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34 Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.6, n.6, p.34-49, jul/dez.2015 Incubadora de empresas de base tecnológica: qual o seu papel no apoio ao empreendedorismo? Adolfo da Silva Ferrari- Acadêmico do Curso de Administração/FGV do Centro Universitário Estácio Uniseb. Adriana Maria Christino de Souza- Mestre em Administração pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do Centro Universitário Estácio Uniseb. Resumo Este artigo traz como estudo a compreensão tanto das Incubadoras de Empresas quanto das Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica. Conceituando e classificando o perfil das incubadoras brasileiras e sua importância para o apoio ao empreendedorismo. Analisando o contexto organizacional encontrado, percebe-se um ambiente cooperativo e organizado, com compartilhamentos de recursos, espaços e conhecimentos, o que tem grande influência no desenvolvimento do empreendedorismo, contribuindo para o crescimento econômico e social. Os resultados abordaram o tema sobre como estas são estruturadas, além de apresentar os seus requisitos e o apoio ao desenvolvimento do empreendedorismo brasileiro. Palavras-chave: Empreendedorismo, Empreendedorismo no Brasil, Incubadora de empresas, Incubadora de base tecnológica. Abstract This article aims the study to understanding the Business Incubators as the incubators of technology-based firms. Conceptualizing and classifying the profile of Brazilian incubators and their importance for supporting entrepreneurship. Analyzing the found organizational context, we realized a cooperative and organized place, with resource shares, spaces and information, which has great influence on the development of entrepreneurship, contributing to economic and social growth. The results addressed the issue of how these are structured, besides present your requirements and supporting to the development of Brazilian entrepreneurship. Keywords: Entrepreneurship, Entrepreneurship in Brazil, Incubator of Enterprises, Incubators of technology-based firms.

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Incubadora de empresas de base tecnológica: qual o seu papel no

apoio ao empreendedorismo?

Adolfo da Silva Ferrari- Acadêmico do Curso de Administração/FGV do Centro Universitário

Estácio Uniseb.

Adriana Maria Christino de Souza- Mestre em Administração pela Universidade de São

Paulo (USP). Docente do Centro Universitário Estácio Uniseb.

Resumo

Este artigo traz como estudo a compreensão tanto das Incubadoras de Empresas quanto das

Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica. Conceituando e classificando o perfil das

incubadoras brasileiras e sua importância para o apoio ao empreendedorismo. Analisando o

contexto organizacional encontrado, percebe-se um ambiente cooperativo e organizado, com

compartilhamentos de recursos, espaços e conhecimentos, o que tem grande influência no

desenvolvimento do empreendedorismo, contribuindo para o crescimento econômico e social.

Os resultados abordaram o tema sobre como estas são estruturadas, além de apresentar os seus

requisitos e o apoio ao desenvolvimento do empreendedorismo brasileiro.

Palavras-chave: Empreendedorismo, Empreendedorismo no Brasil, Incubadora de empresas,

Incubadora de base tecnológica.

Abstract

This article aims the study to understanding the Business Incubators as the incubators of

technology-based firms. Conceptualizing and classifying the profile of Brazilian incubators and

their importance for supporting entrepreneurship. Analyzing the found organizational context,

we realized a cooperative and organized place, with resource shares, spaces and information,

which has great influence on the development of entrepreneurship, contributing to economic

and social growth. The results addressed the issue of how these are structured, besides present

your requirements and supporting to the development of Brazilian entrepreneurship.

Keywords: Entrepreneurship, Entrepreneurship in Brazil, Incubator of Enterprises, Incubators

of technology-based firms.

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Introdução

O empreendedorismo pode ser definido, segundo o dicionário Priberam da Língua

Portuguesa, como a “atitude de quem, por iniciativa própria, realiza ações ou idealiza novos

métodos com o objetivo de desenvolver e dinamizar serviços, produtos ou quaisquer atividades

de organização e administração”.

