1226 Atividade Fisica Segundo Os Idosos Hipertensos e Diabeticos

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Educação Física para idosos

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    FUNDAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDNIA

    NCLEO DE SADE

    CURSO DE EDUCAO FSICA

    BENEFCIOS DA ATIVIDADE FSICA SEGUNDO OS IDOSOS

    HIPERTENSOS E DIABTICOS DO PROGRAMA DE SADE DA

    FAMLIA

    LUCILENE FERREIRA DE ARAJO

    MONOGRAFIA DE GRADUAO

    PORTO VELHO

    2008

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    BENEFCIOS DA ATIVIDADE FSICA SEGUNDO OS IDOSOS

    HIPERTENSOS E DIABTICOS DO PROGRAMA DE SADE DA FAMLIA

    LUCILENE FERREIRA DE ARAJO

    Monografia apresentada ao Curso de

    Educao Fsica do Ncleo de Sade

    da Universidade Federal de Rondnia,

    para obteno do ttulo de Licenciatura

    em Educao Fsica.

    Orientadora: Prof. MS. Angeliete Garcez Milito

    PORTO VELHO

    2008

  • 3

    1- INTRODUO

    1.1 Formulao do problema

    O Ministrio da Sade criou, em 1994, o Programa Sade da Famlia

    (PSF), com o propsito de reorganizar a prtica de ateno sade em novas

    bases e substituir o modelo tradicional, levando a sade para mais perto da

    famlia e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Esse

    programa consiste na implantao de equipes multiprofissionais em unidades

    bsicas de sade. Essas equipes so responsveis pelo acompanhamento de

    um nmero definido de famlias e atuam com aes de promoo da sade,

    preveno, recuperao, reabilitao de doenas e agravos mais freqentes, e

    na manuteno da sade desta comunidade, do recm nascido ao idoso, de

    forma integral e contnua. ( Prefeitura Municipal de Porto Velho)

    Em Porto Velho, o programa de Sade da Famlia atende inmeras

    pessoas, sendo que s no posto de sade Ronaldo Arago do bairro nacional,

    localizado na zona oeste, atende cerca de 3.000 famlias. Entre estas, esto os

    idosos diabticos e/ou hipertensos que residem na comunidade. Destes, 15

    fazem parte do projeto de extenso Atividade Fsica para Idoso promovido

    pela Universidade Federal de Rondnia coordenado pela professora MS

    Angeliete Milito.

    O envelhecimento um processo lento, progressivo e inevitvel,

    caracterizado pela diminuio da atividade fisiolgica e de adaptao ao meio

    externo acumulando-se processos patolgicos com o passar dos anos.

    (OLIVEIRA, 2007). O impacto causado por ele, tende a ir alterando os hbitos

    de vida e as rotinas dirias do idoso, dando lugar ao sedentarismo.

    Os efeitos associados inatividade fsica levam o idoso a uma condio

    degenerativa crescente de suas capacidades fsicas e acarretam numa

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    reduo no desempenho fsico, na habilidade motora, na capacidade de

    concentrao, de reao e de coordenao, gerando processos de auto-

    desvalorizao, apatia, insegurana, perda da motivao, isolamento social e a

    solido.

    Um dos elementos que determinam expectativa de vida ativa ou

    saudvel do idoso a independncia para a realizao das atividades da vida

    diria (AVD). O declnio nos nveis de atividade fsica habitual para idoso

    contribui para a reduo da aptido funcional e a manifestao de diversas

    doenas, como conseqncia a perda da capacidade funcional. Neste sentido,

    tem sido enfatizada a prtica de exerccios como estratgia de prevenir as

    perdas nos componentes da aptido funcional. (TRIBESS S, VIRTUOSO JR

    J.S., 2005).

    Evidncias atuais indicam claramente que a participao em exerccios

    regulares um efetivo caminho para reduzir e/ou prevenir o nmero de

    declnios associados ao envelhecimento, sendo capaz de modificar a condio

    de incapacidade para realizao das atividades da vida diria.

    Diante do acima exposto realizou-se esta pesquisa para responder a

    seguinte pergunta: Quais os benefcios do exerccio fsico na vida dos idosos e

    se este contribuiu para a sade, o estilo de vida e as atividades da vida diria

    nos idosos participantes do programa Sade da famlia no bairro Nacional?

    1.2. Justificativa

  • 5

    A prtica de atividade fsica, alm de combater o sedentarismo, contribui

    de maneira significativa para a manuteno da aptido fsica do idoso. No se

    trata de interromper o processo de envelhecimento, visto que isso se torna

    impossvel, mas de diminuir as perdas e manter as habilidades por mais tempo,

    como por exemplo, realizar as atividades da Vida Diria com maior autonomia,

    influenciando diretamente em uma melhor qualidade de vida.

    No entanto, Sanglard e Pereira (apud Pereira, 2007) afirmam que cerca

    de 10% da populao adulta acima dos 75 anos de idade perde a

    independncia em uma ou mais de suas Avds. Isso reflete em um aumento na

    incidncia das doenas crnicas, representando gastos desnecessrios ao

    sistema de sade, podendo gerar inmeros prejuzos aos pases com recursos

    limitados. Um estudo norte-americano estimou que um indivduo idoso gasta

    em mdia R$ 2.500 por ano em servios mdicos, tornado-se os principais

    usurios desses servios (SHEPHARD, 1991). Com isso percebe-se que a

    pesquisa realizada torna-se de extrema importncia na atualidade.

    Outra relevncia a ser destacada diz respeito populao que se

    pretende estudar. Os idosos formam o conjunto dos indivduos com maior

    acometimento de doenas crnicas. Isso porque a incidncia de doenas como

    hipertenso arterial, diabetes, cncer e patologias cardiovasculares tende a se

    elevar com o passar dos anos. Isso se comprova a partir de um estudo

    epidemiolgico realizado entre os anos de 2000 e 2001 com idosos, que

    mostrou que uma proporo elevada dos entrevistados declarava sofrer de trs

    ou mais doenas (QUADRANTES, 2007). Essas doenas mesmo quando no

    so mortais, levam o indivduo invalidez, trazendo srios prejuzos para este,

    sua famlia e a sociedade.

    Uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudo em Psicobiologia e

    Exerccio da Escola Paulista de Medicina da Unifest, revela que a prtica

    regular de exerccios fsicos pode ser uma alternativa no-medicamentosa para

    ajudar a retardar o aparecimento de doenas associadas ao envelhecimento

    (LIMA, 2007). Com a melhoria da capacidade funcional, ocasionada pela

    prtica do exerccio, o idoso tem mais autonomia e independncia, o que

  • 6

    contribui para seu bem estar fsico e mental, agindo diretamente no controle ou

    na preveno de doenas como osteoporose, hipertenso, obesidade,

    depresso e diabetes.

    Com isso percebe-se a importncia do desenvolvimento de programas

    de exerccios fsicos que priorizem a melhoria ou a manuteno da capacidade

    funcional do idoso, fazendo com que este conquiste uma maior autonomia na

    realizao de suas AVD.

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    1.3. Objetivos

    Geral

    Verificar os benefcios perceptivos dos exerccios fsicos na vida dos

    idosos participantes do programa Sade da famlia no bairro Nacional.

    Especficos

    Verificar, segundo a percepo dos idosos, se a prtica dos exerccios

    fsicos contribuiu para sua sade;

    Identificar, segundo a percepo dos idosos, se a prtica dos exerccios

    fsicos contribui para as suas atividades da vida diria (AVD);

    Avaliar, segundo a percepo dos idosos, se a prtica dos exerccios

    fsicos influenciou para adoo de um estilo de vida saudvel.

    1.4 - Estrutura do Trabalho

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    O primeiro captulo deste estudo contm uma introduo, na qual foi

    contextualizado o problema, a justificativa e os objetivos da pesquisa. O

    segundo captulo trata sobre a fundamentao terica necessria a anlise e

    discusso dos resultados obtidos. Este, por sua vez, foi dividido em quatro

    partes: a primeira descreve sobre os idosos; a segunda ressalta as doenas

    que mais atacam os idosos e prejudicam sua autonomia; a terceira aborda

    sobre capacidade funcional e a quarta parte descreve sobre atividade fsica e

    envelhecimento. O terceiro capitulo apresenta os aspectos metodolgicos da

    pesquisa: suas caractersticas, a populao pesquisada, instrumentos

    utilizados e apresentao dos resultados. O quarto e quinto captulos

    apresentam respectivamente: os resultados alcanados e concluso.

  • 9

    2. FUNDAMENTAO TERICA

    2.1. Os Idosos

    O envelhecimento um processo biopsicossocial, que tem seu incio nas

    clulas e passa por todos os tecidos e rgos do corpo. Esse processo

    interfere diretamente no funcionamento orgnico dos indivduos, influenciando

    as atividades humanas. Isso reflete no desempenho motor, na qualidade de

    vida e na capacidade para cuidar de si mesmo (KUWANO E SILVEIRA, 2002).

    No resta a menor dvida que, com o passar dos anos, o indivduo

    tende a sofrer alteraes nos diversos sistemas do organismo. Porm, no se

    sabe at que ponto essas alteraes so conseqncias do envelhecimento

    biolgico ou se so simplesmente resultantes de fatores ambientais ou do

    desuso, ocasionado por alteraes no estilo de vida dos idosos (KATCH e

    MCARDLE, 1996)

    Sabe-se que a manuteno de hbitos saudveis durante a vida toda

    exerce um papel fundamental para um envelhecimento saudvel. Os cuidados

    com a alimentao, com o consumo de lcool e cigarro, e, principalmente, a

    prtica de atividade fsica, so fatores que contribuem para que o indivduo

    tenha uma melhor qualidade de vida na velhice.

    Para Katch e Mcardle (1996), se um estilo de vida ativo for mantido, um

    nvel elevado de funes se conserva por mais tempo e diversas atividades

    podem ser desempenhadas pelos idosos com segurana e sucesso.

    No idoso, o grau de sucesso est relacionado ao desempenho na

    realizao das AVD, pois se este conseguir, realizar com autonomia, as tarefas

    de cuidado pessoal, poder ter uma melhor percepo de si diante da

    sociedade, melhorando a auto-estima e contribuindo para o seu bem-estar

    geral.

  • 10

    Nesse sentido, a prtica da atividade fsica, surge como alternativa

    fundamental na diminuio dos declnios fsico-fisiolgicos do idoso,

    influenciando tambm aspectos sociais e psicolgicos na vida destes

    indivduos (KUWANO E SILVEIRA, 2002).

    2.2. Doenas Associadas aos Idosos

    Pesquisas recentes indicam que o nmero de idosos crescer, nos

    ltimos anos, duas vezes mais do que a populao em geral (RAMOS et al,

    2007). Com isso, a prevalncia de doenas associadas velhice tambm

    aumentar. Entre estas, destacam-se as doenas cardiovasculares,

    consideradas as maiores causas de mortalidade e morbidade nesta faixa

    etria.

    A alta prevalncia das doenas cardiovasculares (DCV) hoje

    observada mundialmente. No Brasil este grupo de doenas a primeira causa

    de bito; foram responsveis, em 1996, por 249.613 bitos de um total de

    908.882 bitos registrados, representando 28% do total. Segundo uma

    pesquisa realizada nos Estados Unidos, 50% de todas as mortes no pas so

    causadas por essas doenas (KATCH, 1996).

    De acordo com o Ministrio da Sade as Doenas Cardiovasculares so

    as doenas que alteram o funcionamento do sistema circulatrio, como o

    corao, vasos sangneos (veias, artrias e capilares) e vasos linfticos.

    (ministrio da sade).

    O idoso mais suscetvel a contrair essas doenas, pois com o avano

    da idade, o sistema cardiovascular passa por uma srie de alteraes, como

    arteriosclerose, diminuio da distensibilidade da aorta e das grandes artrias e

    comprometimento da conduo cardaca (GUS, 2007).

