Influencia Da Atividade Fisica
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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARA
CAMPUS UNIVERSITRIO CAUCAIA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAO FSICA
AMNDIA ELIZABETH DA SILVA CEZRIO
Influncia da atividade fsica no desenvolvimento motor e rendimento escolar em crianas do Fundamental
CAUCAIA-CE
2008
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AMNDIA ELIZABETH DA SILVA CEZRIO
Influncia da atividade fsica no desenvolvimento motor e rendimento escolar em crianas do Fundamental
Trabalho de Concluso de Curso
apresentado como requisito parcial para a
obteno do grau de licenciado do Curso de
Graduao em Licenciatura Plena em
Educao Fsica da Universidade Estadual
do Vale do Acara.
Orientador: Prof. Dr. Marcelo B. B. Miranda
CAUCAIA-CE
2008
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Trabalho de concluso de curso apresentado Universidade Estadual Vale
do Acara unidade Caucaia como requisito parcial para obteno de ttulo em
Licenciatura Plena em Educao Fsica
Amndia Elizabeth da Silva Cezrio
Aprovada em ___/___/___, com mdia de_____.
Professor Orientador: Prof. Dr. Marcelo B. B. Miranda
Banca Examinadora
1 Examinador
2 Examinador
Jos Thephilo Gaspar de Oliveira Neto
Coordenador Acadmico do Curso de Educao Fsica
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AGRADECIMENTOS
Agradeo a todos aqueles que me auxiliaram direta ou indiretamente para a realizao deste trabalho, em especial, a minha famlia que abdicou seu tempo e compromissos para me auxiliar na concluso do artigo, sempre com compreenso e incentivo. Enfim agradeo ao professor Marcelo, pela sua dedicao e apoio.
-
fundamental diminuir a distncia entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num
determinado momento a tua fala seja a tua prtica.
(Paulo Freire)
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RESUMO
A psicomotricidade alcana um novo campo conceitual quando olha alem do
corpo orgnico e expressivo, acreditando na estreita ligao entre o
desenvolvimento da motricidade, da inteligncia e da afetividade. Dada relevncia
sobre o tema em foco,o estudo foi elaborado com intuito de trazer uma reflexo
sobre os benefcios da prtica da atividade fsica, bem como identificar possveis
problemas psicomotores que possam interferir no processo de aprendizagem.
Este artigo faz uma abordagem sobre o desenvolvimento motor e a sua influencia
no rendimento escolar das crianas com o objetivo de avaliar se as crianas que
praticam atividade fsica regularmente fora da escola so as que tm um maior
desenvolvimento motor e so as que tm um melhor rendimento escolar. Como
instrumento de coleta de dados foi realizada a bateria de testes
psicomotores(BPM) de Fonseca(1995), verificando as praxia global e praxia fina.
Foram realizados questionrios para verificar quem fazia atividades fsicas fora da
instituio escolar. Os testes de habilidades motoras foram realizados com um
grupo de 48 crianas, sendo estas 24 do turno da manha e 23 do turno da tarde,
ambas do 3 ano do ensino fundamental. Os alunos com maior atraso e
dificuldade no aprendizado, foram aqueles que no tiveram bom desempenho nos
testes motores e os mesmos no praticavam atividade fsica fora da escola.
Contudo, sabendo da importncia do desenvolvimento das capacidades motoras
para a aquisio do conhecimento para a sala de aula, a atividade fsica deveria
ser incentivada para os alunos, at mesmo dentro da educao fsica escolar.
Palavras-chave: atividade fsica, desenvolvimento motor e rendimento escolar.
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NDICE
1. INTRODUO..7
2. OBJETIVOS..12
3. METODOLOGIA..13
4. RESULTADOS.17
5. DISCUSSO.22
6. CONCLUSO24
7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..26
ANEXOS
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1. INTRODUO
Segundo os Parmetros Curriculares Nacional (1997), que so um
referencial de trabalho que visa transformar a educao fsica, torna-se
fundamental mudar a nfase na aptido fsica e no rendimento padronizado,
tendo a educao fsica que ser mais abrangente, contemplando as dimenses de
cada prtica corporal, podendo sistematizar situaes de ensino e aprendizagem,
garantindo aos alunos acesso ao conhecimento prtico e conceitual, mostrando
um trabalho que incorpore a afetividade, o cognitivo e dimenses socioculturais
dos alunos. Sabendo que hoje a atividade fsica no resulta apenas em exercitar ou disciplinar o corpo, pois o mesmo encontra-se vinculado com a mente num
contexto sociocultural. O movimento e a vida mental no so duas realidades,
pois at para se pensar implica em uma atitude e para todo movimento implica
uma vivncia cerebral.
