017, as estimativas
são de 5,75% para o IPCA e 5,50% para o IGP-M.
Em relação à taxa Selic, após fechar 2015 em 14,25% a.a.
e ser mantida estável na última reunião do Copom, a
expectativa é que a taxa permaneça no patamar atual
no fechamento de 2016. Esta é a posição mediana e
representa 65% dos economistas consultados. Uma
parcela de cerca de 15%, no entanto, ainda acredita na
possibilidade de alta na Selic nas próximas reuniões. De
outra parte, há analistas que, provavelmente estão
considerando a piora espera no cenário macro, apostam
que a taxa deve recuar até o final do ano de 2016.
Expectativas para o quadro fiscal seguem piorando,
refletindo a queda na perspectiva de crescimento
econômico, o resultado orçamentário de 2015 e a
dificuldade de implementação do ajuste fiscal. O
resultado primário esperado para 2016 passou de um
déficit de 0,6% para um déficit de 1,0% do PIB. Vale
lembrar que o déficit primário de 2015 foi de 1,9% do PIB.
Em 2017, as expectativas são de neutralidade. Por sua vez,
o déficit nominal esperado avançou de 7,5% para 8,7%
do PIB em 2016, menor que o resultado de 2015 (-10,3%).
Para 2017, espera-se um déficit nominal de 6,5% do PIB.
Para a grande maioria dos economistas consultados
(79%), os superávits primários do cenário utilizado pelo
Copom (0,5% para 2016 e 1,3% para 2017) não serão
atingidos e adicionarão mais pressão sobre a política
monetária. Por fim, a relação Dívida Líquida/PIB, que
fechou 2015 em 36% do PIB, deve ficar em 40,8% do PIB
em 2016 (40,3% na pesquisa anterior) e em 43% em 2017,
segundo as expectativas dos economistas consultados.
Em relação ao setor externo, o ajuste nas contas
permanece acelerado diante de um real mais
desvalorizado e de uma atividade interna enfraquecida.
As previsões para o superávit comercial aumentaram de
US$ 31 bi para US$ 38 bi em 2016 e estão em US$ 45,9 bi
para 2017. O déficit em transações correntes projetado
recuou ante a pesquisa anterior, de US$ 40 bi para US$ 34
bi para 2016. Para 2017, as expectativas são de um déficit
ainda menor, de US$ 30 bi. Já o Investimento direto no País
esperado passou de US$ 53 bi para US$ 51,6 bi em 2016 e
está em US$ 55 bi para 2017, financiando totalmente o
déficit externo. As reservas internacionais previstas
apresentaram ligeiro aumento em 2016, de US$ 370,7 bi
para US$ 371,0 bi e estão em US$ 374,4 bi em 2017.
A taxa de câmbio esperada para o final de 2016 ficou
praticamente estável entre as pesquisas, em R$ 4,22. Para
2017, o câmbio esperado é de R$ 4,40. As previsões para
o PIB dos EUA de 2016 se mantiveram em 2,5% e estão em
2,4% para 2017, mantendo ritmo observado em 2015.
Resultado ABC Brasil - R$ Mi 4T14 3T15 4T15 Tri Anual
ITENS PATRIMONIAIS
Ativo Total 20.740 26.488 24.212 -8,6% 16,7%
TVM 4.294 5.086 5.685 11,8% 32,4%
Depósitos 4.794 5.106 4.594 -10,0% -4,2%
à Vista 83 42 69 63,1% -16,3%
a Prazo 4.260 4.724 4.206 -11,0% -1,3%
Patrimonio Líquido 2.189 2.441 2.510 2,8% 14,7%
DRE
Operações de Crédito 325 480 335 -30,2% 3,0%
TVM 169 335 271 -19,2% 60,6%
Despesa de Captação -337 -559 -310 -44,6% -7,9%
Despesa com PDD (R$ mi) -44 -90 -49 -46,3% 11,4%
Prestação de Serviços e Tarifas 50 45 58 29,2% 17,5%
Despesa de Pessoal -41 -47 -45 -2,6% 9,9%
Desp Administrativas -24 -23 -25 5,9% 1,6%
LL(R$ mi) 82 95 106 11,0% 28,3%
RENTABILIDADE E PRODUTIVIDADE
LL por ação (R$) 0,55 0,59 0,66 0,07 0,11
ROAE Recorrente (%) 15,20 16,20 17,00 0,80 1,80
ROAA (%) 1,60 1,50 1,70 0,20 0,10
Margem Financeira Anualizada (%) 4,60 4,50 4,60 0,10 -
Eficiencia 34,70 31,50 30,60 (0,90) (4,10)