    No existe uma causa nica para o desenvolvimento das doenas

    cardiovasculares, e sim, alguns agravantes denominados fatores de risco

    cardiovascular, que so condies ou hbitos que agridem o corao ou as

    artrias (GUS, 2007).

  • 11

    Um dos importantes fatores de risco para as doenas cardiovasculares

    a inatividade fsica, que, apesar de no se comparar a outros fatores como o

    tabagismo e a hipertenso, vm atingindo grande parte da populao idosa.

    Portanto, a prtica regular de exerccio fsico moderado um importante fator

    preventivo no desenvolvimento das doenas cardiovasculares, pois

    impossibilita o agravo de outros fatores de risco, tais como a hipertenso

    arterial, a diabetes e a obesidade.

    2.2.1 Hipertenso Arterial

    A hipertenso arterial o mais importante fator de risco cardiovascular e

    vem se tornando nos ltimos anos um dos mais graves problemas de sade

    pblica, atingindo, principalmente a populao mais idosa (CARVALHO, JLIO

    E MACHADO, 1998). Tem sua importncia na atualidade, devido forte

    associao com outras patologias causadoras de limitaes e ndices de

    mortalidade. No Brasil ela foi responsvel por 80% dos casos de acidente

    vascular cerebral, 60% de enfarto agudo do miocrdio e 40% das

    aposentadorias precoces, alm de significar um custo de 475 milhes de reais

    gastos com 1,1 milho de internaes por ano (BARROS et al, 2007). Nota-se

    que essa doena interfere diretamente na qualidade de vida do idoso, levando

    este a uma condio de dependncia, trazendo srios prejuzos ao longo dos

    anos.

    A hipertenso arterial ou "presso alta" a elevao da presso arterial

    para nmeros acima dos valores considerados normais (140/90mHg).

    MCARDLE, KATCH E KATCH (1985) afirmam que a hipertenso arterial impe

    um esforo crnico excessivo ao funcionamento normal do sistema

    cardiovascular. Esta elevao anormal pode causar leses em diferentes

    rgos do corpo humano, tais como crebro, corao, rins e olhos.

    De acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia, existem dois tipos de

    hipertenso: a primria ou familiar, de causa desconhecida, geralmente

    associada hereditariedade, a mais comum e atinge 95% dos casos; e a

    secundria, que surge por motivos especficos como obesidade, excesso de

    sal, gravidez, e atinge 5% da populao. (ESTADO DO NORTE).

  • 12

    A hipertenso primria mais comum nos idosos. A prevalncia de

    Hipertenso arterial na populao idosa muito alta. No Brasil cerca de 65%

    dos idosos so hipertensos e entre mulheres maiores de 75 anos a prevalncia

    pode chegar a 80% (MANO, 2007).

    Vrios estudos foram realizados para verificar os valores normativos da

    presso arterial em idosos, assim como sua variao com a idade, e constatou-

    se que, com o passar dos anos, h uma elevao discreta nos valores

    pressricos da maioria dos indivduos. Porm, estudos recentes, procuram

    investigar o limite mximo de normalidade para o idoso, a fim de caracterizar o

    indivduo como hipertenso. Essa condio dificulta o estudo da presso arterial

    no idoso, pois alguns autores, a consideram como conseqncia normal no

    processo de envelhecimento (SERRO, FILHO e CURIATI, 2007).

    A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia afirmam que os

    sintomas mais comuns da hipertenso arterial so: dor de cabea, tontura,

    sangramento do nariz, sensao de cansao e falta de ar. Algumas vezes a

    presso pode subir lentamente e o organismo se adaptar a esta cifra alta de

    presso e no apresentar sintomas. Por essa razo ela considerada como a

    doena silenciosa. Com relao a este fato, o Ministrio da Sade estima que

    cerca de 15 milhes de hipertensos desconhecem que sofrem do mal.

    O tratamento feito com medicamentos. No entanto, poucos indivduos

    conseguem obter melhoras utilizando somente um agente teraputico, sendo

    necessria a combinao de vrios destes. Dessa forma, a interveno no-

    farmacolgica vem sendo apontada na literatura, por oferecer um baixo custo,

    menor risco e, principalmente, eficcia no controle da doena.

    Nesse sentido, o exerccio fsico vem contribuindo de forma significativa

    na preveno e tratamento da hipertenso. Estudos epidemiolgicos e clnicos

    tm demonstrado efeitos benficos da prtica de atividade fsica sobre a

    presso arterial de todas as idades (GOMES E GUIMARES, 2007).

  • 13

    Gorinchteyn (1999) afirma que a atividade fsica regular ocasiona uma

    diminuio das cifras pressricas, sendo uma importante forma de interveno

    na preveno ou tratamento de hipertenso.

    2.2.2. - Diabetes Mellitus

    Anderson et al (1998) afirmam que a Diabetes Mellitus considerada

    uma doena crnica, hereditria, caracterizada por uma elevao anormal nos

    nveis de glicose sangunea e por excreo do excesso de glicose na urina. J

    Czepielewski (2007) define Diabetes como uma doena provocada pela

    deficincia de produo e/ou de ao da insulina, que leva a sintomas agudos

    e a complicaes crnicas caractersticas.

    Essa doena tem muita importncia na vida do idoso pela elevada

    ocorrncia e, principalmente, devido s inmeras complicaes causadas ao

    organismo, trazendo srios prejuzos em sua qualidade de vida. Algumas das

    complicaes crnicas mais comuns so: cansao, fraqueza e perda de peso,

    confuso mental aguda, incontinncia urinria, infeces freqentes,

    dificuldade de cicatrizao de feridas, formigamento, dormncias, dores nas

    mos e pernas e diminuio da viso.