Apesar da educao fsica por muito tempo ter sido trabalhada como culto
ao corpo, sabe-se hoje que essa viso de especificar apenas os movimentos
dentro da atividade fsica meramente impossvel, pois o corpo est inter
relacionado com a mente. No trabalho com crianas, o movimento essencial no
desenvolvimento psicolgico, a representao das relaes entre o ser e o
meio. Por isso existe uma grande importncia do trabalho de interao da
atividade motora e do psiquismo com a inteno de aprimorar o desenvolvimento
da aprendizagem, favorecendo os educandos.
Cada criana que est no Ensino Fundamental, possui sua experincia
pessoal, trazendo uma srie de conhecimentos relativos ao corpo. Assim a escola
deve promover a ampliao desses conhecimentos, criando o professor,
situaes que a criana busque a soluo de um problema, seja na motricidade,
na organizao do espao e do tempo, criando estratgias ou elaborando uma
regra. Para Cabral (2001), devem-se permitir alguns momentos para a pesquisa
dos interesses da prpria criana no seu mbito escolar, pois a criana educada
que se expressa e assume seus prprios desejos de adquirir conhecimentos,
torna-se uma criana mais criativa e produtiva. Sendo a instituio social da
escola uma porta para o conhecimento e tambm um lugar com oportunidade
-
para a prtica de esportes e desenvolvimento fsico paralelo ao cognitivo,
observa-se o papel fundamental da educao fsica neste aspecto.
Rodrigues e Pereira (2004), no seu estudo sobre sucesso ou fracasso
escolar, sustentam que os professores e pais so promotores do desempenho da
criana, mas o educador precisa ser capacitado e comprometido, a fim de
transformar para envolver e beneficiar todos os alunos. Da a importncia dos
mediadores dessa aprendizagem.
Atravs das atividades fsicas, dentro ou fora da escola, que a criana
desenvolve os aspectos psicomotores, afetivos e cognitivos e tambm atravs
dela a criana adquire habilidades especficas, servindo estas, para outros ramos
de sua vida. Quando a aula de educao fsica bem estruturada e bem
orientada ela torna-se uma mola propulsora para os alunos, servindo de incentivo
para que eles pratiquem atividades fsicas tambm fora da instituio escolar,
podendo assim usufruir forma mais ampla dos benefcios da atividade fsica.
Segundo Rubio (2000), a iniciao esportiva deve ter uma orientao
cuidadosa no que se refere aos seus objetivos e mtodos, pois pode ser um
instrumento para as crianas comearem a ter experincias que envolvem
confiana, auto-imagem e autopercepo. Hoje, as crianas necessitam da
atividade fsica para um melhor desenvolvimento, podendo a inatividade ser um
perigo a sade, visto com um contexto de desenvolvimento das competncias,
seja social, intelectual e/ou cognitiva e motora. Pois se a criana pratica
atividades que estimulem essas capacidades, esto construindo seu aprendizado
e estimulando seu desenvolvimento. Dessa maneira, a iniciao prtica
esportiva e na atividade fsica deve ser estimulada desde cedo.
Para Witek, os estudantes que praticam uma atividade fsica obtm melhores
resultados nas provas. Para a autora o motivo uma que uma boa circulao
sangunea e uma maior oxigenao do sangue garantem uma tima sade e,
conseqentemente, um desempenho melhor na hora dos exames.
Levin (1995) afirma que a psicomotricidade surgiu com a necessidade de
nomear reas do crtex cerebrais situadas mais alm das regies motoras. Sendo
assim ela estuda as relaes e influncias recprocas e sistmicas entre o
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psiquismo e a motricidade, correlacionando a motricidade com a inteligncia. O
neurologista francs Dupr afirma:
natural observar a insuficincia do desenvolvimento do
crebro motor e suas independncias nos indivduos, que
apresentam,ao mesmo tempo, insuficincia no desenvolvi-
mento do crebro psquico. Por isso constatada frequen-
temente a associao da debilidade motora com a debili-
dade mental.