CRÉDITO
Operações de crédito¹ (R$ mi) 20.573 21.726 21.534 -0,9% 4,7%
Corporate > R$ 250MM 17.804 18.998 18.807 -1,0% 5,6%
Middle 2.769 2.728 2.728 0,0% -1,5%
Despesa PDD/Carteira de crédito(%) (0,22) 0,10 (0,22) (0,32) (0,01)
Saldo de PDD/Carteira de crédito(%) 2,00 2,40 2,90 0,50 0,90
Taxa de inadimplência (Atraso>90dias) 0,12 0,70 1,05 0,35 0,93
Basiléia (%) 14,40 14,60 16,20 1,60 1,80
Variação
2016 2017
Crescimento do PIB Total (var. %) 0,3 -3,7* -2,8 -3,0 0,6
Crescimento do PIB Agropecuário (var.%) 0,4 2,0* 1,8 1,8 2,5
Crescimento do PIB Industrial (var.%) -1,1 -6,3* -3,6 -4,7 0,6
Crescimento do PIB Serviços (var.%) 0,7 -2,4* -2,2 -2,1 0,8
PIB – Formação Bruta de Capital Fixo (var. %) -7,8 -13,7* -8,1 -8,1 1,4
Produção Industrial (var. anual %) -3,2 -8,3 -3,5 -4,5 1,5
IPCA (%) 6,41 10,67 6,51 7,10 5,75
IGP-M (%) 3,69 10,54 6,50 7,20 5,50
Taxa Selic Meta (fim de período) 11,75 14,25 14,25 14,25 12,75**
Variáveis Macroeconômicas
(mediana)
Pesquisa
anterior
Pesquisa
atual
2014jan/16
Efetivos
2015 2016
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As projeções para o crédito em 2016 pioraram em relação
à última pesquisa: de 7,8% para 6,4%, desacelerando nas
duas modalidades, livre e direcionado, e 95% dos
economistas consultados esperam um novo crescimento
real negativo nas operações de crédito. Para 2017, os
economistas esperam ligeira aceleração para 7,9%,
voltando a apresentar um crescimento real positivo.
Após avançar 3,7% em 2015, o crédito com recursos livres
deve crescer 3% em 2016, com ligeiro recuou antes os
4,0% previstos na pesquisa anterior. Para 2017, as
expectativas são de avanço de 5,0%. O crédito
direcionado deve crescer 9,8% em 2016, mesmo ritmo
observado em 2015, mas abaixo do previsto na pesquisa
passada (11,7%). Para 2017, a previsão é de expansão de
11,1% no crédito direcionado.
No crédito com recursos livres, o crescimento previsto em
Pessoa Jurídica neste ano saiu de 3,3% para 2,7% na atual
pesquisa e está em 5,1% para 2017. Em Pessoa Física, a
expansão prevista recuou de 4,4% para 3,3% em 2016 e
está em 5,0% para 2017. Em PF, o desempenho esperado
para o financiamento de veículos piorou novamente
entre as pesquisas, de -4,4% para -9,8%. Para o crédito
pessoal (incluindo consignado), as previsões são também
de desaceleração, mas foram em menor grau: de 7,4%
para 7,2% em 2016.
Sobre a previsão para a taxa de inadimplência (Recursos
Livres), houve um ligeiro aumento em 2016, de 5,5% para
5,6%, pouco acima do patamar de 5,3% do final de 2015.
E para 2017, a previsão é de recuo da inadimplência,
para 5,2%.
Poupança
A poupança teve retirada líquida em janeiro de -R$ 12,0
bilhões, com R$ 149,6 bilhões em depósitos e saques de R$
161,6 bilhões. Em janeiro de 2015, a retirada líquida tinha
sido de R$ 5,6 bi. Desta forma, o patrimônio da poupança
encerrou janeiro com R$ 648,6 bilhões, de R$ 656,6 bi em
dez/15. Os números são reflexo da contínua piora nas
condições econômicas, em especial do mercado de
trabalho, da alta da taxa de juros e da inflação.
Calendário Semanal: Destaques Com o carnaval, poucos indicadores serão divulgados no
restante desta semana. O único destaque do calendário
doméstico é a primeira prévia do IGP-M de fevereiro, em que
se espera uma alta de 1,17%, na sexta-feira.
Em relação à agenda internacional, também poucos dados
relevantes serão divulgados. Destacamos o PIB da Zona do
Euro do 4T15, a ser divulgado na sexta-feira e que deve
mostrar um crescimento dessazonalizado de 0,3% T/T, em
linha com o trimestre anterior.
