IN THE MINE - Edição 58

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EXPOSIBRAM AS RESPOSTAS DA INDÚSTRIA PARA SUPERAÇÃO DA CRISE BIOLIXIVIAÇÃO RECUPERAÇÃO E PRÉ-TRATAMENTO DE MINÉRIOS Ano X | 2015 | Nº58 | R$ 25,00 PERSONALIDADE ISSAMU ENDO, O NOVO E A TRADIÇÃO NA DIREÇÃO DA UFOP GEOQUÍMICA CPRM LIBERA DADOS HISTÓRICOS DO QUADRILÁTERO FRONT DE INVESTIMENTOS Avançam os projetos de implantação, expansão ou retomada de minas de ouro, vanádio, minério de ferro, níquel, fosfato e carvão

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DESTAQUES DA EDIÇÃO MAPEAMENTO GEOQUÍMICA CPRM inicia liberação de dados digitais, com amostras do do Quadrilátero ARTIGO ECONOMIA Perfil, potencial e perspectivas da mineração em Goiás MERCADO EMPRESAS Haver & Boecker e Hazemag Minerals: cooperação em soluções de britagem SUSTENTABILIDADE BIOLIXIVIAÇÃO Alternativa para aproveitamento de minérios marginais, polimetálicos e de baixo teor TECNOLOGIA EXPOSIBRAM Novidades nos estandes e nos corredores da feira em BH (destaque) ANUÁRIO DA MINERAÇÃO REGIONAL Os principais projetos minerais de Norte a Sul do país, região por região, e sua fase de desenvolvimento atual. Levantamento destaca o aumento de aquisições por empresas internacionais e processos de implantação, ramp up ou produção com início ainda este ano ou no decorrer de 2016 PERSONALIDADE ENTREVISTA Issamu Endo tem uma trajetória de 35 anos na Escola de Minas, da Universidade Fe

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EXPOSIBRAMAS RESPOSTAS DAINDÚSTRIA PARA SUPERAÇÃO DA CRISE

BIOLIXIVIAÇÃORECUPERAÇÃOE PRÉ-TRATAMENTODE MINÉRIOS

Ano X | 2015 | Nº58 | R$ 25,00

PERSONALIDADEISSAMU ENDO,O NOVO E A TRADIÇÃO NA DIREÇÃO DA UFOP

GEOQUÍMICACPRM LIBERA DADOS HISTÓRICOSDO QUADRILÁTERO

FRONT DE INVESTIMENTOSAvançam os projetos de implantação, expansãoou retomada de minas de ouro, vanádio, minériode ferro, níquel, fosfato e carvão

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PERSONALIDADEENTREVISTAIssamu Endo tem uma trajetória de 35 anos na Escola de Minas, daUniversidade Federal de Ouro Preto – UFOP (MG) e desde 2013 é seu diretor.Ele já estruturou a área administrativa e agora reformula o planejamentoestratégico. Os passos seguintes são amodernização curricular, a implantação de técnicas inovadoras de ensino e aprendizagem e a melhoria da infraestrutura física e laboratorial. Nestaentrevista exclusiva a In The Mine, eleassegura aos vestibulandos deste ano queencontrarão ali uma Escola “que olha

para o futuro semesquecer a

tradição”.

10MAPEAMENTOGEOQUÍMICACPRM inicia liberação de dados digitais, com amostras do Quadrilátero

MERCADOEMPRESASHaver & Boecker e Hazemag Minerals: cooperação em soluções de britagem

SUSTENTABILIDADEBIOLIXIVIAÇÃORecuperação de metais e pré-tratamento de minérios

ARTIGOECONOMIAPerfil, potencial e perspectivas da mineração em Goiás

TECNOLOGIAEXPOSIBRAMNovidades nos estandes e nos corredores da feira em BH

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DESTAQUES DA EDIÇÃO

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EDITORIAS - INTHEMINE

MINEPROSPECÇÃO Alto teor de ouro em Juruena

MINEAGENDA Seminário de Terras Raras, no Rio

MINEMARKET Metso: linha Faço para fertilizantes

LEGISLAÇÃO Rejeitos e estéreis no direito brasileiro

GEOLOGIA Drone Show: novas opções de VANTs

EMPRESAS Mercúrio confirma fábrica em Marabá

MINEINSIGHT Prospectos para investimento

PERFIL Operadores de equipamentos

GALERIA O parque da ardósia galesa

20 ANUÁRIO DA MINERAÇÃO REGIONAL

EXPOSIBRAMAS RESPOSTAS DAINDÚSTRIA PARA SUPERAÇÃO DA CRISE

BIOLIXIVIAÇÃORECUPERAÇÃOE PRÉ-TRATAMENTODE MINÉRIOS

Ano X | 2015 | Nº58 | R$ 25,00

PERSONALIDADEISSAMU ENDO,O NOVO E A TRADIÇÃO NA DIREÇÃO DA UFOP

GEOQUÍMICACPRM LIBERA DADOS HISTÓRICOSDO QUADRILÁTERO

FRONT DE INVESTIMENTOSAvançam os projetos de implantação, expansãoou retomada de minas de ouro, vanádio, minériode ferro, níquel, fosfato e carvão

Os principais projetos minerais de Norte a Sul do país,região por região, e sua fase de desenvolvimentoatual. Levantamento destaca o aumento de aquisiçõespor empresas internacionais e processos de implan-tação, ramp up ou produção com início ainda este anoou no decorrer de 2016

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A revista In The Mine - Gestão de Processos e Tecnologia para Mineração, é uma publicaçãobimestral da Facto Editorial, dirigida aos profis-sionais e empresas das áreas de Mineração, Meio Ambiente e Equipamentos. Redação ePublicidade - Pereira Estéfano, 114 - cj 911/912,CEP 04144-070 - São Paulo (SP). Editor eJornalista responsável Wilson Bigarelli (MTB20.183) - [email protected]. RedaçãoTébis Oliveira (Editora de Sustentabilidade e NovosProjetos), Fernanda Mendes, Haroldo Aguiar eRicardo Gonçalves - [email protected]ógrafos Betho Rocha, Gildo Mendes eMarcelo Vigneron. Ilustradores Heder e MoacyrVasquez. Edição de arte Hiro Okita. Assistênciade arte Diva Maddalena. Diagramação MônicaBiasi. Tratamento de imagem Américo Freiria.Publicidade Odair Sudário (gerente comercial) -Tels.: Novo (11) 3477-6768 e 3479-0627 [email protected]. Tiragem 10 mil exemplares

REDAÇÃOComentários, dúvidas, sugestões, críticas e informações sobre o conteúdo editorial da In The Mine e mensagens para a seção MINE MAIL - [email protected]ência:Rua Pereira Stéfano, 114, cj 911/912 São Paulo (SP) - 04144-070Tel.: (11) 3477-6768

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LICENCIAMENTOPara licenciar o conteúdo editorial da In The Mine em qualquer mídia, ou fazer reprints das páginas da revista, o e-mail é: [email protected]. Nenhum material pode ser reproduzido de qualquer forma sem autorização por escrito.

www.inthemine.com.br M I N E M A I L

A P A L A V R A D O E D I T O R

TRAGÉDIA NÃO ANUNCIADAEste editorial deveria falar dos destaques da edição. Em especial, do

Anuário Regional de Mineração, com os projetos do setor que, a muito custo e tenacidade,prosseguem com suas atividades de exploração, implantação ou ampliação.

Ou do professor Issamu Endo, engenheiro geólogo que dirige a Escola de Minas da UFOP(Universidade Federal de Ouro Preto) há dois anos tendo como meta manter a instituiçãocomo o centro de excelência que sempre foi, aliando sua tradição de 139 anos aos novosdesafios de inovação e sustentabilidade.

Também poderíamos falar das tecnologias de ponta apresentadas durante aExposibram’2015, um evento que mais uma vez demonstrou como a mineração brasileira temse empenhado em uma trajetória contínua de desenvolvimento e eficiência.

Em que pesem essas boas notícias, cabe aqui expressar, o quanto antes, nossa soli-dariedade às vítimas do acidente ocorrido nas barragens de Fundão e Santarém, na Mina deGermano, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG), em 5 de novembro último. As causasda tragédia não estão esclarecidas, inclusive porque há outras prioridades a serem tratadasno momento. Como a busca por desaparecidos, a assistência aos desabrigados, a contençãodos riscos ao desabastecimento de água, a limpeza da lama e a remoção dos escombros.

No entanto, sabe-se que as duas estruturas rompidas possuíam Licença de Operação con-cedida pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (SUPRAM), órgão que asfiscalizou em julho último atestando suas condições de segurança. Sabe-se também dohistórico da Samarco, pautado pelo compromisso com a sustentabilidade de suas operações.Até por esses fatos, espera-se a apuração ampla e irrestrita das causas do acidente. Há algode muito errado quando uma obra de engenharia torna-se um risco imponderável, impre-visível e tão lastimável assim.

Tébis Oliveira, [email protected] Editora de Sustentabilidade e Novos Projetos

mineeditorial

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Leitor Envie dúvidas, críticas e sugestões para: [email protected]

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DRONESO que mais gosto na In The Mine sãoas coisas novas que vocês vão pro-duzindo. A nossa mineração se movemuito lentamente. Quando depende deregulamentação do governo aí é sentarna cadeira, porque a coisa vai longe.Enquanto isso, o Brasil vai perdendoespaços. Parabéns, continuem falandode drones, de tecnologia e dando vozesa universidades, estudantes e até aosoperadores que agora vocês cismaramde entrevistar. O novo certamente virádaí. Vão em frente, que tem muitagente torcendo por vocês. AntonioCarlos Severo - Campinas (SP).Vamos em frente juntos, AntonioCarlos. Wilson Bigarelli (editor)

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Posts mais clicados• Informe da CPRM revela descoberta de fosfato no Piauí• Simpósio de Rochas Ornamentais da Paraíba• Feira da indústria cerâmica no Paraná• Metso amplia foco no mercado de fertilizantes• Semana de inovação Suécia-Brasil inclui setor mineral• Paranapanema lucra R$ 186,4 milhões• Governo de São Paulo reduz imposto na mineração de areia• JCB completa 70 anos com celebração global• Carajás garante recorde de produção da Vale no 3T15• A operação da sua vida

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ESTATÍSTICAS MINERAISO renomado consultor e professor da Universidadede Queensland, na Austrália, Tim Napier-Munn,lançou sua nova obra “Methods for MineralEngineers: How to Design Experiments and AnalyseData” (numa tradução livre, “Métodos Estatísticospara Engenheiros de Minas: Como consolidarexperiências e informações analíticas”). O livro re-vela uma boa parte dos 38 anos de experiência de

Napier-Munn e seu contato com cerca de 2000 estudantes e profis-sionais da mineração e metalurgia. jkmrc.uq.edu.au/

RESÍDUOS SÓLIDOS“Gestão Contemporânea de Resíduos Sólidos”, livroorganizado por Raimundo Pires Silva, aborda acomplexidade da destinação do lixo em especial nacidade de São Paulo (SP), utilizando visões e textosde diferentes autores. A obra trata dos impactosgerados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos,com uma abordagem mais simples e com poucostermos técnicos, mostrando os destinos mais ade-quados e o futuro na gestão do lixo. institutomacuco.com.br/index.html

M I N E B O O K S

Por Ricardo Gonçalves

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� ALTO TEORNovos testes promovidos pela Crusader Resources no pro-jeto Juruena, localizado em Alta Floresta (MT), indicaram apresença de alto teor de ouro. As amostras na intersecçãode 3 m foram de 161 g/t de ouro, a partir de 101 m. Nacomposição de 4 m, foram apresentadas intersecções deaté 12 m com teor de 35,13 g/t, a partir de 99 m. A esti-mativa total para os três alvos do projeto é de 1,3 Mt, comteor de 5,6 g/t e produção de 234 mil oz de ouro.

� UFA, FINALMENTEA Lipari Mineração recebeu do Ministério de Minas eEnergia (MME) uma portaria de lavra de diamante para oprojeto Braúna, em Nordestina (BA). “É mais um passochave para a nossa mina. Sua publicação é de extremaimportância para a execução do planejamento do empreen-dimento, especialmente para a manutenção do cronograma

de operação e produçãocomercial, programado parao primeiro trimestre de2016”, afirma Ken Johson,presidente da Lipari. A mine-radora aguarda agora ape-nas a concessão da Licençade Operação.

� CARVÃO GAÚCHOAs obras para a viabilização da operação da mina de carvãoSeival, em Candiota (RS), a 375 km da capital Porto Alegre(RS), serão iniciadas em abril de 2016. A CopelmiMineração desenvolverá o complexo, focando no abasteci-mento de carvão para a usina termelétrica (UTE) Pampa Sul(Miroel Wolowski), da Tractebel Energia, que teve suas obrasiniciadas recentemente. Os investimentos para a reaberturada mina Seival, que operou entre 1985 e 1995, devem atin-gir R$ 103 milhões.

� SAMARCO E UFOPDurante o Fórum de Ciência e Tecnologia Escola de Minas(FCTEM), a Samarco assinou um Protocolo de Intençõescom a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), formali-zando uma parceria entre a empresa e instituição de ensi-no. O objetivo é estimular a troca de conhecimento e odesenvolvimento de novas tecnologias, com um programade concessão de bolsas e financiamento de pesquisas demestrado, entre outras atividades.