Aquele que realiza ações de empreendedorismo, é chamado então, de empreendedor. O

empreendedor é o indivíduo que possui tem uma visão a frente de sua realidade, é aquele que

identifica oportunidades e a partir disto, cria um negócio para capitalizar sobre suas ideias, e

que assume também, riscos calculados (DORNELAS, 2015). Em qualquer definição de

empreendedorismo, pode-se identificar, as seguintes características intrínsecas ao

empreendedor: iniciativa para criação de novo negócio e paixão pelo que faz; utilização dos

recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde

vive; e aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

A preocupação deste estudo reside no fato de haver diversos empreendedores com

dificuldades de concretizar suas ideias por falta de oportunidades e ferramentas adequadas. Este

estudo é de grande importância, pois a maioria dos fracassos de empreendedores com boas

ideias surgem pela falta de acompanhamento e recursos necessários. Identifica-se, então, a

necessidade do apoio ao empreendedor para o desenvolvimento de seu novo negócio, e é nesta

necessidade que emerge o papel das incubadoras de empresas.

Com a análise do contexto apresentado, pode-se chegar a problemática da presente

pesquisa: Qual é o papel das incubadoras de empresas de base tecnológica no apoio ao

empreendedorismo?

Diante desta problemática, o objetivo geral é analisar as características de uma

incubadora de empresas de base tecnológica no apoio ao desenvolvimento do

empreendedorismo. Para cumprir o objetivo proposto, realizou-se uma pesquisa a respeito de

uma incubadora de empresas de base tecnológica, situada no interior do estado de São Paulo.

A teoria estudada evidencia obras dos principais autores do tema, em seguida a

metodologia expõe como a pesquisa foi realizada. Os resultados e a análise são apresentados

na sequência. E, por fim, são apresentadas as conclusões do estudo.

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1 Quadro Teórico

1.1 Empreendedorismo

A palavra “Empreendedor” foi um termo utilizado pela primeira vez em 1725 pelo

economista Richard Cantillon que dizia ser empreendedor a figura que fosse capaz de assumir

riscos. Em 1871, Carl Menger, também economista, definiu que empreendedor é o indivíduo

que antecipa necessidades futuras. Em 1949, Ludwing Von Mises afirmou que empreendedor

é o tomador de decisões.

Para Schumpeter (1947), empreendedor é aquele indivíduo capaz de transformar uma

ideia qualquer em algo inovador bem-sucedido. Schumpeter também dizia que empreender é

conseguir criar algo novo na indústria e mercados, criando novos produtos e modelos de

negócio.

Atualmente, o empreendedorismo, quando relacionado a criação de um novo negócio,

pode ser definido como o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à

transformação de ideias em oportunidades. A perfeita implementação dessas oportunidades leva

à criação de negócios de sucesso. Existiram diversas definições de empreendedorismo ao longo

dos anos, talvez a que melhor reflita o espírito empreendedor seja a de Joseph Schumpeter:

“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos

produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos

recursos e materiais”. (SCHUMPETER 1975, apud DORNELAS, 2015, p. 28).

Tratando-se de empreendedorismo tecnológico, podemos observar algumas

particularidades em relação ao empreendedorismo tradicional que tornam tal processo de

criação mais difícil (FONSECA, 2000). As empresas de base tecnológica fazem, em geral, parte

de uma nova indústria e propõem ao mercado algum tipo de inovação, isto é, ainda não existe

no mercado uma base de conhecimento sólida para o tipo de produto ou ação que a nova

empresa está propondo. Em consequência, o processo de criação e de legitimação da nova

empresa torna-se mais difícil. Mais do que criar uma empresa, muitas vezes os empreendedores

tecnológicos precisam criar um novo mercado.

Trazendo o termo empreendedorismo para o contexto brasileiro, não podemos deixar de

destacar duas grandes entidades essenciais na consolidação do empreendedorismo em âmbito

nacional: SEBRAE e SOFTEX. Se faz necessário, então, analisar o surgimento do

Empreendedorismo no contexto brasileiro.

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1.2 Empreendedorismo no Brasil

No Brasil, o empreendedorismo iniciou na década de 1990, quando o SEBRAE (Serviço

Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a SOFTEX (Sociedade Brasileira para

Exportação de Software) foram criadas. Antes deste período, pouco se falava em

empreendedorismo ou em criação de pequenas empresas no Brasil. Era muito difícil encontrar

informações para ajudar na jornada empreendedora (DORNELAS, 2015). O SEBRAE é uma

das grandes entidades ao se tratar de apoio à criação de pequenas e médias empresas. Já a

SOFTEX foi criada com a ideia de levar as empresas de software do Brasil a outros países.