2016 2017
Taxa de Câmbio (R$ / US$ - fim de período) 2,66 3,90 4,20 4,22 4,40
Balança Comercial (US$ bilhões) -4,1 19,7 31,0 38,0 45,9
Saldo em transações correntes (US$ bilhões) -104,2 -58,9 -40,0 -34,0 -30,0
Investimento direto no país (US$ bilhões) 96,9 75,1 53,0 51,6 55,0
Reservas Internacionais (US$ bilhões) 363,6 356,5 370,7 371,0 374,5
Risco Brasil - EMBI (pontos) 259 523 367,5 406,0 348,5
Resultado Nominal (% do PIB) -6,0 -10,3 -7,5 -8,7 -6,5
Resultado Primário (% do PIB) -0,6 -1,9 -0,6 -1,0 0,0
Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 34,3 36,0 40,3 40,8 43,0
Crescimento do PIB – EUA (var.%) 2,4 2,4 2,5 2,5 2,4
CPI – EUA (var.%) 0,8 0,7 2,0 1,5 2,1
Taxa do fed funds - EUA (fim de período) 0,25 0,50 1,25 1,13 2,13
jan/16
Efetivos
2015 2016
Variáveis Macroeconômicas
(mediana)
Pesquisa
anterior
Pesquisa
atual
20142016 2017
Operações de Crédito da Carteira Total
(var. %, total do SFN)11,3 6,6 7,8 6,4 7,9
Operações de Crédito com Recursos Direcionados
(var. %, total do SFN)19,6 9,8 11,7 9,8 11,1
Operações de Crédito com Recursos Livres
(var. %, total do SFN)4,6 3,7 4,0 3,0 5,0
Operações de Crédito para Pessoas Físicas
(var. %, total do SFN com recursos livres)5,5 2,5 4,4 3,3 5,0
Operações de Crédito para Pessoas Físicas –
Crédito Pessoal (var. % , incluindo consignado)11,2 7,3 7,4 7,2 7,5
Operações de Crédito para Pessoas Físicas –
Aquisição de Veículos (var. %, incluindo leasing)-4,5 -12,7 -4,4 -9,8 -2,0
Operações de Crédito para Pessoas Jurídicas
(var. %, total do SFN com recursos livres)3,8 4,8 3,3 2,7 5,1
Taxa de Inadimplência
(acima de 90 dias, em %)4,4 5,3 5,5 5,6 5,2
2016
Efetivos
2015
Variáveis do Setor Bancário
(var. % anual)
Pesquisa
anterior
Pesquisa
atual
2014jan/16
(14.000)
(12.000)
(10.000)
(8.000)
(6.000)
(4.000)
(2.000)
0
2.000
4.000
6.000
jan
/15
fev/
15
mar
/15
abr/
15
mai
/15
jun
/15
jul/
15
ago
/15
set/
15
ou
t/1
5
no
v/1
5
dez
/15
jan
/16
Captação Líquida da Poupança (R$ mi)
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Semana Passada: Destaques
Inflação
O IPCA divulgado na semana passada (05), surpreendeu
o mercado ao acelerar para 1,27% em janeiro, de +0,96%
em dezembro e de +1,24% em janeiro de 2015. As
expectativas de mercado giravam em torno de uma alta
de 1,1% no mês. O resultado de janeiro foi o maior para o
mês desde 2003, quando o IPCA subiu 2,25%. Assim, o
acumulado em 12 meses saiu de 10,67% para 10,71%,
maior taxa desde novembro de 2003, quando marcou
11,02%.
Os destaques da alta de janeiro foram os grupos
Alimentação e Bebidas, com +2,28%, e Transportes, com
+1,77%. As variações dos demais grupos estão na tabela
a seguir:
Fonte e elaboração: IBGE
A expectativa do mercado para o IPCA é de alta de
7,56% para 2016 e 6,00% para 2017, segundo último
Relatório Focus, divulgado no dia 10.
Outro indicador de inflação de janeiro, também
divulgado na última sexta-feira (08), foi o Índice Geral de
Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que acelerou
para +1,53%, de +0,54% em dezembro e de 0,67% em
janeiro de 2015. O resultado ficou acima das expectativas
de mercado, de +1,30%.
A aceleração entre dezembro e janeiro foi puxada pelo
IPA (preços do atacado), que saiu de 0,33% para 1,63%.
O INCC (preços do setor de construção) também subiu,
de 0,10% para 0,40%, na mesma comparação, assim
como o IPC (preços ao consumidor), que acelerou de
0,88% para 1,78%.
