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Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos Julho 2014 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014 Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos Amanda Barbosa Vergne [email protected] Master em Arquitetura Instituto de Pós-Graduação IPOG Salvador, BA, 05/08/2013 Resumo Este artigo apresenta uma análise sobre a influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e dos equipamentos urbanos, de forma a transmitir a importância dos projetos luminotécnicos para tais ambientes, muitas vezes desconsiderados ou menosprezados nos projetos arquitetônicos e urbanísticos. A luz é uma das ferramentas mais importantes no momento da realização destes projetos, sendo que a mesma pode proporcionar diferentes maneiras de ver e sentir o mundo e suas paisagens. Nos dias atuais, tem sido crescennte a popularidade do paisagismo, e por tanto, já se permite de certa forma dar mais atenção e valor a este tipo de projeto, tanto no exterior das edificações, como nos equipamentos urbanos, porém a caminhada para conscientização de todos sobre essa questão, ainda é longa. Este artigo pretende concientizar as pessoas da importância destes projetos específicos, afim de comprovar através de pesquisas e imagens como um ambiente pode se tornar mais seguro e convidativo quando iluminado da forma correta, levando em consideração também a utilização da vegetação ideal para cada tipo de ambiente. Como metodologia para o desenvolvimento deste trabalho, foram adotadas a pesquisa exploratória e descritiva, através de leitura de livros, arquivos da iternet e do estudo de projetos arquitetônicos, paisagísticos e luminotécnicos ligados ao tema. Através do estudo sobre a problemática indicada acima, chegou-se ao resultado já esperado de que devemos o mais rápido possível adaptar os nosso projetos pré-existentes e em execução projetual de arquitetura e urbanismo tanto de residências, quanto dos equipamentos urbanos, à um bom projeto luminotécnico e paisagístico. Nas residências podemos ter sensações positivas, de aconchego, e até mesmo segurança, a depender da dimensão dos seus jardins, e nos equipamentos urbanos como grandes praças, eliminam-se sombras, vegetaçãoes incoerentes, utilizam-se luminárias mais eficazes, determinando-se focos luminosos, tipos de lâmpadas e alturas de posteamentos corretos, entre outors, tornando os ambientes mais convidativos e visualemnte mais seguros. Portanto, podemos concluir que a arquitetura é um ramo que sempre deve caminhar cruzado com todas as ramificações de sua área como o paisagismo, iluminação, urbanização, para assim podermos chegar realmente a um bom resultado projetual, que proporcione prazer e aconchego aos seus usuários, estes sentindo e valorizando ainda mais o trabalho e esforço realizado pelos profissionais da érea em gerar todas essas sensações. Palavras-chave: Iluminação de Exteriores. Paisagismo. Equipamentos urbanos. Projeto Luminotécnico.

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Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos

Julho 2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014

Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e

equipamentos urbanos

Amanda Barbosa Vergne – [email protected]

Master em Arquitetura

Instituto de Pós-Graduação – IPOG

Salvador, BA, 05/08/2013

Resumo

Este artigo apresenta uma análise sobre a influência da iluminação de exteriores na

valorização do paisagismo e dos equipamentos urbanos, de forma a transmitir a importância

dos projetos luminotécnicos para tais ambientes, muitas vezes desconsiderados ou

menosprezados nos projetos arquitetônicos e urbanísticos. A luz é uma das ferramentas mais

importantes no momento da realização destes projetos, sendo que a mesma pode

proporcionar diferentes maneiras de ver e sentir o mundo e suas paisagens. Nos dias atuais,

tem sido crescennte a popularidade do paisagismo, e por tanto, já se permite de certa forma

dar mais atenção e valor a este tipo de projeto, tanto no exterior das edificações, como nos

equipamentos urbanos, porém a caminhada para conscientização de todos sobre essa

questão, ainda é longa. Este artigo pretende concientizar as pessoas da importância destes

projetos específicos, afim de comprovar através de pesquisas e imagens como um ambiente

pode se tornar mais seguro e convidativo quando iluminado da forma correta, levando em

consideração também a utilização da vegetação ideal para cada tipo de ambiente. Como

metodologia para o desenvolvimento deste trabalho, foram adotadas a pesquisa exploratória

e descritiva, através de leitura de livros, arquivos da iternet e do estudo de projetos

arquitetônicos, paisagísticos e luminotécnicos ligados ao tema. Através do estudo sobre a

problemática indicada acima, chegou-se ao resultado já esperado de que devemos o mais

rápido possível adaptar os nosso projetos pré-existentes e em execução projetual de

