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IMPORTANTE Este plano financeiro foi desenvolvido pelo Grupo 5 participante da Jornada de Planejamento Financeiro 5ª Edição e escolhido pela banca avaliadora como um dos dois vencedores do Prêmio IBCPF da Jornada de Planejamento Financeiro 2014. A banca avaliadora reuniu-se em novembro de 2014 para avaliar todos os trabalhos apresentados. A escolha dos trabalhos vencedores do Prêmio IBCPF da Jornada de Planejamento Financeiro 2014 foi de responsabilidade exclusiva da banca avaliadora e não constitui indicação, garantia ou recomendação do IBCPF Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros para as situações apresentadas. O presente trabalho não reflete a opinião, nem recomendação de investimento ou de alocação de ativos por parte do IBCPF e de nenhum dos profissionais envolvidos em sua elaboração ou avaliação e trata-se de um trabalho hipotético sobre o Estudo de Caso da Família Pereira Salgado, desenvolvido para fazer parte da edição da Jornada de Planejamento Financeiro de 2014. É expressamente vedada a publicação, divulgação, distribuição ou comercialização, a qualquer título ou forma, da totalidade ou de parte das informações deste trabalho sem a prévia e expressa autorização do IBCPF.

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IMPORTANTE

Este plano financeiro foi desenvolvido pelo Grupo 5 participante da Jornada de

Planejamento Financeiro – 5ª Edição e escolhido pela banca avaliadora como um dos dois

vencedores do Prêmio IBCPF da Jornada de Planejamento Financeiro 2014.

A banca avaliadora reuniu-se em novembro de 2014 para avaliar todos os trabalhos

apresentados. A escolha dos trabalhos vencedores do Prêmio IBCPF da Jornada de

Planejamento Financeiro 2014 foi de responsabilidade exclusiva da banca avaliadora e não

constitui indicação, garantia ou recomendação do IBCPF – Instituto Brasileiro de Certificação

de Profissionais Financeiros para as situações apresentadas.

O presente trabalho não reflete a opinião, nem recomendação de investimento ou de

alocação de ativos por parte do IBCPF e de nenhum dos profissionais envolvidos em sua

elaboração ou avaliação e trata-se de um trabalho hipotético sobre o Estudo de Caso da

Família Pereira Salgado, desenvolvido para fazer parte da edição da Jornada de

Planejamento Financeiro de 2014.

É expressamente vedada a publicação, divulgação, distribuição ou comercialização, a

qualquer título ou forma, da totalidade ou de parte das informações deste trabalho sem a

prévia e expressa autorização do IBCPF.

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M4 Planejamento Financeiro

Plano Financeiro Família Salgado Pereira

Grupo 05

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SUMÁRIO EXECUTIVO 3

GESTÃO FINANCEIRA 5

ANÁLISE DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL E DO FLUXO DE CAIXA EM 2014 E 2015 5 RECOMENDAÇÕES E PREMISSAS PARA O FLUXO DE CAIXA 6 ANÁLISES ADICIONAIS 7 SITUAÇÃO DA FAMÍLIA EM 5, 10 E 30 ANOS 8

GESTÃO DE ATIVOS 10

ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTOS RECOMENDADA 10 ANÁLISE DA CARTEIRA ATUAL DE INVESTIMENTOS 11 PRODUTOS EXCLUÍDOS E MANTIDOS 12 NOVA CARTEIRA DE ATIVOS 13

GESTÃO DE RISCOS 14

SEGURO DE VIDA E INVALIDEZ 14 DEMAIS SEGUROS 17 RISCOS FAMILIARES 17 RISCOS EM INVESTIMENTOS 18

PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO 18

PAIS DE ANDRÉ E CATARINA 18 ANDRÉ E CATARINA 20 TESTAMENTO 20 NOMEAÇÃO TUTOR PARA OS FILHOS 21 VGBL/PGBL E SEGURO DE VIDA 21

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 22

DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA 22 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 22 IMPOSTO DE RENDA NA VENDA DO APARTAMENTO 24 BENEFÍCIOS FISCAIS EM INVESTIMENTOS FINANCEIROS 24

PLANEJAMENTO DE LONGEVIDADE 24

FONTES DE RENDA 25 MUDANÇA PARA O LITORAL 27 VIAGENS INTERNACIONAIS 27

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Sumário Executivo

No plano financeiro apresentaremos estratégias que permitam melhor gerenciamento de todos aspectos financeiros, viabilizem a sustentabilidade financeira pessoal da Família Salgado Pereira e assim possibilite o casal atingir seus objetivos de consumo, metas e sonhos.

Determinamos quando, como e onde André e Catarina devem investir, e quando podem arrojar, considerando impactos sobre o fluxo de caixa atual e futuro e sobre a evolução patrimonial. Avaliamos situações conflitantes em relação à temporariedade das decisões e consideramos diversos cenários, todos detalhados no plano financeiro.

Avaliamos todos aspectos edificados pelo casal e identificamos considerações não apreciadas anteriormente. Constituímos estratégias para mudança à um apartamento maior; formação de reserva para educação dos filhos; decisões em relação à vida profissional, MBA; troca de veículos, formação de reserva para aposentadoria; prêmios de seguros mais adequados para proteção patrimonial, entre outros. Definimos a estratégia de investimento eficiente e mais adequada ao casal, considerando o ciclo de vida e perfil de investimento de cada um.

Apresentamos estratégias para mitigar todos risco identificados, e questionamos se os atuais seguros perfazem as necessidades. Consideramos a estrutura familiar, a estrutura patrimonial, os ativos financeiros envolvidos, ciclo de vida de cada um e os impactos do processo sucessório na família.

Identificamos oportunidades de ganhos financeiros: benefícios quantitativos e qualitativos da atual situação da família. Apresentamos estratégias para o melhor a situação tributaria para o momento atual e longo prazo.

Avaliamos os objetivos do casal na aposentadoria e entendemos que os sonhos da família serão concretizados. Pautamos as analises em premissas bastante conservadoras, pretendemos criar disciplina para poupar e assim concretizar o projeto de um fluxo de caixa confortável e importante evolução patrimonial para a família.

Recomendações

Gestão financeira

Imóvel: passar a receber aluguel do atual apartamento em que vivem e alugar um apartamento maior para morar; Compra adiada para 2017;

Encorajamos o MBA internacional e apresentamos técnicas para acumulação de capital em forma de “reservas”, para ajudar o casal atingir seus objetivos.

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Gestão de ativos

Recomendamos uma carteira diversificada, com produtos mais adequados ao perfil de risco e com melhores.

Gestão de Riscos

Seguro de vida adicional para o casal e seguro de invalidez. Seguro básico para o apartamento e aumento das coberturas do seguro de veículo;

Formação de um fundo de reserva para eventual suporte financeiro à família.

Planejamento Sucessório

Sucessão dos pais de André/Catarina: doação em vida dos imóveis; elaboração de testamento; indicação de responsável para caso de incapacidade;

Sucessão de André e Catarina: testamento para ambos; indicação de TUTOR e Curador Especial; PGBL e VGBL para garantir liquidez no início do processo sucessório; seguro de vida enquanto os filhos forem menores.

Planejamento Tributário

Manter declaração em separado no modelo completo; ajustar as contribuições para os planos PGBL e suspender os depósitos no VGBL.

Realizar a venda do apartamento e a compra do novo dentro das regras que permitam a isenção de IR sobre ganho de capital;

Planejamento de Longevidade

Aumentar a contribuição no PGBL para ambos;

Manter as contribuições para o INSS pelo teto.

