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Industrial Pró www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Junho – 2014 – ANO VI edição 53 ENTREVISTA MOZART RAMOS, DO TODOS PELA EDUCAÇÃO Tem o porto. Tem a ferrovia. E o produto? Consumo de produtos industrializados importados cresce no País. Exportação cai EMPRESA GOIARTE, 53 ANOS DE CONSTRUÇÃO ADIAL 53_Layout 1 06/06/2014 09:53 Page 1

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IndustrialPrówww.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Junho – 2014 – ANO VI

edição

53

ENTREVISTAMOZART RAMOS, DO

TODOS PELA EDUCAÇÃO

Tem o porto. Tem a ferrovia. E o produto?

Consumo de produtos industrializados importados cresce no País. Exportação cai

EMPRESAGOIARTE, 53 ANOS DE CONSTRUÇÃO

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Expediente Editorial

Omodelo de política econômica implantado na economia bra-sileira afeta diretamente o desempenho dos setores produti-vos. Atinge o mundo real, com a prática das insistentes taxas

de juros mais altas do mundo, inflação sempre assombrando consu-midores e desajustes fiscais que obrigam, infelizmente, a uma cargatributária destrutiva.

Mas não é só na vida real. Afeta também no psicológico – o que éigual ou mais perigoso. São preocupantes todos os últimos índicesde confiança divulgados por institutos de pesquisas e entidades li-gadas ao comércio, indústria e serviços, que avaliam, além do em-presário, o ânimo do consumidor. Os dados, por si só, nãoconseguem estimular investimentos no curto prazo. Entre as conse-quências da falta de investimentos está a produção industrial insufi-ciente para atender a demanda do consumo.

Com isso, o País, com gigantesco potencial industrial, é obrigadoa importar industrializados. É trágico ver um País que tem matéria-prima abundante vendê-la para ser industrializada em outro Paísque não a tem, para, em seguinda, importar pagando de 30% a 60%mais caro. Isso já ocorre em vários setores e só tende a crescer. É amais clara demonstração de quanto nossos gestores públicos, nas úl-timas duas décadas, construíram um Estado burocrático e de inteli-gência mínima. Vamos enforcar nossa indústria até quando?

Nas próximas páginas, um retrato de quanto andamos de ladona produção e o quanto aceleramos a importação de industrializados.A participação dos importados industriais já é a maior desde 2007.

Obrigado por prestigiar a Pró-Industrial e boa leitura.

ADIAL - Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º

andar - Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.

CEP: 74.083-060 Fone: (62) 3213-1666.

www.adial.com.br

SUMÁRIO

A balança invertida

EDITORIAL Balança invertida 3. //PRODUÇÃO Importar ou produzir 4-6.//INCENTIVOS FISCAIS Prazo para prorrogação dos benefícios 7. // ENTRE-VISTA Mozart Ramos 8-10.// MERCADO EXECUTIVO Notas e Termômetro11.// MARKETING & PRODUTOS Novidades na indústria 12-13.// INCEN-TIVOS AO ESPORTE Força Atlética 14.// NOTAS INDUSTRIAIS Teuto, Ffatiae Jurong 15.// LEITURA Livros Empresariais 18.// OPINIÃO Cesar Helou 19.//

EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃOGrupo Cereal (2), Goiarte (3, 16 e 17), CNI (5 e 11), O Popular (6), SIC (7), Instituto Aryrton Senna (8), Baruco (9), Stemac (10), Sadia (11), BRF (11), Votorantim (11),

Sebrae (11), Comigo (11 e 12), Hering (11), Creme Mel (12), Perrier (12), Nestlé (12), Teuto-Pfizer (12 e 15), IMS Heath (12), Hellmann´s (12), Piracanjuba (12), Kantar

Worldpanel (12), Força Atlétic (13), Ministério do Esporte (13), Jurong Consultants (15), Hermano Advogados Associados (15), Condur (15), Fieg (15), Ministério da In-

dústria e Comércio de Cingapura (15), Reed Multiplus (15), Reed Exhibitions Alcantara Machado (15), Ffatia (15), Sucroeste (15), Ubrafe (15), São Paulo Convention

& Visitors Bureau (15), Daiag (16), ABCP (17), UFG (17), Finep (17) e All Park (20), Innovar (20), Pentágono (20), Adão Imóveis (20) e UrbsRT (20.

PRÓ-INDUSTRIAL

Pró-Industrial3

EMPRESA Goiarte 16-17

Presidente do Conselho de Administração Cesar Helou

Vice-Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira

Conselho NatoCyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho eAlberto Borges de Souza

Vices-Presidentes e Conselheiros Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Marques,Angelo Tomaz Landim, Alberto Borges de Souza, Ma-ximiliani Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Cardoso,Ananias Justino Jayme, Ricardo Vivolo, Heribaldo Egí-dio da Silva, Paulo Sérgio Guimarães dos Santos, Wil-son Luiz da Costa, Marley Antônio da Rocha, MárcioBotelho Teixeira, Olympio José Abrão, Pedro Henri-que Pessoa Cunha, Sandro Scodro, Alexandre BaldySant'anna Braga, Domingos Vilefort Orzil, AlfredoSestini Filho, Carlos Luciano Martins Ribeiro, RivasRezende da Costa, José Alves Filho, José Carlos Gar-rote de Souza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna,Romar Martins Pereira, André Luiz Baptista LinsRocha, Antonio Benedito dos Santos e Luiz AlbertoRassi.

Diretor ExecutivoEdwal Freitas Portilho “Chequinho”

Projeto Gráfico GráficaContemporânea PUC

COMERCIAL - ANÚNCIOS (62) 3922-8200 ou (62) 9125-9526

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Pró-Industrial

Importar ou produzir

PRODUÇÃO

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Produção industrial brasileira estagnada faz com que País importe mais bens de consumo, oque dificulta ainda mais a retomada do setor. Últimos indicadores evidenciam a queda do

Brasil nos principais rankings de competitividade mundiais e fortalece a desindustrialização.

