Indústria vê 2013 com - Sistema FIEAM · Costa da Silva Diretores: Frank Benzecry, Agostinho de...

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PESQUISA REVELA Ano VII • nº 67 • janeiro • 2013 Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Indústria vê 2013 com otimismo

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PESQUISA REVELA

Ano VII • nº 67 • janeiro • 2013

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Indústriavê 2013 comotimismo

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23Área de Saúde

do SESI vive expectativa da certificação ISO

17José Melo

fala das perspectivas do Estado para 2013

7Nelson Azevedo assume vice-

presidência do Corecon

8Sistema FIEAM faz retrospectiva das

ações de 2012

19Antonio Silva anuncia R$ 23

mi em investimentos em 2013

24Sindicatos da Indústria estão

otimistas com 2013

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Revista editada pelo Sistema FIEAM

COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE SERVIÇOS COMPARTILHADOS (CSC)Joaquim Carlos Silva de Azevedo (em exercício)

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM)Paulo Roberto Gomes Pereira

GERENTE DE COMUNICAÇÃOIdelzuita Araújo- MTE 049/AM

REDAÇÃOAdemar Medeiros- MTE 289/AMEvelyn Lima - MTE 151/AMMário Freire - MTE 092/AM

COLABORAÇÃOCássia GuterresCristiane JardimVanessa Damasceno

DIAGRAMAÇÃOHerivaldo da Matta- MTE 111/AM

PUBLICIDADES/CAPA Andrea Ribeiro e Mary Martins

FOTOGRAFIASComunicação

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Av. Joaquim Nabuco, 1919 Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) [email protected]@fieam.org.br

Endereços no Twitter@fieam@sesiamazonas@senaiamazonas@ielamazonas

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Canal do Sistema FIEAM no YouTubeyoutube.com/user/fieam Tiragem desta edição: 2.300 exemplaresImpressão: Grafisa

Miguel Ângelo/CNI

Osentimento que marca o início deste novo ano para a indús-tria amazonense é o otimismo,

a atitude nascida da coragem de obser-var com esperança o futuro que bate à nossa porta. Nesta primeira edição do ano, abrimos esta publicação aos sindica-tos que compõem a FIEAM, em busca de uma real perspectiva para 2013 de cada segmento industrial do Amazonas. E a resposta que obtivemos da grande maio-ria foi positiva, franca e otimista.

É claro que 2012 não foi um ano fácil para todos os setores. Embora o nosso Polo In-dustrial tenha fechado o ano com recordes na produção, em itens como televisores, aparelhos de telefone celular, bicicletas, splits, tablets e videogames, tivemos as nossas dificuldades, como no polo de duas rodas que amargou quedas sucessivas de faturamento motivadas principalmente por uma crise de consumo.

É reconfortante ver que as autoridades tanto em nível federal quanto estadual vêm apresentando medidas para fortalecer o se-tor de duas rodas, um dos que empregam o maior contingente de trabalhadores em suas linhas de produção.

Esperamos que as dificuldades previstas

pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus para o primeiro se-mestre possam ser contornadas. A Sufra-ma tem demonstrado que está buscando formas de fortalecer o setor componentista do PIM, que sofreu uma retração de 35% no seu faturamento, além de uma queda no nível de emprego da ordem de 22%, o que é preocupante.

Como foi noticiado pela autarquia fede-ral, já estão sendo discutidas alterações nos PPBs de condicionadores de ar do tipo split system, televisores com tela plana, telefones celulares e motocicletas, a fim de identificar

de que forma novas regras produtivas po-dem ampliar a competitividade das empre-sas que fabricam componentes no polo.

Por outro lado, tivemos resultados ani-madores nos subsetores eletroeletrônico, um dos mais importantes do nosso Polo Industrial; o subsetor de Informática, o de bebidas, relojoeiro e mecânico.

Estamos otimistas com as perspecti-vas de crescimento de outros subsetores, como o da indústria química, que vis-lumbra a chegada de novas empresas, conforme os recentes projetos aprovados pelo CAS e Codam. Outro fator impor-tante foi a aprovação da Lei 12.349/2010, que estabelece o poder de compra do Es-tado como fator de incentivo à inovação tecnológica e à produção doméstica, ao conferir até 25% de preferência no preço do produto nacional em relação ao im-portado nas compras públicas.

Antonio Carlos da SilvaPresidente do Sistema FiEAM

É claro que 2012 não foi um ano fácil para todos os setores . Embora o nosso Polo Industrial tenha fechado o ano com recordes na produção de alguns produtos, tivemos dificuldades, como no polo de duas rodas que amargou quedas sucessivas de faturamento

Editorial

Expediente

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Diretoria

Presidente:Antonio Carlos da Silva1º Vice-Presidente:Athaydes Mariano Félix2º Vice-Presidente:Américo Augusto Souto Rodrigues EstevesVice-Presidentes:Nelson Azevedo dos Santos, Tereza Cristina Calderaro Corrêa, Roberto de Lima Caminha Filho, Aldimar José Diger Paes, Wilson Luiz Buzato Périco, Carlos Alberto Rosas Monteiro, Eduardo Jorge de Oliveira Lopes, Amauri Carlos Blanco, Hyrlene Batalha Ferreira, Sócrates Bomfim Neto1º Secretário:Engels Lomas de Medeiros2º Secretário: Orlando Gualberto Cidade Filho1º Tesoureiro:Jonas Martins Neves2º Tesoureiro: Augusto César Costa da SilvaDiretores: Frank Benzecry, Agostinho de Oliveira Freitas Júnior, Carlos Alberto Marques de Azevedo, Roberto Benedito de Almeida, Luiz Carvalho Cruz, Celso Zilves, Maurício Quintino da Silva, Joaquim Auzier de Almeida, Paulo Shuiti Takeuchi, Antonio Julião de Sousa, Mário Jorge Medeiros de Moraes, David Cunha Nóvoa, Genoir Pierosan, Cristiano Iukio Morikio, Cleonice da Rocha Santos, Ariovaldo Francischini de Souza

Conselho Fiscal:Titulares: Moyses Benarros Israel, Renato de Paula Simões, José NasserSuplentes: Alcy Hagge

Cavalcante, Carlos Alberto Souto Maior Conde, David Nóvoa Gonzales Delegados representantes junto ao Conselho da CNITitulares: Antonio Carlos da Silva, Athaydes Mariano FélixSuplentes: Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves e Francisco Ritta Bernardino

Sindicatos Filiados

Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de ManausPresidente: Antonio Carlos da Silva

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de ManausPresidente: Athaydes Mariano Félix

Sindicato das Indústrias de Massas Alimentícias e Biscoitos de ManausPresidente: Américo Augusto Souto Rodrigues Esteves

Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de ManausPresidente: Celso Piacentini

Sindicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de ManausPresidente: Nelson Azevedo dos Santos

Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha e Recauchutagem do Estado do AmazonasPresidente: Sebastião Montefusco Cavalcante Júnior

Sindicato da Indústria da Construção Civil do AmazonasPresidente: Eduardo Jorge de Oliveira Lopes

Sindicato da Indústria da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparo do AmazonasPresidente: Matheus de Oliveira Araújo

Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do AmazonasPresidente: Roberto de Lima Caminha Filho

Sindicato da Indústria de Serrarias e Carpintarias no Estado do AmazonasPresidente: Moyses Benarros Israel

Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do AmazonasPresidente: Carlos Alberto Marques de Azevedo

Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de ManausPresidente: Sebastião do Nascimento Guerreiro

Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do AmazonasPresidente: Hyrlene Batalha Ferreira

Sindicato da Indústria de Calçados de ManausPresidente: Aldimar José Diger Paes

Sindicato da Indústria da Extração da Borracha no Estado do AmazonasPresidente: Carlos Astrogildo Bernardo Cruz

Sindicato das Indústrias de Alimentação de ManausPresidente: Carlos Alberto Rosas Monteiro

Sindicato das Indústrias de Madeiras Compensadas e Laminadas no Est. do AmazonasPresidente: Moyses Benarros Israel

Sistema FIEAM

Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

FIEAM

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Coordenadorias Operacionais

Coordenador-Geral: Nelson Azevedo dos SantosSubcoordenador: João Ronaldo de Melo MotaDiretor Executivo: Flávio José Andrade Dutra

I - Coordenadoria de Comércio ExteriorCoordenador: Roberto Rezende Campos

II - Coordenadoria de Meio Ambiente e Recursos NaturaisCoordenador: Josué Castro Campos

III – Coordenadoria Nipo-AmazônicaCoordenador: Iuquio Ashibe

IV – Coordenadoria de Assuntos Legais e TributáriosCoordenador: Moisés Ferreira da Silva

V – Coordenadoria de Políticas Econômicas e Desenvolvimento IndustrialCoordenador: Armando Ennes do Valle Junior

VI – Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e InovaçãoCoordenador: Luiz Felipe Pereira da Cunha

VII – Coordenadoria de Relações do Trabalho e EmpregoCoordenador: Genoir Pierosan

VIII- Coordenadoria de Sistema de Transporte e LogísticaCoordenador: Augusto César Barreto Rocha

IX – Coordenadoria de Responsabilidade SocialCoordenador: Carlos Alberto Marques de Azevedo

X – Coordenadoria de Energia e TelecomunicaçõesCoordenador: Ely Freitas Paixão e Silva

SESIServiço Social da IndústriaDiretor Regional: Antonio Carlos da Silva Conselho Regional do SESI:Antonio Carlos da SilvaAthaydes Mariano FélixAmérico Augusto Souto Rodrigues EstevesAldimar José Diger PaesMoyses Benarros IsraelSócrates Bomfim NetoNelson Azevedo dos SantosValdemir de Souza SantanaDermilson Carvalho das Chagas

SENAIServiço Nacional de Aprendizagem Industrial

Diretor Regional: Aldemurpe Oliveira de Barros

Conselho Regional do SENAI:Antonio Carlos da SilvaAthaydes Mariano FélixAmérico Augusto Souto Rodrigues EstevesWilson Luiz Buzato PéricoAldimar José Diger PaesSócrates Bomfim NetoAldemurpe Oliveira BarrosFrancisco Edson Ferreira RebouçasJoão Martins DiasFrancisco Edson Ferreira PassosVicente de Lim Filizzola

IELInstituto Euvaldo Lodi

Diretor Regional: Américo Augusto Souto Rodrigues EstevesSuperintendente: Kátia Meirielle

Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral de ManausPresidente: Antonio Carlos da Silva

Sindicato das Indústrias de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias de ManausPresidente: Agostinho de Oliveira Freitas Júnior

Sindicato da Indústria de Marcenaria de ManausPresidente: Roberto Benedito de Almeida

Sindicato das Indústrias de Serralheria, Pequenas Metalúrgicas, Mecânicas e Similares do Estado do AmazonasPresidente: Antônio Julião de Souza

Sindicato das Indústrias de Brinquedos do Estado do AmazonasRepresentante: Odorico Antonio Simão Zamprogno

Sindicato das Indústrias de Material Plástico de ManausPresidente: Celso Zilves

Sindicato das Empresas Jornalísticas do Estado do AmazonasPresidente: Sócrates Bomfim Neto

Sindicato das Indústrias de Gravuras e Encadernação do Estado do AmazonasPresidente: Augusto César Costa da Silva

Sindicato das Indústrias de Meios Magnéticos e Fotográficos do Estado do AmazonasPresidente: Amauri Carlos Blanco

Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e Proteção do Estado do AmazonasPresidente: Engels Lomas de Medeiros

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SENAI aperfeiçoa máquinas de reciclar ‘pet’A reciclagem de garrafas pet em Ma-

naus ganhou reforço dos laboratórios do Serviço Nacional de Aprendizagem In-dustrial (SENAI Amazonas) e passa a ge-rar mais renda e emprego para catadores da cidade. Em 10 de janeiro, o diretor re-gional do SENAI/AM, Aldemurpe Barros, repassou à Rede de Catadores e Recicla-gem Solidária, a Eco Recicla, sete unida-des recicladoras de garrafas pet para con-fecção de vassouras.

Antes operadas manualmente e por meio de mecanismo rudimentar, as máquinas passaram por adequação tec-nológica na Escola SENAI Waldemiro Lustoza, no bairro Cachoeirinha, onde

ganharam novos sistemas mecânico e elétrico, o que tornou automático o pro-cesso de desfiar as garrafas pet: basta o operador apertar um botão para a má-quina reciclar o material.

Com a mudança, a Eco Recicla, que antes produzia 20 dúzias de vassouras por semana, a partir de agora passará a produzir 50 dúzias, um ganho de 150% na produtividade. O tempo para desfiar uma vassoura, que era de 5 minutos, caiu para 10 segundos.

De acordo com Aldemurpe Barros, a reciclagem proporciona a geração de emprego, com pessoas trabalhando na coleta de material que seria jogado nos

lixões, além de contribuir para a preser-vação do meio ambiente. Segundo ele, a adequação tecnológica do equipamento faz parte da missão do SENAI e é uma atividade de responsabilidade social da Instituição.

A adaptação das máquinas, segundo o supervisor geral de mecânica do SE-NAI, David Nogueira, foi realizada em cinco meses. Para o presidente da Eco Re-cicla, Paulo Ferreira, 54, a parceria com o SENAI é uma conquista importante para os catadores de material de reciclagem, porque vai aumentar a produção, geran-do mais emprego e renda, além melhorar as condições de trabalho.