arquitetura e urbanismo tanto de residências, quanto dos equipamentos urbanos, à um bom

projeto luminotécnico e paisagístico. Nas residências podemos ter sensações positivas, de

aconchego, e até mesmo segurança, a depender da dimensão dos seus jardins, e nos

equipamentos urbanos como grandes praças, eliminam-se sombras, vegetaçãoes incoerentes,

utilizam-se luminárias mais eficazes, determinando-se focos luminosos, tipos de lâmpadas e

alturas de posteamentos corretos, entre outors, tornando os ambientes mais convidativos e

visualemnte mais seguros. Portanto, podemos concluir que a arquitetura é um ramo que

sempre deve caminhar cruzado com todas as ramificações de sua área como o paisagismo,

iluminação, urbanização, para assim podermos chegar realmente a um bom resultado

projetual, que proporcione prazer e aconchego aos seus usuários, estes sentindo e

valorizando ainda mais o trabalho e esforço realizado pelos profissionais da érea em gerar

todas essas sensações.

Palavras-chave: Iluminação de Exteriores. Paisagismo. Equipamentos urbanos. Projeto

Luminotécnico.

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1. Introdução

A valorização dos espaços urbanos e das áreas de paisagismo exteriores às edificações eram

itens negligenciados pelos arquitetos e urbanistas, quando os mesmos não incluíam em seus

projetos a luminotecnia como algo primordial e engrandecedor dos espaços que desejavam

criar. Além disto, os governantes, responsáveis pela execução dos espaços urbanos das

cidades, não se importavam em contratar profissionais especializados que pudessem projetar

estes ambientes levando em consideração a real importância e magnitude que estes espaços

mereciam, e, por tanto, eram utilizadas vegetações inapropriadas, iluminação incorreta, o que,

ao invés de agregar valor aos equipamentos urbanos, passou a gerar locais inseguros,

principalmente no período noturno, por haverem zonas de sombreamento excessivas, e por

muitas vezes, não serem constituídos de áreas como parque infantil, com equipamentos de

ginástica, mesas destinadas para jogos como xadrez, dama, que poderiam atrair pessoas das

mais diversas faixas etárias, e por tanto, mantendo-se por muitas vezes subutilizados.

A história da iluminação relembra que, focando principalmente no Brasil, a iluminação

urbana teve início somente com o intuito gerar ‘clareamento’ às noites das cidades. Conforme

dito por Carvalho (2010:01), em 1500, os portugueses chegaram ao Brasil, trazendo as formas

de iluminação que utilizavam na Europa, as lamparinas, sendo as mesmas feitas a base de

alguns tipos de óleo, como o vegetal e de oliva. Como até o século XVIII não existia luz

elétrica, até mesmo as festas eram iluminadas com velas de sebo e gordura.

É deste tempo, o projeto de outro melhoramento notável; o referente à iluminação

pública e de que resultou a aprovação, a 13 de abril de 1849, do plano de

distribuição dos dezessete lampiões encomendados para a cidade, pelo qual eram

designadas as casas em que seriam eles colocados. É de crer, houvesse sido bem

estudada essa distribuição. Conclui-se de outra parte a ciumeira dos não

contemplados, nas fachadas das suas casas com tais fontes de iluminação. Houve

reclamações e consequentemente algumas modificações no plano. Seria uma vida

nova para as noites escuras de Curitiba. Não mais haviam de tropeçar em obstáculos

que às vezes eram animais. Os atoleiros das ruas ficariam visíveis aos que

retornassem de visitas noturnas a amigos. O melhoramente recebeu os aplausos dos

habitantes da cidade (PILOTTO, 1967:13).

Somente no século XIX, algumas cidades como Rio de Janeiro passaram a utilizar-se de

luminárias a base de óleo de baleia. A primeira cidade a utilizar a iluminação a gás foi são

Paulo, porém foi em Campos, no Rio de Janeiro onde se utilizou pela primeira vez no país a

luz elétrica nas ruas, em virtude da presença de uma usina termoelétrica na cidade. Portanto,

aos poucos os lampiões que durante muito tempo eram os únicos responsáveis pela

iluminação das cidades brasileiras, foram sendo substituídos pela luz elétrica.

Podemos observar, com todo esse histórico, que o foco da iluminação elétrica naquela época

era puro e simplesmente de iluminar as ruas das cidades e residências, sem levar em

consideração qualquer tipo de esteticidade ou luminotecnia, sem haver qualquer análise de

escolha do melhor tipo de lâmpada a ser utilizada ou itens do tipo, fato totalmente

compreensível para a época.