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Aeconomia brasileira assistiu, nas últimas décadas,vários ciclos de valorizaçãoe de depreciação da indústria nacional. Nos anos 40,

o governo Dutra incentivou a importação, quando o País importou muitoproduto supérfluo, mas afetou a produção nacional. Getúlio, Juscelino e osgovernos militares, estimularam a formação de uma indústria brasileira. Ogoverno Collor, responsável pelaabertura da economia, favoreceu a importação de produtos industrializados. A produção nacional, aos poucos,durante os governos Itamar, FernandoHenrique e Lula, foi reequilibrando arelação. No entanto, a desaceleraçãoeconômica no governo Dilma fez comque o produto industrial brasileiroviesse gradativamente perdendo espaço para o importado.

A ADIAL (Associação Pró Desenvolvimento Industrial do Estado deGoiás) alerta há um bom tempo que omodelo econômico atual não estáconseguindo reverter o processo dedesindustrialização do País. Começoucom o encolhimento de vários setoresda indústria, mas já representou, emcasos específicos na área de insumos emáquinas, a substituição completa desegmentos do setor que perderamcompetitividade e não têm mais indústrias no País.

Com isso, a participação de produtos estrangeiros no consumo brasileirocresce ano a ano – atingindo o maiornível desde 2007. Ou seja, sem estímulo e investimentos para ampliar aprodução local, o Brasil ampliou a importação de bens de consumo. Espaçoque seria ocupado nas gôndolas e prateleiras de supermercados por marcasbrasileiras, gerando renda e empregono País, hoje é destinado a indústriasde outros países. “É o inverso do que

a indústria nacional necessita. Deveríamos estar exportando mais nossosprodutos e sobressaindo no mercadointerno. Mas os tributos e juros tornam nosso produto menos competitivo em nosso próprio mercado,imagine para exportação. Estamos regredindo”, diz Cesar Helou, presidente da ADIAL.

O Coeficiente de Penetração de Importações, apurado pela CNI, mede aimportação feita pela indústria paraatender ao mercado local. O indicadoravançou 1,4 ponto porcentual nos primeiros três meses do ano comparadoao mesmo período de 2013, ficandoem 22,5%. Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi de 0,4 pontoporcentual.

E o que o brasileiro está importando mais que poderia compraraqui? O indicador identificou que oque tem puxado a importação bens deconsumo são veículos, vestuário, têxteis e produtos de metal. “Exatamenteos setores que temos uma forte indus

trial nacional. Setores que estãodeixando de exportar, pois o CustoBrasil os torna muito caros. Não ganhamos lá fora e começamos a perderaqui no País. É um momento de repensar o futuro da indústria brasileira”, alerta Cesar.

VENDAS EXTERNASSe a importação avançou no mer

cado doméstico, não se pode dizer omesmo das exportações. As vendasexternas das empresas brasileiras ficaram estáveis no primeiro trimestre doano. O indicador, no período, ficouem 19,8%. Praticamente igual aos19,7% registrados no fim do ano passado.

No entanto, o valor total dos produtos industriais exportados, em dólares, no primeiro trimestre foi 1%menor que o observado no trimestreanterior.Ou seja, o empresário brasileiro ganhou menos ao exportar eainda encara um concorrência externacada vez maior. Cenário preocupante.

Pró-Industrial5

Maior invasão O índice de par cipação de produto industrial importado no consumo brasileiro é o maior desde 2007: 22,5%

Em elevaçãoCon ra a par cipação de importados no consumo do brasileiro, em %

Setores com maior invasão VeículosVestuário

Têxteis Produtos de metal

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Aconstrução da Ferrovia Norte Sulsempre ocupou a parte negativado noticiário da economia goiana

nas duas últimas décadas. Começou aser construída há 27 anos, mas além dosdiscursos e promessas, o que mais seleu, viu e ouviu da ferrovia foram denúncias de corrupção, culminando, recentemente, em algumas prisões.Poucas, diante dos rombos descobertose denunciados nessa longa novela.

Mas, em maio, enfim, a notícia esperada de inauguração da ligação doPorto de Itaqui, no Maranhão, a Anápolis. São 1,575 quilômetros, que demoraram quase 10 mil dias paraficarem prontos.

No projeto final, quando a ferroviachegar ao Rio Grande do Sul, serão percorridos 4,2 mil quilômetros. Mas, se forno mesmo ritmo, a obra inteira, ligandoMaranhão ao Estado gaúcho, vai serinaugurada em julho de 2062. Claroque com o poder econômico e políticode São Paulo e dos Estados da RegiãoSul, muito maior do que os das RegiãoCentro Oeste e Nordeste, este prazoserá bem menor. Quem viver, verá.

Aliás, muitos especialistas defendem que um dos motivos do lentoavanço da ferrovia Norte Centro (aparte de cima da Norte Sul) foi o baixointeresse dos Estados desenvolvidos(do meio para baixo do País) em descentralizar o desenvolvimento do País.O ganho da ferrovia como está hoje émínimo para Estados do Sul e Sudeste,mas é muito grande para as RegiõesNorte, Nordeste e Centro Oeste.

Esse modal de transporte para oCentro Oeste vai beneficiar a expansãoda economia, atraindo novos investimentos. Mas, na próxima década, amaioria das cargas carregadas em Anápolis ou demais plataformas de embarque da Norte Sul e enviadas aoporto sairá in natura ou com baixo índice de industrialização. Grãos, carnese minérios, em sua maioria, saem doPaís com pouca ou nenhuma agregaçãode valor apesar de todo discurso emcontrário.