Representantes da Eco-Recicla posam com as máquinas de reciclar ‘pet’ aperfeiçoadas nos laboratórios do SENAI Amazonas

Destaques

SENAI fecha parceria com portugueses da indústria têxtilO SENAI assinou em dezembro um

acordo de cooperação com o Centro Tecno-lógico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve). Um dos principais centros de serviços técnicos e tecnológicos da Europa, o Citeve oferece apoio técnico e científico para a reestruturação tecnológica da indústria têxtil e do vestuário portugue-sa. Foi o idealizador do Centro de Nano-tecnologia e Materiais Técnicos Funcionais

e Inteligentes, que teve a cooperação das principais universidades europeias.

Com a assinatura do acordo, SENAI e Citeve promoverão ações conjuntas no campo de tecnologias têxteis, incluindo in-tercâmbio de técnicos e pesquisadores, de-senvolvimento de metodologias e tecnolo-gias em formação profissional, projetos de pesquisa, inovação e transferência tecnoló-gica; participação em editais internacionais

de financiamento de projetos de pesquisa.O Citeve é uma instituição sem fins lucra-

tivos, formada por cerca de 600 associados, entre empresas e representações industriais do setor têxtil e do vestuário. Sua missão é apoiar o desenvolvimento técnico e tecno-lógico das indústrias do setor com o fomen-to e da difusão da inovação.

As informações são da CNI.

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O vice-presidente da FIEAM, economista Nelson Azevedo dos Santos integra a nova diretoria do Conselho Regional de Economia (Corecon-AM) para o biênio 2013-2014, no cargo de vice-presidente, ao lado do colega Marcos Anselmo da Cunha Evangelista, eleito presi-dente. Azevedo, que é presidente do Sindicato das Indústrias de Re-lojoaria e Ourivesaria de Manaus, integra o 2º Terço dos conselheiros do Corecon-AM para o período de 2012-2014.

O principal evento a cargo da nova diretoria é a organização do Congresso Brasileiro de Economia, que já se consagrou como o mais importante encontro no segmento econômico do país. Realizado nos anos ímpares, desde 1975, o Con-gresso será realizado em Manaus, no mês de setembro, no Tropical Hotel. O último Congresso foi rea-lizado em 2011 em Bonito, no Mato Grosso do Sul.

Nelson Azevedo está no terceiro mandato consecutivo como vice-pre-sidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas. Em 2011, o empresário foi eleito, pela entidade como Industrial do Ano.

Azevedo assume vice-presidência do Corecon

Organizações que atuam na defesa dos interesses das micro e pequenas empresas pretendem se mobilizar para criar uma Agenda Nacional de Desen-volvimento e Competitividade das Mi-cro e Pequenas Empresas. A primeira reunião de sensibilização, com a partici-pação de agentes dos governos federal, estadual e municipal, e sociedade civil prevista para acontecer em 29 de janei-ro, na sede do Sebrae. A agenda está sendo coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio

Exterior (MDIC).As atividades do MDIC envolvem

etapas posteriores, como a realização de oficinas regionais. O objetivo é que essas reuniões fomentem a troca e a coleta de informações relevantes ao desenvolvi-mento e à competitividade da atividade.

É esperado que Agenda Nacional gere, entre os resultados, o aumento da base exportadora das micro e pequenas empresas.

As informações são da Suframa.

Agenda em defesa das micro empresas

O empresário Nelson Azevedo, que é vice-presiden-te da FIEAM, assume cargo na diretoria do Corecon

A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN AM), começa em 21 de fevereiro, de 8 às 17 ho-ras, programação de capacitação empresarial em mercado exterior. O primeiro curso oferecido aos profissionais de relações interna-cionais, comércio exterior e estu-dantes de áreas correlacionadas será de “Como estruturar um de-partamento de comércio exterior”.

A capacitação possui carga ho-rária de 8 horas com conteúdo programático que contempla aná-lise do perfil da empresa, estrutu-ra básica do departamento, fluxo e controle dos processos, escolhas de terceiros e do responsável pelo departamento, e estruturação de estratégia do departamento.

O conteúdo será ministrado pelo instrutor Luiz Roberto de Oliveira, administrador de empresas com habilitação em comércio exterior e especialista em relações e negó-cios internacionais, graduação e pós-graduação realizadas na Uni-sinos, entre outros conhecimentos adquiridos ao longo de 13 anos de experiência na área.

O curso será realizado no Hotel Go Inn, localizado na Rua Mon-senhor Coutinho, 560, Centro. O investimento na capacitação é de R$ 280,00 para profissionais e R$ 250,00 para estudantes. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser realizadas pelos e-mails [email protected] ou [email protected]. Mais informa-ções pelos telefones 3186-6511, 3631-0899 ou 3631-0907.

FIEAM capacita em comércio exterior

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O presidente do Sistema Fede-ração das Indústrias do Es-tado do Amazonas, Antonio Silva, acredita na recuperação

da economia brasileira em 2013, como resposta aos estímulos do governo fede-ral que proporcionarão um crescimento maior do PIB e maior dinamismo da ativi-dade industrial. O empresário disse que a previsão de queda no faturamento do Polo Industrial de Manaus, de 9%, em relação a 2011, já era esperada, principalmente de-vido à valorização do dólar frente ao real em mais de 14% ao longo de 2012.

Na avaliação de Antonio Silva, o fatu-ramento do PIM em 2012 deve ficar ligei-ramente superior a US$ 37 bilhões, o que representará uma queda da ordem de 9% em relação aos US$ 41 bilhões do ano pas-sado. Em real, o total faturado deve bater a casa de R$ 75 bilhões, com crescimento positivo em torno de 6%. Em relação ao nível de emprego, o PIM ficou pratica-mente estável em relação a 2011, com cer-ca de 120 mil trabalhadores.

Segundo Silva, que também é vice-pre-sidente da Confederação Nacional da In-dústria (CNI), o governo brasileiro tomou relevantes medidas para aumentar a com-petitividade da indústria brasileira, como a desoneração da folha de pagamento em diversos setores, baixa dos juros, taxa de câmbio mais competitiva, entre outros.

Presidente do Sistema FIEAM faz uma avaliação do desempenho da indústria amazonense em 2012 e diz que a queda no faturamento, em US$, do PIM, em relação a 2011, já estava prevista

Retrospectiva2012/FIEAM

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Cenário 2013: Recuperação

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Cenário 2013: Recuperação

R$

80

60

40

20

0

63,8 68

38,4 34,9

US$

FATURAMENTO PIM/ACUMULADO/PRIMEIROS 11 MESES EM BILHÕES DE REAIS/DÓLARES

JAN a NOV/11 JAN a NOV/12

Fonte: SUFRAMA

Porém, em âmbito nacional, os efeitos não foram suficientes e o resultando foi um desempenho abaixo do esperado.

No Amazonas, o mês de novembro de 2012 foi o de melhor faturamento nes-se mês em toda a história da Zona Fran-ca de Manaus: R$7,5 bilhões, resultado que foi 5,6% superior ao de novembro de 2011 (R$7,1 bilhões), terceiro melhor resultado mensal do Polo. O segundo melhor resultado mensal do PIM foi o do mês de agosto, quando o faturamento chegou a R$7,3 bilhões.

O destaque do ano, de acordo com os indicadores da Suframa, foi o setor de Bens de Informática que faturou até no-vembro R$8 bilhões contra R$6,3 bilhões no mesmo período de 2011. O crescimen-to do setor supera os 27%.

Com exceção dos subsetores de duas rodas e metalúrgico, todos os outros maiores subsetores do PIM tiveram cres-cimento expressivo em 2012 no apurado em real. O setor eletroeletrônico, respon-sável por mais de 35% do faturamento de todo o Polo Industrial de Manaus, faturou R$ 24 bilhões até novembro, re-sultado que é 9,6% superior ao do mes-mo período de 2011. Outro subsetor que apresentou crescimento foi o das indús-

trias químicas, com R$ 8,8 bilhões até no-vembro, 18% acima do resultado de 2011 no período.

Dos subsetores que tiveram queda no faturamento até novembro, o meta-lúrgico foi o que teve a maior retração: caiu de R$ 4,5 bilhões em 2011 para R$ 3,1 bilhões, uma variação negativa de 29,9%. Já o setor de duas rodas amargou uma queda de 6% no seu faturamento na comparação entre os 11 meses de 2011 e 2012. O valor faturado caiu de R$ 13,4 bi-lhões para R$ 12,6 bilhões.

De acordo com os indicadores da Suframa, outros subsetores foram desta-que em novembro: bebidas (R$ 64,5 mi-lhões), termoplástico (R$ 309,6 milhões), relojoeiro (R$ 158,2 milhões) e mecânico (R$ 513,4 milhões).

Em relação a mão de obra, os indica-dores registraram 123.323 trabalhadores no PIM em novembro, o segundo me-lhor mês do ano e o segundo melhor no-vembro do PIM, só perdendo para 2011, segundo a Suframa. O setor que mais emprega é o eletroeletrônico, com 51.691 trabalhadores, seguido do de duas rodas, com 20.279.

Continua nas páginas 10 a 16.

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Retrospectiva2012/FIEAM

DESTAQUES 2012

A FIEAM promoveu 132 even-tos ao longo de 2012, por meio do Departamento de Assistên-cia à Média e Pequena Indústria (DAMPI), totalizando 4.262 par-ticipantes.

Um dos destaques na programa-ção do DAMPI foram os sete cur-sos do Programa de Desenvolvi-mento Associativo (PDA), nas áreas de comunicação digital, questões trabalhistas, comunica-ção e oratória, energia elétrica e arrecadação, entre outros.

O tradicional Prêmio Qualidade Amazonas (PQA) teve, em 2012, 50 organizações inscritas, das quais 21 foram finalistas e 16 foram acla-madas como vencedoras em 19 de outubro, no Diamond Convention Center, durante a cerimônia do Qualishow.

O Centro Internacional de Negócios (CIN) emitiu, em 2012, 5.026 certifi-cados de origem de mercadorias, ge-rando um montante de exportações no valor FOB de U$800.008.559,00 (Oitocentos milhões, oito mil qui-nhentos e cinquenta e nove dólares).

O CIN levou empresários locais para missão prospectiva à Feira Ex-pocomer 2012 , em março, no Para-ná, e recepcionou comitivas interna-cionais, com foco em novos negócios na Zona Franca, da Turquia, Israel, Argentina e Equador.

O CIN capacitou ao longo do ano 523 pessoas para exportação, linha de financiamento no BNDES, logís-tica internacional e desembaraço aduaneiro

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SENAI atende mais de 5,8 mil pelo Pronatec

Retrospectiva2012/SENAI

E ntre as conquistas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas), em 2012, o Programa Nacional

de Acesso ao Ensino Técnico e Empre-go (Pronatec), parceria com governo federal, atingiu a marca de 5.856 alu-nos nos 40 cursos gratuitos oferecidos pela instituição. O Pronatec atende a demanda por qualificação profissional de jovens e adultos das escolas públicas estaduais, beneficiários do Bolsa Famí-lia e do Seguro Desemprego, e Forças

Armadas.O diretor do SENAI Amazonas, Al-

demurpe Barros, diz que o Pronatec deve ser intensificado em 2013 com a meta de dobrar o número de matrículas efetiva-das em 2012.

O SENAI realizou 36.753 matrículas em 2012, o que demonstra a credibilida-de da instituição em qualificar mão de obra e implantar soluções tecnológicas para a indústria amazonense. “Devemos ultrapassar 200% da receita de serviço em comparação a 2011, lembrando que

parte desta superação deve-se ao retorno financeiro do governo federal no fomen-to dos cursos do Pronatec”, avalia Alde-murpe.

O resultado de 2012 no número de matrículas do SENAI superou em cerca de 25% o número de matrículas efetiva-das em 2011, que chegou ao número de 28.531. Das matrículas efetivadas, 7.480 foram disponibilizadas de forma gratui-ta para industriários e comunidade em geral, 6.856 foram de bolsas de estudos e 3.224 provenientes de convênios.

Alunos do Pronatec em aula prática no laboratório do SENAI Amazonas: em 2012, o programa reali-zado em parceria com o governo federal representou uma das grandes conquistas da instituição

Medalhas

O SENAI Amazonas foi repre-sentado na 7ª edição da Olimpí-ada do Conhecimento, realizada em novembro, em São Paulo, por um grupo de 20 alunos. Os com-petidores Elton Freitas e Paulo Santiago conquistaram a medalha de prata na ocupação mecatrônica industrial.

O aluno Salomão Margarido conquistou medalha de bronze na competição internacional, Worl-dSkills America, que foi realizada paralelamente, na ocupação Siste-ma de Construção Drywall. Mar-garido é aluno do programa do EBEP (ensino articulado do SESI e SENAI).

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Em 5 de agosto, o barco-escola Sa-maúma II foi lançado finalmente às águas do rio Amazonas, depois de 16 meses no Estaleiro Alumí-

nio Aplicado, no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus. Começou aí a última etapa da construção, de acabamento, da segunda unidade móvel fluvial do SENAI Amazo-nas, que terá, a partir do segundo semestre de 2013, a missão de reforçar as ações do pioneiro Samaúma de levar qualificação profissional a populações ribeirinhas da Amazônia. A construção do Samaúma II foi financiada pelo Departamento Nacio-nal do SENAI, ao custo de aproximada-mente R$ 9 milhões.

“Estimamos promover a certificação de 14 mil alunos nos próximos cinco anos, oportunizando o acesso à educação profissional para a população distante dos centros econômicos das capitais da Região Norte. A iniciativa visa susten-tabilidade dos cidadãos que moram nos municípios atendidos pelo barco-escola, formando profissionais de acordo com o potencial econômico das cidades apor-tadas”, explica o diretor do SENAI/AM,

Aldemurpe Barros. Para o presidente da FIEAM, Antonio

Silva, a grande diferença em relação ao primeiro Samaúma é que a nova unidade fluvial será uma referência em sustenta-bilidade ecológica. “Além da educação profissional, temos o compromisso de disseminar a consciência de preservação e responsabilidade ambiental à popula-ção que vive à margem dos rios da nos-sa região”, disse Silva, ressaltado que as atividades desenvolvidas dentro do bar-co servirão de exemplo para os alunos quanto à redução de resíduos, economia de energia, recursos naturais e cuidados com a natureza.