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M I N E P R O S P E C Ç Ã O

Por Ricardo Gonçalves

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mineagenda

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� WEALTH FROM WASTE“Em tempos em que a mineração se vê fortemente pressionada a atingir asmetas de rentabilidade, converter resíduos em riqueza não é uma opção. Ésimplesmente uma condição sine qua non do atual negócio de exploração derecursos naturais”. Quem lembra é Henry Manzano, CEO para a AméricaLatina da Tata Consultancy Services (TCS), empresa líder em serviços de TI,consultoria e soluções de negócios. Leia em http://bit.ly/1Mc72r7 suas dicaspara “converter resíduos em lucro, ou lixo em riqueza”: wealth from waste.

� CADEIA DE SUPRIMENTORaquel Saldanha é a nova gerente de Supply Chain da Klüber Lubrication noBrasil. A executiva chega à empresa com a missão de ampliar o sucesso nosprocessos de saída de produtos para os clientes e de entrada de matérias-primas e outros materiais do processo produtivo e corporativo da empresa.Com 17 anos de experiência na área, Saldanha já atuou em empresas comoVale e Ingersoll Rand.

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SEMINÁRIO DE TERRAS RARAS26 e 27 de novembro, no Rio de Janeiro (RJ).

cetem.gov.br/

VITÓRIA STONE FAIR16 a 19 de fevereiro de 2016, em Serra (ES).

vitoriastonefair.com.br/site/2016/pt/home

DIREITO MINERÁRIO4 a 6 de abril de 2016, em Brasília (DF).

direitominerario.org.br/

ROCHAS ORNAMENTAIS10 a 13 de abril de 2016,

em João Pessoa (PB).

srone-simin2016.com.br/site/

SIMPÓSIO DE OURO E PRATA17 e 18 de maio de 2016, em Lima, no Peru.

simposium-del-oro.snmpe.pe/

M I N E A G E N D A M I N E M A R K E T

Por Ricardo Gonçalves

� PEÇAS E TREINAMENTOA John Deere expandiu seu Centro deDistribuição de Peças para a América do Sul, de40 mil m² para 74,5 mil m², e inaugurou umCentro de Treinamento em Campinas (SP), paracapacitação de concessionários, distribuidores,funcionários e clientes. Os investimentos fazemparte de um plano da empresa de médio a longoprazo no Brasil e em outros mercados sul-ame-ricanos. Já foram investidos mais de US$ 200milhões nos últimos cinco anos.

� VP DA BRAZIL MINERALSGisele Souza foi contratada pela BrazilMinerals e anunciada como a nova vice-presidente da mineradora. Sua base ficaráem Montes Claros (MG), a cerca de 95 kmda mina de ouro e diamante Duas Barras,localizada em Olhos d’Água (MG) – cujaoperação foi retomada há um mês, apósrenovação da Licença de Operação pormais quatro anos. A executiva ficará emcontato direto com órgãos do Governo ereguladores, além degrandes compradoresde areia e argamassada região de MontesClaros.

M I N E W E B

NOVA CARACompletando 24 anos de atuação, a TGM lançou seu novo site institucional, juntamente com um blog, mais moderno e interativo. O projeto foi dividido em cinco categorias: Corporativo, Turbinas,Transmissões, Serviços e Soluções.http://www.tgmvocesabia.com.br/2015/pt/

ALDEVEROficializando e completando a troca de nomede Glenmark Capital para Aldever Resources,a junior company, detentora de projetos de urânio e ouro, lançou o seunovo website. http://www.aldever.com/

ICARAÍMineradora Icaraí, que possui projetos de calcário na região do Meio-Norte, lança site remodelado e mais interativo.http://www.mineradoraicarai.com.br

APPs

� LINHA FAÇODe olho no Brasil, quarto maior mercado de fer-tilizantes do mundo e com potencial de cresci-mento, a Metso decidiu concentrar suas solu-ções sob a marca FAÇO. “Reunimos produtosque podem ser aplicados nessa indústria e queestão agregados em três áreas, que são as demineração, processamento de fertilizantes emisturadores”, explica Carlos Ivan Equi, vice-presidente da área de Sistemas no Brasil.

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minelegislação

A “propriedade” dos rejeitos e estéreis damineração é assunto que sempre gerapolêmica em razão da ausência de norma-tização. Rejeitos e estéreis não são produ-tos da lavra. São sobras decorrentes doprocesso de aproveitamento do minério.Enquanto estão nesta condição, são consi-derados sem viabilidade econômica.Também não podem ser classificados como“outros recursos minerais” de que trata oart. 176 da Constituição da República.

Os estéreis e rejeitos não podem ser apro-veitados economicamente antes de seremincorporados às reservas aprovadas peloDNPM. Portanto, o minerador não pode serconsiderado proprietário dos rejeitos eestéreis, no sentido de propriedade expos-to pelo art. 1.228 e seguintes do CódigoCivil. Melhor, então, concluir que os rejei-tos e estéreis produzidos pelo mineradorpermanecem na sua esfera jurídica até queo vínculo se extinga.

Feita esta introdução, pode-se listar algu-mas diretrizes do regime jurídico dos esté-reis e rejeitos no Direito Minerário brasi-leiro:

(i) O titular do direito minerário tem direi-to de aproveitar os rejeitos e estéreis

decorrentes de sua atividade enquantoo direito minerário estiver em vigor;

(ii) Após encerradas as atividades combaixa no direito minerário (aí já consi-derando a inexistência de necessidadede monitoramento da pilha de estérilou barragem de rejeitos que faria odireito minerário permanecer ativo),este material se incorporará ao solo e,como tal, será considerado. Seu apro-veitamento, então, se submeteria àsregras gerais dos requerimentos dedireitos minerários;

(iii) Os rejeitos e estéreis, ainda que depo-sitados em área de servidão mineralfora da poligonal do direito minerário,não entram na esfera jurídica do titularde outro direito minerário eventual-mente outorgado sobre a servidãomineral;

(iv) A Servidão Mineral não marca priori-dade, mas o DNPM deve intimar o seutitular para se manifestar sobre reque-rimentos de terceiros que interfiram naServidão, antes de outorgar direitominerário sobre ela.

(I) A normatização sobre a proprie-dade dos estéreis e rejeitos deve serfeita por lei. A sequência ao estudodar-se-á na próxima edição.

1 WILLIAM FREIRE é advogado formado pela UFMG. Professor de Direito Minerário. Autor de vários livros sobre Direito Minerárioe Direito Ambiental, dentre eles o Código de Mineração Anotado, o Comentários ao Código de Mineração, o Direito AmbientalBrasileiro e o Gestão de Crises e Negociações Ambientais. Publicou mais de 100 artigos e proferiu dezenas de palestras sobreDireito Minerário, inclusive no exterior. É Árbitro da CAMARB, CAMINAS e Diretor do Departamento do Direito das Minas eEnergia do Instituto dos Advogados de Minas Gerais. Fundador do IBDM — Instituto Brasileiro de Direito Minerário.

Por WilliamFreire 1 PROPOSTA DE

NORMATIZAÇÃO (I)REGIME JURÍDICO DOS REJEITOS E ESTÉREIS NO DIREITO BRASILEIRO

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minemapeamento

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BANCO GEOQUÍMICO DIGITALPor Tébis

Oliveira

A CPRM (Serviço Geológico do Brasil) começa a disponibilizaratravés da plataforma Geobank GIS (http://geowebapp.cprm.gov.br/Viewer WEB) dados do projeto “MapeamentoGeoquímico do Quadrilátero Ferrífero e seu Entorno” (Fig. 01),em Minas Gerais. Realizado entre o final de 2008 e 2012, o pro-jeto inclui a coleta de 1.125 amostras de concentrados de mine-rais pesados (Fig. 02), 3.668 de sedimentos ativos de corrente(Fig. 03) e 943 de solo (Fig. 04), totalizando 15 folhas na escala1:100.000 e cobrindo 45 mil Km2 em 170 municípios do estado.

Segundo o diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM,

Roberto Ventura Santos, “ainda que a densidadede amostragem seja de semidetalhe e a regiãodo Quadrilátero Ferrífero possa ser consideradauma província mineral madura, os resultados doprojeto demonstram a existência de oportunida-des exploratórias ainda pouco trabalhadas pelasempresas mineradoras”. Para ele, ainda, a inte-gração desses dados aos de outros projetos jáliberados pela estatal pode incentivar a retoma-da dos investimentos em pesquisa mineral noBrasil.

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CPRM passa a disponibilizar, em plataforma digital, dados geoquímicos de amostras coletadas desde os anos 1970. Primeiro lote é do Quadrilátero Ferrífero

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Fig.01: Mapeamento Geoquímico nos 170 municípios do Quadrilátero Ferrífero. Fig.02/03/04: Coleta de 1.125 amostras deconcentrados de minerais pesados, de 3.368 de sedimentos ativos de corrente e de 943 de solo

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O emprego da nova plataforma digital permite odownload integral dos dados geoquímicos e deseus relatórios analíticos. Caso esses dadostenham sido utilizados em projetos desenvolvi-dos pela CPRM, os respectivos relatórios tambémserão disponibilizados no site da empresa. Paraos próximos meses está prevista a divulgaçãodos projetos geoquímicos do Rio Grande do Sul,Seridó, Vazante e Fosfato Brasil.

Consistência e validação

Desde a década de 1970, a CPRM desenvolvediversos projetos de cartografia geológica emetalogenia, que buscam inserir em seu contex-to uma amostragem geoquímica sistemática. Até2002, esses levantamentos geoquími-cos resultaram na coleta de 361.417amostras, na área continental e na pla-taforma marinha. Dessas, 359.981 –entre amostras de solo, sedimentos ati-vos de corrente, concentrados deminerais pesados, rochas, minériosdiversos, água e até mesmo algumasde vegetação - já tiveram seus resulta-dos analíticos publicados no Geobank(banco de dados da companhia).

No entanto, a imprecisão das basescartográficas existentes à época exige,hoje, a consistência de muitas dessasamostras em termos locacionais, assim como avalidação de suas análises. Até o momento, cercade 50 mil amostras – 13,8% do total - foram vali-dadas. Outro problema é a grande quantidade deamostras antigas com relatórios ainda em papel,que precisam ser digitalizados. A partir de 2003,foram coletadas outras 130.342 amostras que,somadas às anteriores, atingem o montante dequase 500 mil unidades. A dificuldade de consis-tir e validar os dados é o que justifica sua libera-ção progressiva pela CPRM no Geobank GIS,explica Ventura.

Coleta e análise

A coleta de amostras é feita em projetos executa-dos pela CPRM, por equipes próprias ou terceiri-zadas, segundo procedimentos pré-definidos paragarantir sua realização de forma sistemática ehomogênea e com a aplicação regular de contro-les de qualidade na amostragem e analíticos. Atéos anos 1990, as análises químicas eram efetuadasno LAMIN, laboratório da própria empresa.

Com o advento de novas técnicas, como a Fluorescência deRaios X (FRX) e a Espectrometria de Plasma Induzido (ICP),laboratórios contratados por licitação passaram a realizar o tra-balho, em especial no caso de amostras com altos teores demetais, como o emprego de métodos como o Fire Assay eAbsorção Atômica. As informações de campo (metadados),caracterizando o local e as condições de amostragem para cadaponto de coleta, são armazenadas no banco de dados e corre-lacionadas aos resultados analíticos recebidos do laboratório.

Fragmentos pulverizados e duplicatas das amostras brutas, porsua vez, são integrados ao acervo das litotecas da CPRM, que jáconta com cerca de 370 espécimes. “Esse material também estásendo organizado e catalogado, o que permitirá que se realizeminvestigações futuras sem a necessidade de novas coletas emcampo, ampliando as análises antigas efetuadas, em sua maio-

ria, para poucos elementos químicos e atravésde técnicas menos sensíveis que as atuais”,diz Roberto Ventura Santos.

Novos depósitos

Apesar de seu elevado potencial mineral,similar ao de países como o Canadá e aAustrália, por exemplo, a observação diretada ocorrência de mineralizações é dificultadamuitas vezes, no Brasil, pelo elevado grau deintemperismo característico de territórios tro-picais. Nesse cenário, a exploração geoquí-mica é fundamental, não apenas para a iden-tificação de novos depósitos minerais como

também para a elaboração de estudos hidrogeológicos eambientais.

Para Ventura, a divulgação de informações geoquímicas pelaCPRM auxiliará na delimitação de áreas naturalmente enrique-cidas (anômalas) em elementos químicos de interesse para aindústria no território brasileiro, evidenciando as regiões maisfavoráveis a ocorrências minerais. Os dados brutos, consistidose validados também devem permitir que as empresas de explo-ração mineral, em particular, usem critérios próprios para seuprocessamento e interpretação, inclusive a partir de sua utiliza-ção, de forma integrada, com informações geológicas, geofísi-cas, de sensoriamento remoto e geocronologia.

O programa de amostragem, preparação e análise de amostrasgeoquímicas e de rocha é contínuo desde 2003. Em 2015, estãosendo desenvolvidos projetos em todas as regiões do país e,para 2016, está programada a coleta de cerca de 10 mil amos-tras de sedimentos de corrente e concentrados de mineraispesados. Também serão coletadas amostras de rocha e minériodentro dos projetos de Avaliação dos Recursos Minerais doBrasil em curso, inseridos na terceira fase do Programa deAceleração do Crescimento - PAC.

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mineempresas

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HAVER & BOECKER EHAZEMAG MINERALS

A Haver & Boecker, líder mundial em soluçõesde processamento mineral, tais como fabricaçãode peneiras vibratórias, sistema de lavagem emalta pressão, discos pelotizadores, soluções deensacamento e despacho e fabricação e forneci-mento de telas, para peneiramento, filtragem,medição e arquitetura, entre outros serviços,anuncia uma cooperação com a HazemagMinerals, líder em tecnologia e design de brita-dor de impacto. As empresas fecharam um acor-do de colaboração estratégica para o mercado daAmérica Latina.