A industrialização do Estado e daRegião Centro Oeste atende, em maisde 75%, o mercado interno. O produtoindustrializado brasileiro é caro no ex

terior. Aliás, cada dia, está mais caro.Com uma política industrial in

sossa, a economia brasileira não reage.O governo federal assiste à desindustrialização, atuando sem foco ou estratégia. Para piorar, em vez de fazer umareforma tributária, fez campanha abertacontra os incentivos fiscais dos Estadosem desenvolvimento – tentando destruir o único foco de resistência à desaceleração industrial do País.

Se a retração da indústria brasileiracontinuar, a Ferrovia Norte Sul vai levarsoja, carnes e minérios para o porto e, navolta, trazer produtos industrializadosimportados da Ásia, Europa e EUA. Aimportação de industrializados atingiuo maior nível desde 2007. Isso significaque, para atender os consumidores brasileiros, foi necessário importar, porquea produção interna não cresceu o suficiente. Os importados ampliaram fatiade 17% (2007) para 22,5% (2014). Ostrens da Norte Sul, com esta dinâmicasuicida da política econômica, vão estarsempre cheios, na ida e na volta. (Artigo dojornalista Leandro Resende publicado no jornal O Popular de 20 de maio de 2014).

FONTE: IBGE

PRODUÇÃO

Norte-Sul,via de mão-dupla

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PRODUZIR FOMENTAR

Prazo para requerer prorrogação de benefícios

até 2040 acaba dia 22

Pró-Industrial7

ASecretaria de Indústria e Comércio (SIC) faz um chamamento às empresas

contempladas pelos programasProduzir e Fomentar e pelos seusrespectivos subprogramas paraque requeiram, até o próximo dia22 de junho, a prorrogação doprazo de fruição dos benefícios fiscais até o ano de 2040. Cerca de milempresas poderão se beneficiarcom a aprovação da Lei 18.360/13,regulamentada pelo Decreto nº8.127/14, de 25 de março de 2014,que autoriza a ampliação da datapara o gozo dos benefícios.

Os benefícios do Fomentar (70%do ICMS) e do Produzir (73% dosICMS) têm hoje, de acordo com osprojetos vigentes, prazos que expiram até 2020. A partir desta nova lei,os mesmos serão estendidos emmais 20 anos. Até o momento,pouco mais de cem empresas jáapresentaram requerimentos juntoao guichê da SIC. E como haverá feriado (19 de junho, Corpus Christi)e os jogos da Copa do Mundo, é importante ter atenção redobradaquanto ao prazo para entrega da solicitação de prorrogação.

Esse chamamento feito pela Secretaria de Indústria e Comércio inclui também os projetos aprovadosaté à última Reunião Extraordináriados programas Produzir/Fomentar eque não tenham anexado a solicitação de prorrogação, além dos proje

tos aprovados em reuniões anteriores e que ainda não se encontramem fruição. Superintendente do Produzir/Fomentar, Benedito Laureanolembra aos empresários as vantagensdesta ação: "Em resumo, são mais 20

anos para as empresas goianas, parceiras do desenvolvimento do Estado ao longo das últimas décadas,fortalecerem sua competitividade eadquirirem maior condição de mercado", disse.

Secretário interino de Indústriae Comércio, Rafael Lousa lembra o"anseio do Fórum Empresarial” deGoiás por essa ampliação de prazo,preocupado com uma possívelperda de competitividade da indústria goiana. “O Governo do Estado se empenhou na busca pormedidas de compensação, e essaLei é positiva para Goiás, que cresceu muito com a concessão de incentivos, gerando emprego e rendae mudando, para melhor, o perfilde todas as regiões do Estado", avaliou Lousa.

O superintendente BeneditoLaureano ressalta ainda que apenas as empresas que apresentaremseu pedido de prorrogação, acompanhado dos documentos, noprazo terão assegurado o direito àapreciação junto ao Conselho doProduzir/Fomentar. "As empresasganham e o Estado também ganhacom a prorrogação do prazo para2040, pois em caso de reenquadramento do valor do benefício, elasestarão habilitadas a realizaremnovos investimentos em suas plantas, o que é ótimo para a valorização das empresas e também paranossa economia", sintetiza.

INCENTIVOS FISCAIS

É imprescindível a apresentação dos seguintes documentos:

Solicitação simples deprorrogação do prazo para oConselho Deliberativo do Fomentar ou à Comissão Executiva do Produzir;

Cópia autenticada da última alteração do contratocom o Produzir/Fomentar;

CNPJ; Requerimento em papel

timbrado, assinado pelo donoda empresa (ou cópia autenticada da procuração);

Ata de constituição doConselho de Administração eda Diretoria, constando nomesdos membros que exerçamcompetências delimitadas nocontrato social para a Sociedade Anônima.

AGENDE SE

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Nome: Mozart RamosÁrea de atuação: professor e diretor de Ar

culação e Inovação do Ins tuto Ayrton Senna e membro do ConselhoNacional de Educação.