Portanto h o paralelismo entre o corpo, que expressa o movimento e a
mente, expressada pelo desenvolvimento intelectual e emocional do individuo.
Para o aprendizado formal das atividades escolares preciso certo nvel de
desenvolvimento mental e fsico, pois algumas delas no conseguem realizar
tarefas acadmicas porque no dominam o movimento que elas exigem. Fonseca
(1988) acredita que pela motricidade que a inteligncia se materializa, atravs
do motriz, que se firma as percepes, se elaboram as imagens e se constroem
as representaes.
Pico e Vayer (1988) ressaltam que os aprendizados escolares bsicos so
exerccios psicomotores, pois para fixar sua ateno, a criana deve controlar-se
tendo domnio sobre o prprio corpo e para que possam utilizar meios de
expresso grfica ela precisa ver, lembrar-se e descrever num sentido bem
definido. A estas correlaes, que se processam durante o perodo educativo,
torna-se impossvel separar por meio da educao, as funes motoras,
neuromotoras e perceptivos motoras das funes puramente intelectuais.
O ser humano est em constante aprendizado, no qual as experincias da
vida so atos reeducativos. Essas experincias so de grande importncia nos
primeiros anos de vida, pois o aprender e o desenvolver ocorrem em um ritmo
mais acelerado, uma vez que quase tudo que acontece novidade (Freire, 1991).
Para Arajo(1992), a fase do corpo representado caracterizada dos sete aos
doze anos, j que nesta fase a criana poder representar mentalmente seu
corpo diante de uma seqncia e movimento. Piaget relata no seu estudo sobre a
evoluo da inteligncia que nesta fase que a criana est no perodo das
operaes concretas, podendo ela desempenhar-se progressivamente mais
consciente de sua prpria motricidade.
-
Para medir o nvel de habilidade motora de uma criana existem vrios
testes psicomotores como a bateria psicomotora de Fonseca (1995). Os testes
psicomotores so muito eficientes para detectar possveis deficincias motoras
que possam vim atrapalhar a aprendizagem na escola, por meio deles observam
se componentes de comportamento, podendo ser utilizado como diagnstico de
distrbios psquicos e motores e tambm para evit-los. Segundo Le Bouch
(1982) praxia um conjunto de reaes motoras coordenadas em funo de um
resultado prtico, onde atravs de atividades prxicas a criana delimita seu
prprio corpo do mundo dos objetos. O autor afirma que at os doze anos a
coordenao deve ser trabalhada com os movimentos globais realizado pela
criana, em suas atitudes, experimentando, investigando e nas tentativas de
ensaio e erro.
A educao fsica escolar est estreitamente relacionada a
psicomotricidade, tendo influncia direta na aquisio das habilidades motoras.
Entretanto, deve-se avaliar mais a fundo a relao entre as atividades fsicas
realizadas na escola ou fora dela e a aquisio de conhecimento e habilidades
por parte da criana. O desenvolvimento motor deve ser incentivado desde os
primeiros anos dentro da escola e o profissional de Educao Fsica deve estar
ciente que seu papel vai alm promover atividades que desenvolvam a lado fsico.
Suas aes podem e devem desenvolver a criana de uma maneira integral
favorecendo assim a aprendizagem em todos as outras disciplinas
-
2. OBJETIVOS
Geral:
Avaliar se as crianas que tem um maior desenvolvimento motor so as que tem um melhor rendimento escolar.
Especficos:
Comparar o desenvolvimento motor das crianas que praticam atividade fsica fora da escola com as que no praticam.
Verificar se a prtica da atividade fsica regular contribui no desenvolvimento motor e nas notas escolares.
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3. METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada na escola de Ensino Fundamental Universo Infantil,
sendo esta, da rede particular de ensino, localizada no municpio de Caucaia.
Foram aplicados testes psicomotores nas crianas do 3 ano do ensino
fundamental, com vinte e quatro alunos do perodo da manha e vinte e trs alunos
do perodo da tarde, totalizando quarenta e sete crianas de ambos os sexos em
idade entre oito e dez anos, sendo que trinta e oito tem oito anos, cinco tem nove
e quatro tem dez.