O Samaúma, que completa 34 anos em fevereiro, atendeu nesse período, 44.601 alunos, sendo destes 1.967 capaci-tados só em 2012 nos municípios de Bar-celos, Manaquiri, Maués, Novo Airão, São Gabriel da Cachoeira, São Sebastião do Atumã, nos 16 cursos de qualificação nas áreas de informática, eletricidade, mecânica, construção civil, marcenaria, alimentos, confecção do vestuário e em-preendedorismo, entre outros.

Quase prontopara zarpar

Retrospectiva2012/SENAI

O barco-escola Samaúma II está em fase de acabamento para entrar em atividade em 2013

ENERGIARENOVÁVEL

O Samaúma II terá energia renovável a partir do uso de placas fotovoltaicas, suficientes para gerar mais de 14 mil watts e acionar o sistema de iluminação das salas de aula, laboratórios, camarotes e áreas de lazer da embarcação.O barco pesa 250 toneladas, mede 42,5 metros de com-primento e tem 1,4 metro de calado. Possui 4 salas de aula e 7 laboratórios/oficinas, o que o capacita a oferecer 34 cursos e atender a 3 mil alunos em cada viagem.

BARCOVERDE

Desde o início, o Samaúma II foi projetado para ser um modelo de “barco ecológico”. Além da energia solar, terá uma estação de tratamento de efluentes onde serão tratados líquidos das três redes geradas no barco.

PRÊMIO PARAPIONEIRO

Em novembro, o Samaúma conquistou o segundo lugar no Prêmio Professor Samuel Benchimol/Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente, outorgado pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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A Educação de Jovens e Adultos (EJA), oferecida pelo SESI, be-neficiou cerca de 5 mil alunos, no ensino fundamental e mé-

dio, no ano passado. Mas, a notícia que mais chamou atenção, em 2012, na área da Educação, do Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas), foi a Certificação na ISO 9001/2008.

“A Certificação da Educação demons-tra o grande potencial que tem o Sistema de Educação do SESI e sua relevância na sociedade manauara, pois poucas Institui-ções de Ensino possuem esta distinção. Isto é um reconhecimento ao ensino de quali-dade prestado ao longo dos anos, o empe-nho, a dedicação de todos os profissionais envolvidos direta e indiretamente para a concretização desta tão almejada conquista que merece ser destacada, pois foi visível tal engajamento”, disse a gerente geral de Educação do SESI/AM, Rita Machado.

A auditoria para certificação da Educa-ção do SESI foi realizada pela TÜV Rhein-land, que avaliou todo o Sistema SESI de

Educação, dividido em Educação Básica (Infantil, Fundamental e Médio), Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Con-tinuada. No total, o SESI matriculou 17.162 alunos nas três modalidades. Foram 5.935 matrículas apenas nas cinco unidades de Manaus e do interior dedicadas à Educa-ção Infantil e ao Ensino Fundamental.

Na Educação de Jovens e Adultos, o SESI matriculou 3.088 alunos no ensino fundamental e 1.093 no ensino médio. Pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), foram 799 matrículas.

Um dos fatores que contribuiu para o sucesso da modalidade foi a ampliação do atendimento para a área da construção civil, por meio da qual 246 trabalhadores chegaram ao fim do ano em processo de elevação da escolaridade.

Oferecida em salas convencionais, na unidade do SESI do bairro Alvorada, na zona Centro-Oeste, a modalidade agora chega ao trabalhador por meio de unida-de móvel, na própria empresa. Na Cristal

Engenharia e Beconal Construção Naval, essa unidade atende atualmente a 48 tra-balhadores.

A novidade para 2013, na área de Edu-cação do SESI Amazonas, será a oferta do Ensino Médio na Unidade “Dra. Emina Barbosa Mustafa”, localizada no bairro São José I, e do fundamental completo na Uni-dade Vicente de Mendonça Lima – Escola Abrahão Sabbá, no município de Itacoa-tiara, que atendia até o 5º ano e passará a atender até o 9º. A Unidade David Nóvoa, em Iranduba, voltada à educação infantil, abrirá, em 2013, turmas de 1º e 2º anos do Fundamental I.

Qualidade comprovada e certificada

Retrospectiva2012/SESI

Alunos da Educação Infantil, do SESI Amazonas, uma das modalidades oferecidas pelo Sistema SESI de Educação, hoje certificado na ISO 9001/2008

Errata: Na edição de nº 66, o nú-mero informado de alunos for-mados na EJA, em 2012, repre-senta, na verdade, o número de matriculados nessa modalidade oferecida pelo SESI Amazonas ao longo desse ano.

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O SESI Amazonas consolidou em 2012 o Programa SESI Homem Saudável, com atendimento no próprio local de trabalho, de

trabalhadores de três empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). A iniciativa, junto com ações em programas de ou-tras áreas, como a Educação de Jovens e Adultos (EJA), representou um avanço na atuação do SESI como referência na pro-moção da melhoria da qualidade de vida do trabalhador da indústria e de seus de-pendentes.

Com programas estratégicos, como Saúde da Mulher, Saúde Ocupacional e de Prevenção de Riscos Ambientais, a área de Saúde Ocupacional do SESI Ama-zonas registrou, em 2012, mais de 105

mil atendimentos individuais e atendeu diretamente a 3.216 empresas. Na Saúde Assistencial, com 12 especialidades médi-cas e 13 odontológicas, além do apoio ao diagnóstico, o número de atendimentos no ano chegou a 478.228.

De acordo com a gerente de Saúde, Conceição Costa, desde 2011, o SESI vem trabalhando ações para aprimorar os programas de Saúde Ocupacional que a instituição realiza dentro das empresas. “Depois da Saúde da Mulher, cuja uni-dade móvel está equipada até para coleta citológica, estamos abrindo a possibili-dade de fazer exames de imagem para homens e mulheres com a chegada à em-presa do Programa Homem Saudável”, diz Conceição.

Em 2012, segundo a gerente, a receita do SESI na área de Saúde Ocupacional teve um incremento, por parte das empresas, de quase 10%, resultado que Conceição consi-dera razoável, levando em conta que ficou acima da inflação e dos custos financeiros do período, além de que, diz ela, os preços dos serviços também não subiram porque as áreas de medicina e segurança do traba-lho são programas de fomento junto com o Departamento Nacional do SESI. Pelo me-nos 170 empresas do PIM recebem atendi-mento na Saúde Ocupacional por meio dos programas PCMSO (Controle Médico de Saúde Ocupacional) e PPRA (Prevenção de Riscos Ambientais).

Segundo Conceição Costa, os in-vestimentos do SESI na medicina as-

Homem Saudável agora nas empresas

Depois da Saúde da Mulher, estamos abrindo a possibilidade de fazer exames de imagem para homens e mulheres com a chegada à empresa do Programa Homem Saudável

CONCEIÇÃO COSTA

Luiz Alberto do Nascimento Moreira é atendido no SESI-SAÚDE

Retrospectiva2012/SESI

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Conceição Costa diz que os investimentos na medicina assistencial foram fundamentais

O presidente do CNS, Jair Meneguelli, no lança-mento do ViraVida em Manaus, em julho

Homem Saudável agora nas empresas

ViraVida chega ao Amazonas Com a presença do presidente do

Conselho Nacional do SESI, Jair Mene-guelli, o SESI Amazonas lançou, em julho de 2012, o Projeto ViraVida no Estado. O projeto, uma iniciativa do Conselho, tem o objetivo de oferecer oportunidades, por meio da capacitação profissional, a jovens e adolescentes em situação de exploração sexual. A meta é atender, já a partir de ja-neiro de 2013, 100 jovens e adolescentes.

“Um dos aspectos de destaque do ViraVida é o desafio de assegurar a in-serção dos alunos concluintes no merca-do de trabalho. Durante o processo de formação e qualificação profissional, que dura em média um ano, os alunos vão receber uma bolsa no valor de R$ 500,00, dos quais 20% (R$ 100,00) ficam retidos em uma poupança resgatável no final do processo de formação”, disse a gerente de RSE do SESI, Simônica Sidrim.

Para Meneguelli, a Copa do Mundo de 2014 é motivo de preocupação. “A África do Sul, que nem tem o apelo do Brasil, teve um aumento de 40% nos casos de prostituição durante o evento”, disse o dirigente, que é mentor do projeto.

PÚBLICO RECORDENA CULTURA

Em 2012, a área de Cultura, Esporte e Lazer do SESI Amazonas, atendeu mais de 85 mil pessoas, entre trabalhadores da indústria, seus dependentes e público em geral, nos eventos sociais, esportivos e culturais que promoveu no Clube do Trabalhador do Amazonas. Também foram realizadas 7.286 matrículas nos cursos de formação esportiva e cultural, incluindo o Programa SESI Atleta do Futuro.

GINÁSTICANA EMPRESA

De acordo com a gerente Nelsi Luniére, o Programa SESI Ginástica na Empresa merece um destaque especial por ter faturado, em 2012, pelo sétimo ano consecutivo, o prêmio Top Seven Marca Brasil na categoria Melhor Marca de Ginástica Laboral. A SGE foi a marca mais lembrada por gestores de recursos humanos de 48 mil empresas consultadas em todo o País.

MAIS DE 6 MIL TRABALHADORES-ATLETAS

Outro destaque de 2012 foi

a realização, entre os meses de abril e setembro, da 12ª edição dos Jogos Estaduais do SESI. O evento contou com a participação de cerca de 6 mil trabalhadores-atletas de 132 empresas industriais amazonenses.

sistencial, entre 2011 e 2012, foram fun-damentais para que o atendimento no laboratório da instituição saltasse de 9 mil para 14 mil ao mês.

Em 2012, o maior desafio, na área de Saúde, foi a busca da certificação ISO, que deve sair logo no início de 2013. “Eu preciso garantir ao meu cliente institucional, que é a indústria, e ao trabalhador dessa indús-tria, que o nosso serviço está respaldado por uma instituição internacional que faz a certificação da qualidade”, diz Conceição. “Hoje, estamos num momento de ruptu-ra, de deixar o ranço do passado de lado, de ser, em muitas situações, comparado a instituições públicas para se tornar uma empresa competitiva e que o nosso cliente perceba isso”, diz a gerente.

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IEL retoma parceriacom a academia O Instituto Euvaldo Lodi (IEL/

Amazonas) pretende retomar, a partir de 2013, as parcerias com as instituições de ensino,

agora reformuladas, para criar um canal de comunicação através das mídias so-ciais. O IEL/AM tem entre seus parceiros instituições, como Universidade Federal do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Uninilton Lins e Uninorte, en-tre outras.

De acordo com a superintendente do IEL/AM, Kátia Meirielle, a instituição fechou 2012 com mais de 2 mil matrículas nos cur-sos do Programa de Educação à Distância, e encaminhou para o mercado de trabalho, 7.466 candidatos a uma vaga de estágio, dos quais 6.098 foram efetivados.

Nesse ano, o Centro de Desenvolvi-mento e Capacitação Empresarial (CDCE), do IEL, capacitou 249 turmas, somando 5.073 finalistas nas áreas de Capacitação

Empresarial, Administrativa e Tecnoló-gica. O programa Conselheiro Master da instituição atingiu 3 mil capacitados para a indústria, serviços e comércio, através de aconselhamentos, palestras e ações associa-tivas.

A Rede de Tecnologia do Amazonas (Retec) atendeu em pesquisa empresarial 105 empresas, tendo como demanda a in-dústria e comércio. As pesquisas realizadas foram voltadas para as áreas de marketing, marcas e patentes, linhas de financiamen-to, elaboração de planos estratégicos, aqui-sição de maquinários e equipamentos.

Um dos eventos de maior impacto pro-movidos pelo IEL/AM, em 2012, foi o Cir-cuito Empresarial, com a participação da administradora Ângela Hirata, executiva das Alpargatas/Havaianas, e do empre-sário André Tapajós, da TAP4 Mobile. O evento, realizado em agosto, contou com a participação de 280 pessoas.

Retrospectiva2012/IEL

A superintendente do IEL/AM, Kátia Meirielle (centro); o empresário André Tapajós (esquerda) e a executiva Ângela Hirata, da Alpargatas

SENSIBILIZAÇÃOO Programa de Sensibilização para Gestão Empresarial totalizou 1.015 atendimentos nos segmentos indústria, comércio, serviços e pessoas físicas, por meio de ciclos de palestras para gestores, supervisores e coordenadores d as áreas.FORMAÇÃOO IEL/AM conta com duas escolas, uma de negócios e outra de aper-feiçoamento, e oferece cursos nas áreas de Gestão Administrativa e Gestão Tecnológica.BITECO Programa de Apoio e Iniciação Científica e Tecnológica para Micro e Pequenas Empresas (Bitec) teve 782 inscrições em 2012, sendo des-sas 180 bolsas.

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Perspectiva2013

O vice-governador José Melo discursa durante evento com empresários da indústria

Amazonas, um lugar para investimento

Ao falar das perspectivas do Estado para 2013, o vice-governador José Melo disse que os resultados de 2012 demonstram a maturidade do Polo Industrial de Manaus (PIM)

O vice-governador José Melo disse, em entrevista à FIEAM Notícias, que o Estado do Amazonas vem mostrando

maturidade na condução da sua econo-mia. “Mesmo com a Europa tendo um crescimento negativo, a China e o Japão reduzindo suas taxas de crescimento, e até o próprio Estados Unidos em crise, o Amazonas conseguiu passar um pou-quinho ao largo de todas essas turbu-lências, embora com uma certa dificul-dade”, disse.