Com a chegada da iluminação elétrica, ainda que não pensada projetualmente, a vida das

pessoas daquela época tomou um novo rumo, alterando completamente a vida noturna nas

cidades. Ainda que sem projeto, a iluminação que deixou de ser feita por lampiões e passou a

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ser realizada por lâmpadas, trouxe maior iluminação para as ruas das cidades, deixando-as

mais seguras, e as pessoas passaram a aproveitar mais da vida noturna.

Caminhando um pouco mais à frente na história, na década de 1960, o problema da

iluminação nas ruas das cidades se tornou ainda maior, pois ainda não se dava a devida

importância aos projetos específicos da área, e havia um aumento drástico no trânsito de

veículos. O resultado foi uma iluminação uniforme (para os usuários dos veículos) e pouco

refinada, com problemas de poluição luminosa e sombras indesejáveis projetadas

sobre as calçadas (péssimo para pedestres e a edificação circundante). Pela sua vez,

a iluminação artificial dos edifícios (dominantes da época, as famosas torres de

vidro) que escapa pelas suas aberturas cria conflito, também, no espaço urbano com

a iluminação pública e com os componentes do próprio recinto, além de significar

desperdício energético (MASCARÓ, 2006:03).

Geralmente o posteamento existente nas cidades são instalados de forma a representar

simplesmente pontos de luz, que não se relacionam com nada ao seu redor. Por isso muitas

cidades que se mostram encantadoras durante o dia, desaparecem ao anoitecer ainda nos dias

de hoje. Suas silhuetas e belezas naturais, por mais surpreendentes que sejam, ficam

desvalorizadas. Mas será que o correto seria termos as mesmas sensações nas cidades durante

o dia e a noite? Uma iluminação que conseguisse ser o mais fiel à paisagem diurna seria a

mais indicada? Dificilmente se conseguirá proporcionar um mesmo espaço urbano diurno e

noturno, que permita aos seus usuários sentirem sensações idênticas, seria algo quase que

impossível, afinal são ambientes muitos diferenciados principalmente quando falamos da luz

natural, advinda do sol, que consegue iluminar os ambientes quase que homogeneamente

durante o dia, sendo a luz de melhor índice de reprodução de cor existente. Porém, a noite

podem sim ser criados ambientes extraordinários com a ajuda da luz artificial, ambientes até

mesmo mais ou tão encantadores quanto o são durante o dia. As fontes luminosas das grandes

cidades são bons exemplos de como a paisagem noturna pode ser valorizada com um

equipamento que se enaltece ao escurecer.

Figura 1 – Fonte Burj Dubai – Dubai – Visual diurno

Fonte: http://soteconto.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html (2010)

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Figura 2 – Fonte Burj Dubai – Dubai – Visual noturno

Fonte: http://nucleope.com.br/noticias/visualizar/?id=88 (2013)

O planejamento dos equipamentos urbanos deve levar em consideração as diversas

percepções do olho humano, sendo pensado para a paisagem diurna e noturna, afim de

valorizar os ambientes em qualquer uma destas situações. As cidades não devem ‘sumir’ ao

escurecer, mas sim renascer a partir de um novo olhar, uma nova paisagem.

2. Método adotado

O método adotado para a elaboração deste artigo foi o da realização de uma pesquisa

bibliográfica através de diversos autores sobre o tema em questão, afim de comprovar as

mudanças de pensamento e atitude que os profissionais da área de arquitetura e urbanismo

devem fazer, juntamente com os demais setores envolvidos nos projetos, como os poderes

públicos e privados. O período de tempo dedicado a pesquisa destes dados foi de 3 meses. Os

dados coletados de uma forma geral falam um pouco sobre a história da iluminação no Brasil,

demonstrando seu caminho desde os lampiões à base óleo da época colonial até a chegada da

energia elétrica nas cidades, além das problemáticas geradas com a evolução dos tempos, com

a chegada dos veículos e suas respectivas vias e rodovias, praças e áreas de lazer das cidades,

as quais tiveram pouca ou quase nenhuma atenção dos seus governantes, quando a iluminação

era feita sem critérios projetuais específicos, e a vegetação desvalorizada e mal especificada.