O acordo consiste em oferecer para a área deprocessamento mineral não só a venda dos equi-pamentos para britagem, moagem, secagem etransporte, mas também um programa de pós-venda, no qual, o cliente terá serviços de assis-tência técnica, peças de reposição, reforma emodernização de máquinas feitos pela Haver &Boecker. E esses serviços valem não somentepara os novos compradores, mas para os clientesque já possuem máquinas da Hazemag Minerals.

“Temos a certeza que ao oferecer ao mercado omais alto padrão em soluções técnicas para oprocessamento mineral, aliadas a um extenso econsolidado programa de serviços, estamos aten-dendo os crescentes requisitos e necessidadesvindos do mercado, reafirmando assim nossa tra-dição de qualidade e visão de longo prazo deambas as companhias”, afirma Paula Wright,Gerente de Marketing da Haver & Boecker.

Ou seja, baseadas nas necessidades de seusclientes, as empresas decidiram se unir para ofe-recer uma solução completa na área de britagempara os consumidores. “Os 40 anos de experiên-cia e a confiança dos clientes no trabalho daHaver e em sua qualidade, permitem dar supor-te aos clientes Hazemag Minerals”, revela PaulaWright.

“A Haver & Boecker tem todo um histórico detradição. Essa colaboração estratégica para ofere-cer manutenção e assistência técnica vai aoencontro do que pensa a Hazemag Minerals,fazer o atendimento de maneira exemplar”, fina-liza a gerente.

A Haver & Boecker é uma empresa brasileira decapital alemão, subsidiária da Haver & BoeckerDrahtweberei und Maschinenfabrik, que tem suasede na cidade de Oelde, região da Westfalia,Alemanha. Dedicada ao desenvolvimento desoluções de ensacamento e despacho, processa-mento mineral e telas metálicas, de poliuretano,de borracha, hibridas e autolimpantes, há demais de 125 anos, a Haver & Boecker prima poratender as necessidades de seus clientes que seespalham nos seis continentes, com mais de 50filiais e 150 representantes em todo o mundo.Com um vasto portfólio de serviços e equipa-mentos que consegue atender diferentes merca-dos, incluindo cimento, material de construção,alimentos e ração animal, química, petroquímica,mineração, laboratórios, entre outros.

Empresas fecham acordo de colaboração estratégica para venda e assistênciatécnica de equipamentos de britagem

Cooperação incluiequipamentos e pós-venda

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POTENCIALEM STAND-BY

Por RicardoGonçalves

A primeira edição do Drone Show Latin America,feira realizada em São Paulo (SP) entre os dias 28e 29 de outubro, mostrou como a regulamenta-ção do uso dos Veículos Aéreos Não Tripulados(VANTs) é necessária o quanto antes. A expecta-tiva é de que a Agência Nacional de Aviação Civil(ANAC) aprove e divulgue a regulamentação atéo fim deste ano.

Nas mineradoras, o interesse já é grande, com apossibilidade de se utilizar os VANTs, por exem-plo, no mapeamento de alvos, monitoramentode estoques de minério e rastreamento de equi-pamentos dentro da mina. No entanto, aspectoscomo a própria legislação e o fato de ser umatecnologia relativamente nova, ainda geram algu-ma hesitação na contratação. Apesar disso, asfabricantes desenvolvem equipamentos cada vezmais inovadores, também de olho na mineração,um dos mercados mais promissores.

O Grupo Engemap, por exemplo, que já prestaserviços para algumas mineradoras, como aAnglo American e a AngloGold Ashanti, estevena feira com a marca Sensormap. A companhiaapresentou o modelo SX8, totalmente em fibrade carbono e com sistema de mapeamentoembarcado. O diferencial do equipamento é aautonomia de 60 minutos e seu sistema SAAPI-V,que pode vir com uma câmara de até 36 mega-pixels (MP). Isso permite um mapeamento topo-gráfico de alta precisão. “Oferecemos tanto oequipamento quanto os serviços”, afirma RobertoRuy, diretor da Sensormap.

A Santiago & Cintra destacou seus VANTs comantena RTK, que diminui consideravelmente otempo de voo para levantamento topográfico. Aempresa levou para a feira os modelos TrimbleUX5, com autonomia de 50 minutos, e SenseFlyeBee, com autonomia de 45 min. Não necessitam

Assim que regulamentação para VANTs sair, mineradoras devem investir fortemente nessa nova tecnologia

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minegeologia

Roberto Ruy eRicardo Menossi,do GrupoEngemap, e Diego Almeida, daSantiago & Cintra

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de pilotos. O lançamento do primeiro é feito por catapulta e o dosegundo, manual, devido ao peso de apenas 630 g. “A mineradoraganha em agilidade e segurança. O equipamento pode fazer a cole-ta de pontos críticos mais rápido e acaba com a necessidade de umoperador caminhando pela mina”, relata Diego Almeida, gerente deVendas da Santiago & Cintra. A empresa tem pelo menos um distri-buidor autorizado em cada estado do Brasil.

A Gyrofly lançará em 2016 a mesma antena RTK. “Cada foto feita játraz latitude, longitude e altitude. É um ganho em produtividadeconsiderável, devido à precisão das informações. Muitas vezes,empresas perdem muito tempo mapeando e coletando os pontosperfeitamente”, diz Gustavo Penedo, diretor da Gyrofly. “Empresasque não tiverem um veículo desses, em breve já estarão ultrapassa-das”. A parte eletrônica é toda desenvolvida em São José dosCampos (SP).

A novidade da Xfly Brasil é a portabilidade. A empresa desenvolveutodos os frames dobráveis, sem precisar de nenhuma ferramenta.“Nosso VANT cabe num case portátil, de 75 cm de altura por 25 cmde diâmetro”, conta Youngster Lucas, sócio proprietário da XflyBrasil. O objetivo prioritário da empresa na feira era de fazer novoscontatos. “Fomos bastante procurados por topógrafos, cartógrafos egeógrafos”.

Os dois destaques da Futuriste, empresa do mesmo grupo que a RioDrones, foram os modelos de alta performance Vortex e Pegasus. OVortex, parcialmente feito em impressora 3D, pesa 3 kg e tem 40min de autonomia. “Os diferenciais são nosso preço, 30% menorque a média dos concorrentes e com o dobro da autonomia paraveículos do mesmo porte”, relata Leonardo Minucio, diretor opera-cional da Futuriste. Já o Pegasus tem um payload de até 26 kg e umaautonomia de 70 min. “O preço chega a ser até 40% menor”.

O mesmo diferencial vale para a Hórus Aeronaves, que destacou omodelo autônomo ISIS. “Comparado a um concorrente internacio-nal, nosso preço chega a ser quatro vezes menor”, afirma FabrícioHertz, diretor de Gestão e Planejamento da Hórus. “Além disso, oISIS é totalmente produzido em fibra de carbono e temos um siste-ma de assistência técnica personalizado”.

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Fabrício Hertz, da Hórus

Gustavo Penedo, da Gyrofly Youngster Lucas, da Xfly Brasil

Leonardo Minucio, da Futuriste

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mineempresa

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NOVAS FRONTEIRAS

A Correias Mercúrio, maior fabricante de correias transporta-doras do país, e a maior da América do Sul se consideradas ascorreias de cabo de aço, é 100% brasileira, acaba de completar70 anos de atividades, e está investindo R$ 100 milhões emnova planta, em Marabá (PA), com inauguração confirmadapara 2016, que irá adicionar inicialmente 7 mil t/ano à capaci-dade de produção de 16 mil t da tradicional fábrica da empre-sa, em Jundiaí, no interior de São Paulo.

“Muita gente diz que estamos loucos em confirmaro investimento, em um momento como este comtantas indefinições no país. Mas pelo menos anossa estratégia está perfeitamente definida”,explica o CEO, Fausto Eduardo Bigi. E o objetivoé claro: expansão, consolidação da liderança nomercado nacional e ampliação da presença nospaíses vizinhos.

No plano interno, a nova fábrica irá atender, cominegáveis ganhos logísticos, as regiões Norte,Nordeste e Centro-Oeste. “Hoje, temos que per-correr um trecho de mais de dois mil quilômetrospara levar uma correia até Carajás”, diz LeonardoSales, diretor comercial. “Em Marabá, estaremos em posiçãoprivilegiada para atender não somente a mineração, mas váriossegmentos de mercado”.

“Será uma planta completa, com moderno sistema de gestão eprodução (Lean Manufacturing), da matéria-prima ao produtofinal’, explica Bigi. Com isso, diz ele, a fábrica paulista, quehoje opera no seu limite, poderá dedicar-se aosdemais estados e clientes do Brasil, e ampliar alinha de produtos para esses mercados, incluindoo sul-americano. Tanto que já está sendo estrutu-rado em Jundiaí um Centro de Distribuição eLogística e um destino da produção certamenteserá o Chile, onde a Mercúrio acaba de inauguraruma subsidiária própria, com equipe local, aMercúrio Conveyor Belt.

A Correias Mercúrio chega ao mercado chileno eaposta na expansão de produção e mercados, dizDalton Hubert Clermont, diretor técnico e indus-trial da empresa, porque está certa de contar com

uma linha de produtos atualizada tecnologica-mente e customizada para várias aplicações,com atributos específicos, como resistência aoimpacto, abrasão, ao óleo, altas temperaturas echamas, por exemplo. “Esse é o nosso grandediferencial: foco em projeto, desenvolvimento efabricação exclusivamente de correias. Correiascom tecido de aramida, mais leves e resistentes

ao impacto, um dos mais recentesdesenvolvimentos dessa indústria,por exemplo, há três anos jáfazem parte de nossa linha”

Fornecedora de correias para osprincipais fabricantes de sistemastransportadores com aplicação emdiversos setores, como na minera-ção, siderurgia, indústria cimentei-ra e agricultura, é a Mercúrio,quando se trata de correias, quematende o usuário final, com repo-sição e pós-venda – incluindo trei-namento e manutenção, em seus

três níveis: inspeção, intervenções preditivas ecorretivas.

Ou seja, é a Correias Mercúrio, enquanto fabri-cante, a quem cabe o suporte a esse compo-nente em particular do sistema transportador.Em todo o ciclo de vida útil da correia. A

empresa, inclusive, acaba delançar uma nova versão (dispo-nível para download em seusite) do seu “Manual Técnico deCorreias Transportadoras”, járeferencial entre profissionais eestudantes. No trabalho decampo, a ênfase é o trabalhopreventivo, com a disseminaçãode técnicas de escaneamento decabos de aço, ultrassom e inspe-ção visual junto a equipes deempresas especializadas ou dospróprios clientes.

Mercúrio mantém programa de expansão, confirma inauguração de nova fábrica em Marabá em 2016 e abre subsidiária no Chile

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Por Wilson Bigarelli

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O HARDOX ECONOMIZA ENERGIA E RECURSOS A CADA VIAGEM, A CADA CARGA, TODAS AS VEZES Aço é pesado e requer muita energia para ser produzido.

Por isso que é importante usar o mínimo possível, sem sacrificar

a resistência e o desempenho.

Um exemplo: A caçamba de caminhão. A redução de peso

proveniente do uso do Hardox em vez de aço comercial pode

ser traduzida em uma maior capacidade de carga de 10% ou

mais. Isso é equivalente à remoção de um em cada dez

caminhões das nossas estradas, economia de combustível

e redução das emissões na mesma proporção.

O Hardox também aumenta a vida útil da caçamba muitas

vezes em comparação com o aço comercial, exigindo muito

menos aço a ser produzido durante a vida útil do caminhão.

E quando a caçamba finalmente atinge o fim de sua vida útil,

ele pode ser 100% reciclado em novos produtos fortes e que

economizam energia.

As vantagens do Hardox em relação ao ganho de resistência

e redução de peso entram em jogo em muitas outras áreas,

como a construção, reciclagem e mineração. Produzir o Hardox

é a nossa contribuição para um mundo mais forte, leve e

sustentável mundo - seja qual for a aplicação.

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mineinsight

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COBREESMERALDAS

Empresa

Sede

Atuação

Prospecto

Localização

Tipo de mineral

Aplicação

Titular

Técnico Responsável

Área

Início

Processos n°s

Estágio Atual

Reservas

Logística da região

E-mail

Contato

Obs.: Os dadosinformados emcada prospectosão de inteiraresponsabilidadeda empresadeclarante.