Foram aplicados teste para a avaliao das habilidades motoras que
fazem parte da bateria psicomotora BPM (Fonseca, 1995). Os testes so das
unidades fundamentais de Luria e esto relacionados 3 unidade, que so os
testes de praxia global e na praxia fina que engajam os testes culomanual,
culopedal, dissociao, coordenao dinmica manual e velocidade preciso.
Alm dos testes, foi aplicado um questionrio contendo dez perguntas para
levantar os alunos que praticam alguma atividade fsica fora da escola e com isso
comparar com as crianas que participam apenas da educao fsica dentro da
escola. Foram tambm levantadas junto direo da escola as notas dos alunos
nas outras disciplinas.
Para Fonseca (1995) a bateria psicomotora um instrumento que
consta um conjunto de tarefas que detectam deficits funcionais em termos
psicomotores, utilizado para observar o perfil psicomotor do qual se obtm
dados sistemticos para identificao e compreenso, de problemas
psicomotores e de aprendizagem que so evidenciadas em crianas e jovens de
quatro a doze anos.
A praxia global compe o 6 fator psicomotor da BPM, e seus dados
foram analisados atravs de subtarefas de coordenao culomanual onde o
procedimento para a avaliao foi o seguinte: A criana na posio de p,
arremessava uma pequena bola de tnis para dentro de um cesto que localizava
se a 2,50m de distancia da mesma. A criana realizava um ensaio e em seguida
quatros lanamentos.
O teste ou coordenao culopedal consistia em coordenar movimentos
pedais atravs de referencias perceptivo-visuais. A criana deveria chutar uma
-
bola de tnis de forma que esta passasse por baixo das pernas da cadeira, a uma
distancia de 2,50m. A criana realizava um ensaio e em seguida quatro
lanamentos. A cotao que foi atribuda aos dois testes foi a seguinte:
4, se a criana enfiar quatro ou trs dos quatro lanamentos, revelando perfeito
planejamento motor e preciso autocontrole com melodia cintica e eumetria:
3, se a criana enfiar dois dos quatros lanamentos, revelando adequado
planejamento motor adequado controle visuomotor, com sinais disfuncionais
indiscernveis:
2, se a criana enfiar um dos quatro lanamentos, revelando dispraxias,
distonias, disquinesias e discronias:
1, se a criana no enfia nenhum lanamento, revelando dispraxias, disquinesias,
desorientao espcio-temporal, etc.
Dissociao a capacidade de individualizar diversos segmentos corporais.
Para este procedimento foram levadas em considerao as seqncias: membros
superiores, membros inferiores, coordenao entre os dois membros. Na
subtarefa de membros inferiores, a criana na posio de p, com as mos em
cima de uma mesa, realizava a seqncia :
- Dois batimentos com a mo direita, seguido de dois batimentos com a mo
esquerda.
- Dois batimentos com a mo direita, um com a mo esquerda.
- Dois batimentos com a mo direita seguidos de trs batimentos com a mo
esquerda.
Na subtarefa de membros inferiores, a criana na mesma posio realizava a
seqncia:
- Um batimento com a mo direita, seguido de dois batimentos com a mo
esquerda, seguido de um batimento do p direito e de dois batimentos do p
esquerdo
- Dois batimentos com a mo direita, um com a mo esquerda, seguido de dois
batimentos do p direito e um batimento com o p esquerdo.
-
.
- Dois batimentos com a mo direita, seguidos de trs batimentos com a mo
esquerda. , seguido de um batimento do p direito e dois batimentos com o p
esquerdo.
- Prova de agilidade- a criana deve saltitar, afastando e juntando as pernas, ao
mesmo tempo que deve realizar um batimento das palmas das mos exatamente
no momento em que se afasta as pernas, pelo menos quatro vezes seguidas.
A cotao para as trs subtarefas foi a seguinte:
4, se a criana realiza as quatro estruturas seqncias ou trs das quatros
revelando perfeito planejamento motor e preciso autocontrole.
3, se a criana realiza quaro estruturas seqncias, revelando planejamento
motor e adequado autocontrole.
2, se a criana realiza uma das quatros estruturas seqncias.
1, se a criana no realiza nenhuma estrutura seqencial.