3. Influência da utilização da iluminação e do paisagismo ‘corretos’ nos equipamentos

urbanos

Segundo Santos (2005:33), no Brasil, os projetos de iluminação, neste caso falando das vias,

são executados afim de simplesmente atender a iluminância determinada pela Norma

Brasileira – NBR 5101, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, na qual não

há a preocupação com o ambiente arquitetônico. Porém, infelizmente, as vias não são o único

projeto público onde os profissionais projetam afim de somente atender as normas, sendo

assim também com praças, jardins, entre outros equipamentos urbanos pela cidade. Ainda

existem também, os casos de projetos que não seguem nem ao menos as normas básicas

estabelecidas na ABNT.

No entanto, alguns profissionais da área vêm tentando alterar essa realidade, através da

revitalização de projetos pré-existentes e da execução de novos projetos, já considerando a

integração dos projetos luminotécnicos e paisagísticos. Muitas vezes, quando falamos de

projetos de ordem pública, alguns políticos também aliados à interesses privados, e

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interessados em sua reputação, principalmente no caso de mandatos iniciantes, desejando

‘mostrar trabalho’, contratam projetos de arquitetura e urbanismo mais elaborados, fazendo

questão de contratar profissionais reconhecidos no mercado, que já tenham experiência com

projetos ‘completos’ e interligados. Por um bom motivo ou não, ao menos a população tem se

beneficiado de alguma forma com estas ações.

Em décadas passadas, a tendência foi aumentar a iluminância e instalar

equipamentos mais ornamentais; em vez de fornecer o mínimo necessário, os

proponentes entusiastas de “uma melhor iluminação” freqüentemente queriam o

óbvio: mais luz melhor distribuída. Mas atualmente se enfatiza novos aspectos de

projeto e se revisa os valores usados, como são os casos de Rio de Janeiro, Curitiba

e Buenos Aires, reconhecendo, por exemplo, que o desenho dos postes e das

luminárias pode ser requintado, como já o foi em outras épocas, representando uma

boa oportunidade para o desenho de objetos de uso artisticamente resolvidos. E se

incorpora os novos princípios do processo de projeto da iluminação do espaço

urbano tais como a inexistência de poluição luminosa e do ofuscamento assim como

a de se ter uma boa reprodução das cores; note-se o cuidado do projeto que evita

produzir um halo luminoso sobre o conjunto de edifícios, destacando cada um deles

sem ofuscar. (MASCARÓ, 2006:03).

Um bom exemplo de intervenção feita em uma praça existente e mal tratada foi a realizada na

Praça Celso Ramos, em Florianópolis, SC. Segundo Castro (2010), o maior desafio do projeto

foi o de modificar o espaço, preservando sua estrutura, mantendo as árvores adultas existentes

e respeitando o espaço contemplativo que a praça já possuía. O projeto valorizou-se por

canteiros de herbáceas forragivas com desenho orgânicos, afim de gerar um movimento visual

a praça. A iluminação foi toda modificada e refeita de forma a agradar os seus visitantes ao

mesmo tempo que retirou o ar inseguro gerado por sombras e ambientes mal iluminados antes

existentes na mesma. Todos os equipamentos urbanos foram modificados e adaptados à nova

realidade da praça, como novos postes e luminárias diversas, equipamentos de ginástica,

bancos de madeira, enfim, a praça ganhou ‘vida’ (Figuras 3 e 4).

Figura 3 – Praça Governador Celso Ramos – Florianópolis – SC

Fonte: http://www.jardinseafins.com.br (2010)

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Figura 4 – Praça Governador Celso Ramos – Florianópolis – SC

Fonte: http://www.woa.com.br (2010)

Outra grande intervenção feita no Brasil e que representou até mesmo destaque na quinta

edição do Prêmio Abilux, garantindo a terceira colocação do Brasil na categoria fachadas,

monumentos, jardins e espaços públicos, foi a realizada na Praça Hercílio Luz, situada no

Centro Histórico de São José, Santa Catarina.

Figura 5 – Praça Hercílio Luz – São José – SC

Fonte: http://www.portouniaosc.com.br (2012)

Conforme dito por Rockhaus (2005), a iluminação exterior pode prolongar o dia e mudar

radicalmente o ambiente de seus espaços ao ar livre, e nesta cidade o reflexo desta grande

intervenção a tornou mais iluminada e as praças e ruas tornaram-se pontos turísticos

valorizados, sendo que a população local foi quem mais se beneficiou com esta nova

realidade. Esta passou a conviver com ambientes mais agradáveis, que atendem a todas as

faixas etárias e promovem a boa convivência entre seus habitantes, estando agora em um local

visivelmente mais seguros.