Para Melo, o Brasil fatalmente con-firmaria as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,6% em 2012, sendo que a do Amazonas fi-caria nos 9% (leia matéria na página 18). “Essa estimativa demonstra a maturida-de do Polo Industrial de Manaus (PIM) e do conjunto da economia. Tudo isso nos leva a ser muito otimistas, apesar do que acontece mundo a fora. Todos esses pa-íses estão dando sinais de reaquecimen-to, e se realmente eles fizeram seu dever de casa durante a crise, essa recuperação será bem mais rápida”.

Para justificar o otimismo para o ano de 2013, o vice-governador relembrou os investimentos aprovados pelo Con-selho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam). Em 2011, o investi-mento foi em torno de R$ 5 bilhões; em

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2012 passou para R$11 bilhões aprovados, que irão refletir na economia dos próximos anos, principalmente em 2013.

José Melo falou ainda so-bre a prorrogação do Imposto Sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços (ICMS). “Depois de mais de 40 anos, a mais alta corte brasileira (STF), faz a verdadeira interpretação da lei de que só o Amazonas pode legislar ICMS no que diz respeito a isenções. Isso é um indicador muito forte para re-afirmamos que aqui é um lu-gar para se investir”, disse.

O vice-governador desta-cou ainda o Polo Naval, que promete ser a grande aposta para 2013. Para ele, esse é um polo que está nascendo e que vai dar uma aquecida muito grande na economia amazonense.

Investimentos do Governo

De acordo com o vice-governador, estão previstos para 2013 grandes inves-timentos por parte do governo que irão gerar emprego e renda, além de movi-mentar e retroalimentar a economia do Estado. José Melo apontou o investi-mento de R$ 517 milhões do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e do Distrito Federal (Proinveste), acordo que já foi assinado entre o Banco do Bra-sil e o Governo do Estado, no dia 21 de dezembro, além da terceira etapa do Pro-grama Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), na Bacia do São Raimundo, no valor de R$ 200 milhões, além de outros R$ 200 milhões para a du-plicação da AM-070, que liga Manaus a Manacapuru.

Melo citou ainda outros números do Orçamento para 2013, como os R$ 300 milhões para a construção da Cidade Universitária, e os R$ 117 milhões desti-nados ao anel viário, que fará interliga-ção do Aeroporto Eduardo Gomes com o Distrito Industrial, facilitando o fluxo de carretas.“Totalizando, são mais de R$1,6 bilhão a ser injetado na economia do Amazonas”, disse.

Depois de mais de 40 anos, a mais alta corte brasileira, o STF, faz a verdadeira interpretação da lei de que só o Amazonas pode legislar sobre isenções doICMS

JOSÉ MELO

O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas cresceu 10% no ano de 2010 e alcançou o valor de R$ 59,78 bilhões, de acordo com estudos IBGE-Seplan. Com esse resultado, impulsionado pelo crescimento da indústria de transformação e setor agrícola, o Estado saiu da 15ª para a 14ª economia do país.

Nos últimos oito anos, o Ama-zonas foi o sétimo Estado que mais acumulou volume de crescimento na economia brasileira, com uma média de crescimento de 5,5% ao ano, aci-ma da média do Brasil que é de 4,0% ao ano, no período de 2002 a 2010.

A indústria de transformação cresceu em 2010 16,3%, o avanço de dois dígitos foi resultado do perfil generalizado de crescimento dos se-tores, que atingiu dez dos onze seg-mentos, com destaque para as contri-buições positivas vindas de material eletrônico e equipamentos de comu-nicações (18,4%), alimentos e bebidas (16,4%) e outros equipamentos de transporte (18,9%).

Esses ramos foram influencia-dos, respectivamente, pelos seguin-tes itens: televisores e telefones celulares; preparações em pó e em

xarope para elaboração de bebidas; e motocicletas. Em sentido oposto, o setor de edição e impressão recuou 7,5%, sendo o único com resultado negativo.

O setor agropecuário do Estado ampliou sua participação no PIB, agora com 6%, e teve como destaque na lavoura temporária a batata doce com crescimento de 1.300% na pro-dução.

O emprego formal do Amazonas em 2010 fechou o ano com variação positiva de 8,86%, representando um saldo positivo de 31.944 empregados no período. O total de empregos ge-rados em 2010 foi de 229.979.

De acordo com os estudos IBGE-Seplan, a economia do Amazonas continua ancorada basicamente em cinco municípios, Manaus, Coari, Itacoatiara, Manacapuru e Parintins. Além de Manaus, com as atividades do Polo Industrial de Manaus, desta-ca-se a indústria de transporte aqua-viário com o transporte e embarque de soja vinda de Matro Grosso pela hidrovia do rio Madeira, em Itacoa-tiara.

Com informações da assessoria da Seplan/AM.

AM é a 14ª economia do Brasil

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Pelo menos R$ 23 milhões, esse é o montante de recursos no or-çamento do Sistema Federação das Indústrias do Estado do

Amazonas (Sistema FIEAM) para inves-timento em suas quatro casas - FIEAM, SESI, SENAI e IEL em 2013. O maior volume de recursos, R$ 17,3 milhões, será destinado para obras, melhoria de infraestrutura, aquisição de mobiliário, equipamentos, maquinário, consultoria e treinamento de pessoal, na capital e no interior, do Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial (SENAI).

Ao anunciar as perspectivas do Siste-ma FIEAM para este ano, o presidente Antonio Silva, adiantou a execução de obras fundamentais tanto no âmbito do SESI quanto do SENAI, como a unidade integrada de educação básica e profis-sional no município de Parintins, a 357 quilômetros de Manaus, e uma nova unidade do SENAI, a Escola Polivalente

Perspectiva2013

Sistema FIEAM anuncia investimento em obras de construção, reforma, e melhoria de infraestrutura em suas quatro casas - FIEAM, SESI, SENAI e IEL - ao longo deste ano

Investimento em 2013 soma mais de R$ 23 mi

de Manaus, voltada para a população da zona Leste, além do início da implan-tação do Instituto SENAI de Inovação, o ISI, que vem como a grande aposta da instituição em estudo, pesquisa e capaci-tação no segmento de eletrônica e micro-eletrônica.

Segundo Silva, as obras serão viabili-zadas por meio de recursos dos Departa-mentos Nacionais e Regionais do SESI e SENAI, e pelo Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES), este responsável pelo aporte de mais de R$ 30 milhões para implantação do ISI. “Esse Instituto será construído próximo ao Distrito Industrial com a missão de

apoiar a competitividade da indústria amazonense”, disse o presidente do Sis-tema FIEAM.

No plano político, Antonio Silva adian-tou que um dos projetos da FIEAM para 2013 é a implantação de uma assessoria parlamentar para atuação permanente junto à Assembleia Legislativa do Esta-do do Amazonas e da Câmara Municipal de Manaus, já que a missão da FIEAM é defender os interesses da indústria, ou seja, é preciso estreitar cada vez mais a articulação com o governo. A FIEAM já mantém assessoria semelhante com atu-ação em Brasília.

Continua nas páginas 20 a 23.

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Perspectiva2013

O SENAI Amazonas prospectou mais de R$ 17 milhões em obras, melhorias da infraestrutura, aquisições de mobiliários, equipamentos, maquinários, consultorias e treinamentos de equipe especializada. O montante do recurso financeiro será viabilizado pelo Departamento Regional e Nacional do SENAI, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e parceiros da instituição.

Os investimentos irão contemplar obras na capital e interior do Estado, como a finalização do barco-escola Samaúma II e a construção da unidade integrada de educação SESI/SENAI em Parintins, da Unidade de Caldeiraria e Soldagem, Uni-dade da Zona Leste e reformas das Esco-las SENAI Antônio Simões, Waldemiro Lustoza, Demóstenes Travessa, de Ações Móveis e Comunitárias, e das agências de

treinamento dos municípios de Itacoatia-ra e Iranduba.

Para o presidente do Sistema FIEAM, Antonio Silva, a proposta orçamentária contempla projetos estratégicos que de-vem contribuir com a sustentabilidade das instituições bem como com a dissemi-nação do conhecimento profissionalizante

no Amazonas e nos Estados vizinhos. Antonio Silva explica que a previsão

de gastos do SENAI para 2013 é um dos maiores já orçados pela instituição e ain-da será negociado ao longo do ano com o Departamento Nacional, BNDES e outros parceiros.

De acordo com o diretor regional do SENAI Amazonas, Aldemurpe Barros, o recurso financeiro vai garantir educa-ção de qualidade e formação profissional de excelência aos alunos da instituição. Em 2012, as quatro escolas da capital e as quatro agências de treinamentos de Itacoatiara, Iranduba, Coari e Parintins tiveram acréscimos no número de ma-trículas, resultado da conscientização da população em buscar conhecimento profissionalizante e também pelo incenti-vo do governo federal com a criação do

SENAI investirá R$ 17 milhõesUm dos destaques na programação do SENAI para 2013, é o início das obras da unidade integrada de educação, em parceria com o SESI, no município de Parintins

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PROJETOS/SENAI

• Samaúma II

A unidade móvel fluvial do SENAI/AM, Samaúma II, que começou a ser cons-truída em 2011, deve ser concluída neste ano. O projeto foi orçado em aproxima-damente R$ 9 milhões, dos quais 80% fo-ram aplicados nas fases de estruturação, acabamento e aquisições de mobiliários, equipamentos e kits didáticos.

O investimento para a finalização e entrega do Samaúma II será de pouco mais de R$ 3 milhões. A previsão é que a unidade realize seu primeiro percurso no segundo semestre deste ano, contribuin-do com a ação itinerante do Samaúma original que, em 34 anos de atividade já qualificou mais de 44 mil alunos.

Em 2014, o SENAI planeja atender com o Samaúma e Samaúma II mais de 4 mil moradores de cidades ribeirinhas da Região Norte, contemplando 10 municí-pios às margens dos rios da Amazônia.

• Escola Polivalente Zona Leste

Unidade projetada para atender uma po-pulação de 700 mil habitantes que vive na Zona Leste de Manaus, a Ecola Poliva-lente SENAI Zona Leste será construída numa área dentro do bosque do Clube do Trabalhador do Amazonas, localizado no bairro São José 1.

“Devemos expandir geograficamente nossas ações para descentralizar a nossa atuação na capital que hoje se concentra no Distrito Industrial e adjacências. Ao implantar uma unidade na Zona Leste, o acesso ao conhecimento profissional se tornará mais viável aos moradores desta zona de crescimento em Manaus”, expli-ca o diretor do SENAI Amazonas.

Segundo Aldemurpe Barros, a pro-posta inicial é qualificar aproximadamen-te 2.500 alunos por ano nos segmentos da construção civil, metalmecânica, eletro-eletrônica e alimentos. A construção da escola está prevista para iniciar ainda este ano com investimento orçado previamen-te entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões, re-curso que será viabilizado pelo BNDES.

• Centro Integrado de Parin-tins

O primeiro centro integrado de educação básica e profissionalizante SESI e SENAI no interior do Amazonas será construído em Parintins, município a 369 quilômetros de Manaus. O SENAI ministra cursos na cidade há 17 anos em um estabelecimento alugado, com ambiente restrito.

O complexo de ensino do Sistema FIEAM em Parintins terá capacidade para atender mais de 2 mil alunos por ano em cursos básicos e profissionalizantes.

A obra das duas escolas, quadra po-liesportiva e áreas de convivência está or-çada em R$ 7 milhões, dos quais R$ 3.413 milhões são da contrapartida financeira do SENAI, sendo que tal verba será viabi-lizada pelo BNDES.

O centro será construído num terre-no de mais de 15 mil metros quadrados, sendo destinado para a unidade do SESI 3.090,80m² e para o SENAI, 1.639,01 m².

• Unidade de Caldeiraria e Sol-das

A Escola SENAI Waldemiro Lustoza, unidade localizada no bairro Cachoeiri-nha, zona Sul de Manaus e que qualifica mão de obra para indústria metalmecâni-ca, passará por mudanças e adequações de seus espaços de aprendizagem indus-trial.

O ambiente de capacitação profissio-nal no segmento de soldagem será trans-ferido para a unidade em construção no anexo à sede do SENAI, local que acomo-dará também o segmento de caldeiraria. A obra do prédio foi orçada em R$ 2.452 milhões e deve ser concluída no segundo semestre deste ano.

O espaço deixado na Escola Walde-miro Lustoza sofrerá adequação para receber as máquinas e equipamentos industriais de usinagem e ferramenta-ria. As áreas automotivas e de manu-tenção também passarão por melhorias e modernizações, projetos que visam infraestrutura adequada para o aten-dimento desses setores produtivos do Polo Industrial de Manaus (PIM) e de outros Estados da região.

SENAI investirá R$ 17 milhõesPrograma Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do qual o SENAI Amazonas é um dos parceiros. Com o Pronatec, a instituição ampliou o portfólio de modalidades em qualificação profissional gratuita, beneficiando a faixa mais carente da população. Ao todo fo-ram qualificados 5.856 alunos.

“Passamos de 28.531 matrículas em 2011 para 36.753 atendimentos em 2012, o que representa crescimento de 22% na disseminação do ensino profissionalizan-te do SENAI no Amazonas. Para 2013 a meta é promover a capacitação para mais de 40 mil jovens e adultos. Este desafio só poderá ser alcançado com os investimen-tos na ampliação de nossa estrutura físi-ca, com a construção de novos ambientes direcionados ao aprendizado industrial”, diz Aldemurpe Barros.