ENTREVISTA

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Michal Gartenkraut

Entrevista com MozartNeves Ramos, conselheiro do Todos Pela Edu

cação, aponta que ao longo dosúltimos 25 anos ocorreu, noBrasil, uma mudança importante no perfil dos trabalhadoresem empregos formais com respeito ao nível de instrução. Em1985, 51,4% dos empregos eramocupados por trabalhadores quepossuíam apenas o Ensino Fundamental incompleto, enquanto15,5% tinham o Ensino Médiocompleto; já em 2010, o primeirocaiu para 16,4%, enquanto esteúltimo subiu para 41,9%! Empregabilidade e escolaridadeandam lado a lado. A indústriabrasileira, por sua vez, estáconvicta de que o grande esforçonacional para os próximos anosdeve ser focado no aumento daescolaridade e na qualidade daoferta educacional nos diferentesníveis e modalidades. Existem

razões de sobra para isso, umadelas é que até 2015, a indústriabrasileira precisará qualificar 7,2milhões de profissionais; outra éque 18 milhões de jovens brasileiros de 18 a 24 anos estão forada universidade e não têm a qualificação necessária para ingressar no mundo do trabalho; alémdisso, entre os países mais ricos,50% dos estudantes fazem Educação Profissional sendo que noBrasil esse percentual é de apenas 15% entre jovens de 15 a 19anos. Sem falar que o percentualde jovens, que concluem o Ensino Médio com aprendizadoadequado em língua portuguesae matemática encontra se estagnado há mais de dez anos, e opior, em patamares muitobaixos. Confira a seguir trechosda entrevista à Baruco, cedida àPró Industrial.

Para você, qual é a real importânciae o papel da educação profissiona

lizante para o País?A educação profissionalizante

tem um papel estratégico para odesenvolvimento de qualquer país.Se oferecida com qualidade, ela permite maiores chances de acessopelos jovens ao mundo do trabalho,já que muitos jovens precisam trabalhar após a conclusão do ensinomédio. Além disso, a competitividade industrial passa necessariamente pela boa formação técnica deseus quadros. Infelizmente, emnosso País, ainda é muito baixo oporcentual de jovens fazendo cursostécnicos, algo em torno de 15% nafaixa entre 15 e 19 anos, ao contráriodo que ocorre em países desenvolvidos como a Alemanha, cujo percentual ultrapassa a 50%! Ampliar a

A educaçãoé o único vetorcapaz de alinhardesenvolvimentoeconômico com osocial.”

“Mais cursos técnicos édeterminante para aindústria brasileira”

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oferta e a qualidade dos cursos técnicos em nosso País será determinante para o futuro da indústriabrasileira, pois irá precisar qualificaraté 2015 cerca de 7 milhões de trabalhadores.

Qual é o impacto da educação parao trabalho na sociedade brasileira?

A educação é o único vetorcapaz de alinhar desenvolvimentoeconômico com o social. O Brasilencontra se entre os dez primeirospaíses no ranking mundial do Produto Interno Bruto (PIB), mas, poroutro lado, está na 85ª posição noÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH). Para se ter uma sociedade mais justa precisaremosinvestir forte em educação. Um anoa mais na escolaridade de um trabalhador brasileiro impacta, emmédia, em 15% na sua renda, masse ele tiver concluído um curso degraduação, esse impacto é de 47%!Profissionais mais bem preparadostêm maiores chances de conseguirmelhores posições no mundo dotrabalho e melhores salários.

Qual é o principal desafio do ensino e como isso afeta as profissões,carreiras e sociedade?

O maior desafio é o de oferecerum ensino de boa qualidade. Os níveis de aprendizagem escolar noBrasil são muito baixos, especialmente nas séries finais do ensinofundamental e do ensino médio. Porexemplo, dos que concluem este último, que corresponde ao términode sua escolaridade básica, apenas10% aprenderam o que seria esperado em matemática. O efeito dissonos cursos superiores que requeremrazoável grau de matematicidade éenorme. As reprovações nos doisprimeiros anos dos cursos de engenharia no Brasil são alarmantes emuitos, em função disso, abando

nam o curso. Uma das consequências disso, é que o Brasil formapouco mais de 35 mil engenheirospor ano, enquanto a Coréia do Sulchega a quase 100 mil engenheirosformados, a China ultrapassa a casados 500 mil!

Sobre as leis de incentivo e o PlanoNacional de Educação (PNE) quaissão os pontos positivos e negativos.Nesse sentido, efetivamente, o quefunciona ou pode funcionar naeducação brasileira?

O PNE, na minha opinião, é bemmelhor do que o anterior. Tem 20metas, foco no acesso, na aprendizagem, na elevação da escolaridade,na formação e valorização dos professores e no financiamento. Vemmobilizando a sociedade muitomais do que anterior, mas a lentidãona sua aprovação no Congresso Nacional pode desgastá lo antesmesmo de ser efetivamente imple

mentado pelos governos. O País estáentrando no seu quarto ano de vacância sem um Plano Nacional deEducação, o que gera incertezas edescaminhos na implementação daspolíticas públicas educacionais. Parafuncionar melhor o Brasil tambémprecisa implementar, de forma clara,o regime de colaboração entre os trêsentes federados e com a própria sociedade. É preciso dar maior responsabilização ao não cumprimento demetas educacionais.

Você relata em um artigo de 2012que há relação entre anos de estudoe o crescimento do PIB per capita.O Brasil ainda não solucionou essadicotomia? Do ponto em que estamos ao que devemos alcançar,quantos anos o Brasil vai precisarpara ajustar e promover este equilíbrio?

O Brasil tem avançado no campoda escolaridade média de sua população. Em 2000, o número médio deanos de estudo era de 5 anos, o equivalente ao ensino fundamental séries inicias, ou seja, o antigo ensinoprimário. Nesse mesmo período, ospaíses da comunidade europeia játinham universalizado a oferta detoda a educação básica para sua população. Mas, o Brasil avançou,como disse. Em 2010 o país passoude 5 para 7,3 anos de estudo, é aindapouco mas importante. Com aEmenda Constitucional 059 de 2009,os estados e municípios deverão até2016 universalizar a oferta educacional dos 4 aos 17 anos, e já incorporada ao PNE. Isso trará impactosimportantes para o desenvolvimento do país. Por outro lado, épreocupante a queda no desenvolvimento econômico do Brasil e naperda, até 2030, da chamada janelademográfica ou bônus demográfico.Como isso afetará a própria educação ainda é uma incógnita.