Itagem Comércio, Importação e Exportação Ltda

Bahia (BA)

Exploração de pedras preciosas

Esmeraldas

Sossego, em Anagé – BA

Berilo em pegmatitos

Mercado de gemas

Itagem Comércio, Importação e Exportação Ltda

Eng°s Geólogos Alexandre Barbosa e Leonardo Souza

76 ha

1989

970.858/1989

Concessão de Lavra

5,9 Mt de pegmatito e 1,5 Mt de esmeralda lapidável

550 km de Salvador e 60 km de Vitória da Conquista (BA)

[email protected]; [email protected]@clgeo.com.br

(35) 99171-9702 (Alexandre); (31) 98925-1575 (Leonardo)

Empresa

Sede

Atuação

Prospecto

Localização

Tipo de mineral

Aplicação

Titular

Técnico Responsável

Área

Início

Processo n°

Estágio Atual

Recursos Indicados

Logística da região

E-mail

Contato

MMG Mineração

Bahia (BA)

Extração de cobre, chumbo, zinco e outros minerais não metálicos

Cobre

Uauá – BA

Malaquita

Industrial

MMG Mineração Manancial Group

Eng° Geólogo Alexandre Barbosa

2.490,23 ha

2011

Conjunto de 3 áreas: 874.497/2011, 874.498/2011, 874.499/2011

Autorização de Pesquisa, c/pedido de GU e Licença Ambiental em andamento

Estimadas em 50MT@2%Cu, em profundidade até 5 m

5 km da BR-116 e a 450 km do Porto de Aratu (BA)

[email protected]; [email protected]

Alexandre Barbosa: (35) 99171-9702

PROSPECTOS PARA INVESTIMENTO

Por TébisOliveira

Colaboração:Leonardo

Souza, diretorda CLgeo

Soluções emGeologia eMineração

A Itagem Comércio Importação e Exportação estávendendo seu prospecto de esmeraldas (beriloem pegmatitos) sediado em Sossego, na cidade deAnagé, a 550 km da capital Salvador e a 60 km deVitória da Conquista. O empreendimento contacom concessão de lavra e o cálculo de reservas daárea de 76 km indica a existência de 5,9 milhõesde toneladas de pegmatitos, com 1,5 mil toneladasde esmeralda lapidável.

No caso da MMG Mineração Manancial Group, oprojeto atualmente em fase de pesquisa mineral,

tem como escopo a extração e o beneficiamentode cobre em uma área total de 2.490,23 ha, loca-lizada em Uauá, outro município baiano. O pros-pecto fica a 5 km da BR-116 (Rodovia SantosDumont) e a 450 km do Porto de Aratu (BA). Comautorização de pesquisa, a empresa já requereu aGuia de Utilização ao DNPM (DepartamentoNacional de Produção Mineral) e trabalha para aobtenção do licenciamento ambiental. As reservasminerais estimadas são da ordem de 50 milhõesde toneladas de cobre, com teor de 2% de cobrecontido, em profundidade de até 5 m.

Itagem coloca à venda prospecto com concessão de lavra para esmeralda na Bahia. Outra oportunidade, no mesmo estado, é o prospecto de cobre da MMG Mineração

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minesustentabilidade

RIQUEZAS A SEREM CATALISADAS

Por RicardoGonçalves

Amplamente utilizada na mineração em outrospaíses, como Austrália, África do Sul e Canadá, abiolixiviação é uma tecnologia que utiliza rotasbiotecnológicas para a recuperação de metaispresentes em minérios oxidados e sulfetados, nafase de solubilização, ou para o pré-tratamentode minérios e concentrados. De acordo com oMIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts),a biolixiviação é utilizada em mais de 20% dasminerações de cobre de todo o planeta. NoChile, estima-se que 30% do volume total decobre minerado no Chile passa pelo processobiotecnológico. Na China, a Eldorado Gold con-segue uma recuperação de 93 a 94% de ouro naplanta de Guizhou.

No Brasil, ainda prevalecem métodos tradicionaise falta um trabalho consistente de P&D no país.

“Além disso, as indús-trias e as universidadespossuem uma relaçãorelativamente distante, oque dificulta a comuni-cação entre elas”, afirmaRafael Ferreira, CEO daItatijuca Biotech. Criadaoficialmente em 2014, aempresa tenta reverteresse quadro. Conta comuma equipe de seis pro-

fissionais, 50% deles com doutorado, e consulto-res renomados, como Denise Belaviqua, doutoraem Biotecnologia pela Univer-sidade EstadualPaulista (UNESP) e viúva de Oswaldo Garcia Jr,considerado o “pai” da biolixiviação na AméricaLatina – pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB),Garcia foi o primeiro especialista do mundo a pro-duzir urânio utilizando o processo biotecnológico.

Hoje, a empresa é a única a realizar o trabalhocom biolixiviação no país. No caso, o produto sechama BioMIDAS. Sem contar a Vale que recente-mente, desenvolveu, em paralelo, uma pesquisasobre a biolixiviação na extração de cobre conti-

do em minérios não processados na mina doSossego, em Canaã dos Carajás (PA).

Métodos de Aplicação – Há duas formas para aaplicação da biolixiviação na mineração. Umadelas se dá com custos muito mais baixos, nocomissionamento de uma planta, partindo dozero. Dessa forma, não há necessidade de umaplanta de ácido sulfúrico para o processamentomineral, pois as próprias bactérias utilizadas pro-duzem o ácido. São as chamadas Acidithiobacillusferrooxidans e Acidithiobacillus thiooxidans, ino-fensivas aos humanos. Esse método otimiza todaa operação, reduzindo gastos para a mineradora epossibilitando um licenciamento ambiental maissimples. Além disso, o processo ainda consomeCO2.

A outra forma de aplicação se dá numa planta jáem operação. Neste caso, um módulo de biolixi-viação é instalado. É um projeto de engenhariamuito menos complexo. Uma parceria foi fechadarecentemente com a Pöyry, pensando na experti-se da empresa no planejamento, comissionamen-to e gerenciamento de plantas, no start-up. “APöyry será o braço de engenharia da Itatijuca e,certamente, iremos cooperar na prospecção denovas oportunidades”, relata Marcelo Xavier, dire-tor de Mineração da Pöyry.

A estratégia da Itatijuca Biotech tem sido marcarreuniões com CEOs e diretores das mineradoraspara conseguir apresentar seus benefícios e de queforma as empresas podem otimizar suas opera-ções. “Buscamos companhias de qualquer porte.Em outros casos, são elas que nos procuram.Somos especialistas em soluções com enxofre edominamos o processo de separação na metalur-gia”, detalha Ferreira. “É importante ressaltar quetodos os metais sofrem lixiviação. exceto o ouro,no qual a biolixiviação remove os interferentes(enxofre, cianicidas e matéria carbonácea) expon-do o ocluso, permitindo que seja recuperado commenor custo por meio de cianetação".

Biolixiviação, desconhecida por muitas mineradoras no Brasil, traz benefícios na recuperação de metais ou no pré-tratamento de minérios e concentrados

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ANUÁRIO DA MINERAÇÃO REGIONAL

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Por: Tébis OliveiraArte: Moacyr MW

Os principais projetos mineraisde Norte a Sul do país, regiãopor região, e sua fase de desen-volvimento atual. Levantamentodestaca o aumento de aquisi-ções por empresas internacio-nais e processos de implanta-ção, ramp up ou produção cominício ainda este ano ou nodecorrer de 2016

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REGIÃONORDESTE

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REGIÃONORTE

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REGIÃOSUDESTE

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REGIÃOCENTRO-OESTE

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Os primeiros registros da mineração no estadode Goiás datam da segunda metade do séculoXVII. Por volta de 1665, foram descobertas asprimeiras ocorrências de ouro e o auge da explo-ração se deu entre 1725 e 1778, período no qualse estima uma produção total de ouro em tornode 50 toneladas. Em 1749, “Goyaz”, que perten-cia à capitania de São Paulo, se tornou indepen-dente. Algumas fontes estimam que, nesse perío-do, a produção possa ter atingido cerca de 100toneladas. A atividade minerária gerou um fluxomigratório para Goiás e Mato Grosso e contri-buiu para a expansão das fronteiras do Brasil.Entretanto, somente a partir da segunda metadedo Séc.XX, a mineração apresentou um novociclo de crescimento, favorecido pelas novas tec-nologias, melhoria da infraestrutura e desenvol-vimento de um mercado para os bens minerais.

Na década de 1960 foi criada a Metais de Goiás - METAGO(1961) e implantado o DNPM, em Goiânia (1969). Em 1967,surge em Minaçu a primeira mina de grande porte do estadooperada pela SAMA – Minerações Associadas, focada na extra-ção de amianto. Entre 1975 e 1982 observou-se um saltoexpressivo na mineração no estado, com a implantação dosprojetos de grande e médio porte de fosfato, nióbio eníquel/cobalto (vide tabelas 1 e 2). Em 1989, foi iniciado o pri-meiro projeto de grande portede ouro que resultou naimplantação da MineraçãoSerra Grande, atualmente ope-rada pela Anglogold Ashanti.Consolidava-se, assim, um rele-vante polo minerador emGoiás com todos os seus bene-fícios, apoiando a transição deuma economia agrária parauma incipiente e firme indus-trialização (indústria minero-metalúrgica, cerâmica e agríco-la/pecuária).

Com a reduzida rentabilidadedo setor mineral em nível mun-dial, na década de 90 houveforte redução dos novos proje-tos e expansões, além da redu-ção da pesquisa mineral.Somente na década seguinteiniciou-se a recuperação impul-sionada pelo incrível crescimen-to da China, atendendo à suapolítica de urbanização e inves-

PERFIL DA MINERAÇÃO EM GOIÁS Por MathiasHeider

timento em obras e infraestrutura. Com isso,uma série de investimentos em novos projetos eexpansões de plantas já existentes resultaram emum expressivo crescimento do setor de minera-ção no estado e no Brasil.

Cita-se o exemplo do níquel que atingiu, em2007, valores recordes alcançando a cotação deUS$ 55 mil por tonelada. Outras commoditiesminerais produzidas em Goiás também forambastante valorizadas como o cobalto, cobre,ouro, fosfato, nióbio, fortalecendo o setor noestado e trazendo uma série de benefícios paratodos os agentes envolvidos (empresas, funcio-nários, fornecedores, consultorias, governo, etc.),além da elevação da arrecadação de tributos.Em 2012, somente a CFEM (CompensaçãoFinanceira pela Exploração de RecursosMinerais) relativa a Goiás atingiu a cifra de R$74,4 milhões, posicionando o estado como 3ºmaior produtor mineral em termos de valores.

Atualmente, o setor mineral goiano é compostopor 712 concessões de lavra, 1.219 licenciamen-tos e 374 concessões para água mineral (Figura01). No que tange à pesquisa mineral são 4.489alvarás de pesquisa, 1.219 licenciamentos e 1.337

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Mathias Heider éEngenheiro deMinas doDNPM/Sede

Figura 1: Mapa Direitos Minerários Goiás (Out/2015)

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pedidos de alvarás. Com base nas informaçõesdo RAL (Relatório Anual de Lavra), existem cercade 416 minas ativas e regulares em produção emGoiás. A diferença entre o número de conces-sões de lavra outorgadas e a quantidade deminas em produção se deve a projetos não ini-ciados, em fase de implantação, paralisados, sus-pensos por ordem judicial, por inviabilidade eco-nômica momentânea, com pendência de infor-mação de dados no RAL ou, ainda, projetos fina-lizados/exauridos.

Dentre os bens minerais não metálicos explorados no estado deGoiás, além do amianto, destaca-se a esmeralda em CamposBelos e o aproveitamento do quartzito em Pirenopólis, comexpressiva geração de empregos diretos e indiretos nas suasregiões. Os minerais empregados na cadeia produtiva da cons-trução civil (agregados, argilas/cerâmicas e calcário/cimento)atendem as necessidades regionais e ainda geram excedentespara outras regiões (principalmente o DF – Distrito Federal). Oparque de água mineral e termais (Caldas Novas) é outro pontoforte. Observa-se um bom potencial para a bauxita e umapequena produção de manganês.

Empresa

SAMA

Cimpor

Anglo American Nióbio

Anglo American Fosfatos

Vale fertilizantes

Votorantim Metais

AngloGold Ashanti / Serra Grande

Anglo American Níquel

Yamana/Maracá

Constram/Egesa

Constram

Obs.: Grande porte: > 1.000.000t ROM/ano (Run of mine); Médio porte (100.000 t a 1.000.000 t /ano Pequeno porte: 10.000 t a100.000 t/ano e Micro: < 10.000 t/ano.(1) Capacidade de produção de 36.000 de liga de ferroníquel (FeNi). Complexo metalúrgico inaugurado em 2011 com investimentosda ordem de US$ 1,9 bilhão. (2) O carbonato de níquel (contendo Níquel e Cobalto) produzido em Niquelândia é refinado em São Miguel Paulista gerando níquele cobalto eletrolítico. No ano de 1942, a empresa Comercial de Goiaz foi reorganizada com o nome de Cia.Níquel Tocantins, decomposição acionária formada pela Cia.Mineira de Metais (98,68%), Votorantim Mineração e Metalurgia (0,93%), Cia.NitroquímicaBrasileira (0,36%) e diversos (0,03%).(3) Título de lavra: registro de extração(4) Várias frentes de lavra (Mina III, Mina Nova, Palmeiras e openpit)

Munícipio

Minaçu

Cezarina

Ouvidor

Catalão

Catalão

Niquelândia

Crixás

Barro Alto

Alto Horizonte

Quirinópolis

Quirinópolis

Mina

Cana brava

Cezarina

Chapadão

Fazenda Chapadão

Catalão I

Buritis

(4)

Barro Alto

Chapada

Quirinópolis

Quirinópolis

Ano

1967

1972

1975

1979

1982

1982

1989

2004

2005

2012

2012

Substância

Amianto

Calcário

Nióbio

Fosfato

Fosfato

Níquel e Cobalto Eletrolítico (2)

Ouro

Níquel – Ferroníquel (1)

Cobre/Ouro

Brita/Cascalho (3)

Brita/Cascalho (3)

Tabela 1: Empreendimentos de grande porte em Goiás (1.000.000 tpa ROM)

Font

e R

AL/

DN

PM

ano

base

201

4

Empresa

Anglo American Nióbio

Prometálica (5)

Cia. Goiana de Ouro / Yamana-Briogold

Mineração Santo Expedito

(5) O concentrado é beneficiado em Fortaleza de Minas na Votorantim (unidade ora paralisada). A frente Vargem Redonda teveextração iniciada em 1981, mas em baixa escala e sem registro histórico. (6) Mina com atividade suspensa

Munícipio

Catalão

Americano do Brasil

Crixás

Pilar

Barro Alto

Mina

Boa Vista

Caiamar

Pilar

Ano

1991

2005

2013

2013

2013

Tabela 2: Principais empreendimentos de médio porte em Goiás (ROM 100.000 a 1.000.000 tpa)

Font

e R

AL/

DN

PM

ano

base

201

4

Substância

Nióbio

Cobre, Níquel e Cobalto (6)

Ouro

Ouro

Bauxita

Page 34: IN THE MINE - Edição 58

mineartigo

inthemine | setembro | outubro34

Substância

Amianto

Bauxita

Niobio

Fosfato

Niquel

Niquel/Cobalto

Ouro

Ouro/Cobre

Brita

Areia

Areia industrial

Argila

Calcário

Diamante

Dolomito

Ferro (1)

Ouro (2)

Talco

Titânio

Caulim

Manganês

Quartzo

Granitos (3)

Total (4)

(1) Ferro para cimento(2) Empresas de Ouro: Cleveland Mining (Crixás), Penery (Cavalcanti) eMineração Curral de Pedra (Faina). (3) Granito e outras rochas ornamentais (4) Existem cerca de 350 empresas de mineração de pequeno e microporte sem produção e/ou lavra da substância mineral.