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• Investimentos no atendimen-

to aos segmentos Eletroeletrônico e Construção Civil

O SENAI/AM pretende investir na capaci-dade física das Escolas Antônio Simões e Demóstenes Travessa para atender os dois segmentos industriais de maior emprega-bilidade do Amazonas, eletroeletrônico e construção civil.

A Escola Antônio Simões, unidade com capacidade para atender 15 mil alu-nos por ano, está em obra com orçamen-to superior a R$ 700 mil. As mudanças já começaram, com previsão de ser con-cluída antes do final deste trimestre. São adequações das áreas de convivência, reformas dos laboratórios de metrologia e eletricidade, construção de novas salas de aula, modernização dos equipamen-tos didáticos, entre outras medidas que serão úteis para o melhor rendimento te-órico e prático dos alunos.

Para a Escola SENAI Demóstenes Tra-

vessa, unidade que atende o setor produ-tivo da construção civil, a instituição pre-tende investir R$ 200 mil na estruturação do laboratório de CAD com a aquisição de máquinas, software específicos e equipa-mentos.

• Instituto SENAI de Inovação

O diretor do SENAI/AM, Aldemurpe Barros, destaca também a construção do Instituto SENAI de Inovação (ISI), projeto que não foi incluído na previsão orçamen-tária inicial de 2013. O projeto é a grande aposta da instituição em estudo, pesquisa e capacitação no segmento de eletrônica e microeletrônica.

A implantação do ISI será financiada pelo BNDES, com valor superior a R$ 30 milhões. O projeto está em estruturação e deve contar com participação de técnicos renomados em ciência, tecnologia e pes-quisa aplicada da Associação Fraunhofer, da Alemanha, que prestará consultoria na implantação do ISI e do Instituto de Tecno-

logia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.

“O Instituto será construído próxi-mo ao Distrito Industrial com a missão de apoiar a competitividade da indústria amazonense, bem como de todos os es-tados industrializados do Brasil, por ser um projeto de abrangência nacional. O ISI de Eletroeletrônica é um dos 23 insti-tutos que serão construídos pelo SENAI em 14 Estados ao logo dos próximos anos”, declara Aldemurpe, destacando que o investimento citado envolve obra do prédio, contratação de equipe técnica especializada, estruturação de ambientes de pesquisa de ponta, e treinamento.

Todos os investimentos propostos pela instituição em 2013 estão alinhados às me-tas do SENAI em promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da Indústria Brasileira.

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Com previsão de investir R$ 5,3 mi-lhões ao longo de 2013, o Serviço Social da Indústria (SESI Amazonas) estará desenvolvendo novos projetos nas áreas de Saúde e Educação, mas o destaque é o Projeto ViraVida, da área de Respon-sabilidade Social, que entra em atividade no Estado em 2013. A meta do projeto é trabalhar inicialmente com 100 jovens e adolescentes em situação de risco, que vão receber capacitação profissional du-rante 12 meses, com direito a bolsa de R$ 500,00.

Para 2013, a maior novidade, no SESI Amazonas, será a certificação na ISO 9001/2008 da área de Saúde, processo que envolveu a área de Educação da ins-tituição em 2012. A Saúde oferecida pelo SESI está estruturada em duas vertentes: Saúde Assistencial (inclui as áreas médi-ca, odontológica e de apoio ao diagnós-tico) e a Saúde Ocupacional, que cobre as áreas de meio ambiente, ergonomia, segurança, medicina e enfermagem do trabalho.

Outra novidade, mas na área da Edu-

cação, é a oferta do 1º ano do Ensino Mé-dio, com duas turmas de 57 alunos, na unidade “Dra. Emina Barbosa Mustafa”, localizada no bairro São José I. Também será ampliada a oferta de turmas na Uni-dade Vicente de Mendonça Lima – Escola Abrahão Sabbá, em Itacoatiara (atendia até o 5º ano e passará a atender até o 9º do ensino fundamental). A Unidade Da-vid Nóvoa, em Iranduba, voltada à edu-cação infantil, abrirá pela primeira vez turmas de 1º e 2º ano do Fundamental I.

O SESI Amazonas reinicia as ativida-des escolares, em 2013, com cerca de 5 mil alunos matriculados nas cinco unida-des de educação, três em Manaus e duas no interior do Estado, uma em Iranduba e outra em Itacoatiara.

Qualidade no Trabalho

Em 2013, o SESI Amazonas deve fortalecer o Prêmio SESI Qualidade no Trabalho, o PSQT, retomado pela ins-tituição há dois dois. Em 2012, 12 em-presas e 1.627 trabalhadores foram be-

neficiados com a aplicação do Modelo de Sustentabilidade no Trabalho, que realiza diagnóstico de avaliação de prá-ticas e performances, com o objetivo de apresentar às empresas os impactos dos investimentos em qualidade de vida no trabalho, na produtividade e sustentabi-lidade dos negócios. No total, 21 empre-sas foram beneficiadas com os serviços de Assessoria e Consultoria, Diagnósti-cos e o Programa de Sensibilização para Sustentabilidade.

De acordo com a gerente de Respon-sabilidade Social Empresarial do SESI Amazonas, Simônica Sidrim, merece destaque a premiação da Philips do Bra-sil na etapa nacional do PSQT, na catego-ria grande indústria – Inovação, no mês de dezembro, em Brasília. A premiação é um reconhecimento público às empresas industriais brasileiras por suas práticas diferenciadas de gestão e valorização de seus colaboradores, tendo como foco a inovação nos modelos de trabalho, na perspectiva da sustentabilidade dos ne-gócios.

Certificação da Saúde

Perspectiva2013

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O otimismo superou as previsões mais sombrias sobre o desempenho da indústria amazonense para

2013. A grande maioria dos 20 sindicatos industriais ouvidos pela Revista FIEAM Notícias sobre as perspectivas dos respectivos segmentos para este ano, apostou na recuperação da economia e na retomada do crescimento após um ano de desempenho relativamente ameno do Polo Industrial de Manaus (PIM).

De acordo com os indicadores da Suframa, o faturamento do PIM em 2012, de US$ 37,5 bilhões, foi 9,02% inferior ao faturamento de 2011. Ainda assim, o resultado em real foi positivo, em 6,39%, com o saldo de R$ 73,4 bilhões, tendo como destaque os bens de informática, que cresceram 26%. O PIM fechou 2012 com uma série de recordes na produção, em itens como televisores, aparelhos telefônicos, bicicletas, splits, celulares, tablets e videogames.

O segmento da Indústria Química, que teve um bom desempenho em 2012, tem razões suficientes para se mostrar otimista para 2013. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Manaus, Antonio Silva, o otimismo está voltado basicamente para o crescimento do mercado de produtos químicos e farmacêuticos. “Para a produção local abre-se possibilidades interessantes para a industrialização, haja vista a chegada de novas empresas para o setor aprovadas nas últimas reuniões do CAS (Conselho de Administração da Suframa) e Codam (Conselho de Desenvolvimento do Amazonas), que utilizarão o elenco de incentivos do Modelo Zona Franca de Manaus.”

Como presidente da FIEAM, Silva diz que os resultados da consulta aos sindicatos que compõem o conselho de representantes da Federação, representam um atestado de boa vontade dos mais destacados setores da indústria amazonense nas medidas mais recentes anunciadas pelo governo federal para ajudar na retomada no crescimento da economia brasileira.

Veja a seguir, como a indústria amazonense vislumbra o futuro imediato.

Sindicatos otimistas com o futuroMaioria dos presidentes de sindicatos da indústria amazonense acredita que 2013 será um ano de retomada do crescimento econômico

Perspectiva 2013

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Indústrias investem para a Copa

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS EM GERAL DE MANAUS / SINDICATO DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS E FARMACÊUTICAS DE MANAUS

Sindicatos otimistas com o futuroMaioria dos presidentes de sindicatos da indústria amazonense acredita que 2013 será um ano de retomada do crescimento econômico

Esperamos um crescimento do setor de bebidas na ordem de 5 a 7%. As indústrias já estão começando a investir em seus parques industriais para a Copa do Mundo.

ANTONIO SILVA

Dois segmentos fortes da indústria amazonense, o da Indústria de Bebidas e o das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Manaus, estão sob o comando do empresário Antonio Silva. O de bebidas reúne 10 indústrias que empregam uma média de 1.715 trabalhadores diretos, segundo os dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Em 2012, o faturamento do segmento foi de 611,7 milhões. Os dados são de janeiro a novembro de 2012. Segundo Silva, a indústria amazonense como um todo teve um ano bom, porém sem superação de recordes, apesar dos incentivos do governo.

A perspectiva para 2013 é otimista. “Esperamos um crescimento do setor de bebidas na ordem de 5 a 7%”, disse o presidente. Segundo Silva, “as indústrias já estão começando

a investir em seus parques industriais visando a produção de bebidas para a Copa do Mundo 2014, a ser realizada no Brasil”. Dentre as principais indústrias do segmento situadas no Polo Industrial de Manaus, destaque para a Brasil Norte Bebidas, do Grupo Simões, J.Cruz Indústria e Comércio (Magistral), Companhia Brasileira de Bebidas (Ambev), Amazon Refrigerantes, Real Bebidas, Minalar Águas e Refrigerantes, Recofarma, Nidala da Amazônia, Cibea Manaus, Tholor do Brasil.

Indústria Química

O faturamento das indústrias químicas e farmacêuticas do Polo Industrial de Manaus foi um dos destaques nos indicadores da Suframa em 2012, com uma média de R$ 800 milhões por mês.

Atualmente, o Sindicato do setor conta com 11 indústrias associadas, o que representa 20% das empresas do segmento instaladas no Estado. De acordo com o presidente do Sindicato, Antonio Silva, tendo em vista a necessidade do setor de organizar-se de maneira mais coesa, a entidade vai trabalhar para superar os 50% de empresas associadas ao longo de 2013. Um dos pleitos do setor, segundo Silva, são os incentivos que propiciem um melhor desempenho na economia local.

Com cerca de 2.500 empregados formais, o segmento, segundo Antonio Silva, vem crescendo gradativamente no Estado e deve apresentar um desenvolvimento ainda maior tendo em vista o potencial de matéria-prima de que dispõe a região. “Os investimentos deverão aumentar em razão do interesse de grupos nacionais e estrangeiros, no aproveitamento dos insumos básicos que sabemos serem de grande importância para a elaboração de produtos de alta e inovada tecnologia”, diz ele.

Sobre 2013, Silva diz que está, como sempre, otimista. “Para a produção local abre-se possibilidades interessantes para a industrialização, haja vista a chegada de novas empresas para o setor aprovadas nas últimas reuniões do CAS e Codam, que utilizarão o elenco de incentivos do Modelo Zona Franca de Manaus. Por outro lado o aumento dos gastos públicos no Setor Saúde como um todo, para atendimento das necessidades da sociedade, é uma das prioridades do Governo, tanto Federal quanto Estadual, o que de certa forma incentiva o investimento em pesquisa, equipamentos, produtos e processos”, diz o presidente.

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Política madeireira deixa setorsem perspectiva de crescimento

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE MADEIRAS COMPENSADAS E LAMINADAS DO ESTADO DO AMAZONASSINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE SERRARIAS E CARPINTARIAS DO ESTADO DO AMAZONAS

Lamentavelmente, as máquinas das fábricas de compensados foram para o exterior, resultando assim, na perda de cerca de 20 mil empregos no setor

MOYSES ISRAEL

O presidente dos sindicatos das In-dústrias de Madeiras Compensadas e La-minadas do Estado do Amazonas e das Indústrias de Serrarias e Carpintarias do Estado do Amazonas, empresário Moyses Israel, acredita que não haverá grandes mudanças para os dois setores em 2013. Por isso, as perspectivas são mínimas.

Fundador e atualmente conselhei-ro fiscal da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Israel afirma que, pelo menos o Sindicato de Compensados, hoje é “virtual”. Segundo ele, as oito fá-bricas de compensados que existiam no Amazonas acabaram fechando as portas

devido à política para o setor adotada na administração de Eduardo Braga a frente do governo do Estado.

Na avaliação de Moyses Israel, o mesmo aconteceu com as 28 serrarias do Estado. “Houve a instalação de quatro serrarias novas, duas na AM-010 e duas em Itacoatiara (a 178 quilômetros de Ma-naus). Lamentavelmente, as máquinas das fábricas de compensados foram para o exterior, resultando assim, na perda de cerca de 20 mil empregos, entre diretos e indiretos que eram movimentados por este setor”, disse ele.

Para Moyses Israel, merece destaque

nesse setor a instalação da Indústria de Pisos da Amazônia (IPA), em Iranduba, na região metropolitana de Manaus, que iniciou suas operações em 2011 e já se tornou referência internacional no segmento.

Moyses ressaltou ainda que desde o início das campanhas de conservação das florestas da Amazônia adotou-se o lema de que “plantar é a solução”, tal como acontece em países, como Estados Uni-dos, Canadá, Alemanha, Polônia, Rússia e até na Finlândia, que tem na indústria florestal um dos seus maiores esteios, quanto ao desenvolvimento na produção de celulose, papel, e madeiras para a ex-portação.

“O uso dessas florestas plantadas manteve crescente participação na econo-mia naquele país e deu origem à indústria de tratores florestais, maquinários para as indústrias de celulose, papel, móveis e madeiras aparelhadas para exportação”, disse o industrial.