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Gestão financeira

Nessa seção, procuramos identificar a melhor maneira para o casal atingir seus objetivos e metas: mudança para um apartamento maior; formação de reserva para educação dos filhos; decisões em relação à vida profissional, MBA; troca de veículos, formação de reserva para aposentadoria; prêmios de seguros mais adequados para proteção patrimonial, entre outros. Ressaltamos, ainda, que todas as recomendações foram acompanhadas de análises dos impactos sobre o fluxo de caixa atual e futuro e sobre a evolução patrimonial.

Avaliamos situações conflitantes em relação à temporariedade das decisões e consideramos diversos cenários, todos detalhados nos documentos em anexo, até a elaboração desse Cenário Base, apresentado abaixo. Entendemos que nele, os sonhos da família serão concretizados, porém pautado em premissas bastante conservadoras, com um fluxo de caixa confortável e evolução patrimonial.

Análise da Situação Patrimonial e do Fluxo de Caixa em 2014 e 2015

Atualmente, a família Salgado Pereira encontra-se numa situação financeira confortável. Possuem um patrimônio líquido de cerca de R$ 1,82 milhões, acumulado ao longo de anos de trabalho, um apartamento com valor de mercado de R$ 600 mil, dois carros, e reservas financeiras liquida no valor aproximadamente R$ 1,29 milhões.

Em 2014, o casal teve renda de R$ 376,3 mil, contra despesas de R$ 253 mil, conseguindo, dessa maneira, poupar R$ 123,6 mil naquele ano. Para melhor avaliação, dividimos os gastos em quatro categorias distintas:

Despesas essenciais e/ou imprescindíveis: residência, funcionários, alimentação, saúde, e transporte;

Despesas não essências (despesas pessoais, lazer e outros);

Investimentos: educação;

Financiamento.

O gráfico acima demonstra que a família tem espaço para mais economias, se eventualmente precisarem.

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A partir do ano de 2015, projetamos aumento de despesas de 43.6% em relação ao ano anterior. Nossas premissas consideram, além da chegada de Daniela, os seguintes incrementos nas despesas em relação ao orçamento original:

Mudança de Apartamento: acarretará aumento em alguns gastos, como: condomínio, IPTU, gás, energia e manutenção. Estimamos incremento de 20%.

Nascimento de Daniela: projetamos custos adicionais com babas, farmácia e supermercado. Também estimamos um aumento de 20%.

Aluguel: consideramos o casal alugar um apartamento maior até o ano de 2018, quando farão o investimento de compra. Nesse período, projetamos custo de aluguel de R$ 5.000 e recebimento de R$ 3.000 (consideramos imposto de 27,5% sobre esta receita).

Recomendações e Premissas para o Fluxo de Caixa

Troca de Apartamento: recomendamos que o casal alugue um apartamento maior e passe a receber aluguel do atual apartamento em que vivem, até 2017.

O fluxo de caixa demonstra um aumento de despesas nos próximos três anos. Consideramos, portanto, prudente o adiamento da compra do novo apartamento. Durante esse período, André pode investir no MBA e a família terá tempo para guardar mais dinheiro. Acreditamos que o cenário atual do mercado imobiliário estará mais favorável ao comprador. Veja descrição do mercado Imobiliário abaixo.

Financiamento do novo apartamento no início de 2018: consideramos financiamento de R$ 550.000, por 360 meses, juros 8.75% anual e seguro e taxa administração nos valores mensais de R$ 250 e R$ 30, respectivamente. Veja em anexo a tabela do financiamento simulada por um grande banco nacional.

MBA: o adiamento da compra do apartamento viabilizará o MBA internacional de André. O encorajamos, por acreditarmos que um curso deste nível proporcionará um aumento significativo de empregabilidade e, possivelmente, de salário. Consideramos o MBA internacional, pois acreditamos que seja uma opção superior e que há espaço no orçamento. Se for escolhido um MBA nacional ou se a empresa custear parte do investimento, a família terá maior poder de poupança.

Formação de reserva para educação dos filhos: aplaudimos o enfoque dos pais em planejar a educação futura dos filhos e ensinar-lhes a importância de poupar e controlar os gastos. Projetamos um custo médio de R$ 3 mil para a mensalidade da faculdade, em valores presentes, por um período de 5 anos, totalizando R$ 180 mil por filho para o pagamento da faculdade. Matheus e Rafael entrarão na faculdade no ano 2029, e Daniela em 2033. Recomendamos a formação de uma poupança mensal de R$ 1.309,98 para cada um dos gêmeos (Matheus e Rafael) e R$ 1.075,92 para Daniela, a fim de obter os valores estimados no prazo previsto para o início do curso de cada um deles. Calculamos que o valor presente da educação dos três filhos, considerando escola e faculdade é de R$1,2 milhões.

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Reserva para Aposentadoria: recomendamos que o casal aumente a contribuição no plano PGBL para atingir o teto de 12%, obtendo todo o benefício fiscal. Veja seções Planejamento Tributário e de Aposentadoria.

Despesas na Aposentadoria: projetamos que André se aposentará em 2040, aos 65 anos, e Catarina em 2043, aos 60 anos. Na aposentadoria de André os gastos totalizarão cerca de R$290 mil, o que significa um aumento de 4,6% versus o ano anterior. Em 2043 aumentamos as despesas em mais 7% para refletir os gastos maiores em seguro saúde, remédios e viagens.

Compra do Título do Clube: os impactos sobre a liquidez e fluxo de caixa indicam que esse não é o melhor momento para a aquisição. Apesar da substituição das mensalidades das academias pela do clube, há de se considerar as despesas de locomoção. Recomendamos colocar as crianças em escola que ofereça atividades esportivas e caso o interesse delas no futuro aumente, reavaliar a conveniência da aquisição do título.

Troca de Veículos: planejamos a formação de reserva para as futuras trocas de veículos. Projetamos a primeira troca em 2018 (reserva até 2017). Nessa data, o carro do André estará com 7 anos, prazo um pouco mais longo do que o sugerido para troca de carro, mas o adiamento da próxima troca tornará o fluxo de caixa mais favorável para a realização do MBA. A constituição de poupança para essa finalidade permitirá que os próximos veículos sejam pagos à vista, não mais utilizando financiamento.

Prêmio de Seguros: recomendamos que o casal proteja seu patrimônio de maneira mais completa e eficiente, para tranquilidade da família. Os impactos dos prêmios maiores estão contemplados no fluxo. Veja seção Gestão de Riscos.

Quitar o atual Financiamento Imobiliário: o casal deve quitar o apartamento atual com o FGTS que possuem, pois sua utilização só é permitida para imóveis até R$ 750 mil e o saldo disponível no fundo é praticamente o mesmo valor do saldo devedor do financiamento. Além disso, a rentabilidade do dinheiro parado no fundo fica abaixo do custo do financiamento e, atualmente, até mesmo abaixo da inflação.

Análises adicionais

Holding Patrimonial: não recomendamos essa alternativa para a gestão do patrimônio imobiliário e aluguéis para a família Salgado Pereira, pois os custos da empresa ultrapassam o benefício fiscal.

Troca de veículo: deve-se levar em conta principalmente a desvalorização do bem e as despesas com manutenção. De forma geral, de 4 a 5 anos é um bom período para manter um automóvel das categorias utilizadas atualmente pelo casal. Nos dois primeiros anos a desvalorização é mais acentuada, assim fazer a troca de automóvel num curto período de tempo não traz vantagem financeira ao proprietário. Para elaboração deste Plano, provisionamos poupança para troca a cada 5 anos.