A praxia fina que faz parte do stimo e ultimo fator da BPM, tambm foi
analisada por subfatores. Para as coordenaes dinmicas manual, que visa o
estudo da coordenao fina das mos e dos dedos, o procedimento foi este: a
criana em posio sentada montasse uma pulseira de clips o mais depressa
possvel, com o tempo registrado. A cotao foi esta:
4, se a criana compe e decompe a pulseira em menos de dois minutos.
3, se a criana compe e decompe a pulseira entre dois e trs minutos.
2, se a criana compe e decompe a pulseira entre trs e cinco minutos.
1, se a criana compe e decompe a pulseira em mais de seis minutos.
Velocidade e preciso: este ltimo subfator envolve a preferncia manual e
coordenao visuogrfica. A criana deve estar em posio sentada deve realizar
o maior nmeros de pontos e cruzes durante trinta segundos, tendo como
referencias espaciais os limites dos quadrados do papel que lhe foi entregue. A
cotao desta tarefa foi a seguinte:
-
4, se a criana realiza mais de cinqenta pontos.
3, se a criana realiza entre trinta e cinqenta pontos.
2, se a criana realiza entre vinte e trinta pontos.
1, se a criana realiza menos de quinze pontos, ou no completa a tarefa.
Mesmo procedimento para subtarefas das cruzes, e a cotao esta:
4, se a criana realiza mais de vinte cruzes.
3, se a criana realiza entre vinte e quinze cruzes.
2, se a criana realiza entre quinze e dez cruzes.
1, se a criana realiza menos de dez cruzes, ou no completa a tarefa.
Os resultados dos testes aplicados foram anexados nas fichas de registro, de
acordo com a cotao atribuda em cada um dos testes, Posteriormente foram
agrupados e calculadas as mdias de pontuao para cada criana. Esses
resultados foram comparados com as notas escolares de cada um, analisando
atravs dos resultados se o aluno que teve uma melhor mdia nos testes
psicomotores foram os mesmos que possuem melhores notas nas provas
escolares.
-
4. RESULTADOS
Nos questionrios aplicados notou-se que apenas 30% (14 alunos) da turma,
incluindo manh e tarde, praticam atividade fsica fora da escola, esses junto com
toda a turma tambm praticam a educao fsica dentro da escola. Os principais
motivos para os alunos que no praticam atividade fsica fora da escola foram:
uns por falta de dinheiro (29,5%), outros porque os pais nunca os levara (40,9%)
e os demais porque no tm interesse em praticar(23.2%).
Motivo
0 5
10 15 20 25 30 35 40 45
sem interesse dinheiro pais
Figura 1. Motivo pelos quais os alunos da escola no praticam atividade fsica
Testes de Praxia Global
Os resultados do teste culomanual indicaram que 44,6% (21 alunos) dos
alunos analisados realizaram a atividade atingindo perfil adequado com
pontuao 3 e 40,4% (19 alunos) realizaram atingindo uma boa pontuao 4,
10,6%(5 alunos) atingiram mdia 2 e 4.2% realizaram com imperfeio atingindo
pontuao 1, de acordo com os critrios da BPM( figura 2). Desses 40 alunos que
atingiram pontuao 3 e 4 , 25% so os alunos que praticam atividade fsica fora
da escola.
-
culomanual
4
3
2
1
praticantes de atividade fisica
Figura 2. Resultado do teste, onde a pontuao 4 significa perfeito, pontuao 3
adequado, pontuao 2 com dificuldade e pontuao 1 realizao imperfeita.
Os resultados do teste dissociao indicaram que 51% (24 alunos) dos
alunos analisados realizaram a atividade atingindo perfil adequado com
pontuao 3 e 38% (18 alunos) realizaram atingindo uma boa pontuao 4,
6,3%(3 alunos) atingiram mdia 2 e 4,2% realizaram com imperfeio atingindo
pontuao 1. Desses 40 alunos que atingiram pontuao 3 e 4 , 26,5% so os
alunos que praticam atividade fsica fora da escola.
Dissociao
4
3
2
1
praticantes de atividade fisica
0
10
20
30
40
50
0
10
20
30
40
50
60
Figura 3. Resultado do teste, onde a pontuao 4 significa perfeito, pontuao 3
adequado, pontuao 2 com dificuldade e pontuao 1 realizao imperfeita.
