INFECÇÕES POR CATETERES

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INFECÇÕES POR CATETERES EDNALDO SEVERINO DA SILVA T867BE-0 LUZILENE REGINA GOMES B167DG-0 MARTA MENDES GOUVEA B1103F-7 ROSANGELA SILVA MOTTA B14CIH-0

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INFECÇÕES POR CATETERES. EDNALDO SEVERINO DA SILVAT867BE-0 LUZILENE REGINA GOMESB167DG-0 MARTA MENDES GOUVEAB1103F-7 ROSANGELA SILVA MOTTAB14CIH-0. OBJETIVO. - PowerPoint PPT Presentation

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INFECÇÕES POR

CATETERES EDNALDO SEVERINO DA SILVA T867BE-0

LUZILENE REGINA GOMES B167DG-0

MARTA MENDES GOUVEA B1103F-7

ROSANGELA SILVA MOTTA B14CIH-0

Page 2: INFECÇÕES POR CATETERES

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é fazer

uma abordagem geral dos principais

processos envolvidos em infecções

associadas ao uso de cateteres, bem

como as medidas preventivas para

evitar sua ocorrência.

Page 3: INFECÇÕES POR CATETERES

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Cateter – instrumento tubular que é inserido

numa cavidade corporal para retirar ou introduzir

substâncias, e realizar investigações diagnósticas.

São indicados para a administração de soluções

endovenosas, hemotransfusões, nutrição

parenteral e para monitoração do estado

hemodinâmico do paciente crítico.

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CONSIDERAÇÕES GERAIS

Desde o lançamento do primeiro cateter

intravascular em 1945, tornaram-se evidentes

os riscos de infecção associados ao seu uso.

Uma complicação que deve ser considerada

é a sepse primária; cerca de 17% dos

pacientes portadores de cateter venoso

central (CVC) apresentam sinais de sepse

(Basile-Filho et. al., 1998).

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CONSIDERAÇÕES GERAIS

Infecção relacionada a cateter – ocorre

quando o germe presente no local de

inserção atinge a corrente sanguínea

resultando em bacteremia, que se não

contida pode resultar em septicemia

(Bonvento, 2007). A contaminação pode ser

proveniente da solução a ser administrada ou

da prótese de acesso venoso.

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CONSIDERAÇÕES GERAIS

Segundo Bonvento (2007), a taxa de

infecção relacionada a cateter varia de acordo com:

local de implante;

tipo do cateter empregado;

frequência de manipulação;

categoria do CTI (queimados, traumas, pós-

operatório);

comorbidades dos pacientes.

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SINTOMATOLOGIA

Sinais de infecção no local de

penetração e do túnel subcutâneo formado

pela passagem do CVC que podem ser

evidenciados durante o exame físico do

paciente ou detectados pela equipe de

enfermagem durante a troca do curativo

(Basile-Filho et. al., 1998):

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SINTOMATOLOGIA

eritema, enduração e secreção purulenta;

febre contínua, entre 38,5 a 39oC;

calafrios;

distúrbios de consciência;

oligúria;

diminuição da perfusão periférica;

leucocitose com acentuado desvio à

esquerda;

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SINTOMATOLOGIA

intolerância à glicose;

acidose metabólica compensada;

elevação insidiosa da uréia e da creatinina

sem outro foco de infecção evidente.

Estes sinais podem desaparecer entre

24-48h após a remoção do cateter.

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PATOGÊNESE

A contaminação do cateter por

microorganismos, geralmente, é devido aos

depósitos de fibrina e fibronectina intra ou

extraluminal do CVC, sendo que a aderência

do germe ao cateter é o primeiro passo do

processo (Basile-Filho et. al., 1998).

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PATOGÊNESE Segundo Bonvento (2007), as espécies

microbianas mais prevalentes nos processos infecciosos associados a cateteres são:

Stafylococcus coagulase negativo – 27%; S. aureus – 16%; Enterococcus – 8%; Gram-negativos – 19%; Escherichia coli – 6%; Enterobacter spp – 5%; P. aeruginosa – 4%; K. pneumoniae – 4%; Candida spp – 8%.

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PATOGÊNESE

Mecanismos de colonização do cateter podem ser

de dois tipos (Bonvento, 2007):

1. Colonização da superfície externa do cateter, túnel

subcutâneo e pele circunvizinha pela própria microbiota

da pele, das mãos dos profissionais e dos anti-sépticos

contaminados;

2. Propagação de bactérias pela superfície interna do

cateter.

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DIAGNÓSTICO

Segundo Bonvento (2007), os seguintes tipos de

infecções estão relacionadas a cateteres:

1. Infecção hospitalar primária da corrente sanguínea –

pode significar bacteremia temporária de um foco

infeccioso (que pode se resolver espontaneamente) ou

pode resultar em sepse (se não for contida);

2. Infecção no local de inserção do cateter – trata-se da

porta de entrada mais comum;

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DIAGNÓSTICO

3. Infecção no túnel dos cateteres implantados;

4. Cateter colonizado;

5. Infecção da corrente sanguínea relacionada ao

cateter;

6. Infecção em dispositivo implantável – eritema e

necrose da pele acima do reservatório do dispositivo

ou exsudado purulento na bolsa subcutânea.

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DIAGNÓSTICO

Além da sintomatologia que deve

estar sempre presente diante da suspeita

de sepse primária, relacionada a cateter, o

estudo bacteriológico qualitativo e semi-

quantitativo deve sustentar o diagnóstico

(Basile-Filho et. al., 1998).