Para atender este objetivo, a SOFTEX criou programas de capacitação para os

empreendedores em gestão e tecnologia. Com projetos nas áreas de qualidade, investimentos,

internacionalização, inteligência e inovação, a SOFTEX, como Organização da Sociedade Civil

de Interesse Público (OSCIP), contribui de forma significativa para ampliar a competitividade

das empresas do setor e possui um papel estratégico no sucesso nacional e internacional dessas

companhias. (SOFTEX, 2016). Graças a essas empresas e esses projetos que o tema

empreendedorismo começou a despertar na sociedade brasileira.

Neste contexto, para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas (PMEs), é

necessário, a priori, um ambiente tecnologicamente ativo que favoreça o seu surgimento e

crescimento. Entretanto, faz-se necessário também um sistema de financiamento que atue no

sentido de estimular o desenvolvimento dessas empresas. Destaca-se a criação de empresas de

tecnologia avançada, cuja característica mais importante é o seu compromisso com pesquisa e

desenvolvimento (BAÊTA; VASCONCELOS, 2003). Vejamos, então, a importância das

incubadoras de empresas para o desenvolvimento do empreendedorismo.

1.3 Incubadora de Empresas

As incubadoras de empresas são instituições que auxiliam no desenvolvimento de micro

e pequenas empresas nascentes e em operação, que buscam a modernização de suas atividades

para transformar ideias em produtos, processos e serviços. Elas oferecem suporte técnico,

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gerencial e formação complementar ao empreendedor. A incubadora também facilita e agiliza

o processo de inovação tecnológica nos pequenos negócios (SEBRAE, 2016).

De maneira geral, as incubadoras oferecem espaço físico e serviços de escritório, apoio

administrativo, aconselhamento e consultoria gerencial e de marketing. É com base nesses

serviços que elas mantêm um ambiente de suporte, monitorando as atividades do negócio, o

que aumenta a chance de sucesso da empresa incubada, pois esse ambiente é favorável à

cooperação entre residentes para enfrentarem problemas comuns, como defeitos de

equipamentos e dificuldade na solução de um problema técnico.

Em 1987 foi criada a ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de

Empreendimentos Inovadores), órgão representativo das entidades gestoras de incubadoras de

empresas, polos e parques tecnológicos. Sua missão é representar e defender os interesses destas

entidades, promovendo tais modelos como instrumentos para o desenvolvimento do país e

objetivando a constante criação e fortalecimento de empresas baseadas no conhecimento

(STAINSACK, 2003). Abaixo vemos um quadro descritivo (Quadro 1) com a descrição do

apoio oferecido pelas incubadoras de uma forma geral.

Quadro 1: Apoio oferecido pelas incubadoras.

Infraestrutura Salas individuais e coletivas, laboratórios, auditório, biblioteca,

salas de reunião, recepção, copa cozinha, estacionamento.

Serviços básicos Telefonia e acesso web, recepcionista, segurança, xerox, acesso a

laboratórios especializados nas universidades e instituições

parceiras da incubadora, etc.

Assessoria Gestão empresarial e tecnológica, jurídica, apuração e controle de

custo, gestão financeira, comercialização de produtos e serviços,

marketing, exportação e assessoramento para o desenvolvimento

do negócio.

Qualificação Treinamento, cursos de capacitação, propriedade intelectual,

assinaturas de revistas, jornais e publicações.

Network Contatos de nível com entidades governamentais e investidores,

participação em eventos de divulgação das empresas, fóruns

As Incubadoras de empresas devem oferecer às empresas incubadas serviços e recursos

compartilhados, como por exemplo, instalações adequadas, infraestrutura administrativa

competente e operacional, tornando assim o ambiente das incubadas proativo ao nascimento,

desenvolvimento e consolidação do novo negócio embrionário.

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A comissão Europeia (European Commision, 2001) diz que há uma pequena brecha

entre concepção ou ideia de um negócio e a sua transformação em empresa e inclusão no

mercado. Durante sua fase embrionária, existe a necessidade de uma infraestrutura de apoio

que seja adequada aos futuros novos negócios, a qual é devidamente suprida pelas incubadoras

de empresas. Muitas, inclusive, dispõem de apoio financeiro às suas empresas incubadas.

O financiamento desses novos empreendimentos mostra-se como um fator crítico,

principalmente nos países emergentes. Zedtwitz (2003) desenvolve uma tipologia de

incubadoras de empresas não estática, ou seja, elas podem apresentar algumas características

que se sobrepõem umas às outras, conforme indicado no Quadro 2.