-
Testes de Praxia Fina
Os resultados do teste coordenao dinmica manual indicaram que 46,5%
(21 alunos) dos alunos analisados realizaram a atividade com uma boa cotao 3
e 36,1% (17 alunos) realizaram atingindo uma boa pontuao 4, 14,8%(7 alunos)
realizaram as tarefas com dificuldades de controle com pontuao 2 e 2%
realizaram com imperfeio atingindo pontuao 1. Desses 38 alunos que
atingiram pontuao 3 e 4 , 35,3% so os alunos que praticam atividade fsica
fora da escola.
Coordenao Dinmica Manual
4
3
2
1
praticantes de atividade fisica
Figura 4. Resultado do teste, onde a pontuao 4 significa perfeito, pontuao 3
adequado, pontuao 2 com dificuldade e pontuao 1 realizao imperfeita.
0
10
20
30
40
50
-
Notas Escolares
Os resultados das notas escolares dos 14 alunos que praticam atividade fsica
regularmente e fora da escola, foram que 10 desses alunos atingiram mdia entre
8 e 10 nas notas escolares , 3 ficaram com mdia 7 e uma aluna ficou com mdia
5.8 ( sendo esta a mesma que relatou no questionrio, que faltava muito ou quase
no ia nas suas aulas de dana.)
Mdia das notas escolares dos alunos que praticam atividade fisica fora da escola
0 10 20 30 40 50 60 70 80
10 alunos 3 alunos 1aluno
Figura 5. Avaliao das mdias escolares dos referentes 14 alunos que fazem atividade
fsica fora da escola.
Os resultados das notas escolares dos 33 alunos restantes que no
praticam atividade fsica fora da escola, foram que 18 desses alunos (54,5%)
atingiram a mdia 7, 12 alunos (36,3%) ficaram com mdia 6 , 2 alunos (6%)
ficaram com a mdia 8 e 1 aluno ficou com a mdia 5,7.
-
Mdia das notas escolares dos alunos que no praticam atividade fisica fora da escola.
0
10
20
30
40
50
60
18alunos 12 alunos 2alunos 1 aluno
Figura 6. Avaliao das mdias escolares dos referentes aos 33 alunos que no fazem
atividade fsica fora da escola.
-
5. DISCUSSO
A escola que foi realizada a pesquisa oferece aulas de educao fsica
uma vez por semana, com durao de meia hora cada aula. Sabendo da
importncia da atividade fsica para crianas, para seu desenvolvimento motor e
intelectual resolveu-se analisar se a prtica da atividade fsica alm das aulas de
educao fsica influencia nas notas escolares, j que estas so as mais focadas
em uma instituio escolar e para os pais e professores, tidas como as mais
importantes.
Meur e Staes (1991) afirmam que para a maioria das crianas que possuem
dificuldades de escolaridade, o problema se encontra nos nveis bsicos ou pr
requisitos, onde as condies mnimas para uma boa aprendizagem constituem a
estrutura da educao psicomotora. Picq e Vayer (1988) enfatizam que as
aprendizagens escolares so apenas um aspecto de ao educativa geral.
evidente que se a criana melhora o seu comportamento em geral, recria suas
condies de ateno, educa suas capacidades perceptivas, proporcionando
hbitos motores corretos e isso s pode facilitar a integrao dos elementos da
educao escolar propriamente dita. No sendo apenas uma melhora da
inteligncia em si, mas uma melhora nas possibilidades, devido a um
conhecimento melhor e um controle maior de si mesmo.
Acredita-se que toda e qualquer atividade fsica direcionada para crianas,
devam trabalhar essencialmente o psicomotor, o afetivo e o cognitivo,
concordando com os autores citados no trabalho que a psicomotricidade pesa
consideravelmente sobre o rendimento escolar. Ento, seja na escola, ou fora
dela, esta deve ser a base para o profissional de educao fsica para compor
uma proposta pedaggica interdisciplinar.