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Meta é ampliar base com produtores regionais

Aumento do crédito pode trazer alento para setor

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DE MANAUS

SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO AMAZONAS

Apesar das previsões nada otimistas, acreditamos que o setor de alimentos apresentará um crescimento moderado, que compensará, em parte, a estagnação de 2012

CARLOS ROSAS

O Sindicato das Indústrias de Ali-mentação de Manaus, representado pelo empresário Carlos Alberto Rosas Mon-teiro, da Fábrica Virrosas, conta com 14 empresas dos ramos café, gelo, concen-trados de frutas, farinha de trigo, vina-gres, condimentos, molhos e outros ali-mentos industrializados.

De acordo com Carlos Monteiro, o sin-dicato está ampliando a base sindical para o restante do Estado, a fim de atrair as in-dústrias de produtos regionais, visando integrá-las ao mercado abrangente da ca-pital e dos Estados vizinhos. “Apesar das previsões nada otimistas dos economistas que não fazem parte dos quadros governa-mentais, acreditamos que o setor alimen-

tício apresentará um crescimento modera-do, que compensará em parte a estagnação que ocorreu em 2012”, disse Carlos Rosas, em perspectiva para o ano de 2013.

Para Rosas, não existe um atrativo para empresas do segmento de alimenta-ção se instalarem no Amazonas, mesmo com os incentivos do Polo Industrial de Manaus (PIM). Mesmo porque, a maio-ria dos produtos desse setor, segundo ele, não é taxado de forma elevada por impostos federais, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e de Im-portação (II). Nem mesmo a isenção total do ICMS quando o produto é faturado para a Zona Franca de Manaus, repre-senta um atrativo, segundo Rosas.

Depois de amargar um crescimento de apenas 2% em 2012, o Sinduscon/AM espera crescer pelo menos nesse mesmo patamar em 2013. O abalo no setor foi em decorrência de uma série de fatores, como a queda no crescimento imobiliário, a crise econômica mundial, além da falta de uma política de incentivo para o setor

De acordo com o presidente do sindi-cato, Eduardo Jorge Oliveira Lopes, o seg-mento espera que as condições criadas pelo governo sejam primordiais para desenvol-ver o setor, como o aumento do crédito. O segmento da construção civil conta com 2.099 empresas ativas, das quais 131 são as-sociadas ao sindicato.

Para Eduardo Lopes, a desoneração da

folha de pagamento, pelo governo federal, no fim do ano, já representa alguma coisa para o setor.

Na avaliação do industrial, os prepa-rativos para a Copa de 2014, estão influen-ciando positivamente, mas não como o segmento esperava. “Não vemos nada em prol da mobilidade urbana. É claro que as obras da Copa, que estão acontecendo, elevaram o número de empregos na cons-trução civil, mas não foi o esperado. Existe uma quantidade de hotéis sendo construí-dos em Manaus, mas é algo feito pela ini-ciativa privada. Se as obras de mobilidade urbana já tivessem começado teríamos um incremento no comércio, na indústria e na construção civil”, disse Eduardo Lopes.

É claro que as obras da Copa, que estão acontecendo, elevaram o número de empregos na construção civil, mas não foi o esperado.

EDUARDO LOPES

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Em 2013, Sinaees vai em busca de novos associados

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE APARELHOS ELÉTRICOS, ELETRÔNICOS E SIMILARES DE MANAUS

O Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Ma-naus (Sinaees) representa um segmento que movimentou mais de US$ 17 bilhões, cerca de 47% do faturamento total do Polo Industrial de Manaus (PIM) em 2012, além de empregar 42% da mão de obra da in-dústria amazonense.

Com empresas de grande porte, como Samsung Eletrônica da Amazônia, Nokia do Brasil Tecnologia, Jabil Brasil Indús-tria Eletroeletrônica, Panasonic do Brasil e Semp Toshiba do Amazonas, o Sinaees conta atualmente com 173 empresas filia-das e 50 associadas, o que corresponde a 28,9% desse segmento no PIM.

Apesar de terem faturado 7% a menos do que em 2011 - US$ 17,8 bilhões até no-vembro de 2012, segundo a Suframa - , as empresas do polo eletroeletrônico ainda responderam pelos dois itens mais produ-zidos entre todos os segmentos do PIM: o aparelho celular, com 21,49 milhões de uni-dades, o que representou um crescimento de 3,3% no número de aparelhos fabrica-dos em 2011, e a TV LED, que somou 10,41 milhões de unidades fabricadas, 16,6% aci-ma da produção do ano passado.

Em novembro de 2012, mês avaliado pela Suframa como o de melhor desempe-nho, com recorde histórico de faturamento do PIM, a contribuição do setor eletroele-trônico foi fundamental: faturou R$ 2,96 bilhões, um aumento de 9,10% em compa-ração com novembro de 2011 (R$ 2,68 bi-lhões) e 7,18% a mais ante outubro do ano passado (R$ 2,73 bilhões). Para o presidente do Sinaees, Celso Piacentini, tanto em fatu-ramento quanto em número de empregos o setor manteve-se estável em 2012, mesmo considerando o ano difícil. “O setor eletro-eletrônico é o maior do PIM e responde por quase a metade da atividade econômica do Estado do Amazonas”, disse o sindicalista.

No Sinaees, daremos contínua atenção às discussões sobre a chamada reforma tributária. Não podemos esmorecer na defesa do PIM

CELSO PIACENTINI

Entre as perspectivas apontadas por Pia-centini para 2013, está o estimulo à cultura associativa. “Queremos a captação de novos associados, objetivando aumentar a repre-sentatividade para 50% no próximo ano. Além de atuar no desenvolvimento do seg-mento e na prestação de serviços que contri-buam com a competitividade empresarial do segmento eletroeletrônico”, disse.

“Iremos atuar principalmente nas ro-dadas de negócios, agindo em defesa dos interesses dos associados e representados, buscando amenizar ou dar equilíbrio aos interesses dos seus representados através de uma eficaz negociação e na otimização dos resultados organizacionais e financeiros. Por último, mas não menos importante, dar con-tínua atenção às discussões sobre a reforma tributária. Não podemos esmorecer na defe-sa do PIM”, comentou.

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As quatro empresas filiadas ao Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Manaus têm capacidade instalada para um faturamento anual de até R$ 140 milhões. As empresas Jutal, Brasjuta, Cooperfibras e Locomotiva da Amazô-nia são responsáveis pela produção de sacarias de juta e malva, que embalam principalmente produtos como café e batata.

Segundo o presidente do sindicato, o em-presário Sebastião Guerreiro, com a importação de produtos similares e outros fatores, o fatura-mento do setor está abaixo do esperado. O setor de fiação e tecelagem emprega mil colabora-dores diretos e tem grande importância para a economia local, já que o beneficiamento da juta e malva gera ocupação e renda no interior. “A cultura da juta e malva envolve mais de 15 mil

famílias amazonenses”, disse o presidente.O setor sofre grande concorrência de produ-

tos importados, porém, segundo Guerreiro, os exportadores de café estão retomando a compra de sacaria que estava estagnada nos últimos me-ses. “As perspectivas para 2013 são boas”, disse.

Guerreiro afirmou ainda que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) iniciará a compra de sacaria de juta, por meio do apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ama-zonas (FIEAM). “Também vamos iniciar a re-novação da proteção antidumping, ou seja, das medidas protecionistas que nos tornam mais competitivos em relação aos produtos importa-dos. Em 2013, vence a nossa proteção e precisa-mos renová-la, já que está um pouco defasada”, disse o presidente.

Sem crise e sempre atento ao mercado

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE RELOJOARIA E OURIVESARIA DE MANAUS

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FIAÇÃO E TECELAGEM DE MANAUS

dial que serão realizados no Brasil, como a Copa das Confe-derações, Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Pela movimentação que esses eventos exigem, acreditamos num aquecimento da nossa economia”, disse Azevedo.

O presidente do Sindicato dos Relojoeiros só mostrou preocupação quanto ao combate ao contrabando, pirataria e falsificação que geram uma concorrência desleal com as em-presas que cumprem suas obrigações junto às instituições e sociedade brasileira.

Reação para enfrentar a concorrência

O Sindicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de Manaus representa um setor que não conhece crise. Fatu-rou cerca de US$ 600 milhões em 2012 e espera superar esse resultado em 2013. São 8 empresas filiadas gerando cerca de 3 mil empregos.

Segundo o presidente do Sindicato, empresário Nelson Azevedo, o segmento sempre apresenta projetos de atua-lização e ampliação para atender as necessidades e exigên-cias do mercado, tendo em vista ser o relógio, o produto em constante evolução tecnológica. “Daí a necessidade das fábricas estabelecidas no PIM estarem sempre com seus pla-nos atualizados no sentido de atender o mercado com mo-delos de alta qualidade e preços competitivos”, disse.

Entre os fatores que provocam perspectivas positivas, Azevedo apontou o estímulo do governo ao consumo, no que se refere à redução de taxas de juros e facilitando o aces-so ao crédito, além de eventos esportivos de âmbito mun-

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Mais de 50 anos de tradição

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE CALÇADOS DE MANAUS

Para manter a tradição de mais de 50 anos, o segmento de calçados, em Ma-naus, continua, mesmo em pequena es-cala, produzindo. A prova está nas tradi-cionais sandálias “pererecas”, uma marca patenteada da indústria amazonense, que continua tendo uma grande aceitação no mercado.

De acordo com o presidente do Sindica-to das Indústrias de Calçados de Manaus, Aldimar Paes, a produção desse segmento no Amazonas já foi muito representativa para a economia do Estado, principalmente nas décadas de 60 e 70, mas que hoje o mer-cado está dominado pelos calçados produ-

zidos nas regiões Nordeste e Sul do País.Segundo Aldimar, o setor tem dificul-

dades também para contratar mão de obra especializada, além da falta de matéria-pri-ma local. Ele disse que o desaparecimento dos curtumes obrigou a compra de couro sintético em outros Estados, além da borra-cha utilizada para a confecção de calçados. Paes disse ainda que apenas uma empresa de calçados se mantém no Amazonas, a Ideal Calçados, que tem uma estrutura ar-tesanal de 80% em seu funcionamento. Ele disse que o mercado absorve toda a pro-dução e que as perspectivas a logo prazo são de um investimento em equipamento tecnológico para se adaptar à realidade. A empresa não goza dos incentivos fiscais da Zona Franca, porque ainda não tem proje-to aprovado pela Suframa.

Paes afirmou que para se manter em funcionamento a única indústria de cal-çados do Amazonas teve que diversificar suas atividades, produzindo peças e aces-sórios, como cinta de amarração para mo-tocicletas da Moto Honda, com o mesmo equipamento usado na fabricação de cal-çados. “A diversificação das atividades é o caminho para a sustentabilidade da indús-tria de calçados no Amazonas,” disse.

A diversificação das atividades é o caminho para a sustentabilidade da indústria de calçados no Estado do Amazonas

ALDIMAR PAES

Com potencial para crescer

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE BRINQUEDOS DO ESTADO DO AMAZONAS

Com apenas duas empresas associadas, o Sindicato da Indústria de Brinquedos do Estado do Amazonas movimenta cerca de R$ 90 milhões por ano e tem muito poten-cial para crescer.

Presidido pelo empresário Odorico Antonio Simão Zamprogno, o sindicato atualmente tem como empresas associa-das a TecToy, do próprio Zamprogno, e a Alegria de Brincar. Juntas, as empresas empregam cerca de 300 funcionários e ti-veram, em 2012, faturamento da ordem de R$ 89 milhões.

A TecToy, localizada no Distrito Indus-

trial, produz jogos eletrônicos, videogames, DVDs e notebooks infantis. Já a Alegria de Brincar é uma pequena empresa que produz artigos para playgrounds (parqui-nhos) para escolas e estabelecimentos co-merciais, com produtos como escorrega-dores, balanços, casinhas, entre outros.

Segundo Odorico Zamprogno, o setor de brinquedos é importante para a econo-mia do Amazonas. “Apesar de sermos pe-quenos, geramos emprego e renda e mos-tramos que temos potencial para produzir e desenvolver brinquedos cada vez mais tecnológicos”, disse o sindicalista.

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Um setor fundamentalpara desenvolver o interior

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE OLARIA DO ESTADO DO AMAZONAS

O Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do Amazonas, liderado pela em-presária Hyrlene Ferreira, reúne atual-mente 25 empresas associadas. “Estamos em processo de filiação de algumas em-presas e esperamos chegar a pelo menos 40 associadas”, disse a presidente.

Segundo Ferreira, as Olarias do Ama-zonas fabricam tijolos e telhas cerâmicas e empregam cerca de 6.000 funcioná-rios diretos, gerando pelo menos 10 mil empregos indiretos. Com faturamento aproximado de R$10 milhões por mês, o segmento tem grande relevância para a economia local.

“Nosso setor produz o principal in-sumo que move a construção civil, que

por sua vez é o setor que mais cresce, em todo o país. A maioria das empresas do polo cerâmico está localizada em municí-pios da região metropolitana de Manaus, o que é de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento do in-terior do Estado do Amazonas”, disse.

As perspectivas para 2013 são oti-mistas. Com a aproximação da Copa do Mundo, as empresas esperam poder fornecer os insumos para as diversas obras previstas no estado. De acordo com a líder sindical, a maioria das em-presas opera com 60% de sua capaci-dade produtiva por conta de inúmeras dificuldades. “Temos potencial para dobrar nossa produção se houver de-

manda”, garantiu Ferreira. Segundo a presidente do Sindicato,

um novo projeto de aproveitamento de material lenhoso de supressão vegetal nas obras de construção civil está sendo desenvolvido em conjunto com o Institu-to de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam). “Tal projeto prevê o aproveitamento de 100% do material lenhoso, hoje descartado na lixeira pú-blica. Esperamos contar com a parceria do Sindicato da Construção Civil, cuja negociação já está bem avançada”, dis-se. A ideia é iniciar o projeto em parceria com o governo na obra da duplicação da estrada AM 070 e também na construção da cidade universitária.