    O Ministrio da Sade calcula que em 2025 vo existir cerca de 11 milhes

    de diabticos no pas. Dados de um estudo multicntrico sobre a incidncia da

    diabetes no Brasil demonstraram uma prevalncia de 7,6% da populao de 30

    a 69 anos. ( MINISTRIO DA SADE)

    De acordo com Czepielewski (2007) a Diabetes Mellitus apresenta diversas

    formas clnicas, sendo classificada em:

    Diabetes Mellitus tipo I: Ocasionada pela destruio da clula beta do

    pncreas, em geral por decorrncia de doena auto-imune, levando a

    deficincia absoluta de insulina. o chamado insulino-dependente, pois

    necessita de aplicaes dirias da injeo de insulina.

  • 14

    Diabetes Mellitus tipo II: Provocada predominantemente por um estado de

    resistncia ao da insulina associado a uma relativa deficincia de sua

    secreo. Em geral, acomete pessoas acima dos 40 anos de idade.

    Outras formas de Diabetes Mellitus: Quadro associado a desordens genticas,

    infeces, doenas pancreticas, uso de medicamentos, drogas ou outras

    doenas endcrinas.

    Diabetes Gestacional: Circunstncia na qual a doena diagnosticada durante

    a gestao, em paciente sem aumento prvio da glicose. Geralmente

    provocada pelo aumento de peso excessivo da me.

    Estudos mostram que o exerccio fsico um importante auxiliar na

    preveno e no tratamento da diabetes, pois aumenta sensibilidade insulina

    e melhora a tolerncia glicose no organismo (AZEVEDO e PAZ, 2006). Alm

    disso, o exerccio age no controle do peso corporal, minimizando os riscos de

    doena coronariana e o desenvolvimento de outras patologias (RAMOS, 1997).

    Para maior entendimento a cerca da influncia do diabetes na qualidade

    de vida da populao (TAVARES; RODRIGUES, 2007) afirmam que:

    O diabetes uma das principais causas de internao no Brasil;

    Uma pessoa diabtica tem dezessete vezes mais chance de

    desenvolver neuropatia e quarenta vezes mais chance de sofrer

    amputao de membros inferiores;

    O infarto cardaco seis vezes mais freqente no diabtico e o

    acometem dez anos antes do que na populao geral;

    uma das causas de impotncia sexual masculina;

    Cerca de 50% dos diabticos so hipertensos contra 10 a 15% da

    populao geral;

    Quando a diabetes surge antes dos 50 anos, o paciente perde de cinco

    a quinze anos de expectativa de vida.

  • 15

    2.2.3 Obesidade Nas ltimas dcadas tm se notado um intenso e alarmante aumento no

    nmero de indivduos obesos, o que tornou a obesidade um problema de

    sade pblica, sendo considerada pela OMS uma epidemia global. Essa

    doena tem sua importncia porque est associada a outras patologias, as

    quais merecem destaque por sua relao direta com o ndice de mortalidade

    em nosso pas.

    Para Cabrera e Filho (2001) a obesidade o excesso de tecido adiposo

    no organismo, sendo considerada uma doena crnica, podendo ter relao

    direta ou indireta com outras comorbidades, como as doenas

    cardiovasculares, osteomusculares e neoplsicas.

    De acordo com Eye (2007) o indivduo obeso, tem maior probabilidade

    de desenvolver doenas cardiovasculares, por conta do maior esforo do

    corao, mesmo na ausncia de outros fatores de risco.

    A prevalncia de obesidade maior nas mulheres, especialmente nas

    idosas. No entanto, as complicaes metablicas associadas obesidade

    afetam principalmente os homens. (CABREIRA E FILHO, 2001).

    O impacto da obesidade na qualidade de vida do idoso irreparvel,

    pois este acaba por tornar-se limitado, no s em suas AVD, mas tambm, em

    seu estado emocional, sua vida social e, principalmente, em sua sade fsica.

    De acordo com Ramos (1997) os principais fatores de risco para a

    obesidade so:

    a) Gentica: filhos de pais obesos tm maior probabilidade de

    serem obesos;

    b) Superalimentao: ingesto de grandes quantidades de

    calorias, que, se no forem utilizadas, sero estocadas em

    forma de gordura;

  • 16

    c) Inatividade fsica: o indivduo sedentrio tem um reduzido

    gasto calrico, que favorece o estoque de gordura, alm de

    haver uma tendncia de este comer mais do que o indivduo

    ativo.

    d) Fatores endcrinos: ex: tireide. Alguns hormnios da tireide

    diminuem o metabolismo basal, que uma condio favorvel

    ao acmulo de gordura.

    e) Fatores psicolgicos: ex: ansiedade: as pessoas ansiosas

    tendem a comer mais.

    Matsudo e Matsudo (2006) afirmam que um dos maiores fatores

    responsveis pela maior prevalncia de excesso de peso e obesidade o

    sedentarismo e a insuficiente prtica de atividade fsica regular. Em se tratando

    da populao idosa, esses agravantes so ainda maiores.

    No indivduo obeso, o exerccio fsico provoca um aumento na glndula

    tireide, que consequentemente, aumenta as taxas de hormnios. Esses

    hormnios agem no sentido de aumentar o metabolismo basal, colocando a

    gordura excessiva para ser consumida pelo organismo, dificultando o acmulo

    de gordura (RAMOS, 1997).

    Portanto, um programa de exerccios fsicos bem orientados, pode

    prevenir o desenvolvimento da obesidade e, principalmente, dos fatores de

    risco associados a essa doena.

    2.3 Capacidade funcional

    A capacidade funcional dimensionada como a habilidade e

    independncia que o indivduo tem para realizar determinadas atividades

    (GIATTI, COSTA e BARRETO, 2003). J WENGER et al (apud GUIMARES

    et al, 2007) em seu conceito mais amplo afirma que a capacidade funcional

    pode ser definida como a capacidade do indivduo de realizar as atividades da

    vida diria de forma independente, incluindo atividades ocupacionais e

    recreativas, aes de deslocamento e auto cuidado. Mais especificamente,

  • 17

    expressa a capacidade do indivduo viver independente no seu meio apesar de

    suas limitaes.