Em 12 meses, o IGP-DI total acumulou alta de 11,6%.
Segue o resultado 12 meses para os componentes:
1,27
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
de
z/0
9
jun
/10
de
z/1
0
jun
/11
de
z/1
1
jun
/12
de
z/1
2
jun
/13
de
z/1
3
jun
/14
de
z/1
4
jun
/15
de
z/1
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IPCA - IBGEVariação mensal (%)
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Para o ano fechado, o mercado espera um IGP-DI de
7,72%, conforme último Relatório Focus do Bacen,
divulgado hoje (10).
Nível de Atividade
O IBGE divulgou na semana passada (2) os dados da
produção industrial de dezembro de 2015. A indústria
recuou 0,7% em relação a novembro, na série com ajuste
sazonal, e -11,9% ante o mesmo mês de 2014, de acordo
com o IBGE. No acumulado do ano, o setor recuou 8,3%,
na maior queda da série histórica, iniciada em 2003. O
pior resultado até então havia sido observado em 2009,
de -7,1%. Com isso, ainda segundo o IBGE, a indústria
encontra-se 19,5% abaixo do nível recorde alcançado em
junho de 2013.
O resultado por categoria econômica segue abaixo:
Fonte e elaboração: IBGE
Entre setores, a retração acumulada no ano foi
disseminada, em 25 dos 26 ramos avaliados pelo IBGE.
Apenas a indústria extrativa apresentou crescimento, de
3,9%. O principal impacto negativo, segundo o IBGE, foi
de veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,9%).
O mercado acredita que o setor continue apresentando
retração neste ano, de 4,00%, se recuperando em 2017,
cujas expectativas são de +1,50%, conforme último
Relatório Focus do Bacen, divulgado hoje (10).
Balança comercial
A balança de comercial de janeiro de 2016 registrou o
resultado positivo de US$ 923 mi, ante um déficit de US$
3,2 bi em jan/15. O saldo comercial do mês é resultado de
exportações de US$ 11,2 bilhões e importações de US$10,3
bilhões. A corrente de comércio, assim, foi de US$ 21,6
bilhões, queda de 25,9% sobre o mesmo período de 2014.
Em 12 meses, a balança comercial acumula um superávit
de US$ 23,8 bilhões. A expectativa FOCUS é que a
balança comercial feche em US$ 36,35 bi este ano.
Economia Internacional
-8,3-10,0
-8,0
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
jan
/13
ab
r/13
jul/
13
ou
t/13
jan
/14
ab
r/14
jul/
14
ou
t/14
jan
/15
ab
r/15
jul/
15
ou
t/15
Produção mensal da indústria - IBGEVar. % últimos 12 meses
(10.000)
(5.000)
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
jan
/12
mai
/12
set/
12
jan
/13
mai
/13
set/
13
jan
/14
mai
/14
set/
14
jan
/15
mai
/15
set/
15
jan
/16
BC ac. em 12 meses (US$ mi)
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Euro
O índice PMI composto do Euro de janeiro caiu 0,7 pontos
no mês, para 53,6 pontos, ficando ligeiramente acima da
prévia anterior (53,5) e atingindo o menor resultado em
quatro meses. O resultado é consequência da queda
tanto do PMI da indústria, quanto do índice de serviços.
Ainda, o indicador mostrou riscos de deflação, em
especial do indicador de preços cobrados pelos bens e
serviços. Dos países que o compõe, a Alemanha voltou a
desacelerar, mas a Espanha atingiu um dos maiores
patamares em meses.
EUA
O índice PMI composto dos EUA recuou de 54 para 53,2
pontos em janeiro, alcançando o menor nível desde
outubro de 2013, sendo reflexo da queda do PMI de
serviços de 54,3 para 53,2 pontos e o menor número de
novos negócios. Na margem, os indicadores continuaram
acima do valor neutro, ainda sugerindo crescimento da
atividade.
China
A economia chinesa continua em desaceleração - o
índice PMI da indústria de transformação recuou de 49,7
para 49,4 pontos em janeiro, ficando abaixo das
expectativas (49,6). O resultado derivou da queda de
novos pedidos, sugerindo uma demanda fraca. Ainda
foram divulgados dados fiscais de 2015, que mostraram as
despesas crescendo 15,8% e as receitas 8,4%, atingindo
um déficit fiscal de 3,5% do PIB, ante déficit de 2,1% 2014.
Mesmo com estes resultados, há uma sinalização de
manutenção dos estímulos à economia.
