IMPRIMIR Paulo Freire-Resumo

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 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO LICENCIATURA EM CIÊNCIAS AGRÍCOLAS PRÁTICA DE ENSINO “PLANEJAMENTO” Docente: Lidiana Carvalho de Holanda Discente: José Nunes RESUMO DO LIVRO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA – PAULO FREIRE Livro de autoria do professor Paulo Freire onde propostas de práticas pedagógicas que  permitam a construção da autonomia dos educandos e das educandas são defendidas  pelo autor em Pedagogia da Autonomia. Objetivando a integração do ser humano e as metodologias que valorizem o conhecimento empírico de sua classe, permitindo a construção do conhecimento de forma participativa, lúdica e eficiente, condenando o mandonismo farisaico e defendendo a ética e a pureza da educação. Possibil itar a autonomia do educando foi um ponto considerado por Paulo Freire durante sua vida educacional, tal preocupação pode ser notada durante seus relatos em  passagens do livro. Analisar os passos do referido autor permite o encaminhamento do corpo discente em prol de uma sociedade igualitária, na formação crítica de educadores e educadoras, dos educandos e das educandas, podendo assim interferir no mundo. Capítulo 1: Não há docência sem discência Aqui fica claro que educadores e educadoras devem continuamente refletirem sobre suas práticas pedagógicas, para que possa serem melhoradas sempre, afim de atingir de forma mais eficaz as perspectivas de seus educandos(as). Para isso é preciso que os profissio nais da educação estejam isentos de preconceitos, abertos para interação social, cu ltural e as identidades ca racterís ti cas do lo ca l on de at ua as sim ta is  profission ais precisam interagir com a realidade de seus alunos (as) criando um vinculo de segurança recíproca, que possibilite o respeito e a generosidade mutua e a construção do conhecimento, criticando o modelo bancário de ensino. Para tanto, aponta que ensinar exige:   Rigorosidade metódica;   Pesquisa;   Respeito aos saberes dos educandos;   Criticidade;   Estética e ética;   A corporeificação das palavras pelo exemplo;   Risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação;   Reflexão crítica sobre a prática; e   O reconhecimento e a assunção da identidade cultural. Capítulo 2: Ensinar não é transferir conhecimento

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS AGRÍCOLAS

PRÁTICA DE ENSINO “PLANEJAMENTO”

Docente: Lidiana Carvalho de Holanda

Discente: José Nunes

RESUMO DO LIVRO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA – PAULO FREIRE

Livro de autoria do professor Paulo Freire onde propostas de práticas pedagógicas que permitam a construção da autonomia dos educandos e das educandas são defendidas pelo autor em Pedagogia da Autonomia. Objetivando a integração do ser humano e asmetodologias que valorizem o conhecimento empírico de sua classe, permitindo aconstrução do conhecimento de forma participativa, lúdica e eficiente, condenando omandonismo farisaico e defendendo a ética e a pureza da educação.

Possibilitar a autonomia do educando foi um ponto considerado por Paulo Freiredurante sua vida educacional, tal preocupação pode ser notada durante seus relatos em

 passagens do livro. Analisar os passos do referido autor permite o encaminhamento docorpo discente em prol de uma sociedade igualitária, na formação crítica de educadorese educadoras, dos educandos e das educandas, podendo assim interferir no mundo.

Capítulo 1: Não há docência sem discência

Aqui fica claro que educadores e educadoras devem continuamente refletiremsobre suas práticas pedagógicas, para que possa serem melhoradas sempre, afim de

atingir de forma mais eficaz as perspectivas de seus educandos(as). Para isso é precisoque os profissionais da educação estejam isentos de preconceitos, abertos para interaçãosocial, cultural e as identidades características do local onde atua assim tais

 profissionais precisam interagir com a realidade de seus alunos (as) criando um vinculode segurança recíproca, que possibilite o respeito e a generosidade mutua e a construçãodo conhecimento, criticando o modelo bancário de ensino.

Para tanto, aponta que ensinar exige:

•   Rigorosidade metódica;

•   Pesquisa;

  Respeito aos saberes dos educandos;•   Criticidade;

•   Estética e ética;

•   A corporeificação das palavras pelo exemplo;

•   Risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação;

•   Reflexão crítica sobre a prática; e

•   O reconhecimento e a assunção da identidade cultural.

Capítulo 2: Ensinar não é transferir conhecimento

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Ensinar não é transmitir conhecimento, nem tampouco moldar o educando numcorpo indeciso e acomodado, mas permitir que ele ou ela seja capaz de criar suas idéiase conhecimentos a partir de estímulos externos. “Quem ensina aprende ao ensinar e

quem aprende ensina ao aprender”.

O educador democrático crítico trabalha com os educandos a rigorosidademetódica com que devem se aproximar dos objetos de aprendizado. Ensinar não seesgota no tratamento do objeto ou do conteúdo, pelo contrário se estende à produção de

condições em que aprender criticamente é possível, desde que haja verdadeirascondições de aprendizagem aonde os educandos e educadores vão se transformando emreais sujeitos da construção e reconstrução do saber ensinado.