    Essa capacidade uma das questes mais significativas da velhice

    e determina o nvel de qualidade de vida do idoso, tornando-se um dos

    principais componentes na avaliao da sade dos indivduos desta faixa

    etria. Dessa forma, percebe-se que a sade no mais medida pela presena

    ou no de doenas, mas sim pelo grau de preservao da capacidade

    funcional.

    Uma das formas de verificar a capacidade funcional nos idosos atravs

    de desempenho na realizao das AVD. A dificuldade ou incapacidade na

    realizao destas representa um risco elevado para a perda da capacidade

    funcional (RICCI, KUBOTA E CORDEIRO, 2007).

    Kuwano e Silveira (2002) afirmam que as atividades da vida diria se

    dividem em bsicas e instrumentais. As atividades bsicas so: caminhar e

    levantar sem auxlio, atividades de auto-cuidado como tomar banho, alimentar-

    se sem auxlio. J as atividades instrumentais da vida diria envolvem

    atividades mais complexas, como preparar e servir o prprio alimento, operar o

    telefone, utilizar meios de transportes, lavar sua roupa, fazer pequenas

    compras e administrar os prprios medicamentos.

    Estudos populacionais realizados no pas tm demonstrado que cerca

    de 40% dos indivduos com 65 anos ou mais de idade precisa de algum tipo de

    auxlio para realizar pelo menos uma atividade instrumental da vida diria,

    como fazer compras, cuidar das finanas, prepararem refeies ou limpar a

    casa, e que 10% requerem ajuda para realizar tarefas bsicas, como tomar

    banho, vestir-se, ir ao banheiro, alimentar-se e, at, sentar e levantar de

    cadeiras e camas (Ramos et al., apud SILVESTRE e COSTA, 2003). Em um

    outro estudo, verificou-se que cerca de 30% da populao idosa mundial

    depende de algum para realizar suas atividades da vida diria (ANDREOTTI;

    OKUMA, 1999). Portanto, a manuteno e a preservao dessa capacidade

  • 18

    so importantes para prolongar o maior tempo possvel independncia do

    idoso, mantendo-o em plena capacidade funcional.

    Para Latorre et al (2007) quando ocorre um comprometimento da

    capacidade funcional do idoso, impedindo-o de realizar o cuidado de si, a carga

    sobre a famlia e sobre o sistema de sade pode tornar-se muito grande.

    Kuwano e Silveira (2002) enfatizam ainda mais, quando dizem que as

    habilidades que o indivduo idoso apresenta em suas AVD que determinar o

    grau de sucesso, satisfao pessoal e adaptao perante a sociedade.

    2.4 Atividade Fsica e os idosos

    Pesquisas atuais tm evidenciado os efeitos benficos dos exerccios

    fsicos na melhoria das capacidades funcionais no desempenho das AVD da

    populao idosa (KUWANO e SILVEIRA, 2002). Esses benefcios incluem

    reduo da morbidade e mortalidade por doena coronariana, controle da

    presso arterial, da glicemia e do colesterol e melhora do peso (GIATTI,

    COSTA E BARRETO, 2003).

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e

    Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, o exerccio fsico regular

    melhora a qualidade e expectativa de vida do idoso beneficiando-o em vrios

    aspectos principalmente na preveno de incapacidades (GUERRA, 2007).

    Isso se demonstra mais claramente a partir de um estudo epidemiolgico em

    que se verificou a forte relao existente entre a inatividade fsica e a presena

    de fatores de risco cardiovascular, como hipertenso, resistncia insulina,

    diabetes, dislipidemias e obesidade (GOMES, 2007).

    Para Gorinchteyn (1999) a atividade fsica regular promove uma srie de

    modificaes no organismo do idoso, como por exemplo, diminuio da

    freqncia cardaca, aumento das endorfinas endgenas, responsveis pela

    sensao de bem estar, reduo do colesterol, fortificao da estrutura ssea,

  • 19

    das articulaes, melhora na postura. A liberao de endorfina pelo organismo,

    provoca ainda, um estado de plenitude que o praticante regular de atividade

    fsica experimenta e lhe traz benefcios em todos os nveis, principalmente na

    melhoria da auto-estima e no convvio social, permitindo uma adaptao

    melhor do indivduo na sociedade.

    Em se tratando de fatores emocionais, Grzia (2007) nos d sua

    contribuio quando diz que o exerccio fsico constante e moderado tem

    efeitos benficos na sade em geral e ao nvel psicolgico pode reduzir a

    ansiedade, melhorar a auto-estima e auto-confiana, melhorar a cognio e

    diminuir o stress. Recentemente foram realizados estudos nos EUA que

    afirmam que a prtica sistemtica do exerccio fsico para a populao em geral

    est associada ausncia ou a poucos sintomas depressivos ou de ansiedade.

    Em um estudo realizado por Amorin et al (apud Pereira, 2007) coloca

    que idosos ativos que praticavam exerccios fsicos regulares, apresentavam

    melhores resultados em comparao com idosos sedentrios na sua

    capacidade funcional. Refletindo desta forma no estilo de vida dessa

    populao, aumentando o grau de autonomia em relao s AVD e em um

    envelhecimento mais rico em oportunidades de relaes sociais.

    Por outro lado, a ausncia de atividades fsicas est tambm associada

    com diversos problemas msculo-esquelticos, que podem afetar

    negativamente as atividades funcionais do idoso (GIATTI, COSTA E

    BARRETO, 2003). Portanto, o fortalecimento dos elementos da aptido fsica,

    como fora, flexibilidade, capacidade cardiorrespiratria, coordenao motora,

    entre outros, uma excelente forma de evitar os efeitos degenerativos

    causados pelo envelhecimento.