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Organização Financeira da Família e Educação Financeira: sugerimos algumas técnicas para acumulação de capital em forma de “reservas” que ajudarão o casal a melhor organizar suas finanças e atingir seus objetivos. Recomendamos ao longo do plano algumas reservas estratégicas, tais como: formação de poupança para a faculdade dos filhos, constituição de reserva para troca dos carros entre outras. Além disso, priorizamos programação de reserva para pagamentos à vista.

Analise do Mercado Imobiliário em SP: nossa avaliação sobre o mercado imobiliário se baseia na reeleição da presidenta Dilma Rousseff e em seu discurso pós-eleição, onde afirmou que continuará com políticas localizadas para estimular a economia, não mencionando medidas mais ortodoxas de comprometimento com ancoramento da inflação, e disciplina fiscal. Esperamos baixo crescimento de PIB, inflação elevada, sem espaço para queda de juros no médio prazo.

Nesse cenário, não acreditamos que o setor imobiliário viabilize aumentos de preços nos próximos anos. Além disso, não descartamos uma eventual queda de preços, se a inflação subir e o governo elevar os juros básicos da econômica (Selic). Acreditamos que esse cenário possa trazer uma oportunidade para compradores no médio prazo. No nosso cenário básico propusemos avaliação da compra do novo apartamento para daqui a três anos.

Cenário alternativo: Compra de Apartamento em 2015: caso o casal optasse por comprar um apartamento já em 2015, o fluxo de caixa líquido ficaria negativo em R$ 40,7 mil em 2015 e R$ 26.9 mil em 2016. Consideramos mais prudente manter os ativos e esperar três anos para adquirir o imóvel.

Situação da Família em 5, 10 e 30 anos (Valores em Reais de 2014)

Projeção Fluxo De Caixa

5 anos 10 anos Aposent.

André Aposent.

Cat 30 anos

2015 2020 2025 2040 2043 2045

Receitas R$386.350 R$406,662 R$427,034 R$328,574 R$203,204 R$202,428 (-) Despesas Essenciais 219,440 165,219 165,219 179,619 195,519 195,519 Fluxo antes não Essenciais 166,910 241,443 261,815 148,955 7,685 6,909 (-) Despesas não Essenciais 82,680 76,880 76,880 76,880 82,680 82,680 Fluxo do dia a dia 84,230 164,563 184,935 72,075 -74,995 -75,771 (-) Investimentos 49,236 40,696 77,196 0 0 0 Fluxo antes Financiamentos 34,994 123,867 107,739 72,075 -74,995 -75,771 (-) Financiamentos 11,421 64,196 56,480 33,332 28,702 25,616 Total de Despesas 362,778 346,991 375,775 289,831 306,901 303,815 Fluxo de Caixa 23,572 59,671 51,259 38,743 -103,697 -101,386 Poupança 46,691 49,073 51,576 14,534 0 0 Fluxo Caixa Líquido -23,119 10,597 -318 24,210 -103,697 -101,386

Total de Ativos (inicio ano) 1,286,513 1,174,957 1,530,622 2,485,785 2,197,867 2,081,116 +Rendimento 19,298 17,624 22,959 37,287 32,968 31,217 +Poupança 46,691 49,073 51,576 14,534 0 0 +Fluxo Caixa Líquido -23,119 10,597 -318 24,210 -103,697 -101,386 Total de Ativos (final ano) 1,329,382 1,252,252 1.657.802 2.718.113 2.307.020 2.207.146

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Previdência Complementar (em Reais) 2015 2020 2025 2040

Saldo Participante Prev. Fech. André PGBL - Participante 259.674 467.403 700.758

Prev. Fech. Catarina PGBL - Participante 76.293 142.336 216.552 496.462 VGBL André (apenas manutenção do saldo) 155.115 165.055 175.632

Saldo Empresa1 Prev. Fech. André PGBL - Parte Empresa 252.234 451.329 595.752

Prev. Fech. Catarina PGBL - Parte Empresa 75.845 151.383 206.211 447.398 Total 819.160 1.329.757 1.894.905 943.861

Saldo

Participante Fator

conversão Mensal Bruto

Benefício líquido

(12 parcelas)

André em 2040 PGBL Progressivo R$1.512.340 0,5532% R$8.366 R$6.892 André em 2040 VGBL Regressivo R$208.200 0,5532% R$1.152 R$1.152

Catarina em 2043 PGBL Regressivo R$539.136 0,4432% R$2.389 R$2.389

Projetamos o crescimento dos ativos e dos planos PGBL de André e Catarina, com rentabilidade real de 3%, descontadas as taxas de administração e de carregamento, chegando numa taxa de 1.5%. Lembramos que para os fundos PGBL, embora estejam demonstrados os saldos do participante e da empresa, apenas os saldos dos participantes foram utilizados para a conversão em renda vitalícia, o saldo foi considerado líquido, com incidência de imposto de renda.

Consideramos que André e Catarina terão um aumento de salario de 1% ao ano, acima da inflação. Acreditamos que o MBA proporcionará um salto na carreira de André, mas mantivemos o aumento real constante de 1% como premissa mais conservadora.

Em 5 anos, projetamos que André e Catarina terão adquirido um apartamento no valor de R$ 1,5 milhão com um financiamento de R$ 550 mil, e juros de 8.75% (compra em 2018). O casal possuirá um patrimônio de ativos financeiro de R$ 1,17 milhões, receita anual de R$ 407 mil e despesas de R$ 348 mil. Estimamos que as despesas imprescindíveis estarão por volta de R$ 165 mil e as não essenciais R$77 mil. O custo do financiamento do imóvel será R$ 64 mil no ano e 3 filhos na escola com mensalidade de R$1.000 mil, R$ 36 mil por ano.

Em 10 anos, projetamos que André e Catarina terão um patrimônio financeiro de R$ 1.53 milhões, receita anual de R$ 427 mil e despesas de R$ 376 mil. Nesse ano, temos fluxo negativo, já que projetamos o pico nas despesas da família: os três

1 Saldo não considerado nos cálculos (cenário mais conservador)

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filhos estarão na escola com mensalidade no valor de R$2 mil. No ano seguinte o fluxo já volta a ser positivo em R$5 mil.

Em 30 anos, ou 2045, projetamos que André e Catarina terão um patrimônio financeiro de R$ 2,1 milhões, receita anual de R$ 202 mil e despesas de R$ 304 mil. André e Catariana já estarão aposentados. A renda anual do casal consiste nas rendas do INSS e benefícios da previdência projetados (ver seção longevidade).

Projetamos que em 2082, quando Catarina completará 100 anos, o casal ainda possuirá um patrimônio liquido de R$ 327 mil.

Gestão de ativos

Nessa seção, consideramos os objetivos de investimento do casal, o prazo disponível para cada frente de aplicação e o perfil de investidor de cada um, André Moderado e Catarina Conservadora, para definição de uma estratégia eficiente de alocação. A diversificação de ativos é o principal pilar desse planejamento. Avaliamos o fluxo de caixa, a atual distribuição das classes de ativos e os produtos para nossas recomendações.