“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. E cabe ao professor continuar 

 pesquisando para que seu ensino seja propício ao debate e a novos questionamentos. A

  pesquisa se faz importante também, pois nela se cria o estímulo e o respeito àcapacidade criadora do educando”

Ressalta a importância de respeitar as diferentes presenças na escola,trabalhando a diversidade de forma natural e assim contribuindo para o respeito ademocracia e a liberdade de expressão dos educandos. O respeito é um dentre vários

aspectos (para Freire) indispensáveis aos educadores e educadoras progressistas.O professor que desrespeita a posição social, política, religiosa, sexual, entre

outras que não tem o bom senso de respeitar a curiosidade do educando, seu gostoestético, sua linguagem, sua sintaxe e prosódia; o professor que ironiza o aluno, que ominimiza entre outras ofensas em prol da ordem em sala de aula, mostrasse mandonistae fere princípios considerados fundamentais éticos da carreira educacional e estatransgressão jamais poderá ser vista ou entendida como virtude, mas como ruptura coma decência.

  Neste capitulo, acho que o mais crítico do livro, Freire, outros pontosnecessários ao ato educacional são afirmados:

• Consciência do Inacabamento;

• Reconhecimento de ser condicionado3;

• Respeito à autonomia do Educando;

• Bom senso;

• Humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores;

• Apreensão da realidade;

• Alegria e Esperança;

• A convicção de que a mudança é possível; e• Curiosidade.

Aponta ainda que, os fatores externos e internos podem influenciar e culminar no andamento do processo de aprendizagem, não apenas tranferindo conhecimentoformal, mas agindo como criador de possibilidades para a construção do conhecimento,o aprendizado deve ser recíproco. Numa de suas colocações, coloca que ao educador compete a necessidade de fazer com que o aluno deixe de ser dependente do professor (heteronomia) e passe a interagir com o conhecimento (objeto), chegando à autonomia.

Capítulo 3: Ensinar é uma especificidade Humana

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O último capítulo do livro há mais nove exigências para a prática educacional,são eles:

• Segurança, competência profissional e generosidade;

• Comprometimento;

• Compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo;

Liberdade e autoridade;• Tomada consciente de decisões;

• Saber Escutar;

• Reconhecer que a educação é ideológica;

• Disponibilidade para o diálogo; e

• Querer bem aos educandos.

Sendo uma especificidade humana, o ato de educar exige segurança,competência profissional, comprometimento e generosidade. Ou seja, educador que nãotem segurança do conteúdo a ser trabalho não consegue ter a autoridade democráticacrítica necessária para que se tenha o controle harmonioso da classe.

“O educador que não leva a sério sua formação, que não estuda, nem se aprimora, não

tem força moral para coordenar as atividades de sua classe” 

Deve haver comprometimento com os educandos, respeitando os horários,estudando, se atualizando e disposição para a elucidação do conteúdo trabalhado.Compromisso com a profissão valorizando-a, lutando por melhorias de trabalho evalorização, agindo eticamente... Compromisso consigo próprio para que seus interessesnão perpassem os direitos dos educandos e colegas. Educação libertária é construída a

 partir de conscientização crítica, da aceitação das diferenças

Além da questão de quem e para quem se ensina, Freire denota em suas palavrasque a prática educativa é um exercício contínuo em prol da produção e dodesenvolvimento da autonomia de educadores e de educandos – cuja finalidade nãoseja, conforme repudiado desde o primeiro capítulo, a mera transmissão deconhecimentos, mas sim a construção, redescoberta e ressignificação do conhecimento.É preciso entender as que as realidades pessoais devem ser pessoais, históricas,existenciais e sociais da experiência cotidiana.

Educadores e Educadoras devem agir sempre escolhendo conscientemente asdecisões da docência, sempre auto-avaliando - se, reavaliando a metodologia escolhida,avaliando o desempenho da classe, a fim de contribuir ao máximo para odesenvolvimento formal e sócio-crítico de seus eduncados.

Deve ser autoritário e não autoritarista respeitando a liberdade de expressão doseducandos permitindo-lhes o pensamento, a crítica, para que à medida que forem setornando sujeitos ativos na construção do conhecimento tornem-se responsáveis pelasua autonomia.

Permitir a liberdade do alunado gera um ambiente de segurança e respeito mutuaque se instala naturalmente, sem que seja preciso tal afirmação e cobrança. Respeitar aliberdade se reflete em estar aberto ao dialogo e a ouvir as experiências individuais eassim trabalhar o contexto formal e social de forma interativa e eficaz.

Os profissionais da educação devem seguir um ideal que para si seja a forma de

solucionar determinadas deficiências sociais, educacionais... É livre a escolha, masadequada para cada um e cada uma da ideologia mais adequada a ser seguida.

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Querer bem aos educandos sem diferenciá-los por qualquer motivo é saber separar o pessoal do profissional para que assim, seja assegurada a forma igualitária deatenção, avaliações e oportunidades.