Grande

1

1

2

1

1

1

1

2

1

11

Médio

1

1

2

22

4

4

18

2

1

54

Pequena

2

16

49

2

22

14

1

2

1

1

1

2

1

114

Micro

29

219

3

66

4

1

3

2

1

2

1

4

237

Tabela 3: Porte das empresas de mineração em Goiás por substância

Font

e R

AL/

DN

PM

ano

base

201

4

Projetos em avaliação

Uma safra de novos projetos em Goiás permiteestabelecer um cenário bem otimista para o setore o estado com enormes benefícios e atração deinvestimentos em infraestrutura, como a ferroviaNorte-Sul. Esses investimentos favorecem amelhoria da competitividade dos projetos em ope-ração e em implementação, como mostrado naTabela 04. Citamos a empresa Vale que arrendouos ativos de titânio da extinta Metago com enor-me potencial futuro de projeto e desenvolvimen-to de uma rota tecnológica econômica. Destaquepara os projetos de níquel, ouro e bauxita.

Conclusões

As perspectivas para o setor mineral em Goiás sãobastante animadoras, com uma ampla coberturade pesquisa mineral por todo estado e umaexpressiva carteira de projetos de mineração nassuas mais variadas etapas, desde a avaliação deviabilidade econômica até a fase de implantação(Tabelas 03 e 04). Destaca-se assim, a importânciada mineração na interiorização do desenvolvi-mento, como pode ser observado na Figura 01.Outro ponto é o desenvolvimento das cadeiasprodutivas do níquel e do fosfato com a transfor-mação mineral em produtos finais e intermediá-rios gerando agregação de valor. Como exemplo,citamos os complexos minero-metalúrgicos e deuma planta de níquel metálico integrada que sãouma realidade: Complexo Buriti/Niquelândia,pertencente ao Grupo Votorantim, e Complexode Barro Alto/Niquelândia, de propriedade daAnglo American.

Avaliando todos os títulos minerários existentesem Goiás (pesquisa mineral e lavra), destacam-seas seguintes substâncias minerais: calcário, bauxi-ta, níquel, ouro, cobre, terras raras, amianto, ver-miculita, fosfato, argila, agregados, diamante,manganês e argilas. Sem dúvida, a mineraçãoainda tem muito a contribuir com o desenvolvi-mento de Goiás e a melhoria de qualidade de vidade sua população.

Referências• http://boletimindustrial.com.br/anglo-american-amplia-

capacidade-de-producao-de-niquel-em-barro-alto/• http://www.mme.gov.br/documents/1138775/1256652/

P38_RT64_Perfil_do_Nxquel.pdf/5a012ef8-9247-407c-a188-30cb2efeb241

• http://www.dnpm.gov.br/dnpm/paginas/balanco-mineral/arquivos/balanco-mineral-brasileiro-2001-niquel

• http://www.jornalopcao.com.br/posts/reportagens/prod-ucao-que-sai-do-solo

• SILVA, Cristina. Desempenho do Setor Mineral Goiás eDistrito Federal. Goiânia: Departamento Nacional deProdução Mineral. 6º Distrito/GO, 2013. 284 p.

Empresa

Amarillo Gold

Min.Serra Verde (Mining Ventures)

Titânio Mineração

Bemisa

Votorantim Metais

Votorantim Metais

Min. Curimbaba

INV/Teck Cominco

Votorantim Cimentos

Munícipio/Região

Mara Rosa

Minaçu

Iporá e Santa Bárbara de Goiás

Barro Alto

Montes Claros de Goiás / Santa Fé

Barro Alto / Anicuns

Barro Alto

Santa Fé

Edealina

Substância

Ouro

Terras Raras (ETR)

Titânio

Níquel

Níquel

Bauxita

Bauxita (expansão)

Níquel

Calcário/Cimento

Tabela 4: Perspectivas de projetos de mineração em Goiás

Font

es D

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TÉCNICASMINERAISEM DEBATE

Por Ricardo Gonçalves

A 26ª edição do Encontro Nacional de Tra-tamento de Minérios e Metalurgia Extrativa(XXVI ENTMME), realizado entre 18 e 22 deoutubro em Poços de Caldas (MG), recebeucerca de 600 congressistas e teve um recordede 400 resumos recebidos, com 274 artigospublicados – 133 deles apresentados oralmen-te e os outros 141, colocados em forma depôster no evento.

A Votorantim Metais mostrou quatro trabalhostécnicos e mais oito pôsteres durante o even-

to. Destacam-se a “Aplicação de ClassificaçãoGeometalúrgica para as câmaras de lavra da minade Morro Agudo” – um estudo aplicado que pos-sibilita determinar, por região da mina, a variabi-lidade do minério sulfetado de zinco e chumbonas etapas de beneficiamento, o que contribuipara a tomada de decisões da mineradora. Outrofoi “Geometalurgia: integrando mina e beneficia-mento para aumento da produtividade emVazante (MG)”, que buscou uma caracterizaçãogeológica mais detalhada e associada com o per-fil metalúrgico.

XXVI ENTMME é marcado porrecorde de trabalhos e questõespráticas como classificação geometalúrgica, recuperação de minério e o uso da água Fo

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Congresso recebe 400 resumos técnicos, 133 deles apresentadosoralmente

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mineevento

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Já a Anglo American detalhou o conceito edesempenho do maior circuito de remoagem deminério de ferro do mundo. São duas linhascompostas cada uma por oito moinhos Vertimill,fabricadas pela Metso, com potência de 1,1 MWcada, e quatro baterias de ciclones para classifi-cação do minério. O uso dos moinhos permitiuuma redução do consumo de energia de 30%comparado à utilização tradicional dos moinhosde bolas. A economia financeira é de aproxima-damente R$ 23 milhões por ano. Os outros trêstrabalhos apresentados foram a “Aplicação doTeste de Carga Pontual Modificado para a sele-ção de britadores para minério de ferro”, a“Aplicação do Método dos elementos discretosna avaliação de Chutes de escoamento de miné-rios de ferro itabiríticos” e a “Relação entrepotência elétrica e o enchimento de carga moe-dora em moinhos verticais”.

Evandro Costa e Silva, do departamento deExploração e Projetos Minerais da Vale, apre-sentou um projeto sobre “Os desafios do pro-cessamento em umidade natural/rotas de míni-mo consumo de água”. Costa e Silva ressaltou aimportância de pesquisas no setor e lembrouque a água é um bem finito, de grande valoreconômico e essencial para as atividades huma-nas. “Além do conflito entre mineração e osimpactos nos recursos hídricos, precisamos terem mente que a água não é gratuita. Não pode-mos falar em mineração sem mencionar custo”,disse o representante da Vale.

O artigo técnico apresentado pela Kinross Brasilteve o título “Utilização do Sulfeto de Sódiopara aumento da Recuperação de Enxofre naetapa de Flotação da Mina Morro do Ouro”. Oreagente trouxe melhora na recuperação deenxofre total, com um aumento em torno de20%, garantindo atendimento à condicionanteambiental para disposição de rejeito sulfetadosem barragens, além de ganhos de produçãopela maior recuperação do ouro associado aossulfetos.

Moinhos verticais Vertimill, instalados no Sistema Minas-Rio, da Anglo American

Área de moagem da usina da Kinross, onde é dosado o reagente

Foto

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O HOMEM DA PRODUÇÃO

Por RicardoGonçalves

Foi na Civil Pedreira, que Jailton Gomes, 43anos (11 deles na profissão) conseguiu dar umaguinada na carreira. “Cheguei à Civil há uns 15anos para prestar serviços, inicialmente comoservente. Um dia, ganhei a oportunidade de tra-balhar na operação de brita”, lembra Gomes.“Não é um trabalho difícil. Fiz cursos de brita-gem no Sindicato da Indústria de Mineração dePedra Britada do Estado da Bahia (Sindi-brita/BA), com foco em equipamentos, opera-ção e manutenção”.

Tímido por estar sendo entrevistado, mas de sor-riso fácil, seu expediente vai das 7h às 17h, emSalvador (BA), com o almoço no refeitório daprópria empresa. “A rotina na pedreira é bemtranquila. Já sabemos direitinho todo dia o quetemos que fazer”, diz. Não é comum apareceremimprevistos em sua função.

A grande mudança veio em 2010. “Foi o maiordesafio da minha profissão. Trocamos a centralinteira da pedreira, desde os transportadores atétoda a fiação”, relata. O processo levou cerca de6 meses e ampliou a central.

Desde então, ele se tornou responsável pelaoperação de dois modernos britadores cônicosSandvik, um modelo CH660, com capacidademáxima para produção de 660 t/h, e o outro, ummodelo CS440, para até 600 t/h. Os dois têm umsistema eletrônico operado por ASRi -- um geren-ciador programado que possui várias regulagense controla o equipamento, além dos níveis depressão e temperatura.

“A rotina mudou bastante. Com os novos equi-pamentos, evoluímos muito e ganhamos tempo.A produção dobrou”. A planta tem hoje um totalde 25 equipamentos fixos, incluindo os britado-res. O plano da empresa é colocar mais trans-portadores de correia.

Jailton Gomes atua há 11 anos como operador de equipamentos esabe a importância dos sonhos em sua carreira

No começo, o operador encontrou certa dificul-dade para lidar com os equipamentos, mas logose adaptou. “Basta ter atenção. São os melhoresequipamentos com que eu já trabalhei”, afirma.Antes de sair operando os equipamentos, reali-zou um novo curso para se preparar. “Sempreque necessário farei mais e mais cursos”. Eletambém é responsável por 13 transportadores decorreia Furlan. Um supervisor fica a seu lado, nocampo, o tempo todo, dando o apoio necessário.

“O Jailton é o nosso homem da produção. Ele éresponsável por vários produtos. Tem metas diá-rias, mensais, está sendo cobrado. E está sempreà altura, cumprindo”, garante Gileno Costa Filho,diretor Industrial da Civil. Gomes sonha em umdia se tornar um coordenador da operação ou,por nunca ter trabalhado diretamente com equi-pamentos móveis, em operar um equipamentodesses. “Uma escavadeira, de repente”. Ele sabequal é o combustível necessário para chegarlonge profissionalmente. “Os sonhos nuncapodem morrer. Se morrerem, a gente perde aesperança”, finaliza.

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Por Tébis Oliveira Ilustração Heder Oliveira

Para o jovem com 20 anos recém-completados, nascido em Bauru,no Centro-Oeste Paulista, o curso de Geologia mais próximo fica-va a cerca de 190 km, no campus da Unesp (Universidade EstadualPaulista) em Rio Claro. Ou na USP (Universidade de São Paulo), nacapital, a 340 km. Como distância nunca foi problema para geólo-gos, Issamu Endo não só deixou a cidade natal como o estado. Ecomeçou, então, uma trajetória que completa 35 anos na Escola deMinas, da Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP (MG).

O decurso de tempo conta os cinco anos de formação (1976-80) eos 30 anos como professor, desde 1985. No intervalo, atuou comogeólogo da Hidroservice e da Mineração Taboca. Na primeira,mapeando a Bacia do Paraná, entre o Mato Grosso (MT) e o RioGrande do Sul (RS). Na segunda, prospectando cassiterita emRondônia (RO).

Desde 2013, é o diretor da primeira escola de geologia, mineralo-gia e metalurgia do Brasil, fundada pelo francês Claude Gorceix há139 anos. A tradição secular não impede que o mestre abra portase janelas aos ventos da modernidade. Ele já estruturou a área admi-nistrativa e agora reformula o planejamento estratégico. Os passosseguintes são a modernização curricular, a implantação de técnicasinovadoras de ensino e aprendizagem e a melhoria da infraestru-tura física e laboratorial. Aliás, o Plano Diretor da Escola Minas parao decênio 2015-2025 detectou a necessidade de nada menos que56 novos laboratórios. Como não bastasse, há outras carências típi-cas de universidades públicas no País.