Estratégia de Investimentos Recomendada

O casal encontra-se em uma fase de seu ciclo de vida, entre a fase de Acumulação de Capital e de Proteção de Capital. Além disso, possuem objetivos diversos para a gestão do patrimônio, que procuramos agrupar em quatro grandes pilares:

Fundo de Emergência: devem estar alocados em classe de ativos que apresente baixa volatilidade e liquidez. Preferencialmente produtos pós-fixados, que ofereçam liquidez diária; Recomendamos ao casal destinar os recursos para eventual reserva de emergência. Essa reserva deve estar alocada em ativos líquidos e fáceis de serem resgatados, tais como CDBs, LCA e LCI sem carência. Sugerimos alocar reserva para 6 a 12 meses de despesas ou R$180 a 360 mil.

Preservação de capital: devem estar alocados em classe de ativos que preserve o capital contra a inflação. Pode-se abrir mão de parte da liquidez por maiores prêmios. Preferencialmente produtos atrelados aos índices de preços e pré-fixados;

Crescimento: alternativa para a poupança de longo prazo, como a que desejam fazer para os filhos. Devem estar alocados em classe de ativos que ofereça ganho adicional, pelo risco assumido e prazo. Para essa parcela não há necessidade de liquidez. Preferencialmente produtos de renda variável, Certificado de Operações Estruturadas (COE), atrelados aos índices de bolsa de valores, ou renda fixa de longo prazo, NTNs.

Reserva Estratégica em Dólar: como o casal pretende viajar para o exterior a cada 2 anos, na aposentadoria, recomendamos a compra de ETFs com

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referência ao índice S&P 500 para reduzir o risco cambial e ajudá-los a atingir seus objetivos, mantendo parte da carteira referenciada em dólar.

Reserva de aposentadoria: A aposentadoria já e uma preocupação do casal. Hoje eles possuem R$ 425 mil em fundos PGBL e VGBL, e continuarão a contribuir para esses fundos. Essa reserva garantirá ao casal uma longevidade confortável.

Análise da Carteira Atual de Investimentos

Carteira de Ativos Atual (em Setembro 2014): Poupança R$35.000,00 2,7% Fundo de Renda Fixa 380.000,00 29,5% Fundo Multimercado 166.000,00 12,9% Fundo de Renda Variável 240.000,00 18,7% Fundo Imobiliário 33.312,50 2,6% Título de Capitalização 7.200,00 0,6% VGBL André 150.000,00 11,7% PGBL André 215.000,00 16,7% PGBL Catarina 60.000,00 4,7% Total R$1.286.512,50 100,0%

Distribuição da Carteira por classe de Ativos:

Renda Fixa R$899.800,00 69,9% Renda Variável 353.400,00 27,5% Fundo Imobiliário 33.312,50 2,6% Total R$1.286.512,50 100,0%

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Produtos Excluídos e Mantidos

Produtos excluídos

Títulos de capitalização: suspender a aplicação e zerar a posição no final do período de carência (12 meses). Não consideramos títulos de capitalização como opções de investimentos, pois sua característica de concorrer a sorteios mais se parece com um produto de loteria. Importante chamar a atenção que nos títulos de capitalização somente parte do que o comprador paga mensalmente é rentabilizado, compondo a chamada cota de capitalização. O restante é destinado à cota de carregamento (taxa de administração) e à cota de sorteio, destinada a custear os prêmios dos sorteios.

Caderneta de Poupança: vender toda a posição. A poupança, apesar de um investimento muito popular, tem uma remuneração baixa, que mal bate a inflação. Isso fica claro, quando compararmos o rendimento da Poupança de Catarina, que rendeu 6,80% nos últimos 12 meses versus a inflação acumulada IPCA de 6,75% no mesmo período. Além disso, a poupança não costuma ser um bom investimento quando os juros sobem. Atual cenário.

Hoje, existem instrumentos que também possuem características conservadoras, mas são mais vantajosos, como exemplo: tesouro direto, CDB e LCI e LCA que contam com a segurança do Fundo Garantidor de Credito (FGC) para valores até R$250 mil e com isenção fiscal.

Fundo de Multimercado: vender toda a posição. Seu fundo multimercado apresenta alta taxa de administração no valor de 1,80%, além de taxa de performance de 20%. Essas taxas prejudicam a rentabilidade do fundo. Precisamos analisar a questão fiscal e possivelmente trocar esse fundo por outros produtos.

Fundo de Ações: vender toda a posição. Seu fundo de ações apresenta alta taxa de administração no valor de 4,0%. Essa taxa prejudica a rentabilidade do fundo. Precisamos analisar a questão fiscal e possivelmente trocar esse fundo por investimentos direto em uma carteira de ações e/ou ETFs.

Produtos mantidos

Fundo de Imobiliário: manter a posição para criar um portfólio mais diversificado em classes de ativos. Apesar de acreditarmos que o mercado imobiliário deve continuar sofrendo, estimamos que o fundo já está precificado para um cenário adverso. Hoje o fundo está rendendo R$ 1,47 por mês, por cota. O preço da cota no mercado é de R$ 133,25, o que significa um rendimento mensal de 1.10% ou 14,07% ao ano.

Fundo de VGBL: Recomendação para trocar o VGBL atual por outro VGBL com taxas de mais baixas. O fundo VGBL atual de André tem taxa de carregamento de 0,5%, taxa de administração de 1,75%, e taxa de saída de 0,38%. Acreditamos que

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essas taxas são muito elevadas e que podemos encontrar fundos similares com taxas mais baixas.

Nova carteira de ativos

Tesouro Direto R$230.000,00 17,9% LCI ou LCA 230.000,00 17,9% CDB 150.200,00 13.9% Fundo Imobiliário 33.312,50 2,6% Debenture Incentivada 65.000,00 5,1% Ações e ETFs 193.000,00 15,0% VGBL André 150.000,00 11,7% PGBL André 215.000,00 16,7% PGBL Catarina 60.000,00 4,7% Total R$1.286.512,50 100,0%

Distribuição da Carteira por classe de Ativos:

Renda Fixa R$973.162,50 73,1% Renda Variável 313.350,00 24,4% Fundo Imobiliário 33.312,50 2,6% Total R$1.286.512,50

Produtos Sugeridos

Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) ou Letra de Credito Imobiliário (LCI): vantagens: Isenção de Imposto de Renda para a pessoa física, com rentabilidade atrativa. Possuem garantia de emissor e do Fundo Garantidor de Credito (FGC).

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Ações: recomendamos ao casal investir diretamente em ações, estratégia de crescimento de capital e formação da poupança dos filhos. Os pais podem ensinar aos filhos poupar montando uma carteira educativa com vários instrumentos de longo prazo inclusive ações. Possui isenção do imposto de renda para alienações não excedentes de R$20.000,00 por mês.

Fundos de índices (ETFs): alternativa para investir na Bolsa são os fundos de ações que se espelham na composição de um índice de referência. Ao aplicar em um ETF o investidor passa a deter uma parcela de todas as ações componentes no índice de referência sem ter que comprar individualmente cada um dos papéis. Baixo custo, com taxa de administração menor que fundos, diversificação, flexibilidade (D+3) e transparência.

Títulos do Tesouro: soluções para aumentar a diversificação dos ativos. Não possui taxa de administração. Diversas opções de títulos, pós-fixados, pré-fixados ou remuneradas por índices de preços.

Gestão de Riscos

Seguro de vida e invalidez

O casal se encontra numa fase em que o seguro de vida é obrigatório no planejamento financeiro, uma vez que eles têm dois filhos pequenos (3 anos) e uma terceira por vir. Há uma longa jornada educacional pela frente, bem como o sustento e as necessidades básicas para serem supridas. A falta de um ou de ambos dos provedores deixará uma lacuna financeira que precisa ser coberta por um seguro de vida, para que a qualidade de vida e a formação dos filhos não sejam comprometida.