Nosso setor produz o principal insumo que move a construção civil, que por sua vez é o setor mais cresce em todo o país (...) Temos potencial para dobrar nossa produção se houver demanda

HYRLENE FERREIRA

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Com aperspectiva da evolução

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA DO AMAZONAS

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CONFECÇÃO DE ROUPAS E CHAPÉUS, MATERIAL DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO DO ESTADO DO AMAZONAS

O Sindicato das Indústrias de Pa-nificação e Confeitaria do Amazonas emprega cerca de 12 mil trabalhadores. Segundo o seu presidente, Carlos Aze-vedo, a maioria das empresas é de pe-queno e médio porte. “Muitos desses 12 mil empregos são gerados para jovens que estão em sua primeira oportunida-de de trabalho”, disse o presidente.

Atualmente, o sindicato reúne 106 padarias associadas com faturamento médio individual estimado em R$ 40 mil ao mês. Segundo Azevedo, o fato de as empresas serem locais contribui para geração de emprego e renda que ficam no Estado, contribuindo para a evolução da economia amazonense. As perspectivas do setor são de evolução. Segundo Azevedo, a panificação acom-panha a economia local. “O esperado é um crescimento na ordem de 10 a 11% sobre nosso resultado de 2012”, disse.

Indústria de confecção confirma otimismo

O presidente do Sindicato das Indús-trias de Confecção de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e Proteção do Esta-do do Amazonas (Sindconf-AM), Engels Lomas de Medeiros, tem uma visão otimis-ta do seu setor para 2013, especialmente devido aos preparativos para o Copa do Mundo do ano seguinte.

Com 52 empresas filiadas e formaliza-das - e mais 20 empresas ainda em processo de formalização - o Sindicato reúne os seg-mentos de uniformes profissionais, unifor-mes colegiais, camisas em malha, abadás e camisas promocionais, moda, além de confecção de lingerie, fantasias, vestidos de noivas, entre outros. Segundo Medeiros, o segmento mais forte é o do setor de roupas profissionais.

De acordo com Engels Medeiros, o se-tor gera 2.100 empregos formais e mais de 8 mil informais, incluindo os indiretos gera-dos pelos elos do setor produtivo.

“O desenvolvimento acompanhou o crescimento do Polo Industrial de Manaus (PIM), incrementado pela demanda do Polo de Gás Natural e Petróleo, da constru-ção civil e das empresas terceirizadas, que totalizam juntos, mais de 80 mil empregos formais, criando uma demanda expressiva. A regulamentação do uso de uniformes es-peciais pelo Ministério do Trabalho e Em-prego nas empresas prestadoras de serviço em redes elétricas criou um nicho de eleva-do poder agregado”, destacou.

Engels citou vários eventos que con-tribuem para a visão otimista que tem do setor para 2013, como a participação dos empresários de moda na Rio a Porter e SP Fashion Week, a fim de fazer prospecção.

O presidente citou ainda a realização do Workshop “Tecidos Inteligentes & Empre-sas Inovadoras”, onde serão apresentados tecidos produzidos com emprego de nano-tecnologia e as empresas do sindicato com

capacidade de produzir com esses tecidos. “Aqui nessa ação as empresas do sindicato vão realizar compras compartilhadas para reduzir os custos e o SENAI vai até levar as empresas envolvidas para capacitação e aprovação do processo produtivo”, disse.

O workshop “Moda Uniformes Cole-giais” também foi citado para 2013, uma prospecção de mercado visando colocar empresas sindicalizadas nesse segmen-to, além da realização de cursos com a vinda de um consultor especializado em aplicação de aparelhos nas máquinas de costuras para treinamento das empresas sindicalizadas.

“Nossa visão de futuro é otimista, pois além do PIM e dos setores já mencionados, outros apresentam um crescimento no uso de fardamentos como é o caso do Polo Na-val e do Polo Cerâmico e as obras de in-fraestrutura para a Copa de 2014, que irão garantir um crescimento sustentável para o setor”, finalizou.

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SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE MANAUS

Indústria espera medidas essenciais para voltar a crescer

O governo precisa rever com mais sensibilidade questões mais delicadas, como a redução dos seus custos, além da reforma tributária e política, que são medidas essenciais para que a Indústria volte a crescer

ATHAYDES FÉLIX

O Sindicato das Indústrias Metalúr-gicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus (SIMMMEM), que representa cerca de 40% do faturamento do Polo In-dustrial de Manaus (PIM), foi um dos mais atingidos pela crise financeira mundial e pela dificuldade de acesso ao crédito en-frentada pelo consumidor em 2012. O fa-turamento do PIM, até novembro do ano passado, estava em cerca de R$ 68 bilhões.

De acordo com o presidente do sin-dicato, Athaydes Mariano Félix, 2012 não foi um bom ano para o segmento de duas rodas que teve um decréscimo de 20,9% na produção e uma retração nas vendas de 10%. Segundo ele, o consumidor quer comprar, mas falta dinheiro, além de que, a alta inadimplência obrigou os bancos a suspenderem o financiamento principal-mente para motocicletas. “A crise afetou toda a cadeia produtiva”, disse.

Athaydes, que é 1º vice-presidente da

Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, diz que, para 2013 espera que pelo menos seja mantido o mesmo nível de produção do ano passado. De acordo com o presidente do SIMMMEM, o Governo Federal tomou várias medidas para es-tancar a crise, como a redução da taxa de juros, mas que falta operacionalidade para que a medida beneficie o consumidor.

Na avaliação de Athaydes Mariano Fé-lix, “o governo precisa rever com mais sen-sibilidade questões mais delicadas, como a redução de seus custos para manter a má-quina administrativa, além da reforma tri-butária e política, que são medidas essen-

ciais para que a Indústria volte a crescer”.Atualmente, 75 empresas estão filiadas

ao SIMMMEM, representamndo 95% do faturamento do setor, embora exista um número considerável de pequenas em-presas que ainda não estão regularizadas junto ao sindicato. O segmento gera cerca de 50 mil empregos no Polo Industrial de Manaus.

Em dezembro passado, durante a pos-se da diretoria reeleita, o presidente do SIMMMEM, Athaydes Mariano Félix, dis-se acreditar que 2013 será um ano próspero e que, deve trazer um crescimento recorde para a indústria brasileira.

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Gráficos vão lutar por mais competitividade em 2013

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO ESTADO DO AMAZONAS

O Sindusgraf-AM, junto com a Abigraf nacional, vem mantendo contato com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no sentido de sublinhar a gravidade da situação e propor medidas que possam mitigar os efeitos negativos da falta de competitividade que acomete o setor

ROBERTO CAMINHA

As perspectivas da indústria gráfica no país para 2013 não são muito anima-doras, já que 2012 fechou em baixa. De acordo com o Boletim de Atividade In-dustrial preparado pelo Departamento Econômico da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Decon-Abigraf), em setembro de 2012, a produção do setor recuou 5,4% em relação ao mesmo mês de 2011.

Com 116 empresas filiadas, que atu-am em diversos campos, no Polo Indus-trial de Manaus, o Sindicato das Indús-trias Gráficas do Estado do Amazonas (Sindusgraf-AM) teve um faturamento de R$ 67.610.293, o que representou 0,14% de todo o faturamento do PIM

entre os subsetores da atividade indus-trial, em 2012, até o mês de novembro, de acordo com informações da Suframa. A média da mão de obra empregada pelo setor vem se mantendo estável nos últi-mos cinco anos, no patamar dos 700 tra-balhadores regulares.

Para o presidente do Sindusgraf-AM, Roberto de Lima Caminha Filho, no de-correr de 2013 ações serão realizadas para melhorar o desempenho do setor. “O Sindicato, junto com a Abigraf nacio-nal, vem mantendo contato com os po-deres Executivo, Legislativo e Judiciário no sentido de sublinhar a gravidade da situação e propor medidas que possam ajudar a mitigar os efeitos negativos da

falta de competitividade que acomete o setor”, disse Caminha.

Dentre os pleitos propostos pela en-tidade, em nível nacional, estão a inclu-são de toda a indústria gráfica entre os setores contemplados pela desoneração na folha de pagamento no âmbito do Pla-no Brasil Maior; a extensão da alíquota zero do PIS/Cofins para a atividade de impressão de livros no Brasil, uma vez que o livro é produto isento e já não paga as contribuições quando vendido ou im-portado; e a retirada de insumos da in-dústria gráfica da lista de 100 produtos que tiveram suas alíquotas de importa-ção elevadas pela Câmara de Comércio Esterior, a Camex.

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SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MASSAS ALIMENTÍCIAS E BISCOITOS DE MANAUS

A proposta é conquistar50% do mercado amazonense

O presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimen-tícias e Biscoitos de Manaus (Simabim), Américo Esteves, pro-prietário da Fábrica Modelo e 2º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), informa que em 2012 o segmento movimentou mais de R$ 40 milhões, em-pregando 1.300 profissionais diretos, sendo que ao incluir a participação de distribuidores, o setor gerou emprego e renda para 2.800 trabalhadores.

São apenas três empresas sindicalizadas na entidade de classe, porém o sindicato atua de forma participativa em bene-fício dos seis produtores de massas e biscoitos do Amazonas. Ao longo de 2012, deu-se continuidade às ações de adequação das normas básicas e técnicas de fabricação dos produtos, pa-

Estamos articulando a isenção do ICMS em energia elétrica, seguindo o exemplo do pedido aprovado do polo de duas rodas, papelão e plástico. Toda iniciativa desta gestão sindical tem como proposta viabilizar a ampliação do segmento e nossa participação no mercado local e da Região Norte

AMÉRICO ESTEVES

dronização da gramatura desses alimentos junto ao Instituto de Pesos e Medidas (Inmetro), e qualificação da mão de obra com oferta de cursos para seus profissionais.

Um dos pleitos conquistados em 2012 foi a alíquota da margem de valor agregado (MVA) dos produtos fabricados em outras unidades da Federação, que passou para 125%, e os pro-duzidos no Estado em 40%, dando maior competitividade aos produtos locais.

O sindicato insistirá nos pleitos pela aprovação do Processo Produtivo Básico (PPB) junto à Suframa, para biscoitos e mas-sas e pela alíquota zero no ICMS à cadeia de trigo. “Estamos articulando a isenção do ICMS em energia elétrica, seguindo o exemplo do pedido aprovado ao pólo de duas rodas, papelão e plástico. Toda iniciativa desta gestão sindical tem como pro-posta viabilizar a ampliação do segmento e nossa participação no mercado local e da Região Norte”, destacou o presidente do Simabim.

A visão das empresas sindicalizadas para este ano é con-quistar 50% da preferência do consumidor amazonense que hoje chega a 30%, bem como diversificar a produção de bis-coitos e massas com a perspectiva de impulsionar a venda de marcas regionais no comércio da capital e dos municípios.

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Polo Naval, uma perspectiva promissora para 2013

SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NAVAL, NÁUTICA, OFFSHORE E REPAROS DO AMAZONAS

O Sindicato da Indústria da Constru-ção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (Sindnaval) tem 50 empre-sas sindicalizadas e 22 não sindicalizadas. Em 2012, seu faturamento fechou em R$ 1.200.000,00, segundo estimativas feitas em novembro. De acordo com o presi-dente do Sindnaval, Matheus Araújo, a perspectiva mais promissora para 2013, é o Polo da Industria Naval do Amazo-nas (PINAM). “A Indústria Naval hoje é extremamente competitiva e agora com o olhar do governo, o PINAM, será para o Estado tão importante quanto o PIM”, disse.

Em 2012, foram mais 11 mil postos de trabalho. A previsão é de, até 2016, chegar

aos 20 mil empregos, e em 2025, 35 mil.Entre as realizações, o presidente

apontou a instalação da pedra funda-mental do Polo, prevista para o mês de fe-vereiro, a consolidação do trajeto de aces-so ao Polo Naval, a ser construído pelo Exército, e a conclusão da instalação do Linhão de Tucuruí, um dos dois maiores empreendimentos de linhas de transmis-são de energia em construção no país.

Matheus falou ainda sobre as pers-pectivas da conquista da licença ambien-tal do terreno e o EIA (estudo de impacto ambiental)/ RIMA (relatório de impacto ao meio ambiente) do Polo Naval. Des-tacou também a participação em grandes feiras internacionais como Naval Shere,

Amsterdã (Holanda), Expocomer (Pa-namá), além da Feira Internacional da Amazônia (FIAM). E a vinda do Estaleiro Damen, maior grupo de estaleiros da Eu-ropa, para Manaus.

O presidente ressalta que o Polo Na-val, hoje, é um projeto do governo e que cabe ao sindicato demandar as ações do setor. “Estamos trabalhando arduamen-te, precisamos sim do apoio de entidades como a FIEAM, SEBRAE, Suframa. En-fim, nosso foco para 2013, será a realiza-ção de ações políticas para fortalecimento do setor, buscando principalmente a ca-pacitação de mão de obra qualificada, por isso, contamos muito com a parceria do SENAI”, disse.

Estamos trabalhando arduamente. Precisamos, sim, do apoio de entidades, como a FIEAM, Sebrae e Suframa. Enfim, nosso foco para 2013 será a realização de ações políticas para o fortalecimento do setor, buscando principalmente a capacitação de mão de obra qualificada, por isso, contamos muito com a parceria do SENAI

MATHEUS ARAÚJO

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SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE MEIOS MAGNÉTICOS E FOTOGRÁFICOS DO AMAZONAS

De janeiro a novembro de 2012, o Polo Industrial de Manaus (PIM) produziu 3,7 milhões de DVDs, resultado 25,5% inferior à produção do mesmo período de 2011, conforme dados da Suframa. A queda está ligada à crescente pirataria, a novas tecnolo-gias e as constantes modificações na legisla-ção que regem este “modelo de desenvolvi-mento” . A situação do segmento de meios magnéticos instalados em Manaus pode ficar ainda mais complicada com a provável aprovação da PEC 123/2011, a “PEC da Mú-sica”, que tramita no Senado.