Nesta entrevista exclusiva a In The Mine, Issamu Endo fala damudança do perfil dos estudantes, com a já preponderância dogênero feminino em alguns cursos. Fala também do sistema deavaliação – “sempre uma tortura para o aluno e para o professor”-, da intensificação do modelo pedagógico de estudos em campodifundido por Gorceix e do patrimônio nacional em que se trans-formaram as Repúblicas de Ouro Preto. E assegura aos vestibulan-dos deste ano que encontrarão ali uma Escola “que olha para ofuturo sem esquecer a tradição”.O

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“A gestão acadêmica de uma escola tradicional

como a Escola de Minas necessita de uma estrutura

administrativa e de uma política de governança à altura dos desafios

contemporâneos da inovação e

da sustentabilidade”

ITM: Qual é o balanço de sua gestão apósdois anos como diretor da Escola de Minas?

Endo: A gestão acadêmica de uma escola tra-dicional como a Escola de Minas, para terganhos contínuos e duradouros do ponto devista educacional, necessita de uma estruturaadministrativa e de uma política de governan-ça dos seus ativos que seja moderna e atual, àaltura dos desafios contemporâneos da inova-ção e da sustentabilidade. Dessa forma, na pri-meira metade da nossa gestão implantamosuma estrutura administrativa visando darsuporte ao desenvolvimento das melhores prá-ticas de ensino e pesquisa e reorganizar osseus órgãos auxiliares.

ITM: Como está disposta essa estrutura admi-nistrativa?

Endo: Entre diversas áreas. O desenvolvimentode tecnologia e a inovação, nos laboratórios, sãoamparados pelo Centro de Pesquisa eTecnologia. Já o Conselho Consultivo, formadopor representantes de instituições públicas e pri-

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ação

vadas ligadas às áreas de nossa atuação, trata do relacionamen-to com a sociedade, para a construção de políticas institucionaisestratégicas. O relacionamento com os nossos ex-alunos é rea-lizado através da Associação dos Antigos Alunos da Escola deMinas – A3EM, modernizada com a criação da Rede AlumniEscola de Minas, que irá desenvolver um Programa deMentoria, voltado à orientação e tutoria para as futuras carrei-ras dos discentes. Temos, ainda, nossa fundação de apoio aosestudantes, professores e atividades de ensino, pesquisa eextensão: a Fundação Gorceix.

ITM: Há outras reformulações em foco?

Endo: Sim. Em termos de planejamento estratégico, estamosprocedendo a uma profunda reformulação com o objetivo demanter a Escola de Minas como centro de excelência, reforçan-do o aperfeiçoamento da formação profissional e cultural deseus alunos. Cumprida esta etapa, as ações seguintes estarãoconcentradas na modernização curricular, na implantação detécnicas inovadoras de ensino e aprendizagem, no problema doaproveitamento e evasão e na melhoria da infraestrutura físicae laboratorial.

ITM: Quais são as principais carências verificadas hoje nainstituição?

Page 40: IN THE MINE - Edição 58

Endo: As carências da Escola de Minas, como de toda aUniversidade, são muitas. A principal é a de infraestrutura físi-ca e laboratorial e de técnicos administrativos na gestão delaboratórios. Para ter uma ideia, durante a elaboração do PlanoDiretor 2015-2025, detectamos um déficit de igual número delaboratórios de ensino e pesquisa, hoje de 56 unidades, e de50% do atual espaço físico para os novos laboratórios. Outrosproblemas são melhores condições de trabalho para os profes-sores e para o ambiente estudantil, incluindo aí a ampliação emodernização das bibliotecas e um espaço multiusuário paraentidades estudantis, tendo comometa o desenvolvimento do espíri-to empreendedor.

ITM: Em relação ao corpodocente, há algum projeto deinternacionalização?

Endo: A Escola de Minas, ao longoda sua história, tem contado comum quadro da mais alta qualidade,com docentes pós-graduados nasescolas francesas e alemãs, principalmente. A partir da décadade 1980, a qualificação docente se intensificou com o programade capacitação da Capes, o PICDT. Atualmente, contamos comum quadro de 180 docentes, mais de 95% com pós-graduaçãoe, entre esses, mais de 60% com título de doutor. Assim, consi-deramos que o processo de internacionalização já está emcurso, liderado pelos setores ligados aos programas de pós-gra-duação mais competitivos. Já na área da graduação, esse pro-blema é mais complexo e está vinculado à barreira do nossoidioma, o que poderia ser contrabalançado com uma qualidadede ensino de excelência internacional.

ITM: Qual é o perfil atual do aluno da Escola de Minas,considerando os programas de inclusão social recentes dogoverno federal?

Endo: O perfil do estudante da Escola de Minas, tanto anterioraos programas de inclusão social quanto atual, apresenta emmaior ou menor grau as mesmas deficiências de formação bási-ca. A maior diferença é que o quadro feminino de estudantessofreu uma mudança significativa, reflexo das transformaçõessociais e culturais da sociedade, com tendências a um equilíbrioentre os gêneros masculino e feminino. É um fato inédito naEscola de Minas. Em alguns cursos já há, inclusive, uma ten-dência clara de predomínio do gênero feminino.

ITM: A Escola de Minas acompanhou a evolução das novastecnologias na mineração?

Endo: Tradicionalmente, a Escola de Minas sempre pautou osseus cursos em uma forte base teórica, respaldada nas discipli-nas de física, matemática e química, e conjugada com exercícios

práticos de laboratório e intensos trabalhos decampo. Esse modelo pedagógico, aliado às con-dições ambientais de Ouro Preto (MG), conduz àformação de um profissional competitivo e flexí-vel para o mercado. A prática pedagógica é sem-pre atualizada, embora não na velocidade dese-jada por circunstâncias adversas. Essa atualizaçãoinclui o modelo de ensino por projetos – PBL, aintensificação dos programas acadêmicos de ini-ciação científica e de desenvolvimento tecnológi-

co, além de iniciativas indivi-duais de professores proati-vos. A implantação de umlaboratório de realidade vir-tual, para todos os alunos degraduação e pós-graduação, éoutro desses exemplos. Hádiversos outros projetos desucesso dessa natureza.

ITM: Ainda no contexto daquestão anterior, como

evoluiu a grade curricular da Escola deMinas?

Endo: As mudanças aconteceram, especialmen-te, nos cursos tradicionais. A matriz curricular,além de se orientar pelas Diretrizes CurricularesNacionais, apresenta uma qualidade e um con-teúdo dos programas das disciplinas que nãoestão dissociados da qualidade dos docentes queas ministram. Sob essa ótica, o quadro de docen-tes qualificados tecnicamente e com visõesmodernas de ensino em engenharia tende a pro-duzir, ao longo do tempo, reformulações e atua-lizações na matriz curricular dos cursos. A dinâ-mica da mudança é impulsionada pelo trinômio“ensino, pesquisa e extensão” por meio dos pro-gramas de iniciação científica e grupos PET´s –Programa de Educação Tutorial da Capes.

ITM: O sistema de avaliação dos alunos tam-bém sofreu modificações?

Endo: A avaliação do aprendizado é sempreuma tortura para o aluno e para o professor.Embora haja muitos estudos relativos a essamatéria, nota-se que o sistema tradicional é bas-tante resiliente. Há, no entanto, uma luz no fimdo túnel. Os jovens docentes tendem a se liber-tar do modelo ao qual foram submetidos e pro-curam implantar processos avaliativos compatí-veis com novos métodos de ensino e aprendi-zagem.

“Temos carências de infraestrutura física e laboratorial, de técnicos

administrativos na gestão de laboratórios, além de melhores condições de trabalho para os

professores e o ambiente estudantil”

minepersonalidade

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www.inthemine.com.br

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ITM: Muitos geólogos acreditam que os estudos emcampo foram relegados a segundo plano na eradigital. Como é na Escola de Minas?

Endo: Nossos cursos não tem esse pro-blema. O modelo pedagógico de ensino,adotado e difundido por Gorceix einternacionalmente reconhecido, estámantido e intensificado. Por exem-plo, no curso de EngenhariaGeológica, cerca de 20% da cargahorária total da matriz curricularreferem-se a atividades de campo,com visitas aos afloramentos ouobservatórios geológicos durante operíodo semanal de aulas, traba-lhos prolongados de campo e visi-tas técnicas às minas. A Escolatambém proporciona o exercícioprático em laboratórios de ensinorelacionados às aulas, bem comotrabalhos de pesquisa associadosaos projetos de iniciação científi-ca. Temos intensas atividadesexperimentais e laboratoriais noscursos de Produção, Metalurgia,Minas e Arquitetura, assim comointensas atividades de campo, pes-quisas e aplicação nas engenhariasCivil, Ambiental, Mecânica e deControle e Automação.

ITM: Em sua opinião, como a Escola deMinas se posiciona em comparação a cur-sos de Engenharia de Minas e Geologianacionais?

Endo: Nossos cursos de engenharia tradicionais sãocaros, pois dependem de muitos laboratórios de cus-tos elevados. Assim, são raros os cursos de Geologia eEngenharia de Minas ofertados por faculdades privadas.Entretanto, devido ao financiamento governamental, tem surgi-do um número elevado desses cursos com um perfil diferenciadoem função de especificidades técnicas, como a demanda por laborató-rios adequados, disponibilidade para atividades de campo - por seremmuitas vezes ofertados no período noturno –, e qualificação docente.

ITM: A atual crise do setor mineral já se refletiu na perda de alunose vestibulandos?

Endo: Em tempos de crise econômica, a procura por nossos cursos, emespecial os de Engenharia Geológica e de Minas, diminui de forma acen-tuada. Por outro lado, aumenta a procura por programas de pós-gra-duação.

“O Sistema de Repúblicas de Ouro

Preto é impar no Brasil e pode-se

dizer que é um patrimônio nacional”

Page 42: IN THE MINE - Edição 58

Nasceu em: Bauru (SP), em 17 de dezembro de 1956

Mora em: Ouro Preto (MG)

Formação Acadêmica: Engenheiro Geológo (1980) e Mestre em Geologia Estrutural eTectônica pela Escola de Minas – UFOP.Doutor em Geotectônica pelo Instituto de Geociências da USP (Universidade de São Paulo)

Trajetória Profissional:De 1980 a 1982, engenheiro geólogo na Hidroservice Engenharia de Projetos.De 1982 a 1985, engenheiro geólogo na Mineração Taboca. Desde 1985, professor na Escola de Minas e seu diretor a partir de 2013

Família:Casado e pai de três filhos: Clarissa, André e Victor

Um ídolo:Admiro meus pais, meus professores,Nelson Mandela e Steve Jobs

Um time de futebol: Corinthians

Hobby: Assistir filmes e culinária

Uma música, um livro, um filme: “Another brick on the wall” (Pink Floyd),“Jano” (Arthur Koestler) , “Blade Runner” (Ridley Scott)

Maior decepção até hoje: Com a política na área educacional.

Maior conquista até hoje: A minha família

Um projeto: Contribuir para a melhoriada qualidade da educação.

Um “conselho” aos jovens geólogos: Trabalhe duro, pense grande, tenha perspectiva, olhe para o futuro

PERF IL

minepersonalidade

inthemine | setembro | outubro42

ITM: Qual é a sua opinião sobre a importância dasrepúblicas de estudantes de Ouro Preto?

Endo: A tradição das repúblicas iniciou-se na Escola deMinas de Ouro Preto - EMOP. O registro da república maisantiga data de 1920. Ao ser criada a UFOP, em1969, aEscola contava com 42 repúblicas, a maioria públicas eapenas 11 particulares, todas no centro histórico da cida-de. A UFOP construiu novas repúblicas e moradias próxi-mas ao Campus Morro do Cruzeiro e em seus demaiscampi. O Sistema de Repúblicas de Ouro Preto é impar noBrasil e pode-se dizer que é um patrimônio nacional.

ITM: Porque ímpar?

Endo: A autonomia de gestão e a liberdade de escolha dosseus moradores fazem da República um ambiente diferen-ciado na formação acadêmica, social e cultural dos estu-dantes, sempre exercitando a liberdade com responsabili-dade. A vida nas Repúblicas é também parte da experiên-cia singular que é ser estudante na Escola de Minas. Nelasse formam laços que perduram para além do período degraduação e uma espécie de fraternidade que une antigose novos moradores. De seu lado, a Escola de Minas, comoinstituição, não atua ou interfere na dinâmica dasRepúblicas. A não ser o patrimônio físico, que pertence àUniversidade e tem seu uso regido por regulamento doConselho Universitário, não há interface com a Escola deMinas.

ITM: O que os novos vestibulandos podem esperar daEscola de Minas e, em particular, de sua gestão quevai até 2017?

Endo: Os novos estudantes irão encontrar uma Escola queolha para o futuro sem esquecer a tradição e preparadapara oferecer um ensino de excelência em Engenharia eArquitetura, capaz de formar profissionais altamente qua-lificados. O modelo de ensino adotado na Escola deMinas, conjugando a teoria e prática – laboratorial e tra-balho de campo – qualifica o egresso a se posicionarmuito bem no competitivo mercado profissional.

“O perfil dos nossos estudantesapresenta, em maior ou menor grau,

as mesmas deficiências de formação básica. A maior diferença é que o quadro feminino sofreu uma mudança significativa, reflexo das transformações sociais e culturais

da sociedade”

Page 43: IN THE MINE - Edição 58
Page 44: IN THE MINE - Edição 58

minetecnologia

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AUMUNDUma empresa que aposta na área de pós-vendas é a Aumund, quefornece equipamentos para transporte e movimentação de mate-riais. “Recentemente inauguramos um centro de serviços emIpatinga (MG), para atendimento às mineradoras da região, e essaárea já responde por quase 40% dos nossos negócios”, afirma JoséFrancisco Gonçalez, diretor geral da empresa. Essa participaçãoinclui os contratos de manutenção e de suporte aos equipamentos,que mobilizam equipes dedicadas ao atendimento das mineradoras.Ele explica que, desde 2012, a empresa responde pelos negóciosdo grupo, de origem alemã, em toda a América do Sul.