Quadro 2: Tipologias de incubadoras de empresas.

Tipos Principais Características

Incubadoras

Comerciais

Independentes

Emergem como resultado de atividades prospectivas desenvolvidas por

empresários ou empresas vinculadas ao capital de risco. Gozam de maior

liberdade para desenvolver seus próprios modelos de negócio. Orientadas

para o lucro, estas incubadoras se baseiam fortemente nas suas competências

internas e focam suas atividades em uma dada tecnologia, indústria ou região

(por exemplo, software de reconhecimento de linguagem; mercado japonês).

Incubadoras

Regionais

Geralmente estabelecidas pelos governos locais ou organizações com

interesses econômicos e políticos regionais similares, buscando prover

espaço e apoio logístico para os negócios iniciantes em uma dada

comunidade. Objetivam acoplar seus resultados aos interesses delineados

pelas políticas públicas: geração de empregos, aprimoramento da indústria

local, ou aprimoramento da imagem pública de uma dada região.

Incubadoras

vinculadas às

Universidades

Universidades podem ser consideradas berço de novas invenções/inovações

e tecnologia de ponta. Estas incubadoras podem, ou não, estar vinculadas a

parques tecnológicos já implantados – e atuam como laboratórios

desenhados para aprimorar e fortalecer a colaboração entre acadêmicos e

industrialistas.

Incubadoras

Intra-

Empresariais

Vinculadas às atividades de P&D, têm como principais objetivos lidar com

a descontinuidade tecnológica, incrementar a comunicações das funções

técnicas e corporativas, minimizar a inflexibilidade das estruturas

organizacionais e gerenciais, e aprimorar a habilidade de alinhar a visão de

longo prazo com as necessidades de curto prazo.

Incubadoras

Virtuais

Diferentemente das incubadoras tradicionais, as virtuais não oferecem

espaço físico ou apoio logístico. Buscam construir e fortalecer plataformas e

redes de acesso a empresários, investidores e consultores. Esta modalidade

tem sido considerada adequada para estágios de negócios muito iniciais e,

preferencialmente, vinculados às tecnologias de informação.

Fonte: Vedovello e Figueiredo (2005), baseado em Zedtwitz (2003).

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Quanto à classificação, as incubadoras podem ser de base tecnológica, tradicional,

mista, cultural, social, agroindustrial e de serviços. Os três primeiros tipos representavam, em

2005, 81% do total. Vale destacar que este percentual representa uma redução com relação ao

panorama 2003 e 2004, quando as incubadoras tecnológicas, tradicionais e mistas

representavam 97% e 92%, respectivamente (ANPROTEC, 2007). Com isso, pode-se dizer que

as incubadoras classificadas como cultural, social, agroindustrial e de serviços, estavam em

forte crescimento na época.

Inicialmente, as incubadoras estavam focadas apenas em setores intensivos em

conhecimentos científico-tecnológicos, como informática, biotecnologia e automação

industrial. Habitualmente denominadas incubadoras de empresas de base tecnológica, ou

incubadoras tecnológicas, tinham como propósito, assim, a criação de empresas com potencial

para levar ao mercado novas ideias e tendências tecnológicas. Atualmente, além do objetivo

inicial, elas têm o propósito de contribuir para o desenvolvimento local e setorial (ANPROTEC,

2012).

Gráfico 1: Quantidade de incubadoras de acordo com pesquisa direta da Anprotec em 2011.

Fonte: Elaborado pelo autor, com base em ANPROTEC (2012).

40%

18%

18%

2%

7%

7%8%

Setores de atuação das incubadoras brasileiras

TECNOLOGIA TRADICIONAL MISTA CULTURAL SOCIAL AGROINDUSTRIAL SERVIÇOS

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Em cerca de 25 anos de existência, o movimento das incubadoras brasileiras atingiu a

maturidade, entrando numa fase de profissionalismo e de qualificação do processo de gestão.

Atualmente, são 384 incubadoras em operação.

As incubadoras podem ser encontradas em diversos setores de atuação, divididos em

Tecnologia, Tradicional, Mista, Cultural, Social, Agroindustrial e de Serviços. Conforme o

Gráfico 1, pode-se identificar que as incubadoras do setor de Tecnologia são as mais

representativas no cenário brasileiro.