Considerações sobre o seguro de vida

Um aspecto muito importante em relação ao seguro de vida no atual contexto de trabalho é que profissionais com perfil do André e da Catarina geralmente terão vários empregos durante o ciclo de vida. Como o seguro de vida está relacionado à pessoa, é prudente que o casal tenha um seguro de vida pessoal, não apenas o da empresa. Assim, caso venham a se desligar da empresa, é mitigado o risco deles ficarem sem seguro de vida por problema de saúde, por exemplo.

Uma possibilidade interessante é negociar com a empresa de eles próprios assumirem a responsabilidade pelo seguro e o empregador repassar a eles o valor que paga atualmente. Recomendamos que verifiquem a viabilidade dessa estratégia.

Na análise da necessidade de seguro de vida não foi contemplando a renda proveniente, caso um dos conjugues venha a falecer, oriunda da pensão do INSS, pois entendemos que a receita proveniente do INSS em caso de morte ajuda a preservar um pouco a atual poupança, uma vez que na análise do seguro consideramos a poupança como liquidez financeira.

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Apesar das projeções levarem em conta a cobertura das necessidades de longo prazo (até 23 anos), nós consideramos o valor presente no levantamento do valor de seguro vida. Ou seja, não aplicamos nenhuma correção da inflação ou um fator redutor para, pois entendemos que, em caso de sinistro, o valor do seguro de vida será investido de forma a se proteger da inflação.

Premissas

Para valorizar o seguro de vida necessário tanto do André quanto da Catarina partimos de uma análise que leva em conta o impacto que à morte de um deles traria no orçamento doméstico e planejamento financeiro. Abaixo, as premissas consideradas:

Tempo de cobertura das despesas familiares mensais de 23 anos; valor para cada conjugue para as despesas familiares = R$ 5.000,00/mês

Custo educacional contemplou a formação básica até 10 anos de R$ 1.000/mês e por filho; custo educacional dos 10 anos até os 17 anos de R$ 2.000/mês e por filho; custo educacional superior de R$ 180 mil (curso de 5 anos, custo mensal de R$ 3 mil) por filho; custo adicional para Inglês de R$ 60.000 por ano e para cada filho;

O valor do custo educacional foi atribuído 2/3 para André por ter maior salário e 1/3 para Catarina;

Custo de inventário levou em conta o patrimônio total de cada conjugue e se atribui um custo de 12%, sendo que ITCMD = 4%, Advogado = 6% e outros = 2%;

Não se considerou nenhuma dívida, por não terem dívidas expressivas e nem financiamento por estes possuírem seguros específicos que as quitam caso venha a falecer o contratante. Além disso, na liquidez financeira foi considerado apenas o valor do seguro atual para morte natural.

Análise da necessidade de seguro de vida

Diversas simulações foram realizadas e sugerimos um seguro de vida toda resgatável por ter uma ótima relação custo e benefício e flexibilidade de período de cobertura. Com isso foi possível adequar tempo de cobertura com valor do prêmio de modo a caber no orçamento sem comprometer o fluxo de caixa do casal do casal Pereira.

Fizemos duas simulações, uma de cobertura de seguro de vida por toda a vida, ou seja, até os 100 anos e outra por um período de 25 anos. A opção de 100 anos tem uma formação de poupança considerável, que poderia servir para pagamento da educação dos filhos ou para a aposentadoria, já a segunda opção de 25 anos terá pouca poupança, mas apresenta um custo de prêmio bem menor.

As premissas para cálculo do valor segurado se encontram no anexo e as simulações do seguro abaixo.

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Valor do seguro de vida adicional resgatável2 ANDRE CATARINA

Valor do seguro vida R$1.346.000,00 R$832.000,00

Valor do seguro invalidez por acidente 500.000,00 500.000,00

Custo do seguro de vida adicional MÊS MÊS

Seguro resgatável vida toda - 100 anos - vida + invalidez 1.618,27 635,94

Seguro resgatável - vida toda - 25 anos - vida + invalidez

417,11 134,63

Formação de poupança 20 ANOS 20 ANOS

Poupança resgatável vida toda – 100 anos – em 20 anos de plano 439.554,25 177.792,58

Poupança resgatável vida toda - 25 anos – em 20 anos de plano R$40.070,06 R$14.087,69

Sugestão de Seguro de Vida e Invalidez

Dentro do exposto acima e do contexto do planejamento financeiro, recomendamos o seguro de vida adicional de 25 anos, que dá cobertura pelo período de maior risco e tem um prêmio adequado ao fluxo de caixa do casal. A poupança do casal para os próximos anos com os investimentos sugeridos na seção de gestão de ativos pode a vir ter rentabilidades maiores que na apólice de seguro de 100 anos, preterida em nossa sugestão.

Tendo em vista a sucessão, sugerimos que o benefício do seguro seja dividido: 50% ao conjugue e os outros 50% de igual para cada um dos filhos, ressaltando que os filhos são de menores e será necessário colocar uma pessoa como tutor, ou seja, responsável por gerenciar a indenização caso venha ocorrer um sinistro.

O seguro de vida por invalidez permanente foi adicionado a cada conjugue um valor de R$ 500 mil, valor máximo que essa categoria de seguro permite adicionar. Vale ressaltar que numa invalidez há o pagamento mensal do INSS no teto máximo, ou seja, uma renda de R$ 4.390,24 por mês.

Ainda em relação ao seguro de invalidez acidental vale ressaltar que não contempla invalidez por doenças, conhecido como seguro de invalidez laboral. Para isso eles têm somente a cobertura do seguro por invalidez de doença do INSS. No Brasil não são comercializados esses seguros por invalidez laboral, embora existam no exterior.

2 Valores em Reais

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Demais Seguros

Seguro de Responsabilidade Civil

O seguro de responsabilidade civil é muito usado por profissionais susceptíveis a processos oriundos no exercício da profissão, como médicos cirurgiões, profissionais na área técnica e executivos de linha de frente nas empresas. O André é diretor de RH e a Catarina Gerente de Marketing, assim o risco de eles sofrerem processo pelo exercício da profissão é baixo e por isso não foi considerado no planejamento financeiro.

Plano de Saúde Complementar

Hoje o André tem um ótimo plano que cobre toda a família e a Catarina tem um plano mais simples, mas que também oferece cobertura familiar.

Considerando a importância de um plano de saúde que garanta tranquilidade em momentos críticos, e visando a cobrir o risco de eles ficarem sem seguro saúde por desligamento da empresa, realizamos cotações de alguns planos de saúde. Os valores variaram de R$ 1.000 a valores superiores a R$ 3 mil por mês para a família.

Dentro do exposto e levando em conta que a baixa probabilidade de os dois ficarem desempregados é baixa, entendemos que, neste momento, não é necessária a contratação de seguro adicional de saúde.

Seguro dos Veículos

Consideramos o montante assegurado e o valor da franquia do carro do André e da Catarina adequados. Sugerimos que a cobertura Danos Matérias e Corporais do veículo da Catarina sejam alterada para R$150 mil, semelhante à de André.

Seguro do Apartamento

Sugerimos que o casal faça um seguro contra incêndios e avarias, pois pode poupar futuros imprevistos e tem um custo baixo. Estimamos em torno de R$ 400 por ano.