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A competitividade industrialpassa necessariamente pela boa formação técnica deseus quadros. Infelizmente, em nossoPaís, ainda é muitobaixo o porcentualde jovens fazendocursos técnicos”

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COMIGOA Cooperativa Agroindustrial dos

Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo)acaba de entrar no segmento UHT com olançamento dos leites integral e desnatado emembalagens longa vida da SIG Combibloc. Umamáquina CFA 812 foi instalada em Rio Verde(GO), com capacidade de envasar 12.000embalagens/hora. As embalagenscombiblocMidi de 1 litro com tampa de roscaforam escolhidas para as duas versões do leite.Até 2013, a divisão de produtos lácteos daComigo trabalhava apenas com leitepasteurizado tipo C, além de manteiga, queijos,requeijão, outras bebidas lácteas e doce de leite.“A parceria estratégica com a SIG Combibloc nospermitiu ingressar no segmento UHT emembalagens longa vida de forma consistente.Conseguimos modernizar nossas instalaçõescom linhas de envase de alta velocidade, elevara produtividade e reduzir perdas durante aprodução”, afirma Aguilar Ferreira Mota, vicepresidente de operações da Comigo.

A marca, do grupo BRF, lança no Brasil o empanado de Frango,Chicken Bites, como o aperitivo oficial da Seleção Brasileira. Anovidade, em edição limitada, é composta com duas versões:tradicional ao molho barbecue e crocante ao molho brasileiro, quechegam ao mercado brasileiro depois do sucesso no exterior. “Aproposta desse lançamento é diferenciar se já no ponto de venda, vistoque a sua embalagem tem formato cônico e pode ser utilizada paraservir o produto após seu preparo, que pode ser assado ou frito”,explica Daniela Zucchini, gerente de conveniência da BRF.

MARKETING & PRODUTOS

SADIA

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A Hering deveanunciar nestasemana uma novarede: a Hering ForYou, para reforçar oportfólio de seusprodutos. A novabandeira seráexclusiva paravendas de roupasíntimas, modapraia e fitnessvoltada para asmulheres.Inicialmente, osprodutos serãovendidos pelainternet e em lojasmultimarcas, mas, segundo a companhia, ainda este ano, uma lojafísica da rede deve ser inaugurada. A Hering planeja abrir 100 lojas atéo final de 2014, com a inauguração de 70 Herings Store e 30 da marcainfantil Hering Kids.

HERING

A Votorantim Metais foi uma das finalistas doPrêmio Nacional de Inovação, iniciativa da MobilizaçãoEmpresarial da Inovação (MEI), realizada pelaConfederação Nacional da Indústria (CNI) e peloServiço Brasileiro de Apoio às Micro e PequenasEmpresas (SEBRAE). A companhia ficou entre as quatroempresas que se destacaram em “Gestão daInovação”, na categoria Grandes Empresas. AVotorantim Metais foi reconhecida pela contribuiçãopara o aumento da competitividade da indústrianacional, por meio da utilização de sistemas e técnicasvoltados para o aprimoramento da gestão da inovaçãoque podem servir de exemplos a serem aplicados poroutras empresas. “O prêmio reconhece nossosesforços em buscar diferenciais que coloquem aVotorantim Metais num patamar superior deperformance e competitividade no mercado nacional einternacional”, afirma o diretor de Tecnologia,Alexandre Gomes.

VOTORANTIM

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A Creme Mel, maior indústria de sorvetes do Centro Oeste, lançou, no último dia 20, asnovas embalagens de sorvetes das linhas Take Home Especial e Tradicional. O objetivo érenovar sua estratégia de atuação no mercado, investindo em cores vibrantes dourado (linhaespecial) e o vermelho (linha tradicional) e em um novo layout de cintas para as embalagens de2 litros. A Creme Mel está presente em nove Estados, comercializando 42 sabores de sorvetes e36 sabores de picolés.

CREME MEL

O WhatsCook é um aplicativo queconta com uma equipe de chefs decozinha para responder as dúvidasculinárias dos internautas e mandarreceitas personalizadas, em tempo real,via WhatsApp. O lançamento dácontinuidade a ação PreparaPraMimque busca trazer receitas, além demostrar outros usos culinários para amaionese. O serviço pode atender maisde 50 usuários ao mesmo tempo.

HELLMANN´S

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PERRIERA marca premium de águas da Nestlé

trouxe para o período da Copa do Mundo anova Perrier Slim Can, água mineral com gás emlata de 250 ml. O produto chega ao mercadobrasileiro com um design moderno e comoopção prática para o consumo no trajeto nosaeroportos e para os estádios onde acontecerão os jogos, pelo preço sugerido de R$ 4,99. Anovidade estará disponível este mês em restaurantes, bares e nas livrarias dos aeroportos deSão Paulo e Rio de Janeiro. A partir de julho, abebida vai estar nas redes de varejo nacional.

PIRACANJUBAA Piracanjuba é a 20ª marca mais presente

na casa dos consumidores brasileiros. Osdados são da Kantar Worldpanel, agênciaespecializada em monitoramento de mercado,que publicou uma pesquisa com as 50 marcasmais consumidas em todo o país. Odesempenho, a penetração e a frequência decompra do produto compõem o coeficienteusado nos resultados, que representam umuniverso de 48 milhões de lares, cobrindo 91%do potencial de consumo do País. “Avançamosdez posições desde a última pesquisadivulgada, saindo da 30ª para a 20º posiçãoem um ano. Esse reconhecimento reafirmanosso comprometimento em oferecer aosconsumidores produtos inovadores, saudáveise de qualidade”, afirma Cesar Helou, diretorde Relações Institucionais da Piracanjuba.