Quadro 3: Incubadoras em números - Brasil 2011

Descrição Totais para 384 incubadoras

Empresas incubadas 2.640

Empresas graduadas 2.509

Empresas associadas 1.124

Empregos nas empresas incubadas 16.394

Empregos nas empresas graduadas 29.205

Faturamento das empresas incubadas R$ 532.98.680,00

Faturamento das empresas graduadas R$ 4.094.949.476,92

Fonte: ANPROTEC (2012).

De acordo com a ANPROTEC, disseminar a cultura empreendedora, gerar novas

empresas, postos de trabalho e renda tem sido a meta do sistema brasileiro de incubação. Em

2011, a Associação registrou em seus quadros 384 incubadoras que são responsáveis por 2.509

empresas graduadas, faturam R$ 4,1 bilhões anuais e empregam 29.205 pessoas. As empresas

incubadas somam 2.640, com 16.394 postos de trabalho e faturamento de R$ 533 milhões,

conforme Quadro 3 (ANPROTEC, 2012).

1.4 Incubadora de Base Tecnológica

Atualmente, pode-se encontrar diversos tipos de incubadoras, com ou sem fins

lucrativos, privadas ou públicas, que por sua vez possuem características distintas, mas com a

mesma finalidade de apoiar e incentivar o empreendedor na abertura de novos

empreendimentos (ANPROTEC, 2005).

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Em uma conceituação menos objetiva, Vedovello e Figueiredo (2005) definem que

incubadoras de base tecnológica se diferenciam por voltarem sua atenção a empresas que

promovem inovação. Esse conceito é complementado por Patton, Warren e Bream (2009,

p.623), que definem a atividade de incubação de empresas de base tecnológica como a “que

liga de forma eficaz tecnologia, capital e know how para alavancar o talento empreendedor,

acelerar o desenvolvimento de novas empresas e, assim, a comercialização da tecnologia”. O

know how é um importante fator para estas empresas, pois está relacionado ao saber fazer e ter

conhecimento prático, conforme a Anprotec (2007).

Dentre vários modelos de incubadoras existentes, destaca-se as incubadoras de base

tecnológica, que são aquelas que recebem empresas com o foco na geração de produtos,

processos ou serviços provenientes de pesquisas aplicadas que representam alto valor agregado

(LAHORGUE, 2004).

O papel de uma incubadora de empresas é facilitar o processo de inovação tecnológica

nas Micro e Pequenas Empresas (MEPs), industriais, de prestação de serviços, de base

tecnológica ou de manufaturas leves, disponibilizando infraestrutura e suporte administrativo

necessário para o empreendedor (SEBRAE, 2009).

1.5 Papel das incubadoras de base tecnológica para o empreendedorismo no Brasil

Um fato que chamou a atenção dos envolvidos com o movimento de empreendedorismo

no mundo e, principalmente, no Brasil foi o resultado do relatório executivo de 2000 do Global

Entrepreneurship Monitor (GEM, 2000), em que o Brasil foi destacado como o país que possuía

a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o total

dessa população: 1 em cada 8 adultos.

Entretanto, dados do Sebrae revelam que 49,4% dos micros e pequenos negócios

desaparecem antes de dois anos de atividade. Essa percentagem sobe para 56,4% se o prazo for

de até três anos, e para 59,9% até quatro anos. Segundo a ANPROTEC, quando as empresas

passam pelo processo de incubação, esses índices se aproximam dos europeus e norte-

americanos.

Para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o processo de incubação

é um dos mais eficazes mecanismos de formação de empresas. Estatísticas norte-americanas e

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europeias confirmam isso: a taxa de mortalidade de empresas que passam por incubação é de

20%, enquanto entre as demais empresas vai a 70% (SENADO, 2016).

As empresas de alta tecnologia, por serem gerenciadas por pessoas com capacidade

técnica elevada, em geral não estão bem informadas sobre competências necessárias para operar

um negócio, como o conhecimento sobre marketing, contabilidade, recursos financeiros e

humanos (STUDDARD, 2006).

As incubadoras de base tecnológica se propõem a preencher essas lacunas de

capacitação dos gestores de empreendimentos tecnológicos e ajudá-los a enfrentar as barreiras

ambientais, de acordo com Andino, Fracasso, Silva e Lobler (2004).

Para que as carências dos gestores de empresas incubadas sejam supridas, observadas

as necessidades dos empresários, as incubadoras oferecem consultorias, assessorias, entre

outras formas de apoio. A incubação inicia-se com o processo de seleção, realização do

processo de incubação em si, passando pelo apoio administrativo e por último a graduação da

empresa do processo de incubação (WOLFFENBÜTEL, 2001).