4. A luz

Segundo Magalhães (2010), a luz é a radiação eletromagnética que produz a sensação visual,

porém o ser humano somente consegue ver uma pequena parte do espectro eletromagnético,

entre as frequências 400nm e 700nm, que é a radiação visível, situada entre a radiação infra-

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vermelha e ultra-violeta. Já a luz solar tem uma gama maior no espectro eletromagnético,

variando entre os raios-x até as ondas rádio (Figura 5).

Há mais alguns outros parâmetros que podem ser utilizados para caracterização da luz, e eles

são: O Fluxo luminoso, que é a quantidade de luz emitida por uma determinada fonte, sendo

sua unidades o lúmen (lm); Intensidade luminosa, medida em candelas (cd), representa a

quantidade de fluxo luminoso transmitido em uma determinada direção, e sua distribuição

espacial de intensidade luminosa é quem define a forma do raio de luz emitido pelas

luminárias; Iluminância é a quantidade de luz que incide em uma área e sua unidade de

medida é lx (lux); Luminância é a quantidade de luz refletida por uma unidade de área, sendo

medida en cd/m², dependendo da fonte que é emitida, da superfícia sobre a qual incide e do

seu observador.

Figura 5 – Espectro Eletromagnético

Fonte: http://www.ctb.com.pt (2011)

Já a temperatura de cor (Figura 6) é expressa em kelvin (ºK) e , segundo Narboni (2003)

permite precisar o grau de coloração da luz branca emitida. A temperatura de cor mexe com

as sensações do ser humano nos mais diversos ambientes, podendo projetualmente torná-lo

mais frio e duro, ou mais aconchegante e leve. Geralmente estas sensações são geradas

respectivamente pela luz branca e amarela, sendo estes recursos muito utilizados em projetos

urbanísticos, arquitetônicos e de interiores. A luz amarela, a depender de onde for utilizada,

apesar do aconchego que gera, pode trazer insegurança, já a luz branca, por permitir uma

sensação maior de claridade, emite mais segurança, fato este que pode perfeitamente ser

estudado e adaptado pelos arquitetos, paisagistas e light designers, produzindo diversos

efeitos, muitas vezes casados com estas duas temperaturas de cor.

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Figura 6 – Tabela de temperaturas de cor (Ta)

Fonte: http://garagembr.com.br (2013)

O índice de reprodução da cor (IRC) mede o quanto a luz artificial se aproxima da natural e é

um outro aspecto importantíssimo que deve ser considerado ao se elaborar projetos em todos

os âmbitos, pois quando se utiliza uma lâmpada com um baixo IRC, objetos, alimentos,

figuras, podem ter seus aspectos originais completamente modificados, e na maioria das

vezes, para pior. Uma comida, por exemplo, que pode estar em perfeito estado para

degustação, quando uma lâmpada que incide em sua superfície tem um baixo índice de

reprodução de cor, a mesma pode aparentar que está estragada. Uma roupa que

experimentamos em determinada loja pode ter uma cor, e quando chegarmos em casa

percebermos que não é bem da cor que imaginávamos ter comprado, sua tonalidade está

modificada.

Conforme dito por Grosso (2012), na escala de IRC (Figura 10), quanto mais próximo de 100,

que é a referência que mais se aproxima a luz solar, mais fielmente as cores serão percebidas.

Portanto, existem lâmpadas com IRC 100 e muitas abaixo disso, o que pode explicar tais

alterações de cor (Figura 7) já exemplificadas acima.

Figura 7 – Foto com ilustração de utilização de lâmpadas de baixa e alta reprodução de cor

Fonte: Avant (2012)

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Contudo, o IRC não está ligado à tempartura de cor das lâmpadas, sendo que,

independentemente de serem amarelas ou brancas, podem ter um bom índice de reprodução

de cor. As lâmpadas com IRC acima de 80 reproduzem bem o espectro de cores para o olho

humano, sendo que abaixo disso, já se pode perceber a diferença na tonalidade.

Contudo, apesar de sempre se valorizar a utilização de lâmpadas com um bom IRC, existem

ambientes, principalmente quando falamos dos urbanos, como vias de passagem e túneis,

onde o importante é haver um bom fluxo luminoso, ter uma boa durabilidade das lâmpadas,

através de sua alta eficiência energética, já que nestes locais a troca das mesmas não se faz tão

simplesmente como em residências, e a reprodução fiel da cor não é tão importante. Portanto,

geralmente têm-se utilizado lâmpadas de descarga de vapor de sódio, que têm um péssimo

IRC, mas que atendem as características citadas acima.