Fabricantes e fornecedores de serviços apresentam a últimapalavra em tecnologia para a maior produtividade na mineração

Diante do cenário de retração enfrentado pela indústria de mineração, a buscapor maior produtividade torna-se fundamental para que a empresa se mante-nha competitiva no mercado. Atentos a essa necessidade das mineradoras, osfornecedores de equipamentos, serviços e produtos compareceram àExposibram 2015 (16º Congresso Brasileiro de Mineração) com inúmeras solu-ções voltadas à maior eficiência na operação. Veja, a seguir, algumas delas:

A RESPOSTA DA INDÚSTRIA

Por Haroldo Aguiar eRicardo Gonçalves

BERTECHJá a chilena Bertech apresentou seu compostoFlexsol, para reparos a frio em correias transporta-doras, que vem se difundindo rapidamente nomercado brasileiro. Segundo Francisco PicónBernier, sócio diretor da empresa, ele é indicadopara consertos em correias de lonas ou de cabosde aço, reduzindo o custo do serviço e o tempo dereparo, que chega a ser de seis horas, nos proces-sos convencionais. “Ele requer apenas a a limpezae preparação da área danificada e aplicação de umprímer antes de se aplicar o produto na área dani-ficada”, diz o executivo.

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BESCA Besc Representações, por sua vez, apre-sentou toda a linha de ferramentas e siste-mas de acesso para oficinas mecânicas daaustraliana Hedweld, como um dispositivopara a remoção automática de parafusos natroca de pneus de grande diâmetro. “Com aautomação do trabalho, a produtividadeaumenta e o funcionário não fica exposto ariscos de acidentes intrínsecos a essa ativi-dade”, diz Bernardo Santiago, diretor daBesc. A ferramenta remove dois parafusossimultaneamente, em poucos minutos, con-tando com sistema de posicionamento a

lader. O ganho de produção na oficina é considerável ao se constatar quecada pneu de um caminhão 797 conta com 54 parafusos.

BEUMEROutra empresa dedicada à produção de sistemaspara transporte e movimentação de materiais, aBeumer segue a mesma trilha focada no suporte depós-venda aos clientes. “Em momentos como este,as mineradoras demandam soluções voltadas à pro-dutividade na operação, seja com a otimização damanutenção ou com a reforma e modernização desuas instalações”, pondera José Arsênio, diretor geralda empresa. Para atender a essa demanda, ele destaca que a Beumerconta com equipes multidisciplinares, com acesso a tecnologias e soluçõesadotadas nas demais unidades do grupo espalhadas pelo mundo.

FLSMIDTHPara atender à crescentedemanda das mineradoraspor suporte e assistênciatécnica aos equipamentos,a FL Smidth está investindona ampliação da área depós-vendas, conformeexplica Jairo Andrade CruzJúnior, diretor de serviçosao cliente da fabricante. “Aparticipação do mercadode aftermarket em nossosnegócios cresceu 15% emrelação a 2014 e, por essemotivo, estamos abrindonovas frentes”, diz ele.Além do seu centro de dis-tribuição e área de suporte,instalados junto à fábricade Votorantim (SP), ela pla-neja a abertura de um cen-tro de serviços, em BeloHorizonte (MG), e o deslo-camento de um engenheiropara atender as minerado-ras do Pará. Tudo isso semcontar as equipes dedica-das aos contratos demanutenção, que visitamregularmente as plantasdos clientes.

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GEOTECHRESERVESEstabelecida recentemente no mercado brasilei-ro, a russa GeotechReserves, especializada emsondagens e pesquisa mineral, já conta com seteprojetos em execução no país. Segundo o diretorgeral Salvatore Scervini, eles se concentram napesquisa de minérios como ouro, potássio, man-ganês e terras raras. “Escolhemos o Brasil paranossa primeira filial na América Latina por ser ummercado atrativo, não apenas em função de seuextenso portfólio de minérios, mas também pelademanda por tecnologias mais avançadas em

pesquisa”. Ele destaca que suas sondas, de tecnologia canadense ou aus-traliana, têm menos de três anos de vida útil, incluindo a maior do merca-do, com capacidade para até 3.000 m (furo NQ).

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IMEPELA Imepel, líder no fornecimentode roletes para correias transpor-tadoras, lançou um modelo capazde gerar energia elétrica quandoem operação. “Uma mineradorade grande porte geralmente pos-sui muitos quilômetros de cor-reias e percebemos que seusroletes poderiam ser utilizadospara esse propósito”, dizCristiano de Souza Marcello,coordenador de comércio exteriorda Imepel. Ele explica que umtransportador conta, em média,com cerca de 3.000 roletes porquilômetro, girando a uma médiade até 500 rpm. “Se eles foremconectados a painéis elétricos, épossível iluminar áreas em tornodo transportador ou outros pon-tos da mina.”

HAVER & BOECKERJá a Haver & Boecker apre-sentou sua nova família deexcitadores para peneiras degrande porte que otimizam oacionamento desses equipa-mentos. “Trata-se de umalinha fabricada no Brasil,com tecnologia nacional,para fornecimento global”,afirma Oswaldo Delfim,gerente de negócio daempresa. Segundo ele, omaior modelo da linha atingemomento estático de 115 milkg.cm, acionando peneirasde até 45 t de peso na partevibratória. “Já fornecemosalgumas unidades desseequipamento para minera-doras do Canadá”, diz ele.

LIEBHERRPara Jair Machado, gerente comercial da área de mineração da Liebherr, o enfo-que no pós-venda não representa apenas uma oportunidade para os fabricantesno atual cenário, mas também uma resposta à necessidade das mineradoras.“Este ano, começamos com a oferta de peças remanufaturadas para equipa-mentos de grande porte e os primeiros a serem oferecidos no mercado são oscomponentes do trem de força dos caminhões fora de estrada”. Machado dizque a ideia é contar com peças remanufaturadas em prateleira para pronta trocapelo item avariado. “Nossa frota em operação nas minas do sistema Norte jáconta com modelos que atingiram 8 mil horas trabalhadas, outros com 16 milhoras e um com 26 mil horas, que já passou por reforma”.

KEPLER WEBERMesma filosofia norteia a atua-ção da Kepler Weber, empresanacional também dedicada àprodução de equipamentospara transporte e movimenta-ção de materiais, que ingressouno mercado de mineração hácerca de dois anos. “Temosforte tradição nos setores agrí-cola e portuário, mas já con-quistamos contratos expressi-vos com mineradoras”, dizDeivis Voltani, gerente comer-cial da Kepler Weber. Segundoele, a área de pós venda prati-camente dobrou sua participa-ção nos negócios da compa-nhia no último ano, o que alevou a “adotar uma posturamais pró-ativa no suporte aosclientes”.

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As indústrias da construção civil e da mineração cresceram deforma significativa nos últimos anos. O aço é um componenteque auxiliou muito no crescimento dos setores, oferecendomaior produtividade e equipamentos de pon ta. Nas suas diver-sas derivações, existe o aço de alta resistência, um dos maisprocurados na indústria por oferecer uma gama maior de pro-dutos aos fabricantes e usuários finais. Além disso, este tipo deaço, considerado especial, oferece maior resistência à abrasãoe evita desgastes em aplicações usadas no setor de movimenta-ção de terra, por exemplo, e em outros como a construção,mineração e pedreiras.

Entre os itens existentes no mercado, está o QUARD e oQUEND, da NLMK Group, produzidos na NLMK Clabecq, naBélgica. São chapas de aço temperadas e revenidas (Q&T), pro-duzidas com a tecnologia de tratamento térmico mais avança-

do, para obter chapas de alta resistênciame cânica, que garantem maior produti-vidade, durabilidade, aumento da cargaútil para o transporte, tanto para o fabri-cante quanto para o usuário final.

O aço de alta resistência pode ser apli-

cado na fabricação de equipamentos tanto demineração quanto da construção civil como,caçambas de escavadeiras, caminhões fora deestrada, revestimento de britadores, implementostipo meia cana, guias laterais de transporte deminérios e chutes e barras chatas para usinas decana, além de lanças de guindastes, e em estru-turas que demandem redução de espessuras eaumento de resistência.

Quando utilizado, este tipo de aço de alta resis-tência, que é temperado e revenido, os fabrican-tes ganham muita produtividade no equipamen-to, pois as chapas são ex tremamente precisas naespessura e apresentam um carbono equivalentemuito bai xo. Isso facilita o corte, a dobra, a soldae a usinagem. O aço de alta resistência é mui toimportante, pois reduz o peso do equipamentoem 35%, em alguns casos, quando comparadocom a versão original toda produzida em açocomum. Já em ca sos mais avançados, houveredução de peso de até 60%, garantindo maisprodutividade.

Paulo Seabra Paulo Seabra é engenheiro mecânico formado pela Escola de Engenharia Mauá em São Paulo, possui MBA pelaFundação Getúlio Vargas e atua há 8 anos no mercado de siderurgia. Atualmente é o Diretor Geral da NLMK Grouppara a América do Sul.

A IMPORTÂNCIA DO AÇO NA MINERAÇÃO E NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Por Paulo Seabra

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MARTIN ENGINEERINGA Martin Engineering confirmou os investimentos programados em suafábrica de Campinas (SP), para a produção de raspadores de poliuretanoutilizados em correias transportadoras, em substituição aos modelosimportados de sua matriz, nos Estados Unidos. “Esses componentespodem ter um custo de aquisição um pouco superior, mas seu desempe-nho excede ao dos confeccionados com outros materiais, pois atingemmaior vida útil, reduzem custos com manutenção, paradas do transporta-dor e queda na sua produtividade”, diz Javier Schmal, diretor geral paraa América Latina. Além dos raspadores, a empresa produz outros aces-sórios para correias, como suportes, chutes, sistemas de alinhamento evedação, bem como sistemas de controle de poeira e outros.

RINGFEDERA alemã Ringfeder anunciou a aquisição daHenfel, que produz acoplamentos e mancaisde rolamentos, e, com isso, espera assumiruma posição de destaque no mercado brasilei-ro de transmissão de potência para equipa-mentos de grande porte utilizados em minera-ção, como transportadores de correias, brita-dores e motores. “A Henfel detém 35% domercado de acoplamentos hidrodinâmicos e,com esse negócio, o Brasil passa a responderpor cerca de 15% a 20% do nosso faturamen-to global”, afirma Carlos Rohrig, diretor daRingfeder para a América do Sul. A empresa jáse prepara para iniciar a produção no Brasil dasua linha de anéis de fixação de grande porte.

ORICAA Orica, por sua vez, anunciou a instalação deuma fábrica de emulsões na mina de Salobo, damineradora Vale, para atender exclusivamente àdemanda dessa operação por produtos paradesmonte de rocha. De acordo com MichelMachado, da área de desenvolvimento denegócios da Orica, a planta tem capacidadepara produzir 4,4 t/mês de emulsão e o serviçocontempla ainda a disponibilização de cami-nhões para a carga dos explosivos. “Como emoutros contratos desse tipo, nesse caso tam-bém somos remunerados pelo desempenho no desmonte, que éaferido mediante a eficiência no transporte do minério, na britageme nas demais etapas de processamento”, diz ele.

SSABJá a SSAB, que comercializa ostradicionais aços Hardox para apli-cação como revestimentos e mate-riais de desgaste, lançou uma novaversão do produto: o Hardox 550(dureza de 550 Brinell). “Ele apre-senta uma dureza próxima doHardox 600, que já oferecemos nomercado, porém se caracterizapela melhor trabalhabilidade, facili-tando os serviços de soldagem eusinagem”, destaca Luiz Mone-gotto, gerente geral de vendas daempresa para a América doSul/Atlântico. O novo modelo estádisponível em chapas de 2,5 x 6 mde dimensões e espessuras de 10a 50 mm.

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STEELROOLA metalúrgica SteelRool, queproduz componentes paratransportadores de correias,como suportes, tambores erolos, ingressou no mercadode britagem com uma linhaimportada. O diretor EdsonComin afirma que os brita-dores, fornecidos pela DongMeng, um dos maiores fabri-cantes desse segmento naChina, estão disponíveis emmodelos estacionários de

mandíbulas, cônicos, de rolos e tipo VSI, alémde equipamentos móveis sobre esteiras ourodas. “Nosso foco são as pedreiras e demaismineradoras de médio e pequeno porte,sendo que a linha de mandíbulas conta commodelos de 20 t/h a 1000 t/h de capacidadede produção”, diz ele.

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WIEREX CABLEA Wirex Cable, líder no fornecimento de cabos de energia paramáquinas móveis utilizadas em mineração, acaba de lançar um novomodelo para atender a esse mercado. Trata-se do condutor Extreme,de baixa tensão (3,6/6 kV a 12/20 kV), que além de possibilitar a ali-mentação elétrica de grandes escavadeiras, retomadoras de rodasde caçamba, carretas de perfuração e outros, conta com núcleo defibra óptica, para suportar a comunicação de dados envolvida na suaoperação. “Cada vez mais, esses equipamentos incorporam siste-mas de monitoramento e controle que exigem sua conexão a redesde dados de alta capacidade”, diz Mariana Kokron, gerente de mar-keting e planejamento da Wirex Cable.