Riscos Familiares

André tem um irmão, Paulo de 42 anos que apesar de estar bem empregado e possuir os benefícios que o cargo lhe proporciona, já teve um infarto e é hipertenso. Há o risco de André ter que socorrer a família caso Paulo perca o emprego ou mesmo venha a falecer. O mesmo risco se estende aos pais do casal que podem ter problemas de saúde, etc. Avaliamos esses riscos e consideramos com pouca chance de ocorrerem. Caso ocorram o casal dispõe de um fundo reserva que poderá ser usado nessa ocasião.

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Riscos em Investimentos

Há ainda o risco de mercado, caracterizado pela oscilação dos preços dos ativos no mercado. Cada tipo de ativo, imóveis, aplicações financeiras, bens em geral, pode estar sujeito a uma variação sensível de preço por motivos macroeconômicos (alta ou baixa de juros, bolsa, dólar, inflação). Nossa sugestão de manter o imóvel atual até a compra do outro é uma proteção natural de preço daquele mercado. Em relação aos planos de viagens internacionais na aposentadoria, o risco do dólar será mitigado pelos ETFs.

Planejamento Sucessório

Embora o casal ainda seja jovem e tenha filhos muito novos, o planejamento sucessório é fundamental, pois um processo de inventário pode ser longo, complicado e muito caro. Atualmente, André e Catarina ainda não possuem instrumentos para essa finalidade e apenas o pai de André possui testamento.

Assim, consideramos a estrutura familiar, a estrutura patrimonial, os ativos financeiros envolvidos, ciclo de vida de cada um e os impactos do processo sucessório na família, para apresentação das nossas recomendações, todas detalhadas abaixo:

Pais de André e Catarina

Pais de André

Testamento: O pai de André já possui esse importante instrumento para a organização de sua sucessão. Nele, os desejos do Sr. Bernardo estarão evidentes, evitando potenciais conflitos de interesse. Destacamos, porém, que a mãe de André, Sra. Heloísa, ainda não possui testamento. Assim, recomendamos fazê-lo.

Recomendamos ainda que André avalie com seu pai se existe indicação de um responsável pela gestão do patrimônio, caso seu pai torne-se incapaz. E, caso negativo, recomendamos inclusão uma cláusula no testamento com a indicação de um responsável. O mesmo vale para o testamento de sua mãe.

Regime de Casamento e suas implicações na Sucessão: o regime de casamento de Sr. Bernardo e Sra. Heloísa é a Comunhão Universal de Bens. Assim, na falta de um deles, o cônjuge sobrevivente tem direito a 50% do patrimônio total (meação) e sobram 50%. Dessa parcela, 25% são a legítima, ou seja, direito dos herdeiros necessários, nesse caso, portanto, 12,5% para André e os outros 12,5% para seu irmão Paulo. Os outros 25% são a parcela disponível, essa atenderá o desejo do testamento.

Custos no Processo de Sucessão: nesse caso, os 50% da meação não sofrem ITCMD, pois não é herança. Já os outros 50%, sofrerá ITCMD, além das custas

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cartorárias e advogado. O ITCMD é um imposto estadual, que vai de 0 a 8%. Atualmente, em São Paulo, a alíquota do imposto é de 4%.

Recomendação: Doação dos Bens Imóveis em Vida com cláusulas específicas: considerando que os herdeiros, André e Paulo, são maiores de idade e capazes, sugerimos incluir no planejamento dos seus pais a doação dos imóveis em vida para os filhos.

Vantagens: facilita que a família tenha acesso ao patrimônio antes dos trâmites jurídicos desencadeados pelo falecimento. Além disso, a doação simplifica o processo de inventário, pois reduz o volume de bens a ser destinado, já que os bens doados não entram no processo de inventário reduzindo os custos do processo. Para maior conforto dos doadores, recomendamos a inclusão das seguintes cláusulas:

Reserva de usufruto: dessa forma, os pais farão a doação de propriedade, mas não de uso, já que residem nos imóveis e/ou utilizam os aluguéis gerados para complementação de renda.

Incomunicabilidade: dessa forma, os bens são transmitidos somente aos filhos, ou seja, não se comunicarão com o cônjuge atual ou futuro.

Inalienabilidade: dessa forma, o bem não poderá ser alienado pelos filhos enquanto os pais forem vivos;

Impenhorabilidade: dessa forma, o bem não poderá ser utilizado como garantia de pagamentos a credores, inclusive em relação a dívidas anteriores;

Reversão: dessa forma, caso algum filho venha falecer antes do doador, o bem doado retorna ao patrimônio do doador.

Pontos Críticos: a doação é irreversível, ao menos que haja uma cláusula específica de reversão. Bens doados não podem ser mais vendidos pelos pais, que precisarão de uma autorização dos filhos (herdeiros). Em alguns estados do país o ITCMD pode ser menor na doação em relação à alíquota de sucessão. Não é o caso do estado de São Paulo, onde atualmente a alíquota incide é a mesma.

Pais de Catarina

Testamento: ainda não possuem, recomendamos que ambos façam pelos motivos já expostos.

Regime de Casamento e suas implicações na Sucessão: o regime de casamento de Sr. Luciano e Sra. Antônia é o regime da comunhão parcial de bens. Dessa forma, para entender os efeitos da sucessão, há de se considerar “três patrimônios”. O particular da noiva (constituído antes do casamento, herança e doações recebidas); o particular do noivo (constituído antes do casamento, herança e doações recebidas); o patrimônio comum do casal (constituído durante o casamento).

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Assim, na falta de um deles:

Bens comuns: 50% do cônjuge sobrevivente e os outros 50% herança. A herança é dividida em duas partes de 25% cada, legítima e disponível. A legítima será distribuíra em partes iguais para os herdeiros necessários. 12,5% para Catarina e 12,5% para seu irmão Eduardo. Já a parcela de 25% disponível, pode ser destinada conforme a vontade do testamento. Daí reforça-se a sua importância. Caso não haja testamento e/ou vontade diferente expressa, os herdeiros necessários ficarão com mais 12,5% cada um.

Bens particulares: 50% para Catarina e 50% para Eduardo. Cônjuge sobrevivente não participa.

Recomendação: Doação dos Bens Imóveis em Vida com cláusulas específicas: pelos motivos já expostos.

André e Catarina

Demonstrativo da divisão patrimonial considerando a falta de um dos cônjuges:

O regime de casamento escolhido pelo casal também é a Comunhão Parcial de Bens. Portanto, segue a mesma regra dos pais de Catarina. Meação de 50% para o cônjuge sobrevivente e cada um dos filhos, Matheus, Rafael e Daniela, 8,33% cada. Os outros 25%, parcela disponível, poderá ser definida em testamento.

O cônjuge sobrevivente não participa da divisão dos bens particulares, bens adquiridos antes do casamento e herança. 33,3% para cada um dos filhos (Matheus, Rafael e Daniela);

Destacamos que o imóvel atual pertence a André, e não o casal, pois foi adquirido antes do casamento. Recomendamos que André avalie o desejo de declarar uma porcentagem maior quanto da aquisição do novo apartamento.

Testamento

Recomendamos a realização desse instrumento com o objetivo de organizar o processo de inventário numa eventual falta de um dos dois. Conforme exposto acima, André e Catarina, cada um em seu respectivo documento, pode determinar sua vontade em relação à parcela de 25%, disponível.

Recomendamos que no testamento, a parcela dos investimentos financeiros (liquidez) seja direcionada para o cônjuge sobrevivente, pois essa liquidez será importante para o processo de educação e formação dos filhos, que ainda são

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menores de idade e incapazes. Dessa forma, o cônjuge sobrevivente ficará com 75% do patrimônio financeiro e cada um dos três filhos com os outros 8,33% cada.