Figura 8 - Lâmpada a vapor de sódio

http://www.electronica-pt.com (2007)

As lâmpadas a vapor de sódio (Figura 8) podem ainda ser utilizadas em dois formatos, sob

baixa pressão ou sob alta pressão. A lâmpada a vapor de sódio sob baixa pressão foi

desenvolvida por volta de 1930, justamente objetivando o melhor rendimento possível das

lâmpadas, além da melhoria na segurança das grandes vias expressas. Portanto, esta tornou-se

a fonte de luz artificial de maior rendimento, podendo ser superior a 180lumens/watt, tendo

sido muito utilizada na década de 50, quando ainda não haviam chegado ao mercado as

lâmpadas de vapor de sódio sob alta pressão.

As lâmpadas a vapor de sódio sob alta pressão (Figura 9) possuem alta eficiência,

durabilidade e confiabilidade. Elas utilizam o mesmo princípio da lâmpada a vapor de sódio

sob baixa pressão, com funcionamento a descarga num tubo de vidro especial em forma de U

e difere-se, segundo Dias (2004), pelo fato de utilizarem uma mistura de sódio com mercúrio,

além de gases nobres que iniciam a ignição da lâmpada. Foi necessária a confecção de um

tubo que suportasse a agressividade do sódio sob altas temperaturas e pressões, a alumina, um

tipo especial de cerâmica translúcida. Por seu espectro ser muito mais rico que as lâmpadas a

vapor de sódio de baixa pressão, sua utilização se sobrepôs sobre esta, mesmo tendo-se o

conhecimentos de que seu rendimento é um pouco menor, pois apesar disto, ainda ocupa o

lugar da lâmpada de segundo maior rendimento dentre as fontes de luz artificiais.

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Figura 9 - Diagrama de uma lâmpada de vapor de sódio de alta pressão

http://pt.wikipedia.org (2006)

As lâmpadas incandescente, que são as mais antigas existentes, estão em um outro extremo no

âmbito do índice de reprodução de cor, chegando ao IRC 100, porém têm baixa eficiência

energética, já que gastam muita energia para produzir muito calor e pouca luz. Esta lâmpada

sempre foi muito utilizada em residências e espaços comerciais, para iluminação geral,

decorativa ou de efeito, ao passo que por ter uma cor amarelada consegue representar

aconchego aos ambientes em que é utilizada, mas que, por seu baixo rendimento, estão sendo

substituídas pelas lâmpadas fluorescentes.

Por tanto é necessário saber quais lâmpadas devem ser utilizadas nos espaços criados pelos

projetos arquitetônicos, paisagísticos e urbaníscos, adaptando suas características a sua

utilidade. Nas vias, onde a necessidade maior é a durabilidade e eficiência energética, no

paisagismo das praças, por exemplo, quando o objetivo é criar um ambiente de aconchego e

segurança, proporcionando destaque a algumas vegetações, ou em passagens e caminhos,

quando o objetivo é destaca-los em meio ao ambiente em que se encontram, sem ofuscar os

olhos dos seus transeuntes.

Figura 10 – Tabela IRC da Avant

Fonte: Avant (2012)

As lâmpadas halógenas também são consideradas incandescentes, sendo ainda de baixa

eficiência quando utilizadas para redes de tensão 110/220v, porém sendo mais eficientes do

que as incandescentes comuns. Já as utilizadas para redes de baixa tensão, de 12V, possuem

alta eficiência. As lâmpadas utilizadas nas redes de 110/220V são as PAR 20, 30 e 38, a

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halopin, as halógenas palito e a bipino. Já as utilizadas na rede de 12V são as AR 48, 70 e

111, dicróicas e mini-dicróicas e PAR 16 ou GZ10.

Elas também são utilizadas em residências e áreas comerciais, porém são muito mais

utilizadas do que as fluorescentes comuns, principalmente em projetos de arquitetura de

interiores e exteriores, quando se desejam destacar objetos ou obras de arte, e o paisagismo de

forma geral, sendo cada uma delas utilizadas direccionalmente para cada uma de suas

especificidades.

As lâmpadas PAR 20, 30 e 38 são muito utilizadas para uma iluminação dirigida e de

destaque, principalmente na iluminação de exteriores, no paisagismo. Possuem um alto índice

de reprodução de cor, sendo indicadas para valorizar produtos em exposição, e para locais

para maquiagem. As características principais destas lâmpadas são:

PAR 20: Ilumina pequenos objetos com pouca distância, utilizada para iluminação de

destaque;

PAR 30: Ilumina objetos que estão entre 3 e 3.5 metros de distância da lâmpada, sendo

60 % do seu facho luminoso concentrado no centro da lâmpada. É bem utilizada em

vitrines, museus e galerias de artes e principalmente na iluminação de jardins

PAR 38: Ideal para iluminar pé direito duplo ou árvores altas, sendo utilizada para

distâncias de 5 a 6 metros entre a lâmpada e o objeto.