O segmento de medicamentos genéricos járepresenta 28% em unidades e 24,8% emfaturamento do mercado farmacêutico brasileiro. E,entre as dez principais companhias do setor, oLaboratório Teuto/Pfizer é a que mais cresce,segundo dados do IMS Heath. Pioneiro na produçãode genéricos no País, o laboratório obteve, no último mês, o maior saldo positivo do mercado em unidadesvendidas, com variação positiva de 51,04%. Em 15 anos, o Teuto saltou da 77ª posição, em 1999, para o5º lugar no mercado farmacêutico total e para o 4º lugar no segmento de genéricos, este ano.

TEUTOCURSO

A Comigo realiza o curso deSaneamento Básico para aPropriedade Rural, com objetivoapresentar soluções simples para amelhoria da qualidade da água deconsumo, assim como dar destinaçãoadequada das águas residências (pias,tanques, chuveiros). O curso será emjulho, data a confirmar, no total seráde 16 horas.

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Oesporte olímpico em Goiás começou a ganhar novo fôlegonos últimos anos, com representantes em ligas nacionais de

vôlei, basquete e handebol. É um avançopara o esporte do Estado e abre umaoportunidade interessante às empresaslocais ou que atuam no Estado para exporem suas marcas. No handebol feminino,a Força Atlética conquistou, em seu anode estreia, a 7ª colocação, com a participação de atleta da equipe goiana convocadapara a seleção brasileira que foi campeãmundial da categoria na Sérvia, no anopassado, título inédito para o País.

Para montagem da equipe para a LigaNacional 2014 2015, a Força Atlética já iniciou o planejamento e busca empresasparceiras para o projeto. Por meio da Leide Incentivo ao Esporte, empresas e pessoas físicas podem investir parte do quepagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos aprovados pelo Ministério do Esporte. A lei permite que seja feitauma ação de marketing de exposição nacional a custo zero – utilizando parte dotributo a ser recolhido.

As empresas podem investir até 1%desse valor e as pessoas físicas, até 6%. OMinistério do Esporte aprovou recente

mente para captação através de incentivos fiscais o projeto Liga Nacional2014/2015 da Força Atlética. “A Força Atlética é uma entidade esportiva que gerao maior volume de mídia espontânea, depois dos clubes de futebol. Não tem finslucrativos, e faz do handebol uma ferramenta de transformação social”, diz Lilian Queiroz, vice presidente e uma dasfundadoras da equipe.

Somente na Liga Nacional, a ForçaAtlética vai jogar em sete Estados e terájogos transmitidos pela internet eSporTV, além de ampla cobertura em jornais impressos regionais e nacionais,além do público presente nos ginásios.Em Goiás, serão 11 jogos onde os parceiros podem elaborar ações de marketingparalelas. A empresa tem o retorno de

marketing, pois sua marca será mostradapela entidade em seus uniformes, site eplacas durante os jogos, tendo sua marcadivulgada nas 12 cidades do evento. “Ohandebol vem ganhando muita força noPaís, alavancado pelo título mundial”,disse, ressaltando que no ano passado oretorno dos patrocinadores com mídiaespontânea foi de R$ 665 mil.

O processo para se tornar um patrocinador não exige burocracia – é necessário fazer um depósito na conta daassociação, que é vinculada ao Ministériodo Esporte e, em seguida, o Ministérioemite um recibo para a empresa que permite que o valor seja abatido no Impostode Renda devido. O valor incentivadoentra como se fosse parcela de impostopaga antecipada.

Ao patrocinar projetos por esta lei aempresa contribui com o Handebol doEstado e se torna parceira do Ministériodo Esporte no desenvolvimento doesporte nacional. Com o resultado do anopassado e aumento da visibilidade doesporte, Goiás pode ser destaque nacional e provocar uma repercussão e envolvimento mais forte no Estado. Paramaiores informações, entre em contatocom a Força Atlética: (062) 8138 5582.

LEI INCENTIVO AO ESPORTE

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Como darvisibilidade

a marca acusto zeroEQUIPE GOIANA BUSCA INCENTIVO PARA DISPUTA DA LIGA NACIONAL

Randes Nunes

Elaine Gomes, da Força Atlé ca em 2013: atleta foi campeãomundial

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INOTAS INDUSTRIAIS

Walterci de Melo morre aos 58 anosNa noite de 8 maio, às 23 horas, o setor empresarial

goiano perdeu um dos seus grandes empreendedores:Walterci de Melo. Nascido em Anápolis (GO), Waltercicomeçou profissionalmente na década de 1970, comorepresentante do Laboratório Teuto nas regiões queatualmente abrangem os Estados de Goiás, Tocantins,Pará e Maranhão. Empreendedor, em 1983 já eraproprietário de uma rede de farmácias em Araguatins (TO)e Gurupi (TO) e da Distribuidora Melo, em Anápolis (GO).

Walterci de Melo também foi o responsável pelaconstrução do maior complexo farmacêutico da AméricaLatina, após sua aquisição, em 1986, ao lado de seu irmão,Lucimar de Melo. Em 1993, o Laboratório Teuto foitransferido para a cidade de Anápolis (GO).

O empresário deixa um legado para a indústriafarmacêutica nacional à frente da companhia que, há 67anos no mercado, é modelo para o segmento de fármacose é destaque internacional.

Atualmente, Walterci de Melo ocupava a Presidênciado Conselho de Administração do LaboratórioTeuto/Pfizer, empresa que construi e hoje é modelo paraa indústria farmacêutica nacional e que conquistou oreconhecimento internacional. Foi a primeira indústria demedicamentos Genéricos e OTC (over the couter) do Brasilcom certificado ISO 9000, entre outros méritos.