    De forma geral, Miranda (2007) enumera os benefcios do exerccio fsico

    para a populao idosa:

  • 20

    Melhora da sensibilidade insulina, prevenindo o desenvolvimento de

    diabetes;

    Aumento da frao HDL (colesterol bom), diminuio da LDL (colesterol

    ruim) e reduo significativa das triglicrides;

    Com o envelhecimento h um aumento percentual da gordura corporal e

    diminuio da massa muscular. A atividade fsica reduz esta

    modificao. Alm disso, ajuda a melhorar a massa ssea quando jovem

    e prevenir a perda na fase adulta, diminuindo o risco de fraturas;

    Reverso das alteraes cardiovasculares e pulmonares que ocorrem

    com o processo de envelhecimento;

    Fatores hemostticos so influenciados de vrias maneiras pela

    atividade fsica, com resultado lquido de reduo da atividade pr-

    trombtica;

    Aumento na capacidade fsica, elasticidade e equilbrio, diminuindo o

    risco de quedas;

    Aumento da vasodilatao dependente do endotlio, por aumento da

    liberao de xido ntrico. O exerccio aerbico regular previne a perda

    da vasodilatao dependente do endotlio que ocorre com o

    envelhecimento e restaura ao normal em adultos e idosos sedentrios

    saudveis;

    Melhora na imunidade, que pode diminuir a incidncia de infeces e

    possivelmente de certos tipos de cncer;

    Melhora da funo autonmica, com aumento da sensibilidade dos

    barrorreceptores e da variabilidade da frequncia cardaca;

    Facilita a interrupo do tabagismo, alm de prevenir o ganho de peso

    que geralmente esto associados;

    Preveno ou retardo do declnio cognitivo

    Um dos estudos mais bem documentados sobre os benefcios dos

    exerccios fsicos sobre o risco de doena coronariana e morte, havendo uma

    relao inversa com a prtica de exerccio habitual. Isto vem sendo

    demonstrado tanto para a prtica de exerccio programado, quanto para as

  • 21

    atividades de lazer ou inseridas nas rotinas do dia. Apesar do exerccio

    moderado j apresentar benefcios sobre a mortalidade, aparentemente h

    uma relao dose-resposta, com exerccios mais vigorosos demonstrando um

    efeito ainda maior.

  • 22

    3. METODOLOGIA

    3.1 Caracterizao do estudo

    Este estudo tem uma abordagem qualitativa, pois conforme Minayo

    (2000) esta abordagem valoriza a subjetividade do sujeito e os pesquisadores

    tendem a analisar seus dados indutivamente. O ambiente natural a fonte

    direta para coletas de dados e no requer o uso de mtodos e tcnicas

    estatsticas uma vez que no se podem traduzir em nmeros as respostas dos

    sujeitos. Do ponto de vista dos seus objetivos classifica-se como descritiva.

    Rudio (2001), afirma que a pesquisa descritiva quando busca conhecer o

    fenmeno, analis-lo, interpret-lo e descrev-lo sem interferir na sua

    realidade. A Tcnica utilizada foi um levantamento, uma vez que a pesquisa

    envolveu a interrogao direta das pessoas cujo comportamento se desejava

    conhecer.

    3.2 Amostra

    Foi constituda por treze idosos do projeto atividade fsica para idosos

    do bairro Nacional. Os critrios utilizados para seleo foram participarem pelo

    menos a trs meses do projeto.

    3.3 Instrumento de pesquisa

    Entrevistas semi-estruturadas com as seguintes perguntas: de que

    forma o exerccio fsico contribuiu para a sua vida com relao sade, ao

    Estilo de vida e s atividades da vida dirias?

    3.4 Anlise dos dados

    As respostas da entrevista foram agrupadas nas seguintes categorias:

    sade fsica, sade mental, hbitos alimentares, realizao das atividades da

    vida diria e convvio social, que so detalhadas no capitulo apresentao dos

    resultados. Neste capitulo foram colocadas as iniciais dos nomes dos idosos e

    em seguida relatado parte de sua entrevista para responder aos objetivos

    propostos.

  • 23

    4. APRESENTAO DOS RESULTADOS

    Apresentam-se nesse captulo os resultados da entrevista de cada idoso

    como ele se sentia antes de participar do projeto e como sente-se atualmente.

    Nome: N. S. B.

    Idade: 50 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: Hipertensa, sentia tonturas, canseira severa, tinha o corao

    crescido, teve enfarte (chegou a ficar internada por um ms),

    Sade mental: sofria de depresso diagnosticada, solido, se sentia presa,

    no conseguia sair na rua nem para ir at o porto de casa e tinha dificuldade

    de dormir.

    Hbitos alimentares: procurava comer bem (diminuindo sal e ingerindo mais

    frutas e verduras), mas logo caa em tentao e voltava a comer de tudo, sem

    restrio.

    Realizao de AVD: Tinha dificuldade em realizar a limpeza da casa, andar de

    nibus, caminhar pela rua.

    Convvio na Sociedade: vivia em pleno isolamento, no tinha amigos, no

    conversava com as pessoas.

    Depois de cinco meses de exerccios fsicos no programa:

    A presso baixou significativamente, o corao voltou ao seu tamanho

    normal, acabaram as tonturas e canseira. No sente mais o sintoma da

    depresso, se sente mais disposta, mais nova, com a auto-estima elevada.

    Com isso passou a sair mais de casa, conversar com as pessoas na rua.

    Agora, consegue realizar bem todas as AVD e anda de nibus normalmente.

    Modificou totalmente seus hbitos alimentares depois do programa e passou a

    se sentir muito melhor com a mudana.

  • 24

    Nome: G. R. S. S.

    Idade: 52 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: Hipertensa, sofreu um derrame cerebral, sentia dores na coluna,

    cansao, tonturas, dores de cabea constantes, dores no corpo todo.

    Sade mental: dificuldades na memria, depresso diagnosticada, solido,

    desnimo, indisposio.

    Hbitos alimentares: comia de tudo, no restringia alimentos.

    Realizao de AVD: cansao para a realizao das AVD, como fazer a

    limpeza de casa, andar de nibus.

    Convvio na Sociedade: no conversava, vivia isolada .