Os dados obtidos no trabalho demonstram que alguns ainda tm
dificuldades nos domnios das suas praxias. Atravs dos testes psicomotores
comprovou-se que os alunos que praticam atividade fsica fora da escola
apresentam um melhor desempenho motor e comparando com as notas
escolares foram os que possuram uma melhor mdia. Nos testes de praxia global
esses alunos atingiram entre 25% e 26% dos ndices com maior pontuao,
EduRealce
EduRealce
-
realizando o teste ou com perfeio ou com um perfil adequado. E ainda nos
testes de praxia fina dos 38 alunos que ficaram com a melhor cotao (3 e 4),
35,3% so os mesmos que realizam suas atividades fsicas.
De acordo com Oliveira (2004), mesmo que a educao fsica seja
visualizada no corpo, a sua prxis no pode evidenciar-se apenas nele. O
professor de educao fsica deve estar atentado a todo o ser. A ao torna-se
sobre o homem completa, o organismo visto como um todo. Desenvolver
habilidades, potencialidades e capacidades atravs do ldico promove, na
criana, conscientizao e sedimentao do aprendizado pela vivncia. Pois
segundo Freire (1991) por intermdio da ao corporal que se passa no mundo
concreto e vai para a representao corporal.
Os dados do presente estudo demonstram que dos 14 alunos que praticam
atividade fsica em outro local, fora da escola, 10(71%) alunos ficaram com mdia
entre 8 e 10 nas notas da escola, sendo que os alunos que no praticam apenas
2 (6%) alcanaram essa mdia. , Tais resultados comprovam que o desempenho
dos praticantes de atividade fsica nas notas acadmicas foram tambm os
melhores.
Aps os dados coletados confirmou-se que as atividades fsicas devem
estar direcionadas para o desenvolvimento de aprendizagem que com qualidade
devam superar as necessidades educacionais. Gallardo (1998) relata que uma
ao pedaggica competente para a educao fsica, resgata sua dimenso tica.
Por isso torna-se pertinente a idia que os mediadores desses benefcios criem
estratgias para incentivar os alunos na prtica de atividades fsicas, para que
estas auxiliem tanto na aprendizagem como na aquisio de conhecimento.
Referente as determinaes da Lei de Diretrizes e Bases da Educao
Nacional(1996), gestores e educadores tm a misso de assegurar e proporcionar
uma educao de qualidade, estimulando, conscientizando e construindo
conhecimentos, visando estimular a cidadania crtica e participativa, tambm por
meio de atividades corporais, esportes e cultura.
-
6. CONCLUSES
Durante a realizao desse trabalho, percebeu-se o quanto a motricidade
influencia no aprendizado da criana dentro da sala de aula.
Pela anlise dos contedos exposto neste trabalho, evidencia-se como a
psicomotricidade relevante e indispensvel para o desenvolvimento da criana
em uma escola. Vrios autores ressaltam a importncia dos atos motores para a
relao da criana como o mundo em que ela se relaciona, visto que atravs
dessa motricidade que se materializa a sua inteligncia. O presente trabalho foi
capaz de demonstrar a relao direta entre as habilidades motoras e o
desempenho escolar.
Os objetivos da educao fsica assim como qualquer outra atividade
fsica trabalhar de forma harmnica o corpo e a mente, havendo um equilbrio
entre o que o corpo expressa e a mente pensa. Os objetivos propostos dentro das
atividades devem estar direcionados ao centro do processo educativo, de modo
que a criana no reflita a inviabilidade de uma ao pedaggica. Assim, para que
o trabalho do profissional de educao fsica possa contribuir com a efetivao do
processo de ensino e aprendizagem, devem-se ampliar as dimenses do
comportamento da criana, levando em conta seus interesses e necessidade para
que ento haja o desenvolvimento psicomotor.
Com base nestas descries, este estudo procurou demonstrar como as
atividades podem alimentar e estimular um desenvolvimento total da criana. Com
isso deve-se refletir sobre a necessidade de uma transformao no enfoque de
aptido fsica e rendimento padro que muitas escolas ainda adotam. H tambm
que haver uma mudana no processo de formao dos profissionais de educao
fsica, conscientizando da ao educativa que traz efeito dentro da escola.
Conclui-se ento que se deve promover na criana a segurana
necessria e a confiana em si, pois ambas so indispensveis a qualquer
educao das capacidades intelectuais e, tambm, a qualquer autonomia real.