Já em relação ao imóvel, recomendamos que a parcela disponível da herança já seja direcionada para os filhos, pois a própria situação de sucessão criará um condomínio entre o cônjuge sobrevivente e os três filhos, e assim, evitará “dupla” tributação de ITCMD na futura falta do outro cônjuge. Dessa forma, o imóvel ficará 50% para o cônjuge sobrevivente e 16,67% para cada um dos três filhos.

Nomeação tutor para os filhos

A legislação brasileira prevê que na falta de um dos cônjuges, o sobrevivente é o responsável legal pelos filhos. Porém, há de se considerar a falta de ambos, especialmente pelo fato da existência de filhos menores de idade que necessitam de todo o suporte. Assim, recomendamos a indicação de um tutor. Essa pessoa será responsável pela guarda, formação, educação moral e etc, dos filhos do casal na falta de ambos. Vale ressaltar que essa indicação precisa ser feita em testamento. Ressaltamos, que nem sempre essa pessoa indicada para ser o TUTOR possui habilidade para a gestão de patrimônio. Dessa forma, é possível indicar além do tutor um curador especial, exclusivamente para a gestão dos recursos. Dessa forma, numa fatalidade e na falta de André e Catarina, os filhos estarão assistidos.

VGBL/PGBL e Seguro de vida

VGBL/PGBL: Esses instrumentos são fundamentais dentro de um planejamento sucessório, pois não transitam por inventário. Dessa forma, na falta de um dos cônjuges, a reserva financeira desses produtos é paga aos beneficiários indicados de forma ágil e sem burocracia. Além disso, sobre essa reserva não incide ITCMD, gerando uma economia tributária. Esses produtos compõem o portfólio de investimentos de André e Catarina, detalhado nas sessões: Gestão de Ativos e Longevidade.

Vale ressaltar, que por vezes, na falta de um dos cônjuges as contas correntes bancárias são bloqueadas durante o processo de inventário, prejudicando a liquidez da família para custear as despesas iniciais do processo. A solução apresentada trará conforto para a família, no sentido de gerar liquidez na falta de um dos cônjuges.

Seguro de vida: Compõe as soluções sugeridas para a sucessão de André e Catarina, pois eles possuem filhos pequenos. Conforme detalhado na sessão Seguros, esse produto será acionado caso um dos dois venha faltar, gerando importante fonte de complementação de renda para a educação e formação dos filhos menores. Nossa recomendação é de manutenção do produto pelos próximos 25 anos, período em que os filhos ainda dependem dos pais financeiramente, e depois o resgate do produto e cancelamento da apólice.

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Planejamento Tributário

Declaração de Imposto de Renda

Em relação à declaração de imposto de renda, a melhor estratégia é realizar a declaração em separado, ambas no modelo completo. Dessa forma, André e Catarina podem se beneficiar da parte da renda que se encontra nas faixas mais baixas de tributação.

Em relação à declaração dos filhos, eles podem ser declarados em apenas uma ou divididos entre as duas declarações. Por outro lado recomendamos atenção especial às deduções dos gastos com a empregada e a baba. Como o limite de dedução é de apenas uma por declaração, é importante que cada um inclua uma delas em seu ajuste anual.

No anexo, na seção de “IRPF”, analisamos a restituição para o próximo ano, estimada em R$ 6.361,78. No ano seguinte, esse valor deve aumentar, pela chegada da Daniela e, eventualmente, pelas despesas com o MBA do André, que são dedutíveis até o limite legal. Os valores estimados para as restituições dos anos seguintes, com a mudança na dependência dos filhos e na fase de aposentadoria, constam detalhadamente no mesmo anexo. Esclarecemos, ainda, que as restituições foram consideradas no fluxo de renda (estimadas, sujeitas a mudanças de condições de renda e de legislação).

Previdência complementar

Os planos de previdência complementar são ferramentas importantes no planejamento financeiro, tributário e sucessório, permitindo aliar a poupança de longo prazo, benefícios tributários e de sucessão.

O casal já possui planos de previdência complementar dos tipos PGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e VGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres). Eles são classificados, respectivamente, como seguro de pessoas e de previdência complementar. A principal diferença entre os tipo de plano é em relação ao tratamento tributário. Nos planos PGBL, é possível deduzir as contribuições realizadas durante o ano da base de cálculo do imposto na declaração anual de IR, quando realizada no modelo completo. Esta dedução está limitada a 12% da renda tributável.

Existe também uma diferença de tributação no resgate. No caso do PGBL o imposto incide sobre todo o montante resgatado, enquanto no VGBL a incidência é apenas sobre os rendimentos obtidos. Essa maior base de cálculo no imposto do PGBL, entretanto, é compensada pelo benefício fiscal recebido nos aportes.

Além do benefício fiscal, os aportes realizados como contrapartida pela empresa, quando se trata, como é o caso, de plano de previdência complementar

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fechada/empresarial, são muito relevantes para a decisão de investimento em previdência privada. Os aportes realizados pelo empregador, respeitadas as condições estabelecidas, podem dobrar o valor aportado, tornando o investimento extremamente vantajoso.

Aportes nos planos de previdência

No caso do André, atualmente é realizada uma aplicação mensal de R$ 1,5 mil no plano PGBL da empresa e R$ 800 em um plano VGBL. O valor aportado no plano PGBL representa 6,7% da renda, valor inferior ao limite de contrapartida da empresa (1:1 até 10%) e inferior ao teto para dedução no imposto de renda.

Sugerimos que as contribuições previdenciárias do André sejam concentradas no PGBL e ampliadas para R$ 2.733,56, atingindo os 12% da renda estimada para 2015. Embora a empresa realize depósitos de contrapartida apenas até o limite de 10%, entendemos que as taxas cobradas são adequadas e que os 2% que ultrapassam o limite de contrapartida estarão bem aplicados neste plano.

A respeito do VGBL, recomendamos a suspensão das contribuições e manutenção do saldo existente. Como ele possui tributação regressiva, o ideal é que os depósitos realizados permaneçam por 10 anos no fundo, podendo ser mantidos até a aposentadoria, para eventualmente serem convertidos em renda vitalícia. Entretanto, sugerimos que este saldo seja portado para outro plano disponível no mercado com taxas de administração menores.

Em relação à previdência da Catarina, hoje são destinados mensalmente R$ 1.000,00 para o plano de previdência da empresa, um valor de 6,8% da renda. Diferentemente do plano do André, a empresa oferece uma contrapartida, também de 1:1, porém apenas até o limite de 6%. Considerando que o plano têm taxas mais altas (de carregamento e de administração), o plano só é vantajoso até o limite de contribuição da empresa. Recomendamos, neste caso que a contribuição para o plano da empresa seja reduzida para R$ 889,55 (referência do salário bruto previsto para 2015).

Regimes de tributação da previdência complementar

Progressiva: os resgates são tributados pela tabela vigente do imposto de renda, da faixa de isenção até a maior faixa, hoje em 27,5%. Os valores são tributados a cada resgate e no final do ano pode ser feito o ajuste na declaração anual.

Regressiva: a tributação é definitiva, não permitindo ajuste anual, e a alíquota é decrescente conforme o tempo de permanência no plano. A alíquota inicial é de 35% (menos de 2 anos) e vai sendo reduzida até 10% (acima de 10 anos).