Lançadas Ffatia e SucroesteA Reed Multiplus, marca associada à Reed Exhibitions

Alcantara Machado, lançou no, último dia 2, a 9ª Feira deFornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria deAlimentação (Ffatia) e 4ª Mostra Sucroenergética (Sucroeste).O presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, JuanPablo De Vera, participou da solenidade de lançamento, quereuniu autoridades, representantes de instituições ligadas aosegmento industrial, parceiros do evento, expositores,imprensa e demais convidados. Também presidente da UniãoBrasileira de Feiras (Ubrafe) e do Conselho de Administraçãodo São Paulo Convention & Visitors Bureau, Juan Pablo DeVera apresentou as novidades da 9ª Ffatia e também osinvestimentos que a empresa pretende fazer em feiras eeventos em Goiás.

Jurong ConsultantsO Conselho Temático de Desenvolvimento Urbano da

Fieg (Condur), presidido pelo empresário Ilézio Ferreira,realizou o Seminário Novas Visões de PlanejamentoUrbano e Desenvolvimento Econômico: O Exemplo deCingapura. O evento marcou o início das atividades doConselho e trouxe como palestrante o consultorinternacional Raphael Chua Teck Lee, diretor da JurongConsultants, empresa de consultoria para planosestruturados e projetos de desenvolvimento, vinculada aoMinistério da Indústria e Comércio de Cingapura. JurongConsultants é uma empresa de consultoria internacionalque realiza projetos de planejamento urbano com foco emdesenvolvimento regional. No Brasil, a Jurong Consultantsé representada pelo escritório goiano HermanoAdvogados Associados. Na foto, Anna Bastos do Vale,Raphael Chua Teck Lee, Ilézio Ferreira e Camila Hermano.Walterci de Melo

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Há mais de cinco décadas no mercado daconstrução, a Goiarte seconsolidou nos últimos20 anos com uma das

empresas líderes em artefatos decimento, se destacando no desenvolvimento de tecnologia em préfabricados no Centro Oeste. Hoje aempresa atua também em Estadosdas Regiões Norte e Nordeste doPaís. Desde abril de 1992, os empresários Marley Rocha e SérgioÁvila assumiram a Goiarte – em

presa fundada em 1961 por NelsonGeraldo Fernandes.

O novo ciclo de expansão iniciado na década de 90 inclui investimentos na construção de umafábrica, iniciada em 1993, para produzir tubos de concreto no DistritoAgroindustrial de Aparecida deGoiânia (Daiag), num terreno de29,6 mil metros quadrados de áreatotal, ocupando um galpão, naépoca, com 600 metros quadrados.Hoje, a área total ultrapassa 100mil metros quadrados, com 16 mil

metros quadrados de áreaconstruída.

Foi uma revolução na empresa,que até então ocupava área cincovezes menor, na Avenida BernardoSayão, e era especializada em produzir artefatos de concreto, comoladrilhos, meio fios e tubos paragaleria de água pluvial. Até então,a Goiarte processava 2 mil metroscúbicos de concreto por ano e empregava oito pessoas – atualmente, o processamento deconcreto já ultrapassa 60 mil me

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EMPRESAS

Goiarte, 53 anosde construção

EMPRESA APRESENTA GRANDE EXPANSÃO NAS ÚLTIMAS DUAS DÉCADAS, COM INVESTIMENTO EM ABERTURA DE FÁBRICA EM APARECIDA DE GOIÂNIA

Entre as áreas de destaqueda Goiarte, está a de tubosde concreto

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tros cúbicos. O setor de fabricaçãoem Goiânia foi desativado em1997. Dois anos depois, toda parteadministrativa e comercial foitransferida para Aparecida – ondea fábrica já estava em operação.

Atualmente, a Goiarte geracerca de 350 empregos entre empregos diretos e indiretos. Para darmaior visibilidade aos produtos, aempresa abriu um show room naAvenida Z, no Setor Aeroporto,que, em 2005, ganhou novas instalações, na Avenida T 1, no Bueno.Mas a Goiarte nunca deixou de investir. Desde 2012, a empresa comprou maquinário de ponta no setorde tubos que demandou investimentos totais de R$ 4,5 milhões.

Marley Rocha destaca que “aempresa investe em desenvolvimento de tecnologias com aconstante visita de consultores,participações em congressos e feiras, benchmarking”. A Goiartepossui Laboratório de ControleTecnológico equipado para fornecer laudos de matéria prima e pro

duto acabado. A empresa é certificada com o selo ABCP e possuiparceria com UFG em projeto financiado pela FINEP.

“A rastreabilidade dos produtosgarante confiabilidade a nossos

clientes. Buscando oferecer ao mercado da construção civil melhorcusto benefício, os profissionais daGoiarte estão constantemente atualizados às novas tecnologias e treinamentos.”

Com projetos em vários Estados, empresa é referência no setor de pré fabricados

A história da Goiarte em fotosFotos históricas da formação da empresa nas últimas duas décadas

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VENDER É TUDOInteligência em Vendas é um manual para todos aqueles que lideram equipes comerciais e que precisam

melhorar processos e a forma de conduzir e mobilizar a equipe de vendedores ao resultado.Por tratar das competências essenciais para um líder comercial completo, é um livro com abordagem funcional

e aplicável a qualquer empresa ou negócio, independente de seu porte, tamanho ou ramo de atividade.

OLHA O SUCESSO AÍCriar uma nova empresa, ou qualquer outro tipo de organização – um clube desportivo, uma associação ou uma

actividade nova (negócio novo) – no seio de uma empresa já existente é uma opção que atrai um número cada vezmaior de portugueses quer na esfera da sua actividade profissional, quer na esfera da sua actividade de cidadãos quese interessam pelo país e pelo mundo em que vivem, procurando torná lo melhor, e conseguindo ao mesmo tempo,em termos pessoais, alcançar o êxito. Umas vezes por opção livre, outras vezes empurradas pelas circunstâncias, esta éuma decisão que, apesar de não se sentirem preparadas para ela, um número cada vez maior de pessoas enfrenta, eque pode determinar o seu futuro, para o bem ou para o mal.