Podemos dizer que educar a criana compreend-la e compreender sua
necessidade de ajuda para desenvolver suas capacidades, respeitando-a de
acordo com suas limitaes. Para contribuir para o processo de desenvolvimento
-
da criana deve-se evitar dar nfases apenas nas competncias escolares e sem
buscar, ao contrrio, as capacidades gerais, sendo atravs dessas que a criana
poder se desenvolver como um todo. Nota-se que, se uma educao motora
consciente fosse aplicada rigorosamente nas crianas at seus 12 anos, o
nmero de debilidades sejam elas escolares ou sociais seriam claramente
menores. Observa-se assim que a psicomotricidade deve ser vista mais que uma
terapia ou um mtodo de reeducao, ela deve ser considerada como uma
ferramenta essencial, reafirmando que esta educao bsica faz parte da
educao fsica.
Atravs dos mtodos utilizados para efetuao deste trabalho, constatou
se que realmente eficaz estimular o desenvolvimento motriz da criana, dentro e
fora da escola, pois por meio deste que a criana apresentara um resultado
positivo para o seu aprendizado.
Dessa forma, os objetivos da pesquisa foram alcanados
satisfatoriamente, visto que os alunos que praticam atividades fsicas regulamente
foram os mesmos que mostram um melhor desempenho motor e tambm um
melhor rendimento escolar.
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7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ARAUJO, Vnia Carvalho. O Jogo no contexto da Educao Psicomotora. So
Paulo.Editora Cortez. 1992
CABRAL, Susana Veloso. Psicomotricidade Relacional, Prtica Clnica e Escolar,
Rio de Janeiro. Reivinter. 2001.
FERREIRA, Heraldo Simes, Testes Psicomotores na Educao Infantil-Bateria
Psicomotora(BPM): Um estudo de caso em crianas de uma escola particular.
Monografia apresentada em 2001.
FONSECA, Vtor da. Manual de Observao Psicomotora . PortoAlegre, Artes Mdicas, 1995.
FONSECA, Vtor da. Psicomotricidade . So Paulo, Martins Fontes, 1988.
FREIRE, Joao Batista. Educao de Corpo Inteiro, So Paulo, Ed. Scipione, 1991.
GALLARDO, Jorge Srgio Peres. Didtica da Educao Fsica, a criana em
movimento, jogo, prazer e transformao, So Paulo, FTD, 1998.
LE BOULCH, O Desenvolvimento Psicomotor, do Nascimento aos 6 anos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1982.
LE BOULCH, A Educao pelo movimento: a psicocintica na idade escolar. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1985.
Lei N 9.394, de 23 de Dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educao
Nacional-LDB, Braslia, 1996.
LEVIN, Esteban. A clinica Psicomotora, O corpo na Linguagem, Rio de Janeiro,
1995.
-
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Manole. 1991.
OLIVEIRA, Vitor Marinho, O que educao fsica. So Paulo, Editora
Brasiliense, 2004.
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Fundamental-Braslia: MEC/sef, 1997.
PIAGET, J. O Nascimento da Inteligncia na Criana. 2 ed., Rio deJaneiro,
Zahar, 1975.
PICQ e VAYER, L. e P. Educao Psicomotora e Retardo Mental, aplicao aos
diferentes tipos de inadaptao. So Paulo, Editora Manole LTDA. 1988.
RODRIGUES e CAMARGO, Olga Maria e Valdirlene Checheto. Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. So Paulo. Rima. 2004.
RUBIO. Ktia. Psicologia do Esporte, Interfaces, Pesquisas e Interveno. So Paulo. Casa do Psiclogo. 2000.
WITEK,Nicole,http://www1.uol.com.br/vyaestelar/exercicios_fisicos_inteligencia.
htm.
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ANEXO 1
Questionrio
Nome:
Idade:
Sexo:
1-Voc pratica atividade fsica fora da escola?
2-Qual atividade fsica voc faz?
3-Onde voc faz a atividade?
4-Quantas vezes por semana voc faz atividade fsica?
5- Quantas horas em cada vez?
6-A atividade paga ou gratuita?
7-Voc falta nessas atividades?
Nunca( ) Pouco( ) Muito( )
8-Voc gosta mais da atividade na escola ou fora da escola?
9- Qual das atividades cansa mais?
10- Qual tem mais exerccio?