    Depois de cinco meses de exerccios fsicos no programa:

    A presso normalizou, acabaram as tonturas, as dores na coluna e na

    cabea. Melhorou a memria, no sofre mais com a depresso e com a

    solido, v no grupo uma famlia. Modificou seus hbitos alimentares. Sente-se

    mais jovem, mais disposta para realizar as AVD e voltou a estudar. Afirma que

    o exerccio fsico mudou totalmente sua vida.

    Nome: M. R. S.

    Idade: 60 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: colesterol alto, osteoporose, problemas na coluna (bico de

    papagaio), dores no joelho, provocada por queda, fortes dores de cabea.

    Sade mental: depresso diagnosticada, confuso mental, intranqilidade, falta

    de paz.

    Hbitos alimentares: sempre procurou se alimentar bem.

    Realizao de AVD: nunca teve dificuldades na realizao das AVD.

  • 25

    Convvio na Sociedade: sempre conviveu bem com as pessoas, mas tinha

    dificuldades no relacionamento com os filhos.

    Depois de quatro meses de exerccios fsicos no programa:

    O colesterol baixou, as dores nos ossos e na coluna desapareceram,

    no sente dores de cabea, mas o joelho ainda di. A paz voltou com o

    exerccio, se sente mais tranqila, no sente mais confuso mental, no sente

    mais depresso, se sente mais nova e disposta.

    Nome: M. R. A.

    Idade: 72 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: Diabtica, sentia muita dor nos ossos, nas articulaes, tem

    reumatismo, tem bursite, dor nos braos, no conseguia movimentar os braos

    para trs, sentia dor na coluna, sentia dores pelo corpo todo, tontura.

    Sade mental: nunca teve problemas dessa ordem.

    Hbitos alimentares: sempre se alimentou bem, reduzindo o sal e elevando o

    consumo de frutas e verduras.

    Realizao de AVD: dificuldade para realizar todas as AVDs.

    Convvio na Sociedade: dificuldade para conversar com as pessoas.

    Depois de cinco meses de exerccios fsicos no programa:

    A diabetes est controlada, a dor nos ossos e articulaes teve uma

    melhora considervel, assim como as dores na coluna e nos ombros (bursite).

    J consegue movimentar os braos para trs, no sente mais dores no corpo e

    nem tontura. Consegue lavar, passar, abaixar e levantar sem grandes

    dificuldades. Sente-se mais disposta, mais forte, mais jovem.

  • 26

    Nome: S. P. F.

    Idade: 61 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: hipertensa, com colesterol alto e dores nos ombros.

    Sade mental: depressiva diagnosticada, nervosa.

    Hbitos alimentares: ingeria muito sal e gordura.

    Realizao de AVD: muita dificuldade em subir degraus de nibus, baixar e

    levantar para fazer as necessidades e pouca resistncia nos msculos.

    Convvio na Sociedade: preferia ficar em casa.

    Depois de trs meses de exerccios fsicos no programa:

    A presso e o colesterol se normalizaram, acabaram as dores no ombro

    e a resistncia para realizao das AVD aumentou significativamente, pois

    consegue realiza-las sem muita dificuldade. A depresso e o nervosismo

    acabaram. Sente-se mais disposta, mais forte.

    Nome: I. S.F.

    Idade: 45 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: Hipertensa tinha o corao crescido, sentia tonturas, dores no

    corpo.

    Sade mental: Sentia tristeza, angstia, aperto no peito.

    Hbitos alimentares: Comia muito sal e gordura.

    Realizao de AVD: No conseguia caminhar sozinha, no limpava casa, no

    lavava roupa, tinha dificuldade em abaixar e levantar para realizar suas

    necessidades.

    Convvio na Sociedade: no conversava com as pessoas

  • 27

    Depois de cinco meses de exerccios fsicos no programa:

    A hipertenso baixou consideravelmente, o corao se normalizou, j

    caminha sem ajuda, no sente mais tonturas nem dores no corpo, realiza as

    AVD normalmente sem grandes dificuldades. Alimenta-se melhor com pouca

    ingesta de sal. No sente mais tristeza, nem dores no peito. Conversa mais

    com as pessoas, se sente mais forte, mais jovem.

    Nome: H. S.L.

    Idade: 72 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: hipertensa, dores no brao, falta de ar.

    Sade mental: nunca teve problemas de ordem mental.

    Hbitos alimentares: ingeria muito sal e a gordura.

    Realizao de AVD: nunca teve dificuldade na realizao das AVD

    Convvio na Sociedade: dificuldades no convvio com as pessoas, no

    conversava, se isolava.

    Depois de cinco meses de exerccios fsicos no programa:

    A presso se normalizou, acabaram as dores no brao e a falta de ar.

    Com o programa passou a cuidar mais da alimentao. Melhorou

    significativamente o convvio com as outras pessoas, passando a conversar

    mais com elas depois do programa.

  • 28

    Nome: M. L. R.

    Idade: 58 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: Sentia dores no corpo inteiro, principalmente no joelho,

    apresentava colesterol alto e tontura.

    Sade mental: sempre esteve bem mentalmente.

    Hbitos alimentares: sempre se alimentou bem.

    Realizao de AVD: no tinha dificuldade para a realizao das AVDs.

    Convvio na Sociedade: Tinha dificuldade de se relacionar com as pessoas.

    Depois de cinco meses de exerccios fsicos no programa:

    As dores no joelho tiveram uma leve melhora com o programa, o

    colesterol sempre foi alto, mas melhorou um pouco. No sente mais tonturas.

    Se sente mais disposta, mais jovem. O convvio em sociedade melhorou muito

    com o programa.

    Nome: T. R.

    Idade: 56 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: hipertenso grave, sentia muitas dores nas articulaes (artrite),

    nos ombros, a sensao de corpo pesado.

    Sade mental: no tinha problemas dessa ordem.

    Hbitos alimentares: Depois do programa passou a comer mais, mas sempre

    evitou o sal.

    Realizao de AVD: tinha muita dificuldade em baixar e levantar dependia de

    algum para fazer essa atividade, a outra atividade fazia normalmente.

    Convvio na Sociedade: Tinha dificuldades em conversar com outras pessoas.