O modelo de tributação regressiva é interessante quando há a disponibilidade para manter o dinheiro pelos 10 anos necessários para atingimento da menor taxa de tributação. Caso haja a necessidade, por alguma eventualidade, de um resgate

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antecipado, a incidência de imposto pode ser bastante alta. No caso do VGBL do André e do PGBL da Catarina, os planos já estão no modelo regressivo de tributação, opção irretratável.

Por outro lado, o plano PGBL do André está no modelo progressivo, opção que sugerimos que seja mantida. Além de ser uma opção mais conservadora para uma eventual necessidade de resgate, ainda há a vantagem de permitir o ajuste na declaração anual de imposto de renda. Como depois da aposentadoria é possível que a família contrate um bom plano de saúde particular, esse custo poderá ser lançado como dedução no ajuste anual, permitindo uma significativa restituição.

Imposto de Renda na venda do apartamento

Recomendamos uma operação casada para a troca do imóvel. Ou seja, realizar primeiramente a venda do apartamento antigo e, em seguida (no máximo 180 dias depois) realizar a aquisição do novo imóvel. Isso para aproveitar o benefício fiscal de isenção de imposto de renda sobre o ganho de capital na venda do imóvel. Esse imposto seria de cerca de R$ 45 mil (15% sobre o lucro de R$ 300 mil na venda do apartamento) e, portanto, é interessante procurar realizar a operação de compra/venda de forma a obter o benefício.

Benefícios fiscais em Investimentos Financeiros

As recomendações de investimentos financeiros que oferecem benefícios fiscais, como isenção de imposto de renda, foram realizadas na seção “Gestão de Ativos”.

Planejamento de Longevidade

Observamos que o casal já possui um plano de aposentadoria bem iniciado, contribuindo com o INSS, pelo teto, desde que começaram a trabalhar. Realizam aportes mensais em planos de previdência complementar, inclusive com participação das empresas onde trabalham. Além disso, possuem reservas financeiras para essa finalidade.

Porém, avaliamos que os objetivos do casal na aposentadoria são, além de manter o padrão de vida atual, incluir viagens periódicas ao exterior e mudarem para o litoral. Há de se considerar ainda, maiores despesas com saúde, médicos e medicamentos, na melhor idade. Assim, em nossas projeções consideramos que André se aposentará em 2040 e Catarina em 2043. Na aposentadoria de André, projetamos que os gastos serão 21.5% maiores do que o ano anterior. Em 2043 as despesas aumentam mais 8.8%, incluindo despesas adicionais com seguro saúde, remédios e viagens.

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Fontes de Renda

André e Catarina terão basicamente três fontes de receita na aposentadoria, a saber:

INSS (benefício pelo teto de R$ 4.390,27) Previdência Privada Complementar Investimentos INSS

A renda da previdência oficial (INSS) foi apurada pelo teto de benefício. Simulamos no site do INSS (www.inss.gov.br) a aposentadoria de um homem aos 65 anos, com contribuições pelo teto desde seus 18 anos idade para André, e, similarmente, uma aposentadoria para uma mulher aos 60 anos, contribuinte pelo teto desde seus 21 anos para Catarina.

Chegamos ao valor de R$ 4.390,00 mensais para ambos, o que constitui o teto de benefício do INSS, NA DATA DE HOJE, ou seja, para um casal que ingressasse em aposentadoria imediatamente, o que não é, obviamente, verdade e, assim, é necessário refazer estas simulações periodicamente. As demonstrações destes cálculos estão no apêndice deste trabalho, títulos “INSS André“ e “INSS Catarina”.

Previdência Privada Complementar

Depois de aplicadas as recomendações abaixo, estimamos que estas representarão a maior fonte de renda do casal. Para chegarmos à renda da previdência complementar necessária na aposentadoria utilizamos as seguintes premissas:

Fator atuarial3 de conversão de renda mensal da previdência complementar de André (aos 65 anos): 0,5532%

Fator atuarial de conversão de renda mensal da previdência complementar de Catarina (aos 60 anos): 0,4432%

Utilização apenas dos saldos acumulados pelo casal, sem a parcela das empresas.

Contratação apenas dos benefícios de aposentadoria.

Sobre as premissas acima, foram feitas simulações com os valores aportados tanto por André e Catarina, como os aportes efetuados pelas empresas. Entretanto, como

3 Fator atuarial é o índice que será aplicado ao saldo do PGBL/VGBL para conversão do saldo em renda. Utilizamos aqui as simulações efetuadas em site de uma grande empresa de previdência do mercado.

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citamos na simulação do fluxo de caixa, utilizamos apenas os saldos dos aportes do casal, e não os das empresas, por motivos de conservadorismo. Outro objetivo das simulações apenas com os aportes pessoais é demonstrar para André e Catarina a importância do benefício de previdência complementar por parte da empresa, benefício este a ser considerado em uma troca de emprego.

Recomendamos apenas a contratação do benefício de aposentadoria, pois assim a

renda será maior na aposentadoria, objetivo principal. O cônjuge estará amparado pelos demais investimentos e seguros de vida sugeridos no item “gestão de riscos”. As demonstrações das rendas projetadas por PGBL/VGBL para o casal encontram-se no apêndice deste trabalho, na planilha de “fluxo de caixa” na aba “previdência”.

Investimentos

Consideramos a utilização dos rendimentos com juro real de 3% ao ano. Sobre este aspecto, é importante ressaltar que este rendimento na renda fixa é plausível na conjuntura econômica de hoje, mas deve ser reavaliado periodicamente, pois caso tenhamos juros reais próximos a zero, como no ano de 2012, as estratégias precisarão ser revistas.

Assim, conforme demonstrado no apêndice deste trabalho, na planilha “fluxo de caixa”, aba de mesmo nome e, seguindo as recomendações, o casal terá uma renda em 2040 (ano da aposentadoria de André) de R$ 328.574,17/ano, para gastos projetados de R$ 284.430,78.

Esta situação superavitária perdurará até 2042, com valores próximos a estes. Em 2043 (ano da aposentadoria de Catarina), a renda cai para R$ 203.204,38/ano frente a gastos R$ 301.501,14, gerando uma situação deficitária de R$ 98.296,76.

Ocorre que o rendimento do patrimônio financeiro do casal, a esta altura em R$ 2.369.770,14, permitirá a redução desse déficit para R$ 62.750,21. A partir de 2048, com o fim do financiamento imobiliário, o déficit anual médio cairá para cerca de R$ 25 mil.

Entendemos que esse déficit é aceitável para o período de aposentadoria, momento em que o casal poderá usufruir de forma plena seu tempo livre. Projetando o fluxo de caixa até 2082, quando Catarina terá 100 anos, o patrimônio disponível do casal ainda será de cerca de um milhão de reais.

Desta forma, podemos concluir que os objetivos do casal face à aposentadoria estão bem suportados pelo planejamento. Por fim, acrescentamos que, como se tratam de rendas vitalícias, tanto a do INSS quanto a da previdência complementar, não há de se considerar a expectativa de vida do casal para esta finalidade que, no caso, é de100 anos.

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Mudança para o Litoral

O recurso proveniente da venda do imóvel em que residem será utilizado para a compra do novo imóvel, havendo uma poupança natural para esta finalidade.

Viagens internacionais

Consideramos no fluxo de caixa a realização de viagens internacionais a cada dois anos, após a aposentadoria do casal. Para cada vigem foi estimado um custo de 10 mil dólares, a um câmbio de R$ 2,50 por dólar.