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TRATAMENTO

Quando não há um foco identificado, mas há

suspeita de infecção relacionada a cateter, deve-se

colher duas amostras de hemoculturas de sangue

periférico e retirar o cateter e enviar a ponta (5 cm

distal) para cultura. A tomada de decisão e a

interpretação dos dados deve sempre ser baseada

nos resultados das culturas para garantir o

tratamento correto descrito a seguir (Bonvento,

2007):

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TRATAMENTO

1. Ponta do cateter não apresenta crescimento –

a infecção da corrente sanguínea relacionada ao

cateter é improvável, mesmo com hemocultura

positiva;

2. Ponta do cateter apresenta crescimento – é

importante considerar o resultado da hemocultura

do sangue periférico para a interpretação

acertada, que pode ter:

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TRATAMENTO

Hemocultura sem evidência de crescimento de

germes – existe a colonização do cateter. Está

autorizada a troca do local de inserção, com novo

cateter e a antibioticoterapia não deve ser instituída;

Hemocultura com crescimento do mesmo germe do

cateter – existe infecção da corrente sanguínea

relacionada ao cateter está indicado uso de

antibióticos.

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CASUÍSTICA

Marques Netto et. al. (2009) estudaram

o perfil de pacientes que apresentaram

infecções hospitalares associadas ao uso de

CVC em 2007. O estudo foi realizado por

meio de revisão dos prontuários de pacientes

internados no CTI de um hospital universitário

no sul do Brasil.

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CASUÍSTICA

Resultados:

43 infecções associadas a cateter envolvendo 37

pacientes;

perfil dos pacientes envolvidos: 54% do sexo

masculino com idade média de 58,6 anos;

sinal infeccioso prevalente: hipertermia;

infecção em outro sítio: 86,5%.

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CASUÍSTICA

taxa de infecção associada ao CVC: 3,6 por

1.000 cateteres por dia;

tempo médio entre inserção do cateter e

infecção: 11,8 dias;

tempo entre a permanência no CTI até o

diagnóstico da infecção: 17,9 dias;

sepse associada ao cateter: 5 pacientes;

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CASUÍSTICA

prevalência de microorganismos gram-positivos

nas pontas dos cateteres;

24 pacientes receberam tratamento para a

infecção associada ao cateter;

21 morreram durante a internação, sendo 12

deles por septicemia.

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TRATAMENTO

Há várias maneiras de se evitar a infecção

associada a cateteres (Basile-Filho et. al., 1998;

Bonvento, 2007):

1. A punção do acesso deve ser precedida pela

higienização das mãos, paramentação completa

(gorro, máscara e avental longo estéril, luvas e

óculos de proteção), degermamação do local de

inserção e anti-sepsia em campo ampliado;

Page 24: INFECÇÕES POR CATETERES

TRATAMENTO

2. Treinamento e educação continuada da equipe da

saúde. Médicos experientes devem seguir

protocolos rígidos de inserção;

3. Cuidado na manutenção do cateter, como infusão

de solução nutritiva, injeção de drogas no

conector, tipo e qualidade do curativo;

4. Evitar a utilização do cateter para múltiplos

propósitos e conecções em “Y” excessivas;

Page 25: INFECÇÕES POR CATETERES

TRATAMENTO

5. Atenção especial aos pacientes susceptíveis às

infecções, como grande queimado,

politraumatizado, desnutrido grave, diabético,

imunodeprimido, entre outros.

A maior contra-indicação para colocação (ou

recolocação) do CVC é a presença de episódios de

bacteriemia (Basile-Filho et. al., 1998).

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TRATAMENTO

O local de inserção do cateter parece

não interferir no risco de aparecimento de

sepse primária relacionada ao CVC; no

entanto, por razões de higiene, dá-se

preferência para a veia subclávia, pois a

manutenção de curativos estéreis, nesse

local, é facilitada em relação às regiões do

pescoço e inguinal (Basile-Filho et. al., 1998).

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CATETER PARA ACESSO VENOSO PERIFÉRICO

BUTTERFLY

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CATETER PARA ACESSO VENOSO PERIFÉRICO

CATETER VASCULAR DESMONTADO – ABOCATH (JELCO)

DO MAIS CALIBROSO AO MENOS CALIBROSO, TAMANHOS 16, 18, 20, 22 E 24

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CATETERES

DISPOSITIVO ADAPTADO A POLIFIX DE 2 VIAS

ACESSO VENOSO EM JUGULAR EXTERNA EM BEBÊ

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

As medidas preventivas associadas à

educação continuada dos profissionais

especialistas são fatores determinantes na

redução e controle do índice de infecções

associadas ao uso de cateteres.

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BIBLIOGRAFIABasile-Filho, A; Castro, P.T.O.; Júnior, G..A.P.; Marson, F.; Mattar Jr, L; Costa, J.C. – Sepse Primária, Relacionada ao Cateter Venoso Central; Simpósio: Medicina Intensiva; I. Infecção e Choque; Ribeirão Preto (SP); 31: 363-368, Jul/Set; 1998.

Bonvento, M. – Acessos Vasculares e Infecção Relacionada à Cateter; Revista Brasileira de terapia Intensiva, V. 19, no 2, Abril-Junho; 226-230, 2007.

Couto C. R et.al – Infecção Hospitalar e outras Complicações não-Infecciosas da Doença; 3aedição; 2003; 904p.

Marques Netto, S; Echer, I.C.; Kuplich, N.M.; Kuchenbecker, R; Kessler, F. – Infecção de Cateter Vascular Central em Pacientes Adultos de um Centro de Terapia Intensiva; Ver. Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre (RS); Set;30(3); 429-436; 2009.