De acordo com o presidente do Sindi-cato das Indústrias de Meios Magnéticos e Fotográficos do Estado do Amazonas, Amauri Blanco, o setor vem perdendo competitividade nos últimos anos com a redução do faturamento e emprego, prin-cipalmente em razão da crescente pirataria, que vende produtos de baixa qualidade a preços abaixo do mercado, prejudicando toda a cadeia produtiva. O sindicato conta com sete empresas filiadas, cinco delas dos meios magnéticos (Sonopress, Microservi-ce, Sony DADC, Novodisc Digital Mídias da Amazônia e Videolar da Amazônia), que produzem CDs, DVDs e Blu Ray. Ko-

Pirataria é a grande ameaça para produção no PIM

dak da Amazônia e Fujifilm da Amazônia compõem o setor fotográfico.

Amauri diz que as perspectivas de cres-cimento para o setor são remotas e que a produção de CD e DVD só voltará a crescer se o governo federal agir com maior rigor contra a pirataria. “A concorrência natural com o advento de novas tecnologias, tais como baixar filmes e músicas pela Internet, iPODs., etc..., também afetam a produção industrial no PIM.. O Blu Ray, segundo ele, por ser produzido com tecnologia mais avançada, usando alta definição para pro-dução de imagem e até 3D, torna-se, pelo menos momentaneamente, mais difícil de ser pirateado. “A aprovação da PEC 123, que tramita no Senado vai acarretar o fim do segmento no PIM. A PEC da Música

que torna imune de tributos CDs e DVDs contendo fonogramas e videogramas de autores brasileiros, tira as vantagens com-petitivas que a “ZFM” oferece para que a produção industrial seja feita no PIM!

Segundo Amauri, o Governo do Estado tem dado todo o apoio necessário para o segmento de meios magnéticos se manter, no Amazonas, mas, caso a proposta seja aprovada, as indústrias deverão se ir se mudando, mais provavelmente para fora do País. De acordo com o presidente do sindicato, o setor é muito importante para o PIM, pois cada emprego gerado, é respon-sável pela manutenção de mais três pesso-as, além de empregos indiretos.

“Visando reduzir o impacto da crescen-te perda de competitividade, a Microservice e a Videolar decidiram fazer uma “cisão” nas respectivas produções de mídias óticas, fundindo em uma nova empresa denomi-nada AMZ – Midea Industrial S/A, e com isto diminuir custos redundantes e ociosi-dade de máquinas e equipamentos, mas é preciso que o Governo Federal tome outras medidas, para que este segmento não desa-pareça”, disse Blanco.

A aprovação da PEC 123/2011, que tramita no Senado, vai acarretar o fim do segmento no Polo Industrial de Manaus. A PEC da Música isenta de tributos CDs e DVDs contendo fonogramas e videogramas de autores brasileiros, mas não estende esse benefício ao processo de replicação industrial

AMAURI BLANCO

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dução exponencial da participação de pecas plásticas nos novos modelos a serem produzidos.

De acordo com o presidente do Sin-dicato das Indústrias de Material Plás-tico de Manaus (Simplast), Celso Zil-ves, o faturamento do setor, de janeiro a novembro, foi de R$ 3.123.990.181, o que correspondeu a 4,56% de todo o fa-turamento do PIM. O setor de plástico ainda ocupa a terceira posição em nú-mero de empregos diretos no parque industrial de Manaus.

Celso Zilves disse que o sindicato, em parceria com a Associação dos Fa-bricantes de Componentes da Amazô-nia (Aficam) está negociando com a Suframa e os Ministérios da Indústria e Comércio e Ciência e Tecnologia, além do Governo do Estado, o aumento da obrigatoriedade de regionalização de

Enquanto o Polo Moveleiro não vem

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MARCENARIA DE MANAUS

Mão de obra especializada, concorrên-cia com as lojas que importam os móveis acabados, financiamento para aquisição de equipamentos adaptados a novas tecnolo-gias e local para se instalar, são alguns dos problemas que dificultam o funcionamen-to das marcenarias instaladas em Manaus.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Marcenaria de Manaus, Antônio Feijão, o segmento pre-cisa se adequar às novas tecnologias e outras exigências do mercado. Segundo ele, já foi formalizada parceira com o SE-NAI para formação de marceneiros, mas está sendo difícil formar turmas por falta de interessados. “Os jovens estão bus-cando outras profissões e consideram a marcenaria uma atividade pesada”. Segundo Feijão, o mercado de móveis é dominado por lojas que vendem o produto

acabado e as marcenarias de Manaus não conseguem fechar contratos com essas lo-jas. Para Feijão, os aglomeradas colocados à venda não têm a mesma qualidade e du-ração que os produtos fabricados em Ma-naus pelas marcenarias. Ele disse ainda que

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE MATERIAL PLÁSTICO DE DE MANAUS

Com uma retração de 35% no fatu-ramento e desemprego na casa dos 22% em 2012, o setor de plástico do Polo In-dustrial de Manaus deverá enfrentar dificuldades no primeiro semestre des-te ano. A retração da oferta de crédi-tos para as motocicletas e as mudanças tecnológicas no segmento de TV LCD, Plasma e outros, provocaram uma re-

Medidas para retomar crescimento

peças produzidas pelo Polo Compo-nentistas de Manaus para os segmentos de duas rodas, ar-condicionado split, telefonia celular, receptor de sinal de satélite e outros.

“Essas medidas são necessárias para que o setor volte a crescer, a partir do segundo semestre de 2013. O Polo Plástico é formado por 123 empresas, sendo 13 verticalizadas, 18 de injeção plástica, 92 de plástico plano, extrusão plástica, pet, isopor, resinas compostas e reciclagem.

Segundo Celso Zilves, o Simplast conta atualmente com 43 empresas associadas e possui um parque de má-quinas e equipamentos moderno e tec-nologicamente atualizado para atender às demandas de todas as empresas do PIM que necessitam de peças e conjun-tos plásticos.

os marceneiros passaram a trabalhar por conta própria, comprando MDF (matéria-prima autorizada pela legislação composta por fibras de média densidade) nas lojas, e montam os móveis, portas, janelas em pe-quenas oficinas que não são regularizadas, e que entregam o produto ao consumidor por um preço até 30% mais baixo.

De acordo com o presidente do sindica-to, Roberto Almeida, as empresas de mar-cenaria não são convidadas para produzir os móveis para os apartamentos que estão sendo construídos em Manaus. Segundo Almeida, esses projetos são desenvolvi-dos por empresas que se instalaram em Manaus e que apenas são montados em Manaus. Ele disse que o segmento tem ex-periência de cerca de 40 anos e está em con-dições de atender com qualidade o merca-do consumidor.

Para Almeida, o microempresário do setor moveleiro precisa de mais atenção dos governos federal, estadual e municipal porque as exigências são muitas. O seg-mento tem apenas dez empresas filiadas ao Sindicato. “A saída é a construção do Polo Moveleiro com estrutura para o funciona-mento de uma escola de marcenaria, setor de secagem de madeira, show-room, além de empresas moveleiras”, disse.

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NATHANIEL LEMOS XAVIER DE ALBUQUERQUE

Um homem que viveu além do seu tempo

Gaitano Antonaccio

A sociedade amazonense atual, que não teve o prazer de conhecer um dos maiores empreendedores da Amazônia, não tem a menor

ideia da perda para a nossa região, com a morte do amazonense Nathaniel Lemos Xavier de Albuquerque.

Homem de invejável cultura, notável inteligência e intuição fora de série para criar e inovar as mais diversas atividades humanas, o senhor Nathan, como gostava que o tratassem, trouxe para o Amazonas tudo o que se criou em matéria de comércio e indústria nas décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980. A começar pelas lojas de departamentos, com uma cadeia de três dezenas de unidades abertas nos mais diversos locais de Manaus, invadindo o interior, o Grupo Moto-Importadora Ltda, sua criação, tornou-se responsável pela venda de todos os tipos de mercadorias de consumo do povo, dando início em Manaus ao sistema de crediário, com vendas por meio de duplicatas e outros documentos de crédito.

Criou empresas como uma fábrica de gelo cristal no meio do rio Negro, deu início ao sistema de recauchutagem de pneus, com a Hevea da Amazônia Ltda., adquiriu por compra a Fábrica de Guanará Baré, tornando o produto um dos mais saborosos na espécie, ingressou na comercialização de veículos, e fundou a Moto Honda da Amazônia Ltda. hoje, a maior indústria do Polo Industrial de Manaus. Trouxe o Novotel para Manaus, hoje o hotel que mais recebe ocupação de visitantes e empresários.

Os amazonenses devem ao empresário Nathan, uma parte importante da Zona Franca de Manaus, que com sua inteligência e prestígio trouxe a Manaus, figuras importantes do governo. Ele chegava a ser consultado por vários governadores amazonenses, a fim de opinar sobre textos de algumas leis criadas para o comércio e sempre era ouvido. Foi ele o responsável pela chegada em Manaus, de empresas como a Sharp do Brasil, Semp Toshiba, Beta S. A., algumas fábricas de relógios, cerveja antártica, e outras. Quando em Manaus não havia cimento para atender a demanda

das construções que mobilizavam a Zona Franca, foi o empresário Nathan que trouxe da Venezuela, o cimento necessário para atender a grande demanda de Manaus. O interior do Estado foi acentuadamente beneficiado pelos motores marítimos que a Moto-Importadora importava e fazia a entrega em domicílio para os caboclos do interior de todo o Amazonas. Atuando com os incentivos da Zona Franca de Manaus foi um dos mais importantes importadores de eletro eletrônicos, relógios de todas as marcas e produtos da melhor qualidade para atender turistas.

Sua vida perdeu o sentido, quando o filho primogênito Nathaniel Lemos Xavier de Albuquerque Filho foi vitimado num trágico acidente de trânsito, que o matou, quando o mesmo se preparava para assumir a direção da Moto-Honda da Amazônia, em verdade, um sonho do senhor Nathan, pois o mesmo sabia todas as peças que eram necessárias para fabricar uma moto, quando inaugurou sua fábrica. Era um exímio motociclista, desde muito jovem, com a sua Harley-Davidson.

Depois do desaparecimento do filho e por motivos de concorrência desleal, incompreensão de alguns órgãos de fiscalização que perseguiam as lojas da Moto-Importadora, deixando o austero empresário da Zona Franca de Manaus constantemente irritado, o senhor Nathan decidiu vender quase tudo que havia construído no Amazonas e transferir seu domicílio para o Rio de Janeiro, onde passou a fazer empreendimentos imobiliários e financeiros. Chegou ser eleito pela revista Exame, na década de 1980, como um dos sessenta cidadãos brasileiros, entre os mais ricos.

Sua esposa Munditha Xavier de Albuquerque havia morrido há quase 60 dias antes de sua morte, que ocorreu no dia 31 de dezembro de 2012, com 90 anos de idade, pois nasceu no dia 6 de agosto de 1922. A morte da querida mulher que o acompanhava em todas as suas empreitadas, na alegria e na tristeza, causou uma profunda tristeza ao marido, que vivia triste e sem ânimo para continuar sua luta diária. Trabalhou até à véspera de sua morte, no seu belo escritório localizado na rua Visconde de Pirajá, em Ipanema,

onde dava expediente diário. Nathan Albuquerque exercia atividade

agropecuária no interior do Estado do Amazonas, mantendo criação de gado no município de Iranduba, produzindo leite, manteiga e queijo, durante muitos anos. Era um homem amante do interior do Estado, chegando a escrever livros contando causos dos caboclos, de pescadores (era muito habilidoso com o anzol, pois gostava muito de pescar) e era estimado por todos que com ele conviviam.

Homem extremamente reservado, não era afeito a homenagens, não aceitava diplomas de honra, nem participava de festividades em que fosse centro das atenções. Escreveu vários livros, além dos dois que redigiu para homenagear o filho Nathaniel, mas não os lançava. Enviava alguns exemplares, a maioria encadernados, para amigos mais íntimos.. Depois da morte do filho ele se aproximou do médium Chico Xavier, porque se sentia aliviado na sua angústia, afirmando que se comunicava com o filho, por meio do famoso espírita.

Para viajar ao interior do Estado, cuidando de alguns negócios, ele mandou construir uma confortável lancha, dentro da qual existia um verdadeiro escritório modelo, de onde num misto de passeio, costumava trabalhar e atualizar informações através do Centro de Computação montado a bordo da mesma. Era assim o grande empresário. Nunca desperdiçava tempo, nem mesmo quando o tempo em alguns momentos não tinha para ele a menor importância. Era um exemplo de vida, de trabalho, um amigo que do alto de sua riqueza, não esnobava, não se ufanava e sua modéstia era maior do que sua fortuna.. Vivia dentro de uma filosofia de muita realidade, como deve viver todo ser humano.

Tenho guardadas em meus arquivos, centenas de cartas do Sr. Nathan, que representam um relicário de sabedoria e intelectualidade, com uma linguagem correta e invejável, de um homem que foi um dos mais sábios amazonenses que viveu, venceu, foi feliz e sofreu na região mais ingrata de se viver e ser reconhecido.

Que Deus conserve o Sr. Nathan

Gaitano Antonaccio

Artigo

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