  • 29

    Depois de cinco meses de exerccios fsicos no programa:

    A hipertenso, as dores nas articulaes, no joelho e no ombro tiveram

    leves melhoras, agora j consegue baixar e levantar sem ajuda. Sente-se mais

    leve, mais jovem, mais disposta e, com isso, melhorou muito o convvio social.

    Nome: M. A. V.

    Idade: 47 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: Hipertensa, fortes dores de cabea, mal estar, teve incio de

    enfarte, dores no joelho, tonturas, cansao, colesterol alto.

    Sade mental: no tinha problemas nessa rea.

    Hbitos alimentares: Ingeria muita gordura e sal.

    Realizao de AVD: Dificuldade para baixar e levantar.

    Convvio na Sociedade: no tinha dificuldades no convvio em sociedade.

    Depois de quatro meses de exerccios fsicos no programa:

    A presso e o colesterol se normalizaram, no sente mais dores no

    joelho, tonturas, cansao, mal estar. Passou a se alimentar melhor, com

    restrio total do sal e gordura. No tem mais dificuldade em abaixar e

    levantar. Sente-se mais disposta, mais jovem.

    Nome: M. C. R. A.

    Idade: 48 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: hipertensa tem colesterol alto, sentia dor nas articulaes, fortes

    dores nos braos, s conseguia levantar o brao esquerdo com a ajuda do

    direito.

  • 30

    Sade mental: sentia muita tristeza e solido.

    Hbitos alimentares: sempre se alimentou bem.

    Realizao de AVD: tinha muita dificuldade em realizar as AVD.

    Convvio na Sociedade: no conversava com as pessoas.

    Depois de quatro meses de exerccios fsicos no programa:

    A hipertenso se normalizou, no sente mais dores nas articulaes.

    Consegue movimentar melhor os braos. Abaixa-se e levanta-se sem muita

    dificuldade. Limpa casa, lava roupa, normalmente. No sente mais tristeza,

    nem solido, consegue conversar melhor com as pessoas.

    Nome: M. . L.

    Idade: 42 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: hipertensa tinha dificuldade para dormir, palpitao no corao,

    falta de ar, dor na coluna, colesterol alto.

    Sade mental: no tinha problemas com essa rea.

    Hbitos alimentares: j se alimentava bem, mas com o programa passou a se

    alimentar melhor.

    Realizao de AVD: tinha muita dificuldade em realizar as AVD.

    Convvio na Sociedade: no saa de casa, no conversava com as pessoas.

    Depois de cinco meses de exerccios fsicos no programa:

    A presso arterial e o colesterol se normalizaram. J consegue dormir

    normalmente. No sente mais falta de ar, palpitao e nem dificuldades para

    realizar as AVDs. As dores na coluna acabaram. Sai de casa normalmente

    para conversar com as outras pessoas e sente-se mais nova, mais disposta e

    feliz.

  • 31

    Nome: M. C. S.

    Idade: 56 anos

    Antes de participar do projeto:

    Sade fsica: tem hipertenso, artrose nos joelhos e arritmia;

    Sade mental: sente muita tristeza, solido, indisposio.

    Hbitos alimentares: sempre se alimentou bem, diminuindo sal e gordura e

    consumindo mais frutas e verduras;

    Realizao de AVD: dificuldade para realizar as AVD.

    Convvio na Sociedade: dificuldade para conversar com as pessoas.

    Depois de cinco meses de exerccios fsicos no programa:

    A hipertenso e a arritmia tiveram leves melhoras. J as dores nos

    joelhos e o desempenho nas AVDs no tiveram melhoras aparente. No

    entanto, sente-se mais alegre e disposta. Passou a conviver melhor com as

    outras pessoas.

    Os resultados da entrevista corroboram com o que mostra a literatura: os

    exerccios fsicos proporcionam aos idosos uma vida saudvel, garantindo-lhes

    espao social e cultural, permitindo-lhes redescobrir valores e sentimentos,

    como os da auto-estima.

  • 32

    6. CONCLUSO

    Os resultados permitiram concluir que os idosos participantes do projeto

    de extenso atividade fsica para idoso promovido pela Universidade Federal

    de Rondnia coordenado pela professora MS Angeliete Milito no bairro

    Nacional em parceria com o Programa de Sade da Famlia tiveram vrios

    benefcios proporcionados pelos exerccios fsicos.

    Com relao sade os exerccios fsicos mostraram ser um bom

    coadjuvante no controle da hipertenso arterial e da diabete, controlando a

    hiperglicemia e minimizando os riscos cardiovasculares dos idosos. Alm disso,

    houve redues das dores relatadas pelos idosos, melhora do estado

    depressivo, bem como o aumento da disposio, da auto-estima e da sensao

    de bem estar.

    No aspecto relacionado ao estilo de vida os idosos passaram a se

    preocupar mais com a alimentao, reduzindo o sal e procurando comer mais

    frutas e legumes. Tambm passaram a se relacionar melhor com as pessoas,

    conversando mais e diminuindo desta forma a tristeza e a solido.

    Com a diminuio das dores e o aumento da disposio proporcionadas

    pelos exerccios fsicos os idosos relataram que passaram a realizar com maior

    facilidade as atividades da vida dirias, como lavar roupa, arrumar a casa,

    cozinhar e fazer compras, alguns at voltaram a andar de nibus, pois no

    sentiam mais dificuldade de subir degraus.

    Sendo assim, os dados apresentados nesse estudo mostram que houve

    diferena significativa na qualidade de vida dos idosos avaliados. Com isso,

    podemos concluir tambm que o projeto atividade fsica para o idoso est

    auxiliando na manuteno da autonomia do idoso, contribuindo para que este

    tenha uma melhor qualidade de vida.

    Nesse sentido, fica evidente a necessidade de elaborao de prticas

    preventivas por parte dos profissionais da rea de sade, a fim de

    compreender melhor esse estgio da vida e, principalmente, visando uma

    melhor qualidade de vida para esta populao.

  • 33

    7 REFERNCIAS

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