Figura 11 - Árvore iluminada de baixo para cima.

Fonte: http://olhares.uol.com.br (2011)

Lâmpadas Halopin sempre reproduz a cor branca, sendo utilizada principalmente em

balizadores, porém, por seu alto índice de reprodução de calor, deve ser instalada distante de

seus usuários, evitando assim o contato com as mesmas.

As lâmpadas do tipo palito produzem uma luz morna, uniforme e brilhante, sendo ideal para

iluminar grandes áreas internas e pequenas áreas externas, além de ter um IRC 100,

considerado o que mais se assemelha a luz solar, luz que mais perfeitamente reproduz a cor.

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As lâmpadas AR 48, 70 e 111 podem ser utilizadas tanto para iluminação de destaque como

em áreas maiores, podendo variar sua angulação 4 a 24 graus. As principais características

destas lâmpadas são:

AR 48: Utilizada para pequenas distâncias entre o objeto e a lâmpada, sendo ideal para

leitura por emitir uma iluminação suave;

AR 70: Utilizada para distâncias de até 3 metros;

AR 111: Utilizada para grandes distâncias de até 8 metros;

Já as lâmpadas mini-dicróicas e dicróicas são ideais para dar destaque a objetos, bancadas,

estantes, possuindo uma grande diversidade de aberturas de fachos luminosos. Por serem

lâmpadas de baixa tensão, necessitam da utilização de um trasnformador para serem

instaladas. Possuem um alto consumo de energia, sendo somente menor do que as lâmpadas

incandescentes comuns, liberando uma grande quantidade de calor. Esta grande quantidade de

calor proporciona o aumento da temperatura logo abaixo dos locais para onde a lâmpada está

sendo direcionada, e por isso devem ser ao máximo evitada em locais onde pessoas,

vegetações e animais fiquem por um longo período de tempo.

As lâmpadas que hoje são consideradas com alta eficiência energética e com baixo consumo

de energia, são as lâmpadas fluorescentes, tendo sido amplamente utilizadas em residências e

lojas comerciais, sobrepondo-se em utilização às lâmpadas incandescentes, que consomem

muito mais energia. Podem ser utilizadas para iluminação geral, decorativas e de efeito,

possuindo produção nas mais diversas cores, que intuem justamente a amplitude de sua

utilização.

As lâmpadas de LED são o que de mais moderno existe no mercado em tecnologia e

amplitude de utilização.

O LED foi inventado por um russo chamado Oleg Vladimirovich Losev, na década

de 1920. Esta fonte de luz eletrônica foi introduzida nos EUA durante os anos de

1960. As primeiras versões de LED emitem luz apenas de baixa intensidade

vermelho, mas agora, eles estão disponíveis em várias cores e cumprimentos de

onda. No presente, os LEDs são utilizados para uma variedade de fins e são muito

populares por sua durabilidade, eficiência e compatíveis com o ambiente natural.

(Word Press, 2011).

Esta lâmpada possui um consumo de energia baixíssimo, sendo o tipo de lâmpada perfeita

para iluminação de jardins, não precisando de manutenção constante no que se refere à trocas,

pois têm vida útil extremamente longa, mostrandos-e uma lâmpada ecologicamente correta.

Ela está disponível em diferentes ampéres e tensões, sendo adapatável às diferentes

necessidades projetuais requisitadas. Esta tecnologia avançada juntamente a sua longa vida,

está aliada a um alto custo de aquisição, porém estes fatores qualitativos fazem valer a pena o

seu consumo, principalmente quando consideramos também o benefício proporcionado ao

meio ambiente.

5. O Paisagismo

Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos

Julho 2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 7ª Edição nº 007 Vol.01/2014 Julho/2014

De acordo com Ferreira (2001), a praça é lugar público cercado de edifícios; mercado; feira.

Conjunto das casas comerciais duma cidade, e a mesma é um dos locais onde mais podemos

ter o contato com o paisagismo urbano, possibilitando o contato com suas mais diversas

espécies, formas e tamanhos, sendo até mesmo responsável pela definição espacial destas

praças. A vegetação, além de ter sua função ambiental, também proporciona a sensação do

natural ou rural, aconchego, sendo que no período noturno, essa sensação pode ser ainda mais

forte com a utilização da iluminação correta e agradável, não ofuscante e branda.