SUA MARCA, SUA EMPRESAO objetivo deste livro é apresentar diretrizes que orientam a análise e a tomada de decisão sobre a adoção da

estratégia de marcas próprias. A obra aborda aspectos referentes às marcas próprias na indústria, atacado evarejo, considerando as peculiaridades de cada agente, e apresenta em detalhes as dimensões e os elementos

conceituais que circundam essa estratégia. Tais aspectos tornam o livro mais conciso e didático, ideal parainteressados no tema de forma mais ampla e alunos de graduação e pós graduação com interesses mais

específicos. Organizado em cinco capítulos, o livro traz exemplos e casos práticos que visam ampliar e facilitar oentendimento, possibilitando o exercício dos conceitos apresentados.

O SEGREDO DOS RELACIONAMENTOS EMPRESARIAISEstabelecer contatos é mera questão de ser amigável, de ter capacidade de se entrosar e de estar disposto a dar

algo de valor primeiro. Quando combinar esses três atributos, você terá descoberto o segredo que há por trás dospoderosos contatos que resultam em VALIOSOS relacionamentos. Todos sabem que um livro negro contém registrosde contatos e de redes de relacionamento importantes, muitas vezes secretos. Este livro negro trata de contatos e decomo fazê los, para que o seu livro negro se torne uma ferramenta para o sucesso, e não um mero estoque denúmeros. O Livro Negro dos Contatos trata de: Como subir a escada sem pisar (ou montar) nas costas dos outros.Como conquistar o respeito de um mentor poderoso sem mendigar.

INDÚSTRIA DE ALIMENTOSHoje, qualidade não é mais um diferencial competitivo, mas condição fundamental para se

manter no mercado. Gerenciamento da Qualidade na Indústria Alimentícia Ênfase naSegurança dos Alimentos aborda o tema qualidade com foco na indústria alimentícia, criandouma sinergia entre os conceitos de gerenciamento de qualidade total (TQM) e análise deperigos e pontos críticos de controle (APPCC).

LEITURA EMPRESARIAL

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Hora de reverter a estagnação

CESAR HELOU

Odesempenho da indústriabrasileira no primeiro quadrimestre deste ano nãofoge ao que o setor produ

tivo esperava. Sem uma ação diretae prática que possibilite uma maiordinâmica da economia, o resultadodos números vai refletir o que se vêdentro das fábricas: estagnação. Semum movimento em prol do desenvolvimento, a indústria brasileira vai repetir os resultados alcançados nosúltimos 24 meses: recuo.

Em alguns Estados, o encolhimento do setor já leva à desindustrialização de alguns setores. Areportagem desta edição da Pró Industrial traz um drama vivenciadopor vários setores, onde a importaçãode produtos industrializados está limitando a expansão e abertura denovas fábricas. Isso ninguém precisadizer aos gestores públicos que planejam o programa econômico doPaís, pois as estatísticas escancaramessa triste realidade. Cabe a estes gestores, reagir.

A ADIAL defende que o governofederal adote uma estratégia agressiva para salvar o ano da indústriabrasileira. Defendemos um ataquecom medidas emergenciais para evitar que os próximos dois quadrimestres repitam o desastre dos anteriores.

Em abril, a indústria recuou 0,3%,na comparação com março. Mas, aocomparar com abril do ano passado,

a retração é absurda (5,8%). Se o anode 2013 foi muito fraco para indústria,sendo uma base de comparaçãofraca, uma queda neste patamar é assustador. Preocupa nos a repercussãode dados que apontam que Goiáscresceu mais que os outros Estados, oque ocorre frequentemente, pois nãoé uma realidade de todo setor no Estado, mas de alguns segmentos quedespontam e puxam o indicador paracima.

A ADIAL está ciente de que a diversificação da indústria goiana sempre terá setores que podeminfluenciar positivamente o índice, noentanto, a entidade cobra por todos.Assim, a indústria goiana, apesar deconseguir superar a média de expansão nacional do setor, não está imuneaos graves efeitos da estagnação. Acrise industrial brasileira não é umamarolinha e já não pode ser ignorada.

Nós, empresários, somos otimistas e acreditamos que nossos negócios vão retomar o ritmo decrescimento. Não podemos pensardiferente. Mas é hora desta reversãoser provocada pelos gestores públicos. Entre as ações, revisar de imediato a Política Industrial Brasileira,que está em vigor desde agosto de2011, e não rompeu barreiras burocráticas, não acelerou os investimentos privados e não representou umdiferencial para indústria brasileira.

Muito pelo contrário, desde então,o País caiu nos índices de competitividade, produtividade e inovação. Éuma vergonha para o Brasil, apóstanto sacrifício para melhorar suaclassificação, voltar a registrar indicadores de três ou quatro anos atrás.

A expansão do agronegócio e aproteção da indústria são situaçõesinegociáveis nos países desenvolvidos. São temas de prioridade nacional, estratégicos. No Brasil,historicamente, a ação proativa a estessetores atende conveniências de governos, ora com foco no desenvolvimento econômico ora no populismo.São evoluções e atrasos que o setorprodutivo enfrenta. E a integração daeconomia mundial, ou seja, essa realidade de forte concorrência no comércio internacional não perdoa essafalta de planejamento. No fim, as empresas brasileiras e nossos produtossão afetados por essas políticas dedesenvolvimento de curto e médioprazos.

Precisamos pensar diferente paraconstruir uma economia melhor. Éuma época nova que exigirá umamudança de cultura e comportamento na gestão pública para nãodestruirmos nossa indústria.

Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL

OPINIÃO

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