Diante do cenário encontrado na bibliografia acerca do tema, no presente trabalho, o

objetivo principal é analisar as características de uma incubadora de empresas de base

tecnológica no que diz respeito ao apoio ao desenvolvimento do empreendedorismo. Para tanto,

realizou-se a pesquisa em uma incubadora de empresas de base tecnológica, situada no interior

do estado de São Paulo, cuja metodologia e resultados são apresentados na sequência.

2 Metodologia

A pesquisa realizada pode ser classificada, quanto aos meios, como Pesquisa

Bibliográfica e Pesquisa Documental, e quanto à utilização dos resultados, pode ser classificado

como qualitativo (GIL, 2002).

Os trabalhos científicos podem ser classificados por sua finalidade, de acordo com o

Objetivo Geral, como: exploratórios, descritivos e explicativos (GIL, 2002). Pelo fato do

objetivo do trabalho ser fundamentado em uma problemática da qual se tem pouco

conhecimento, o presente estudo pode ser classificado como exploratório.

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Ainda segundo o autor (GIL, 2002) diante desta classificação, define-se que os estudos

exploratórios integram a pesquisa bibliográfica, baseada em materiais já publicados, que podem

ser livros ou artigos científicos. A pesquisa bibliográfica possibilita, então, o acesso à

documentos e informações passadas, compartilhadas por outros estudiosos. O estudo

exploratório pode proporcionar maior familiaridade com a problemática, com o intuito de torna-

lo explícito ou construir hipóteses, além de possibilitar a análise dos variados aspectos do fato

analisado.

3 Resultados

A incubadora de empresas analisada no presente trabalho é de base tecnológica, situada

no interior do estado de São Paulo. A transferência de conhecimento é realizada por meio de

atividades variadas, devido ao ambiente de inovação presente no local.

A sua criação é proveniente de um convênio realizado entre a Secretaria de

Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, a

Prefeitura Municipal da cidade em que está situada, e a Universidade de São Paulo. Diante

destes dados, pode-se identificar a forte participação e estímulo do estado na criação desta

incubadora.

A estrutura física da incubadora conta com uma área aproximada de 378 mil m², e desta

metragem, 150 mil m² são destinados à instalação de empresas. Identifica-se o grande

investimento em infraestrutura para acolhimento dos empreendedores.

Dentre os setores citados acima, podem se instalar nesta incubadora Centros de

Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação; grandes empresas inovadoras de base tecnológica; as

empresas oriundas de pesquisas universitárias; empresas relacionadas ao oferecimento de

serviços tecnológicos e de capacitação; e as empresas facilitadoras para as atividades da

incubadora.

O empreendedor pode se tornar incubado ao ser aprovado em um processo seletivo, que

são divulgados por meio de editais. Esta forma de ingresso mostra a transparência e seriedade

do processo de seleção dos empreendedores. Estes empreendedores e suas empresas, sejam

estas Startups, empresas internacionais, ou empresas já consolidadas, passam por avaliação do

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seu potencial de inovação, sejam estes de produtos ou serviços. A forma de ingresso reforça a

segmentação do perfil da incubadora, que possui o foco em base tecnológica.

Os editais para seleção dos empreendedores são realizados de forma separada, de acordo

com três áreas presentes na incubadora: Incubadora, Centro de Negócios e Lotes. Para a seleção

de incubados, são realizados dois editais ao ano, em que os empreendedores podem se inscrever.

O comitê técnico-científico da incubadora avalia a proposta de negócio dos empreendedores,

este comitê é composto por especialistas e pelo Conselho da incubadora.

As empresas que já são consolidadas no mercado ou são graduadas em incubadoras,

podem pleitear uma vaga no Centro de Negócios da incubadora estudada. Para poder instalar-

se em uma das salas disponíveis, o empreendedor irá participar de um processo de concorrência,

momento em que é avaliado o potencial tecnológico do negócio.

Além disto, esta incubadora tem o projeto de em um futuro próximo, selecionar

empreendedores que desejem se instalar nos lotes que ela possui em seu parque tecnológico.

A incubadora estudada na presente pesquisa possui importante papel junto aos

empreendedores, por ser caracteristicamente, como já citado, uma incubadora de startups,

empresas consolidadas e empresas internacionais, todas de base tecnológica.