Conforme dito por Barbosa (2007), a mais antiga manifestação do paisagismo no Brasil

ocorreu na primeira metade do século XVII em Pernambuco, por obra de Maurício de Nassau,

quando foram plantadas plantas frutíferas como laranjeiras e limoeiros.

A História documentada do paisagismo iniciou-se com a chegada de Dom João VI

em 1807, destinou ao jardim Botânico a vocação de fomentar espécies vegetais para

a produção de carvão, matéria prima para a fabricação de pólvora, por exemplo,

Albizzi lebeck (Coração Negro),Eucalyptus gigantea (Eucalipto), etc.

Em 1809 Dom JoãoVI invadiu a Guiana Francesa, revidando a ocupação de Portugal

pelos Franceses. Como despojos dessa guerra, chegaram ao Brasil espécies frutíferas

como: abacateiro, caramboleira, jambeiro, tamarindeiro, jaqueira, etc. Contratado

por Dom João VI, o agrônomo Francês Paul Gemam introduziu inúmeras espécies,

dentre elas: Acalifas, Crótons, Jasmim-manga, Bico-de-papagaio, etc.

(BARBOSA,2007)

Somente em 1858, no Rio de Janeiro, se utilizou pela primeira vez no Brasil árvores floríferas

no paisagismo e a urbanização feita através deste tipo de vegetação se espalhou por todo o

país. Contudo, nem sempre era utilizada a espécie correta ou mais adequada a cada tipo de

ambiente, clima ou tinha-se o bom gosto em sua escolha, o que pode também justificar a

presença nos dias atuais de muitas vegetações inadequadas em praças, passeios e demais áreas

públicas, e residências mais antigas.

O paisagismo pode além de embelezar os locais em que ‘se mostra’ da forma correta,

satisfazer o pisicológico das pessoas, no momento em que têm contato com a vegetação e com

o ambiete que criam. Além disso, o mesmo tem a capacidade de criar sombras e filtrar ruídos,

amenizando a poluição sonora nos ambientes. Ele consegue amenizar a temperatura do

ambiente em que se encontra e de suas proximidade. Por isso, em muitos projetos

arquitetônicos, indicam-se a utilização de vegetações estrategicamente posicionadas que

possam justamente amenizar o ruído de ruas muito movimentadas, por exemplo, enfrete à

escolas, ou até mesmo para criarem um microclima local que possa amenizar a temperatura de

locais muito quentes, ao tempo que melhora a qualidade do ar, aumenta seu teor de oxigênio e

umidade, absorvendo o gás carbônico.

Enfim, o paisagismo consegue embelezar os ambientes com suas diversidades plásticas de

cor, forma e textura, podendo desempenhar funções ainda maiores que beneficiam a toda a

sociedade, e por isso nunca devem ser menosprezados no momento da execução dos projetos

de arquitetura, urbanismo e interiores.

Influência da iluminação de exteriores na valorização do paisagismo e equipamentos urbanos

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6. Conclusão

Analisando todo o estudo realizado sobre o tema ‘influência da iluminação de exteriores na

valorização do paisagismo e equipamentos urbanos’, chegou-se à conclusão de que existem

ainda muitos ambientes como praças, avenidas que foram projetados erroneamente e não se

adaptaram a novos projetos de arquitetura, paisagismo, iluminação e urbanização. Porém,

quando esta adaptação ocorre, há uma grande revolução local, espacial, humana, enfim, em

todos os aspectos possíveis que ambientes como esse possam agregar, a ponto de gerar uma

maior convivência com os seus usuários, proporcionar segurança, e valorizar o paisagismo,

que por vezes fica penalizado quando escondido entre sombras e especificações errôneas.

Acredita-se que ambientes ainda não adaptados, vão acabar sendo influenciados pelo sucesso

dos que já o foram, apesar de saber que este não será um processo rápido, mas que já teve sim

seu pontapé inicial, a esperança foi plantada.

Pôde-se conhecer um pouco dos tantos tipos de lâmpadas que o mercado proporciona aos

projetistas, e qual deve ser a utilização ideal de cada uma, e por tanto, quando esta escolha

estiver alinhada a especificação certa da vegetação a ser utilizada nos ambientes, será o

casamento perfeito para um bom projeto, que terá reconhecimento de todos e proporcionará

condições ideais de uso para toda a população.

Referências

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casa. 2013.

BARBOSA, Edglay Lima. Estudo das plantas arbóreas e ornamentais das praças

públicas de Lagoa Seca-PB. 2007.

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