WEIR MINERALSA Weir Minerals, que há um ano iniciou a comercialização de sua linha de britadoresno Brasil, apresentou a estrutura com a qual pretende atuar nesse segmento.Segundo Leopoldo Munhoz, superintendente de vendas, pós-vendas e marketing,ela contará com um distribuidor no Sul e outro no Nordeste do país, para atendimen-to a essas regiões, mantendo o suporte às grandes mineradoras por conta de suaprópria fábrica, em Jundiaí (SP). “Também estamos desenvolvendo as ligas paraprodução local dos revestimentos”, diz ele. Importados da China, os britadoresestão disponíveis em modelos de mandíbulas, cônicos e de impacto, além dos mon-tados sobre esteiras e de uma linha de peneiras e alimentadores vibratórios.

U&MA U&M aposta na sua expe-riência em serviços de terra-plenagem e terceirização delavra como alternativa paraas mineradoras reduziremdespesas de capital (Capex),viabilizando projetos nosetor. Como exemplo dessaexpertise, o diretor daempresa, Sérgio Machado,ele cita um caminhão fora deestrada 777 de sua frota queconta com 20 anos de vidaútil e mais de 70 mil horas trabalhadas, mantendo altosíndices de produtividade. “Ele acaba de passar por umareforma na qual reduzimos seu peso em 9 t, apenas com asubstituição do motor e com um novo design para acaçamba.” Além de transportar mais minério, o caminhãotorna-se mais econômico no consumo de combustível,principalmente na viagem de retorno, descarregado.

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BRITANITEA Britanite integra hoje um grupo que agrega marcasjá bastante conhecidas pela indústria mineral.“Estamos associados a uma companhia de alta tecno-logia e produtora de espoletas eletrônicas, a DaveyBickford, com a líder noChile em produção de nitra-to de amônia e terceiramaior do mundo, a Enaex”,explica Antonio Luiz Cyrinode Sá, CEO da Britanite. Aempresa também mostrou oPocket Blast, um aplicativoque processa informaçõesde campo e realiza comple-xos cálculos técnicos.

SEQUÊNCIA ENGENHARIA Fundada em 1999, a Sequência En ge nha ria éuma empresa especializada em desmonte derochas com explosivos, sismografia e consulto-ria mineral, que representa com exclusividade noBrasil o software de desmonte de rochas I-Blast,sistema com ferramentas versáteis que permitedimensionar detonações customizadas, e o sis-mógrafo de engenharia espanhol Vibracord-DX,medidor de níveis de vibração. Alguns dos clien-tes da Sequência são a Vale, a Anglo American,a CRH Bra sil (Lafarge e Holcim Cimentos) e aTransnordestina.

KOMATSUO Grupo Komatsu, que completa seu segundoano com distribuição direta de equipamentos noBrasil, também está disponibilizando acessóriose sistemas de gestão. Marcos Costa, gerente deMarke ting e Vendas da Komatsu Mineração,destaca os programas para gerenciamento defrota, as ferramentas de penetração no so lo eca çambas da marca, com foco em se gurança,qualidade e confiabilidade. A Ko matsu tambémestabeleceu recentemente uma parceria com acanadense Motion Metrics. e passou a oferecero Sistema de Detecção de Perda de Pontas paracarregadeiras de rodas e escavadeiras, hidráuli-cas e a cabo, e outras soluções da MotionMetrics para diversas aplicações.

VICTAULICA novidade da Victaulic foram os acoplamentos e uniões para tubos de polietileno dealta densidade (PEAD) ponta lisa, sem necessidade de termofusão ou juntas de eletro-fusão. “Simplesmente conectamos um tubo ao outro, apertamos um parafuso e a uniãojá está feita. A média é de 10 minutos para fazer essa conexão. Temos até 20 polega-das desse sistema e a classe de pressão é a do tubo, até PN 20 (pressão nominal 20,ou seja, 200 kPa)”, detalha Gabriel Scarpelli, especialista de Vendas para a Mineraçãoda Victaulic. Um lançamento foi a linha XL, acoplamento que consegue aumentar o diâ-metro externo da curva, mantendo o interno igual. “Aumenta-se o revestimento de bor-racha interno do tubo, fazendo com que a curva dure bem mais do que uma tradicio-nal. E tudo feito com um só acoplamento para ter a tubulação montada”.

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SODEPO grande destaque da Sodep foi o Minetrack, um sistema de controle de operação damina (despacho) versátil. É capaz de atender minas de qualquer porte. “O retorno éimediato e não requer outros investimentos. Através da automatização da captura dedados de produção e desempenho da frota, pode-se eliminar parte do trabalho dedigitação, monitorar equipamentos via mapa da mina, obter relatórios em tempo realvia web e auditar movimentação de minério e estéril”, afirma Thomas Fink, diretor daSodep. Em 2015, a empresa firmou contratos com empresas como Votorantim Metais,Magnesita e Gerdau, que garantirão um crescimento de 200% em 2015 e 2016.

BERTECHA novidade da Bertech é o Kit Flexsol.“É um produto revolucionário para repa-rações rápidas e duradouras sobre cor-reias transportadoras. Permite reparar afrio, e em menos de uma hora, diversostipos de danos como aqueles em cor-reias de alto impacto, de lona e decabos de aço, além da recuperação ereconstituição de peças de borracha,curvas de mangote, fabricação depeças modeladas, dentre outros”, contaFrancisco Picón Bernier, cofundador esócio-diretor da empresa. As repara-ções são simples e utilizam ferramentasde pequeno porte e pouca mão-de-obra. As propriedades físicas de desta-que são a aderência, flexibilidade, resis-tência ao impacto, abrasão, ambientescom ácido e a alta temperatura.

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RAILROADA RailRoad apresentou o Chute de Alimen ta ção do britadorHP500, um dispositivo afunilado que realiza a transferênciado material transportado de uma correia transportadorasuperior para uma inferior, utilizado no transporte contínuode materiais sólidos. Os chutes com técnica anterior sãomenos resistentes a impactos e não apresentam reduçãona velocidade de saída da carga. Isso pode acarretar naperda de material, no tempo de parada para limpeza doequipamento e ambiente e no desalinhamento da correiatransportadora. Os chutes desenvolvidos pela RailRoadpossuem alta resistência ao impacto dos lançamentos dossólidos devido ao revestimento com Chock Bar nas pare-des internas e bordas superior e inferior, aumentando a vidaútil de 4 para 9 meses. Os revestimentos são adaptáveis aoutros tipos de chute de transferência e podem ser utiliza-dos com ou sem o auxílio de caixa de pedra. Está dimen-sionado para 1200 t/h.

RUBBERBRASA Rubberbras apresentou variados tiposde produtos, como placas de revestimen-to, plug para detonação, batentes e calçopara caminhões. A empresa tambémmostrou para o mercado os serviços dedestinação de pneus e placas descarta-das (logística reversa) e montagem dasplacas. “Recentemente, desenvolvemosum produto inovador, que proporcionaenormes benefícios nas operações comcorreia transportadora. Trata-se da guialateral de correia transportadora. Além debenefícios como baixo custo, maior dura-bilidade e facilidade de montagem, o pro-duto evita o corte, rasgo e o desgasteexcessivo da correia quando em contato.Tivemos excelente aceitação pelo merca-do da mineração e portuário”, diz o dire-tor financeiro comercial da Rubberbras,Rodrigo Pimentel.

TEGAA Tega, presente no Brasil desde 2008,oferece uma ampla linha de revestimen-tos de moinhos, fabricados em borrachae polimetálicos. Neste ano, a empresainiciou seu foco nas demais linhas denegócio que fazem parte de seu portfólioao redor do mundo. São diversas solu-ções para peneiramento e manuseio demateriais a granel, tais como telas depeneiramento, trommels, acessórios paratransportadores de correia, e revestimen-tos poliméricos para pontos de transfe-rência, como chutes, silos e bicas.

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Volcam T, um veículo compacto, 8x4, com capacidade para 106 T

Por Jesús Camino ÁlvarezMENOS É MAIS

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A engenharia mecânica aplicada ao setor mineral tem seesforçado a oferecer veículos rodoviários e fora de estradacom capacidade de carga cada vez maior, bem como desen-volver plataformas móveis truck less (sem caminhão e porcorreias) para conseguir um custo menor de extração.

O mais importante é que o ao final os custos de uma mine-radora sejam os mais baixos possíveis e sem dúvidas deve-mos nos perguntar: Realmente o maior Caminhão é o maisrentável? É o mais produtivo? É o mais eficaz? É o menoscustoso?

Encontrar nos tempos de hoje uma solução integradora quese preocupe com a tecnologia e capacidade de respostamediante a triologia logística de transporte junto ao segmen-to da mineração não parece uma tarefa fácil.

A equação: eficiência por toneladatransportada versus a segurança dofator humano versus a sustentabilida-de dos elementos com o ambien-te/compromisso social da qual faze-mos parte, é uma das mais importan-tes equações que devem ser solucio-

nadas no segmento da mineração mundial.

As mineradoras que esperam emergir do ciclonegativo em uma posição mais forte em queestavam antes de nele entrarem, será necessá-rio aumentar a intensidade e a eficiência daextração e se esforçar concomitantemente parareduzir os dispêndios de pessoal, custos demanutenção de máquinas e transporte, bem co -mo se tornarem eficazes em seus custos ener-géticos para aumentar sua competitividade.

Pensando nisso, surge uma resposta espanho-la a esta equação: o Modelo 106 VOLCAMT,considerado o primeiro trailer a nível mundialcom um MTMA (Técnica de Massa MáximaAdmissível) de 106 t em três eixos.

Este veículo é uma revolução muito importan-te no setor de mineração e para as pedreirasde grande porte, pois como um veículo forade estrada, VOLCAM 106T é considerado o eloperdido que faltava entre os caminhões rodo-viários convencionais tipo Dumper 6x4, 8x4

Jesús Camino Álvarez Diretor Grupo FRENOS CAMINO, Sevilha España. Licenciado em Ciências Empresariais pelaUniversidad de Sevilla España. Vice-Presidente da Associação Comercial de Andaluzia, Espanha.

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Desenvolve o trabalho de quatro caminhões de tração 6x4, ou três caminhões de tração 8x4 ou, ainda, de dois caminhões de tração 10x4 / 10x6

Equipado com 3 eixos super-reforçados de última geração

Sistema do tipo LED

Freios a tambor com afinadores automáticos

Feita de aço especial HARDOX 450 de 10 a 14 mm de espessura

02 cilindros hidráulicos frontais reforçados com válvula dupla com reguladores de pressão. Porta traseira de abertura hidráulica automática

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Não permite que a inclinação se o caminhão não estiver perfeitamente alinhado com o trailer

Comparativo

Eixos e Suspensão

Iluminação

Sistema de Freio

Caçamba

Equipamentos Hidráulicos

Segurança

Fabricante

Diferenciais

Ficha Técnica - O modelo VOLCAM 106T

e10x4 e os grandes veículos fora de estra-da que variam de 50 a 500 t em algunspaíses.

O VOLCAM 106T é fabricado pelaIndústria Espanhola FRENOS CAMINOsituada em Sevilla, que acompanha oprogresso da mineração mun dial desdeos últimos 30 anos de história. In -tegradora desde o ponto de vista tecnoló-gico é capaz de propor soluções rápidasde transporte nos diferentes setores daeconomia e neste caso com notório des-taque no setor da mineração.

Todos os seus projetos surgem dedemandas con cretas das companhiasmundiais que têm ne cessidades dedesenvolver efeitos sinérgicos sob medi-da em sua situação país. Transportes cus-tomizados às necessidades dos seus gran-des clientes sobrepondo a principal fór-mula da equação: investimento indiscutí-vel perante resultados conquistados.

À primeira vista, em seus múltiplos olha-res, o VOLCAM 106T pode não se apre-sentar como uma obra de arte infinita,mas se projetarmos os dados de rentabi-lidade e eficácia de VOLCAM 106T noperíodo de um ano, provenientes dosclientes que já operam com ele emEspanha e Arábia Saudita, pode-se perce-ber que a redução de custos operativos étão potencial como ele.

Atualmente a CAMINO está desenvolven-do em seu laboratório de tecnologia eengenharia uma demanda potencial parauma importante multinacional de cami-nhões instalada no Brasil. Trata-se de umsemi-reboque com dois eixos, mais curto,compacto, apenas arrastados por umacabeça tratora de 6x4 e o mais paradoxal:podendo transportar uma carga netaentre 65 a 70 t.

O protótipo vai estar em circulação noprimeiro trimestre do ano 2016 e vai setornar o irmão mais novo de VOLCAM106T. Estas características surgem paraatender às necesidades de transporte deminas com difíceis acessos geográficos eespaços menores de manobrabilidade,muito peculiares no Brasil.

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Por: Ricardo Gonçalves

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Desde meados de 2014, o País de Gales tem oficialmen-te uma daquelas paradas obrigatórias para qualquermochileiro de plantão. A cidade de Blaenau Ffestiniog,historicamente conhecida pela mineração, abriga umapopulação bem pequena, com menos de 5 mil habitan-tes. No entanto, atrai milhares de turistas o ano todo.Uma antiga mina subterrânea de ardósia, com mais de170 anos, se transformou no parque de diversõesBounce Below, que conta com tirolesa, túneis, escorre-gadores, espaço para alpinismo e vários outros “brinque-dos”. O parque tem ainda o maior pula-pula subterrâneodo mundo: 929 m² a cerca de 61 m de profundidade. Umshow de luzes de múltiplas cores, com destaque para ostons roxos e esverdeados, torna a experiência ainda maisfantasiosa, fazendo com que crianças, adolescentes eadultos tenham, momentaneamente, a mesma idade.Por razões de segurança, todos os visitantes, como emqualquer mina, precisam usar macacão e capacete.

O PARQUE DA ARDÓSIA GALESA

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