Possui extrema relevância na região em que está situada, por apoiar a criação de novos

negócios, por fornecer assessoria aos empreendedores incubados, disponibilizar infraestrutura

de alto nível para o desenvolvimento do negócio, além de oferecer assessoria, capacitações e

networking.

O objetivo principal da incubadora é atuar junto aos empreendedores, com o intuito de

disponibilizar as ferramentas e soluções para a criação, desenvolvimento e aprimoramento de

suas incubadas, relacionados aos aspectos de gerenciamento, de gestão de pessoas,

mercadológicos e tecnológicos.

A influência da incubadora é vista como positiva no desenvolvimento socioeconômico

da cidade e região. Pelo fato dela estar relacionada à expansão de áreas tecnológicas, do

desenvolvimento de startups e de possibilitar novas oportunidades de emprego para a

comunidade.

Como nesta pesquisa o foco está relacionado com a Incubadora de empresas de base

tecnológica, foi possível levantar que esta pode possuir um papel muito importante no apoio ao

empreendedorismo, principalmente no que tange as empresas de base tecnológica.

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A incubadora estudada possui um tipo de modalidade para cada fase da empresa a ser

incubada:

Quadro 4: Modalidades de acordo com a fase da empresa incubada

Pré-

residência

(Open Space)

Destinado aos empreendedores que necessitam de reestruturação do

Modelo de Negócios, captação de recursos, viabilização de operações,

formalização do empreendimento, realização de testes e da finalização

do protótipo do produto, além do desenvolvimento de seus serviços.

Período de permanência de até 36 meses.

Residência Ideal para empreendedores ou empresas que tenham conhecimento da

tecnologia, com condições de dominar o processo de produção, capital

mínimo assegurado e um modelo de negócios bem definido. Período

de permanência de 36 meses, que pode ser prorrogável por mais 12

meses).

Associação Para empresas já constituídas que atuam em negócios de base

tecnológica. Não precisam de espaço físico na incubadora, mas estão

interessadas no apoio e serviços prestados pela incubadora para o

desenvolvimento dos seus negócios. Também é necessário ter

potencial para desenvolver parcerias com as empresas já incubadas.

Período de permanência de 12 meses, que pode ser renovado

anualmente por tempo indeterminado.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Analisando as informações levantadas com relação a incubadora estudada, pode-se

vincular ao que foi pesquisado no referencial teórico, reforçando o papel da incubadora no apoio

às empresas de base tecnológica incubadas, que consequentemente, traz resultados positivos

para o desenvolvimento do empreendedorismo no contexto brasileiro.

Considerações Finais

Esta pesquisa propôs analisar as características de uma incubadora de empresas de base

tecnológica no apoio ao desenvolvimento do empreendedorismo. Para cumprir o objetivo

proposto, realizou-se uma pesquisa a respeito de uma incubadora de empresas de base

tecnológica, situada no interior do estado de São Paulo.

Ao seu término, pôde-se observar que as incubadoras de empresas podem ser

consideradas como ambiente seguro para o empreendedor. Permite a obtenção das citadas

competências, com resultados extremamente interessantes como o aumento do ciclo de vida das

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suas empresas incubadas, ampliação da interação com o setor empresarial, com as universidades

e na otimização da aplicação de recursos. Para tanto, incubadoras de empresas de base

tecnológica desenvolvem focos geradores de tecnologias e de empresas, em parceria com

investidores, permitindo que os produtos idealizados pelos empreendedores possam vir a ser

realidades industriais e comerciais, chegando ao consumidor com qualidade.

A pesquisa demonstrou também que as micro e pequenas empresas encontram nas

incubadoras auxílio para se inserir e manter-se competitivas em seu mercado. Quanto ao

empreendedorismo, foi possível perceber que os empreendedores são peças essenciais no

desenvolvimento da região ou país onde se encontram, pois são detentores de ideias inovadoras

e disposição para correr riscos.

Portanto, ao final desta pesquisa, após a análise do contexto apresentado, pode-se

responder a problemática apresentada, que buscou analisar o papel das incubadoras de empresas

de base tecnológica no apoio ao empreendedorismo. Sendo assim, conclui-se uma incubadora

de empresas de base tecnológica possui papel essencial no desenvolvimento econômico e social

da região e do país em que está situada.

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