Ações
Mês Ano
Ibovespa IBOV 0,5% 0,5% -6,4%
IFNC IFNC 0,1% 0,1% -3,9%
Petrobras PETR4 -6,2% -6,2% -32,2%
Vale VALE5 7,6% 7,6% -24,0%
BTG BBTG11 -1,5% -1,5% 10,3%
Santander SANB11 3,8% 3,8% -15,6%
Itaú Unibanco Pn ITUB4 -0,6% -0,6% -5,8%
Itaú Unibanco On ITUB3 1,3% 1,3% -6,8%
Bradesco Pn BBDC4 7,6% 7,6% 1,3%
Bradesco On BBDC3 6,6% 6,6% 1,9%
Bco. Do Brasil BBAS3 -1,2% -1,2% -7,1%
BIC BICB4 0,0% 0,0% 0,0%
Banrisul BRSR6 5,4% 5,4% -20,0%
Daycoval DAYC4 0,0% 0,0% -0,3%
ABC ABCB4 9,9% 9,9% 2,5%
Sofisa SFSA4 44,6% 44,6% 83,4%
Pine PINE4 -3,3% -3,3% -6,7%
Paraná Banco PRBC4 5,7% 5,7% -5,7%
Indusval IDVL4 -2,0% -2,0% -3,9%
Empresa
BANCOS
CódigoVariação
Semanal
Variação acumulada
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Indicadores Úteis
Var. (p.p.)
semanal e mensal
Meta Selic (% a.a.) 14,25 14,25 14,25 0 p.p./ 0 p.p.
Juros DI de Janeiro de 2017 (%a.a.) 14,56 14,52 15,60 0,04 p.p./ -1,04 p.p.
Juros DI de Janeiro de 2018 (%a.a.) 15,23 15,17 16,21 0,06 p.p./ -0,98 p.p.
Juros US$ 180 dias (Swap cambial – taxa % anualizada) 3,06 2,97 3,19 0,09 p.p./ -0,13 p.p.
Juros US$ 360 dias (Swap cambial – taxa % anualizada) 3,53 3,83 4,05 -0,3 p.p./ -0,53 p.p.
Taxa de câmbio (Ptax) 3,90 4,00 4,01 -2,4% / -0,2%
Fed Funds (%) 0,50 0,50 0,50 0 p.p./ 0 p.p.
T-BOND (10 anos - %) 1,84 1,92 2,24 -0,09 p.p./ -0,4 p.p.
T-BOND (30 anos - %) 2,67 2,74 3,00 -0,08 p.p./ -0,33 p.p.
Fonte: Bloomberg e Banco Central do Brasil
Indicadores do Mercado 05/02/16 29/01/16 05/01/16
5/2/16 29/1/16 22/1/16 Tendência* 5/2/16 29/1/16 22/1/16 Tendência*
IPCA (%) 7,56 7,26 7,23 6,00 5,80 5,65
PIB (% de crescimento) -3,21 -3,01 -3,00 0,60 0,70 0,80
Meta Selic - media do ano (%a.a.) 14,25 14,25 14,84 12,50 12,75 12,99
Fonte: Banco Central do Brasil
* comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado do Bacen
2016 2017FOCUS – Indicadores Selecionados
Indicadores de Crédito – Evolução Recente Var.
(Nova Metodologia) (mensal e 12 meses)
Saldo Total das Operações de Crédito (R$ bi) 3.216,9 3.174,9 3.017,5 1,3% / 5,2%
Saldo das Operações de Crédito Total com PF (R$ bi) 1.509,7 1.500,5 1.412,1 0,6% / 6,3%
Saldo das Operações de Crédito Total com PJ (R$ bi) 1.707,2 1.674,3 1.605,4 2% / 4,3%
Taxa Média de Inadimplência Total (%) – SFN 3,4 3,4 2,7 0 p.p./ 0,7 p.p.
Taxa Média de Inadimplência PF (%) – SFN 4,2 4,2 3,7 0 p.p./ 0,5 p.p.
Taxa Média de Inadimplência PJ (%) - SFN 2,6 2,6 1,9 0 p.p./ 0,7 p.p.
Spread Bancário (Nova Metodologia) dez-15 nov-15 dez-14 Var.(p.p.)Mensal
Spread Bacen Total (p.p.) – SFN 18,7 19,4 14,9 -0,7
Spread Bacen PF (p.p.) – SFN 26,6 27,4 21,5 -0,8
Spread Bacen PJ (p.p.) – SFN 9,9 10,5 8,1 -0,6
Fonte: Banco Central do Brasil
dez-15 nov-15 dez-14